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Agrofloresta e Horta Mandala como Proposta de Projeto Integrador no Curso

Técnico em Agroecologia do IFPR Campus Ivaiporã-PR

Agroforestry and Horta Mandala as Proposal Integrator Project in Technical Course in


Agroecology of IFPR Campus Ivaiporã-PR.
1
MARTINKOSKI, Lais; ²MOURO, Gisele Fernanda; ³SOUZA, Ricardo Rodrigues; 4VOGEL,
Gabriel Felipe
1
Instituto Federal do Paraná, Ivaiporã, PR, lais.martinkoski@ifpr.edu.br;
²Instituto Federal do Paraná, Ivaiporã, PR gisele.mouro@ifpr.edu.br
³Instituto Federal do Paraná, Ivaiporã, PR ricardo.souza@ifpr.edu.br
4
Universidade Federal da Fronteira Sul, Laranjeiras do Sul, PR gabrielfelipevogel@gmail.com

Resumo: O presente relato apresenta uma análise crítica acerca dos objetivos propostos pela
disciplina de Projeto Integrador em Horticultura em relação aos relatos dos estudantes desta
disciplina no Curso Técnico em Agroecologia, e assim verificar o cumprimento destes
objetivos até o presente momento, além de fornecer subsídios a instituições de ensino em
agroecologia interessadas em adotar projetos semelhantes visando objetivos comuns. A
experiência de avaliação dos objetivos de ensino-aprendizagem se deu devido à necessidade
permanente de atualização docente e adoção de estratégias cada vez mais eficazes de
inserção dos estudantes no mundo do trabalho. Neste contexto, foi realizado um questionário
voltado aos sete estudantes da disciplina a fim de verificar sua visão acerca do projeto em
relação a sua prática estudantil e profissional. Verificou-se que os estudantes acreditam que
o projeto integrador auxilie na sua aprendizagem técnica e nas relações interpessoais, além
de influenciar características como autoconfiança e autoconhecimento, embora três destes
acreditem que ainda não estarão prontos para trabalhar na área mesmo após formados. A
maioria dos estudantes relataram já ter considerado implantar uma horta ou um Sistema
Agroflorestal sem ainda terem iniciado tais atividades, somente um estudante relatou já ter
iniciado tal implantação em sua residência. Por fim, verificou-se que alguns objetivos
propostos no projeto integrador precisam ser trabalhados no processo de ensino-
aprendizagem, embora a maioria dos objetivos esteja sendo alcançado de maneira
satisfatória.

Palavras-chave: educação, agroecologia, quintais agroflorestais, horticultura, cidadania.

Abstract: This report presents a critical analysis about the objectives proposed by the
discipline Integration Project in Horticulture in relation to reports of students of this discipline
in the technical Course in Agroecology, and thus verify the fulfillment of these goals to date,
and provides grants to institutions teaching in agroecology interested in adopting similar
projects for common goals. Evaluation of experience of teaching and learning objectives was
due to the ongoing need to update teaching and adoption of increasingly effective strategies
for integration of students into the working world. In this context, a questionnaire aimed to
seven students of the discipline to check your vision about the project regarding your student
and professional practice was carried out. It was found that the students believe that the
integration project assist in its technical learning and interpersonal relationships, and influence
characteristics such as self-confidence and self-awareness, although three of these believe
they are not ready to work in the area even after graduation. Most students reported having
already considered deploying a garden or an Agroforestry System without even having started
such activities, only one student reported to have begun such deployment in your home.
Finally, it was found that some objectives proposed in the integration project need to be worked
in the teaching-learning process, although most of the goals are being achieved satisfactorily.

Keywords: education, agroecology, agroforestry gardens, horticulture, citizenship.

Introdução/Objetivos

O Curso Técnico em Agroecologia oferecido pelo Instituto Federal do Paraná no


município de Ivaiporã, iniciou suas atividades em 2010, sendo justificado na região do
território Vale do Ivaí devido a conjuntura regional marcada por uma economia
essencialmente agrícola onde historicamente predomina a mão-de-obra familiar.
Muito embora atualmente a região apresente níveis elevados de produção e
produtividade agrícola, base a dos no modelo de agronegócio e concentração
fundiária, fazendo com que agricultores abandone a atividade migrando para as áreas
urbanas. Neste contexto, a participação social decursos técnicos profissionalizantes é
fundamental, visando desenvolver modelos tecnológicos adequados a necessidade
de mudança e fortalecimento da atividade nas propriedades rurais de base familiar,
além de estimular o empreendedorismo rural, fomentando assim a cidadania.

Desde a sua concepção, o Curso Técnico em Agroecologia trabalha a metodologia de


construção do processo de ensino-aprendizagem de maneira prática e inclusiva, por
meio da disciplina denominada “Projeto Integrador”, o qual se caracteriza como um
componente curricular presente durante os quatro semestres do Curso Técnico em
Agroecologia, com carga horária de 80 (oitenta) horas por semestre. Cada estudante
é orientado por um docente durante todo o desenvolvimento da proposta. A escolha
do orientador se dá logo no início do curso, quando, primeiramente os docentes, na
forma de seminários, apresentam projetos em andamento, linhas de atuação e
possibilidades para desenvolvimento do projeto integrador e os estudantes fazem sua
opção.

Assim, o projeto integrador atua como uma ferramenta de integralização do estudante


de maneira que este venha a desenvolver e aprimorar competências, auxiliando no
processo de desenvolvimento do setor produtivo agroecológico no que se refere a
assistência técnica e empreendedorismo, visando dentre outros aspectos, a
segurança alimentar e nutricional destes estudantes, sua família e sua comunidade,
atualmente e futuramente. Logo, o principal objetivo do projeto é atuar como estratégia
de elo entre a formação dos estudantes e o mundo do trabalho, nas fases de
planejamento e execução de atividades na prática agroecológica.
O projeto Horta Mandala e Quintal Agroflorestal desenvolvidos no Campus do IFPR
apresentam o viés principal na difusão de tecnologias para a produção de alimentos
em base agroecológica de forma diversificada, sendo paralelamente ferramentas
pedagógicas de ensino indissociáveis da pesquisa e da extensão na área de
horticultura em agroecologia.

O presente relato apresenta um comparativo entre os objetivos descritos pela


disciplina: “Projeto Integrador em Horticultura” e os relatos dos estudantes que atuam
no projeto desde a matrícula no curso (fevereiro de 2016) até a presente data, e assim
verificar o cumprimento destes objetivos até o momento, além de fornecer subsídios
a instituições de ensino em agroecologia interessadas em adotar projetos
semelhantes visando objetivos comuns.

Descrição da Experiência

A experiência de avaliação dos objetivos de ensino-aprendizagem se deu devido à


necessidade permanente de atualização docente e adoção de estratégias cada vez
mais eficazes de inserção dos estudantes no mundo do trabalho.

No projeto integrador, os estudantes desenvolvem atividades diretamente a campo


e/ou laboratório, sendo que estas atividades a campo podem ser direcionadas e
desenvolvidas em propriedades rurais pertencentes aos estudantes e suas famílias,
ou ainda, na área didática e experimental do próprio campus, a exemplo da Horta
Mandala (Figura 1), implantada ainda em 2012, e do Quintal Agroflorestal, com
implantação iniciada em 2016. A Figura 2 apresenta a representação esquemática da
área do projeto, onde se torna possível verificar o quintal agroflorestal no entorno da
horta, a qual fica localizada no centro superior do desenho, ressalta-se que a área
total apresenta 1500 m², sendo 500 m² ocupados somente pela Horta Mandala.

Quintais Agroflorestais são formas de produção que geralmente preconizam a


produção de frutas e hortaliças de maior porte, aliadas a plantas medicinais, espécies
arbóreas de interesse econômico e espécies fertilizadoras do sistema, a exemplo das
leguminosas. Nestes, são adotados princípios da consorciação visando melhor
aproveitamento da luz solar e da água, melhoria na fertilidade do solo e produção de
alimentos orgânicos (MAY e TROVATTO, 2008). Tratam-se de alternativas para
aumento da diversificação na produção de hortaliças e frutas, auxiliando na segurança
alimentar e nutricional da família e gerando renda oriunda da comercialização dos
excedentes produzidos, sendo assim uma ferramenta de inclusão cidadã (COELHO,
2012).
Figura 1. Estudantes na Horta Mandala no IFPR Campus Ivaiporã-PR.

Figura 2. Croqui esquemático da área do SAF no entorno da Horta Mandala no IFPR


Campus Ivaiporã-PR.
Em uma Horta Mandala os canteiros para produção de hortaliças possuem o formato
circular e o componente animal é adicionado e integrado a produção de hortaliças,
localizado geralmente ao centro das órbitas. Este formato é inerente da corrente
agroecológica denominada Permacultura, onde as espécies vegetais são dispostas
sistematicamente de maneira semelhante a ecossistemas naturais (MOLLISON e
SLAY, 1998), propiciando assim o cultivo de um elevado número de espécies visando
a diversificação e produção de alimentos sadios e sem agrotóxicos.

A cidadania pode ser definida como a condição social de direitos que permitem às
pessoas participar da vida política e social da comunidade no interior da qual está
inserida. Neste sentido, ser cidadão, significa respeitar e participar das decisões
coletivas a fim de melhorar sua vida e a da sua comunidade, sendo que o desrespeito
a tais direitos por parte do Estado, de Instituições ou pessoas, gera exclusão,
marginalização e violência (BRASIL, 2004). Desta maneira, ser cidadão implica aos
estudantes que estes tenham capacidade de contextualizar situações envolvendo o
setor profissional em que irão atuar, de forma a compreender e considerar os aspectos
sociais e técnicos que envolvem este setor, de maneira a obter uma visão integral e
assim contribuir socialmente.

Diante do exposto, destaca-se que no projeto Horta Mandala e Quintal Agroflorestal


buscam integrar os estudantes em atividades de ensino-aprendizagem de forma que
a sua participação envolva o exercício de pró-atividade e compromisso, e que a partir
dessa interação com o projeto haja uma influência positiva em seu processo
educativo, despertando o aumento de seu interesse pela escola e pelo curso. Ao
mesmo tempo promover a instiga nos estudantes e o interesse em produzir e/ou
orientar a produção de alimentos de maneira simples e viável, de forma a garantir a
segurança alimentar e nutricional da família ou comunidade e assim fomentar a
cidadania e a agroecologia.

Desta maneira, foram levantados questionamentos simples perante os estudantes a


fim de que estes marcassem alternativas que mais se aproximavam do seu ponto de
vista acerca do projeto, de maneira que não se identificassem a fim de não haver o
mínimo possível uma influência de fatores não relacionados unicamente à sua
perspectiva acerca do projeto integrador em que atuam. Assim, sete estudantes do
primeiro ano do curso responderam ao mesmo tempo um questionário objetivo que
propunha questionamentos em relação ao seu ponto de vista acerca do Projeto
Integrador em Horticultura.

O questionário aplicado pode ser visualizado no Quadro 1.


Quadro 1. Questionário aplicado aos estudantes de Projeto Integrador em Horticultura
no IFPR Campus Ivaiporã-PR
Questão Alternativas
1 - Quando você entrou no curso de ( ) sabia
agroecologia você sabia que teria que ( ) não sabia
realizar projeto integrador?
2 – Você acredita que o projeto ( ) não
integrador traz algum benefício para a ( ) sim, razoavelmente
sua formação como técnico(a) em ( ) sim, bastante
agroecologia?
3 – Você acredita estar aprendendo mais ( ) não
realizando o projeto integrador do que ( ) sim, razoavelmente
estaria aprendendo somente em sala de ( ) sim, bastante
aula?
4 – Você acredita que o projeto ( ) não acho que influenciou
integrador interferiu na sua relação com ( ) acho que influenciou positivamente,
os colegas de curso? somos uma equipe
( ) acho que influenciou negativamente,
não somos mais próximos devido ao
projeto
5 – Você acredita que ao concluir o ( ) acho que ainda não estarei
curso, ou mesmo antes, estará apto a ser preparado(a)
um produtor ou prestar assistência ( ) acho que estarei preparado, mas
técnica na área que realiza projeto estaria mesmo sem o projeto integrador
integrador? ( ) acho que estarei preparado e o
projeto integrador me auxiliou nisso

6 – Você pretende continuar estudando ( ) não pretendo continuar estudando


ou aprimorar seus estudos na área que ( ) quero continuar estudando mas em
desenvolve projeto integrador após outra área/curso e isso já estava definido
concluir o curso? Isso já havia sido antes do Curso de Agroecologia
definido antes? ( ) quero continuar estudando mas em
outra área/curso mas decidi isso durante
o curso, pois não me identifiquei
( ) quero continuar estudando e na área
de agroecologia, mas isso já estava
definido antes de fazer o curso
( ) quero continuar estudando na área
de agroecologia, e decidi isso durante o
curso, pois estou me identificando

7 – Marque as alternativas com as suas ( ) autoestima e autoconfiança


características pessoais que você ( ) compromisso com as tarefas pessoais
em casa e na escola
acredita que foram influenciadas ( ) pró-atividade e interesse nas tarefas
positivamente pelo projeto integrador: pessoais e da escola
( ) compromisso e mais tranquilidade ao
desenvolver trabalhos em equipe
( ) auto-conhecimento, descobrir mais
sobre as suas afinidades dentro do
projeto
( ) capacidade de tomar decisões que
envolvam planejamento e execução das
atividades, mesmo sem o orientador
acompanhando diretamente.
8 – Depois que iniciou o projeto ( ) ainda não, acho que isso não irá
integrador, você já pensou ou acontecer
considerou implantar uma horta ou um ( ) já considerei fazer isso, mas ainda
SAF na sua casa ou de algum familiar, não comecei
ou ainda na sua comunidade? ( ) já estou fazendo isso

Resultados

A primeira questão abordou aos estudantes sobre a ciência de que fariam a disciplina
de projeto integrador. Somente dois estudantes responderam que tinham
conhecimento do fato, o que demonstra este não ser, ainda, um elemento chave na
opção dos estudantes pela realização do curso. Porém, quando abordados acerca da
segunda questão verificou-se que todos os estudantes acreditam que o projeto
integrador traga muitos benefícios para sua formação como técnicos em agroecologia.

Este resultado se deve provavelmente a atividades de pesquisa e práticas acerca dos


temas, envolvendo a pesquisa relativas a épocas de plantio e maneiras de
implantação de hortaliças e espécies arbóreas/arbustivas para o Quintal Agroflorestal,
com a implantação a campo envolvendo desde a adubação e preparo do solo, até a
colheita e comercialização dos produtos no campus. Tal comportamento pode ser
visualizado também em relação à terceira questão, onde todos os estudantes
responderam que acreditam que o projeto esteja ajudando na aprendizagem em
comparação à somente as demais ferramentas de ensino –aprendizagem.

Com relação à quarta questão colocada, mais uma vez, todos os estudantes relataram
que o projeto vem influenciando positivamente na relação com os colegas de curso,
tal comportamento pode ser bastante percebido pelos professores, de forma que os
estudantes aprimoram a capacidade de trabalhar em equipe em atividades diversas,
práticas e teóricas.
Quando questionados acerca da atual visão sobre o preparo profissional que obterão
após formados, verificou-se que quatro dos estudantes acreditam que estarão
preparados a atuarem como produtores ou a prestar assistência técnica na área,
inclusive devido ao auxílio do projeto integrador, enquanto três estudantes relataram
sentir que ainda não estariam preparados. Este resultado preocupa de certa maneira,
porém, ressalta-se que os estudantes ainda cursam o segundo dos quatro semestres
do curso. Espera-se que este percentual melhore até o final do curso, e para tal, se
torna necessária a adoção de estratégias de ensino-aprendizagem pelos docentes
visando também a motivação aos estudantes.

No que se refere ao interesse dos alunos em continuar estudando após a conclusão


do curso, apenas três destes relataram que pretendem continuar estudando na área
de agroecologia, havendo decidido isso durante o curso e devido ainda à identificação
com o curso e o projeto integrador. Os outros quatro disseram pretender continuar
estudando, porém em outra área/curso que já estava definido antes do Curso de
Agroecologia, não havendo assim uma influência do curso e projeto integrador neste
aspecto.

Com relação às características pessoais que os estudantes acreditam que foram


beneficiadas pela participação no projeto integrador (vide questão 7 Quadro 1), dentre
as seis opções a serem marcadas de forma cumulativa, quatro estudantes marcaram
a primeira alternativa, relatando que sua autoestima e autoconfiança melhoraram
durante a participação no projeto. Tal resultado se deve em especial à realização da
feirinha agroecológica semanal, onde os estudantes comercializam com os servidores
do campus os produtos colhidos na horta, observa-se que esta prática aproxima os
estudantes dos professores dos demais eixos e dos técnicos administrativos, surtindo
um efeito benéfico nestes aspectos.

Dentre as demais alternativas, somente um estudante assinalou a segunda opção, a


qual relata o compromisso com as tarefas pessoais em casa e na escola, assim como
somente um outro estudante marcou a alternativa que destaca uma melhoria na pró-
atividade e interesse nas tarefas pessoais e da escola e também no compromisso e
mais tranquilidade ao desenvolver trabalhos em equipe. Resultado interessante é
verificado na alternativa referente ao autoconhecimento e descoberta sobre as
afinidades no projeto, pois todos os sete estudantes marcaram tal alternativa,
reforçando o papel do projeto acerca do conhecimento pelos estudantes das suas
próprias afinidades e interesses, sendo este um papel inerente à escola.

Ainda nesta questão, destaca-se que dois dos estudantes assinalaram a última
alternativa, a qual descreve a capacidade de tomar decisões que envolvam
planejamento e execução das atividades, mesmo sem o orientador acompanhando
diretamente. Este resultado sugere a melhoria da prática docente neste sentido,
visando promover a independência do estudante na realização de tarefas a eles
inerentes e já desempenhadas anteriormente sob acompanhamento do professor.
Com relação à última questão, seis dos estudantes relataram já ter considerado
implantar uma horta ou um Sistema Agroflorestal em suas residências ou
comunidades, porém ainda não iniciaram tais atividades e somente um estudante
relatou já ter iniciado tal implantação em sua residência. Vale destacar que este
estudante vem sendo acompanhado e orientado, e que esta implantação se tornou
parte do seu projeto integrador, onde é possível inferir um benefício direto do projeto
no processo de aprendizagem e prática cidadã deste estudante.

Dentre as dificuldades encontradas no andamento do projeto, destaca-se o


acompanhamento docente em período integral do projeto, uma vez que, a carga
horária de projeto integrador seja uma tarde por semana, exige do docente o
acompanhamento na maioria das atividades práticas a campo neste período. Assim
no que se refere à realização e correção de atividades de pesquisa, aliada ao
compromisso de manter a horta e o SAF em pleno funcionamento sem o apoio técnico
institucional, ocorre um desgaste aos docentes e também aos estudantes envolvidos.
Isso se verifica quando consideramos que a manutenção de qualquer espaço de
aprendizagem prática, em especial na área de horticultura, depende de fatores como
irrigação e colheita em momentos mais frescos do dia, o que por exemplo, não
coincide com o horário destinado à realização do projeto.

No entanto, mesmo perante às dificuldades, considera-se gratificante e estimulante a


realização do projeto integrador, tanto para o estudante como para os docentes
envolvidos, destacando esta ferramenta de ensino-aprendizagem como uma
estratégia de auxílio e melhorias sob diversos aspectos no ponto de vista do ensino
técnico em agroecologia.

Agradecimentos
Ao Programa Institucional de Bolsas de Inclusão Social (PIBIS) da Diretoria de
Assuntos Diretoria de Assuntos Estudantis e Atividades Especiais (DAES) da Pró-
Reitoria de Ensino (PROENS) do IFPR.

Ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), ao Ministério da Ciência, Tecnologia


e Inovação (MCTI) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e
Tecnológico (CNPq) pela concessão de bolsas e financiamento do trabalho.

Referências

BRASIL. Direitos Humanos, Ética e Cidadania: construindo valores na escola e na


sociedade. Módulo 3. Direitos Humanos. Programa de Desenvolvimento Profissional
Continuado. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria Especial de Direitos
Humanos da Presidência da República, 2004.
COELHO, G. C. Sistemas agroflorestais. São Carlos: RIMA, 2012. 1 ed. 206 p.

MAY, P. H.; TROVATTO, C. M. M. Manual Agroflorestal para a Mata Atlântica.


Brasília: Ministério do Desenvolvimento Agrário, Secretaria da Agricultura Familiar,
196 p. 2008.

MOLLISON, B; SLAY, R. M. Introdução à Permacultura. Brasília: Fundação Daniel


Efraim Dazcal, 1998.

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