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Documento Assinado Digitalmente por: LUCIO PASSOS MONTEIRO - 19/03/2021 17:14:14

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LEI ORGÂNICA
Ubaira - Bahia
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UBAíRA
Antiga AREIA, fundada em
07/05/1785, por Francisco de
Souza Feio, e elevada à
categoria de cidade em
30/06/1881, possui uma área
territorial de 653 Km2 com
altitude de 316m, população
de 20.326 habitantes.
Fica localizada às margens
direita do rio Jequiriçá, num
vale extenso entre o rio e a
serra que contornam a cidade,
distante da capital do estado
250 Km pela BR-101, com
acesso através da BR-420 e
BR-116.
Tem como aspecto econômico
o cacau, café, pecuária e
hortigranjeiros.
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Constituição Estadual e desta
povo, que o exerce por meio
de representantes eleitos ou
diretamente, nos termos da
Constituição Federal, da
Todo o poder emana do

Lei Orgânica.
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MESA DA CÂMARA

Luiz Antônio Freire de Rezende — Presidente


Volney Leite Micucci _12 Secretário
Pedro Monteiro da Rocha Filho _22 Secretário
Clemente Gomes de Brito — Vice-Presidente

COMISSÃO ESPECIAL

Clemente Gomes de Brito -- Presidente


Volney Leite Micucci - Relator
Almir barrete Andrade — Membro
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AGRADECIMENTO ESPECIAL

Prefeito — Edison de Oliveira Almeida


Vice-Prefeito - Vicente Passos Monteiro
Deputado Jairo Carneiro
Professor Josaphát Marinho
Sr. Belmiro Figueiredo Teixeira
Entidades representativas
Comunidade ubairense
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PREÂMBULO

TÍTULO I . _._ .. ±
DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL 11
CAPITULO 1
Do Município • 11
SEÇAO I .
Disposições Gerais 11
SEÇAO LI ,
Da Organização do Município ' 12
SEÇAO II
Da Administração Distrital 14
-'-' SUBSEÇÃO I ' . '
Do Administrador Distrital 4
" SUBSEÇÃO-II.
Dos Atos Municipais 15
- CAPITULO II
Dos Bens Municipais lb
'CAPITULO III
Das Licitações 17
'CAPÍTULO IV
Da Competência do Município 17
'SEÇÃO I -
Da Competência Privativa . 1/
'SEÇÃO II
Da Competência Comum "ál
SEÇÃO III
Da Competência Suplementar 22.
CAPÉTULO V
Da Administração Pública 22
- SEÇÃO I '
Dos Princípios e Procedimentos 22 '
:SEÇÃO II
Dos Serviços Públicos Municipais • 25
SEÇÃO III
Da Assistência Social dos Servidores do Município '33

TÍTULO II
DO PODERLEGISLATIVO 34.
CAPÍTULO I
•Disposições Gerais 34
„CAPITULO II
Das Competências da Câmara Municipal 34
: cAptruw iii
Do Funcionamento da Câmara 38
CAPITULO IV
Do Processo Legislativo , :41 .
SEÇÃO I
' Disposições Gerais 41
SEÇAO II
Da Emenda à Lei Orgânica 42
,SEÇÃO III
Das Leis 42
:CAPÍTULO v
Da Fiscalização Contábil, Financeira; Orçamentária e Patrimánial 44
CAPÍTULO VI
Dos Vereadores 47
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TÍTULO III 49
DO PODER EXECUTIVO
CAPÍTULO I 49
Do Prefeito e do Vice-Prefeito
CAPÍTULO II 52
Das Atribuições e Responsabilidades do Prefeito
CAPÍTULO ni 54
Dos Secretários Municipais
CAPÍTULO IV 55
Da Procuradoria do Município
CAPÍTULO V 55
Da Guarda Municipal

TÍTULO IV 56
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO
cAPtruLo 1 56
Do Sistema Tributário Municipal
SEÇÃO I
Dos Princípios Gerais
SEÇÃO II 57
Das Limitações do Poder de Tributos PREÂMBULO
SEÇÃO III 58
Dos Impostos do Município
SEÇÃO IV 59
Nós, Vereadores à Câmara Municipal, investidos no pleno exercício
Das Receitas Tributárias Repartidas dos Poderes que nos foram outorgados pela Constituição Federal e pela
CAPÍTULO II
Das Finanças Públicas
60 Constituição do Estado da Bahia, sob a proteção de Deus, com apoio do
povo do 'município e de instituições locais representativas, no propósito
,atruLco v 65 de preservar o Estado de Direito, a liberdade e a igualdade de todos pe,-
DA igtfft-VENÇÃO NO MUNICÍPIO
rante a Lei, e de promover o desenvolvimento local, decretamos e pro-
TÍTULO VI 66 mulgams a presente LEI ORG 'MICA DO MUNICIPIO DE UBAIRA.
DA ORDEM ECONÔMICA
CAPÍTULO I 66
Dos Princípios Gerais da Atividade Econômica
CAPÍTULO II 67
Da Política Urbana

TÍTULO VII 70
DA ORDEM SOCIAL
CAPÍTULO I 70
Das Disposições Gerais
CAPÍTULO!! 70
Da Saúde
CAPITULOU! 73
Da Assistência Social
CAPITULO IV 73
Da Educação, Cultura, Desporto e Lazer
CAPÍTULO v 76
Do Meio Ambiente
CAPÍTULO VI 79
Do Saneamento Urbano
CAPITULO VII 79
Do Transporte Urbano
CAPÍTULO VIII 79
Da Família, Da Criança, Do Adolescente e Do Idoso

TÍTULO VIU
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE UBAÍRA

TITULO I
DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL

CAPITULO I
DO MUNICÍPIO

SEÇÃO I
DISPOSIÇOES GERAIS

Art. 12 — O Município de Ubafra, integrante da República Federa-


tiva do Brasil e do Estado da Bahia, dotado de autonomia política, admi-
nistrativa e financeira, rege-se por esta Lei Orgânica e pelas leis que
adotar, nos limites de sua autonomia e do território sob seu domínio e ju-
risdição.

Art. 22 — São Poderes do Município, independentes e harmônicos


entre si, o Legislativo e o Executivo.

§ 12 — São símbolos do Município o Brasão, a Bandeira e o Hino,


representativos de sua cultura e história.

§ r -O dia trinta de junho, data oficial comemorativa da emanci-


pação política, será feriado em todo o Município.

Art. 32 — A sede do Município dá-lhe o nome e tem a categoria de


cidade.

Art. 42 — Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de


representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição Federal,
da Constituição Estadual e desta Lei Orgânica.

Art. 52 — São objetivos fundamentais do Município:

I — assegurar a construção de uma sociedade livre; justa e solidária;

II — garantir o desenvolvimento local e regional;


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111 — contribuir para o desenvolvimento estadual e nacional; a) declaração, emitida pela Fundação Instituto Brasileiro de Geogra-
fia e Estatística, de estimativa de população;
IV — erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigual:
dades sociais na área urbana e na área rural; b) certidão, emitida pelo Tribunal Regional Eleitoral, comprovando
o número de eleitores;
V — promover o bem de todos, sem preconceito de origens, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. c) certidão, emitida pela repartição 'fiscal do Município, comprovan-
do o número de moradias;

d) certidão do órgão fazendário estadual e do municipal, compro-


SEÇÃO LI vando a arrecadação na respectiva área territorial;
DA ORGANIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
e) certidão, emitida pela Prefeitura ou pelas Secretarias de Educa-
Art. 62 — O Município poderá dividir-se, para fins administrativos, ção, de Saúde e de Segurança Pública do Estado, comprovando a existên-
em bairros, distritos e vilas criados ou a serem criados, organizados, su- cia de escola pública, de posto de saúde e posto policial na povoação-se-
primidos ou fundidos por Lei após consulta plebiscitária à população di- de.
retamente interessada, observada a legislaçAo estadual e o atendimento
aos requisitos estabelecidos no Art. 82 desta Lei Orgânica. Art. 82 — Na fixação das divisas distritais serão observadas as se-
guintes normas:
§ 12 — Constituem bairros as proções contínuas e contíguas do ter- I — evitar-se-ão, tanto quanto possível, formas assimétricas, estran-
ritório da Sede,• com denominação própria, representando meras divisões
geográficas desta. gulamentos e alongamentos exagerados;

§ 22 — A criação do Distrito poderá efetuar-se mediante fusão de II — dar-se-á preferência, para a delimitação, às linhas naturais, fa-
dois ou mais Distritos, que serão suprimidos, sendo dispensada, nessa hi- cilmente identificáveis;
pótese, a verificação dos requisitos do Art. 62 desta Lei.
111 — na inexistência de linhas naturais, utilizar-se-á linha reta, cujos
§ 32 — O desmembramento do Distrito somente se efetuará mediante extremos, pontos naturais ou não, sejam facilmente identificáveis e te-
consulta plebiscitária à população da área interessada. nham condições de fixidez;

§ 49 — O Distrito terá o nome da respectiva sede, com a categoria IV — é vedada a interrupção de continuidade territorial do Municí-
de Vila. pio ou Distrito de origem.

Art. 72 — São requisitos para a criação de Distrito: Parágrafo tlniéo — As divisas distritais serão descritas trecho a tre-
cho, salvo, para evitar duplicidade, nos trechos que coincidirem com os
I — população, eleitorado e arrecadação não inferiores à quinta parte limites municipais.
exigida para a criação de Município;
Art. Art. 92 — A alteração de divisão administrativa do Município
II — existência, na povoação-sede, de, pelo menos, cinquenta mora- somente pode ser feita quadrienalmente, no ano anterior ao das eleições
dias, escola pública, posto de saúde e posto policial. municipais.

Parágrafo único — A comprovação do atendimento às exigências .Art. 10 — A instalação do Distrito se fará perante o Juiz de Direito
enumeradas neste artigo far-se-á mediante: da Comarca, na sede do Distrito.
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SUBSEÇÃO 11
DOS ATOS MUNICIPAIS
SEÇÃO
Art. 14— A publicação das leis e dos atos municipais, até que haja
DA ADMINISTRAÇÃO DISTRITAL imprensa oficial ou jornal diário, far-se-á sempre por afixação na sede da
Prefeitura, da Câmara Municipal e em outros locais públicos, inclusive
SUBSEÇÃO I por divulgação através de serviço de alto-falante da cidade.
DO ADMINISTRADOR DISTRITAL
§ 12 — As leis começarão a vigorar a partir da data de sua publica-
Art. 11 — Poderá o Prefeito atribuir a coordenação e supervisão ge- ção, salvo disposições em contrário.
ral dos serviços municipais a pessoas de reconhecida competência admi-
nistrativa, que terá a designação de Administrador Distrital, com a remu- § 22 - A escolha do órgão de imprensa para divulgação das leis e
neração que for estabelecida em lei. dos atos municipais deverá ser feita por licitação em que se levarão em
conta não só as condições de preço, como as circunstâncias de freqüência,
Art. 12 — O cargo de Administrador Distrital será de provimento horário, tiragem e distribuição.

em comissão Art. 15 — A formalização dos atos administrativos de competência
do Prefeito far-se-á:
§ 12 — Cabe ao Prefeito o Poder de revisão e a responsabilidade
política dos atos praticados pelo Administrador Distrital. 1— mediante decreto sob ordem numérica, quando se tratar de:
a) regulamentação de leis;
§ 22 — Ao tomar posse, o Administrador Distrital prestará o com-
promisso de que. exercerá suas funções com observância da mais estrita b) declaração pública ou de interesse social para efeito de desapro-
neutralidade político-partidária, fazendo, bem como ao deixar o cargo, priação ou de servidão administrativa;
declaração de bens, que deverá ser transcrita em livro próprio, e enviada à
Câmara Municipal para idêntico fim. c) criação, alteração ou extinção de órgãos da Prefeitura, quando
autorizada em lei;
Art. 13 — São atribuições do Administrador Distrital: d) aprovação de regulamentos e regimentos dos órgãos da adminis-
tração direta;
I — executar e fazer executar, na parte que lhe couber, as leis, reso-
luções e demais atos emanados do governo municipal; e) aprovação dos estatutos dos órgãos da administração indireta;
f) fixação e alteração de preços dos serviços concedidos ou autori-
LI — coordenar e fiscalizar os serviços públicos distritais, de acordo zados;
com o que for estabelecido em lei e nos regulamentos;
g) permissão para a exploração de serviços públicos e a permissão
111 — prestar contas ao Prefeito, na forma e nos prazos estabelecidos para uso de bens municipais;
em lei, ou sempre que necessário, dos dinheiros cuja arrecadação lhe vier
a ser atribuída, bem como dos recursos que lhe forem confiados para apli- h) aprovação de planos de trabalho de órgãos de administração di-
cação em obras ou serviços distritais; reta;
i) criação, extinção, declaração ou modificação de direitos dos ad-
IV — prestar informações que lhe forem solicitadas pelo Prefeito, e ministradores, não privativos de lei;
por intermédio deste as requisitadas" pela Câmara Municipal;
j) estabelecimento de normas de efeitos externos, não privativos de
V -- indicar ao Prefeito as providências necessárias à boa adminis- lei;
tração do Distrito.
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11 - mediante decreto, sem número, quando se tratar de: b) permuta;

a) provimento e vacância de cargos públicos; c) ações, que serão vendidas em Bolsa.


-ihátítuição e extinção de grupos de trabalho; Art. 18 - O Município, preferentemente à venda ou doação de seus
bens imóveis, outorgará concessão de direito real de uso, mediante prévia
óttbs atos que, por sua natureza e finalidade, não sejam objeto autorização legislativa e concorrência.
de lei ou de decreto numerado ou de outro ato administrativo.
Art. 19 - O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito
—o
f único - Poderão ser delegadoos os atos constante-á deste mediante concessão, permissão ou autorização, conforme o caso e o inte-
artigo, que não forem da competência privativa do Prefeito. resse público e exigir.
§ 12 - A concessão administrativa de bens públicos de uso comum
CAPITULO II só poderá ser outorgada para finalidades escolares, de assistência social,
DOS BENS MUNICIPAIS de saúde, turística 'ou de atendimento às calamidades públicas.

São bens municipais: § 22 - Na éoncessão administrativa de bens públicos de uso espe-


cial e dominiais, à concessionária de serviço público e a entidades assis-
I - bens móveis e imóveis de seu domínio pleno, direto ou útil; tenciais será dispensada a licitação.

itelio'S e ações que a qualquer título pertençam ao Município;

, , IR- águas fluentes CAPITULO 111


. . emergentes e em depósito localizadas exclusi-
vamentè em seu território; DAS LICITAÇÕES

Iy,,-,,renda proveniente do exercício de suas atividades e da presta- Art. 20 - As licitações realizadas pelo Município para compras,
ção de` obras e serviços, serão procedidas com estrita observancia da legislação
federal pertinente e da legislação municipal• suplementar.
Art. 17 aquisição, a alienação, o gravame ou a cessão de bens
.
ipá à-qualquer título, subordinam-se à existência de interesse pú- Art. 21 - A elaboração de projetos poderá ser objeto de concurso
blico devidamente justificado e serão sempre precedidos de avaliação, com estipulação de prêmios aos classificados, na forma estabelecida no
autorização ,legislativa e de processo licitatório, conforme as seguintes edital.
:•?.33-3_,:;•- à!k3,;,. :3(
Art. 22 - É facultado ao Município abrir licitação para construção
-quando
imóveis, dependerá de autorização legislativa e concor- de obra pública, às expensas de empesa privada, que poderá explora-la,
:rência, dispensada esta nos seguintes casos: por prazo determinado e sob fiscalização do Poder Público.
'

a) doação, devendo constar obrigatoriamente do contrato os encar-


goá, go,gonatário, o prazo de seu cumprimento e a cláusula de retrocessão, CAPITULO IV
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
b) permuta;
SEÇÃO I
qtatidn'Étávek; dependerá de licitação, dispensada esta nos se- DA COMPETENCIA PRIVATIVA
guintes casos:
À:- < 'ft tg¡!•-•%",-,
Art. 23 - Ao Município compete prover a tudo quanto diga res-
Chja00 qUe g-êtá Permitida exclusivamente para fins de interesse peito ao desenvolvimento econômico local e ao bem-estar de sua popula-
social; ção, cabendo-lhe, privativamente, dentre outras, as seguintes atribuições:

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I — legislar sobre assuntos de interesse local; ça ou aos bons costumes, fazendo cessar a atividade ou determinando o
II — suplementar a legislação federal e a estadual, no que couber; fechamento do estabelecimento;

ifi — elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado; XVII — estabelecer servidões administrativas necessárias à realiza-
ção de seus serviços, inclusive à dos seus concessionários;
IV — criar, organizar e suprimir Distritos, observada a legislação
estadual; XVffl — adquirir bens, inclusivemediante desapropriação;
V — manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do XIX — regular a disposição, o traçado e as demais condições dos
Estado, programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental; bens públicos de uso comum;
— elaborar o Orçamento anual e plurianual de investimentos; XX — regulamentar a utilização dos logradouros públicos e, espe-
cialmente no perímetro urbano, determinar o itinerário e os pontos de pa-
, VII — instituir e arrecadar tributos, bem Como aplicar as suas ren- rada dos transportes coletivos;
das;
VIII — fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preços públicos; XXI — fixar os locais de estacionamento de táxis e demais veículos;

IX — dispor sobre organização, administração e execução dos servi- XXII — conceder, permitir ou autorizar os serviços de transporte
ços locais; coletivo e de táxis, fixando as respectivas tarifas;
X — dispor sobre administração, utilização e alienação dos bens pú- XXIII — fixar e sinalizar as zonas de silêncio e de trânsito e tráfego
blicos; em condições especiais;
XI — instituir, por lei específica, o regime jurídico único e o plano XXIV — disciplinar os serviços de carga e descarga e fixar a tone-
de carreira dos servidores públicos; lagem máxima permitida a veículos que circulem em vias públicas muni-
cipais;
XLI — organizar e prestar, diretamente, ou sob regime de concesão
ou permissão, os serviços públicos locais; XXV — tornar obrigatória a utilização de estação rodoviária;

XIII — planejar o uso e a ocupação do solo em seu território, espe- XXVI — sinalizar as vias urbanas e as estradas municipais, bem
cialmente em sua zona urbana; como regulamentar e fiscalizar sua utilização;

xmi — estabelecer normas de edificação, de loteamento, de arrua- XXVII — prover sobre a limpeza das vias e logradouros públicos,
mento e de zoneamento urbano e rural, bem como as limitações urbanísti- remoção e destino do lixo domiciliar e de outros resíduos de qualquer
cas convenientes á ordenação do seu território, observada a lei federal; natureza;

XXVIII — ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horá-


XV — conceder e renovar licença para localização e funcionamento rios para funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e de
de estabelecimentos industriais e comerciais prestadores de serviços e serviços, observadas as normas federais pertinentes;
quaisquer outros;
xxix - dispor sobre os serviços funerários e de cemitérios;
XVI — cassar a licença que houver concedido ao estabelecimento
que se tornar prejudicial à saúde, à higiene, ao meio-ambiente, à seguran- XXX — regulamentar, licenciaer, permitir, autorizar e fiscalizar a

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fixação de cartazes e anúncios, bem como a utilização de quaisquer outros § 12 — As normas de loteamento e arruamento, que se refere o inci-
meios de publicidade e propaganda, nos locais sujeitos ao poder de polí- so XIV deste artigo, deverão exigir reserva de área destinada a:
cia municipal;
a) zonas verdes e demais logradouros públicos;
XXXI — prestar assistência nas emergências médico-hospitalares de
Pronto-Socorro, por seus próprios serviços ou mediante convênio com b) vias de tráfego e de passagem de canalizações públicas, de esgo-
instituição especializada; tos e de águas pluviais nos fundos dos vales;
XXXI — organizar e manter os serviços de fiscalização necessários c) passagem de canalizações públicas de esgotos de águas pluviais
ao exercício de seu poder de polícia administrativa; com largura mínima de dois metros nos fundos de lotes, cujo desnível seja
superior a um metro de frente ao fundo.
XXXIII— fiscalizar, nos locais de vendas, peso, medidas e condi-
ções sanitárias dos gêneros alimentícios; § 22 — A Lei complementar de criação de guarda municipal estabe-
lecerá a sua organização e competência na proteção dos bens, serviços
XXXIV — dispor sobre o depósito de venda de animais e mercado- e instalações municipais.
rias apreendidos em decorrência de transgressão da legislação municipal;

XXXV — dispor sobre registro, vacinação e captura de animais,


com finalidade prec(pua de erradicar as mo.ésticas de que possam ser SEÇÃO II
portadores ou transmissores; DA COMPETÊNCIA COMUM
XXX'VI — estabelecer e impor penalidades por infração de suas leis Art. 24 — O Município, no exercício de sua competência comum
e regulamentos; com a União e o Estado, observada a Lei complementar federal, incumbir-
se-á das seguintes medidas:
XXXVII— organizar e prestar, diretamente ou sob regime de con-
cessão ou permissão, os seguintes serviços: I — zelar pela guarda da Constituição, das Leis e das instituições
democráticas e conservar o patrimônio público;
a) mercados, feiras e matadouros; II — cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia
b) construção e conservação de estradas e caminhos municipais; das pessoas portadoras de deficiência;
III — proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histó-
•c) transportes coletivos estritamente municipais;
rico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e
os sítios arqueológicos;
d) iluminação pública.
IV — impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras
de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;
XXVIII — regulamentar o serviço de carros de aluguel, inclusive de
taxímetro; V — proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciên-
cia;
XXXIX — assegurar a expedição de certidões requeridas às reparti-
ções administrativas municipais, para defesa de direitos e esclarecimento VI — proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer
de situações no prazo máximo de quinze dias.
de suas formas;

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III — a investidura em cargo ou emprego público depende de apro-
VII — preservar as florestas, a fauna e a flora; vação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, res-
salvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de ivre
Vifiz- fomentar a produção agropecuária e organizar o abasteci- nomeação e exoneração;
mento alimentar;
IV — o prazo de validade do concurso público será de dois anos,
DC — promover programas de construção de moradias e a melhoria prorrogável uma vez, por igual período;
das condições habitacionais e de saneamento básico;
V — durante o prazo improrrogável previsto no edital de convoca-
X — combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, ção, aquele que for aprovado, em concurso públ1co de provas ou de provas
promovendo a integração social dos setores desfavorecidos; e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para as-
sumir cargo ou emprego na _carreira;
XI— registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de
pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seu território; VI— os cargos em comissão e as funções de confiança serão exerci-
dos, preferencialmente, por servidores ocupantes de cargos de carreira
XII— estabelecer e implantar política de educação para a segurança técnica ou profissional, nos casos e condições previstos em lei;
do trânsito.
VII — a lei reservará percentual dos cargos em empregos públicos
para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de sua
SEÇÃO admissão;
DA COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR
VIII — a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo deter-
Art. 25 — Ao Município compete suplementar a legislação federal e minado para atender à necessidade temporária de excepcional interesse
a estadual, no que couber e naquilo que disser respeito ao interesse local. público;

IX — a lei fixará a relação de valores entre a maior e a menor remu-


CAPITULO V neração dos servidores públicos, observados, como limite máximo, os
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito;
SEÇÃO I
X — a revisão geral da remuneração dos servidores públicos far-se-á
DOS PRINCÍPIOS E PROCEDIMENTOS
sempre na mesma data, sem distinções ou discriminações;
Art. 26 — A administração pública municipal de ambos os Poderes
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, pu- XI— é vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos, para o
efeito de remuneração do pessoal do serviço público municipal, ressalva-
blicidade, e aos seguintes: do o disposto no inciso anterior e no Art. 37, § 12, desta lei;
I — garantia da participação dos cidadãos e de suas organizações re-
XII — os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público
pesentativas na formulação, controle e avaliação de políticas, planos e de- municipal não serão computados nem acumulados para fins de concessão
cisões administrativas, através de Conselhos, colegiados, audiências pú- de aciéscimol 1 sob o mesmo título ou idêntico fundamento;
blicas, além dos mecanismos previstos na Constituição Federal e Estadual
e nos que a Lei determinar, Xffl — os vencimentos dos servidores públicos municipais sáo irre-
dutíveis e a remuneração observará o disposto neste artigo, inciso XI, o
II — os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos bra-
princípio da isonomia, a obrigação do pagamento do imposto de renda,
sileiros, que preencham os requisitos estabelecidos em lei;
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retido na fonte, excetuados os aposentados com mais de sessenta e cinco ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridade ou servido-
anos; res públicos.

XIV— é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, ex- § 22 — A não observância do disposto nos incisos Dl e IV deste ar-
ceto quando houver compatibilidade de horários: tigo implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável,
nos termos da lei.
a) a de dois cargos de professor,
§ 32 — As reclamações relativas à prestação de serviços públicos
1)) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; municipais serão ,diseiplinadas em lei.

c) a de dois cargos privativos de médico. § 42 — Os atos de improbidade administrativa importarão em sus-


pensão dos direitos políticos, perda da função pública, indisponibilidade
dos bens e ressarcimento ao erário, na forma e graduação previstas na le-
XV a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e gislação federal, sem prejuízo da ação penal cabível.
abrange autarquias, empresas públicas, sociedade de economia mista e
fundações mantidas pelo Poder Público Municipal; . § 52 — O Município e os prestadores de serviços públicos munici-
pais responderão pelos danos que seus agentes, nesta qualidade, causarem
XVI— nenhum servidor será designado para funções não constantes a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos ca-
das atribuídas ao cargo que ocupa, a não ser em substituição e, se acu- sos de dolo ou culpa.
mulada, com gratificação de lei;
Art. 27 — Todos têm direito de receber dos órgãos públicos muni-
XVII =--a sãdíjaiiiiStrãçãô faiêndária e seus servidores fiscais terão, cipais informações de seu interesse particular ou de interesse coletivo ou
dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os geral, que serão prestadas no prazo de quinze dias úteis, sob pena de res-
demais setores administrativos, na forma de lei; ponsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segu-
rança da sociedade ou das instituições públicas.
XVIII — somente por lei específica poderá ser criada empresa pú-
blica, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação pública; Parágrafo Único — São assegurados a todos, independentemente do
pagamento de taxas:
XIX — depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação
de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como I — o direito de petição dos Poderes Públicos Municipais para defesa
a participação delas em empresas privadas; de direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal;

XX — ressalvados os casos determinados na legislação federal espe- — a obtenção de certidões e cópias de atos referentes ao inciso
cífica, as obras, servios, compras e alienações serão contratados me- anterior.
diante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições
a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pa-
gamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, a SEÇÃO II
qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
Art. 28 — Os servidores públicos do Município são agentes respon-
§ 12 — A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campa- sáveis pelo cumprimento das suas finalidades e têm como dever primor-
nhas dos órgãos publicos municipais deverá ter caráter educativo, infor- dial a observância dos princípios da Administração Pública, estabelecidos
mativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes símbolos nesta Lei.


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pio em competição oficial, terá, no período de duração das competições,
Art. 29 — A atividade administrativa é exercida por seus vencimentos garantidos, de forma integral, sem prejuízo de sua as-
censão profissional.
I — servidores públicos, ocupantes de cargos permanentes ou tempo-
rários criados por lei, em qualquer dos Poderes do `Município, na admi- Art. 33 — As entidades da administração indireta terão planos de
nistração direta e nas autarquias ou fundações instituídas e mantidas pelo cargos e vencimentos próprios para seus servidores.
Poder Público;
Art. 34 — Ao servidor que exercer, por dez anos, contínuos ou não,
empregados públicos, ocupantes de empregos ou funções de as funções de provimento temporário de direção, chefia e assessoramento
confiança, nas sociedades de economia mista, empresas públicas e demais superior ou intermediário, é assegurado o direito de continuar a perceber,
entidades sob controle direto ou indireto do Município. no caso de exoneração ou dispensa, como vantagem pessoal, o valor em
dinheiro do vencimento ou salário correspondente ao cargo de maior hie-
Art. 30 — A administração Pública, no que respeita aos seus servi- rarquia que tenha exercido por mais de dois anos, obedecendo o cálculo o
dores, obedecerá ao disposto na Constituição Federal e na do Estado, e ao disposto em lei.
seguinte:
Art. 35 — O regime jurídico dos servidores da administração públi-
I a produtividade dos servidores será adotada como critério de ca direta, das autarquias e das fundações públicas é o estatutário, na for-
promoção na-carreira, mediante mecanismos estabelecidos em lei; ma desta lei.

a lei estabelecerá correlação entre os cargos dos Poderes Le-


gislativo e Executivo. § 12 — A lei assegurará aos servidores da administração direta iso-
nomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou assemelhados,
12-- Não são computáveis para efeito do limite-máximo de remu- do mesmo Poder ou entre servidores do Poder Executivo e Legislativo,
neração os benefícios, indenizações ou vantagens pagos aos servidores ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou
a título de salário-família, diária, ajuda de custo, décimo-terceiro salário, ao local de trabalho.
conversão e adicional de férias, gratificações adicionais por tempo de ser-
viço e pelo desempenho de atividades penosas, insalubres, perigosas ou
em local de difícil acesso, e outras gratificações previstas em Lei. § 22 — Aplicam-se aos servidores municipais os direitos seguintes:

§ 2 — Para efeito do disposto no parágrafo anterior em relação aos I — salário mínimo, fixado em lei federal, com reajustes periódicos;
inativos, excluir-se-á do limite o valor da vantagem, tomando-se por base
sua referência percentual na composição dos proventos da inatividade. II — irredutibilidade de salário, salvo o disposto em convenção ou
acordo coletivo;
§ 32 A remuneração a ser paga aos servidores pelo Município de-
verá efetivar-se, no máximo até o décimo dia do mês seguinte ao trabalho, III — décimo-terceiro salário com base na remuneração integral ou
aplicando-se sobre os valores atualização da expressão monetária, se tal no valor da aposentadoria;
prazo for ultrapassado.
IV — remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
Art. 31 É vedada a contratação de pessoa física ou empresa pri-
vada de trabalho temporário ou de intermediação de mão-de-obra, para o V — salário família para seus dependentes;
exercício de funções previstas nos planos de cargos e salários dos órgãos
e entidades dos dois Poderes. VI — duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e
quarenta horas semanais;
Art. 32 O servidor atleta, selecionado para representar o Municí-
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VII— repouso semanal remunerado, preferencialmente aos• domin- XXI — garantia de mudança de função à gestante, nos casos em que
gos; houver recomendação clínica, sem prejuízo de seus vencimentos e demais
vantagens do cargo;
Vifi — gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, uni ter-
ço a mais do que o salário normal, vedada a transformação do período de XXII — garantia de licença parental para o atendimento de filho, pai
férias em tempo de serviço; ou mãe doente, mediante comprovação da dependência, conforme indica-
ção médica;
IX — licença à gestante, nos termos da Constituição Federal, exten-
siva à servidoras que vier a adotar criança, perdurando o benefício até que XXIII— garantia ao homem, à mulher e a seus dependentes de di-
se completem cento e vinte dias do nascimento; reito de usufruir dos benefícios,previdenciários decorrentes de contribui-
ção de cônjuge ou companheiro;
X — licença à paternidade, nos termos da lei;
XXIV — garantia de que nenhum servidor público sofrerá punição
XI — proteção do mercado de trabalho da mulher nos termos da lei; disciplinar sem que seja ouvido através de sindicância ou processo admi-
nistrativo, sendo-lhe assegurado o direito de ampla defesa;
XII— redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas
de saúde, higiene e segurança; XXV — participação na gerência de fundos e entidades para as
quais contribuem, na forma da Lei;
XLII— adicional de remuneração para as atividades penosas, insalu-
bres ou perigosas, na forma da lei; XXVI — disponibilidade remunerada, com vencimentos integrais,
em caso de extinção ou deClaração de desnecessidade do cargo, até o
XLV —proibição de diferenças de salários, de exercício de funções aproveitamento em cargo equivalente;
e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
XXVII — adicional por tempo de serviço prestado na administração
direta, autarquia, fundação e empresa pública, e sociedade de economia
XV — licença para tratamento de interesse particular, sem remunera- mista;
ção;
XXVIII — contagem, para fins de percepção de adicional por tempo
XVI — direito de greve, cujo exercício se dará nos termos e limites de serviço e gozo de licença-prêmio, de todo o tempo de serviço sob
definidos em lei complementar federal; q-tialquer regime de trabalho;

XVII — seguro contra acidentes de trabalho a cargo do empregador, XXIX — afastamento de suas funções do servidor que, juntando
sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando incorrer em certidão de tempo de serviço expedida pelo órgão competente, requereu
dolo ou culpa; aposentadoria com proventos integrais;
XVIII — aperfeiçoamento pessoal e funcional, mediante cursos, XXX — isenção de contribuição para a instituição previdenciária do
treinamento e reciclagem, para melhor desempenho das funções; Município dos aposentados e pensionistas;
XIX — aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, nos termos XXXI — vedação do exercício, pelo servidor, de função não corres-
da lei; pondente à que ocupa, ressalvados os casos de substituição temporária
e justificada, com prazo determinado;
XX — contagem em dobro dos períodos de licença-prêmio não go-
zados, para efeito de aposentadoria; XXXII — garantia ao servidor, que exerça as funções de Juiz de

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Paz, dos mesmos direitos atribuídos ao servidor investido no mandato de Art. 39 — É livre a associação profissional ou sindical do servidor
Vereador. público municipal na forma de lei federal, observado o seguinte:
Art. 36 — O servidor Público Municipal será aposentado nos termos I — haverá uma só associação sindical para os servidores da admi-
da Constituição Federal e da Constituição Estadual. nistração direta, das autarquias e das fundações, todas do regime estatutá-
rio;
Art. 37 — Ao Servidor Público Municipal, em exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: LI — é assegurado o direito de filiação de servidores, profissionais
liberais, profissionais da área de salde, à associação sindical de sua cate-
I — tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, fi- goria; h

cará afastado de seu cargo, emprego ou função;


LII — ao sindicato dos servidores públicos municipais cabe a defesa
— investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, em- dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, incusive em
prego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; questões judiciais ou administrativas:
ifi — investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade IV — a assembléia geral fixará a contribuição que será descontada
de horário, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical
prejuízo de remuneração do cargo eletivo e, não havendo compatibilidade, respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei;
será aplicada a norma do inciso anterior;
V — nenhum servidor será obrigado a filiar-se ou manter-se filiado
IV — em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício do ao sindicato;
- mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos
legais, exceto para promoção por merecimento; VI — é obrigatória a participação do sindicato nas negociações co-
letivas de trabalho;
V — para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento,
os valores serão determinados como se no exercício estivesse. VII — o servidor aposentado tem direito a votar e ser votado no sin-
dicato da categoria.
Art. 38 — São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os ser-
vidores nomeados em virtude de concurso público. Art. 40 — O direito de greve assegurado aos servidores públicos
municipais não se aplica aos que exercem funções em serviços de ativida-
§ 12 — O servidor público municipal estável s6 perderá o cargo em des essenciais, assim definidas em lei.
virtude de sentença judicial transitada em julgado, ou mediante processo
administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. Art. 41 — A lei disporá, em caso de greve, sobre o atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 22 — Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor pú-
blico municipal, será ele reintegrado e o eventual ocupante da vaga re- Art. 42 — É assegurada, na forma da lei, a participação dos servido-
conduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em res públicos municipais, por eleição, nos colegiados da administração pú-
outro cargo, ou posto em disponibilidade. blica em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto
de discussão e deliberação.
§ 32 — Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor
estável ficará em disponibilidade remunerada, até seu adequado aprovei- Art. 43 — Haverá uma instância colegiada administrativa para diri-
tamento em outro cargo. mir controvérsias entre o Município e seus servidores.
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Art. 44 — O servidor público municipal será aposentado: 62 — Estende-se o disposto na alínea "a", do inciso DT, deste arti-
go, aos ocupantes de cargos ou funções públi as em comissão ou de con-
1—por invalidez permanente, com Proventos integrais, quando mo- fiança, na forma da lei.
tivada por acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave,
contagiosa ou incurável, especificados em lei; Art. 45 — É vedado o estabelecimento de limite máximo de idade
para o ingresso no serviço público, respeitado o limite constitucional para
— compulsoriamente, aos setenta anos de idade, com proventos a aposentadoria compulsória, excetuados os casos previstos em lei.
proporcionais ao tempo de serviço;
Art. 46 — Fica vedada a transferência ou colocação à disposição de
ifi — voluntariamente: servidores de um Poder para outro, salvo para exercício de cargo em co-
missão ou de função gratificada.

a) aos trinta e cinco anos de efetivo serviço, se homem, e aos trinta,


se mulher, com proventos integrais, ou aos trinta, se homem e aos vinte e SEÇÃO
cinco, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço; DA ASSISTÊNCIA SOCIAL DOS SERVIDORES
DO MUNICIPIO
b) aos trinta anos de efetivo exercício em função de magistério, se
professor, e aos vinte e cinco, se professora, com proventos integrais; Art. 47 — O Município manterá, na forma da lei, regime previden-
ciário próprio, objetivando a promoção dos direitos relativos à saúde, pre-
c) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, aos sessenta, se vidência e assistência social dos servidores de sua administração pública
mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço. direta, autarquias e fundações públicas.
§ 12 — O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal Art. 48 — O regime previdenciário e assistencial do Município será
será computado integralmente, para os efeitos de aposentadoria e disponi- custeado pela Administração Municipal centralizada, autárquica e funda-
bilidade. cional, na qualidade de empregadora, e pelos próprios servidores, além de
§ 22 — Os proventos da aposentadoria serão revistos sempre na outras fontes, na forma da lei.
mesma proporção e data em que se modificar a remuneração dos servido-
res ativos,, sendo também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou Parágrafo único — Nenhum benefício ou serviço do regime previ-
vantagens concedidos posteriormente aos servidores em atividade, inclu- denciário e assistencial do Município poderá ser criado, majorado ou es-
sive quando decorrentes da transformação ou reclassificação do cargo ou tendido, sem a correspondente fonte do custeio total.
função em que se tiver dado a aposentadoria, na forma da lei.
Art. 49 — Nenhuma pensão, globalmente ou pelo somatório das
§ 32 — O benefício da pensão por morte corresponderá à totalidade cotas individuais componentes poderá ser inferior ao menor nível da es-
dos vencimentos ou proventos do servidor falecido, respeitado o limite cala de vencimento do funcionalismo municipal.
máximo da remuneração no Município.
Art. 50 — A previdência municipal poderá insitituir, através de lei,
, § 42 — O tempo de serviço para fins de aposentadoria, nos termos pensão especial, de caráter facultativo e complementar, custeada por con-
deste artigo, pode ser o de exercício, exclusivamente, de cargos, empre- tribuições adicionais dos instituidores.
gos, ou funções públicas em comissão ou de confiança.
Art. 51 — Criado Hospital Municipal será administrado diretamente
§ 52 — O servidor público municipal solteiro, no caso de faleci- pela Administração Pública Municipal, na forma de lei específica.
mento, deixará a pensão para dependente indicado previamente ao órgão
previdenciário do Município. Parágrafo único — O Hospital Municipal poderá celebrar convênio
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IV — planos e programas municipais de desenvolvimento, inclusive
com outras instituições congêneres da União, do Estado, dos Municípios, plano diretor urbano;
e integrar o sistema unificado e descentralizado da saúde.
V — bens do domínio do Município;

TITULO II VI — transferência temporária da sede do Governo Municipa


DO PODER LEGISLATIVO
VII — criação, transformação e extinção de cargos, empregos e fun-
CAPITULO I ções públicas municipais e respectivos planos de carreira e vencimentos;
DISPOSIÇÕES GERAIS
VIII— organização das 'funções fiscalizadoras da Câmara Munici-
Art. 52 — O Poder Legislativo do Município é exercido pela Câma- Pal;
ra Municipal, que se compõe de Vereadores representantes da comunida-
de, eleitos pelo sistema proporcional em todo território municipal. IX -- normas de cooperação das associações representativas no pla-
nejamento municipal e de outras formas de participação popular na gestão
§ 12 — O mandato dos Vereadores é de quatro anos. municipal;

§ 22 — A eleição dos Vereadores será até noventa dias do término X — normas relativas à iniciativa popular de projetos de lei de inte-
ido mandato, em pleito direto. resse específico do Município, da cidade, dos distritos, vilas, ou de bair-
ros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento do eleitora-
§ 32 — O.. número de Vereadores é de 11 (onze). do;

§ 42 — O número de Vereadores, em cada Legislatura, será alterado XI — normas pertinentes a veto popular para suspender execução de
de acordo com o disposto lia Constituição Federal e na Estadual, até 31 de lei que contrarie interesses da população;
dezembro do ano anterior ao da eleição.
XII — criação, organização e supressãci de distritos;
XIII — criação, estruturação e competências das Secretarias Munici-
CAPITULO II pais e órgãos da administração pública;
DAS COMPETÊNCIAS DA CÂMARA MUNICIPAL XIV — criação, transformação, extinção e estruturação de empresas
públicas, sociedades de economia mista, autarquias e fundações públicas
Art. 53 — Cabe à Câmara Municipal, com a sanção do Prefeito, municipais;
dispor sobre todas as matérias da competência do Município, especial-
mente sobre: XV -- organização dos serviços públicos;

I — sistema tributário municipal, arrecadação e orçamento anual, XVI — denominação de vias e logradouros públicos, vedada, em to-
operações de crédito e dívida pública; do o território do Município, a utilização de nome, sobrenome ou cogno-
me de pessoas vivas, nacionais ou estrangeiras, para denominar distritos,
II — plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, povoados, localidades, bairros, artérias, logradouros, prédios e equipa-
operações de crédito e dívida pública; mentos públicos de qualquer natureza.

ifi — organização e funcionamento da Guarda Municipal, fixação e XVII — perímetro urbano da sede municipal e de vilas.
alteração do seu efetivo;
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XIV — representar ao Ministério Público, por dois terços de seus
É da competência exclusiva da Câmara Municipal: membros, para a instauração de processo contra o Prefeito e o Vice-Pre-
Art. 54 —
feito e os Secretários Municipais, pela prática de crime contra a adminis-
I — eleger sua Mesa e destituí-la, na forma regimental; tração pública, de que tomar conhecimento;

-elaborar e votar seu regimente interno; XV — aprovar, previamente, a alienação ou concessão de imóveis
municipais;
dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação,
BI —
transformação ou extinção de cargos, empregos e funções de seus servido- XVI — aprovar, previamente, por voto secreto, após arguição públi-
res e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros esta- ca, a escolha de titulares de cargos e membros de Conselhos, que a lei
belecidos na lei de diretrizes orçamentárias; determinar;
— resolver definitivamente sobre convênios, consórcios ou acor- XVII — conceder licença ao Prefeito e aos Vereadores para afasta-
IVacarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio mu-
dos que mento do exercício do cargo;
nicipal;
XVIII — apreciar vetos;
autorizar o Prefeito a se ausentar do Município, quando a au-
V—
sência exceder a quinze dias; XIX — convocar os Secretários Municipais, Administradores e Di-
sustar os atos normativos do Po..er Executivo que exorbitem o retores de entidades públicas para prestar informações sobre matéria de
— sua competência;
poder regulamentar;
XX — julgar os Vereadores, nos casos previstos em lei;
VII— mudar, temporariamente, sua sede; XXI — decidir sobre participação em organismo deliberativo regio-
fixar a remuneração dos Vereadores, do Prefeito e do Vice- nal e em entidades intermunicipais;
VIII —
Prefeito, em cada legislatura, para a subseqüente, observados os limites e
descontos legais e tomando por base a receita do Município; XXII — apresentar emendas à Constituição do Estado, nos termos
da Constituição Estadual;
julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Prefeito e apreciar
IX — XXIII — autorizar o Prefeito a contrair empréstimos, regulando-lhes
os relatórios sobre a execução dos planos de governo; as condições e respectiva aplicação.
proceder à tomada de contas do Prefeito, quando não apresen-
X—
tadas à Câmara Municipal até sessenta dias após o encerramento do exer- Art. 55 — A Câmara Municipal, pelo seu Presidente, bem como
cício; qualquer de suas comissões, pode convocar Secretário e Administrador
Municipal para, no prazo de oito dias, prestar, pessoalmente, informações
XI — fiscalizar e controlar, diretamente, os atos do Poder Executivo, sobre assunto previamente determinado, punidas, na forma da lei, a au-
incluídos os da administração indireta; sência sem justificação adequada e a prestação de informações falsas.
zelar pela preservação de sua competência legislativa em face
XII — § 12 — Os Secretários e Administradores Municipais podem compa-
de atribuição normativa do Poder Executivo; recer à Câmara Municipal ou a qualquer de suas comissões, por sua ini-
ciativa e mediante entendimento com o Presidente respectivo, para expor
XIII — apreciar os atos de concessão ou permissão e os de renova- assunto de relevância de seu encargo.
ção de concessão ou permisão de serviços de transportes coletivos;
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§ 22 — A Mesa da Câmara Municipal pode encaminhar pedidos es- b) código tributário do Município;
critos de informação aos Secretários e Administradores Municipais, pu-
nindo, na forma da lei, a recusa e o não- atendimento no prazo de trinta c) código de obras ou edificações;
dias, bem como a prestação de informações falsas.
d) estatuto dos servidores públicos municipais;

CAPITULO III e) criação de cargos e aumentos de yencimentos;


DO FUNCIONAMENTO DA CÂMARA
O recebimento de denúncia contra Prefeito, Vice-Prefeito e Verea-
dores;
Art. 56— A Câmara Municipal reunir-se-á, ordinariamente,2
em ses-
de agosto a
são legislativa anual, de 12 de fevereiro a 30 de junho e de 1
30 de novembro, devendo realizar pelo menos uma reunião semanal. g) apresentação de proposta de emenda à Constituição do Estado;

h) fixação de vencimentos do Prefeito, Vice-Prefeito e Veredores;


§ 12 — As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas pa-
ra o primeiro dia útil subseqüente, quando recaírem em sábados, domin-
i) rejeição, em escrutínio secreto, de veto do Prefeito.
gos, feriados ou dia de trabalho facultativo.
§ 82 — Dependerão do voto favorável de dois terços dos membros
§ 22 — A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da Câmara:
do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
2 de a) a aprovação e alteração do Plano Diretor Urbano e da política de
§ 32 — A Câmara Municipal reunir-se-á em sessão solene a 1 desenvolvimento urbano;
janeiro do ano subseqüente às eleições, às nove e às dezesseis horas, res-
pectivamente, para: b) concessão de serviços e direitos;
I — a posse de seus membros e eleição da Mesa e das Comissões;
c) alienação de aquisição de bens imóveis;
II — a posse do Prefeito e do Vice-Prefeito. d) destituição de componentes da Mesa;
§ 42 — A convocação extraordinária da Câmara Municipal far-se-á e) decisão contrária ao parecer prévio do Tribunal de Contas sobre
por seu Presidente, pelo Prefeito, ou a requerimento da maioria dos Ve-
readores, em caso de urgência ou de interesse público relevante. as contas do Prefeito;

f) emenda à Lei Orgânica.


§ 52 — Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara somente deli-
berará sobre a matéria para a qual for convocada. Art. — A Mesa da Câmara Municipal será composta de um Pre-
sidente, um Vice-Presidente, um primeiro e um segundo Secretários,
§ 62 — As deliberações da Câmara são tomadas por maioria de vo- eleitos para o mandato de dois anos, vedada a recondução de seus mem-
tos, presente a maioria absoluta de seus membros, salvo disposição em
bros para o mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente, na mes-
contrário desta lei. ma legislatura.
§ 72 — Dependerão do voto favorável da maioria absoluta dos mem- § 12 — As atribuições dos riyrnbros da Mesa e a forma de substitui-
bros da Câmara a aprovação e as alterações das seguintes matérias:
ção, as eleições para a sua composiçãà e os casos de destituição serão de-
finidos no Regimento Interno.
a) regimento interno da Câmara;

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Presidente da Câmara, passará a Presidência ao substituto legal, para os
§ r -O Presidente representa o Poder Legislativo, em Juízo ou fo- atos do processo, e só votará se necessário para completar o quorum de
ra dele. julgamento;
§ 32 .— Para substituir o Presidente, nas suas faltas,
2
impedimentos e
do Art. 66 desta 11 — os membros da Mesa;
licenças, e para exercer as atribuições previstas no § 7
lei haverá um Vice-Presidente.
Art 59 — Na constituição da Mesa e de cada comissão é assegurada
a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares
Art. 58— A Câmara Municipal terá comissões permanentes e tem- que participam da Câmara.
porárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no Regi-
mento Interno, ou no ato de que resultar sua criação.
Art. 60— Na última sessão ordinária de cada período legislartivo, o
Presidente da Câmara publicará a escala dos membros da Mesa e seus
§ 12 — Às Comissões, em razão da matéria de sua competência, ca- substitutos que responderão pelo expediente do Poder Legislativo durante
be: o recesso seguinte.
1 — realizar audiências públicas com entidades da comunidade e so-
licitar às autoridades competentes as providências legais;
CAPÍTULO IV
DO PROCESSO LEGISLATIVO
— convocar Secretários e Administradores Municipais e dirigentes
de entidades da. Administração indireta para prestar informações sobre as-
suntos inerentes às. suas atribuições; SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
-
ifi — receber petições, reclamações, representações, ou queixas de
qualquer pessoa ou entidade contra atos ou omissões das autoridades pú- Art. 61 — O processo legislativo compreende a elaboração de:
blicas municipais;
I — emendas à Lei Orgânica;
IV — solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;
II — leis complementares;
V — apreciar programas de obras, planos municipais de desenvolvi- III — leis ordinárias;
mento e sobre eles emitir parecer.
IV — decretos legislativos;
§ 22 —As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes
de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previs-
tos no Regimento Interno, serão criadas mediante requerimento de um ter- V — medidas provisórias;
ço dos Vereadores que compõem a Câmara, para apuração de fato deter-
minado e por' prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encami- VI — resoluções.
nhadas ao Ministério Público para que promova a responsabilidade civil
ou criminal dos infratores. § 12 — A elaboração, redação, alteração e consolidação das leis dar-
se-á na conformidade da lei complementar federal, desta Lei Orgânica e
§ 32 — São impedidos de funcionar no processo e de integrar as co- do Regimento Interno.
missões parlamentares de inquérito:
§ 22 — O Prefeito adotará medida provis na, nos termos do Art. 62
I — o Vereador denunciante, que não votará sobre a denúncia, po- e seu parágrafo da Constituição Federal, p exclusivo fim do disposto
dendo, todavia, praticar todos os atos de acusação; se o denunciante for no § 39 do Art. 106 desta lei.

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SEÇÃO ii cento do eleitorado do Município, distribuído, pelo menos, por dois dis-
DA EMENDA A LEI ORGÂNICA tritos, com não menos de 01% (hum por cento) dos eleitores de cada um
•- - deles, cabendo ao Regimento Interno da Câmara estabelecer o procedi-
, Art. 62— Esta Lei Orgânica poderá ser emendada mediante pro- mento adequado à participação dos interessados durante o processo Le-
posta, de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara, do Prefeito, e gislativo.
dos cidadãos através de projeto de iniciativa popular, subscrito por, no
mínimo, cinco por cento de eleitores do Município. Art. 64 — Não será admitida emenda que contenha aumento de des-
pesa prevista:
§ 12 — A proposta será discutida e votada em dois turnos, com in-
terstício mínimo de dez dias, considerando-se aprovada se obtiver, em ca- I — nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito, ressalvado o
da um, dois terços dos votos dos membros da Câmara. disposto no Art. 105; '

§ 22 — A emenda à Lei Orgânica do Município será promulgada 11 — nos projetos sobre a organização dos serviços da Câmara, de
pela Mesa da Câmara, com o respectivo número de ordem. iniciativa privativa da Mesa.

§ 32 — A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou ha- Art. 65 — O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação dos
vida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma ses- projetos de sua iniciativa.
são legislativa.
§ 12 — Se a Câmara não se manifestar, em até quarenta e cinco dias,
SEÇÃO ia sobre a proposição, será esta incluída na ordem-do-dia, sobrestando-se a
DAS LEIS deliberação quanto aos demais assuntos, para que se ultime a votação, ex-
cetuados os casos previstos nesta lei.
Art. 63 — A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a
qualquer Vereador ou Comissão, ao Prefeito e aos cidadãos, na forma e § 22 — O prazo previsto no parágrafo anterior não corre no período
nos casos previstos nesta Lei Orgânica. de recesso, nem se aplica aos projetos de Código.

§ 12 — São de iniciativa privativa do Prefeito as leis que:


Art. 66 — O projeto de lei aprovado será enviado, como autógrafo,
I — fixem ou modifiquem o efetivo da Guarda Municipal; ao Prefeito, que, aquiescendo, o sancionará.

— disponham sobre: • § 12 — Se o Prefeito considerar o projeto, no todo ou em parte, in-


constitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á totAlmente, no
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administra- prazo de quinze dias úteis contados da data do recebimento, e comunica-
ção direta ou autárquica, e sua remuneração; rá, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente da Câmara os motivos
do veto.
b) servidores públicos do Município, seu regime jurídico, provi-
mento de cargos, estabilidade e aposentadoria; § 22 — O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo,
parágrafo, inciso ou alínea.
c) criação, estruturação e competências das Secretarias Municipais e
órgãos da administração pública municipal. § 32 — Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Preito im-
portará em sanção.
§ 22 — A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à
Câmara Municipal de projeto de Lei subscrito por, no mínimo, cinco por § 42 — O veto será apreciado pela Câmara, dentro de trinta dias a
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contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria § 12 — As contas deverão ser apresentadas até sessenta dias do en-
absoluta dos Vereadores, em escrutínio secreto.
cerramento do exercício financeiro.
- •
§ 52 — Se o veto não for mantido, será o texto enviado ao Prefeito
§ 22 — Se até esse prazo não tiverem sido apresentadas as contas, a
para promulgação.
Comissão Permanente de Fiscalização iniciará a tomada delas, em trinta
dias.
§ 62 — Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 42, o
veto será colocado na Ordem-do-Dia da sessão imediata, sobrestadas as § 32 — Apresentadas as contas, o Presidente da Câmara através de
demais posições, até sua votação final, ressalvadas as matérias referidas
no Art. 67, § 12. edital, as colocará pelo prazo de sessenta dias, à disposição de qualquer
contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a le-
§ 72 — Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas gitimidade, na forma de lei.
peloi Prefeito, nos casos dos §§32 e 52, o Presidente da Câmara a promul-
§ 42 — Vencido o prazo do parágrafo anterior, as contas e as ques-
gará, e se este não o fizer, em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente fa-
zê-lo, obrigatoriamente. tões levantadas serão enviadas ao Tribunal de Contas para emissão do pa-
recer prévio.
Art. 67 — A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente
§ 52 — Recebido o parecer prévio, a Comissão Permanente de Fis-
poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa,
mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Câmara, ou se calização sobre ele e sobre as contas dará seu parecer, em quinze dias.
houver iniciativa do Poder Executivo.
§ 62 — Os Vereadores poderão ter acesso a relatórios contábeis e fi-
nanceiros periódicos, documentos referentes a despesas ou investimentos
realizados pela Prefeitura, desde que requeridos por escrito, obrigando-se
o Prefeito ao cumprimento do disposto neste artigo no prazo máximo de
CAPÍTULO V 48 horas, sob pena de responsabilidade.
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA,
ORÇAMENTÁRIA E PATRIMONIAL
§ 72 — Somente pela decisão de dois terços dos membros da Câmara
Art. 68 — A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, opera- Municipal deixará de prevalecer o parecer prévio do Tribunal de Contas
dos Municípios.
cional e patrimonial do Município e das entidades da administração indi-
reta, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das Art. 70 — A Comissão Permanente de Fiscalização, diante de indí-
subvenções e renúncia de receitas, será exercida pela Câmara Municipal, cios de despesas não autorizadas, ainda que sob forma de investimentos
mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada po- não programados ou de subsídios não aprovados, ou tomando conheci-
der.
mento de irregularidade ou ilegalidade, poderá solicitar de autoridade res-
ponsável que, no prazo de cinco dias, preste os esclarecimentos necessá-
Parágrafo único — Prestará contas qualquer pessoa física ou enti- rios.
dade pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinhei-
ros, bens e valores públicos, ou pelos quais o Município responda ou as- § 12 - Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes in-
suma obrigações de natureza pecuniária. suficientes, a Comissão Permanente de Fiscalização solicitará ao Tribunal
de Contas pronunciamento conclusivo sobre a matéria em caráter de ur-
Art. 69 — O controle externo da Câmara Municipal será exercido gência.
com o auxílio do Tribunal de Contas dos Municípios, através de parecer
prévio sobre as contas que o Prefeito e a Mesa da Câmara deverão prestar § 22 — Entendendo o Tribunal de Contas irregular a despesa ou o
anualmente, e de inspeções e auditorias em órgãos e entidades públicas. ato ilegal, a Comissão Permanente de Fiscalização, se julgar que o gasto
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possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, proporá CAPÍTULO VI
à Câmara Municipal a sua sustação. DOS VEREADORES

Art. 73 — Os Vereadores são invioláveis, no exercício do mandato,


Art. 71 — O Poder Legislativo e o Poder Executivo manterão, de por suas opiniões, palavras e votos, relativos a fatos ocorridos na circuns-
forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de: crição do Município.

I — avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a § — Desde a expedição do diploma, os membros da Câmara Mu-
execução dos programas de governo e dos orçamentos do Município; nicipal não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável,
nem processados criminalmente, sem prévia licença da Casa, observado o
II — comprovar a legalidade e avaliar os resultados quando à eficá- disposto no § 22, do Art. 53 da Constituição Federal,
cia e %eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos ór-
gãos e entidades da administração municipal, bem como de aplicação de § 22 — No caso de flagrante de crime inafiançável, os autos serão
recursos públicos municipais por entidades de direito privado; remetidos, dentro de vinte e quatro horas, à Câmara Municipal, para que,
pelo voto secreto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão e
— exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, autorize, ou não, a formação de culpa.
bem como dos direitos e haveres do Município;
§ 32 — Os Vereadores serão submetidos a julgamento perante o Tri-
IV — apoiar o controle externo no exercício de sua missão institu- bunal de Justiça.
cional.
§ 42 — Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre in-
formações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem
§ 12 — Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conheci- sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.
mento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência à Co-
missão Permanente de Fiscalização da Câmara Municipal, sob pena de
responsabilidade solidária. Art. 74— Os Vereadores não podem:

§ 22 — Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é I — desde a expedição do diploma:


parte legítima para, na forma de lei, denunciar irregularidades ou ilegali-
dades perante a Comissão Permanente de Fiscalização Lt Câmara Munici- a) fumar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público,
autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista, ou concessioná-
ria de serviço público municipal salvo quando o contrato obedecer a cláu-
sula uniforme;
Art. 72 — O balancete mensal relativo à receita e-cleãpesa será en-
caminhado ao Conselho de Contas dos Municípios e à Câmara, publicado b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusi-
até o último dia do mês subseqüente, e afixado, em edital, no edifício da ve os de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da
Prefeitura e em outros locais públicos, e existindo órgão oficial ou de alínea anterior;
grande circulação, no Município, nele será publicado.
II — desde a posse:
Parágrafo único — O balancete mensal, de que trata este artigo, se-
rá encaminhado à Câmara acompanhado das contas correspondentes, a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze
compreendendo os processos de pagamentos, os documentos comprobató- de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público
rios da despesa e da receita e outros a elas vinculados ou relativos. municipal, ou nela exercer função remunerada;

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b) ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum",
Art. 76 — O Vereador poderá licenciar-se:
nas entidades referidas no inciso I, "a";

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a do; I — investido no cargo de Secretário Municipal e Secretário de Esta-
que se refere o inciso I, "a";

d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo. II — licenciado pela Câmara por motivo de doença ou para tratar,
sem remuneração, de assunto de seu interesse particular, desde que, neste
caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislati-
Art. 75 — Perderá o mandato o Vereador va.
I — que infringir quaisquer das proibições estabelecidas no artigo § 12 — O suplente deve ser convocado em todos os casos de vaga
anterior;
ou licença, e deverá tomar posse no prazo de quinze dias, contados a par-
tir da convocação, salvo justo motivo aceito pela Câmara, quando se pror-
II.— cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro rogará o prazo.
parlamentar;
§ 22 — Ocorrendo vaga e não havendo suplente, se faltarem mais de
111 — que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça quinze meses para o término do mandato, a Câmara representará à Justiça
parte das sessões ordinárias da Câmara, salvo licença ou missão por esta Eleitoral para a realização das eleições para preenchê-la.
autorizada;
§ 32 — Na hipótese do inciso I, o Vereador poderá optar pela remu-
IV — que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; neração do mandato.
V — quando o decretar a Justiça Eleitoral,-iijs—casoí.-COnsiituCional- Art. 77 — A remuneração dos Vereadores será fixada em cada le-
mente previstos;
gislatura para a subseqüente, tendo como limite a remuneração do Prefei-
to.
VI — que sofrer condenação criminal em sentença transitada em jul-
gado; Parágrafo único — Serão descontadas, nos termos da lei, as faltas
às sessões e ausências no momento das votações.
VII — que fixar residência fora do município.

§ 12 — Além dos casos definidos no Regimento Interno, é incompa-


tível com o decoro parlamentar o abuso das prerrogativas asseguradas aos
Vereadores ou a percepção de vantagens indevidas. TtruLo III
DO PODER EXECUTIVO
§ 22 — Nos casos dos incisos I, II e IV, a perda do mandato é deci-
dida pela Câmara Municipal, por voto secreto e maioria absoluta, me- CAPÍTULO I
diante a provocação da Mesa ou de partido político representado na Casa, DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO
assegurada ampla defesa.
Art. 78 — O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito Municipal,
§ 32 — Nos casos previstos nos incisos III e V, a perda é declarada auxiliado por Secretários Municipais.
pela Mesa da Câmara, de ofício ou mediante provocação de qualquer de Art. 79 — A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, para mandato
seus membros ou de partido político com representação na Casa, assegu-
rada ampla defesa. de quatro anos, dar-se-á mediante pleito direto, até noventa dias antes do
término do mandato dos que devem suceder.
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§ 12 — A eleição do Prefeito importará a do Vice-Prefeito com ele Art. 83 — Verificando-se a vacância do Prefeito e inexistindo Vice-
registrado. Prefeito, observar-se-á o seguinte:
§ 22 Se nenhum candidato alcançar a maioria absoluta na primeira I — ocorrendo a vacância nos três primeiros anos do mandato, far-
votação, far-se-á eleição em até vinte dias após a promulgação do resulta- se-á eleição noventa dias após a sua abertura, cabendo aos eleitos com-
do, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito pletar o período de seus antecessores;
aquele que obtiver a maioria dos votos válidos, no caso e na forma da
Constituição Federal. II — ocorrendo a vacância no último ano de mandato, assumirá o
Presidente da Câmara, que completará o período.
§ 32 — Se antes de realizado o segundo turno ocorrer morte, desis-
tência ou impedimento legal do candidato, convocar-se-á, dentre os rema- Art. 84 — O Prefeito não poderá, sem licença da Câmara Municipal,
npscentes, o de maior votação. ausentar-se do Município por período superior a quinze dias, sob pena de
perda do mandato.
Art. 80 — O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse em sessão da
Câmara Municipal, no dia 12 de janeiro do ano subseqüente à eleição, Art. 85 — O Prefeito e o Vice-Prefeito deverão residir no Municí-
prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição pio, sob pena de perda do mandato, decretada pela Câmara.
Federal, a Constituição Estadual e esta Lei Orgânica, observar as leis e
promover o bem geral do Município. Parágrafo único — Sempre que tiver de ausentar-se do território do
Município ou afastar-se do cargo por mais de dez dias, o Prefeito passará
Parágrafo único — Se, decorridos dez dias da data fixada para a o exercício do cargo a seu substituto legal.
posse, o Prefeito ou Vice-Prefeito, salvo motivo de força maior aceito
pela Câmara,_não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. Art. 86 — O Prefeito regularmente licenciado terá direito a perceber
a remuneração quando:
Art. 81 — Substituirá o Prefeito, no caso de impedimento, ç suce- I — impossibilitado do exercício do cargo por motivo de doença de-
der-lhe-á, no caso da vaga, o Vice-Prefeito. vidamente comprovada;
§ 12 —'0 Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem II — a serviço ou em missão de representação do Município;
conferidas por lei complementar, auxiliará o Prefeito, sal pie que por ele
convocado para missões especiais. III — em gozo de férias.
§ 22 — A investidura do Vice-Prefeito em Secretaria Municipal não Art. 87 — O Prefeito gozará férias anuais de 30 (trinta) dias, sem
impedirá as funções previstas no parágrafo anterior. prejuízo da remuneração, ficando a seu critério a época para usufruir do
descanso.
Art. 82 — Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito,
ou vacância do cargo, assumirá a administração municipal o Presidente da Art. 88 — A extinção ou a cassação do mandato do Prefeito, bem
Câmara. como a apuração dos crimes de responsabilidade do Prefeito, ou de seu
substituto, ocorrerão na forma e nos casos previstos na legislação federal
Parágrafo único — A recusa do Presidente da Câmara, por qual- e estadual.
quer motivo, a assumir o cargo de Prefeito, importará em automática re-
núncia à sua função de dirigente do Legislativo, ensejando, assim, a elei- Art. 89 — A remuneração do Prefeito e a do Vice-Prefeito serão
ção de outro membro para ocupar, como Presidente da Câmara, a chefia estabelecidas pela Câmara no final da legislatura, para vigorar na seguin-
do Poder Executivo. te.

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§ 12 A remuneração do Vice-Prefeito dependerá do exercício de VI — dispor sobre a organização e o funcionamento da administra-
atribuição que forem autorizadas e da que for fixada para o Prefeito. ção municipal, na forma da lei;
§ 22 — O Vice-Prefeito receberá a remuneração integral estabelecida
para o Prefeito, se estiver no exercício deste cargo por mais de 30 (trinta) VII — comparecer ou remeter mensagem e plano de governo à Câ-
dias. mara Municipal por ocasião da abertura da primeira sessão de cada perío-
do legislativo, expondo a situação do Município e solicitando as provi-
Art. 90 — Investido no mandato, o Prefeito não poderá exercer car- dências que julgar necessárias;
go, emprego ou função na Administração Pública direta ou indireta, seja VIII — nomear, após aprovação pela Câmara Municipal, os servido-
no âmbito federal, estadual ou municipal, ou mandato eletivo, ressalvada
a posse em virtude de concurso público. res que a Lei assim determinar;

§ — Não poderá patrocinar causas contra o Município ou suas IX — enviar à Câmara Municipal o plano plurianual, o projeto de lei
entidades. de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstas nesta
Lei Orgânica;
§ 22 — Não poderá, desde a posse, firmar ou manter contrato com o
Município, suas entidades, ou com pessoas que realizem serviços ou obras X — prestar, anualmente, à Câmara Municipal, as contas do exercí-
municipais. cio, dentro do prazo de sessenta dias após seu encerramento;
XI — prover os cargos públicos municipais, na forma da lei;
§ 32 — Perderá o mandato o Prefeito que assumir outro cargo ou
função na administração pública direta ou indireta, ressalvado o disposto
na parte final do Art. 91. XII— repassar recursos para o funcionamento da Câmara, nos ter-
mos da Constituição Estadual e fixados no orçamento, tendo conio limite
15% (quinze por cento) da receita anual do Município;
CAPÍTULO II
DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO PREFEITO XIU — encaminhar, a sua prestação de contas à Câmara Municipal
até sessenta dias do encerramento do exercício financeiro, para efeito do
disposto no Artigo 70, desta Lei;
Art. 91 — Compete, privativamente, ao Prefeito: XIV — exercer outras atribuições previstas nesta Lei Orgânica;
I — nomear e exonerar os Secretários Municipais e os titulares dos
XV — informar à população, mensalmente, por meios eficazes, sobre
demais cargos, nos termos da lei;
receitas e despesas da Prefeitura, bem como sobre planos e programas em
II — exercer, com o auxílio dos Secretários Municipais, a direção implantação;
superior da administração municipal;
XVI — colocar à disposição da Câmara, dentro de dez dias de sua
III — iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos requisição, as quantias que devam ser despendidas de uma só vez, e, até o
nesta Lei Orgânica; dia vinte de cada mês, os recursos correspondentes às suas dotações or-
çamentárias, compreendendo os créditos suplementares e especiais;
IV — sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expe-
XVII — prestar à Câmara, dentro de quinze dias, as informações por
dir decretos, regulamentos e portarias para sua fiel execução;
ela solicitadas, salvo prorrogação, a seu pedido e por prazo determinado,
V — vetar projetos de lei, total ou parcialmente; em face da complexidade da matéria ou da dificuldade de obtenção, nas
respectivas fontes, de dados necessários ao atendimento do pedido;
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XVIII — resolver sobre os requerimentos, reclamações ou repre-
sentação que lhe forem dirigidos; Parágrafo único — Compete aos Secretários Municipais, além de
outras atribuições estabelecidas nesta Lei Orgânica e na lei referida no
art. 96:
XIX — contrair empréstimos e realizar operações de crédito, me-
diante prévia autorização da Câmara; I — exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e en-
XX — conceder auxílios, prêmios e subvenções, nos limites das res- tidades da administração municipal na área de sua competência e referen-
pectivas verbas orçamentárias e do plano de distribuição, prévia e anual- dar os atos e decretos assinados pelo Prefeito;
mente aprovado pela Câmara;
II — expedir instruções para a execução das leis, decretos e regula-
XXI — solicitar o auxilio das autoridades policiais do Estado para mentos;
garantia do cumprimento de seus atos,.
III — apresentar ao Prefeito relatórios periódicos de sua gestão na
Art. 92 — Os delitos que o Prefeito Municipal praticar, no exercício Secretaria;
do mandato ou em decorrência dele, correspondente a infrações penais IV — praticar os atos pertinentes às atribuições que lhes forem ou-
comuns ou a crime de responsabilidade, serão julgados perante o Tribunal
de Justiça do Estado. torgadas ou delegadas pelo Prefeito.

§ 12 — A Câmara Municipal, tomando conhecimento de qualquer Art. 94 — Lei Complementar disporá sobre a criação, estruturação e
ato do Prefeito que possa configurar infração penal comum ou crime de competência das Secretarias Municipais ou órgãos equivalentes.
responsabilidade, nomeará comissão especial para apurar os fatos que, no
prazo de_trinta dias, deverão ser apreciados pelo Plenárip. Parágrafo único — Nenhum órgão da administração pública muni-
cipal, direta ou indireta, deixará de ter vinculação estrutural e hierárquica.
§ 29 — Se o Plenário entender procedentes as acusações, determina-
rá o envio do apurado à Procuradoria Geral da Justiça para a providência Art. 95 — O Prefeito, o Vice-Prefeito, os Secretários Municipais e
cabível se não, determinará o arquivamento, publicandG as conclusões de os dirigentes de órgãos de entidade da administração, no ato da posse e no
ambas as decisões. término do mandato, deverão fazer declaração pública de seus bens.

§ 32 — Recebida a denúncia contra o Prefeito, pelo Tribunal de Jus-


tiça, a Câmara decidirá sobre a designação de Procurador para assistente CAPÍTULO iv
de acusação. DA PROCURADORIA DO MUNICÍPIO

§ 42 — O Prefeito ficará suspenso de suas funções com o recebi- Art. 96 — O Município será representado em Juízo, ativa e passi-
mento da denúncia pelo Tribunal de Justiça, retomando ao cargo se, até vamente, por Procurador, cuja situação f racional se regulará na lei que
cento e oitenta dias, não tiver sido concluído o julgamento. instituir o regime jurídico único dos servidores municipais.

CAPÍTULO III CAPÍTULO V


DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS DA GUARDA MUNICIPAL

Art. 93 — Os Secretários Municipais serão escolhidos dentre brasi- Art. 97 — A Guarda Municipal destina-se à proteção dos bens, ser-
viços e instalações do Município e terá organização, funcionamento e co-
leiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos.
mando, na forma de lei complementar.
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irtruLo IV b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributá-
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO rios;
CAPÍTULO I c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo pelas socieda-
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL des cooperativas.
SEÇÃO I § 49 — O Município poderá instituir contribuições, cobradas de seus
DOS PRINCIPIOS GERAIS servidores, para o custeio, em benefício destes, de sistema de previdência
e assistência social.
Art. 98 — O Município poderá instituir os seguintes tributos:
SEÇÃO II
I — impostos; DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR
II — taxas em razão do exercício do poder de polícia ou pela utiliza-
Art. 99 — Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contri-
ção efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis, buinte, é vedado ao Município:
prestados aos contribuintes ou postos à sua disposição;
I — exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
III — contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
II — instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encon-
§ 12 — Sempre. que possível, os impostos terão caráter pessoal e se-
trem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de
rão _graduados segundo.a _capacidade econômica do.contribuinte, facultado ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da
à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da
lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contri- ifi — cobrar tributos:
buinte.
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência
§ r - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impos- da Lei que os houver instituído ou aumentado;
tos.

§ 32 — A legislação municipal relativa a matéria tributária respeitará b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a Lei
que os instituiu ou aumentou;
as disposições da lei complementar federal pertinentes a:
I — conflito de competência; IV — utilizar tributo com efeito de confisco;

V — estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio


II — regulamentação das limitações constitucionais do poder de tri- de tributos intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utiliza-
butar;
ção de vias conservadas pelo Município;
III — normas gerais sobre:
VI — instituir impostos sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação
aos impostos, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contri- a) patrimônio, renda ou serviço da União ou do Estado;
buintes;
b) templos de qualquer culto;
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c) patrimônio, renda ou serviços de partidos políticos, inclusive suas
imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos e sua aquisi-
fundações, das entidades judiciais dos trabalhadores, das instituições de ção;
educação e de assistência social sem fins lucrativos, atendidos os requisi-
tos da lei;
III — vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto
d) livros, jornais e periódicos; óleo diesel;

VII — estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qual- IV — serviços de qualquer natureza; não compreendidos na compe-
quer natureza, em razão de sua procedência ou destino. tência do Estado, defmida em lei complementar federal.
§ 12 — imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo nos ter-
§ 12_ A vedação do inciso W, "a", é extensiva às autarquias e às
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao mos do Código Tributário Municipal, de forma que 'assegure o cumpri-
patrimônio, à renda e aos serviços vinculados às suas finalidades essen- mento da função social da propriedade tal como definida no § 22 do art.
ciais ou às delas decorrentes. 182 da Constituição Federal.

§ 22 — As vedações do inciso VI, "d", e a do parágrafo anterior § r - O imposto previsto no inciso H:


não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com a) não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados
exploração de atividades econômicas 'regidas pelas normas aplicáveis a
empreendimentos privados ou em que haja contraprestação ou pagamento ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a
de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, Cisão
obrigação de pagar imposto relativo ao bem imóvel. ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade prepon-
derante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, loca-
§ 32 — As vedações expressas no inciso VI, alíneas "h" e "c", ção de bens imóveis ou arrendamento mercantil;
compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados b) compete ao Município em razão da localização do bem.
com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
§ 42 — A lei determinará medidas para que os consumidores sejam § 32 — O imposto previsto no inciso Hl não exclui a incidência do
imposto estadual sobre a mesma operação.
esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e servi-
ços.
§ 42 — As alíquotas dos impostos previstos no inciso III não pode-
§ 52 — Qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária rão ultrapassar o limite fixado em lei complementar federal.
ou previdenciária só poderá ser concedida mediante lei municipal espec(-
fica.
SEÇÃO IV
SEÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS REPARTIDAS
DOS IMPOSTOS DO MUNICÍPIO
Art. 101 — Pertencem ao município:
Art. 100 — Compete ao Município instituir impostos sobre:
I — o produto da arrecadação do Imposto da União sobre renda e
I — propriedade predial e territorial urbana; provento de qualquer natureza, incidente, na fonte, sobre rendimentos pa-
gos, a qualquer título, por ele, suas autarquias e pelas fundações que ins-
tituir ou mantiver;
— transmissão intervivos, a qualquer título, por ato oneroso, de:
bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre
— cinqüenta por cento do produto da arrecadação do Imposto da
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União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis nele I — o plano plurianual;
situados;
_ — as diretrizes orçamentárias;
cinqüenta por cento do produto da arrecadação do Imposto do
Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seu III — os orçamentos anuais.
território;
§ 12 — A lei que estabelecer o plano plurianual fixará por distrito,
IV — a parcela de vinte e cinco por cento do produto da arrecadação
bairros e regiões, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública
do imposto do Estado sobre operações relativas à circulação de mercado- municipal para as despesas de capital e outras delas decorrentes, e para as
rias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e intermuni- relativas aos programas de duração continuada.
cipal e de comunicação (ICMS), na forma do parágrafo único seguinte;
§ 29 — A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e
V — a parcela de vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento do prioridades da administração pública municipal, incluindo as despesas de
produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados, atra- capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da
vés do Fundo de Participação dos Municípios, em transferências mensais, lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária
na proporção do índice apurado pelo Tribunal de Contas da União; e estabelecerá a política de fomento.
VI— a parcela de vinte e cinco por cento relativa aos dez por cento § 32 — O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerra-
que o Estado receberá da união do produto da arrecadação do imposto so- mento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.
bre produtos industrializados, na forma do parágrafo único deste artigo;
§ 42 — Os planos e programas municipais, distritais, de bairros, re-
VII— setenta por cento do produto da arrecadação do imposto da gionais e setoriais previstos nesta Lei Orgânica serão elaborados em con-
União sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos sonância com o plano plurianual e apreciados pela Câmara Municipal,
ou valores mobiliários, incidente sobre o ouro, observado o disposto no após discussão com entidades representativas da Comunidade.
art. 153, § 59, da Constituição Federal.
§ 52 — A lei orçamentária anual compreenderá:
Parágrafo único — As parcelas do ICMS a que faz jus o Município
serão calculadas conforme dispuser Lei Estadual, assegurando-se que, no I — o orçamento fiscal referente aos Poderes Legislativo e Executi-
mínimo, três quartas partes serão na proporção do valor adicionado nas vo, seus fundos, órgãos e entidades de administração direta e indireta, in-
operações realizadas no seu território. clusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal;
Art. 102 — O Município acompanhará o cálculo das quotas e a libe- II — o orçamento de investimento das empresas em que o Município,
ração de sua participação nas receitas tributárias a serem repartidas pela direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a
União e pelo Estado, na forma da lei complementar federal. voto;
Art. 103 — O Prefeito divulgará, até o último dia do mês subse-
III — a proposta da lei orçamentária será acompanhada de demons-
qüente ao da arrecadação, o montante de cada um dos tributos arrecada- trativo do efeito sobre receitas e despesas decorrentes de isenções, anis-
dos e os recursos recebidos. tias, remissões e benefícios de natureza financeira e tributária.
CAPÍTULO n § 62 — Os orçamentos previstos no § 59, I e II deste artigo, compa-
DAS FINANÇAS PÚBLICAS tibilizados com o plano plurianual, terão, entre suas funções, a de reduzir
desigualdades entre distritos, bairros e regiões, segundo critério popula-
Art. 104.— Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: cional.
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§ 72 A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à
previsão dmeceita e à fixação da despesa, não se incluindo, na proibição, II — indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os prove-
a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de nientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
operação de crédito, ainda que por antecipação da receita, nos termos da
lei. a) dotações para pessoal e seus encargos;

§ 82 — Obedecerá às disposições de lei complementar federal espe- b) serviço da dívida municipal;


cífica a legislação municipal referente a:
LEI — sejam relacionadas:
I — exercício financeiro;
a) com a correção de erros ou omissões;
II — vigência, prazos, elaboração e organização do plano plurianual,
da lei de diretrizes orçamentárias e da lei orçamentária anual; b) com os dispositivos do texto da proposta ou do projeto de lei.

III — normas de gestão financeira e patrimonial da administração di- § 42 — As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não
reta e indireta, bem como instituição de fundos. poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

§ 52 — O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara Municipal pa-


Art. 105 — Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às dire- ra propor modificações dos projetos e propostas a que se refere este arti-
trizes orçamentárias e à proposta do orçamento_anual serão apreciados go, enquanto não iniciada a votação, na Comissão, da parte cuja alteração
pela Câmara Municipal, na forma do Regimento Interno, respeitados os é proposta.
dispositivos deste artigo.
§ 62 — Não enviados no prazo previsto na lei complementar referida
no § 32 do art. 101, a Comissão elaborará, nos trinta dias seguintes, os
§ 12 — Cabe à Comissão Permanente de Finanças: projetos e propostas de que trata este artigo.

1— examinar e emitir parecer sobre os projetos e propostas referidos § 72 — Aplicam-se aos projetos e propostas mencionados neste arti-
neste artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Prefeito; go, no que não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relati-
vas ao processo legislativo.
— examinar e emitir parecer sobre planos e programas municipais,
distritais, de bairros, e regionais e setoriais, previstos nesta Lei Orgânica, § 82 — Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição
e exercer o acompanhamento e fiscalização orçamentária, sem prejuízo da da proposta de orçamento anual, ficarem sem despesas correspondentes,
atuação das demais comissões da Câmara Municipal, criadas de acordo poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou
com o art. 60. suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
§ r - As emendas s6 serão apresentadas perante a Comissão, que Art. 106 — São vedados:
sobre elas emitirá parecer escrito.
I — o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamen-
§ 32 — As emendas à proposta do orçamento anual ou aos projetos tária anual;
que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
II — a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas
1— sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretri- que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
zes orçamentárias;
III — a realização de operações de crédito que excedam o montante
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das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos su- Art. 108 — A despesa com o pessoal ativo e inativo do município
plementares e especiais com finalidade precisa, aprovadas pela Câmara não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar federal.
Municipal por maioria absoluta;
-Parágrafo único — A concessão de qualquer vantagem ou aumento
IV — a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despe- da remuneração, a criação de cargos ou alteração de estrutura de carreiras,
sas, e a destinação de recursos para o atendimento de créditos por anteci- bem como a admissão de Pessoal a qualquer título, pelos órgãos e entida-
pação da receita; des da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público Municipal, só poderão ser feitas:
V — a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia auto-
rização legislativa, por maioria absoluta, e sem indicação dos recursos I — se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às
correspondentes; projeções de despesa de pessoa e,aos acréscimos delas decorrentes;

VI — a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos lI — se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentá-
de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, rias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
sem prévia autorização legislativa, por maioria absoluta;
VII — a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII — a utilização, sem autorização legislativa específica, por TÍTULO V


DA INTERVENÇÃO NO MUNICÍPIO
maioria absoluta, de recursos do orçamento anual para suprimir necessi-
dade ou cobrir deficit de empresa, fundação ou fundos do Município; Art. 109 — O Estado intervirá no Município, quando:
IX — a instituição de fundos de qualquer natureza sem prévia auto-
rização legislativa, por maioria absoluta. I — deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos
consecutivos, a dívida fundada;
§ 12 — Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou II — não forem prestadas contas devidas, na forma da Lei;
sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime contra a administração.
111 — não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal
§ 12 — Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no na manutenção e desenvolvimento do ensino;
exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autoriza-
ção for prorrogado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em IV — o Tribunal de Justiça der provimento a representação, para as-
que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados aos orça- segurar a observância de princípios indicados na Constituição do Estado
mentos do exercício financeiro subseqüente. ou para prover a execução de lei, ordem ou decisão judicial.
§ 22 — A abertura de crédito extraordinário somente será admitida
para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, decorrentes de calami-
dade pública, e será realizada pelo Prefeito, mediante medida provisória. Art. 110 — A intervenção se dará:

Art. 107 — Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, I — nos casos dos incisos I, II e III do artigo anterior, mediante re-
compreendidos os créditos suplementares e especiais destinados à Câmara presentação fundamentada do Tribunal de Contas dos Municípios;
Municipal, ser-lhe-ão entregues até o dia vinte de cada mês, em forma de
duodécimos, sob pena de responsabilidade do chefe do Executivo. II — no caso do inciso IV, mediante solicitação do Poder Judiciário.

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TÍTULO VI
DA ORDEM ECONÔMICA
I — regime jurídico das empresas privadas, inclusive quanto às obri-
CAPÍTULO gações trabalhistas e tributárias;
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA
11 — proibição de privilégios fiscais não extensivos ao setor privado;
Art. 111 — O Município, na sua circunscrição territorial e dentro de
sua competência constitucional, e observados os princípios da ordem eco- III — subordinação a uma secretaria municipal;
nômica fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa,
assegura a todos as prerrogativas inerentes a: IV — adequação da atividade ao Plano Diretor, ao plano plurianual
e às diretrizes orçamentárias; .
I — autonomia municipal;
V — orçamento anual aprovado pelo Prefeito.
II — propriedade privada;
Art. 112 — A prestação de serviços públicos, pelo Município, dire-
III — função social da propriedade; tamente ou sob regime de concessão ou permissão, será regulada em lei
complementar que assegurará:
IV — livre concorrência;
I — a exigência de licitação, em todos os casos;
V— defesa ao consumidor;
II — definição do caráter especial dos contratos de concessão ou
VI — defesa do meio ambiente; permissão, casos de prorrogação, condições de caducidade, forma de fis-
calização e rescisão;
VII — redução das desigualdades regionais e sociais;
111 — os direitos dos usuários;
VIII — busca do pleno emprego;
IV — a política tarifária;
IX — tratamento favorecido para empresas brasileiras de capital na-
cional de pequeno porte, e às microempresas. V — a obrigação de manter serviço de boa qualidade;

§ 12 — É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade VI — mecanismo de fiscalização pela comunidade e pelos usuários.
econômica, independentemente de autorização dos órgãos públicos muni-
cipais, salvo nos casos previstos em lei. Art. 113 — O Município promoverá e incentivará o turismo, como
fator de desenvolvimento social e econômico.
§ 22 — Na aquisição de bens e serviços, o Poder Público Municipal
dará tratamento preferencial, na forma da lei, a empresas brasileiras de Art. 114 — O Município formulará programas de apoio e fomento
capital nacional, principalmente às de pequeno porte. às empresas de pequeno porte, microempresas e cooperativas de pequenos
produtores rurais, industriais, comerciais ou de serviços, incentivando seu
§ 32_ A exploração direta da atividade econômica, pelo Município, fortalecimento por meio da simplificação das exigências legais, do trata-
só será permitida em caso de relevante interesse coletivo, na forma da lei mento fiscal diferenciado e de outros mecanismos previstos em lei.
complementar que, dentre outras, especificará as seguintes exigências pa-
ra criar ou manter empresas públicas e sociedades de economia mista ou CAPÍTULO II
entidade autárquica: DA POLÍTICA URBANA

Art. 115 — A política de desenvolvimento urbano, executada pelo


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Poder Público Municipal, conforme diretrizes fixadas em leis estaduais e
federais, tem por objetivos ordenar o pleno desenvolvimento das funções § 22 — O plano deverá considerar a totalidade do território Munici-
da cidade e seus bairros, dos distritos e dos aglomerados urbanos, e ga- pal.
rantir o bem-estar de seus habitantes.
Art. 117 — As terras públicas não utilizadas ou subutilizadas e as
§ 12 — O Plano Diretor, aprovado pela Câmara Municipal, é o ins- discriminadas serão destinadas prioritariamente a assentamentos de popu-
trumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana. lação de baixa renda e à instalação de equipamentos coletivos.
§ 22 — As funções sociais da cidade dependem do acesso de todos Parágrafo único — Fica assegurado o uso coletivo de propriedade
os cidadãos aos bens e aos serviços urbanos, assegurando-se-lhes condi- urbana ocupada pelo prazo„mínimo de cinco anos por população de baixa
ções de vida e moradia compatíveis com o estágio de desenvolvimento do renda, desde que requerida em juízo por entidade representativa da comu-
Município. nidade, à qual caberá o título de domínio e a concessão de uso.
§ 32 — Os imóveis urbanos desapropriados pelo Município serão Art. 118 — O Município implantará sistema de coleta, transporte,
pagos com prévia e justa indenização em dinheiro, salvo nos casos do in- tratamento e destinação final do lixo, utilizando processos que envolvam
ciso IQ, do parágrafo seguinte. sua reciclagem.
§ 42 — O proprietário do solo urbano incluído no plano diretor, com Art. 119 — O Município promoverá, em consonância com sua polí-
área não edificada, não utilizada, ou subutilizada, nos termos da lei fede- tica urbana e respeitadas as disposições do plano diretor, programas de
ral, deverá promover seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessiva- habitação popular destinados a melhorar as condições de moradia da po-
mente, de: • pulação carente.
I — parcelamento ou edificação compulsórios; § 12 — A ação do Município deverá orientar-se para:

11 — imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana, pro- I — ampliar o acesso a lotes mínimos dotados de infra-estrutura bási-
gressivo no tempo; ca e servidos por transporte coletivo;
III — desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pú- II — estimular e assistir, tecnicamente, projetos comunitários e asso-
blica municipal de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, ciativos de construção de habitação e serviços;
com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas iguais, anuais e suces-
sivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais. III — urbanizar, regularizar e titular as áreas ocupadas por popula-
ção de baixa renda, passíveis de urbanização.
Art. 116 — O Plano Diretor fixará normas sobre zoneamento, par-
celamentos, loteamentos, uso e ocupação do solo, contemplando áreas § 22 — Na promoção de seus programas de habitação popular, o
destinadas às atividades econômicas, áreas de lazer, cultura e desportos, Município deverá articular-se com os órgãos estaduais, regionais e fede-
residenciais, reservas de interesse urbanístico, ecológico, e turístico, para rais competentes, e, quando couber, estimular a iniciativa privada a con-
o fiel cumprimento do disposto no artigo anterior. tribuir para aumentar a oferta de moradias adequadas e compatíveis com a
capacidade econômica da população.
§ 12 — Lei complementar estabelecerá as formas de participação po-
pular na elaboração do Plano Diretor, garantindo a colaboração das enti- Art. 120 — Será criado o Conselho Municipal de Desenvolvimento
dades profissionais, comunitárias, e o processo de discussão com a comu- Urbano, com representação de Órgãos Públicos, Entidades Profissionais e
nidade, divulgação, formas de controle de sua execução e revisão periódi- outras, objetivando definir diretrizes e normas, planos e programas sub-
ca. metidos à Câmara Municipal, além de acompanhar e avaliar as ações do
Poder Público, na forma da Lei.
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§ 32 — É vedado ao Município destinar recursos para auxílios e
TÍTULO VII subvenções a instituições privadas com fins lucrativos.
DA ORDEM SOCIAL
Art. 124 — Ao sistema único descentralizado de saúde, compete,
CAPÍTULO I
além de outras atribuições, nos termos da lei:
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 121 — A ação do Município no campo da assistência social I — controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de
objetivará promover: interesse para a saúde e participar da produção de medicamentos, equipa-
mentos imunológicos, hemoderivados e outros insumos;
I — a integração do indivíduo ao mercado de trabalho e ao meio so-
cial; 11 — executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem
como as de saúde do trabalhador;
II — o amparo à velhice e à criança abandonada;
III — ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
111 — a integração das comunidades carentes.
IV — participar da formulação da política e da execução das ações
Art. 122 — O Município assegurará, em seus orçamentos anuais, de saneamento básico;
parcela de contribuição para financiar a seguridade social.
V — incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento cientí-
fico e tecnológico;
CAPÍTULO II VI — fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de
DA SAÚDE seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo humano;
Art. 123 — O Município integra, com a União e o Estado, o sistema
VII — participar do controle e fiscalização da produção, transporte,
único descentralizado de saúde, cujas ações e serviços públicos, na sua guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e ra-
circunscrição territorial, são por ele dirigidos, com as seguintes diretrizes: dioativos;
I — atendimento integral e universalizado, com preferência para as
VIII — colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido
atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços e controle das políticas o do trabalho;
e ações;

II — participação da comunidade na formulação, gestão e controle IX — avaliar e controlar a execução de convênios e contratos, cele-
das políticas e ações; brados pelo Município, com entidades privadas prestadoras de serviço de
saúde;
III — integração das ações de saúde, saneamento básico e ambiental. X — autorizar a instalação de serviços privados de saúde e fiscali-
§ 12 — A assistência à saúde é livre à iniciativa privada, obedecidos zar-lhes o funcionamento.
os requisitos da lei e as diretrizes da política de saúde.
Art. 125 — As ações e os serviços de saúde realizados no Municí-
§ 22 — As instituições privadas poderão participar, de forma com- pio integram uma rede regionalizada e hierarquizada, constituindo o sis-
plementar, do sistema único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante tema único de saúde no âmbito do Município, organizado de acordo com
contrato de direito público ou convênio, tendo preferência as entidades as seguintes diretrizes:
filantrópicas e as sem fins lucrativos.
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I — comando único exercido pela Secretaria Municipal de Saúde ou CAPÍTULO In
equivalente; DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
II — integridade na prestação das ações de saúde;
Art. 129 — O Município executará na sua circunscrição territorial,
com recursos da seguridade social, consoante normas gerais federais, os
III organização de distritos sanitários com alocação de recursos programas de ação governamental na área de assistência social.
técnicos e práticos de saúde, adequados à realidade epidemiológica local;
§ 12 — As entidades beneficentes e de assistência social, que te-
IV — direito do indivíduo de obter informações e esclarecimentos nham sede no Município, poderão integrar os programas referidos no "ca-
sobre assuntos pertinentes à promoção, proteção e recuperação de sua put" deste artigo.
saúde e da coletividade.
§ 22 — A comunidade, por meio de suas organizações representati-
vas, participará na formulação das políticas e no controle das ações.
Art. 126 — Sempre que possível, o Município promoverá:
Art. 130 — O Município organizará o sistema de Defensoria Públi-
I — formação de consciência sanitária individual na primeira idade, ca Municipal, com a finalidade de assegurar assistência judiciária gratuita
através do ensino primário; à pessoa comprovadamente carente de recursos.
II — serviços hospitalares e dispensários, cooperando com a União e CAPÍTULO IV
o Estado; DA EDUCAÇÃO, CULTURA, DESPORTO E LAZER'
III — combate. às moléstias especificas, contagiosas e infecto-conta- Art. 131 — O Município manterá seu sistema de ensino em colabo-
siosas; • - ração com a União e o Estado, atuando, prioritariamente, no ensino fun-
IV — combate ao uso de tóxico; damental e pré-escolar, promovendo a reserva de vagas suficientes para
atender à demanda.
V — serviços de assistência à maternidade e à infância. § 19 — Os recursos para a manutenção e desenvolvimento do ensino
compreenderão:
Parágrafo único — Compete ao Município suplementar, se necessá-
rio, a legislação federal e a estadual que disponham sobre a regulamenta- I — vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de im-
ção, fiscalização e controle das ações e serviços de saúde, observados os postos, compreendida a proveniente de transferências;
preceitos estabelecidos na Constituição Federal.
II — as transferências específicas da União e do Estado.

Art. 127 — A inspeção médica nos estabelecimentos de ensino mu- § 22 — Os recursos referidos no parágrafo anterior poderão ser diri-
nicipal terá caráter obrigatório. gidos, também, às escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, na
forma da lei, desde que atendidas as prioridades da rede de ensino do
Município.
Art. 128 — Será constituído um Conselho Municipal de Saúde, ór- Art. 132 — O Município manterá:
gão deliberativo, constituído de representantes das entidades profissionais
de saúde, prestadores de serviços sindicais, associações comunitárias e I — ensino fundamental, obrigatório, inclusive para os que não tive-
gestoras do sistema de saúde, na forma da lei. rem acesso na idade própria;
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LI — atendimento educacional especializado aos portadores de defi-

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ciências físicas e mentais; IV — garantia de liberdade de ensino, de pluralismo religioso e cul-
tural.
III — atendimento em-creche e pré-escola às crianças de zero a seis
anos de idade;
Art. 137 — Serão criados o Conselho Municipal de Educação e Co-
IV — ensino noturno regular, adequado às condições do educando. legiados Escolares, cuja composição e competências serão definidas em
lei, garantindo-se a representação da comunidade escolar e da sociedade.
Art. 133 — O ensino oficial do Município será gratuito em todos os Parágrafo único — Os diretores e vice-diretores serão escolhido
graus e atuará prioritariamente no ensino fundamental e pré-escolar. por meio de eleição direta, na forma da lei.
§ 12 — O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disci-
Art. 138 — O Miinicípio apoiará e incentivará a valorização, a pro-
plina dos horários das escolas oficiais do Município e será ministrado de dução e a difusão das manifestações culturais, mediante:
acordo com a confissão religiosa do aluno, manifestada por ele, se for ca-
paz, ou por seu representante legal ou responsável.
1— criação, manutenção e abertura de espaços culturais;
§ 2 — O ensino fundamental regular será ministrado em língua II — intercâmbio cultural e artístico, inclusive com outros municí-
portuguesa.
pios;
§ 32 — O Município orientará e estimulará, por todos os meios, a ifi — acesso livre aos acervos de bibliotecas, museus e arquivos;
educação física, que será obrigatória nos estabelecimentos municipais de
ensino e nos particulates
_ que recebam auxílio do Município. IV — aperfeiçoamento e valorização dos profissionais de cultura.
-• -
Art. 134 — O Município manterá o professorado municipal, em ní-
vel econômico, social, moral e cultural à altura de suas funções. Art. 139 — Ficam sob a proteção do Município os conjuntos e sítios
de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontolágico,
Art. 135 — Integram o atendimento ao educando os programas su- ecológico e científico, tombados pelo Poder Público Municipal.
plementares de material didático escolar, transporte, alimentação e assis-
tência à saúde. Parágrafo único — Os bens tombados pela União ou pelo Estado
merecerão idêntico tratamento, mediante convênio.

Art. 136 — O Sistema de Ensino do Município será organizado com Art. 140 — O Município auxiliará, pelos meios ao seu alcance, as
base nas seguintes diretrizes: organizações beneficentes, culturais e amadoristas, nos termos da lei, sen-
do que estas últimas e as colegiais terão prioridades no uso de estádios,
1 — adaptação das diretrizes da legislação federal e estadual às pecu- campos e instalações de propriedade do Município.
liaridades locais, inclusive quanto ao calendário escolar;
Parágrafo único — Aplica-se ao Município, no que couber, o dis-
II — manutenção de padrão de qualidade, mediante controle pelo posto no art. 217 da Constituição Federal.
Conselho Municipal de Educação;
III — gestão democrática, garantindo a participação de entidade da Art. 141 — Serão criados centros sociais urbanos e rurais para práti-
comunidade na concepção, execução, controle e avaliação dos processos cas de atividades sociais diversas nos setores mais carentes.
educacionais;
Art. 142 — É dever do Município promover, incentivar e garantir,
com recursos financeiros e operacionais, as práticas desportivas escolares
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e comunitárias e o lazer, como direito de todos, visando o desenvolvi- VI — proteger a flora e a fauna, vedadas, na forma da lei, as práticas
mento integral do cidadão. que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de
_
espécies ou submetam animais à crueldade;
Art. 143 — Caberá ao Município estabelecer e desenvolver planos e
programas de construção e manutenção de equipamentos desportivos co- VII — garantir o amplo acesso da comunidade às informações sobre
munitários e escolares, com alternativa de utilização para portadores de fontes causadoras da poluição e degradação ambiental.
deficiência física.
§ 2 - São áreas de preservação permanente, como for definido em
Parágrafo único — É vedado ao Município custear, a qualquer tí- lei:
tuo, o Esporte Profissional.
I— as matas ciliares;

— as reservas da flora apícola compreendendo uma infinidade de


CAPÍTULO V espécies vegetais e enxames silvestres;
DO MEIO AMBIENTE
DI — as áreas de proteção das nascentes e margens dos rios, compre-
Art. 144 — Todos têm direito ao meio ambiente ecológico equili- endendo o espaço necessário à sua preservação, nos termos da lei;
brado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,
impondo-se ao município e à comunidade o dever de defendê-lo e preser- IV — as áreas estuarinas;
vá-lo para as presentes e futuras gerações.
V — as áreas que abriguem exemplares raros da fauna, da flora e das
§ .12 — Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Muni- espécies ameaçadas de extinção, bem como aquelas que sirvam como lo-
cípio: cal de pouso ou reprodução de espécies migratórias;
1— preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover VI—as cavidades subterrâneas e cavernas;
o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
VII—as encostas sujeitas a erosão e deslizamento;
II— definir, em lei complementar, os espaços territoriais do Municí-
pio e seus componentes, a serem especialmente protegidos, e a forma da VIII— áreas de valor paisagístico.
permissão para a alteração e supressão, vedada qualquer utilização que
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
§ 32_ Aquele que explorar recursos minerais, inclusive extração de
III — exigir, na forma da lei, para instalação de obra, atividade ou areia, cascalho ou pedreiras, fica obrigado a recuperar o meio ambiente
parcelamento do solo que possa causar significativa degradação do meio degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público
ambiente, estudos práticos de impacto ambiental, a que se dará publicida- competente, na forma da lei.
de;

IV — controlar a produção, a comercialização e o emprego de técni- § 42 — As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio am-
biente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, às sanções
cas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade administrativas e penais, independentemente da obrigação de reparar os
de vida e o meio ambiente;
danos causados.
V — promover a educação ambiental na sua rede de ensino e a cons-
Art. 145 — Será criado um Horto Florestal com o objetivo de forne-
cientização da comunidade para a preservação do meio ambiente; cimento de mudas, observando quantidade, qualidade genética, e diversi-
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II — executar programas de saneamento em áreas pobres, atendendo
dade de espécies previstas no programa de diversificação de cultivos, que à população de baixa renda, com soluções adequadas e de baixo custo pa-
será defmido em Lei complementar. ra o abastecimento de água e esgoto sanitário;
Art. 146 — Fica criado o Conselho Municipal de Meio Ambiente, LII — executar programas de educação sanitária e memorar o nível
cuja composição e competências serão definidas em Lei, garantindo-se a de participação das comunidades na solução de seus problemas de sanea-
representação do Poder Público, de entidades ambientalistas e demais as- mento;
sociações representativas da comunidade.
IV — levar à prática, pelas autoridades competentes, tarifas sociais
para os serviços de água.
CAPÍTULO VI CAPÍTULO VII
DO SANEAMENTO BÁSICO DO TRANSPORTE URBANO
Art. 150 — O sistema de transporte coletivo é um serviço público
Art. 147 — Cabe ao Município prover sua população dos serviços essencial, a que todo cidadão tem direito.
básicos de abastecimento d'água, coleta e disposição adequada dos esgo-
tos e lixo, drenagem urbana de águas pluviais, segundo as diretrizes fixa- Art. 151 — Caberá ao Município o planejamento e controle do
das pelo Estado e pela união. transporte coletivo, e sua execução poderá ser feita diretamente ou me-
diante concessão.
Parágrafo único — Deverá ser instalado aterro sanitário e deposito
de lixo, a, no mínimo, três quilômetros do perímetro urbano. § 12 — A permissão ou concessão para exploração do serviço não
poderá ser em caráter de exclusividade.
Art. 148 — Os serviços definidos no artigo anterior são prestados
diretamente por órgãos municipais ou por concessão a empresas públicas § 2 — Os planos de transporte devem dar prioridade ao atendi-
ou privadas, devidamente habilitadas. mento à população de baixa renda e à do interior do Município.

§ 12 - Serão cobradas taxas ou tarifas pela prestação dos serviços, § 32 — A fixação de tarifas deverá contemplar a remuneração dos
na forma da lei. custos operacionais e do investimento, compreendendo a qualidade do
serviço e o poder aquisitivo da população.
§ 22_ A lei definirá mecanismos de controle e de gestão democráti-
ca, de forma que as entidades representativas da comunidade acompanhem § 42 — A Lei estabelecerá os casos de isenção de tarifas, padrões de
e avaliem as políticas e as ações dos órgãos ou empresas responsáveis segurança e manutenção, horários, itinerários e normas de proteção am-
pelos serviços. biental, além das formas de cumprimento de exigências constantes do Pla-
no Diretor e de participação popular.
Art. 149 — O município, em consonância com a sua política urbana
Art. 152 — O Município, em convênio com o Estado, promoverá
e segundo o disposto em seu plano diretor, deverá promover programas de
saneamento básico destinados a melhorar as condições sanitárias e am- programas de educação para o trânsito.
bientais das áreas urbanas e os níveis de saúde da população. CAPÍTULO VIII
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA,
Parágrafo único — A ação do Município deverá orientar-se para: DO ADOLESCENTE E DO IDOSO
I — ampliar progressivamente a responsabilidade local pela presta-
Art. 153 — O Município dispensará proteção especial ao casamento
ção de serviços de saneamento básico;
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e assegurará condições morais, físicas e sociais indispensáveis ao desen-
volvimento, segurança e estabilidade da família. pal prestarão o compromisso de manter, defender e cumprir a Lei Orgâni-
ca do Município no ato e na data de sua promulgação.
§ 12 — Serão proporcionadas aos interessados todas as facilidades
para a celebração do casamento. Art. 155 — São considerados estáveis os servidores públicos muni-
cipais cujo ingresso não seja conseqüente de concurso público e que, an-
§ 22 — A lei disporá sobre a assistência aos idosos, à maternidade e tes da data da promulgação da Constituição Federal, tenham completado,
aos excepcionais, assegurada aos maiores de sessenta e cinco anos a gra- pelo menos, cinco anos continuados de exercício de função pública muni-
tu idade dos transportes coletivos urbanos. cipal.
§ 32 — Compete ao Município suplementar a legislação federal e a
§ 12 — O tempo de serviço dos servidores referidos neste artigo será
estadual dispondo sobre a proteção à infância, à juventude e às pessoas contado como título •quando se submeterem a concurso público, para fins
portadoras de deficiência, garantindo-lhes o acesso a logradouros, edifí- de efetivação, na forma da lei.
cios públicos e veículos de transporte coletivo.
§ 42 — No âmbito de sua competência, lei municipal disporá sobre a § 22 — Excetuados os servidores admitidos a outro título, não se
aplica o disposto neste artigo aos nomeados para cargos em comissão ou
adaptação dos logradouros e dos edifícios de uso público, a fim de garan- admitidos para funções de confiança, nem aos que a lei declare de livre
tir o acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência. exoneração.
§ 52 — Para a execução do previsto neste artigo, serão adotadas,
entre outras, as seguintes medidas: Art. 156 — Até o encerramento da sessão legislativa de 1991 serão
elaboradas as leis decorrentes desta lei orgânica, inclusive as que se rela-
I — amparo às famílias numerosas e sem recursos; cionem com a estrutura e o funcionamento do Poder Executivo.

II — ação contra os males que são instrumentos de dissolução da fa- Art. 157 — Até 31 de dezembro de 1990, será promulgado o novo
mília; Código Tributário do Município.
III — estímulo aos pais e às organizações sociais para formação mo- Art. 158 — O Poder Executivo reavaliará todos os incentivos fiscais
ral, cívica, física e intelectual da juventude; de natureza setorial ora em vigor, propondo ao Poder Legislativo as me-
IV — colaboração com as entidades assistenciais que visem à prote- didas cabíveis.
ção e educação da criança; § 12 — Considerar-se-ão revogados, a partir do exercício de 1991,
V — amparo às pessoas idosas, assegurando sua participação na co- os incentivos que não forem confirmados por lei.
munidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o di-
reito à vida; § 22 — A revogação não prejudicará os direitos que já tiverem sido
adquiridos, àquela data, em relação a incentivos concedidos sob condição
VI — colaboração com a União, com o Estado e com outros Municí- e com prazo.
pios para a solução do problema dos menores desamparados ou desajusta-
dos, mediante processo adequado de permanente recuperação. Art. 159 — No prazo de 90 (noventa) dias contados da promulgação
desta Lei Orgânica, lei complementar disporá sobre a remuneração do
TÍTULO VIII Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, observar a capacidade de pa-
DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS gamento do Município e previstos os descontos legais.

Art. 154 — O Prefeito Municipal e os membros da Câmara Munici- Parágrafo único — A remuneração do Prefeito não poderá ser infe-
rior à remuneração paga a Assessor do Município, na data de sua fixação.
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Art. 160 — É autorizada a Prefeitura a criar e manter, na sede do
Município, a Casa do Estudante, a fim de proporcionar residência a alu-
nos provindos da zona rural•e_ que se destinem a freqüentar o Colégio
Municipal de Ubaíra.

Parágrafo único — O Prefeito regulamentará o disposto neste arti-


go, inclusive estabelecendo as condições para admissão do estudante na
residência criada.

Art. 161 — O Município mandará imprimir esta Lei Orgânica para


distribuição gratuita nas Escolas e entidades representativas da comunida-
de, de modo que se faça a mais ampla divulgação do seu conteúdo.
Art. 162 — Esta Lei Orgânica, aprovada e assinada pelos membros
da Câmara Municipal, é promulgada pela Mesa e entra em vigor na data
da sua promulgação, revogadas as disposições em contrário.

Sala de Sessões da Câmara Municipal, em 05 de abril de 1990.

VEREADORES

LUIZ ANTÔNIO FREIRE DE REZENDE


VOLNEY LEITE MICUCCI
CLEMENTE GOMES DE BRITO
PEDRO MONTEIRO DA ROCHA FILHO
MARIA DA GLÓRIA BATISTA DE SOUZA
ALTINO LIMA ROCHA NETO
JOÃO JOSÉ DE BRITO
ISRAEL SOUZA ANDRADE
JOSÉ MUNIZ BARRETO
ALMIR BARRETO DE ANDRADE
ANTÔNIO AUGUSTO DE OLIVEIRA
NILTON ABREU ROCHA (suplente)

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