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Uma das histórias mais conhecidas diz que o poema, na verdade, se refere ao útero de uma
mulher, o primeiro lar de todo ser humano.
A teoria até que faz sentido, mas não é a história real; ela já foi desmentida por Toquinho,
autor da música Aquarela e amigo pessoal de Vinicius.
Outra hipótese afirma que o poema trataria da realidade das pessoas em situação de rua,
descrevendo uma moradia ao relento. Apesar de interessante, esse também não é o
significado verdadeiro.
O escritor criou a letra em homenagem ao amigo Vilaró, como uma canção de ninar para suas
filhas, que ainda eram pequenas.
Na letra original, os últimos versos diziam: mas era feita com pororó, era a casa do Vilaró.
A palavra pororó, como gíria, pode ser entendida como enrolação, algo que é demorado e sem
objetividade, o que faria sentido com o modo como a casa foi construída.
A casa foi construída à beira de um penhasco e, de fato, quando olhada de frente, não parece
ter teto. Justamente por ter sido moldada com as mãos e toda pintada de branco, a casa
também não parece ter paredes; ela parece ser inteira, como uma única peça colocada sobre o
local.
Hiroshima
Embora tenha ficado mais conhecido pela sua lírica amorosa, Vinicius de Moraes também
FEZ versos dedicados a outros temas. A rosa de Hiroshima é um exemplo de poema
engajado, profundamente preocupado com o futuro do mundo e da sociedade.
Vale lembrar que profissionalmente Vinicius de Moraes atuou como diplomata, por isso
estava a par dos severos problemas político e sociais do seu tempo.
O poema, escrito em 1973, tece uma crítica grave a Segunda Guerra Mundial, especialmente
as explosões das bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki (no Japão).