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(AHP) NO QGIS
As versões utilizadas nesse tutorial são o QGIS 2.14.1 Essen, lançado em 26/02/2016, instalado
em uma máquina com Processador Intel Core I5 3,0 GHz com 8,0 GB RAM e sistema
operacional Windows 10 de 64 bits. Após baixar o programa, execute e instale o programa no
seu computador (Figura 1).
Figura 1: Telas inicial (esquerda) e final (direita) do Assistente de Instalação do QGIS Essen
2.14.1.
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Uma vez bem-sucedida a instalação, abra o programa a partir do ícone criado na área de
trabalho ‘QGIS Desktop 2.14.1’ e acompanhe a abertura (Figura 2) e a tela inicial (Figura 3).
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decisões teoricamente complexas e tem sido extensivamente estudado e refinado desde
então. Mais do que determinar qual a decisão correta, o AHP ajuda as pessoas a escolher e a
justificar a sua escolha (SAATY, 1990).
O AHP no QGIS é feito através do complemento ‘Easy AHP’. Este complemento não é um
plugin core do QGIS, ou seja, ele não está instalado no seu programa, precisa ser baixado,
instalado e habilitado.
Click em Complementos -> Gerenciar e instalar complementos... (Figura 4).
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Figura 4: Gerenciando complementos.
Habilitando o plugin Easy AHP, aparecerá uma nova barra de ferramentas que pode ser
utilizado para iniciar o procedimento (Figura 6). O complemento também pode ser iniciado
com click em Complementos -> Easy AHP -> Easy AHP
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Figura 6: Complemento ‘Easy AHP’ pronto para ser utilizado.
A seguir serão demonstrados os passos para a análise AHP aplicada ao estudo de fragilidade
ambiental da Fazenda Edgardia da FCA/UNESP-Botucatu realizada na tese de doutorado de
TRAFICANTE (2016). Os dados vetoriais de solos e uso da terra em formato shapefile e
matriciais de declividade em formato raster podem ser acessados no link:
https://www.dropbox.com/sh/o8svpiv6iyfv0bt/AAAbGQ63ar64XcNEZwcLjpVua?dl=0
Antes de trabalharmos com dados ambientais no complemento ‘Easy AHP’, devemos seguir
alguns passos importantes:
2) Estes PIs deverão receber as notas ou pesos (ponderação dos fatores), de acordo com
cada classe de uso da terra, tipo de solo e classe de declividade segundo a
metodologia proposta por Ross (1994) que propõe estudo de fragilidade ambiental.
Acesso ao artigo: http://www.revistas.usp.br/rdg/article/view/47327. Esta
metodologia utiliza uma escala de pesos ou notas que varia de 1 (muito baixo) a 5
(muito alto) conforme Tabela 2.
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Tabela 2: Pesos ou notas de acordo com a classe de fragilidade
3) Antes de começar a utilizar o plugin ‘Easy AHP’, é importante que todos os PIs estejam
em formato raster (.rst), já com os pesos (notas), que é a extensão de arquivo
suportada para este tipo de análise dentro do complemento. Desta forma, todos os
fatores, que estão em formato vetorial, devem ser convertidos para o formato
matricial (raster), através do processo denominado rasterização, no QGIS, atribuindo a
cada pixel dos fatores, o tamanho de 30 metros de resolução espacial (padronização).
No ícone “Arquivo de entrada (shapefile)”, selecione o arquivo shape que você quer
utilizar e click em “Selecione ...”; e depois no “Campo de atributo”, selecione
“PESOS”;
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Figura 7: PI (Uso da terra) com os pesos de acordo com suas classes de uso pronto para ser
rasterizado.
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Figura 9: Preenchimento dos campos para conversão de vetor para raster.
Figura 10: Resultado do PI (uso da terra) rasterizado e pronto para ser usado no complemento
“Easy AHP”.
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Seguindo os exemplos acima, deve-se realizar estes procedimentos para todos os PIs que serão
utilizados. Lembrando que, para a atribuição dos pesos, é importante consultar uma equipe
multidisciplinar e a literatura pertinente ao assunto, para ser o menos tendencioso possível.
Feito o procedimento acima, é hora de usar o Easy AHP.
Na janela “Step 1”: Choose Input Layers (Parameters) são selecionadas as camadas
a serem analisadas. Após a seleção (uma por vez), click em >>> para que as
camadas sejam direcionadas para o “Input layers”. Após todas as camadas
selecionadas estarem no campo “Input layers”, click em Next; (Figuras 11 e 12);
Na janela “Step 2”: Fill The Pairwise Matrix, que é a matriz de comparação pareada,
você deverá preenchê-la de acordo com a importância dos fatores em relação aos
outros, ou seja, os fatores devem ser ponderados de acordo com a sua importância
frente à fragilidade ambiental. Para o preenchimento da matriz, siga os valores da
Tabela 1. No caso do exemplo abaixo, quando comparamos o uso da terra com
solos, preenchemos com o valor 2, pois, segundo a Tabela 1, o uso é
moderadamente mais importante que o solo (valor intermediário). Porém, quando
comparado à declividade, o uso recebe o valor 3, por ser ligeiramente mais
importante, e assim prossegue o preenchimento da matriz. Nota-se: Na linha
diagonal da matriz, sempre aparecerá o número 1, que significa o fator por ele
mesmo. Caso deseje salvar a tabela, click no ícone “Save table” (será salva no
formato .csv);
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IMPORTANTE: Para que a matriz seja considerada consistente, segundo SAATY
(1990), o valor de CR deve ser inferior a 0,1. Caso contrário, a matriz necessitará ser
preenchida novamente.
Na janela “Step 3”: Weighted Linear Combination (WLC), aparecerá uma tabela
com os valores de ponderação dos pesos atribuídos aos fatores (Uso da terra, Solos
e Declividade) que foram preenchidos na Matriz. Em relação ao vetor de
ponderação (pesos atribuídos aos fatores), no caso do exemplo utilizado neste
tutorial, obtiveram-se como ordem de importância de contribuição, do maior para
o menor, os seguintes fatores: uso da terra (52,5%), solos (33,4%) e declividade
com (14,2%). Conforme a integração destes 3 fatores, será obtido o mapa de
fragilidade final;
Figura 11: Camadas ( em raster) a serem analisadas pelo complemento “Easy AHP” do QGIS.
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Figura 12: Camadas selecionadas na janela “Input Layers”, seguindo o próximo passo (STEP 2)
clicando em “Next”.
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Figura 14: Última etapa antes da elaboração do mapa de fragilidade ambiental.
Figura 15: Mapa de fragilidade ambiental com as classes (Muito baixo a Muito alto), realizado
pelo complemento “Easy AHP” do QGIS.
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Agradecemos a leitura deste tutorial e esperamos ter colaborado com seus estudos!
REFERENCIAS CONSULTADAS
MOREIRA, F. R.; BARBOSA, C.; CÂMARA, G.; ALMEIDA FILHO, R. Inferência geográfica e suporte
à decisão. In. CÂMARA, G. et al. Introdução à Ciência da Geoinformação. São José dos
Campos: INPE, 2001. Acesso em 03 abr 2016. Disponível em
http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/ introd/cap9-inferencia.pdf.
SAATY, T. L. An exposition of the AHP in reply to the paper ‘remarks on the analytic hierarchy
process’. Management Science v.36, 259–268, 1990.
WIKIPEDIA. Analytic Hierarchy Process, 2016. Acesso em 03 abr 2016. Disponível em https://
pt.wikipedia.org/wiki/Analytic_Hierarchy_Process.
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