A formação de rochas metamórficas resulta da ação das condições ambientais,
nomeadamente da temperatura e da pressão. O processo nomeado por
metamorfismo, regista-se em locais com propriedades termodinâmicas específicas, que caracterizam o ambiente metamórfico. O mármore é um exemplo de rocha metamórfica não foliada, uma vez que pode resultar da influência do calor a partir da recristalização de arenitos abundantes em calcários. Os mármores calcíticos são frequentemente utilizados para a construção civil como consequência da variedade de cores e texturas, características que os tornam bastante rentáveis na indústria de rochas ornamentais. As excelências cromáticas colocam os “mármores de Estremoz” entre os mais procurados do mundo. As rochas, que inicialmente se encontravam à superfície, são subterradas a vários quilómetros de profundidade. No caso dos mármores, estima-se que se tenham transformado, a partir de calcários, a cerca de cinco quilómetros, na pedreira, em comparação com o lugar que ocupam atualmente. O anticlinal de Estremoz corresponde a uma estrutura simétrica em antiforma, a deformação que originou esta estrutura, resultou de um conjunto de falhas provocadas por forças de tração. Sendo o mármore, um recurso geológico não renovável e uma rocha pertencente à indústria ornamental, é cada vez mais relevante que esta matéria-prima mantenha a qualidade necessária para a sua comercialização. Segundo um estudo geológico realizado pela universidade de Évora, o anticlinal de Estremoz, afirma que “a qualidade dos nossos mármores é inquestionável e esta mais-valia deve ser realçada na sua promoção.”, contribuindo para a garantia de um constante valor comercial.