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E vou mais longe. O in�til tem sua forma particular de utilidade. � a pausa, o
descanso, o refrig�rio, no desmedido af� de racionalizar todos os atos de nossa
vida (e a do pr�ximo) sob o crit�rio exclusivo de efici�ncia, produtividade,
rentabilidade e tal e coisa. T�o compensat�ria � essa pausa que o in�til acaba por
se tornar da maior utilidade, exagero que n�o hesito em combater, como nocivo ao
equil�brio moral. N�o devemos cultivar o �cio ou a frivolidade como valores
utilit�rios de contrapeso, mas pelo simples e puro deleite de fru�-los tamb�m como
express�es de vida.
Meu leitor (ou ex-leitor) mato-grossense-do-norte (sic), n�o me queira mal porque
n�o alimento a sua fome de conceitos graves, eu que me cansei de gravidade,
espont�nea ou imposta, e pratico o meu n�mero sem pretens�o de contribuir para o
restauro do mundo. O s�bio citado por Goethe me justifica, absolve e at� premia. Eu
disse no come�o que n�o estou para brincadeira? Mentira; foi outra frivolidade.
Ciao.