a uma Atriz
Tardes formos�ssimas,
� grande livro aberto aos geniais artistas,
Como tanto alargais as cren�as pante�stas,
Como tanto esplendeis e como sois riqu�ssimas.
Espl�ndidas paisagens,
Opunha o largo campo �s vistas deslumbradas.
As m�rmuras ramagens,
� luz serena e terna, � luz do sol - que espadas
De fogo arremessava, em fr�mitos nervosos,
Pelo c�ncavo azul dos c�us esplendorosos,
Tinham falas de amor, segredos vacilantes
Finos como os brilhantes.
A seiva rebentava
Em ondas - irrompia
Na doce e maviosa e pl�cida alegria
De uma ave que cantava,
Dos belos roseirais
Que ostentavam a flux as rosas virginais.
E as jubilosas fran�as
Dos arvoredos altos,
R�gidos, atl�ticos,
Derramavam no campo uns fluidos magn�ticos
Dumas vontades mansas.
O c�rebro em nevrose,
No pasmo que precede a augusta apoteose
De uma excelsa vis�o perfeitamente bela,
De uma excelsa vis�o em l�mpidos doc�is,
Exaltava o acabado art�stico da Tela
E o gosto dos pinc�is.
Fatalidade! - Desgra�a!
Fatalidade, meu Deus!
Passou-se um g�nio t�o cedo,
Sumiu-se um astro nos c�us!
As catadupas d'id�ias,
De pensamento epop�ias
Rolaram todas no ch�o!
Saindo a alma pra gl�ria
Bradou pra p�tria - vit�ria!
J� sou de vultos irm�os!
E o cora��o s'estortega
E s'entibia a raz�o!
No peito o sangue enregela
E logo a hist�ria diz: - N�o!
N�o chore a p�tria esse filho,
Se procurou outro trilho
Tamb�m mais gl�ria me deu!
E quando os s�culos passarem
Se h�o de tristes curvarem
Enquanto alegre s� eu?...
I
PARA SEMPRE
II
LONGE DE TUDO
III
ALMA DAS ALMAS
Alma das almas, minha irm� gloriosa,
divina irradia��o do Sentimento,
quando estar�s no azul Deslumbrarnento,
perto de mim, na grande Paz radiosa?!
Ant�fona
Tristeza do Infinito