quase inteiramente a flora��o, precipitando no fruto prematuro, incompreendido, teu puro segredo. Como o canal de uma fonte teus ramos sinuosos impelem para a luz a seiva adormecida, abandonando-a, ainda sonolenta ao seu doce destino: como o deus em cisne transformado. � N�s por�m que nos detemos,
gloriosos de florir, somos tra�dos antes de entrar
nas profundezas do tardo fruto derradeiro. Poucos s�o impelidos pelo atuar com tal fervor, at� arder na plenitude do pr�prio cora��o, quando o fasc�nio de florescer � suave brisa noturna � ro�a-lhes a juventude da boca ou toca-lhes as p�lpebras. Aos her�is, talvez, e aos que morreram jovens, a morte jardineira torceu estranhamente as veias: eles se precipitam e o pr�prio sorriso antecipam como os corc�is atrelados, nas doces imagens c�ncavas de Karnak, precedendo o rei vencedor.
Misterioso irm�o dos mortos jovens � o her�i.
Que lhe importa durar? Sua exist�ncia � ascens�o: eleva-se, incans�vel, e penetra nas constela��es mut�veis do perigo � espreita. Poucos o seguem. Mas o Destino, para n�s mudo e obscuro, subitamente para ele se transforma e como um canto o arrebata, na tormenta de um mundo murmurante. Atravessa-me com o ar torrencial, seu rumor cheio de trevas.
Ah! como fugir ent�o � nostalgia de ser crian�a,
novamente crian�a, e estar sentado, sobre futuros bra�os apoiados, lendo a hist�ria de Sans�o e de sua m�e, que, est�ril a princ�pio, concebeu tudo depois.
J� n�o era ele her�i dentro de ti, � m�e,
iniciando em ti a escolha imperiosa? Milhares de seres agitavam-se em teu seio e queriam ser ele. Mas v�: ele tomou, elegeu, apartou e foi. E quando partiu colunas, foi para irromper do mundo de teu corpo e em mundo mais restrito e novo prosseguir sua escolha poderosa. � m�es dos her�is, nascentes dos rios vertiginosos! V�s, abismos profundos, onde, das altas orlas do cora��o, j� se precipitam futuras d�divas ao filho, jovens lamentosas!
Pois o her�i percorre as esta��es do amor, e cada pulsar
de um cora��o ardente o impele �s alturas com mais for�a. Alheado, por�m, ele � outro, ao termo dos sorrisos.