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“Não é um escritório com porta, sala, janela e secretária. Mas quem queria matar
sabia onde achar alguém pra fazer”. A definição de um investigador que atuou no
desmantelamento do Escritório do Crime ajuda a entender a conexão entre os
pistoleiros e milicianos de Rio das Pedras, o berço da milícia no país.
Na terça-feira (30), uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao
Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro e da Delegacia de
Homicídios, da Polícia Civil prendeu dois integrantes do chamado Escritório do
Crime. Dois deles ainda permanecem foragidos.
Iirmãos Leandro e Leonardo Gouvêa da Silva -- o Tonhão e o Mad, foram presos em operação na terça (30) — Foto:
Arquivo
Muitas vezes esses papéis se misturaram, formando um grande núcleo criminoso. A
região habitada em sua maioria por retirantes nordestinos, ainda nos anos de 1960,
se protegeu como pode dos avanços das facções de narcotraficantes que se
começaram a dominar territórios duas décadas mais tarde.
Rio das Pedras resistiu a guerras sangrentas. E viu surgir a falsa proteção de grupos
paramilitares que prometiam a tranquilidade que moradores não teriam em favelas
onde drogas eram vendidas.
A relação entre esses assassinos e milicianos pode ser retratada na conexão entre
os chefes dos dois grupos: Adriano Magalhães Nóbrega, o ex-capitão do Batalhão
de Operações Especiais (Bope), um dos criadores do Escritório, e Maurício Silva da
Costa, o Maurição ou Careca, um dos chefes da milícia de Rio das Pedras.
Maurício Silva da Costa, o Maurição, chefe da milícia de Rio das Pedras — Foto: Divulgação
A impunidade dos grupos era tão grande que a operação foi batizada de
‘Intocáveis’.
O MP descreveu o grupo:
Os pontos de encontro
Na denúncia do Gaeco contra os matadores de aluguel são descritas as relações do
Escritório do Crime:
Além dessa conexão com Adriano, as investigações mostram que, se não tinha um
escritório físico, os assassinos profissionais tinham dentro de Rio das Pedras alguns
de seus pontos de encontro preferidos.
O primeiro, uma padaria identificada pelo nome fantasia Padaria Sabor da Floresta,
localizada na Estrada de Jacarepaguá. O segundo, um condomínio residencial,
conhecido como Condomínio Floresta, no Itanhangá.
Para os investigadores, foi dessa padaria que os assassinos de Marcelo Diotti
saíram na noite de 14 de março de 2018. Neste local, foram cumpridos mandados
de busca e apreensão.
Com quase 40 presos entre milicianos e pistoleiros ao longo dos últimos 18 meses
de investigações, essa conexão Escritório do Crime x Rio das Pedras parece ter
sofrido seu mais duro golpe até hoje.
ESCRITÓRIO DO CRIME
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