Você está na página 1de 1

Preludio essa breve conversa com uma simples, todavia hermética,

pergunta: como dizer o quanto te amo? Não sei se a resposta é uma pura utopia, ou
que talvez a resposta estar em não encontrá-la. São hipóteses não verificáveis
empiricamente, onde a fenomenologia não consegue alcançar algo tão labiríntico.
Posso estar errado em pensar que não são verificáveis, se estiver, logo existirá leis
físicas que prevê e determina o amor em toda sua magnitude (pouco provável).
Enquanto estás lendo esses vocábulos que personificam meus devaneios,
minha razão busca uma maneira de responder à pergunta inicial. Ao mesmo tempo
que busco elucidações, mais indagações chegam em minha consciência como se
fossem corpos celestes que adentram a atmosfera terrestre e se desintegram devido
o atrito das partículas gasosas e a reação de combustão em seu interior.
É interessante o quanto difícil é mensurar o meu sentimento por ti.
Geralmente, me deparo com equações matemáticas complexas, teorias quânticas e
relativas, mas algo que parece tão simples não consigo realizar. Talvez a
matemática consiga explicitar o que eu sinto, tentarei um dia. Por enquanto, me vejo
sem ferramentas que me levem a conclusões convincentes.
Falarei um pouco sobre tuas características, pois talvez me ajude a chegar
em uma conclusão assertiva. Começo falando de algo muito lindo, seus olhos.
Quando fixo atendo aos seus lindos e encantadores olhos, assemelho esse
fenômeno como olhar em um céu estrelado no topo de uma montanha, onde a
poluição visual não alcança, onde a imensidão e a infinidade fazem sentidos, onde a
arte e a filosofia perduram pela eternidade.
Não entendo como esse sentimento, que iniciou de maneira tão simplória,
chegou nessa magnitude, imensurável. Vejo-te em todos os lugares, embora muitas
vezes não a veja pela lei da reflexão, sei que estás presente, como se fosse as
partículas elementares que constitui o mundo microscópico subatômico. Talvez, este
possa ter a resposta que procuro, porquanto o espaço e o tempo não fazem sentido,
onde a subjetividade permeia eternamente.
Meus devaneios convergem a uma única solução, que é não encontrá-la.
Pois se eu verdadeiramente te amo, é porque você se tornou meu universo, meu
sentido de infinito, minha plenitude, meu eu. Não é possível mensurar algo assim,
apenas senti-lo.

Você também pode gostar