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CEDERJ / CECIERJ / UERJ

AD2 – Geoprocessamento
Daniel Moura de Paula – 18112140162 – Niterói

1. Com base nas aulas acerca dos conceitos básicos em Geoprocessamento,


explique o que é SIG e para que serve um banco de dados espaciais?
Justifique a sua resposta utilizando um mínimo de 10 linhas e o máximo de
30 linhas. (vale 2 pontos)

SIG é a sigla para Sistema de Informações Geográficas, que em inglês é Geographic


Information System (GIS). Ele é um sistema, de acordo com Rocha (2000), com
capacidade para aquisição, armazenamento, tratamento, integração, processamento,
recuperação, transformação, manipulação, modelagem, atualização, análise e exibição de
informações digitais georreferenciadas, topologicamente estruturadas, associadas ou não
a um banco de dados alfanuméricos. Ele é composto, conforme elenca Longley et al.
(2011), por seis elementos fundamentais: rede, hardware, software, banco de dados,
gerenciamento, pessoas. Resumindo, SIG é um sistema que permite a inserção,
processamento e extração de dados geográficos que são representados de forma gráfica,
por vetores ou imagens georreferenciadas.
Muitos desses elementos gráficos possuem atributos contendo mais dados. Para Petrin
(2015), os bancos de dados comuns se diferem do banco de dados geográficos por
suportar feições geométricas em suas tabelas. Isso permite a análise e a consulta espacial,
ou seja, é possível, por meio desse banco de dados, calcular áreas, distâncias e centroides,
além de gerar buffers e outras operações. O banco de dados espaciais é inserido no SIG e
serve para armazenar as informações sobre o espaço geográfico. Esses dados espaciais
permitem que interpretemos dados como população, taxa de natalidade, mortalidade,
renda, problemas urbanos, rede de transportes, demografia, entre outros dados que podem
ajudar na solução de problemas de uma região. O IBGE é um instituto que colhe dados
espaciais e depois o usuário do SIG pode incluir esses dados e interpretá-los.

PETRIN, N. O que são bancos de dados geográficos? Estudo Prático, out. 2015.
Disponível em: https://www.estudopratico.com.br/o-que-sao-banco-de-dados-
geograficos/. Acesso em: 20 abr. 2021.

LONGLEY, Paul A. et al. Sistemas e Ciência da Informação Geográfica. 3 ed. Porto


Alegre: Bookman, 2011.

ROCHA, C. H. B. Geoprocessamento: tecnologia interdisciplinar.


Juiz de Fora: Editora do Autor, 2000.
1. Crie (simule) um exemplo de aplicação do Google Earth para uma aula de
Geografia ou em algum estudo de processo ou de fenômeno geográfico (social,
econômico, físico, entre outros). Faça as capturas de tela e insira no seu texto,
explicando para qual ano ou série do ensino fundamental ou médio o exemplo
foi criado, além do que (qual o tema), os alunos poderão fazer uso do GEP e
quais as ferramentas utilizadas nele para a atividade ou aplicação em
Geografia. (vale 4 pontos)

A aplicação do Google Earth é para uma turma do sexto ano do ensino fundamental
seguindo a orientação da Base Nacional Comum Curricular que defenda em seu currículo
que um aluno desta série precisa medir distâncias na superfície pelas escalas gráficas e
numéricas dos mapas (EF06GE08). Com este trabalho no Google Earth, o aluno poderá
ter uma noção macro (sua vivência) sobre cartografia, percursos e distâncias e noção de
escala. A ideia é fazer com que o aluno que acabou de ingressar no Ensino Fundamental
II, possa compreender que existe outras vivências além da dele, mas ele pode partir de
onde está. Segue o cronograma de aplicação do GEP em sala de aula.

Figura 1

Partindo do princípio de que a escola ofereça uma sala de informática, cada um aluno
estará frente ao seu microcomputador e abrirá o Google Earth Pró. Caso a escola não
possua essa sala de aula, o trabalho será realizado em casa. Se a situação for precária, a
aplicação será em sala de aula com o notebook do professor, que está digitando este
trabalho, conectado a um Datashow. Cada aluno vai ter a oportunidade de realizar a
atividade. Se a turma for muito grande, o trabalho será realizado em grupo, para que cada
um tenha chance de ter contato com GEP.

1 – A primeira coisa que o aluno vai fazer é clicar em “Obter Rotas” e vai digitar o
endereço da sua casa no ponto A e o endereço da escola no ponto B. No exemplo abaixo,
eu coloquei o endereço de referência da minha residência, pois moro numa comunidade
e o endereço de um colégio estadual próximo, no qual pretendo estagiar.
Figura 2

Com a rota obtida, um percurso será desenhado automaticamente no Google Earth


apontando a distância e o tempo percorrido do ponto A ao ponto B (imagem 3). O aluno
poderá escolher o meio de transporte utilizado neste percurso.

Figura 3

Aqui, perguntas serão feitas: qual o meio de transporte utilizado, quanto custa a passagem
ou combustível, se moram longe ou perto, o que encontram nesse caminho, se há
problemas urbanos neste percurso, se há ocupações irregulares ou poluição ambiental,
entre outras. Eles vão aqui elencar o que visualizam na condição de transeuntes, mas na
abordagem em sala de aula, eles passarão a ter uma visão crítica e poderão discutir sobre
o tópico: Por que o meu percurso possui estas problemáticas? Há quanto tempo eu passo
por ali e não tenho visto solução? O que mudou durante os meses ou ano vindo para a
escola neste trajeto. O que pode ser feito para mudar?
Com o caminho traçado no GEP, será solicitado aos alunos a inserção dos marcadores,
ali eles poderão rever o conceito de latitude e longitude que é ministrado também no sexto
ano.

Figura 4

Os marcadores serão o ponto A (residência do aluno) e o ponto B (escola).

Figura 5

Depois de concluir a inserção dos marcadores, o aluno deverá traçar um caminho do


trajeto. O professor irá ajudar na edição da cor e espessura da linha (imagem 6)
Figura 7

Com o caminho criado, o professor irá solicitar os alunos que visualizem o perfil de
elevação (imagem 7). Eles terão que escrever no caderno a elevação mais baixa e a mais
alta. Aqui também eles poderão perceber se o caminho coincide com o que é mostrado
no perfil de elevação e poderão descrever se houve alguma modificação urbana.

Figura 8

Depois disso, os alunos salvarão o trajeto em uma imagem. Aqui eles poderão ter contato
com os elementos cartográficos, como legenda, título, escalas...
Numa aula com mais tempo, o professor pode explorar mais assuntos, como latas
de lixo que existem no trajeto, pontos de ônibus ou indicação de outro transporte, pedir
para que os alunos criem um polígono indicando buracos na rua ou incidência de
desabamento de algum imóvel. Tem muito assunto para abordar utilizando o GEP.
Após a criação da imagem, os alunos poderão imprimir. Caso isso não seja
possível, o professor pode levar algumas imagens impressas e pedir para que os alunos
peguem uma régua e meçam a escala gráfica, eles poderão ter a percepção do quanto foi
necessário reduzir aquele trajeto para caber uma folha de papel.
2. Após acessar o portal de dados espaciais e observar alguns dos arquivos
disponíveis, responda:

a) Avalie brevemente a página eletrônica (geoserviço) quanto à interface com o


usuário. Você encontrou com facilidade os dados geoespaciais? Quais são os
dados vetoriais e quais são os dados raster? Justifique (copie e cole um
exemplo de cada, explicitando suas características – vantagens e
desvantagens de cada um desses dados espaciais). (Vale 2 pontos)
Acessei a página eletrônica do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Eles
possuem uma plataforma contendo dados espaciais, que encontrei com facilidade, como
quantidade de escolas, população dos bairros dos municípios fluminense, informações
sobre habitação, segurança, transporte, entre outros assuntos. Fiquei surpreso com a
quantidade de dados e com alguns detalhes que não imaginava ter na plataforma, como a
quantidade de conjuntos habitacionais do MCMV. Os dados estão representados de
forma gráfica por vetoriais. Acredito que deve ter alguns problemas com os dados raster,
um quadrado cinza aparece e não é clicável. Acredito que nestes quadrados, deveriam
conter os dados em imagens. A vantagem desse site é a quantidade de dados. É incrível a
riqueza dos detalhes e a possibilidade de reposição das camadas. A desvantagem são
alguns filtros que não funcionam direito e o problema dos dados raster. A imagem abaixo
mostra como que ficam representados os dados das estações do BRT, apenas um quadrado
cinza que não tem atributos. Você consegue filtrar para que a plataforma mostre uma
tabela com os dados, mas no mapa, isso fica invisível.
b) Quais são os formatos disponíveis para download, ou seja, quais dados
espaciais você selecionaria e em qual aplicação você os utilizaria (podem ser
abertos em que software)? Justifique (copie e cole exemplos para facilitar a
sua resposta). (Vale 2 pontos)
Os formatos disponíveis para download são: imagem (png), documento (pdf),
planilhas (csv e xlsx), Google Earth (kml) e Shape File (shp). Fiz um exemplo abaixo
com o trajeto do BRT e levei os dados em kml, baixados da plataforma para o GEP. Os
dados são apresentados no Google Earth conforme na segunda figura.

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