Max Weber (1864-1920) Karl Marx (1818-1883) Os clássicos da sociologia
Émile Durkheim (1858-1917)
Émile Durkheim (1858--1917) (1858 Indivíduo e sociedade:
Durkheim é o autor clássico que vai analisar a
predominância da sociedade sobre o indivíduo. A sociedade prevalece sobre os indivíduos dispondo de certas regras, normas, costumes e leis que asseguram sua perpetuação. Esse conjunto de regras, normas e valores que pairam acima das consciências individuais é a consciência coletiva - que dá sentido e integração entre os membros da sociedade. Émile Durkheim (1858--1917) (1858 Consciência coletiva: “Consciência coletiva é o conjunto de valores, sentimentos, crenças e tradições de uma sociedade, preservado, respeitado e legitimado no decorrer de várias gerações. É a moral de determinada sociedade, em que predomina a solidariedade mecânica, conforme Émile Durkheim (1973). A consciência coletiva exerce sobre os indivíduos uma coerção reforçando hábitos, costumes e representações sociais”. (Araújo & Bridi, 2009, p.21) Émile Durkheim (1858--1917) (1858 O que são fatos sociais?
Para o sociólogo francês, a Sociologia estuda fatos sociais.
Estes devem ser abordados com neutralidade. As pré- noções devem ser afastadas. Nas palavras de Durkheim os fatos sociais devem ser tratados “como coisas”.
Fatos sociais são certas maneiras de agir e de pensar, são regras
e normas coletivas que orientam a vida dos indivíduos em sociedade. Émile Durkheim (1858--1917) (1858 São características dos fatos sociais:
Exterioridade - São criados pela coletividade, não por
indivíduos isolados. Já existem fora dos indivíduos quando eles nascem. Coercitividade – São regras, normas e ideias dotadas de força imperativa, que se afirmam tão logo tentamos resistir. Ou seja, se algum indivíduo vai contra os fatos sociais estabelecidos, é coagido, pressionado a se conformar e, em último caso é punido. Generalidade – É social todo fato que é geral, que se repete em todos os indivíduos de um grupo ou, pelo menos, na maioria deles. Émile Durkheim (1858--1917) (1858 São exemplos de fatos sociais: a língua, as leis, o sistema monetário, a educação, a religião, a divisão do trabalho social, etc.
Os fatos sociais podem forçar a ação humana numa
diversidade de maneiras, indo da punição legal (no caso de um crime, por exemplo) à rejeição social (no caso de um comportamento inaceitável) e a simples incompreensão (no caso do uso inapropriado da língua) Émile Durkheim (1858--1917) (1858 Divisão do trabalho social
De acordo com Bomeny e Freire-Medeiros (2010,
p.26), “Durkheim concebe a sociedade como um corpo vivo, um organismo cujas partes – cada instituição e cada indivíduo – cumprem papéis determinados e existem em função do todo. A “liga” que une esses diferentes componentes, tornando a sociedade possível, é o que ele chama de solidariedade”. Émile Durkheim (1858--1917) (1858 Solidariedade mecânica:
“A solidariedade mecânica é mais comum nas
sociedades menos complexas, nas quais cada um sabe fazer quase todas as coisas de que necessita para viver. Nesse caso, o que une as pessoas não é o fato de uma depender do trabalho da outra, mas a aceitação de um conjunto de crenças, tradições e costumes comuns.” Émile Durkheim (1858--1917) (1858 Solidariedade orgânica:
Os indivíduos são solidários porque
dependem uns dos outros – na medida em que não executam todas as tarefas na sociedade – e não por que compartilham crenças, tradições e costumes comuns. Émile Durkheim (1858--1917) (1858 Solidariedade orgânica:
“Já a solidariedade orgânica é um fruto da
diversidade entre os indivíduos, e não da identidade nas crenças e ações. O que os une é a interdependência das funções sociais, ou seja, a necessidade que uma pessoa tem uma da outra, em virtude da divisão do trabalho social existente na sociedade.” Émile Durkheim (1858--1917) (1858 A crise das sociedades industriais do século XIX:
Marcada pelo conflito entre capital e trabalho era,
para Durkheim uma crise moral, que seria solucionada quando se acabasse com a anomia (ausência de normas). “Para Durkheim, se a divisão do trabalho não produz a solidariedade, é porque as relações entre os diversos setores da sociedade não são regulamentadas pelas instituições existentes.” Émile Durkheim (1858--1917) (1858 Estado: Como tinha por preocupação principal a coesão social, estudou o Estado enquanto uma Instituição fundamental na organização da sociedade acima das organizações comunitárias. “Durkheim dizia que o Estado ‘concentrava e expressava a vida social’. Sua função seria eminentemente moral, pois ele deveria realizar e organizar o ideário do indivíduo e assegurar-lhe pleno desenvolvimento. E isso se daria por meio da educação pública voltada para uma formação moral sem fins conceituais ou religiosos”. Émile Durkheim (1858--1917) (1858 Estado:
Estado e indivíduos não são antagônicos, pois é o
primeiro que possibilita a emancipação do segundo do controle despótico e imediato dos grupos secundários (família, Igreja, corporações profissionais, etc.).
A intermediação entre governo e indivíduos se dá por
meio da imprensa e da educação cívica ou pelos órgãos secundários que estabelecem a ponte entre governantes e governados.