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Os recursos de uma empresa são classificados em capital físico, capital humano e capital
organizacional. O capital físico é representado pela tecnologia, equipamentos, localização
geográfica ou acesso a matéria-prima. Assim, o capital humano conta com a capacidade
intelectual e de relacionamento que pode ser encontrada nas pessoas, sejam os gestores,
sócios administrativos ou os trabalhadores em geral. E logo, o último, capital organizacional,
diz respeito a estrutura formal da empresa, a forma como ela se organiza, suas ferramentas
de controle, seus sistemas de coordenação e as relações informais entre os grupos (BARNEY,
1991).
Colocando os recursos internos da organização em foco como geradores de vantagem
competitiva sustentável, e não apenas focando no ambiente externo. Sendo assim, tem-se
um elemento inédito: um modelo integrador amplo o suficiente para ser aplicado na análise
partem de quatro questões-chave que se devem fazer sobre um recurso ou capacidade para
Os recursos úteis para formulação de estratégias e criação de valores são aqueles que
detêm valores para a empresa. Quando estes pontos são identificados, se tem material para
que os gestores analisem e trabalhem uma forma de usá-los a favor do desenvolvimento e
evolução da empresa (LACERDA, 2014).
Ainda segundo Porter (1990), a cadeia de valor é o ponto de partida para a gestão estratégica de custos,
pois a análise da mesma indicará quais são os elos que agregam mais valor ao produto, que utilizam
mais activos e que consomem mais actividades, propiciando ao gestor oportunidades de direccionar
acções de melhorias.
A cadeia de valor, para Carvalho e Laurindo (2003, p.111), [...] “é um conjunto de actividades
tecnológicas e economicamente distintas que a empresa utiliza para realizar seus negócios”.
Considerando-se que cada uma destas actividades é uma atividade de valor, tem-se que a capacidade
de agregar valor a esta actividade, em relação ao seu concorrente é o pilar da vantagem competitiva.
Observa-se, pelos conceitos apresentados, que a cadeia de valor procura olhar a empresa como
um conjunto de actividades inter-relacionadas que busca agregar valor específico ao cliente. Além
disso, a compreensão da cadeia de valor torna-se necessária, para consolidar as relações
ambientais entre as empresas, na perspectiva da interdependência dos valores e pesos de cada
agente económico, o que impacta no sucesso e na sobrevivência da organização no mercado.
A utilidade da cadeia de valor, dentre outros aspectos, é apontar o modo como uma empresa
pode determinar uma estratégia de custos a fim de tornar-se mais competitiva, além de abordar a
interação entre custo e diferenciação, numa realidade de atividades desenvolvidas para se
conseguir produtos aos anseios dos clientes.
A análise da cadeia de valor segundo Hansen e Mowen (2001), serve para subsidiar o processo de
gestão estratégica da empresa, pois permite compreender e agir sobre a estrutura patrimonial,
económica, financeira e operacional das suas principais atividades, processos e entidades.
O objectivo maior é conquistar e manter a vantagem competitiva fornecendo subsídios para
o processo de formulação de estratégias e tomada de decisão. A esse respeito, Rocha (1999)
destaca as seguintes utilidades da análise da cadeia:
f) Pode-se comparar a cadeia de valor da empresa com a cadeia de valor do concorrente, sendo
que essa análise tem um papel central na gestão estratégica, em decorrência dos impactos que
pode provocar nos resultados.
A Cadeia de Valor de Michael Porter é um modelo que ajuda a analisar actividades específicas
através das quais as empresas criam valor e vantagem competitiva. Ou seja, é um conjunto de
actividades que uma organização realiza para criar valor para os seus clientes. A maneira como as
actividades dessa cadeia são realizadas determina os custos e afecta os lucros.
Este modelo foca-se nos sistemas e na maneira como os inputs são mudados para outputs
comprados pelos consumidores. A partir deste ponto de vista, Porter definiu uma cadeia de
actividades, comum a todos os negócios, e dividiu-as em actividades primárias e de suporte,
conforme se mostra no esquema abaixo.
As actividades primárias relacionam-se directamente com a criação física, venda, manutenção e suporte
de um produto ou serviço. Essas actividades genéricas primárias são as seguintes:
Logística de saída: as atividades associadas com a entrega do seu produto ou serviço ao cliente,
incluindo sistemas de recolha, armazenamento e distribuição e podem ser internos ou externos à
organização.
Marketing e Vendas: São os processos que a empresa utiliza para convencer os clientes a comprarem
os seus produtos ou serviços. As fontes de criação de valor aqui são os benefícios que oferece e o modo
como os transmite.
Serviço: as actividades que mantêm e aumentam o valor dos produtos ou serviços após a compra. Aqui
incluem-se o apoio ao cliente, serviços de reparação e/ou instalação, formação, actualizações, etc.
As actividades de apoio ajudam as actividades primárias. Aqui podemos encontrar:
Infra-estrutura: Estes são os sistemas de apoio que a empresa necessita para manter as
operações diárias. Inclui a gestão geral, administrativa, legal, financeira, contabilística, assuntos
públicos, de qualidade, etc.
Para identificar e compreender a cadeia de valor da sua empresa deve seguir os seguintes
passos:
Determine que sub-actividades específicas criam valor. Deve ter em conta que existem 3
tipos diferentes de sub-actividades:
Também aqui deve tentar encontrar actividades directas, indirectas e de garantia de qualidade.
Depois identifique as sub-actividades que criam valor na infra-estrutura da sua empresa.
Encontre as ligações entre todas as actividades de valor identificadas. Vai demorar tempo, mas estas
ligações são cruciais no aumento da vantagem competitiva da estrutura da cadeia de valor.
Reveja cada uma das sub-actividades e ligações identificados e pense como é que pode mudá-las
ou melhorá-las de modo a maximizar o valor que oferece aos seus clientes.
A Cadeia de Valor de Porter é uma ferramenta muito útil para a gestão estratégica.
3.3. Benchmarking
O benchmarking é uma técnica que auxilia as organizações a melhorar a sua posição
concorrencial através da observação dos seus concorrentes. Para o efeito, devem identificar as
organizações e práticas padrão (best-pratices), que devem procurar reproduzir com as
adaptações necessárias à sua organização. Analisemos de seguida o processo de
benchmarking:
3.4. Ética nos negócios e responsabilidade social
Conceito de ética
Código de Ética
No princípio dos anos 90, 1/3 das maiores empresas britânicas tinha um código de ética
escrito;
Como é que esses códigos são entendidos pelas pessoas a quem eles se aplicam?
honrar.
Necessidade de Princípios Éticos
As pessoas procuram justificações para as suas decisões e acções.
Ética e Responsabilidade Social
A organização que guia os seus colaboradores quanto aos valores a observar não só gera
um melhor ambiente interno como evita problemas externos (clientes, fornecedores,
autoridades publicas, etc.)
A RS é uma consequência ética que leva a organização a aceitar ser responsabilizada pelos
seus impactos na sociedade e no ambiente.
•Ambiente;
•Igualdade de Oportunidades
•Emprego
•Tecnologias de Informação
•Auto-desenvolvimento
•Personalização
Emprego
Qualidade de vida no trabalho
A Qualidade de Vida no Trabalho deteriorou-se?
•Desafio ético – o processo de gestão é para ser levado a cabo por pessoas que podem ser
vistas, com quem se pode falar e argumentar;
•GRH necessitam de um sentido ético, que lhes permita agir em contexto, compreendendo as
Por outro lado, um processo participativo de definição da visão, da missão e dos objetivos
pode servir para disseminar a mensagem e conquistar um apoio mais amplo. Ao incluir
diferentes participantes no processo de definição, os fundadores podem atrair apoios de
importantes agentes locais e internacionais.
Uma visão e uma missão claras podem demonstrar o nível de consolidação institucional da
organização. A capacidade de articular e documentar uma visão, missão e objectivos claros
pode demonstrar a maturidade da organização.
A Missão e a Visão têm uma relação forte entre si na medida em que expressão intenções
temporais distanciadas (a actual e a futura desejada) e que pressupõem que a organização faça
um caminho (referido como lacunas na imagem) para atingir o que foi definido.
A Missão é a "razão de ser" de uma organização, aquilo que justifica a sua existência. Está
directamente ligada aos seus objectivos institucionais, aos motivos pelos quais foi criada e deve
acentuar o domínio das competências centrais mais relevantes para o desempenho das
actividades previstas nos estatutos da associação. Deve ter um carácter simultaneamente
estratégico e operacional.
Como o fazemos?
Para cumprir a sua função de referencial para uma estratégia, a Missão deve ser expressa de
forma simples, clara, curta, consensual e mobilizadora. Simples e clara, para que possa ser
facilmente interiorizada e comunicada, interna e externamente.
A declaração da Missão é uma maneira fácil, concisa e com impacto (se bem construída) de
comunicar aos outros o que a organização faz e o modo como o faz, pelo que também pode
ser um importante instrumento de comunicação e imagem.
A Visão de uma organização exprime o que esta ambiciona ser no futuro e como pretende
posicionar-se relativamente ao meio em que se integra.
É aquilo que se espera ser num determinado tempo e espaço. Descreve o que a organização
quer realizar objectivamente nos próximos anos da sua existência, normalmente, de longo
prazo. Sendo assim, a visão proporciona o grande delineamento do planeamento estratégico
a ser desenvolvido e implementado pela organização.
A Visão deve ser inspiradora, clara, concisa, coerente com a Missão, de modo a que todos a
compreendam e sintam. Outro ponto a destacar é a importância de a Visão ser
suficientemente desafiadora - e, ao mesmo tempo, atingível - a ponto de motivar todos os
colaboradores.
A visão de futuro raramente muda, é estável. Deve ser capaz de, num único parágrafo,
esclarecer a qualquer pessoa, de dentro ou de fora da organização, o que aquela organização
pretende fazer. Deve-se evitar que o seu enunciado seja genérico, sem identidade própria, ou
seja, aplicável a qualquer organização.
Os Valores são ideias fundamentais em torno das quais se constrói a organização.
Representam as convicções dominantes, as crenças básicas, aquilo em que as pessoas da
organização acreditam. Os valores permeiam todas as actividades e relações com os atores-
chave. Os valores descrevem como a organização pretende atuar no cotidiano enquanto
busca realizar sua visão.
Os debates acerca dos fins e dos objetivos aconteceram durante todo o processo de
planeamento estratégico, pelo que neste momento, a maior parte das decisões terão sido
tomadas e existe já uma visão clara da orientação da organização.
Tratar-se-á então de combinar as medidas concretas a tomar para atingir os resultados
visados. Existem 3 tipos de objectivos que importa definir e que podem ser organizados
numa grelha, tal como a que se apresenta de seguida:
a) Objectivos Estratégicos
Fim que se quer atingir para poder alcançar a visão de futuro da instituição. Por norma, são
amplos, não específicos, de âmbitos distintos embora todos relacionados com o eixo
correspondente.
b) Objectivos Específicos
Fins que se pretendem atingir para poder alcançar aquilo que foi identificado como
estratégico em cada eixo. Por norma são mais concretos, indicando informação de como se
vai atingir.
c) Metas
Instrumento importante para poder monitorizar e avaliar e que deve conter a seguinte
informação.
Até quando?
Neste contexto, a utilização do método de elaboração de objetivos SMART pode ser útil. Este
acrónimo faz referência a:
interna que a empresa teve de enfrentar, que permitiram e continuam a resolver problemas
(Thévenet, 1990)
A importância da cultura organizacional
Cultura
Organizacional
•Conclusão dos estudos – Relevância do papel da cultura como factor de sucesso quando é
VANTAGENS DESVANTAGENS
Inibe a diversidade
Promove o empenhamento
Rituais
Histórias
e Símbolos
Pessoas
importantes
Linguagem Valores
•Pessoas importantes
– Fundadores
– Dirigentes / Líderes
– Heróis e Mártires
•Histórias
– Datas importantes
– Contexto externo
•Sinais e símbolos
– Espaço
– Cerimónias e rituais
– Vestuário
•Valores
Transmissão da cultura
Processos de
Selecção
Processos de
Socialização
Papel dos
Dirigentes
Modelo de socialização
Estágios do processo de socialização
Estágio de pré-chegada
O período de aprendizagem que ocorre antes de o novo
funcionário se juntar à organização.
Estágio de encontro
Estágio em que o novo funcionário vê o que a empresa é de
verdade e se confronta com a possibilidade de as expectativas
e a realidade divergirem.
Estágio de metamorfose
Estágio em que o novo funcionário muda e se ajusta às tarefas,
ao grupo de trabalho e à organização.
Cultura organizacional versus cultura nacional
Socialização
Nível
Nação Família
Valores
Profissão Escola
Organização Trabalho
Práticas
Níveis de percepção da cultura organizacional
Cultura manifestada: ambiente construído da organização, arquitetura, layout, a maneira