M A l P f i S § I 1¥ 1« M §
; op ím -j g
ijjosojij 9p 9 f . c ; j Bp eorriiqig
DESESPERANÇA.
IX
IIVMNO.
Á liberdade os cantos !
A filha destes cóos,
À filha do meu Deos
E mmha irmã do peito.
Meus sonhos do meu leito,
Dos valles minha flor,
Da vida o meu amor :
O’ doce liberdade,
Imagem da verdade
Dos meus altares santos t
Na tua divindade
Os astros nos parecem
Que pelos montes descem ;
0 mar sóbe o rochedo;
Os ventos o arvoredo
Diceras transportar;
A fonte a suspirar
Se perde na soidão:
Quem vibra o coração
Tu és, ó liberdade!
HARPAS SELVAGENS. 7
Ainda na saudade
Da puiria, na distancia
És tu que dás constância.
Que fazes tanto amar
O sol, o campo e o lar!
O índio prisioneiro
Não teme o cativeiro,
Nem chora por ser vivo
0 tira ido cativo
Chorando a liberdade.. .
Coitada philomella
Seu canto desfigura
Tirada da espessura :
Qual perde o murmurio
Mudado o leito o rio :
Tara bera a cor perderas,
Em tiras te fizeras. ..
E o mar que tens na face,
Que embebe um sol que nasce.
Foi só cadente eslrella!
Os mares e o ribeiro
Em negro paradeiro,
Cahio monte e penedo!
Á crenca tu me elevas
t>
E d’aguia ensanguentada
Nas serras, pelo abysmo
Gemendo ao despotismo,
0 ’ victima piedosa,
A voz baça e ruinosa
Diccsíe á eternidade
0 adeos! não ha verdade,
Razão, virtude, amor,
Nos campos não ha flor
As mãos da foice aliada.
10 HARPAS SELVAGENS.
O’ mãi da humanidade,
O’ raio de meu Deos,
Oh ! lanca-te dos céos,
o 7
Maranhão, 1836,
HARPAS SELVAGENS. íi
E li
AO SOL.
Hp.spa; po^&v , !
IV
TE DEEM LAUDAMES.
No paraíso esquecem
Teu preceito: as feras
Fra ternaes, tão mansas.
Inimigas são;
Venenoso inseeío
Os consome; os prados
Murchão como o so l!
Já cidades vingão,
Se corrompem, morrem
Do diluvio aos pés.
No céo arco de rosas
Traçou nova allianea,
E novas plantas nascem.
Balthazar soberbo-
2 ‘2 HAIU'AS SKI,VAGI2NS.
No feslim ruidoso
Lá profana os vasos
Do Jerusalem :
Da lua mão de ÍWo
Pelo muro errante
Daniel amostra
As i nip r {;ssões fa Ia os
Áo assombrado eónviva:
Deslocou-se o Euphrates!
Babylonia prèão
Rubras mãos tie Cvro!
Amavas Israel,
A idolatria a mina ;
Rainha que levantas,
Também perdes ,1udá ! ...
— Meu Deos, íao grande que té*
A terra que não seis lo
Ignora-te,
o ' e sorri!
— Nos seios te com prendo,
Tua oítloria me enurandeeo.
r
Tu és minb’alma, ó D e o s !
Minlbalma um reino teu. »
HF
A LEGENDA.
VI
A HECTIC A.
Lisboa.
3
34 HARPAS SELVAGF.N3.
V II
A * * *
%
HARPAS SELVAGENS. 35
V I II
VISÕES.
IX
O ROUXINOL
Os pimpolhos resplandecem,
Perfuma a brisa o jasmim :
Nada sentes, philomela,
Que no mundo sem lua bei la,
0 mundo ledo carmim,
Sào trevas nos olhos teus.
HARPAS SELVAGENS.
x
CANÇÃO P E CUSSET.
Vichy.
'lG HARPAS SELVAC ENS,
R I
X II
MINIS’ALMA. AQUI!
XIII
Meu coracao
o estremece,’
MinlTalma foge de mim :
Eu nunca senti assim
0 correr da miniia vida...
A paz da infancia é perdida,
Minha mãi, eu vou morrer.
á
IIARPAS SELVAGENS.
Eu agora o comprehendo :
Elle chamou-me infeliz,
Nem mais afagar-me quiz.
Nojento da sorte sua :
Hoje bella como a lua ,
Para ennoitar a manbã.
Cor ” o r Mi."’ cl !
Meu choro, ó mãi, verterei,
E como as ondas andando
Tristomenle e soluçando o
Cintra.
.yw}
.SMMmsÊMàmmãmmmmMsMm&MÉÊsmmMÊL
5* HARPAS SELVAGENS.
X IV
xv
VEM , Ó NOITE.
XVI
A *“
A’ frescura repousemos
Do boninoso pomar,
Meigas auras, meiga flor
Contemplando, o doce am or!
HARPAS SELVAGENS.
A borboleta respira
E deslaca
o ébrios revôos,'
Como a foil ia solta ao ar :
Mas ás correntes do olor
Não, não anda, ó virgemzinlia,
Louca, louca vai de amor.
À larangeira offerece
Lindo adorno á linda noiva....
Matiza os verdes raminhos
De scintillantc candor :
E bello o pomar ! mais graças
Yejo nelle ao ver-te, amor !
Pericuman. 1852.
harpas selvagens.
60
S V 1 1
SONHOS DA MANIIÃ.
A ***
xvm
Crescemos: e d’innoeenle
Me davas o teu amor.
A m ei-te! porque te amava,
Fui teu sevo ceifador.
xix
POliRE FILHA HA POLONIA.
Paris.
XX
BERÇOS D O AMOR PR IM E IR O ,
( r p i s o d i o .)
E o colono cantava :
« Nos meus valies da Germania,
« Meu amor junto de mim,
« Nunca o dia foi tão hello,
« Nunca a noite amei assim!
Melodias encantadas,
Melodias que eboravão ,
Que nas correntes boia vão
Das mansas aguas do Anil —•
IIARL’AS SELVAGE AS. 7 3
E sombrio e rodeado
De vago e bei lo pavor —
XXI
O PRINCIPE AFRICANO.
(EPISODIC.)
Já debaixo do baobab
Veem com o sol saudar o dia :
Sagrado o fogo se accende,
Templo de folhas lumia :
l)espodio-so o anniversario
Do que foi vivo primeiro.
Entrarão as almas... só pende
Um braeo do derradeiro...
o
« As correntes ! as correntes !
Tempestade e o vento largo !
Meu rumo o abysmo, do nauta
Voz de agouro o pranto amargo. »
Libra-se no ar indecisa,
Saudosa e tarda a pairar :
Olha aos céos, olha na terra,
Não póde a terra deixar
2 E 1SII
«w *
PR1 ME Í R AS - AG UA S .
In da acordado me achava
0 canario, o rouxinol
Quando a romper começava
Mimosas canções ao s o l;
E eu sozinho levava
As ovelhas ás campinas;
Não me alegra vão matinas
Em lindo roxo arrebol... »
E desperta, e deixa o canto,
Nos olhos a pôr-lhe um beijo
« Como tudo está sorrindo,
Zagaia, que assim te vejo ! »
Pericuraan, 1852.
90 HARPAS SELVAGENS.
S X I I I
VAMOS JUNTOS!
Tu aeras ma bergercLIo,
Je serai lon pastourcau :
A nous clianlc 1'alouctlo ,
A nous bondil. le tauroau.
X X IV
O INVERNO.
São lagrymas, são lagrymas fecundas m
A chuva no arvoredo carregado
Arrastando no chão sua flor e os ramos :
Exhala o campo os mádidos aromas
As borboletas esmaltadas, bellas,
D’azas largas e azues, aos mil confusos
Insectos de ouro : lá no bosque longe
0 lago berra dor. Fresca roseira
Toda aberta de rosas encarnadas,
Gomo um anjo da guarda se arripia,
Susurra ao beija-flor que ruge as azas,
Defendendo suas filhas : e amoroso
Elle pia e faz círculos, defuma
Suas peanas em seus bafos virginaes ;
Porém, respeita a voz materna e maga,
Mimosas folhas, e os botões que inclina
0 viço esplendido e o crystal — humanas
Donzellas, que verteis na mocidade
A rubea seiva que de excesso monta.
HARPAS SELVÀGEfíS.
93
Salve ! felicidade melancólica,
Doce estação da sombra e dos amores ——
Eu amo o inverno do equador brilhante í
A terra me parece mais sensivel.
Aqui as virgens não se despem negras
Á voz do outono desdenhoso e déspota.
Ai delias fossem irmãas, filhas dos homens !
Aqui dos montes não nos foge o tbrono
Dessas aves perdidas, nem do prado
Desapparcce a flor. A cobra mansa.
Cor d azougue, tardia, umbrosa e dúctil,
No marfim do caminho endurecido
Serpen toa, como onda de cabellos
Da formosura no hombro. Á noite a lua,
Qual minha amante d’innocente riso,
Co’a face branca assenta-se nas palmas
Da montanha estendendo os seus candores,
Mãi da poesia, solitaria, errante:
e o) n a n d /->!
ima o céo como os desertos t
Sympathicas manhãs é sempre o dia.
Geme ás canções d’aldea apaixonadas
Mui saudoso violão : as vozes cantão
Com náutico e celeste modulado.
Chama ás tacitas azas o silencio
Ao repouso, aos amores : as torrentes
Prolongão uma saudade que medita :
Vaga contemplação descora um pouco
0 adolescente e o velho : doce e triste
Eu vejo o meu sentir a natureza
Respirar do equador, selvagem bella
9Zt HARPAS SELVAGENS.
Maranhão.
HA n r AS SELVAGENS.
98
XXV
XXVI
FRAGMENTOS DO MAR.
A. L.
Paris.
Golfo do Biscaya.
Serras de Cintra.
® O ® *» O O » « 0 0 0 O « Q
Tejo.
Ilha de S. Vicente.
Ás vezes em tempestade,
Muitas vezes em bonança :
Porém vão-se desondando....
A nossa vida é mudança. o
Cosias do Brasil.
Requebrando-se as palmeiras
Respirão suavemente,
Como virgens encantadas;
O regato ergue a corrente.
Rio dc Janeiro.
..................................... ........
Porém, todo isto, ó pai, dá-me só lngrymas,
Não entendo porque : parou no peito
Meu coração, m inh’alma de sued rosa
Sob si se recolhe, e de uma noite
Tão pallida como ella envolta, cae.
É minha vida um pesadelo eterno
D’uma noite affrontosa : quando um dia
Raiará para mim? quando este peso
' Poderei sacudir, que tanto mata?
Acordar, levantar-me deste leito
Da terra, duro e triste, e sudorado
Do meu peito que em forças se desfaz /...
Bahia.
Recife.
M aranhão.
.r«s
harpas selv a g en s. Í37
:HM=§S«HS
NOITES
NOITES*
ssvn
O CYPHESTE.
« Em lioras silenciosas,
Quando a lua desmaiada
Roca os declivios celestes.
De pranto a face cortada ;
Pendida lá no occidente ;
Que volta e beija~me os pés,
Vôanao bella e crescente —*
Os queixumes soluçados
No sepulchro maternal
Penetrão, vibrão meu corpo,
Pb an tas ma p yram idaI.
E no socego da noite,
Quando as estrelías esvoação,
Até que os raios do dia
Mui de longe a terra ameação,
Encantos do afortunado
Amoroso trovador.
De cy preste a minba lyra
Menèa canções de dor.
SSVIIX
A VELHICE.
Talvez ainda uma noite... Seus olhos
forâo no horizonte: um vinculo de la-
gryma assomou; e o velho distrahio o
pensamento.
A ESCRAVA.
XXX
A m a l d i cis Ao d o c a t i v o .
A deshoras, so pi to o tyranno,
Ao mortiço clarão da candêa
o
XXXI
VISÕES.
Serras de Cintra,,
Í6S HARPAS SELVAGENS,
30001
Dos rubros flancos do redondo oceano
Com suas azas de luz prendendo a terra
O sol eu vi nascer, joven formoso
Desordenando pelos hombros de ouro
A perfumada luminosa coma,
Nas faces de um calor que amor aeccnde
Sorriso de coral deixava errante.
Em torno a mim não tragas os teus raios.
Suspende, sol de fogo ! tu, que outrora
Em Candidas cancõoso cu te saudava
Nesta bora d’esperança, ergue-te e passa
Sem ouvir minha lyra. Quando infante
Nos pés do laranjal adormecido,
Orvalhado das flores que ebovião
Cheirosas d’entre o ramo e a bei la fruta,
Na terra de meus pais eu despertada,
Minhas irmãas sorrindo, e o canto e aromas,
E o susurrar da rúbida mangueira —
Erão teus raios que primeiro vinhão
Roçar-me as cordas do alaúde brando
Nos meus joelhos timidos vagindo.
Ouviste, sol, mi nh’alma tenue d’annos
Toda innocente e tua, como o arroio
Em pedras estendido, em seus soluços
Andando, como o fez a natureza :
De uma luz piedosa me cercavas
IfAI! PÁS SELVAGENS. 169
X X X III
X X X IV
VISÕES.
i'2
178 harms selvagens.
• « e • °
XXXV
VISÕES.
a iB iii i "i-
—4 .r ..
m m sm
l['r i i 1
196 HARPAS SELVAGENS.
v»
Eu morra ao m enos sem te ouvir longinqua
Teu canto siren a l; rocar tua vestia
' o
X X X V I
O’ noites iníernaes da minha vida 1
Desespero e descrença os céos e a terra :
Lá não tem uma voz que diga —esp’rança !
Aqui não ha sorrir que diga-— amor!
Uma lua cancada e sempre morta,
Dormindo pelos cumes das montanhas ;
Uma hyperbole b ru ta; uns pyrilarnpos
N’uma abobada ferrea pendurados —
Áridos campos onde morão pedras!
Não vejo a aurora mais do que um semblante
D’escarneo á hum anidade; o feio occaso
Os olhos a fechar só lembra a morte.
A terra por si mesma íaz-se em hom ens :
Zumbe espectro inconstante de umas horas,
Nem mata a fome, e vai-se desfazendo —
lnda a sonhar, que não viveu, sonhava.
Meu sonho dos felizes, que passou-se,
Porque me despertaste? Entrei n u m c éo ?
ÍIÀRPÀS SELVAGENS. 227
Ouvindo — eu te amo ! — foi mentira* O inferno
Hoje m e envolve, m e envolvendo o a m o r!
D’esperanca em esperança corre a vida—
Existir é esperar: porque eu morri
Desde que a véla suspendendo ó acaso
O m eu canto entoei desta desgraça!
Mar sem praias 1 — seus ventos m ed izíâ o :
Não vês lâ no horizonte os verdes cum es
Juntos ao céo?— Andei 1 fagueiro e ledo.
E tão cançado, e sem chegar mais n u n ca ,
Vi cahindo a verdade! Eis porque eu morro:
Vive quem dorme e sonha. A dor m e uivando,
Eu quiz aniquilar m inha existência,
Que era phantasma o ser, mentira a vida*
Meus echos delirantes retumbarão
Na m inha alma em suas chammas consumida.
Em v ã o !... Quero viver — vem , céo da noite.
Banhar-me do teu somno : eu durmo, eu vivo.
X X X V II
★ ★ ★.
Escondido na espessura
Lá da Victoria (*) deserta:
Que eu seja tudo o que tenhas.
Teu astro da vida incerta;
E só tu minha existência
Que eu sinto que em ti desperta,
Meu canto da nam bú-preta.
Flor nos meus jardins aberta.
0 ’ filha da escrava negra!
Eu encontro em ti poesia
Mesmo no teu nascim ento
Do crepúsculo do dia ,
E no abandono dos brancos,
Que te faz tão triste e fria:
Tudo passa, a lyra v iv e,
Tu não tens noite sombria.
Cativa no occaso d’h on tem ,
Eis o sol da liberdadeL..
Eu choro, que tenho o peito
Tão cheio desta amizade !...
Ao leito impuro desceras,
Desceras antes da idade —
Horror! as azas de um anjot
Só voem 4 Eternidade.
Quando fòres mais crescida.
E já souberes íallar,
Quando mudares os dentes
Deixaremos o palm ar:
(*> Fazenda de meus pais.
HARPAS SELVAGENS. 235
Irem os ver o Yesuvio
Suas lavas aos eéos lançar,
o 9
A bella França ha de v e r -te ,
E as louras filhas do mar.
Tu, perfume dos m eus d ia s,
Que dar sóm ente quiz l)eos :
Elie o sou b e... é que na terra
Eu nada tenho dos e é o s,
Além dos vagos delírios
Que vejo nos sonhos m eus;
Os m eus amores são sonhos,
Inda um sonho eu julgo os teus.
Tu serás a companheira
Da minha triste existência;
Te mostrarei das estreitas
A harmoniosa cadencia;
Das harpas mysteriosas
A virginal confidencia,
Ouvirás meus sons nocturnes
Da noite nalta dormência.
E estas aves da tarde,
E estas terras do lar
Chorando te acompanharão
No deixarmos o palmar ;
E este pé de m angueiro
Que sombrêa este logar
lia de calxir de saudade
Sobre estas aguas do mar.
i
D IA DE NATAL.
Fstcndia-sc o horizonte
De fumarentas choupanas,
Mos paizes d ’arredores
Can ta vão brando as silva nas :
238 HA R PA S SELVAGENS.
« Ou morrer, ou suspender-te
« Nos louros da eternidade,
« Combater pelo teu nome
« Á sorte, a adversidade !
A el la sombra encantada
Que d innoccnte me amou ;
A cila quo
1 desportou-me
L
E que me disse, quo eu sou.
Dezembro de 1<SS,'C R io de . D i a i r o .
HARPAS SELVAGENS. 24 í
X X X IX
A M U SA .
Ai J i Os
aShJM
O TR O N C O D E P A L M E IR A .
XLI
TSoito silenciosa! unico abrigo
Que ficou-me no m u n do! nesta praia
Tão solitaria m e lancárão: triste,
o 7
XLII
O CASAL, P A T E R N O .
(victoria, j
As larangeiras do sitio
Umas morrerão, m ui charão ;
A criação fugitiva,
Os pombaes se abandonarão:
Tudo mudava n ’um dia,
O valle fundo gemia.
X O ll
F R O N D O SO S C E D R O S D ’O E T R ’O R A .
X1.IV
m eus nove annos n a l d ê a .
Apertou-se-me o m eu coração,
Nunca mais nem um ninho eu tirei:
Qual da m inha estar junto eu amava,
Yò-ios juntos sua mãi eu amei.
XLV
Dorme em leito de bonança
O feliz, na paz da crença:
Sem sonhos no somno plácido;
Sonhando , só sonha amor.
Eu sonho quando não durmo,
Por viver nesse passado :
Dormindo , máus pesadelos
Me sobresaltão de horror.
XLVI
Tua voz na infaneia adormeceu no berço
Meu dormir de flor;
E de saudade e amor }
O’ m ãi, é sobre um tumulo que eu canto.
ESTANCIAS,
Paginas
H arp a I. D e s e s p e r a n ç a ............................................................................ 3
H arp a II. I ly m n o á lib e r d a d e ................................................ 6
H arpa I I I . A o S o l. ................................................. it
II arp a IV. T e D e u m l a u d a m u s .......................................... 17
H arpa V . L egend a . . . . . . . . . . . . .................... 23
H a rp a V I. A h e c l i c a ......................... 29
H arp a V H . A * * * ............................... 34
H a rp a V I I I . V i s õ e s ........................ 35
H arp a IX . O R o u x in o l .......... ............................................................................. Zsi
H arpa X. C an ção d e G u s s e t ............................................................. . 44
H arp a X I. U m d ia é s e m e lh a n te á e t e r n i d a d e .................................. 4 6
H arpa X I í. M in h a a lm a a q u i. . . . . . . . . . . . . . 47
H arpa X I I ! . A v ir g e m z in h a d a s s e r r a s ............................................. . 49
H arp a X IV . I lo r a c o m v i d a .......................................... 54
H arp a X V . V e m , ó n o i t e ! . ..................................................................... 56
H arpa X V í. A * * * .......................................................... 57
H arpa XVI I . Sonhos da m anhã . ... ................................ 60
H arpa XVI I I . M .................................................................................. 63
H arpa X I X . P o b re íilh a d e P o lo n ia .. ................................................ . 65
H arpa X X . B e r ç o s d o a m o r p r i m e i r o ........................................................ 66
H arpa X X L O p r in e ip e a f r i c a n o ...................................... 76
H arpa X X I I . P r im e ir a s -a g u a s ...................................................... 83
H arpa X X I II. V a m o s j u n t o s ............................................................................ 90
H arpa X X IV . O i n v e r n o ................................................................................... 92
H arpa XX V . A1 p artid a d e u m v e lh o e n f e r m o ........................... 98
H arpa XXVI . F r a g m e n to s d o m a r ....................................................................9 9
80 S T\ m
N O IT E S.
Paginas
H a r p a A X Y JL O C yp res l e ............................................ ..... 1 !\5
H arpa X X V I II. A v e l h i c e . ....................................................................... „ , 1/pj
H arpa X X IX . A escrava. ......................................................................... 151.
H arpa X X X . A m a ld iç ã o d o c a t i v o . . . . . . . . . . 157
H arpa X X X I . V isõ es. . . . .................................................................. 1(35
H a r p a X X X Í I ....................................................................................... ..... IC>8
H a r p a X X X I I I ........................................ .................................................................. 171
I ia r p a X X X I V . V i s õ e s .................................................................................. 1 7/i
H arp a X X X V . V i s õ e s ..................................................... 183
H arpa’ X X X V I. . . . . . . c ............................................ 22(3
H arpa X X X Y IÍ. S o li d õ e s ...................................................................... 229
H a r p a X X X V I I I . O d ia d c Na lai .....................................................................‘2 5 7
I ia r p a X X X I X . A M u s a ......................................... ...... ........................... 2/H
H arpa X L. O T ro n co d e P a lm eira . ........................... . 2d7
H a r p a X L Í. .................................................................................................... 2 /i9
H arpa X L If. O Casal P a t e r n o ..................... ..... 25d
H a r p a X L I lí. F r o n d o s o s C e d r o s d 'o u t r ’o r a .................................... 2(30
H arp a X L IV. M eu s n o v e a n n o s iV aldèa . ...........................................2(32
H arpa X L \ . ........................ ..... 2 / .1
I ia r p a X L V L ........................................................................................ 287
Ri o do J a n e i r o , 1 8 5 7. T y p . Uni v e r s a l de
L A K M M K U T . rua dos I nv á l i do s , (31 15.
y yym ~.i y l \í y ,; ,
ÁK A ' Á « I a » 1 v.
f
K \\ H A T A.
í l C t i iJ ií í ’UO . ,, {■’
S a n to ! S m it o ! » 2) iy
ju sto : ju sto . 25 |5
in n u n d a d a in u n d a d a 28 n
r elig io sa r e lig io s a . 01 õ
e n í’u reee,-se e n fu r e c e 103 Zi
deceu de céo 107 io
m o r te : d e te r m o r te d e te r : 173 p
iia um a 1 3 /j . q
um a 11a ISA 8
d o p a s lo r ; do p a sto r ; 221 18
acom panharão acom panharão 235 23
E u v ia E u v e jo 239 U
A . J. D . A. G. D. 2Z[l 3
a z a s q u e am ãi az a s , q u e a m ã i . 263 ííi
p a ssa d o p assad o, 272 26
do m ar no m ar 273 03
do p u ro no pu ro 293 27
D a m o s i s l e s e r r o s e o m q u e p u d e m o s d e p a r a r á p m n e lr a le itu ra
d e p o is da im p r e s s ã o , que a lg u n s d o s q u a e s d e s fo r m ã o a m c lr ill-
ea eã o .
Mod. 0
mmm ím \m.mi be mm
d e S. Luis do M aran h ão