Café Filosófico-Invenção Do Remédio

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Café filosófico- A invenção do remédio

-Os remédios contemporâneos vem em razão das angústias contemporâneas que tem
características típicas como: Tecnologia, velocidade, excessos, desregulação e narcisismo.

-A sociedade contemporânea conta com as facilidades trazidas pela tecnologia, é capaz de


manipular a natureza, reduzir as distâncias, tornando tudo mais rápido. Convive a todo tempo
com os excessos de objetos, de possibilidades. A autoridade que antes tinham várias
representações, hoje não tem mais. O investimento na própria imagem para si e para o outro é
alto, tudo isso trazendo cada vez mais a sensação de sufocamento e de ansiedade. A angústia
da escolha frente a tantas possibilidades e a inquietação do excesso de liberdade aliado aos
múltiplos fatores supracitados, acarretam no mal estar atual.

-O mundo moderno padece pela ansiedade, tornando este assim o mal estar básico da
contemporaneidade.

-Os remédios entram assim como alívio, diminuição e alteração do mal estar. Se tornando o
adiamento da vivência das angústias, onde não se aprende a lidar com as questões de sua
própria existência e não ocorre a apropriação dos ensinamentos que as dores nos trazem. Não
existe a cura, apenas o entorpecer da vida e a medicalização da angústia cotidiana.

-Tais remédios trazem efeitos colaterais, fazem alterações no modo como reagimos, no modo
como vivenciamos nossa existência, isso é legítimo? Ser feliz desta forma é válido e é
realmente ser feliz? A felicidade trazida pelos remédios geram queixas, questionamentos
relacionados a si mesmo “esse não sou eu”, sempre haverá uma falta e assim nunca faltará
campo para a psicanálise.

- Resta a nós a reflexão, é ético medicar a angústia cotidiana? Permitir a modulação química de
nossa subjetividade?

Uma coisa que me chamou atenção foi a visão que ele trouxe sobre a alteração que o remédio
trás na forma como reagimos, de chegar ao ponto de nos questionarmos sobre nós mesmo,

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