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Rafaela Radaelli Righi

ANÁLISE E RESENHA DO LIVRO “INFERNO” DE DAN BROWN

No livro “Inferno” de Dan Brown, utiliza-se uma análise heurística e


hermenêutica sobre o “Inferno” de Dante, compilando fatos e obras relacionadas
ao autor, descrevendo e apontando relatos de sua vida. Pode-se perceber o fato,
perante as referências presentes no livro que, em relação a esse assunto, são
reais. A evidente presença de Dante e sua obra é notada integralmente ao
decorrer do romance, entretanto, existem fragmentos cujas descrições trazem
uma maior e mais nítida visão da mesma; como quando Robert e Sienna se
dirigem à igreja onde Dante foi batizado, na qual conhece Beatriz, vendo-a a pela
primeira vez.
O autor usa diversos aspectos para compor seu quebra-cabeças
histórico-fictício, como por exemplo, ao fazer a narrativa inteira se passar em
apenas um dia, com acontecimentos em diversos lugares diferentes. O
personagem Robert passa por pontos turísticos famosos, como a Porta Romana,
e faz referências à história da arte, mais especificamente no período
renascentista, com grande frequência.
Existe uma troca perceptível de papéis, como na obra de Dante, quando
o mesmo é guiado por Virgílio, um homem; em contraste (e ao mesmo tempo
semelhança) com Sienna, a guia de Robert nessa árdua missão. O conceito
tratado no livro, de que tudo e todos precisam passar por uma purificação para
chegar ao paraíso, seja ela como for, vem a ser e criar um vínculo com a
medicina futurística. Ao conectar o pensamento antigo com uma alta tecnologia,
abordada de forma nociva, geram-se discussões sobre o intenso e contínuo
crescimento populacional, um tópico extremamente presente e notável na
vivência humana.
Dan Brow tem maestria na sua forma de dialogar com o passado,
presente e futuro; interligando temas como a pintura do Inferno de Dante, por
Boticceli e a estratégia de Zombrist. A mesma serve de inspiração para o
personagem, na execução do seu plano bem-sucedido, cujo objetivo era a
criação de uma peste que causasse infertilidade a um terço da população, assim
salvando a humanidade da superpopulação mundial. Isso enaltece o quanto a
história se faz presente em todos os lugares, a todos os instantes, e como ela
reflete em acontecimentos presentes e futuros, deixando o fato de que padrões
tendem a se repetir.

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