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GUIA DE BOLSO | ENFERMAGEM FLORENCE

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GUIA DE BOLSO
ENFERMAGEM FLORENCE

MARCYH FLORENCE

1° Edição
Porto Alegre 2020

© Todos os direitos reservados.


Proibida a reprodução total ou parcial dessa obra sem a autorização
expressa do autor.

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Espero que o conteúdo que apresento aqui ajude você da mesma forma que
ajudaram a mim.
Esse material foi criado para ser literalmente seu Guia de Bolso.
Esse material é de extrema importância no dia a dia de todos que prestam
assistência, pois está diretamente relacionado com a qualidade e segurança do
nosso atendimento e da eficácia dos procedimentos realizados.
O objetivo desse material é guiar você durante sua trajetória estudantil e
profissional, pois cada conteúdo que você encontrar aqui foi pensado baseado
no seu dia a dia para que se tornasse prático e rápido de acordo com sua
necessidade.
Mas não é só isso, esse conteúdo vai estar sempre sendo atualizado e
estaremos criando novos conteúdos e adicionando ao nosso Guia de Bolso.
A Enfermagem Florence surgiu com o objetivo de auxiliar estudantes e
profissionais da área da enfermagem a adquirir mais conhecimento, através de
publicações de artigos e vídeo aulas, mantendo sempre a qualidade dos
conteúdos produzidos, procurando estar sempre atualizada em prol do
crescimento dessa profissão.

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Sumário
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem .......................................... 11
História da Enfermagem ................................................................................... 31
História da Enfermagem no Mundo............................................................... 31
Enfermagem no Brasil................................................................................... 33
Enfermagem Atual ........................................................................................ 34
Higiene das mãos............................................................................................. 36
Uso de água e sabão .................................................................................... 36
Uso de preparação alcoólica ......................................................................... 36
5 momentos de higiene das mãos ................................................................ 36
Técnica correta de higiene das mãos ............................................................... 37
6 Metas internacionais de segurança do paciente ........................................... 40
1. Identificação do paciente ....................................................................... 40
2. Comunicação efetiva ............................................................................. 40
3. Uso de medicamentos ........................................................................... 40
4. Cirurgia segura ...................................................................................... 41
5. Higiene das mãos .................................................................................. 41
6. Risco de queda ...................................................................................... 42
Administração de Medicamentos na Enfermagem ........................................... 43
Formas de apresentação dos medicamentos ............................................... 43
Ação dos medicamentos ............................................................................... 44
Vias de administração de medicamentos ......................................................... 45
Via oral .......................................................................................................... 45
Via sublingual ................................................................................................ 45
Via inalatória ................................................................................................. 45
Via nasal ....................................................................................................... 46
Via oftálmica ................................................................................................. 46
Via otológica ................................................................................................. 46
Via geniturinária ............................................................................................ 46
Via retal ......................................................................................................... 46
Vias injetáveis ............................................................................................... 46
Via intradérmica ............................................................................................ 47
Via subcutânea ............................................................................................. 47
Via intramuscular .......................................................................................... 47
Via intravenosa ............................................................................................. 48

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Classificação dos medicamentos ..................................................................... 49


Ação do medicamento .................................................................................. 49
A classe dos medicamentos ......................................................................... 50
Os 13 certos na administração de medicamentos ............................................ 53
Os 13 certos na administração de medicamentos ........................................ 53
Seringas e Agulhas .......................................................................................... 56
Seringas ........................................................................................................ 56
Agulhas ......................................................................................................... 58
Drogas vasoativas mais utilizadas ................................................................... 60
Catecolaminas .............................................................................................. 60
Vasodilatadores ............................................................................................ 61
Posições para Exames ..................................................................................... 63
Decúbito dorsal ............................................................................................. 63
Decúbito ventral ............................................................................................ 63
Litotomia ....................................................................................................... 63
Decúbito Fowler ............................................................................................ 64
Decúbito lateral direito ou esquerdo.............................................................. 64
Decúbito de sims lateral esquerdo ................................................................ 64
Ginecológica ................................................................................................. 64
Trendelenburg ............................................................................................... 64
Genupeitoral ................................................................................................. 65
Ereta ............................................................................................................. 65
Tipos de leitos .................................................................................................. 66
Cama aberta ................................................................................................. 66
Cama fechada ............................................................................................... 66
Cama cirúrgica .............................................................................................. 66
Aferição da pressão arterial.............................................................................. 67
Posicionamento ............................................................................................ 67
Orientações ................................................................................................... 67
Ausculta ........................................................................................................ 68
Classificação dos sons.................................................................................. 68
Técnica de Verificação da Pressão Arterial ...................................................... 69
Tipos de Insulina | Início, Pico e Duração ........................................................ 70
Insulina.......................................................................................................... 70
Início, Pico e Duração ................................................................................... 70

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Tipos de diálise ................................................................................................ 73


Hemodiálise ............................................................................................... 73
Diálise peritoneal ....................................................................................... 74
Tipos de riscos na enfermagem ....................................................................... 75
Risco físico .................................................................................................... 75
Risco químico ............................................................................................... 75
Risco ergonômico ......................................................................................... 75
Risco biológico .............................................................................................. 75
Extintores de incêndio ...................................................................................... 77
Classes de incêndios .................................................................................... 77
Tipos de extintores ........................................................................................ 78
Aplicação de Calor e Frio ................................................................................. 80
Calor ............................................................................................................. 80
Frio ................................................................................................................ 81
Balanço Hídrico ................................................................................................ 82
Cálculo do balanço hídrico ............................................................................ 82
Carrinho de Emergência .................................................................................. 84
Parte externa ................................................................................................ 84
Parte superior ............................................................................................... 84
1° gaveta: medicamentos.............................................................................. 85
2° gaveta ....................................................................................................... 85
Caixa de psicotrópicos .................................................................................. 86
3° gaveta ....................................................................................................... 86
4° gaveta ....................................................................................................... 87
Gavetas laterais ............................................................................................ 87
Materiais para procedimentos .......................................................................... 89
Materiais para passagem de sonda vesical de demora ................................ 89
Materiais para passagem de sonda nasoenteral .......................................... 89
Materiais para passagem de sonda nasogástrica ......................................... 90
Materiais para intubação endotraqueal ......................................................... 90
Materiais para drenagem torácica ................................................................. 91
Materiais para passagem de cateter de PICC .............................................. 91
Materiais para realizar enema (lavagem intestinal) ....................................... 92
Materiais para realizar teste de glicemia capilar (HGT) ................................ 92
Cuidados de Enfermagem ................................................................................ 93

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Cuidados com a Sonda Vesical de Demora .................................................. 93


Cuidados de Enfermagem com a Sonda Nasoenteral .................................. 94
Cuidados de Enfermagem com Gastrostomia .............................................. 94
Cuidados de Enfermagem com Traqueostomia ............................................ 95
Cuidados com paciente intubado .................................................................. 95
Cuidados com o Dreno de Tórax .................................................................. 96
Cuidados com cateter de PICC ..................................................................... 96
Cuidados com Cateter Venoso Periférico ..................................................... 97
Cuidados com Cateter Venoso Central ......................................................... 98
Cuidados de Enfermagem na Administração de Medicamentos ................... 98
Cuidados com drogas vasoativas ................................................................. 99
Cuidados com as queimaduras ................................................................... 100
Cuidados com Lesão por Pressão .............................................................. 100
Cuidados com Cistostomia ......................................................................... 100
Cuidados com Colostomia .......................................................................... 101
Classificação das queimaduras ...................................................................... 102
1° grau ........................................................................................................ 102
2° grau ........................................................................................................ 103
3° grau ........................................................................................................ 103
Extensão das queimaduras ......................................................................... 104
Superfície corporal ...................................................................................... 105
Precauções e Isolamentos ............................................................................. 106
Precaução padrão ....................................................................................... 106
Precaução de contato ................................................................................. 107
Precaução de aerossóis .............................................................................. 107
Precaução de gotículas ............................................................................... 108
Equipamentos de Proteção Individual ............................................................ 109
Tipos de anestesias ....................................................................................... 111
Geral ........................................................................................................... 111
Raquidiana .................................................................................................. 112
Peridural...................................................................................................... 113
Local ........................................................................................................... 113
Tempos Cirúrgicos ......................................................................................... 114
Diérese: Dividir, cortar, separar .................................................................. 114
Hemostasia: prevenir, deter, impedir .......................................................... 114

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Exérese ....................................................................................................... 115


Síntese ........................................................................................................ 115
Classificação das cirurgias ............................................................................. 117
Finalidade ................................................................................................... 117
Urgência ...................................................................................................... 118
Potencial de contaminação ......................................................................... 118
Parada cardiorrespiratória | Conheça os 4 Ritmos ......................................... 120
Assistolia ..................................................................................................... 120
Atividade elétrica sem pulso (AESP)........................................................... 120
Fibrilação ventricular (FV) ........................................................................... 121
Taquicardia ventricular sem pulso (TVSP) .................................................. 121
Desfibrilação e Cardioversão Elétrica ............................................................ 122
Desfibrilação ............................................................................................... 122
Cardioversão Elétrica .................................................................................. 122
Tipos de dietas hospitalares ........................................................................... 123
Dieta livre .................................................................................................... 123
Dieta branda ............................................................................................... 123
Dieta pastosa .............................................................................................. 124
Dieta líquida completa................................................................................. 124
Dieta líquida restrita .................................................................................... 124
Nutrição Enteral e Parenteral ......................................................................... 125
Nutrição Enteral .......................................................................................... 125
Nutrição Parenteral ..................................................................................... 125
Imprudência, negligência e imperícia ............................................................. 126
Tipos de Soluções usadas em hospital .......................................................... 127
Como descartar corretamente o resíduo hospitalar ....................................... 129
Materiais potencialmente infectantes .......................................................... 129
Resíduos químicos...................................................................................... 129
Rejeitos radioativos ..................................................................................... 130
Resíduos comuns ....................................................................................... 130
Resíduos recicláveis ................................................................................... 130
Resíduos perfurocortantes .......................................................................... 130
Transporte de paciente intra-hospitalar .......................................................... 131
Cuidados gerais .......................................................................................... 131
Transporte com maca ................................................................................. 131

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Cuidados específicos .................................................................................. 132


Como realizar uma anotação de enfermagem ............................................... 134
Diferença de Anotação e Evolução de enfermagem ................................... 134
Passagem de Plantão .................................................................................... 137
Enema / Lavagem intestinal ........................................................................... 138
Materiais utilizados para realizar o Enema ................................................. 138
Técnica do Procedimento ........................................................................... 138
Glicemia capilar .............................................................................................. 140
Materiais utilizados para realizar o teste ..................................................... 140
Técnica do Procedimento ........................................................................... 140
Hemograma completo .................................................................................... 142
Série vermelha ............................................................................................ 142
Série branca ................................................................................................ 143
Plaquetas .................................................................................................... 143
Tubos de Coleta ............................................................................................. 144
Prefixos e sufixos mais usados na Enfermagem ............................................ 146
PREFIXOS .................................................................................................. 146
SUFIXOS .................................................................................................... 147
Principais Terminologias Cirúrgicas ............................................................... 149
Terminologia do Sistema Urinário .................................................................. 155
Terminologia do Sistema Respiratório ........................................................... 156
Terminologia do Sistema Digestivo ................................................................ 157
Terminologia do Sistema Circulatório ............................................................. 158
Terminologia do Sistema Tegumentar ........................................................... 159
Terminologia do Sistema Nervoso ................................................................. 160
Transformações de Unidades ........................................................................ 161
Unidades usadas pela Enfermagem ........................................................ 161
Transformações de Unidades usadas pela Enfermagem ........................ 161
Fórmulas de Gotejamento .............................................................................. 162
Cálculo de Gotejamento em Horas ............................................................. 162
Fórmula de gotas para infusão em horas ................................................ 162
Fórmula de microgotas para infusão em horas ........................................ 162
Cálculo de Gotejamento em Minutos .......................................................... 163
Fórmula de gotas para infusão em minutos ............................................. 163
Fórmula de microgotas para infusão em minutos .................................... 163

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Regra de Três ................................................................................................ 164


5 passos para resolver a regra de três:....................................................... 164
Sobre Autora .................................................................................................. 165
Conecte-se a Autora ...................................................................................... 166

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Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem

PREÂMBULO
A enfermagem compreende um componente próprio de conhecimentos
científicos e técnicos, construído e reproduzido por um conjunto de práticas
sociais, éticas e políticas que se processa pelo ensino, pesquisa e assistência.
Realiza-se na prestação de serviços à pessoa, família e coletividade, no seu
contexto e circunstâncias de vida.
O aprimoramento do comportamento ético do profissional passa pelo processo
de construção de uma consciência individual e coletiva, pelo compromisso
social e profissional configurado pela responsabilidade no plano das relações
de trabalho com reflexos no campo científico e político.
A enfermagem brasileira, face às transformações socioculturais, científicas e
legais, entendeu ter chegado o momento de reformular o Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem (CEPE).
A trajetória da reformulação, coordenada pelo Conselho Federal de
Enfermagem com a participação dos Conselhos Regionais de Enfermagem,
incluiu discussões com a categoria de enfermagem.
O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem está organizado por
assunto e inclui princípios, direitos, responsabilidades, deveres e proibições
pertinentes à conduta ética dos profissionais de enfermagem.
O Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem leva em consideração a
necessidade e o direito de assistência em enfermagem da população, os
interesses do profissional e de sua organização. Está centrado na pessoa,
família e coletividade e pressupõe que os trabalhadores de enfermagem

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estejam aliados aos usuários na luta por uma assistência sem riscos e danos e
acessível a toda população.
O presente Código teve como referência os postulados da Declaração
Universal dos Direitos do Homem, promulgada pela Assembleia Geral das
Nações Unidas (1948) e adotada pela Convenção de Genebra da Cruz
Vermelha (1949), contidos no Código de Ética do Conselho Internacional de
Enfermeiros (1953) e no Código de Ética da Associação Brasileira de
Enfermagem (1975).
Teve como referência, ainda, o Código de Deontologia de Enfermagem do
Conselho Federal de Enfermagem (1976), o Código de Ética dos Profissionais
de Enfermagem (1993) e as Normas Internacionais e Nacionais sobre Pesquisa
em Seres Humanos [Declaração Helsinque (1964), revista em Tóquio (1975),
em Veneza (1983), em Hong Kong (1989) e em Sommerset West (1996) e a
Resolução 196 do Conselho Nacional de Saúde, Ministério da Saúde (1996)].

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
A enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde e a qualidade de
vida da pessoa, família e coletividade.
O profissional de enfermagem atua na promoção, prevenção, recuperação e
reabilitação da saúde, com autonomia e em consonância com os preceitos
éticos e legais.
O profissional de enfermagem participa, como integrante da equipe de saúde,
das ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população e da
defesa dos princípios das políticas públicas de saúde e ambientais, que
garantam a universalidade de acesso aos serviços de saúde, integralidade da
assistência, resolutividade, preservação da autonomia das pessoas,
participação da comunidade, hierarquização e descentralização político-
administrativa dos serviços de saúde.
O profissional de enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos
humanos, em todas as suas dimensões.
O profissional de enfermagem exerce suas atividades com competência para a
promoção do ser humano na sua integralidade, de acordo com os princípios da
ética e da bioética.

CAPÍTULO I
DAS RELAÇÕES PROFISSIONAIS

DIREITOS

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Art. 1º - Exercer a enfermagem com liberdade, autonomia e ser tratado


segundo os pressupostos e princípios legais, éticos e dos direitos humanos.

Art. 2º - Aprimorar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais


que dão sustentação a sua prática profissional.

Art. 3º - Apoiar as iniciativas que visem ao aprimoramento profissional e


à defesa dos direitos e interesses da categoria e da sociedade.

Art. 4º - Obter desagravo público por ofensa que atinja a profissão, por
meio do Conselho Regional de Enfermagem.

RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 5º - Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade,
resolutividade, dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e
lealdade.

Art. 6º - Fundamentar suas relações no direito, na prudência, no


respeito, na solidariedade e na diversidade de opinião e posição ideológica.

Art. 7º - Comunicar ao COREN e aos órgãos competentes, fatos que


infrinjam dispositivos legais e que possam prejudicar o exercício profissional.

PROIBIÇÕES
Art. 8º - Promover e ser conivente com a injúria, calúnia e difamação de
membro da equipe de enfermagem, equipe de saúde e de trabalhadores de
outras áreas, de organizações da categoria ou instituições.

Art. 9º - Praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção penal ou


qualquer outro ato, que infrinja postulados éticos e legais.

SEÇÃO I
DAS RELAÇÕES COM A PESSOA, FAMILIA E COLETIVIDADE

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DIREITOS
Art. 10 - Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua
competência técnica, científica, ética e legal ou que não ofereçam segurança
ao profissional, à pessoa, família e coletividade.

Art. 11 - Ter acesso às informações, relacionadas à pessoa, família e


coletividade, necessárias ao exercício profissional.

RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 12 - Assegurar à pessoa, família e coletividade assistência de
enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou
imprudência.

Art. 13 - Avaliar criteriosamente sua competência técnica, científica,


ética e legal e somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de
desempenho seguro para si e para outrem.

Art. 14 - Aprimorar os conhecimentos técnicos, científicos, éticos e


culturais, em benefício da pessoa, família e coletividade e do desenvolvimento
da profissão.

Art. 15 - Prestar assistência de enfermagem sem discriminação de


qualquer natureza.

Art. 16 - Garantir a continuidade da assistência de enfermagem em


condições que ofereçam segurança, mesmo em caso de suspensão das
atividades profissionais decorrentes de movimentos reivindicatórios da
categoria.

Art. 17 - Prestar adequadas informações à pessoa, família e coletividade


a respeito dos direitos, riscos, benefícios e intercorrências acerca da
assistência de enfermagem.

Art. 18 - Respeitar, reconhecer e realizar ações que garantam o direito


da pessoa ou de seu representante legal, de tomar decisões sobre sua saúde,
tratamento, conforto e bem estar.

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Art. 19 - Respeitar o pudor, a privacidade e a intimidade do ser humano,


em todo seu ciclo vital, inclusive nas situações de morte e pós-morte.

Art. 20 - Colaborar com a equipe de saúde no esclarecimento da


pessoa, família e coletividade a respeito dos direitos, riscos, benefícios e
intercorrências acerca de seu estado de saúde e tratamento.

Art. 21 - Proteger a pessoa, família e coletividade contra danos


decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência por parte de qualquer
membro da equipe de saúde.

Art. 22 - Disponibilizar seus serviços profissionais à comunidade em


casos de emergência, epidemia e catástrofe, sem pleitear vantagens pessoais.

Art. 23 - Encaminhar a pessoa, família e coletividade aos serviços de


defesa do cidadão, nos termos da lei.

Art. 24 - Respeitar, no exercício da profissão, as normas relativas à


preservação do meio ambiente e denunciar aos órgãos competentes as formas
de poluição e deterioração que comprometam a saúde e a vida.

Art. 25 - Registrar no prontuário do paciente as informações inerentes e


indispensáveis ao processo de cuidar.

PROIBIÇÕES
Art. 26 - Negar assistência de enfermagem em qualquer situação que se
caracterize como urgência ou emergência.

Art. 27 - Executar ou participar da assistência à saúde sem o


consentimento da pessoa ou de seu representante legal, exceto em iminente
risco de morte.

Art. 28 - Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a


interromper a gestação.

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Parágrafo único - Nos casos previstos em lei, o profissional deverá decidir, de


acordo com a sua consciência, sobre a sua participação ou não no ato abortivo.

Art. 29 - Promover a eutanásia ou participar em prática destinada a


antecipar a morte do cliente.

Art. 30 - Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e


sem certificar-se da possibilidade de riscos.

Art. 31 - Prescrever medicamentos e praticar ato cirúrgico, exceto nos


casos previstos na legislação vigente e em situação de emergência.

Art. 32 - Executar prescrições de qualquer natureza, que comprometam


a segurança da pessoa.

Art. 33 - Prestar serviços que por sua natureza competem a outro


profissional, exceto em caso de emergência.

Art. 34 - Provocar, cooperar, ser conivente ou omisso com qualquer


forma de violência.

Art. 35 - Registrar informações parciais e inverídicas sobre a assistência


prestada.

SEÇÃO II
DAS RELAÇÕES COM OS TRABALHADORES DE ENFERMAGEM, SAÚDE E
OUTROS

DIREITOS
Art. 36 - Participar da prática multiprofissional e interdisciplinar com
responsabilidade, autonomia e liberdade.

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Art. 37 - Recusar-se a executar prescrição medicamentosa e


terapêutica, onde não conste a assinatura e o número de registro do
profissional, exceto em situações de urgência e emergência.

Parágrafo único - O profissional de enfermagem poderá recusar-se a executar


prescrição medicamentosa e terapêutica em caso de identificação de erro ou
ilegibilidade.

RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 38 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades
profissionais, independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe.

Art. 39 - Participar da orientação sobre benefícios, riscos e


consequências decorrentes de exames e de outros procedimentos, na
condição de membro da equipe de saúde.

Art. 40 - Posicionar-se contra falta cometida durante o exercício


profissional seja por imperícia, imprudência ou negligência.

Art. 41 - Prestar informações, escritas e verbais, completas e fidedignas


necessárias para assegurar a continuidade da assistência.

PROIBIÇÕES
Art. 42 - Assinar as ações de enfermagem que não executou, bem como
permitir que suas ações sejam assinadas por outro profissional.

Art. 43 - Colaborar, direta ou indiretamente com outros profissionais de


saúde, no descumprimento da legislação referente aos transplantes de órgãos,
tecidos, esterilização humana, fecundação artificial e manipulação genética.

SEÇÃO III
DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES DA CATEGORIA

DIREITOS

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Art. 44 - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem, quando


impedido de cumprir o presente Código, a legislação do exercício profissional e
as resoluções e decisões emanadas do Sistema COFEN/COREN.

Art. 45 - Associar-se, exercer cargos e participar de entidades de classe


e órgãos de fiscalização do exercício profissional.

Art. 46 - Requerer em tempo hábil, informações acerca de normas e


convocações.

Art. 47 - Requerer, ao Conselho Regional de Enfermagem, medidas


cabíveis para obtenção de desagravo público em decorrência de ofensa sofrida
no exercício profissional.

RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 48 - Cumprir e fazer os preceitos éticos e legais da profissão.

Art. 49 - Comunicar ao Conselho Regional de Enfermagem fatos que


firam preceitos do presente Código e da legislação do exercício profissional.

Art. 50 - Comunicar formalmente ao Conselho Regional de Enfermagem


fatos que envolvam recusa ou demissão de cargo, função ou emprego,
motivado pela necessidade do profissional em cumprir o presente Código e a
legislação do exercício profissional.

Art. 51 - Cumprir, no prazo estabelecido, as determinações e


convocações do Conselho Federal e Conselho Regional de Enfermagem.

Art. 52 - Colaborar com a fiscalização de exercício profissional.

Art. 53 - Manter seus dados cadastrais atualizados, e regularizadas as


suas obrigações financeiras com o Conselho Regional de Enfermagem.

Art. 54 - Apor o número e categoria de inscrição no Conselho Regional


de Enfermagem em assinatura, quando no exercício profissional.

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Art. 55 - Facilitar e incentivar a participação dos profissionais de


enfermagem no desempenho de atividades nas organizações da categoria.

PROIBIÇÕES
Art. 56 - Executar e determinar a execução de atos contrários ao Código
de Ética e às demais normas que regulam o exercício da Enfermagem.

Art. 57 - Aceitar cargo, função ou emprego vago em decorrência de


fatos que envolvam recusa ou demissão de cargo, função ou emprego
motivado pela necessidade do profissional em cumprir o presente código e a
legislação do exercício profissional.

Art. 58 - Realizar ou facilitar ações que causem prejuízo ao patrimônio


ou comprometam a finalidade para a qual foram instituídas as organizações da
categoria.

Art. 59 - Negar, omitir informações ou emitir falsas declarações sobre o


exercício profissional quando solicitado pelo Conselho Regional de
Enfermagem.

SEÇÃO IV
DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES EMPREGADORAS

DIREITOS
Art. 60 - Participar de movimentos de defesa da dignidade profissional,
do aprimoramento técnico científico, do exercício da cidadania e das
reivindicações por melhores condições de assistência, trabalho e remuneração.

Art. 61 - Suspender suas atividades, individual ou coletivamente, quando


a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições
dignas para o exercício profissional ou que desrespeite a legislação do setor
saúde, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo
comunicar imediatamente por escrito sua decisão ao Conselho Regional de
Enfermagem.

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Art. 62 - Receber salários ou honorários compatíveis com o nível de


formação, a jornada de trabalho, a complexidade das ações e a
responsabilidade pelo exercício profissional.

Art. 63 - Desenvolver suas atividades profissionais em condições de


trabalho que promovam a própria segurança e a da pessoa, família e
coletividade sob seus cuidados, e dispor de material e equipamentos de
proteção individual e coletiva, segundo as normas vigentes.

Art. 64 - Recusar-se a desenvolver atividades profissionais na falta de


material ou equipamentos de proteção individual e coletiva definidos na
legislação específica.

Art. 65 - Formar e participar da comissão de ética da instituição pública


ou privada onde trabalha, bem como de comissões interdisciplinares.

Art. 66 - Exercer cargos de direção, gestão e coordenação na área de


seu exercício profissional e do setor saúde.

Art. 67 - Ser informado sobre as políticas da instituição e do serviço de


enfermagem, bem como participar de sua elaboração.

Art. 68 - Registrar no prontuário, e em outros documentos próprios da


enfermagem, informações referentes ao processo de cuidar da pessoa.

RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 69 - Estimular, promover e criar condições para o aperfeiçoamento
técnico, científico e cultural dos profissionais de Enfermagem sob sua
orientação e supervisão.

Art. 70 - Estimular, facilitar e promover o desenvolvimento das


atividades de ensino, pesquisa e extensão, devidamente aprovadas nas
instâncias deliberativas da instituição.

Art. 71 - Incentivar e criar condições para registrar as informações


inerentes e indispensáveis ao processo de cuidar.

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Art. 72 - Registrar as informações inerentes e indispensáveis ao


processo de cuidar de forma clara, objetiva e completa.

PROIBIÇÕES
Art. 73 - Trabalhar, colaborar ou acumpliciar-se com pessoas físicas ou
jurídicas que desrespeitem princípios e normas que regulam o exercício
profissional de enfermagem.

Art. 74 - Pleitear cargo, função ou emprego ocupado por colega,


utilizando-se de concorrência desleal.

Art. 75 - Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de


hospital, casa de saúde, unidade sanitária, clínica, ambulatório, escola, curso,
empresa ou estabelecimento congênere sem nele exercer as funções de
enfermagem pressupostas.

Art. 76 - Receber vantagens de instituição, empresa, pessoa, família e


coletividade, além do que lhe é devido, como forma de garantir Assistência de
Enfermagem diferenciada ou benefícios de qualquer natureza para si ou para
outrem.

Art. 77 - Usar de qualquer mecanismo de pressão ou suborno com


pessoas físicas ou jurídicas para conseguir qualquer tipo de vantagem.

Art. 78 - Utilizar, de forma abusiva, o poder que lhe confere a posição ou


cargo, para impor ordens, opiniões, atentar contra o pudor, assediar sexual ou
moralmente, inferiorizar pessoas ou dificultar o exercício profissional.

Art. 79 - Apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou imóvel, público


ou particular de que tenha posse em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito
próprio ou de outrem.

Art. 80 - Delegar suas atividades privativas a outro membro da equipe


de enfermagem ou de saúde, que não seja enfermeiro.

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CAPÍTULO II
DO SIGILO PROFISSIONAL

DIREITOS
Art. 81 - Abster-se de revelar informações confidenciais de que tenha
conhecimento em razão de seu exercício profissional a pessoas ou entidades
que não estejam obrigadas ao sigilo.

RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 82 - Manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento
em razão de sua atividade profissional, exceto casos previstos em lei, ordem
judicial, ou com o consentimento escrito da pessoa envolvida ou de seu
representante legal.

§ 1º - Permanece o dever mesmo quando o fato seja de conhecimento


público e em caso de falecimento da pessoa envolvida.

§ 2º - Em atividade multiprofissional, o fato sigiloso poderá ser revelado


quando necessário à prestação da assistência.

§ 3º - O profissional de enfermagem, intimado como testemunha, deverá


comparecer perante a autoridade e, se for o caso, declarar seu impedimento de
revelar o segredo.

§ 4º - O segredo profissional referente ao menor de idade deverá ser


mantido, mesmo quando a revelação seja solicitada por pais ou responsáveis,
desde que o menor tenha capacidade de discernimento, exceto nos casos em
que possa acarretar danos ou riscos ao mesmo.

Art. 83 - Orientar, na condição de enfermeiro, a equipe sob sua


responsabilidade, sobre o dever do sigilo profissional.

PROIBIÇÕES
Art. 84 - Franquear o acesso a informações e documentos para pessoas
que não estão diretamente envolvidas na prestação da assistência, exceto nos
casos previstos na legislação vigente ou por ordem judicial.

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Art. 85 - Divulgar ou fazer referência a casos, situações ou fatos de


forma que os envolvidos possam ser identificados.

CAPÍTULO III
DO ENSINO, DA PESQUISA, E DA PRODUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA

DIREITOS
Art. 86 - Realizar e participar de atividades de ensino e pesquisa,
respeitadas as normas ético-legais.

Art. 87 - Ter conhecimento acerca do ensino e da pesquisa a serem


desenvolvidos com as pessoas sob sua responsabilidade profissional ou em
seu local de trabalho.

Art. 88 - Ter reconhecida sua autoria ou participação em produção


técnico-científica.

RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 89 - Atender as normas vigentes para a pesquisa envolvendo seres
humanos, segundo a especificidade da investigação.

Art. 90 - Interromper a pesquisa na presença de qualquer perigo à vida e


à integridade da pessoa.

Art. 91 - Respeitar os princípios da honestidade e fidedignidade, bem


como os direitos autorais no processo de pesquisa, especialmente na
divulgação dos seus resultados.

Art. 92 - Disponibilizar os resultados de pesquisa à comunidade


científica e sociedade em geral.

Art. 93 - Promover a defesa e o respeito aos princípios éticos e legais da


profissão no ensino, na pesquisa e produções técnico-científicas.

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PROIBIÇÕES
Art. 94 - Realizar ou participar de atividades de ensino e pesquisa, em
que o direito inalienável da pessoa, família ou coletividade seja desrespeitado
ou ofereça qualquer tipo de risco ou dano aos envolvidos.

Art. 95 - Eximir-se da responsabilidade por atividades executadas por


alunos ou estagiários, na condição de docente, enfermeiro responsável ou
supervisor.

Art. 96 - Sobrepor o interesse da ciência ao interesse e segurança da


pessoa, família ou coletividade.

Art. 97 - Falsificar ou manipular resultados de pesquisa, bem como, usá-


los para fins diferentes dos pré-determinados.

Art. 98 - Publicar trabalho com elementos que identifiquem o sujeito


participante do estudo sem sua autorização.

Art. 99 - Divulgar ou publicar, em seu nome, produção técnico-científica


ou instrumento de organização formal do qual não tenha participado ou omitir
nomes de co-autores e colaboradores.

Art. 100 - Utilizar sem referência ao autor ou sem a sua autorização


expressa, dados, informações, ou opiniões ainda não publicados.

Art. 101 - Apropriar-se ou utilizar produções técnico-científicas, das


quais tenha participado como autor ou não, implantadas em serviços ou
instituições sem concordância ou concessão do autor.

Art. 102 - Aproveitar-se de posição hierárquica para fazer constar seu


nome como autor ou coautor em obra técnico-científica.

CAPÍTULO IV
DA PUBLICIDADE

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DIREITOS
Art. 103 - Utilizar-se de veículo de comunicação para conceder
entrevistas ou divulgar eventos e assuntos de sua competência, com finalidade
educativa e de interesse social.

Art. 104 - Anunciar a prestação de serviços para os quais está


habilitado.

RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 105 - Resguardar os princípios da honestidade, veracidade e
fidedignidade no conteúdo e na forma publicitária.

Art. 106 - Zelar pelos preceitos éticos e legais da profissão nas


diferentes formas de divulgação.

PROIBIÇÕES
Art. 107 - Divulgar informação inverídica sobre assunto de sua área
profissional.

Art. 108 - Inserir imagens ou informações que possam identificar


pessoas e instituições sem sua prévia autorização.

Art. 109 - Anunciar título ou qualificação que não possa comprovar.

Art. 110 - Omitir em proveito próprio, referência a pessoas ou


instituições.

Art. 111 - Anunciar a prestação de serviços gratuitos ou propor


honorários que caracterizem concorrência desleal.

CAPÍTULO V
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES

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Art. 112 - A caracterização das infrações éticas e disciplinares e a


aplicação das respectivas penalidades regem-se por este Código, sem prejuízo
das sanções previstas em outros dispositivos legais.

Art. 113 - Considera-se infração ética a ação, omissão ou conivência


que implique em desobediência e/ou inobservância às disposições do Código
de Ética dos Profissionais de Enfermagem.

Art. 114 - Considera-se infração disciplinar a inobservância das normas


dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem.

Art. 115 - Responde pela infração quem a cometer ou concorrer para a


sua prática, ou dela obtiver benefício, quando cometida por outrem.

Art. 116 - A gravidade da infração é caracterizada por meio da análise


dos fatos do dano e de suas consequências.

Art. 117 - A infração é apurada em processo instaurado e conduzido nos


termos do Código de Processo Ético das Autarquias Profissionais de
Enfermagem.

Art. 118 - As penalidades a serem impostas pelos Conselhos Federal e


Regional de Enfermagem, conforme o que determina o art. 18, da Lei n° 5.905,
de 12 de julho de 1973, são as seguintes:

I - Advertência verbal;
II – Multa;
III – Censura;
IV - Suspensão do exercício profissional;
V - Cassação do direito ao exercício profissional.

§ 1º - A advertência verbal consiste na admoestação ao infrator, de


forma reservada, que será registrada no prontuário do mesmo, na presença de
duas testemunhas.

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§ 2º - A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de 01 (uma) a


10 (dez) vezes o valor da anuidade da categoria profissional à qual pertence o
infrator, em vigor no ato do pagamento.

§3º - A censura consiste em repreensão que será divulgada nas


publicações oficiais dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem e em
jornais de grande circulação.

§ 4º - A suspensão consiste na proibição do exercício profissional da


enfermagem por um período não superior a 29 (vinte e nove) dias e será
divulgada nas publicações oficiais dos Conselhos Federal e Regional de
Enfermagem, jornais de grande circulação e comunicada aos órgãos
empregadores.

§ 5º - A cassação consiste na perda do direito ao exercício da


enfermagem e será divulgada nas publicações dos Conselhos Federal e
Regional de Enfermagem e em jornais de grande circulação.

Art.119 - As penalidades, referentes à advertência verbal, multa,


censura e suspensão do exercício profissional, são da alçada do Conselho
Regional de Enfermagem, serão registradas no prontuário do profissional de
enfermagem; a pena de cassação do direito ao exercício profissional é de
competência do Conselho Federal de Enfermagem, conforme o disposto no art.
18, parágrafo primeiro, da Lei n° 5.905/73.

Parágrafo único - Na situação em que o processo tiver origem no Conselho


Federal de Enfermagem, terá como instância superior a Assembleia dos
Delegados Regionais.

Art. 120 - Para a graduação da penalidade e respectiva imposição


consideram-se:

I - A maior ou menor gravidade da infração;


II - As circunstâncias agravantes e atenuantes da infração;
III - O dano causado e suas consequências;
IV - Os antecedentes do infrator.

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Art. 121 - As infrações serão consideradas leves, graves ou


gravíssimas, segundo a natureza do ato e a circunstância de cada caso.

§ 1º - São consideradas infrações leves as que ofendam a integridade


física, mental ou moral de qualquer pessoa, sem causar debilidade ou aquelas
que venham a difamar organizações da categoria ou instituições.

§ 2º - São consideradas infrações graves as que provoquem perigo de


vida, debilidade temporária de membro, sentido ou função em qualquer pessoa
ou as que causem danos patrimoniais ou financeiros.

Art. 122 - São consideradas circunstâncias atenuantes:

I - Ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua espontânea vontade e
com eficiência, evitar ou minorar as consequências do seu ato;
II - Ter bons antecedentes profissionais;
III - Realizar atos sob coação e/ou intimidação;
IV - Realizar ato sob emprego real de força física;
V - Ter confessado espontaneamente a autoria da infração.

Art. 123 - São consideradas circunstâncias agravantes:

I - Ser reincidente;
II - Causar danos irreparáveis;
III - Cometer infração dolosamente;
IV - Cometer a infração por motivo fútil ou torpe;
V - Facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a
vantagem de outra infração;
VI - Aproveitar-se da fragilidade da vítima;
VII - Cometer a infração com abuso de autoridade ou violação do dever
inerente ao cargo ou função;
VIII - Ter maus antecedentes profissionais.

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CAPÍTULO VI
DA APLICAÇÃO DAS PENALIDADES

Art. 124 - As penalidades previstas neste Código somente poderão ser


aplicadas, cumulativamente, quando houver infração a mais de um artigo.

Art. 125 - A pena de advertência verbal é aplicável nos casos de


infrações ao que está estabelecido nos artigos: 5º a 7º; 12 a 14; 16 a 24; 27;
30; 32; 34; 35; 38 a 40; 49 a 55; 57; 69 a 71; 74; 78; 82 a 85; 89 a 95; 98 a 102;
105; 106; 108 a 111 deste Código.

Art. 126 - A pena de multa é aplicável nos casos de infrações ao que


está estabelecido nos artigos: 5º a 9º; 12; 13; 15; 16; 19; 24; 25; 26; 28 a 35; 38
a 43; 48 a 51; 53; 56 a 59; 72 a 80; 82; 84; 85; 90; 94; 96; 97 a 102; 105; 107;
108; 110; e 111 deste Código.

Art. 127 - A pena de censura é aplicável nos casos de infrações ao que


está estabelecido nos artigos: 8º; 12; 13; 15; 16; 25; 30 a 35; 41 a 43; 48; 51;
54; 56 a 59; 71 a 80; 82; 84; 85; 90; 91; 94 a 102; 105; 107 a 111 deste Código.

Art. 128 - A pena de suspensão do exercício profissional é aplicável nos


casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 8º; 9º; 12; 15; 16; 25;
26; 28; 29; 31; 33 a 35; 41 a 43; 48; 56; 58; 59; 72; 73; 75 a 80; 82; 84; 85; 90;
94; 96 a 102; 105; 107 e 108 deste Código.

Art.129 - A pena de cassação do direito ao exercício profissional é


aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 9º; 12;
26; 28; 29; 78 e 79 deste Código.

CAPITULO VII
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 130 - Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Federal de


Enfermagem.

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Art. 131 - Este Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de
Enfermagem, por iniciativa própria ou mediante proposta de Conselhos
Regionais.

Parágrafo único - A alteração referida deve ser precedida de ampla discussão


com a categoria, coordenada pelos Conselhos Regionais.

Art. 132 - O presente Código entrará em vigor 90 dias após sua


publicação, revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 08 de
fevereiro de 2007.

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História da Enfermagem

História da Enfermagem no Mundo

Essa profissão surgiu no período pré-cristão, com a necessidade do cuidado


para a sobrevivência humana.
As primeiras práticas eram instintivas em relação aos enfermos, sendo essa
assistência realizada pelo sexo feminino na maioria dos casos.
Com o passar dos anos, esse trabalho começou a ganhar destaque e assumir
um papel de importância perante a sociedade.
Contudo, antigamente não era só o cuidado que gerava preocupação, e sim o
conhecimento que envolvia esse processo.
Sendo assim, não podemos deixar de mencionar a história de uma mulher de
família rica, extremamente religiosa, que acreditava ser enviada por Deus para
ajudar os pobres e doentes: Florence Nightingale, nascida em 12 de maio de
1820, em Florença.
Pioneira no tratamento dos feridos de guerra utilizava alguns métodos de
representação visual de informações, como por exemplo, o gráfico setorial,
conhecido como gráfico tipo pizza.

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É dividido em setores, cada parte da pizza exibe o tamanho de uma parte da


informação relacionada.
Florence utilizou também dados estatísticos para criar um diagrama de área
polar, ou “coxcombs” (cristas), como ela chamava.
Eram utilizados como representação de taxas de mortalidade durante a guerra
da Criméia (1854-1856).
A área de cada fatia colorida, medida do centro como um ponto comum está na
proporção da estatística que ela representa. A fatia azul externa representa as
mortes por doenças contagiosas, tais como a cólera e o tifo.

A parte vermelha mostra as mortes por ferimentos e as partes pretas


representam mortes por outras causas.
Florence foi essencial para a evolução de técnicas do cuidado, além de ter
seus conceitos utilizados como base para o desenvolvimento de novos
procedimentos na área da enfermagem.
Tinha o costume de observar as mais variadas condições que os enfermos
passavam durante a guerra, de forma precária, os mesmos eram deitados no
chão bruto, sujeitos a animais como ratos e insetos durante suas operações,
em condições sem higiene.
Isso significava que eles tinham sete vezes mais chances de morrer por
doença hospitalar do que no próprio campo de batalha.
Na enfermagem ela modificava aspectos não-saudáveis do ambiente a fim de
colocar o paciente na melhor condição possível.
Essa teoria se dividia em:
Ambiente físico: a higiene estabelece uma melhor percepção em relação ao
ambiente em que o indivíduo está inserido;

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Ventilação: manutenção de ar fresco;


Iluminação: os doentes necessitam de uma boa iluminação, além de animar
mais os pacientes, causa uma sensação de relaxamento;
Calor: a enfermagem deve observar se o paciente mantém uma temperatura
corporal adequada, a fim de evitar que o mesmo se resfrie, prevenindo a perda
de calor vital que é essencial para sua recuperação;
Limpeza: um ambiente sujo é propício para adquirir algum tipo de infecção.
Ruídos: deve-se manter o cuidado para que o silêncio permaneça, pois os
níveis de ruídos contínuos e excessivos interferem no desenvolvimento do
paciente, além de interferir na qualidade de saúde e no desempenho
profissional, causando efeitos fisiológicos e psicológicos nocivos para toda
a equipe de saúde;
Odores: o odor do corpo deve ser removido, evitando que outros entrem no
quarto, como por exemplo, o cheiro de esgoto;
Alimentação: essencial para uma boa recuperação, o paciente deve manter
uma boa e constante alimentação, pois é importante para garantir um aporte
nutricional adequado, preservando seu estado nutricional;
Ambiente psicológico: um ambiente negativo resulta em estresse físico e
mental. Devem-se propor ao doente diversas atividades, com o intuito de
mantê-lo ativo;
Ambiente social: é essencial para a prevenção de diversas doenças, devendo
estimular o autocuidado, pois todas as atividades que o paciente puder realizar
sozinho assim deve ser feito.

Enfermagem no Brasil

A Organização da enfermagem no Brasil teve início no período colonial até o


século XIX.
Os tratamentos eram realizados por escravos na maioria das vezes com base
terapêutica feita com erva medicinal.
O primeiro hospital da época foi inaugurado em 1543, nomeado Santa Casa de
Misericórdia seguindo os padrões portugueses, teve o auxílio dos próprios
moradores da região.
O hospital acolheu os colonos, nativos e escravos, passando pelos nobres do
Império Português e do Brasil Imperial, tradicionais monarquistas e
republicanos, até patrões, operários, empregados e desempregados.
O local também serviu para a prática da Medicina durante quase três séculos,
antes da fundação da primeira faculdade de Medicina do país.

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No século XIX o Brasil criou algumas medidas de proteção na área materna,


inaugurando uma sala de partos.
No ano de 1832 foi fundada a primeira Faculdade de Medicina do Rio de
Janeiro, com funcionamento de uma escola de parteiras.
Neste cenário temos uma personagem importante para a enfermagem no
Brasil: Ana Nery, nascida em 13 de dezembro de 1814, na Bahia.
Trabalhou como voluntária em hospitais durante a guerra do Paraguai. Mesmo
com todas as dificuldades, condições precárias que encontrou, se destacou
pela sua dedicação nas atividades que exercia.
Ela então escreveu ao presidente da província uma carta em que oferecia seus
serviços como enfermeira enquanto durasse o conflito.
Partiu da Bahia em 1865, para auxiliar o Exército, que era pequeno e contava
com pouco material.
Começou seu trabalho no hospital de Corrientes, onde havia, nessa época,
cerca de seis mil soldados internados e algumas poucas freiras vicentinas.
Mulher que possuía alguns recursos montou na própria casa onde morava,
uma enfermaria.
Trabalhou até o fim da guerra, na qual perdeu um de seus filhos e um sobrinho,
que havia se alistado como voluntário da pátria.

Enfermagem Atual

Atualmente, podemos contar com a organização fiscalizadora da profissão, o


Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), e os seus respectivos Conselhos
Regionais (CORENs), que foram criados em 12 de julho de 1973, por meio da
Lei 5.905.
O COFEN é responsável por normatizar e fiscalizar o exercício da profissão de
enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, com o foco na qualidade
dos serviços prestados e pelo cumprimento da Lei do Exercício Profissional da
Enfermagem.
Segundo o site do COFEN, veja abaixo as principais atividades do COFEN e
dos CORENs:
COFEN:
Normatizar e expedir instruções para uniformidades de procedimentos e bom
funcionamento dos Conselhos Regionais;
Aprovar anualmente as contas e a proposta orçamentária da autarquia,
remetendo-as aos órgãos competentes;
Promover estudos e campanhas para aperfeiçoamento profissional.
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CORENs:
Deliberar sobre inscrição no Conselho, bem como o seu cancelamento;
Disciplinar e fiscalizar o exercício profissional, observadas as diretrizes gerais
do COFEN;
Executar as resoluções do COFEN;
Expedir a carteira de identidade profissional, indispensável ao exercício da
profissão e válida em todo o território nacional;
Fiscalizar o exercício profissional e decidir os assuntos atinentes à Ética
Profissional, impondo as penalidades cabíveis;
Elaborar a sua proposta orçamentária anual e o projeto de seu regimento
interno, submetendo-se à aprovação do COFEN;
Zelar pelo bom conceito da profissão e dos que a exerçam; propor ao COFEN
medidas visando a melhoria do exercício profissional;
Exercer as demais atribuições que lhe forem conferidas pela Lei 5.905/73 e
pelo COFEN.

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Higiene das mãos

Uso de água e sabão

É indicado o uso de água e sabão nos seguintes momentos:


Quando as mãos estiverem visivelmente sujas;
Quando houver contato direto com sangue ou fluidos corporais;
No início do turno de trabalho;
Após ir ao banheiro;
Antes e após as refeições;
Antes do preparo de alimentos;
Antes de preparar e manipular medicamentos.

Uso de preparação alcoólica

É indicado o uso de preparação alcoólica nos seguintes momentos:


Quando as mãos não estiverem visivelmente sujas;
Antes de contato com o paciente;
Após contato com o paciente;
Antes de realizar procedimentos e manipular dispositivos invasivos;
Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não
necessitem de preparo cirúrgico;
Após risco de exposição a fluidos corporais;
Ao mudar o sítio corporal contaminado para um sítio limpo;
Após contato com objetos e superfícies próximas ao paciente;

5 momentos de higiene das mãos

1. Antes do contato com o paciente;


2. Antes de realizar procedimento asséptico;
3. Após risco de exposição a fluidos corporais;
4. Após contato com o paciente;
5. Após contato com áreas próximas ao paciente.

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Técnica correta de higiene das mãos

Abrir a torneira, molhar as mãos com cuidado para não encostar na pia;

Aplicar sabão na palma da mão, com uma quantidade suficiente para higienizar
todas as superfícies;

Fazer movimentos de fricção com as palmas das mãos;

Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, com os


dedos entrelaçados e vice-versa;

Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais;


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Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta,
segurando os dedos com movimentos de vai-e-vem, e vice-versa;

Esfregar o polegar esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita, com


movimentos circulares e vice-versa;

Friccionar as polpas digitais e unhas da mão direita contra a palma da mão


esquerda, fechada em concha, com movimentos circulares e vice-versa;

Esfregar o punho esquerdo com a palma da mão direita, com movimentos


circulares e vice-versa;

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Enxague as mãos, retirando os resíduos de sabão, no sentido dos dedos para


os punhos. Evite contato direto das mãos ensaboadas com a torneira;

Secar as mãos com papel-toalha descartável, começando pelas mãos e


seguindo pelos punhos. Descarte o papel-toalha no lixo comum.

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6 Metas internacionais de segurança do paciente

1. Identificação do paciente

- Essa etapa inicia no momento da admissão do paciente.


- É colocada uma pulseira de cor branca no membro superior esquerdo, com
nome completo e data de nascimento.

2. Comunicação efetiva

- É de extrema importância que as informações sejam completas e claras.


- Devemos ouvir atentamente, anotar e repetir, para garantir a efetividade da
comunicação.
- Precisamos registrar em prontuário todas as informações necessárias.

3. Uso de medicamentos

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- Essa meta se refere aos medicamentos de alta vigilância, com o objetivo de


melhorar a segurança dos mesmos.
- Está relacionado ao seu armazenamento, movimentação e utilização.
- Devemos ter muita atenção, pois alguns desses medicamentos possuem o
nome, a grafia e aparência semelhantes.

4. Cirurgia segura

- Os profissionais envolvidos devem garantir o local correto, o procedimento


correto e a cirurgia no paciente correto.
- É de extrema importância que o check-list cirúrgico ou time out seja
preenchido adequadamente, garantindo assim a segurança do paciente.

5. Higiene das mãos

- Tem o objetivo de reduzir o risco de infecção associado à assistência.


- Todos os profissionais de saúde devem seguir os 5 momentos de higiene das
mãos, para que o cuidado seja realizado da forma mais adequada.

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6. Risco de queda

- Essa meta se refere aos pacientes que possuem riscos de queda.


- Para essa avaliação, existe a escala de Morse, que possui 6 critérios de
avaliação para risco de queda.
- Possui a classificação de: risco baixo, médio e alto.
- Pacientes que possuem risco de queda devem ser identificados com
pulseiras, sendo: amarela para (risco baixo) e laranja para (risco médio e alto),
além de fazer o registro em prontuário.

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Administração de Medicamentos na Enfermagem

Formas de apresentação dos medicamentos

Cápsula: possui um invólucro de gelatina com o medicamento na parte interna


em forma sólida, semissólida ou líquida. Facilita a deglutição e a absorção na
cavidade gástrica;
Comprimido: possui um formato próprio, com sua forma redonda ou ovalada,
alguns possuem uma marca que facilita sua divisão;
Drágea: possui um revestimento de solução de queratina, feita de açúcar e
corante, contém uma liberação entérica melhor, além de evitar sabor e odor do
medicamento;
Elixir: sua composição, além do soluto, contém 20% de açúcar e 20% de
álcool;
Emulsão: é composta de óleo e água.
Gel: sua forma é semissólida, a pele absorve pouca quantidade;
Loção: podem ser encontradas em forma de líquido ou semi-líquido, com
princípio ativo ou não.
Creme: sua forma é semissólida, com uma textura mais macia e aquosa, com
boa absorção pela pele;
Pomada: sua apresentação é semissólida, com uma textura macia e oleosa,
possui pouca absorção na pele;
Pó: necessita de diluição e dosagem exata;
Suspensão: possui uma substância sólida e uma líquida, aonde a parte sólida
se encontra suspensa no líquido;

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Xarope: uma solução que contém um soluto, um solvente e 2/3 de açúcar.

Ação dos medicamentos

Os medicamentos possuem diversas formas de ação no nosso organismo,


como por exemplo, a ação química, que pode ser profilática, curativa, paliativa
e diagnóstica, como pode ter também uma ação local ou sistêmica.

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Vias de administração de medicamentos

Via oral

Os medicamentos de via oral são fáceis de administrar, não necessitando de


técnica estéril para a sua manipulação.
Apresentação: cápsulas, comprimidos, drágeas e líquidos.
Sua absorção é realizada principalmente pelo estômago e intestino.
Contraindicação: Pacientes que apresentam algum tipo de dificuldade para
deglutir não devem receber medicação por essa via, pois correm o risco de
aspiração.

Via sublingual

É uma via de administração eficiente, pois encontramos bastante


vascularização em sua mucosa, por isso sua ação é mais rápida que a via oral,
ela está ligada a capilares sanguíneos em sua região.
Apresentação: comprimidos.

Via inalatória

Essa via compreende da mucosa nasal até os pulmões.


Apresentação: nebulização e pó inalatório.

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Via nasal

Medicamentos aplicados na cavidade nasal.


Apresentação: gotas e sprays.

Via oftálmica

Soluções aplicadas nos olhos. Possui a finalidade de tratar infecções, proteger


a córnea e anestesiar.
Apresentação: colírios e pomadas.

Via otológica

Aplicação de medicamentos no canal auditivo possui fins terapêuticos.


Apresentação: gotas.

Via geniturinária

É a administração de medicação por via vaginal, possui efeito local.


Apresentação: pomada e gel.

Via retal

Administração de medicação na mucosa retal. É mais utilizada para proteção


contra agentes irritantes, tratar algumas infecções, na realização de enema e
fins diagnósticos.
Apresentação: suspensão e pomada.

Vias injetáveis

São as vias que possuem a absorção mais rápida, como por exemplo:

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Via intradérmica

A administração por essa via é restrita, indicada para fins diagnósticos na


maioria dos casos, como por exemplo, testes de alergias e reação para
tuberculose. Sua ação é mais local do que sistêmica.
Volume indicado: 0,1 até 0,5 ml de solução.
Material indicado: seringa de 1 ou 3 ml e agulha 13x4.

Via subcutânea

A via subcutânea absorve lentamente através do tecido subcutâneo, causando


um efeito prolongado.
Pacientes que possuem alguma doença vascular oclusiva ou má perfusão
tecidual devem ter maior cuidado em relação à administração de medicação
por essa via, pois a sua circulação periférica encontra-se prejudicada, o que
causa atraso na absorção da medicação.
É a via mais utilizada em tratamentos de longa duração, como por exemplo: a
diabetes.
Volume indicado: 0,1 até 2,0 ml de solução.
Material indicado: seringa de 1 ou 3 ml e agulha 13x4.

Via intramuscular

A administração de medicamentos por via intramuscular facilita a absorção da


medicação direta no músculo, com diversos graus de profundidade.
Essa via é usada para administrar soluções aquosas e oleosas, pois permite
uma absorção de longo prazo.
Precisamos ter cuidado em relação à quantidade injetada em cada músculo,
pois cada um suporta um volume específico de solução, como por exemplo:
Volume indicado:
Deltoide: até 2 ml de solução;
Região glútea: até 5 ml de solução;
Vasto lateral da coxa: até 5 ml de solução.
IMPORTANTE: é preciso atenção em relação à quantidade de massa muscular
de cada paciente, porque isso também interfere no volume que será utilizado.

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O local mais indicado como 1° via de escolha é o vasto lateral, depois o glúteo
e por último o deltoide, com exceção das vacinas, elas são aplicadas na
maioria dos casos no músculo do deltoide.
Material indicado: seringas de 3, 5 e 10 ml, com agulha de calibre 30x8.

Via intravenosa

Essa via permite que o medicamento entre direto na corrente sanguínea


através de uma veia.
Sua infusão pode variar em dose única até uma dose contínua, dependendo da
necessidade do paciente.
Diluições indicadas: 10 a 20 ml de água destilada.
Se a medicação necessitar de alta concentração de diluente, são indicados os
frascos de solução salina, como por exemplo:
Soro fisiológico 0,9 %;
Soro glicosado 5 %.
Porém, todas as decisões serão definidas junto ao médico responsável pelo
paciente e com registro em prescrição.
ATENÇÃO: Pacientes que possuem alguma restrição hídrica podem ter o
volume reduzido de acordo com o seu caso.
Material indicado: podemos utilizar todas as graduações de seringas na
administração.
As mais usadas são de 10 e 20 ml, e a agulha sugerida é de 30x7 e 27x7.

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Classificação dos medicamentos

Ação do medicamento

Profilática: possui ação preventiva contra doenças.


– Exemplo: as vacinas.
Curativa: possui ação curativa, podendo curar doenças.
– Exemplo: os antibióticos.
Paliativa: possui capacidade de diminuir sinais e sintomas das doenças, porém
não proporciona a cura.
– Exemplo: os antitérmicos e analgésicos.
Diagnóstica: favorece no diagnóstico de doenças, esclarecendo os exames
radiográficos.
– Exemplo: os contrastes.
O medicamento também possui uma ação:
Local: sua ação é no local em que o medicamento foi aplicado, sem passar
pela corrente sanguínea.
– Exemplo: pomadas e colírios.
Sistêmica: primeiro a medicação é absorvida, depois ela entra na corrente
sanguínea, atuando assim no local desejado.
– Exemplo: os antibióticos.

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A classe dos medicamentos

Antibióticos: são substâncias produzidas por células vivas, causando a inibição


e matando os micro-organismos;
Exemplos: azitromicina, vancomicina, clavulin, meropenem, amoxacilina,
neomicina, polimixina B, benzetacil, penicilina, eritromicina, gentamicina,
cefalexina, amicacina, oxacilina.
Antimicóticos: combatem infecções causadas por fungos;
Exemplos: fluconazol, tolmicol, amicozol.
Antivirais: grupo de medicamentos que combatem ou controlam doenças virais;
Exemplos: aciclovir, zovirax, tamiflu, ganciclovir.
Antiparasitários: grupo de medicamentos que combatem ou controlam doenças
parasitárias ou verminoses;
Exemplos: metronidazol, albendazol, mebendazol.
Sulfonamidas: conhecidas como “sulfa”, age no controle de infecções,
prejudicando o crescimento de bactérias;
Exemplos: sulfadiazina, cotrimoxaxol.
Anti-histamínicos: substância que inibe a histamina, um aminoácido encontrado
em alguns tipos de tecidos, que causam as reações alérgicas;
Exemplos: loperamida, allegra, fenergan.
Expectorantes: são medicações usadas no alívio da tosse, pois causam a
liquefação do muco nos brônquios facilitando a expulsão do sistema
respiratório;
Exemplos: fluimucil, carbocisteína, bromelin.
Broncodilatadores: causam a dilatação dos brônquios, causando melhor troca
gasosa, melhorando assim a oxigenação dos tecidos;
Exemplos: aerolin, aminofilina, teofilina, atrovent, berotec.
Cardiotônicos: aumentam a contratibilidade do músculo cardíaco;
Exemplos: digoxina, acetildigoxina.
Beta-bloqueadores: medicamentos com capacidade de bloquear os receptores
beta da noradrenalina;
Exemplos: propranolol, atenolol, metropolol.
Vasoconstritores: atuam na contração dos vasos sanguíneos, usados para
diminuir hemorragias superficiais, aumentar a pressão arterial e a força de
contração do músculo cardíaco;

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Exemplos: norepinefrina, epinefrina, angiotensina, vasopressina.


Vasodilatadores: produzem a dilatação dos vasos sanguíneos;
Exemplos: nifedipina, monocordil, adalat, isordil, sustrate.
Anti-hipertensivo: são medicamentos que reduzem a pressão arterial;
Exemplos: captopril, atensina, nifedipino, verapamil, enalapril.
Coagulante: medicamentos que aceleram o processo de coagulação;
Exemplos: vitamina K, transamin.
Anticoagulantes: aumentam o tempo de coagulação sanguínea;
Exemplos: heparina, varfarina, xarelto, ácido acetilsalicílico.
Antiagregante plaquetário: causam alteração na coagulação do sangue, usados
para interferir na agregação plaquetária, evitando a formação de trombos e
êmbolos que obstruem o vaso sanguíneo;
Exemplos: clopidogrel, persantin, ticlid.
Antilipêmicos: auxiliam na redução dos níveis de colesterol no sangue;
Exemplos: sinvastatina, atorvastatina.
Depressores do sistema nervoso central: causam depressão do sistema
nervoso central, diminuindo a atividade do cérebro;
Exemplos: diazepan, valium, lorax, lexotan, tiopental, neozine.
Sedativos: medicamentos usados para sedar e hipnotizar;
Exemplos: midazolam, propofol, dormonid.
Analgésicos opioides: possuem ação de inibir a dor que age no sistema
nervoso central;
Exemplos: morfina, metadona, fentanil.
Analgésicos não opioides: são substâncias usadas para diminuir a dor que age
no nível periférico;
Exemplos: dipirona, paracetamol.
Anticonvulsivantes: usados para controlar convulsões;
Exemplos: fenitoína, lyrica, gardenal, fenobarbital.
Antiparkinsoniano: usado para o controle dos sintomas da doença de
Parkinson;
Exemplos: biperideno, prolopa, azilect.
Tranquilizantes: usados para acalmar e tranquilizar;
Exemplos: haldol, apresolina, rivotril, quetiapina.
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Antidepressivos: medicações que melhoram os sintomas da depressão;


Exemplos: fluoxetina, sertralina, amitripitilina, citalopram.
Ansiolíticos: diminuem a ansiedade;
Exemplos: espran, alprazolan, bromazepan, lexotan, valium.
Anti-inflamatórios não esteroidais: diminui o processo de inflamações;
Exemplos: ibuprofeno, nimesulida, cetoprofeno, alginac, toragesic.
Antissecretores gástricos: causam a inibição de secreção gástrica de forma
indireta;
Exemplos: omeprazol, pantoprazol, ranitidina.
Antiácidos: causam a neutralização do ácido gástrico;
Exemplos: antak, sonrisal, cimetidina.
Antieméticos: usados para prevenir, controlar e aliviar o vômito;
Exemplos: plasil, nausedron, dramin, bromoprida, vonau,
Laxantes: auxiliam no alívio da constipação;
Exemplos: óleo mineral, lactulona, dulcolax, leite de magnésia,
Antidiarreicos: auxiliam no controle e alívio da diarreia, diminuindo a motilidade
intestinal;
Exemplos: imosec, floratil.
Hipoglicemiantes: usados no controle e regulação da glicemia;
Exemplos: galvus, glifage, glibenclamida, metformina, insulina regular, insulina
NPH.
Diuréticos: usados para aumentar a excreção de água e eletrólitos pelos rins.
Exemplos: hidrocloratiazida, furosemida.
A administração de medicamentos é uma das práticas mais realizadas pelos
profissionais de saúde, por isso é importante conhecer a ação e a classe dos
medicamentos.
Também é importante que o profissional da enfermagem que está realizando o
cuidado conheça as vias de administração dos medicamentos, pois esse
procedimento está diretamente ligado à melhora do quadro clínico do paciente.

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Os 13 certos na administração de medicamentos

Primeiramente, gostaria de esclarecer que conforme o Protocolo da ANVISA


juntamente com o Ministério da Saúde, ainda é dito que são 9 certos na
administração dos medicamentos.
São esses os dados cobrados pelos concursos públicos atualmente.
Para maiores esclarecimentos, consulte as referências citadas acima: ANVISA
e Ministério da Saúde.
Porém, existem algumas Instituições que já utilizam os 13 certos na
administração de medicamentos.
Isso seria uma tendência, que com o passar do tempo essas Organizações
adotassem cada vez mais medidas preventivas, com o objetivo de manter a
Segurança do Paciente.

Os 13 certos na administração de medicamentos

1- Prescrição correta
 Nome completo do paciente;
 Data de nascimento;
 Número do atendimento;
 Número da prescrição;
 Data atualizada;

2- Paciente certo

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 Conferir a pulseira de identificação do paciente, com nome completo e


data de nascimento.

3- Medicamento certo
 Verificar atentamente qual o medicamento está prescrito e se o paciente
não possui algum tipo de alergia ao composto.
4- Validade certa
 Observar a data de validade antes de administrar o medicamento.

5- Forma / apresentação certa


 Verificar se o medicamento está na sua forma de apresentação correta,
como por exemplo, cloreto de sódio 0,9% ou cloreto de sódio 20%.

6- Dose certa
 Observar com atenção a dose prescrita, como por exemplo, paracetamol
750 mg 1 comprimido via oral de 8/8 horas.

7- Compatibilidade certa
 Verificar se a medicação administrada é compatível com outra que o
paciente já recebe, pois existem algumas drogas que não podem ser
administradas juntas.

8- Orientação ao paciente
 Comunicar o paciente quando você for medicá-lo, avisando qual é o
medicamento e a via, pois é um direito do mesmo saber o que está
recebendo.

9- Via de administração certa


 Observar atentamente qual a via de administração do medicamento
conforme prescrição médica, pois alguns medicamentos possuem
diversas vias de administração.

10- Horário certo


 Deve-se administrar o medicamento no horário correto, para que o
tratamento seja mais eficaz.

11- Tempo de administração certo


 É de extrema importância que o medicamento seja infundido no tempo
certo, pois existem alguns medicamentos que precisam de um tempo X
para fazer o efeito esperado, como por exemplo, os antibióticos.

12- Ação certa


 Devemos observar se o paciente não irá apresentar uma reação adversa
ao medicamento durante sua administração, para que seja atendido o
mais rápido possível.

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13- Registro certo


 É importante que seja registrado no prontuário do paciente o
medicamento administrado, com a hora, a dose e a via e se o paciente
apresentou alguma reação durante o tratamento.

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Seringas e Agulhas

Seringas

Seus componentes são:


Êmbolo: é a parte interna da seringa, usada para puxar e empurrar o
medicamento.
Corpo: parte externa da seringa, local em que a medicação é introduzida.
Bico: parte distal da seringa onde encaixamos a agulha.
Para escolher a seringa certa, devemos levar em consideração a via que será
utilizada e o volume que será administrado.

As seringas mais usadas são:


Seringa de 1 ml

Ela é dividida em 100 partes iguais, que chamamos de unidades internacionais


(UI).
Indicação: administrar medicamentos por via intradérmica e subcutânea.

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Seringa de 3 ml

É dividida em mm³, ou seja, de 0,5 em 0,5 ml e cada 0,5 ml é dividido em 0,1


ml.
Indicação: administrar medicamentos por via intramuscular e endovenosa.

Seringa de 5 ml

É dividida em mm³, ou seja, de 1 em 1 ml e cada 1 ml é dividido em 0,2 ml.


Indicação: administrar medicamentos por via intramuscular e endovenosa.

Seringa de 10 ml

É dividida em mm³, ou seja, de 1 em 1 ml e cada 1 ml é dividido em 0,2 ml.


Indicação: administrar medicamentos por via endovenosa.

Seringa de 20 ml

É dividida em mm³, sendo que é graduada de 1 em 1 ml do início ao fim.


Indicação: administrar medicamentos por via endovenosa e na alimentação
enteral.

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Agulhas

Os componentes básicos de uma agulha são:


Canhão: é a parte mais larga da agulha que encaixa na seringa.
Haste: é a parte maior e mais fina.
Bisel: é a ponta da agulha, aonde possui uma pequena abertura.
Para escolher a agulha certa, precisamos levar em consideração a via de
administração, o local, o volume e a viscosidade da medicação, também
devemos avaliar as condições da pele, musculatura do paciente.

As agulhas disponíveis são:


Agulha 40/12

Ela é utilizada na aspiração e no preparo das medicações.

Agulha 30/7

Serve para aplicação de medicação intravenosa em paciente adulto.

Agulha 30/8

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Usamos para aplicar medicações intramuscular em paciente adulto.


Podendo ser substituido por calibres menores em casos de idosos ou crianças.
É importante avaliar a massa muscular antes da escolha do material.

Agulha 13/4

Ela é utilizada na administração de medicação nas vias intradérmica e


subcutânea.

IMPORTANTE:
1 ml = 1 cm³ = 1 CC
1 U = 0,01 ml

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Drogas vasoativas mais utilizadas

Catecolaminas

São importantes neurotransmissores.


• Noradrenalina
Indicação:
– Sepse
– Choque cardiogênico
– Hipotensão severa
– Ressuscitação cardiopulmonar
Ações:
Aumenta:
– PA sistólica e diastólica
– Resistência Vascular Sistêmica (RVS)
– Contratibilidade cardíaca
OBS: Não administrar em caso de hipertensão.
• Dopamina
Indicação:

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– Persistência de oligúria
– Choque com RVS diminuída
– Baixo débito cardíaco
Ações:
Age:
– Leito renal e coronariano
Aumenta:
– PA
– FC
• Dobutamina
Indicação:
– Choque cardiogênico
– Insuficiência cardíaca congestiva
– Baixo débito cardíaco
– Pós operatório cardíaco
Ações:
Aumenta:
– contratibilidade miocárdica
– Débito cardíaco
– Consumo de O2 pelo miocárdio
Diminui:
– Resistência Vascular Periférica

Vasodilatadores

Dilatam os vasos sanguíneos, causando o relaxando do músculo liso que


reveste suas paredes.
Assim, o coração não fica sobrecarregado para bombear o sangue, a pressão
arterial diminui por causa desse relaxamento.
• Nitroprussiato de sódio (NPS)
Indicação:
– Crises hipertensivas
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– Insuficiência cardíaca congestiva


Ações:
Melhora:
– Angina
Diminui:
– Pré carga cardíaca
• Nitroglicerina (NTG)
Indicação:
– Angina instável
– Insuficiência cardíaca sem hipotensão
– Edema agudo de pulmão
– Pós operatório de CRM
Ações:
Diminui:
– Tônus
– Pré carga
– Trabalho cardíaco

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Posições para Exames

Decúbito dorsal

Essa posição é quando o paciente encontra-se deitado de costas, com as


pernas estendidas e membros superiores ao lado do corpo.
Essa posição é bastante usada para exames do tórax, parte anterior do
abdômen e extremidades.

Decúbito ventral

Consiste em uma posição de abdômen para baixo.


Usada para exames da parte posterior do tórax, região cervical, lombar e
glútea.

Litotomia

É uma posição em que o paciente fica em decúbito dorsal com as pernas


afastadas e suspensas sobre perneiras.
É uma posição usada para realizar exames genitais internos e externos.

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Decúbito Fowler

É uma posição em que o paciente fica semissentado no leito, com ângulo de


45° a 90°.
É muito utilizada em momentos de conforto, higiene oral, melhorar quadros de
dispneia e pós operatório de tireoide, tórax e abdômen.

Decúbito lateral direito ou esquerdo

Consiste em uma posição lateral direita ou esquerda, com a perna que está
encima flexionada, afastada e apoiada em uma superfície de repouso.
Essa posição é utilizada para o conforto e verificação de temperatura retal.

Decúbito de sims lateral esquerdo

Consiste em uma posição em que o paciente permanece deitado com o lado


esquerdo do corpo, mantendo o membro inferior direito flexionado até quase
encostar o joelho no abdômen e o membro inferior esquerdo permanece
estirado.
Essa posição é usada para aplicação de supositório, realização de fleet enema
ou lavagem intestinal.

Ginecológica

Consiste em uma posição em que o paciente permanece deitado em decúbito


dorsal, com as pernas flexionadas e afastadas.
Essa posição é usada para exames dos órgãos genitais internos e externos,
cirurgias e partos.

Trendelenburg

É a posição em decúbito dorsal com o corpo inclinado para trás, mantendo


pernas e pés acima do nível da cabeça.
Usado em casos de hemorragias e edema.

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Genupeitoral

É uma posição em que o paciente fica em decúbito ventral, com o tórax e


coxas flexionadas mantendo a elevação do glúteo com apoio nos joelhos e
cotovelos.
É uma posição utilizada para exames de reto e próstata.

Ereta

Posição em que o paciente permanece em pé, com o tronco ereto e os braços


ao lado do corpo e pés ligeiramente afastados mantendo um olhar fixo.

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Tipos de leitos

Cama aberta

Está sendo ocupada por um paciente.

Cama fechada

Está desocupada, aguardando a internação de um novo paciente.

Cama cirúrgica

Está aguardando o paciente voltar do procedimento cirúrgico.

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Aferição da pressão arterial

Pressão arterial é a força que o sangue realiza dentro de uma artéria.


Para realizar a aferição da pressão arterial é necessário os seguintes materiais:
 Manguito, com Pêra e Válvula;
 Manômetro;
 Estetoscópio.
É de extrema importância que o aparelho utilizado tenha o tamanho apropriado
para o braço e que possua o comprimento correto para que não prejudique o
resultado final no momento da aferição da pressão arterial, ou seja, 40% da
circunferência braquial, para a largura e 80% para o comprimento do braço;

Posicionamento

Existem alguns locais usados para a aferição da pressão arterial, como por
exemplo:
A artéria braquial, o local mais utilizado. Também é possível aferir a pressão na
artéria tibial, radial e poplítea, porém são menos comum.

Orientações

Devemos tomar alguns cuidados antes de medir uma pressão arterial, veja a
seguir:

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Devemos calcular a circunferência do membro para realizar a escolha correta


em relação ao tamanho do manguito;
Colocar o paciente/cliente em posição sentada;
Certificar-se de que o mesmo encontra-se com as pernas descruzadas;
Verificar que o paciente esteja com a bexiga vazia;
Questionar se ele não ingeriu algum alimento, bebida alcoólica ou fumou, se for
o caso deverá esperar 30 minutos de preferência antes de iniciar o
procedimento;
Caso ele tenha praticado alguma atividade física antes do procedimento, é
necessário aguardar alguns minutos antes de verificar a pressão arterial.

Ausculta

No momento em que é realizada a aferição da pressão arterial, podemos


identificar alguns ruídos bem específicos com o auxílio de um estetoscópio.
Esses ruídos são chamados de: “Sons de Korotkoff.”
Ele ocorre no momento da deflação do manguito durante a técnica de
verificação da pressão arterial.

Classificação dos sons

Fase 1- surgimento do primeiro som, possui batidas regulares. A pressão que


aparece no manômetro é a sistólica;
Fase 2- possui os sons da fase 1, porém acompanhados de batimentos com
ruídos, são suaves e longos;
Fase 3- amplificação dos sons da fase 2, ocorre pelo aumento de sangue na
artéria que encontra-se comprimida, são ruídos mais lentos;
Fase 4- os sons se tornam nitidamente mais abafados;
Fase 5- o som desaparece completamente, pois a artéria não está mais
comprimida e o fluxo de sangue se normaliza. A pressão que aparece no
manômetro é a diastólica.

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Técnica de Verificação da Pressão Arterial

1. Certifique-se de que o estetoscópio e o esfigmomanômetro estejam


íntegros e calibrados;
2. Verifique se o manguito está desinsuflado antes de posicionar no
membro do paciente;
3. Realize higiene das mãos;
4. Explique o procedimento ao paciente;
5. Escolha o tamanho ideal da bolsa inflável que irá usar, a mesma deverá
ser de 40% da circunferência braquial, para a largura e 80% para o
comprimento do braço;
6. Posicione o paciente em posição sentado;
7. Envolva o manguito no braço escolhido, com cerca de 2 cm acima da
fossa antecubital;
8. Apoie o braço do paciente na altura do coração;
9. Posicione a borracha do aparelho sobre a artéria braquial;
10. Coloque o estetoscópio;
11. Apalpe a artéria braquial;
12. Infle o aparelho até não ouvir mais a pulsação da artéria e aumente mais
30mmHg;
13. Desinfle o manguito lentamente, até conseguir identificar o som da
pressão;
14. Identifique o som da sístole: som mais forte;
15. Identifique o som da diástole: som mais fraco;
16. Retire o manguito do braço após desinsuflar totalmente;
17. Após identificar o valor correto da pressão arterial, faça a anotação de
forma adequada, como por exemplo: 130x80mmHg;
18. Guarde os materiais em local adequado e realize a higiene de mãos
após a finalização do procedimento.

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Tipos de Insulina | Início, Pico e Duração

Insulina

A insulina é um hormônio produzido no pâncreas, o órgão responsável por


levar a glicose que está no sangue para dentro das células, para ser usada
como fonte de energia.
A insulina está relacionada com o controle de glicose no sangue.

A insulina é produzida pelo pâncreas de 2 maneiras:


Basal: secreção da insulina de forma contínua, para manter o mínimo
constante ao longo do dia;
Bolus: o pâncreas libera grande quantidade de uma só vez, após cada
alimentação, impedindo assim, que o açúcar dos alimentos se acumule no
sangue.

Início, Pico e Duração

Existem diversos tipos de insulina, possuem o mesmo princípio de ação da


insulina produzida pelo organismo.
Início da ação: velocidade com que a insulina começa a trabalhar após sua
administração.
Pico: período em que a insulina é eficaz.
Duração: tempo em que a insulina age no organismo.
Elas podem ser classificadas da seguinte forma:

ULTRARRÁPIDA

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Início da ação: 10 - 15 minutos


Pico: 1 - 2 horas
Duração: 3 - 5 horas

RÁPIDA

Início da ação: 30 minutos


Pico: 2 - 3 horas
Duração: 6 horas e 30 minutos

INTERMEDIÁRIA

Início da ação: 1 - 3 horas


Pico: 5- 8 horas
Duração: 18 horas

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LONGA DURAÇÃO

Início da ação: 1 - 4 horas


Pico: não possui
Duração: lantus 24 horas, levemir 16 - 24 horas e tresiba mais que 24 horas.

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Tipos de diálise

A diálise é um processo artificial para remover os resíduos e excesso de


líquidos do corpo, esse processo é necessário quando os rins não funcionam
de forma adequada.

Hemodiálise

O sangue é removido do corpo e bombeado por uma máquina para um


dialisador (rim artificial).
O dialisador filtra os resíduos metabólicos do sangue e devolve o sangue
purificado ao corpo da pessoa.
Normalmente esse procedimento é feito 3 vezes por semana no período de 4
horas.

Fístula arteriovenosa
É a união de uma artéria e uma veia através de procedimento cirúrgico sob
anestesia local.
Com o tempo, a veia que passa a receber sangue sob pressão vindo
diretamente da artéria, fica com sua parede grossa e dilatada, melhorando o
fluxo sanguíneo para a realização da hemodiálise.
Geralmente as fístulas são realizadas em dois locais:
 Braço: braquiocefálica com a união da artéria braquial com a veia
cefálica.

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 Antebraço: radiocefálica com união da artéria radial com a veia cefálica.


É realizada uma punção na fístula com uma agulha de calibre 15, 16 ou 17,
depois é conectada a um cateter, que levará sangue ao aparelho de
hemodiálise.

Cateter de Shilley
É feita uma inserção percutânea em uma veia calibrosa, (jugular interna,
femoral ou subclávia) sob anestesia local.
O cateter pode ser de duplo ou triplo lúmen. Possui suas vias de acesso
identificadas por cor:
 Azul: via venosa.
 Vermelha: via arterial.

Cateter de permcath
É implantado em via central, normalmente na jugular, podendo ser feita na
subclávia ou femoral, sob anestesia local.
Possui suas vias de acesso identificadas por cor:
 Azul: via venosa.
 Vermelha: via arterial.

Diálise peritoneal

O peritônio, que é uma membrana que reveste o abdômen e cobre os órgãos


abdominais, tua como filtro.
Essa membrana é extensa e possui muitos vasos sanguíneos.
É um procedimento que pode ser feito em casa pelo próprio paciente.
Substâncias do sangue passam pelo peritônio para a cavidade abdominal.
Um líquido (dialisante) é injetado através de um cateter inserido pela parede
abdominal no espaço peritoneal dentro do abdômen.
O dialisante permanece no abdômen por tempo suficiente para permitir que os
resíduos da corrente sanguínea passem lentamente por ele.
Depois, retira-se o dialisante, que é drenado, descartado e substituído por um
dialisante novo.

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Tipos de riscos na enfermagem

Risco físico

São formas de energia que os profissionais possam estar expostos.


Exemplo: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas,
radiações ionizantes e não ionizantes.

Risco químico

Substâncias ou produtos que possam entrar no organismo pela via respiratória


ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.
Exemplo: poeira, fumo, gases ou vapores.

Risco ergonômico

Qualquer fator que possa interferir nas características psicofisiológicas do


profissional causando desconforto ou afetando sua saúde.
Exemplo: ritmo excessivo de trabalho e uma postura inadequada no trabalho.

Risco biológico

São considerados agentes de risco biológico, as bactérias, fungos, parasitas e


vírus.

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Exemplo: manipulação de objetos, materiais perfuro cortantes, contato com


pessoas com doenças transmissíveis, contato com secreções e fluídos e erros
de procedimentos.

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Extintores de incêndio

O extintor de incêndio é um equipamento de segurança que possui a finalidade


de extinguir ou controlar princípios de incêndios.
Os tipos de extintores fazem parte da Norma Regulamentadora número 23,
(NR 23 – PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS).

Classes de incêndios

Classe A
 Papel
 Madeira
 Tecido

Classe B
 Álcool
 Diesel
 Gasolina
Classe C
 Computadores
 Motores
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 Televisão

CLASSE D
 Pó de zinco
 Magnésio
 Sódio

CLASSE K
 Óleos
 Gorduras

Tipos de extintores

Água (H2O):
É indicado para incêndios da classe A.
Seu princípio de extinção é por resfriamento.
É proibido o seu uso para incêndios de classe B e C.

Gás carbônico (CO2):


É indicado para incêndios da classe B e C.
Seu princípio de extinção é por abafamento e resfriamento.

Pó químico seco B / C
É indicado para incêndios da classe B e C.
Seu princípio de extinção ocorre por meio de reações químicas.

Pó químico seco A / B / C
É indicado para incêndios da classe A, B e C.
Seu princípio de extinção ocorre por meio de reações químicas e abafamento.

Espuma mecânica
É indicado para incêndios da classe A e B.

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Seu princípio de extinção é por abafamento e resfriamento.


É proibido o seu uso para incêndios de classe C.

Pó químico especial
É indicado para incêndios da classe D.
Seu princípio de extinção ocorre por meio de abafamento.

Incêndios de classe K
O combate mais indicado é com extintor à base de solução especial de Acetato
de Potássio diluído em água.
Seu princípio de extinção ocorre por meio de abafamento.

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Aplicação de Calor e Frio

Calor

O calor age estimulando ou relaxando os músculos facilitando a circulação


através da vasodilatação diminuindo a dor e um pouco o edema local.

Finalidades
 Aquecer o paciente;
 Aumentar a circulação no local da aplicação;
 Aliviar a dor;
 Facilitar os processos supurativos;
 Relaxar a musculatura.
Contra-indicações
 Feridas cirúrgicas;
 Hemorragias;
 Lesões abertas;
 Luxações ou contusões antes de 24 ou 48 horas;
 Hemofilia ou fragilidade capilar;
 Presença de tromboembólicos nos MMII.

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Frio

O frio diminui a circulação local pela contração dos vasos sanguíneos


(vasoconstrição), impede a formação de hematomas e abscessos. Em certos
tipos de ferimentos abertos, controla a hemorragia.

Finalidades
 Diminuir a hipertermia;
 Diminuir a dor;
 Estancar a hemorragia;
 Diminuir a congestão e processos inflamatórios;
 Diminuir a dor e edema nas contusões e luxações.
Contra-indicações
 Estase circulatória;
 Estado de desnutrição;
 Debilidade acentuada e idoso.

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Balanço Hídrico

O balanço hídrico é o cálculo feito em relação ao que foi administrado e o que


foi eliminado pelo paciente num período de tempo.
Administrado (positivo)
 Dieta via oral ou por sonda;
 Administração de água, suco, chá, sopa;
 Administração de soro, medicações diluídas, drogas vasoativas, drogas
sedativas, plasma, sangue e nutrição parenteral total.

Eliminado (negativo)
 Eliminações vesicais;
 Eliminações intestinais;
 Vômitos;
 Drenagens;
 Secreções;
 Sudorese.

Cálculo do balanço hídrico

Deve-se anotar em impresso próprio de cada instituição:


 O que foi administrado
 O que foi eliminado

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Devem-se somar os dois dados separadamente e ao final realizar a subtração


de um valor pelo outro.

Exemplo 1:
Administrado
 Água via oral (200 ml)
 Dieta por SNE (650 ml)
 Soroterapia contínua (1100 ml)
TOTAL: + 1950 ml
Eliminado
 Eliminação por SVD (600 ml)
 Drenagem no dreno de tórax (300 ml)
TOTAL: - 900 ml
Então, pegamos o valor total que foi administrado e subtraímos o valor total
eliminado. Assim:
+ 1950 ml - 900 ml = + 1050 ml
O paciente ficou com o balanço hídrico positivo, isso significa que ele está com
retenção de líquido.
Exemplo 2:
Administrado
 Água via oral (150 ml)
 Dieta por SNE (350 ml)
 Soroterapia contínua (500 ml)
TOTAL: + 1000 ml
Eliminado
 Eliminação por SVD (550 ml)
 Fezes líquidas (200 ml)
 Drenagem no dreno de tórax (300 ml)
TOTAL: - 1050 ml
Então, pegamos o valor total que foi administrado e subtraímos o valor total
eliminado. Assim:
+ 1000 ml - 1050 ml = - 50 ml
O paciente ficou com o balanço hídrico negativo, isso significa que ele não está
com retenção de líquido.

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Carrinho de Emergência

Parte externa

 Ambú com máscara


 Estetoscópio
 Cardioversor
 Gel para eletrodo
 Eletrodo
 Protetor facial
 Caixa de perfuro cortante
 Relógio
 Chave de elevador

Parte superior

 Cabo p/ laringoscópio
 Lâmina p/ laringoscópio curva nº 3
 Lâmina p/ laringoscópio curva nº 4
 Lâmina p/ laringoscópio curva nº 5
 Cabo p/ laringoscópio - para lâmina 5
 Lâmina p/ laringoscópio reta nº 3
 Lâmina p/ laringoscópio reta nº 4

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 Cadarço para fixação TOT


 Pinça Maguil
 Guia de entubação adulto
 Xilocaína 2% 30G gel
 Caixa de luva proced. latex n/ est. P
 Caixa de luva proced. latex n/ est. M
 Caixa de luva proced. latex n/ est. G
 T de Ayre
 Cânula de Guedel Nº 4
 Pilha média (reserva)
 Seringa s/ agulha de 20 ML
 Pilha média (2 em cada cabo de laringoscópio

1° gaveta: medicamentos

 Epinefrina (Adrenalina) (1MG/ML) 1ML INJ


 Amiodarona (50MG/ML) 3ML INJ
 Água Destilada 10 ML INJ
 Bicarbonato de Sódio 8,4% - 10ML INJ
 Atropina (0,5MG/ML) 1ML INJ
 Glicose Hipertônica 50% 10ML INJ
 Adenosina 2ML (3MG/ML) INJ
 Salbutamol (0,5MG/ML) 1ML INJ
 Norepinefrina (1MG/ML) 4ML INJ
 Sulfato de Magnésio 50% 10ML INJ
 Deslanosideo (0,2MG/ML) 2ML INJ
 Metilprednisolona 125MG INJ
 Dopamina (5MG/ML) 10ML INJ
 Furosemida (10MG/ML) 2ML INJ
 Nitroprussiato de Sódio (25MG/ML) 2ML INJ
 Gluconato de Calcio 10% 10ML INJ
 Propatilnitrato (Sustrate) 10MG CP
 Lidocaina 2% (20MG/ML) 20ML INJ S/VASO
 Clor. de suxametônio (Succinilcolina) 20MG/ML 5ML INJ

2° gaveta

 Tesoura
 Cateter Insyte c/disp. segur. 14G
 Cateter Insyte s/disp. segur. 14G
 Cateter Insyte c/disp. segur. 18G
 Cateter Insyte c/disp. segur. 20G

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 Cateter Insyte c/disp. segur. 22G


 Álcool 70° sachê
 Protetor de conexão (em copo 200ML)
 Fita Micropore Hipoal 10MX12,5MM (P)
 Fita Micropore Hipoal 10MX25MM (M)
 Fita Micropore Hipoal 10MX50MM (G)
 Distribuidor 3 vias uma torneira (Dânula)
 Cloreto de Sódio 0,9% 250ML
 Equipo intrafix
 Gaze hidrófila estéril 7,5CMx7,5CM
 Clorexidina Alcoólica 0,5% 100ML
 Solução salina 0,9% 3ML
 Garrote

Caixa de psicotrópicos

 Midazolam (5MG/ML) 3ML INJ


 Fentanila (0,05MG/ML) 10ML INJ
 Morfina (10MG/ML) 1ML INJ
 Etomidato (2MG/ML) 10 ML INJ

3° gaveta

 Cabo jacaré
 Equipo com bureta Microfix
 Equipo intrafix
 Equipo macrog. BI Colleague
 Equipo fotosenssivel bomba de infusão
 Extensor Extensorfix 60cm
 Kit Introdutor Valvulado 6FRX11CM
 Fio de marcapasso nº 5
 Gerador de marcapasso
 Bateria para gerador de marcapasso
KIT punção subclávia
 Lâmina p/ bisturi nº11
 Cateter venoso central duplo lúmen
 Cloreto de sódio 0,9% 100ML
 Fio seda 2.0
 Seringa s/ agulha 10ML
 Seringa s/ agulha 20ML
 Conjunto escova - esponja
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 Agulha c/ disp. Segurança 0,3MMx13MM


 Lidocaína 1% sem vaso 20ML INJ
 Sist. Transfer. Transofix

4° gaveta

 Sonda gástrica nº 18
 Frasco coletor sist. aberto Urofix
 Touca descartável
 Máscara descartável
 Luva cirurgica estéril 7
 Luva cirurgica estéril 7,5
 Luva cirurgica estéril 8,0
 Cateter venoso central mono lúmen
 Tubo Endotraqueal 6,0 c/ balão
 Tubo Endotraqueal 6,5 c/ balão
 Tubo Endotraqueal 7,0 c/ balão
 Tubo Endotraqueal 7,5 c/ balão
 Tubo Endotraqueal 8,0 c/ balão
 Tubo Endotraqueal 8,5 c/ balão
 Tubo Endotraqueal 9,0 c/ balão
 Tubo Endotraqueal 9,5 c/ balão
 Cânula endotraqueal 7,0 c/ balão
KIT Cricotirotomia C/ Cuff 5mm
 Cloreto de sódio 0,9% 250ML
 Cloreto de sódio 0,9% 500ML
 Cloreto de sódio 0,9% 1000ML
 Soro Glicosado 5% 250ML
 Eletrodo de Marcapasso Externo
 Máscara de Laringe nª 04
 Máscara de Laringe nª 05

Gavetas laterais

1ª GAVETA LATERAL ESQUERDA – seringas


 Seringa s/ agulha 20ML
 Seringa s/ agulha 10ML
 Seringa s/ agulha 5ML
2ª GAVETA LATERAL ESQUERDA- seringas e agulhas

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 Agulha 1,2MM X 40MM


 Agulha 7MM X 25MM
 Distribuidor 3 vias 1 torneira (Dânula)
3ª GAVETA LATERAL ESQUERDA
 Sondas p/ aspiração traqueal n.10
 Sondas p/ aspiração traqueal n.12
 Extensor Aspir. Dren. Transparente 2M
 Luvas de aspiração
 Extensão Oxigênio Verde 2M
FRENTE
 Torpedo de Oxigênio > 100L
 Tábua de parada

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Materiais para procedimentos

Materiais para passagem de sonda vesical de demora

 Sonda vesical de demora com numeração adequada;


 Bolsa coletora de sistema fechado;
 Seringa de 20 ml para insuflar balão;
 Água destilada 20 ml;
 Xylocaína gel;
 Luvas de procedimento;
 Luva estéril;
 Equipamentos de proteção individual (máscara e óculos);
 Clorexidina degermante usado para higienização íntima antes do
procedimento;
 Gaze;
 Micropore;
 Esparadrapo;
 Clorexidina aquosa para realizar assepsia do meato uretral;
 Kit de sondagem vesical estéril.

Materiais para passagem de sonda nasoenteral

 Sonda nasoenteral com numeração adequada;


 Fio guia (mandril);
 Seringa de 20 ml para injetar ar;
 Estetoscópio para checar o posicionamento;
 Xylocaína gel, usado para lubrificar e diminuir o desconforto;
 Luvas de procedimento;

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 Equipamentos de proteção individual (máscara e óculos);


 Gaze;
 Micropore;
 Esparadrapo.

Materiais para passagem de sonda nasogástrica

 Bandeja;
 Songa gástrica número 14, 16 ou 18;
 Seringa de 20 ml;
 Luvas de procedimento;
 Equipamentos de proteção individual (máscara e óculos);
 Xylocaína gel;
 Gaze;
 Micropore;
 Esparadrapo;
 Frasco coletor com graduação;
 Estetoscópio;
 Tesoura.

Materiais para intubação endotraqueal

 Bandeja;
 Tubo traqueal;
 Fio guia (mandril);
 Seringa de 10 ou 20 ml;
 Laringoscópio com cabo e lâmina (curva ou reta);
 Xylocaína gel;
 Luvas de procedimento;
 Medicamentos para sedação;
 Equipamentos de proteção individual;
 Gaze;
 Cadarço;
 Ambú;
 Parede de oxigênio montada e testada;
 Estetoscópio para checar o posicionamento;
 Materiais para aspiração de vias aéreas;
 Filtro;
 Ventilador mecânico montado e testado.

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Materiais para drenagem torácica

 Mesa auxiliar;
 Caixa de pequena cirurgia;
 Drenos de tórax compatíveis com a finalidade;
 Gazes estéreis;
 Fio de sutura mono-nylon 2,0 ou 3,0 agulhados;
 Seringa 10ml descartável para anestesia;
 Agulhas para anestesia (40×12 e 30×7);
 clorexidina alcoólica a 0,5%;
 Xylocaína 2% sem vasoconstritor;
 Lâmina de bisturi de acordo com o cabo do bisturi;
 Luvas estéreis;
 Campo fenestrado;
 Água estéril para preenchimento do frasco de drenagem (+500ml);
 Material para curativo.

Materiais para passagem de cateter de PICC

 Mesa auxiliar;
 Cateter de calibre adequado ao paciente;
 Tesoura estéril;
 Campo fenestrado estéril;
 Campos simples estéreis;
 Gorro cirúrgico;
 Máscara cirúrgica;
 Aventai estéril;
 Óculos de proteção;
 Luvas estéril;
 Escova embebida com clorexidina degermante;
 Frasco de 30ml de clorexidine alcoólica 2%;
 Saches de álcool 70%;
 Ampolas de solução fisiológica 0,9%;
 Seringa de 10ml;
 Agulha 40X12;
 1 garrote;
 Gaze estéril;
 Fita métrica;
 Fio gria;
 Material para curativo (padronizado).

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Materiais para realizar enema (lavagem intestinal)

 Sonda retal com numeração adequada;


 Comadre;
 Impermeável para forrar o leito;
 Solução prescrita;
 Equipo;
 Xylocaína gel;
 Suporte de soro;
 Luvas de procedimento;

Materiais para realizar teste de glicemia capilar (HGT)

 Bandeja;
 Luvas de procedimento;
 Algodão;
 Álcool 70%;
 Lanceta;
 Fita;
 Glicosímetro;

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Cuidados de Enfermagem

Cuidados com a Sonda Vesical de Demora

 Observar o aspecto e a quantidade de urina drenada;


 Manter uma boa fixação da sonda, intercalando as fixações a cada
troca;
 Realizar troca da fixação a cada 24 horas ou quando for necessário;
 Manter a bolsa coletora abaixo do nível da bexiga, para que a drenagem
seja feita de forma adequada;
 Não encostar a bolsa coletora no chão, isso causa contaminação;
 Se necessário manter a bolsa acima da altura da bexiga, deve-se
manter o clamp fechado, que acima de tudo impede o refluxo urinário;
 Esvaziar a sonda sempre que estiver cheia ou a cada 6 horas em caso
de controle hídrico;
 Manter o clamp fechado por 30 minutos antes de realizar coleta de urina
para exames;
 Realizar assepsia com álcool a 70% no local apropriado para punção do
sistema fechado de sondagem, no silicone para coleta de urina;
 Realizar a punção com agulha 25×7 e seringa de 10 ml no silicone para
coleta de urina;
 Aspirar a urina e colocar a amostra em frasco apropriado, com
identificação do paciente, data e hora e forma dessa coleta;

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 Encaminhar coleta ao laboratório;


 Utilizar contenção mecânica em membros superiores para a segurança
do paciente quando for indicado, consequentemente evita que a sonda
seja tracionada.

Cuidados de Enfermagem com a Sonda Nasoenteral

 Em primeiro lugar, testar posicionamento da sonda antes da


administração de dietas ou medicamentos, injetando 20ml de ar e
auscultando com o estetoscópio simultaneamente);
 Manter a fixação da sonda sempre íntegra;
 Realizar troca da fixação da sonda a cada 24 horas ou quando
necessário;
 Manter cabeceira elevada de 30° a 45°. Isso evita a bronco aspiração;
 Lavar a sonda com 20 ml de água antes e após administração de dietas
e medicações. Isso evita a obstrução dessa sonda;
 Realizar os 13 certos antes de administrar qualquer dieta e
medicamento;
 Realizar a troca do equipo de dieta ou água a cada 24 horas,
identificando com data e turno dessa troca;
 Utilizar contenção mecânica em membros superiores para a segurança
do paciente quando for indicado, para evitar que a sonda seja
tracionada.

Cuidados de Enfermagem com Gastrostomia

 Em primeiro lugar, lavar a sonda com 20 ml de água antes e após


administração de dietas e medicações. Isso evita a obstrução dessa
sonda;
 Manter local da gastrostomia sempre limpo e seco;
 Manter cabeceira elevada de 30° a 45°. Isso evita a bronco aspiração;
 Realizar higiene oral conforme protocolo institucional;
 Realizar os 13 certos antes de administrar qualquer dieta e
medicamento;
 Realizar a troca do equipo de dieta ou água a cada 24 horas,
identificando com data e turno dessa troca;
 Verificar diariamente a presença de vazamento de secreção gástrica ou
de dieta e examinar a inserção da sonda para sinais e sintomas de
infecção como:
 eritema, edema, dor, presença de exsudato com odor fétido ou febre. Se
presentes, comunicar equipe médica;
 Aplicar protetor cutâneo ou creme barreira na pele periestoma;
 Manter roldana externa da sonda ajustada à pele;

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 Não tracionar a sonda;


 Não pinçar ou clampear o tubo com pinça (utilizar o clampe da própria
sonda);
 Manter a sonda sempre fechada quando não estiver em uso;
 Utilizar contenção mecânica em membros superiores.

Cuidados de Enfermagem com Traqueostomia

 Em primeiro lugar, limpar a cânula interna com solução de água


oxigenada 10 vol. para evitar sua obstrução;
 Pode-se utilizar uma escova estéril para a remoção das incrustações na
cânula interna (interna e externamente);
 Realizar a aspiração de vias aéreas sempre que necessário;
 Realizar higiene oral conforme protocolo institucional;
 Verificar pressão do balonete caso o mesmo esteja insuflado e registrar
o valor encontrado (os valores devem estar entre 25 e 35 mmHg ou 20 e
30 cmH2O)
 (Pressões superiores a 30 cmH2O podem gerar lesões na parede da
traqueia e pressões menores que 20cmH2O podem levar a
broncoaspiração);
 Realizar a troca da fixação da cânula diariamente e quando necessário;
 Manter a cabeceira da cama elevada (para evitar pneumonia);
 A região entre a pele e a cânula deve ser protegida com gaze;Utilizar
contenção mecânica em membros superiores para a segurança do
paciente quando for indicado. Isso evita que a cânula seja tracionada.

Cuidados com paciente intubado

 Observar constantemente o padrão ventilatório;


 Estar atento sempre ao nível da comissura labial; (que é o valor em
centímetros que o tubo está inserido na traqueia, o valor que deverá ser
anotado em prontuário é o valor que está mais próximo ao dente ou
lábios do paciente, esse valor é aquele inicial que foi inserido pelo
médico no momento da intubação);
 Verificar grau de sedação através da escala de Ramsay e escala de
RASS para agitação e sedação;
 Utilizar a escala de BPS para avaliar a dor em paciente sedado e/ou em
ventilação mecânica;
 Realizar higiene oral a cada 6 horas e quando necessário;
 Realizar aspiração de vias aéreas quando necessário; (a ordem para
aspiração é: TUBO ENDOTRAQUEAL ---- NARIZ ---- BOCA (essa
ordem é feita levando em consideração a
 parte mais estéril para a parte mais contaminada);

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 Inflar balonete de 20 a 30 cmH2O e registrar em prontuário; (pressões


superiores podem gerar lesões na parede da traqueia e pressões
menores podem levar a broncoaspiração;
 Realizar troca da fixação do tubo;
 Utilizar conteção mecânica em membros superiores para a segurança
do paciente; (e evitar que o tubo seja tracionado);
 Manter cabeceira elevada de 30° a 45°. (isso também evita a
broncoaspiração e a pneumonia associada a ventilação mecânica).

Cuidados com o Dreno de Tórax

 Observar o aspecto e a quantidade da drenagem;


 Manter uma boa fixação do dreno;
 Manter frasco abaixo do nível do tórax;
 Manter dreno conectado de forma adequada;
 Manter frasco sempre com selo d’água e manter sua identificação
correta;
 Manter cabeceira elevada;
 Anotar quantidade e aspecto drenado a cada 6 horas;
 Manter curativo sempre limpo;
 Realizar curativo a cada 24 horas e quando necessário;
 Verificar a oscilação da coluna líquida (na inspiração sobe e na
expiração desce, se houver alguma alteração nessa oscilação pode ser
por obstrução do sistema, comunique o médico responsável)
 Manter extensão do dreno sem dobras;
 Ordenhar o dreno somente com orientação médica;
 Manter clampe sempre aberto;
 Verificar se não há exteriorização do dreno;
 Observar presença de bolhas no frasco;
 Manter aspiração contínua do dreno;
 Orientar paciente e familiar sobre os cuidados com o dreno.

Cuidados com cateter de PICC

 Não utilizar seringa menor que 10 ml para infusão no cateter;


 O cateter somente poderá ser utilizado após a realização do Raio-X e
sua avaliação pelo enfermeiro responsável pela passagem;
 Não tracionar ou reintroduzir o cateter;
 Nunca aferir pressão arterial ou garrotear o membro onde está inserido o
cateter;
 Limitar a 3 o número de tentativas de punção, pelo risco de infecção;
 Utilizar soluções alcoólicas, na realização do curativo;

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 Não coletar amostras de sangue pelo cateter;


 Não conectar dispositivo de duas ou mais vias;
 Utilizar somente curativo transparente;
 Não é recomendada a infusão de hemoderivados devido ao risco de
obstrução, hemólise e perda do cateter;
 Caso este procedimento seja inevitável, devem ser observadas as
medidas a seguir:
 Atentar para a velocidade de infusão;
 Lavar o cateter com SF 0,9% em volume três vezes maior que a sua
capacidade interna, após o término da infusão;
 Nunca usar o cateter para administrações de volumes em alta pressão
(isso pode causar o seu rompimento);
 Proteger o cateter no momento do banho para não molhar;
 Lavagem com pressão positiva/turbilhonamento;
 Realizar anti-sepsia do hub (torneirinha) com álcool 70% antes da
infusão de qualquer solução;
 O primeiro curativo deve ser realizado com gaze e curativo transparente;
 Os próximos curativos serão trocados a cada 7 dias (ou quando
necessário) e devem ser realizados da seguinte forma: realizar
antissepsia com clorexidina (aquosa ou alcoólica) e ocluir somente com
filme transparente;
 Trocar a tampa sempre que a mesma se perder ou contaminar por
algum motivo, após infusão de hemocomponentes;
 Trocar equipo fotoprotetor para NPT a cada término de bolsa;
 Trocar equipo simples a cada 72 horas;
 Verificar a circunferência do membro a cada 6 horas (é um cuidado de
extrema importância, pois esse tipo de cateter pode causar trombose no
membro;
 Para a infusão de Fenitoína (hidantal) deve-se utilizar equipo com filtro
(pois essa medicação tende a cristalizar, e isso pode obstruir o cateter).
Procedimento de verificação da circunferência:
– A medida deve ser realizada 2 cm acima do local da inserção;
– Caso a inserção seja em veia axilar, a medida é feita em cima do local
da inserção.

Cuidados com Cateter Venoso Periférico

 Escolher cateter e sítio de inserção mais adequado (isso tornará o


tratamento mais eficaz);
 Preparar a pele do paciente;
 Realizar a higiene das mãos antes e após manuseio do cateter;
 Manter uma boa estabilização desse cateter (para evitar a perda do
mesmo);

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 Manter curativo sempre limpo e seco (com data e turno da troca);


 Trocar equipo de medicação a cada 72 horas;
 Realizar o flushing e aspiração para verificar o retorno de sangue antes
de cada infusão (para garantir o funcionamento e a manutenção do
cateter);
 Observar presença de sinais flogísticos (como edema, dor, rubor e
calor);
 Salinizar o cateter quando não estiver em uso;
 O acesso venoso periférico deverá ser trocado a cada 72 horas (isso
dependerá do protocolo institucional, pois algumas instituições realizam
a troca a cada 96 horas);
 Proteger o curativo na hora do banho;
 Remover o cateter na suspeita de contaminação, complicações ou mau
funcionamento.

Cuidados com Cateter Venoso Central

 Realizar a higiene das mãos antes e após manuseio do cateter;


 Manter curativo sempre limpo e seco (com data e turno da troca);
 Trocar equipo de medicação a cada 72 horas;
 Trocar equipo da administração de hemocomponenente a cada
transfusão;
 Trocar equipo da administração de plaquetas ao final da infusão;
 Observar presença de sinais flogísticos (como edema, dor, rubor e
calor);
 Nas primeiras 24 horas da passagem do cateter, manter curativo com
gaze;
 Após 24 horas da passagem do cateter, realizar curativo com filme
transparente;
 Realizar a técnica do curativo com material estéril;
 Heparinizar via do cateter que não estiver em uso.

Cuidados de Enfermagem na Administração de Medicamentos

 Boa iluminação no local de preparo;


 Realizar a higiene das mãos;
 Manter a Concentração e atenção durante o preparo da medicação;
 Não interromper a tarefa antes de finalizada;
 Manter a prescrição médica sempre à frente enquanto é preparada;
 Realizar as três leituras do rótulo:
1°- antes de retirar o frasco ou ampola do armário ou carrinho de
medicamentos;

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2°- antes de retirar ou aspirar o medicamento do frasco ou ampola;


3°- antes de recolocar no armário ou desprezar o frasco ou ampola no
recipiente.
 Nunca administrar o medicamento sem rótulo, tendo como parâmetro
apenas a cor;
 Checar somente após aplicação ou ingestão do medicamento;
 Caso não seja administrado o medicamento, checar motivo e justificar
no relatório;
 Nunca ultrapassar a dose prescrita;
 Fique junto ao paciente até que ele tome o medicamento;
 Anotar e comunicar as alterações que o paciente apresentar;
 Não deixe bolhas de ar no interior da seringa quando for administrar o
medicamento;
 Sempre identifique a medicação através de rótulos;
 Não administre medicamentos em casos de letras ilegíveis;
 Verifique se o paciente possui alguma alergia antes de administrar o
medicamento;
 Verifique se o cateter para administração do medicamento está
adequado.

Cuidados com drogas vasoativas

 Realizar os 13 certos da administração de medicamentos;


 A infusão deve ser feita em veia calibrosa, de preferência em cateter
venoso central (para evitar necrose por extravasamento da droga);
 Se possível, infundir a droga em via exclusiva;
 A administração deve ser feita em bomba de infusão (mantendo um
controle rigoroso de gotejo);
 Lavar a via com menor volume possível (evitando a administração em
bolus);
 Verificar a pressão arterial do paciente antes do início da infusão;
 Controlar pressão arterial e frequência cardíaca de hora em hora;
 Atentar para alterações do traçado de ECG;
 Controlar débito urinário rigorosamente;
 Realizar balanço hídrico;
 Avaliar o enchimento capilar;
 Verificar compatibilidade da droga com outras medicações;
 Trocar a solução a cada 24 horas;
 De preferência fazer o uso de PAM invasiva;
 Atentar para alarmes dos monitores e bomba de infusão;
 Qualquer alteração comunicar médico responsável imediatamente.

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Cuidados com as queimaduras

 Acalmar a vítima;
 Permeabilizar as vias aéreas;
 Em casos de queimaduras extensas, você deve utilizar lençóis limpos e
secos;
 Não retirar roupas “grudadas”;
 Lavar em água corrente imediatamente;
 Nunca fure as bolhas;
 Retire anéis e adornos assim que possível;
 Em casos de queimaduras pequenas, use curativo úmido, frio ou com
soro fisiológico 0,9%;
 Não use curativo úmido ou frio em queimaduras extensas;
 Realizar higiene das mãos.

Cuidados com Lesão por Pressão

 Realizar a avaliação de risco de lesão por pressão em todos os


pacientes;
 Reavaliar o risco de lesão por pressão em todos os pacientes;
 Inspeção diária da pele (com maior atenção nas áreas de alto risco) =
região sacral, dorsal, calcâneos, trocantérica;
 Manter a pele hidratada e livre de umidade;
 Otimizar a nutrição e hidratação (a nutrição adequada favorece a
manutenção da integridade da pele);
 Minimizar a pressão (a mudança de decúbito é essencial para minimizar
a pressão);
 Utilizar coxins para manter livre as proeminências ósseas;
 Utilizar travesseiros abaixo da panturrilha;
 De preferência manter o decúbito do paciente no máximo 30° para evitar
o cisalhamento;
 Realizar mudança de decúbito de 2 em 2 horas;
 Manter o paciente em poltrona por no máximo 2 horas;
 Reposicionar o paciente que estiver na poltrona após 1 hora;
 Considerar decúbito dorsal em caso do paciente estiver na poltrona;
 Quando retornar ao leito, seguir a ordem de decúbito (lateralizado pra
direita ou para a esquerda).

Cuidados com Cistostomia

 Observar o aspecto e a quantidade de urina drenada (se qualquer


alteração comunicar médico responsável);

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 Manter uma boa fixação da sonda (intercalando essas fixações a cada


troca);
 Manter o curativo sempre limpo e seco;
 Realizar troca da fixação da sonda a cada 24 horas (e quando
necessário);
 Manter bolsa coletora abaixo do nível da bexiga (para que a drenagem
seja feita de forma adequada);
 Não encostar a bolsa coletora no chão (isso causa a sua contaminação);
 Se necessário manter a bolsa acima da altura da bexiga manter o clamp
fechado (impedindo o refluxo urinário);
 Esvaziar a sonda sempre que estiver cheia (ou a cada 6 horas em caso
de controle hídrico);
 Manter clamp fechado por 30 minutos antes de realizar coleta de urina
para exames;
 Realizar assepsia com álcool 70% no local apropriado para punção do
sistema fechado de sondagem (silicone para coleta de urina);
 Aspirar a urina e colocar amostra em frasco apropriado (com
identificação do paciente, data e hora e forma dessa coleta, como por
exemplo: “Coleta de Urina em paciente com SVD”);
 Encaminhar ao laboratório;
 Utilizar contenção mecânica em membros superiores para a segurança
do paciente quando for indicado; (isso evita que a sonda seja
tracionada).

Cuidados com Colostomia

 Observar sempre a integridade da pele;


 Observar a coloração do estoma (deve ser vermelho brilhante);
 Realizar troca da bolsa quando estiver infiltrada, descolando ou
vazando;
 Manter a pele periestoma sempre limpa e seca;
 Atentar quanto à presença de necrose, sangramentos e prolapso do
estoma;
 Esvaziar a bolsa quando atingir 2/3 da sua capacidade;
 Realizar a anotação de enfermagem quanto ao aspecto e quantidade da
eliminação intestinal;
 Manter a bolsa sempre fechada.

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Classificação das queimaduras

Queimaduras são feridas traumáticas. Além disso, elas atuam nos tecidos de
revestimento do corpo humano, causando destruição parcial ou total da pele e
seus anexos, podendo atingir camadas mais profundas, como por exemplo,
tecido celular subcutâneo, músculos, tendões e ossos.

Riscos
 Infecção;
 Perda rápida de fluidos orgânicos;
 Dor;
 Fator psicológico.

Classificação

1° grau

Envolve apenas a camada superficial da epiderme.

Causas
A principal causa é a exposição ao sol.

Sinais e sintomas
Eritema, edema e muita dor.

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2° grau

Envolve a epiderme e a derme em graus variados.

Causas
A principal causa é lesão térmica e líquidos superaquecidos.

Sinais e sintomas
Flictena (bolha) e dor.

3° grau

Ultrapassa a derme. Atinge tecidos e músculos.

Causas
A principal causa é lesão direta pelo fogo ou eletricidade.

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Sinais e sintomas
Coloração escura ou esbranquiçada e pele seca ou dura.

Funções dos curativos nas queimaduras


 Diminuir a dor;
 Diminuir a contaminação;
 Evitar perda de calor;
 Proteger o ferimento;
 Controlar sangramentos.

Cuidados de enfermagem com as queimaduras


 Acalmar a vítima;
 Permeabilizar as vias aéreas;
 Em casos de queimaduras extensas, você deve utilizar lençóis limpos e
secos;
 Não retirar roupas "grudadas";
 Lavar em água corrente imediatamente;
 Nunca fure as bolhas;
 Retire anéis e adornos assim que possível;
 Em casos de queimaduras pequenas, use curativo úmido, frio ou com
soro fisiológico 0,9%;
 Não use curativo úmido ou frio em queimaduras extensas;
 Realizar higiene das mãos.

Extensão das queimaduras

Conheça a regra dos "9":


Cabeça e pescoço - 9%
Membro superior direito e esquerdo - 9%
Tóraco abdominal anterior - 18%
Região tóraco abdominal posterior - 18%
Região genital - 1%
Membro inferior direito e esquerdo - 18%

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Superfície corporal

PEQUENO QUEIMADO - até 10% da superfície queimada


MÉDIO QUEIMADO - de 10% a 30% da superfície queimada
GRANDE QUEIMADO - acima de 30% da superfície queimada

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Precauções e Isolamentos

Precaução padrão

Medidas aplicadas no atendimento de todos os pacientes, independente do


diagnóstico.

Indicação
É indicado em casos onde ocorre contato com:
Sangue;
Pele não íntegra;
Mucosas;
Fluídos corporais, secreções e excreções.

Conduta
Realizar higiene das mãos;
Usar luvas de procedimento;
Fazer uso de avental;
Uso de máscara;
Usar óculos;

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Uso de caixa de perfuro cortante.

Precaução de contato

Está relacionado ao contato direto ou indireto com pessoas, superfícies, artigos


e equipamentos.

Indicação
Então, essa precaução é indicada em casos onde ocorre contato com:
Bactérias multi resistentes;
Escabiose;
Diarreia;
Pediculose.

Conduta
Realizar higiene das mãos;
Usar luvas de procedimento;
Fazer uso de avental;
Uso de quarto privativo.

Precaução de aerossóis

Os aerossóis são partículas com diâmetro menos que 5 µm.


Permanecem suspensas no ar e podem atingir longas distâncias.
São encontradas em secreções oral e nasal e correntes de ar.

Indicação
É indicado em casos onde ocorre contato com:
Tuberculose;
Sarampo;
Varicela.

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Conduta
Realizar higiene das mãos;
O profissional de saúde deve usar máscara PFF2 (N-95);
O paciente deve usar máscara cirúrgica durante o transporte;
Uso de quarto privativo.

Precaução de gotículas

As gotículas são partículas com diâmetro maior que 5 µm.


Permanecem próximas ao paciente, até 1 metro de distância.
São encontradas em espirros, tosse, fala e aspirações de vias aéreas.

Indicação
É indicado em casos onde ocorre contato com:
Meningite;
Coqueluche;
Influenza;
Difteria;
Rubéola.

Conduta
Realizar higiene das mãos;
O profissional de saúde deve usar máscara cirúrgica;
O paciente deve usar máscara cirúrgica durante o transporte;
Uso de quarto privativo.

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Equipamentos de Proteção Individual

Segundo a Norma Regulamentadora N°6 do Ministério do Trabalho e do


Emprego, são Equipamentos de Proteção Individual (EPI) todo dispositivo ou
produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de
riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.

Luva de procedimento
Existem diversos tipos, como por exemplo:
* Látex: material de borracha natural. Podem ser encontrados com talco ou
sem talco.
* Nitrílica: material de borracha resistente ao óleo, algumas gorduras animais e
vegetais e água quente por períodos curtos.
* Vinil: um tipo de plástico. Podem ser encontrados com talco ou sem talco.

Máscara cirúrgica
Função de proteção respiratória e de riscos biológicos.

Óculos
Protege os olhos durante a exposição à radiação, impactos e agentes químicos
e biológicos.

Touca

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Protege contra partículas e impede a queda de cabelo durante o trabalho.

Avental
Cria uma barreira contra substâncias e deve ser sempre descartável.

Sapato
Cria uma barreira contra materiais perfurocortantes. Deve ser seguido as
normas da NR-32.

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Tipos de anestesias

A anestesia é um procedimento médico que visa bloquear temporariamente a


capacidade do cérebro de reconhecer um estímulo doloroso.

Geral

A anestesia geral possui quatro fases: pré-medicação, indução, manutenção e


recuperação.
A fase de pré-medicação é feita para que o paciente chegue ao ato cirúrgico
calmo e relaxado.
Normalmente é administrado um ansiolítico (calmante) de curta duração, como
o midazolam, deixando o paciente já com um grau leve de sedação.
A fase de indução é normalmente feita com drogas por via intravenosa, sendo
o Propofol a mais usada atualmente.
Após a indução, o paciente rapidamente entra em sedação mais profunda, ou
seja, perde a consciência, ficando em um estado popularmente chamado de
coma induzido.
O paciente apesar de estar inconsciente, ainda pode sentir dor, sendo
necessário aprofundar ainda mais a anestesia para a cirurgia poder ser
realizada.
Para tal, o anestesista também costuma administrar um analgésico opióide,
como o Fentanil.
Neste momento o paciente já apresenta um grau importante de sedação, não
sendo mais capaz de proteger suas vias aéreas das secreções da cavidade
oral, como a saliva.
Além disso, na maioria das cirurgias com anestesia geral é importante haver
relaxamento dos músculos, fazendo com que a musculatura respiratória fique
inibida.
O paciente, então, precisa ser entubado e acoplado a ventilação mecânica para
poder receber uma oxigenação adequada e não aspirar suas secreções.
No início da fase de manutenção as drogas usadas na indução, que têm curta
duração, começam a perder efeito, fazendo com que o paciente precise de
mais anestésicos para continuar o procedimento.
Nesta fase, a anestesia pode ser feita com anestésicos por via inalatória ou por
via intravenosa. Na maioria dos casos a via inalatória é preferida.

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Os anestésicos são administrados através do tubo orotraqueal na forma de gás


(vapores) junto com o oxigênio, sendo absorvidos pelos alvéolos do pulmão,
passando rapidamente para a corrente sanguínea.
Alguns exemplos de anestésicos inalatórios são o óxido nitroso e os
anestésicos halogenados (halotano, sevoflurano e desflurano), drogas
administradas continuamente durante todo o procedimento cirúrgico.
A profundidade da anestesia depende da cirurgia.
O nível de anestesia para se cortar a pele é diferente do nível para se abordar
os intestinos, por exemplo.
Conforme o procedimento cirúrgico avança, o anestesista procura deixar o
paciente sempre com o mínimo possível de anestésicos.
Uma anestesia muito profunda pode provocar hipotensões e desaceleração
dos batimentos cardíacos, podendo diminuir demasiadamente a perfusão de
sangue para os tecidos corporais.
Quando a cirurgia entra na sua fase final, o anestesista começa a reduzir a
administração das drogas, já planejando uma cessação da anestesia junto com
o término do procedimento cirúrgico.
Se há relaxamento muscular excessivo, drogas que funcionam como antídotos
são administradas.
Nesta fase de recuperação, novamente analgésicos opioides são
administrados para que o paciente não acorde da anestesia com dores no local
onde foi cortado.
Conforme os anestésicos inalatórios vão sendo eliminados da circulação
sanguínea, o paciente começa a recuperar a consciência, passando a ser
capaz de voltar a respirar por conta própria.
Quando o paciente já se encontra com total controle dos reflexos das vias
respiratórias, o tubo orotraqueal pode ser retirado.
Neste momento, apesar do paciente já ter um razoável grau de consciência, ele
dificilmente se recordará do que aconteceu nesta fase de recuperação devido
aos efeitos amnésicos das drogas.

Raquidiana

É o nome dado para a anestesia decorrente da aplicação de um anestésico


local no interior do espaço subaracnóideo.
O anestesiologista fará uma injeção local de anestésico na região lombar e
introduzirá uma fina agulha profundamente até localizar o líquido
cefalorraquidiano (no qual a medula espinhal é envolvida).

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Então, serão injetados de 2 a 4 ml de medicação anestésica, ocasionando a


perda da sensibilidade dolorosa, do tato e dos movimentos das pernas.
Possui efeito imediato e dura 2 horas.

Peridural

O anestésico é injetado na região peridural, que fica ao redor do canal


espinhal, e não propriamente dentro, como no caso da anestesia raquidiana.
É administrada a anestesia por um cateter, implantado no espaço peridural.
Também causa dormência na região abdominal, pernas e pés.
Essa anestesia pode continuar a ser administrada no pós-operatório para
controle da dor nas primeiras horas após a cirurgia.
Seu efeito inicia em 15 minutos e dura até 5 horas.

Local

É aplicado o medicamento anestésico somente no local onde será realizado o


procedimento.
Para evitar que o sangue absorva todo esse medicamento cortando o efeito da
anestesia , é aplicado junto com a anestesia uma quantidade de adrenalina.
Nesse caso, o paciente permanece consciente.

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Tempos Cirúrgicos

As etapas de uma cirurgia são as manobras realizadas pelo cirurgião, desde o


começo até o final do procedimento cirúrgico. A cirurgia é dividida em quatro
etapas, conheça agora cada uma delas:

Diérese: Dividir, cortar, separar

É o momento em que se realiza a separação dos planos anatômicos ou


tecidos, possibilitando a abordagem de algum órgão ou região.

Tipos de diérese:
 Mecânica - com uso de instrumentos cortantes;
 Física - através de calor (térmico) ou frio (crioterapia) ou laser.

Hemostasia: prevenir, deter, impedir

É o momento em que se realiza o bloqueio do sangramento.

Tipos de hemostasia:
 Temporária - realizada durante o procedimento cirúrgico;
 Definitiva - realizada uma sutura para obstruir o vaso sanguíneo.

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Exérese

É a etapa do procedimento cirúrgico em si, independente do tipo de cirurgia.

Síntese

Técnica utilizada para unir ou aproximar as bordas de uma ferida com o


objetivo de finalizar o procedimento.

Tipos de hemostasia:
 Temporária - através de sutura, que futuramente venha a ser retirada
(retirada de pontos);
 Definitiva - suturas fixas, que ficarão no interior do tecido.

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Classificação das cirurgias

Finalidade

 Diagnósticas: serve para diagnosticar e confirmar doenças.


Exemplo: biópsias e laparotomia exploratória.
 Curativas: possui o objetivo de realizar uma cura ou corrigir a causa de
uma doença.
Exemplo: retirada de amigdalas (amigdalectomia) e retirada de câncer de
tireoide (tireoidectomia).
 Reparadoras: são cirurgias que reparam ferimentos e lesões de uma
parte do corpo.
Exemplo: enxerto de pele em queimados e retirada do excesso de pele em
pacientes que realizaram cirurgia bariátrica.
 Reconstrutoras: realizadas com objetivos estéticos.
Exemplo: rinoplastia e otoplastia.
 Paliativas: cirurgias que aliviam ou amenizam o problema ou doença,
porém não curam.
Exemplo: gastrostomia.

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Urgência

 Cirurgia de emergência
Tratamento cirúrgico que requer atenção imediata por se tratar de uma
situação crítica.
Por exemplo: Ferimento por arma de fogo em região precordial, hematoma
subdural.
 Cirurgia de urgência
Tratamento cirúrgico que requer pronta atenção e deve ser realizado dentro de
24 a 48 horas.
Por exemplo: apendicectomia, brida intestinal.
 Cirurgia eletiva
Tratamento cirúrgico proposto, mas cuja realização pode aguardar ocasião
mais propícia, ou seja, pode ser programado.
Por exemplo: mamoplastia e extração de um dente.

Potencial de contaminação

 Cirurgia limpa
Eletiva, primariamente fechada, sem a presença de dreno e não traumática.
Realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação.
Ausência de processo infeccioso e inflamatório local.
Cirurgias em que não ocorreram penetrações nos tratos digestivo, respiratório
ou urinário.
Por exemplo: MAMOPLASTIA.
 Cirurgia potencialmente contaminada
Realizada em tecidos colonizados por microbiota pouco numerosa ou em
tecido de difícil descontaminação, com ausência de processo infeccioso e
inflamatório.

Ocorre penetração nos tratos digestivo,


respiratório ou urinário sem contaminação significativa.
Por exemplo: COLECISTECTOMIA.

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 Cirurgia contaminada
Cirurgia realizada em tecidos abertos e recentemente traumatizados,
colonizados por microbiota bacteriana abundante, de descontaminação difícil
ou impossível.
Presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção
ou grande contaminação a partir do tubo digestivo.
Por exemplo: COLECTOMIA (retirada do colo).

 Cirurgia infectada
São todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão
com presença de processo infeccioso (supuração local), tecido necrótico,
corpos estranhos e feridas de origem suja.
Por exemplo: CIRURGIAS DE RETO E ÂNUS COM SECREÇÃO
PURULENTA.

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Parada cardiorrespiratória | Conheça os 4 Ritmos

Parada cardiorrespiratória é a interrupção da circulação sanguínea que ocorre


em consequência da interrupção súbita e inesperada dos batimentos cardíacos
ou da presença de batimentos cardíacos ineficazes.

Assistolia

Ausência de qualquer atividade elétrica e mecânica no coração.


OBS: Ritmo não chocável.

Atividade elétrica sem pulso (AESP)

Possui ritmo organizado no monitor, porém com ausência de pulso.


OBS: Ritmo não chocável.

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Fibrilação ventricular (FV)

Contração incoordenada do miocárdio, o coração não consegue manter volume


sanguíneo adequado.
OBS: Ritmo chocável.

Taquicardia ventricular sem pulso (TVSP)

São batimentos cardíacos irregulares e acelerados, com ausência de pulso


palpável.
OBS: Ritmo chocável.

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Desfibrilação e Cardioversão Elétrica

Desfibrilação

É um procedimento terapêutico que consiste na aplicação de uma corrente


elétrica (não sincronizada).
O paciente está inconsciente, em parada cardiorrespiratória (PCR).
O botão de sincronismo deve estar desligado.

Cardioversão Elétrica

É um procedimento eletivo usado para reverter arritmias através da aplicação


de uma corrente elétrica (sincronizada).
Para que a descarga elétrica seja sincronizada, o paciente deve estar
monitorizado no próprio cardioversor.
Em alguns casos, é realizada uma sedação, para evitar desconforto ao
paciente.
O botão de sincronismo deve estar ativado.

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Tipos de dietas hospitalares

As dietas são elaboradas de acordo com o estado nutricional e fisiológico dos


pacientes e devem ser adequadas ao seu estado clínico, além de proporcionar
melhoria na sua qualidade de vida.
A dieta hospitalar garante o aporte de nutrientes e preserva o estado
nutricional, por ter um papel co-terapêutico em doenças crônicas e agudas.

Dieta livre

Possui uma consistência normal.


Sua distribuição e quantidades de nutrientes são normais. São:
 Normoglicídica
 Normoproteica
 Normolipídica
 Balanceada
 Completa

Dieta branda

Possui uma consistência branda.


Melhora a mastigação, deglutição e digestão. São:
 Normoglicídica
 Normoproteica
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 Normolipídica
 Balanceada
 Completa

Dieta pastosa

Possui uma consistência pastosa ou abrandada.


Melhora a mastigação, ingestão e deglutição. São:
 Normoglicídica
 Normoproteica
 Normolipídica

Dieta líquida completa

Possui uma consistência líquida.


Volume de 200 a 300 ml por refeição, de 3 em 3 horas.
 Hipocalórica
 Normoglicídica
 Normoproteica
 Normolipídica

Dieta líquida restrita

Possui uma consistência líquida.


Volume de 200 a 300 ml por refeição, de 3 em 3 horas e isenta de fibras.
 Hipocalórica
 Hiperglicídica
 Hipoproteica
 Hipolipídica

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Nutrição Enteral e Parenteral

Nutrição Enteral

É a administração de nutrientes por via enteral.


Quando o paciente não consegue se alimentar por via oral (boca), a ingestão
dos alimentos são feitas através de sondas.
Sonda Nasoenteral (SNE): podendo ser na posição gástrica, duodenal ou
jejunal.
Ostomias: pode ser administrada a dieta por gastrostomia ou jejunostomia.

Nutrição Parenteral

É indicada quando o paciente não tem condições de se alimentar por via


enteral, sendo assim, é recomendada a administração da dieta parenteral.
A nutrição parenteral possui todos os nutrientes necessários para suprir a
demanda metabólica do paciente por via endovenosa (central ou periférica).

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Imprudência, negligência e imperícia

Imprudência: ação realizada de forma precipitada, sem o devido cuidado.


Sabe o que deve ser feito, porém não o faz.
Exemplo: o profissional da enfermagem conhece a técnica de higiene das
mãos, porém não realiza todas as etapas, causando contaminação durante a
assistência.

Negligência: deixar de fazer o que deveria ser feito. Omissão voluntária.


Exemplo: o profissional da enfermagem deve realizar a leitura detalhada da
prescrição médica, seguindo a primeira meta internacional de segurança do
paciente: "identificação correta", porém não o faz, causando erro na
administração dos medicamentos com danos irreversíveis à saúde do paciente.

Imperícia: realização de procedimento técnico sem ter aptidão. Executar uma


tarefa na qual não possui qualificação técnica.
Exemplo 1: um técnico de enfermagem que realiza a passagem de sonda
vesical de demora no paciente, sem possuir habilidades técnicas e qualificação
pra isso. (função do enfermeiro).
Exemplo 2: um enfermeiro que realiza a passagem de cateter venoso central
no paciente, sem possuir conhecimento técnico pra isso. (função do médico).

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Tipos de Soluções usadas em hospital

As soluções utilizadas são compostas por soluto (composto químico) e solvente


(diluente na grande maioria água destilada).
São utilizadas na reposição de líquidos, reposição eletrolítica e para realizar
diluição de medicamentos.
Conheça agora os tipos de solução:

Solução Fisiológica de Cloreto de Sódio


Composição: cloreto de sódio e água para injeção.
Indicação: diluição de medicamentos, reposição de líquidos e eletrólitos.

Solução Fisiológica de Ringer


Composição: cloreto de sódio, cloreto de potássio, cloreto de cálcio e água
para injeção.
Indicação: diluição de medicamentos, alcalose metabólica, reposição de
líquidos e eletrólitos.

Solução Fisiológica de Ringer com Lactato


Composição: lactato de sódio, cloreto de sódio, cloreto de potássio, cloreto de
cálcio e água para injeção.

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Indicação: reposição hídrica com Ph normal ou em rápida acidose, reposição


de líquidos e eletrólitos.

Solução Glicofisiológica
Composição: cloreto de sódio, glicose e água para injeção.
Indicação: desidratação isotônica de origens diversas.

Solução de Bicarbonato de Sódio


Composição: bicarbonato de sódio e água para injeção.
Indicação: acidose metabólica, insuficiência renal aguda e crônica, diabetes,
intoxicação exógena, choque, diarreia e acidose em pacientes com
insuficiência hepática.

Solução de Glicose concentração de 5% e 10%


Composição: glicose e água para injeção.
Indicação: diluição de medicamentos, fornecimento de calorias, desidratação
simples e pós operatório.

Solução de Glicose concentração de 50%


Composição: glicose e água para injeção.
Indicação: intoxicação grave, crise de hipoglicemia, insuficiência cardíaca,
insuficiência renal, uremia e edema cerebral.

Solução de Manitol
Composição: manitol e água para injeção.
Indicação: pré operatório, pós-trauma, intoxicação exógena, nefropatia crônica
descompensada, incompatibilidade transfusional, edema cerebral e edema de
origem cardíaca e renal.
ATENÇÃO: todas as medicações e soluções devem estar prescritas pelo
médico responsável.

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Como descartar corretamente o resíduo hospitalar

Os resíduos hospitalares devem ser descartados de forma adequada para que


não tragam nenhum risco à saúde da população e nem ao meio ambiente.
Conheça agora quais são os materiais que devemos realizar o descarte correto
de resíduo hospitalar.

Materiais potencialmente infectantes

São os materiais que possuem a presença de agentes biológicos que


apresentam algum risco de contaminação.
Como por exemplo:
 Bolsa de sangue;
 Luva contaminada;
 Curativo.

Resíduos químicos

São os materiais que possuem substâncias químicas e que apresentam algum


risco à saúde.
Como por exemplo:
 Quimioterapias;
 Frascos de antibióticos.

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Rejeitos radioativos

São os materiais que contém radioatividade em carga acima do padrão e que


não possam ser reutilizados.
Como por exemplo:
 Radioterapias.

Resíduos comuns

São os materiais que não possuem risco biológico, químico ou radiológico à


saúde ou ao meio ambiente.
Como por exemplo:
 Papel toalha;
 Absorvente;
 Restos de alimentos.

Resíduos recicláveis

São os materiais que poderão ser reaproveitados e reciclados, pois não


causam nenhum tipo de risco à saúde e ao meio ambiente.
Como por exemplo:
 Frasco de soro vazio;
 Copo plástico;
 Garrafa plástica.

Resíduos perfurocortantes

São os materiais com partes rígidas ou agudas que possuem fios de corte
capazes de perfurar ou cortar.
Como por exemplo:
 Lanceta;
 Lâmina de bisturi;
 Agulha;
 Aparelho de barbear;
 Ampola de vidro;
 Seringa com agulha.
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Transporte de paciente intra-hospitalar

É a transferência do paciente de um local a outro dentro das dependências de


um hospital, usando maca ou cadeira de rodas.

Cuidados gerais

 O transporte deve ser realizado com muito cuidado;


 A movimentação mal feita pode provocar lesões;
 Deve-se agir com rapidez e segurança;
 Observar constantemente o estado geral do paciente;
 Movimentos suaves diminui vibrações, dor e desconforto;
 Não mova local fraturado ou com suspeita de fratura.

Transporte com maca

 Conduzir a maca pelo corredor com o paciente olhando para frente;


 Ao entrar no elevador, nivelar o mesmo e travar a porta;
 Entrar primeiro com a cabeceira da maca;
 Transportar a maca com grades elevadas;
 Transportar o paciente sempre com lençol ou cobertor.
 Transporte com cadeira de rodas
 Descer rampas com a cadeira de ré;
 Subir rampas com o paciente olhando para frente;

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 Entrar no elevador com a cadeira de ré, pois ao sair já estará na posição


correta.

Cuidados específicos

Paciente com soro


 Cuidado para não obstruir o cateter;
 Manter o soro na altura adequada para manter o gotejo;
 Não tracionar equipo;
 Se houver formação de soroma (infiltração de soro no tecido
subcutâneo), interromper o gotejamento;
 Caso haja desconexão do cateter, procurar posto de enfermagem mais
próximo.

Paciente com sonda vesical de demora


 Verificar se a sonda está corretamente fixada;
 Manter a bolsa coletora sempre em nível abaixo do paciente, para evitar
retorno de urina à bexiga.

Paciente com dreno de tórax


 Pinçar o dreno e o prolongamento com 2 pinças próprias;
 O frasco só poderá ser elevado acima do nível do tórax do paciente
quando o dreno e o prolongamento estiverem pinçados;
 Cuidado para não tracionar o dreno;
 Coloque o frasco entre os pés em transporte de cadeira. Em caso de
maca, colocar entre os membros inferiores;
 Retirar as pinças imediatamente após a chegada do paciente ao destino,
observando que o frasco esteja em nível mais baixo que o tórax do
paciente.

Paciente com tubo endotraqueal


 Transportar sempre com cilindro de oxigênio e ambu;
 O enfermeiro deve acompanhar o transporte;
 Cuidado para não tracionar o tubo;
 Se o paciente também estiver com sonda nasogástrica e apresentar
náuseas ou sinal de refluxo, abrir imediatamente a sonda.

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Pacientes agitados e confusos


 Transportar sempre em maca com grades elevadas;
 Utilizar contenção mecânica se necessário;
 Restringir o paciente se necessário.

Pacientes anestesiados
 Transportar sempre em maca com grades elevadas;
 Não movimentar muito o paciente, isso provoca vômitos. Nestes casos,
lateralizar a cabeça do paciente, para evitar aspiração. Se o paciente
estiver com sonda nasogástrica, deverá ser mantida aberta.

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Como realizar uma anotação de enfermagem

A anotação de enfermagem é um registro que fica salvo no prontuário do


paciente, é nele que escrevemos tudo que acontece com o mesmo no dia a
dia.
Deve-se seguir uma ordem, que chamamos de “céfalo-caudal” (da cabeça aos
pés), veja a seguir:

• Nível de consciência;
• Estado mental;
• Vias aéreas;
• Dietoterapia;
• Uso de cateter, sondas, drenos, curativos;
• Estado dos membros superiores e inferiores;
• Eliminações fisiológicas.

Diferença de Anotação e Evolução de enfermagem

Anotação de enfermagem
A anotação de enfermagem trata-se de um registro pontual, que visa garantir o
registro da situação em que o paciente se encontra naquele momento, dos
procedimentos de enfermagem realizados ou não realizados e das
observações feitas. A anotação de enfermagem pode ser realizada pelo
enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem.

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Evolução de enfermagem
Já a evolução de enfermagem, trata-se do registro da evolução do paciente nas
últimas 24 horas, sendo esta realizada exclusivamente pelo enfermeiro, uma
vez que dependem de conhecimento técnico-científico e raciocínio clínico para
reflexão, análise e contextualização dos dados coletados, características estas
que não são exigidas para a formação do profissional de enfermagem, de nível
técnico.
De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), as anotação de
enfermagem deve ser:

 Em ordem cronológica;
 Precedidas de data e hora, completas, concisas e legíveis;
 Sem rasuras, entrelinhas, linhas em branco ou espaços;
 Efetuadas imediatamente após a prestação do cuidado;
 Identificadas com a assinatura do profissional e carimbo. O uso do
carimbo profissional é obrigatório, de acordo com o artigo 5º da
Resolução Cofen 545/2017 e, em caso de inobservância, o profissional
infrator estará sujeito às normas contidas no Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem.

Veja a seguir alguns exemplos de anotações de enfermagem:

7:00 Recebo paciente no leito, em decúbito dorsal, acordado, lúcido, orientado


em tempo e espaço, eupneico em ar ambiente, corado, dieta branda via oral
com boa aceitação, acesso venoso periférico do dia 23/04 às 15 horas n° 22
em membro superior direito salinizado, sem sinais flogísticos, deambula com
auxílio de bengala, sonda vesical de demora com diurese amarela clara e sem
grumos na extensão, última evacuação no dia 20/04. Extremidades aquecidas
e perfundidas. Sem queixas. Sinais vitais: PA 130X70 mmHg, FC 98 bpm, FR
19 mpm, TAX 36,6 °C, Sat 98%, Dor 0. 7:30 Realizada coleta laboratorial de
rotina. 8:00 Administro medicação do item 5 da prescrição médica por via oral.
8:30 Aceitando bem dieta via oral. 10:00 Realizado banho de aspersão +
tricotomia facial + higiene oral 11:00 Realizo HGT (110) e instalo medicação do
item 2 da prescrição médica em acesso venoso periférico.
12:00 Esvazio SVD (530 ml). 13:00 Realizo passagem de
plantão. -------------------------------------------------------------------------

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13:00 Recebo paciente no leito, em decúbito dorsal, cabeceira 30°C, sedado,


RASS -4 ventilando por tubo orotraqueal n° 8, comissura labial 22 cm, em
ventilação mecânica, modo controlado, FiO2 50%, PEEP 06, Sat 95%,
hipocorado, dietoterapia por SNE à 45 ml/h em BI, cateter venoso central duplo
lúmen do dia 28/05 às 06 horas em jugular direita, curativo limpo e seco
externamente, infundindo fentanil 20ml/h e midazolan 10ml/h em via proximal,
via distal com infusão de SF0,9% 10ml/h e noradrenalina 5ml/h em BI,
contenção mecânica em MsSs, SVD com diurese amarela escura e uso de
fralda, última evacuação no dia 30/04, botas de retorno venoso. Extremidades
aquecidas e perfundidas. Sinais vitais: PA 90X60 mmHg, FC 115 bpm, FR 35
mpm, TAX 36,8 °C, Sat 95%. 13:30 Infusão de midazolan baixa para 5ml/h
conforme orientação médica. 14:00 Administro medicação do item 1, 5 e 6 da
prescrição médica por via enteral. Realizo alívio de pressão com uso de coxins.
14:30 Realizado banho de leito com clorexidina degermante + tricotomia facial.
15:00 Realizada higiene oral com clorexidina + troca da fixação do tubo e troco
fixação da SNE. 16:00 Realizo HGT (206), comunico enfermeira. Instalo
medicação do item 2 da prescrição médica em cateter venoso central em via
proximal. 16:10 Administro 10 UI de insulina regular SC em região abdominal
conforme orientação médica. 16:40 Realizo HGT (160). 17:00 Administro
medicação do item 22 da prescrição médica por via enteral.
17:30 Paciente realiza RX de tórax no leito. 18:00 Realizo
balanço hídrico parcial. 19:00 Realizo passagem de plantão.

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Passagem de Plantão

A Passagem de Plantão é um mecanismo utilizado pela Enfermagem para


assegurar a continuidade da assistência prestada.
Durante a Passagem de Plantão ocorre a comunicação e a troca de
informações entre o profissional que está concluindo e o profissional que está
iniciando seu turno de trabalho.

São abordados os seguintes assuntos:


1- O estado geral do paciente;
2- Quais foram os procedimentos realizados;
3- Se houve alguma intercorrência e qual foi a conduta tomada;
4- Se existe alguma pendência;
5- Se o paciente está recebendo alguma medicação contínua;
6- Se ele possui algum dreno ou sonda e qual é a situação dos mesmos;
7- Se o paciente possui algum tipo de curativo;
8- Qual tratamento está sendo feito para tratar essa lesão;
9- Se houve alguma alteração na prescrição médica.
ATENÇÃO: Todas as informações devem ser feitas de forma clara e objetiva.

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Enema / Lavagem intestinal

Procedimento no qual é introduzida uma solução líquida através de um cateter


retal.
Tem por objetivo aliviar a distensão abdominal, diminuir flatulência, realizar a
eliminação de bolo fecal, melhorando a constipação.
Realizado para preparação de cirurgias.
Realizar algum tratamento.
Realizar radiografias e exames endoscópicos.

Materiais utilizados para realizar o Enema

 Comadre
 Impermeável para forrar o leito
 Solução prescrita
 Equipo
 Xilicaína gel
 Suporte de soro
 Luvas de procedimento
 Sonda retal com numeração adequada

Técnica do Procedimento

1- Reunir os materiais;
2- Realizar higiene das mãos;
3- Explicar o procedimento ao paciente;
4- Colocar as luvas de procedimento;
5- Conectar a solução prescrita no equipo;
6- Conectar a sonda ao equipo;
7- Preencher o equipo com a solução prescrita e fechar o clamp;
8- Colocar o paciente em posição de sims;
9- Lubrificar a sonda com xilocaína gel;
10- Introduzir a sonda de 10 a 13 cm no ânus;
11- Abrir o equipo e administrar a solução;

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12- Preencher o equipo com a solução prescrita e fechar o clamp;


13- Orientar paciente a reter a solução por alguns minutos;
14- Retirar a sonda;
15- Encaminhar paciente ao banheiro caso o mesmo deambule;
16- Caso o paciente não deambule, colocar a comadre;
17- Se for o caso do paciente ser acamado realizar a troca de fralda conforme
rotina;
18- Recolher os materiais e descartar;
19- Realizar a higiene das mãos;
20- Realizar a anotação de enfermagem.

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Glicemia capilar

Exame que mostra a concentração de glicose no sangue.


É utilizado o aparelho chamado "glicosímetro".
Possibilita identificar possíveis sinais de hipoglicemia ou hiperglicemia.

Materiais utilizados para realizar o teste

 Bandeja
 Luvas de procedimento
 Algodão
 Álcool 70%
 Lanceta
 Fita
 Glicosímetro

Técnica do Procedimento

1- Reunir os materiais;
2- Realizar higiene das mãos;
3- Explicar o procedimento ao paciente;

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4- Colocar as luvas de procedimento;


5- Conectar a fita ao glicosímetro;
6- Após escolher o local da coleta, realizar a antissepsia com algodão
embebido com álcool 70%;
7- Segurar a lanceta e fazer uma punção na ponta do dedo (preferencialmente
na lateral do dedo, onde a dor é minimizada);
8- Aproximar o dedo com a gota de sangue na fita;
9- Esperar que o sangue preencha a fita;
10- Aguardar até que o valor apareça no monitor do glicosímetro;
11- Anotar o valor da glicemia;
12- Desprezar os materiais;
13- Realizar a higiene das mãos;
14- Realizar a anotação de enfermagem.

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Hemograma completo

O hemograma é um exame que avalia as células sanguíneas de uma pessoa.


Se divide em 3 séries celulares:
 Série vermelha
 Série branca
 Plaquetas

Série vermelha

Eritrograma: números de hemácias e concentração de hemoglobina.


Hemácias: glóbulos vermelhos.
Hemoglobina: proteína presente nas hemácias, pigmento que dá a cor
vermelha ao sangue, responsável pelo transporte de oxigênio.
Hematócrito: é a porcentagem da massa de hemácia em relação ao volume de
sangue.
VCM - Volume Corpuscular Médio: ajuda na observação do tamanho das
hemácias e no diagnóstico da anemia.
HCM - Hemoglobina Corpuscular Média: é o peso da hemoglobina dentro das
hemácias.
CHCM - Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média: é a concentração
da hemoglobina dentro de uma hemácia.

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Série branca

Leucograma: são os glóbulos brancos. Nessa parte, acontece a avaliação do


número de leucócitos, além disso, é feita a diferenciação celular.
Leucócitos: é o valor total de leucócitos no sangue. Os leucócitos são
diferenciados em cinco tipos no hemograma.

Conheça agora os 5 tipos de leucócitos


Basófilos: são ativados em caso de inflamação crônica ou alergia prolongada.
Eosinófilos: são ativados em caso de alergia ou se a pessoa tiver algum
parasita intestinal.
Monócitos: combatem vírus e bactérias. São responsáveis por fagocitar
(comer) microorganismos invasores.
Linfócitos: combatem vírus, tumores e produzem anticorpos.

Neutrófilos: combatem as bactérias.

Plaquetas

É a parte responsável pelo início do processo de coagulação.


Quando a pessoa sofre uma lesão, as plaquetas se agrupam formando um
"tampão" que imediatamente estanca o sangramento.

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Tubos de Coleta

 Frascos para hemocultura


São meios de cultura destinados ao isolamento de microrganismos em
amostras de sangue.

 Tubo azul-claro
Possui anticoagulante citrato de sódio como seu aditivo. Sua amostra é o
plasma.
Exames realizados através da análise de coagulação.
Exemplos: tempo de coagulação, fibrinogênio e tempo parcial de
tromboplastina.

 Tubo preto
Possui anticoagulante citrato de sódio como seu aditivo. Sua amostra é o
sangue total.
Exames realizados através do teste de hemossedimentação.

 Tubo vermelho
Possui ativador de coágulo como seu aditivo. Sua amostra é o soro.
Exames realizados através de análise bioquímica e sorológica.
Exemplos: creatinina, glicose ureia e colesterol.

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 Tubo amarelo
Possui ativador de coágulo e gel separador como seu aditivo. Sua amostra é o
soro.
Exames realizados através de análise bioquímica e sorológica.
Exemplos: colesterol total, HDL, LDL, triglicerídios, ureia e creatinina.

 Tubo verde
Possui o anticoagulante heparina como seu aditivo. Sua amostra é o plasma ou
sangue total.
Exames realizados através de análise bioquímica e gasometria.

 Tubo roxo
Possui o anticoagulante EDTA como seu aditivo. Sua amostra é o sangue total.
Exames realizados através de análise hematológica.
Exemplos: hemograma e plaquetas.

 Tubo cinza
Possui o anticoagulante fluoreto de sódio como seu aditivo. Sua amostra é o
plasma.
Exames realizados através de análise glicêmica e lactato.

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Prefixos e sufixos mais usados na Enfermagem

Os prefixos são palavras que vem antes do radical e os sufixos são palavras
que vem depois do radical.

PREFIXOS
ABDOMINO - abdomem
ADENO - glândula
ANGIO - vaso sanguíneo
ANTERO - direção / posição
ARTRO - articulação
BLEFARO - pálpebra
BRADI - lentidão
CISTO - bexiga
COLE - vesícula
COLO - cólon
COLPO - vagina
DERMATO - pele
DESMO - ligamento
EMBRI - feto / embrião
ENDO - dentro
ENTERO - intestino
EPI - sobre
ESPLENO - baço
EU - bem / bom
EXO - fora
FLEBO - veia
GASTRO - estômago
HEMATO - sangue
HEMI - metade
HEPATO - fígado

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HIDRO - água
HIPER - aumento
HIPO - diminuição
HÍSTERO - útero
ISO - igualdade
LAPARO - parede abdominal
MAMO - mamas
NEFRO - rim
NEO - novo
OTO - ouvido
OFTALMO - olhos
OLIGO - pouco
OOFORO - ovário
OSTEO - osso
ORQUI - testículo
POLI - muito
PROCTO - reto
RINO - nariz
SALPINGO - trompas
TRAQUEO - traqueia

SUFIXOS

CENTESE - punção / furar


CIRCUM - ao redor
CISÃO - separação / divisão
ECTOMIA - retirada
ITE - inflamação
PEXIA - fixação
PLASTIA - correção
RAFIA - sutura

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SCOPIA - visualização
TOMIA – abertura

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Principais Terminologias Cirúrgicas

A Terminologia é formada pelos:


- Prefixos - que indicam qual órgão será submetido ao procedimento;
- Sufixos - que indicam o tipo de procedimento que será realizado nesse órgão.

 ABDÔMEN
- Laparotomia (abertura da cavidade abdominal)
- Laparoscopia (visualização da cavidade abdominal)
- Abdominoplastia (correção cirúrgica do abdômen)

 ARTICULAÇÃO
- Artroplastia (substituição da articulação) Um exemplo são as próteses
- Artrotomia (abertura cirúrgica da articulação)
- Artrite (inflamação na articulação)

 PÁLPEBRA
- Blefaroplastia (correção da pálpebra)
- Blefarorrafia (sutura da pálpebra)
- Blefarite (inflamação da pálpebra)

 BEXIGA
- Cistopexia (elevação e fixação da bexiga)
- Cistoscopia (visualização da bexiga)
- Cistostomia (abertura da bexiga para drenagem de urina)
- Cistite (inflamação da bexiga)

 VESÍCULA
- Colecistectomia (remoção da vesícula biliar)
- Colecistostomia (incisão da vesícula biliar para drenagem)

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- Colecistite (inflamação da vesícula)

 CÓLON
- Colectomia (remoção parcial ou total do cólon)
- Colostomia (abertura cirúrgica do cólon)
- Colonoscopia (visualização do cólon)
- Colite (inflamação do cólon)

 NARIZ
- Rinoplastia (correção cirúrgica do nariz)

 VAGINA
- Colposcopia (visualização da vagina)
- Colporrafia (sutura da vagina)
- Vaginite (inflamação da vagina)

 BAÇO
- Esplenectomia (remoção do baço)

 VEIA
- Flebotomia (incisão na veia para introdução de cateter)
- Flebite (inflamação da veia)

 SANGUE
- Sangria (remoção de sangue)
- Septicemia (infecção no sangue)

 ESTÔMAGO
- Gastrectomia (remoção parcial ou total do estômago)
- Gastrostomia (abertura no estômago)

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- Gastroscopia (visualização endoscópica do estômago)


- Gastrorrafia (sutura do estômago)
- Gastrite (inflamação do estômago)
 TESTÍCULO
- Orquiopexia (fixação do testículo)
- Orquiectomia (retirada dos testículos)
- Orquite (inflamação dos testículos)

 TIREOIDE
- Tireoidectomia (remoção parcial ou total da tireoide)
- Tireoidite (inflamação da tireoide)

 SAFENA
- Safenectomia (remoção da safena)

 PRÓSTATA
- Prostatectomia (remoção da próstata)
- Prostatite (inflamação da próstata)

 ÚTERO
- Histerectomia (remoção do útero)
- Histerossalpingografia (visualização radiográfica do útero e tubas uterinas)
- Histeroscopia (visualização endoscópica do útero)
- Cervicite (inflamação do colo do útero)

 TUBA UTERINA
- Salpingectomia (remoção da tuba uterina)
- Histerossalpingografia (visualização radiográfica das tubas uterinas e do
útero)
- Salpingostomia (abertura nas tubas uterinas para sua drenagem)
- Salpingoplastia (correção das das tubas uterinas)

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- Salpingite (inflamação das tubas uterinas)

 MAMAS
- Mamoplastia (correção cirúrgica das mamas)
- Mastectomia (retirada da mama)
- Mamografia (visualização radiográfica das mamas)
- Mastite (inflamação da mama)

 RIM
- Nefropexia (elevação e fixação do rim)
- Nefrostomia (abertura do rim)
- Pielonefrite (infecção dos rins)

 OVÁRIO
- Ooforectomia (remoção dos ovários)
- Ooforoplastia (correção cirúrgica nos ovários)
- Ooforopexia (elevação e fixação dos ovários)
- Ooforite (inflamação do ovário)

 ESÔFAGO
- Esofagectomia (remoção parcial ou total do esôfago)
- Esofagoscopia (visualização do esôfago)
- Esofagite (inflamação do esôfago)

 TÓRAX
- Toracotomia (abertura da cavidade torácica)
- Toracoscopia (visualização endoscópica do tórax)
- Toracocentese (punção da cavidade pleural para sua drenagem)

 OUVIDO

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- Otite (infecção do ouvido)

 INTESTINO
- Colonoscopia (visualização do intestino)
- Retossigmoidectomia (remoção do intestino, reto e sigmoide)
- Enterite (inflamação do intestino)

 FÍGADO
- Hepatectomia (remoção de parte do fígado)
- Hepatite (inflamação do fígado)

 OLHOS
- Oftalmoscopia (visualização do olho)

 OSSO
- Osteorrafia (sutura do osso)
- Osteotomia (abertura do osso)
- Osteomielite (inflamação do osso)

 TRAQUEIA
- Traqueostomia (abertura na traqueia)
- Traqueite (inflamação da traqueia)
- Traqueoplastia (correção da traqueia)

 CRÂNIO
- Craniectomia (retirada de parte do crânio)
- Craniotomia (abertura do crânio)

 BRÔNQUIO
- Broncoscopia (visualização dos brônquios)

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- Bronquite (inflamação dos brônquios)

 APÊNDICE
- Apendicectomia (retirada do apêndice)
- Apendicite (inflamação do apêndice)

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Terminologia do Sistema Urinário

Diurese: volume urinário


Micção: ato de urinar
Anúria: ausência de urina ou volume inferior a 100ml/dia
Disúria: dor e dificuldade de urinar
Enurese: incontinência urinária
Hematúria: presença de sangue na urina
Oligúria: diminuição da frequência urinária ou volume inferior a 400ml/dia
Polaciúria: aumento da frequência urinária
Poliúria: aumento do volume urinário
Nictúria: eliminação de urina durante a noite
Piúria: presença de pus na urina

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Terminologia do Sistema Respiratório

Eupnéia: respiração normal


Apnéia: ausência de movimentos respiratórios
Bradpnéia: movimentos respiratórios abaixo do normal
Taquipnéia: movimentos respiratórios acima do normal
Dispnéia: dificuldade respiratória
Aerofagia: deglutição anormal de ar, provocando eructação frequente
Anoxia: ausência de oxigênio nos tecidos
Hipóxia: diminuição de oxigênio nos tecidos
Cianose: coloração azulada por falta de oxigênio
Asfixia: dificuldade da passagem do ar
Coriza: secreção aquosa
Epistaxe: sangramento nasal
Expectoração: expelir secreção pulmonar (escarro)
Hemoptise: hemorragia de origem pulmonar, escarro com sangue
Hemotórax: presença de sangue na cavidade pleural
Ortopnéia: acentuada falta de ar em decúbito dorsal

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Terminologia do Sistema Digestivo

Afagia: impossibilidade de deglutir


Disfagia: dificuldade de deglutir
Halitose: mau hálito
Bulimia: fome exagerada
Polidipsia: sede excessiva
Inapetência: falta de apetite
Cólica: dor espasmódica
Azia: sensação de ardor estomacal
Náusea: desconforto gástrico
Gastralgia: dor de estômago
Enteralgia: dor intestinal
Êmese: ato de vomitar
Hematêmese: vômito com sangue
Hiperêmese: vômito excessivo
Pirose: sensação de ardência do estômago à garganta
Regurgitação: retorno de comida do estômago à boca
Sialorréia: salivação excessiva
Sialosquese: boca seca
Desidratação: perda exagerada de líquido no organismo
Colostomia: abertura na região abdominal para saída de fezes a nível do colo
Distensão: estiramento de alguma fibra muscular, entumecimento ou expansão
Constipação: demora na passagem das fezes
Enema: clister, lavagem, introdução de líquidos no reto
Diarréia: evacuações frequentes e líquidas
Flatulência: distensão do intestino pelo acúmulo de fezes e gazes
Melena: fezes com presença de sangue

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Terminologia do Sistema Circulatório

Normocardia: batimentos cardíacos normais


Bradicardia: batimentos cardíacos abaixo do normal
Taquicardia: batimentos cardíacos acima do normal
Hipotensão: pressão arterial abaixo do normal
Hipertensão: pressão arterial acima do normal
Hemorragia: perda de sangue em grande volume
Hemostasia: meio utilizado para cessar a hemorragia
Isquemia: obstrução do fluxo de sangue

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Terminologia do Sistema Tegumentar

Acromia: falta de melanina, falta de pigmentação


Cloasma: manchas escuras na pele
Dermatite: inflamação da pele
Eritema: vermelhidão na pele
Escabiose: moléstia cutânea contagiosa, caracterizada por lesão multiformes,
acompanhadas por coceira intensa
Escoriações: perda superficial de tecidos
Fissura: ulceração de mucosa;
Flictema: elevação da epiderme, formando pequenas bolhas
Mácula: mancha rósea da pele sem elevação
Petéquias: pequenas hemorragias puntiformes
Pústula: vesícula cheia de pus
Úlcera: necrose parcial do tecido com perda de substâncias
Urticária: erupção eritematosa da pele com coceira
Prurido: coceira

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Terminologia do Sistema Nervoso

Coma: estado de inconsciência


Convulsão: contração muscular desordenada e involuntária
Hemiplegia: paralisia de um lado do corpo
Paresia: paralisia completa
Parestesia: diminuição da sensibilidade
Paraplegia: paralisia dos membros inferiores
Tetraplegia: paralisia dos membros superiores e inferiores
Reflexo: resposta involuntária a um estímulo

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Transformações de Unidades

Unidades usadas pela Enfermagem

Unidade de Tempo
1 hora Tem 60 minutos
1 minuto Tem 60 segundos

Unidades de Volume
1 litro Possui 1000 ml
1 ml Tem 20 gotas
20 gotas São 60 microgotas
1 gota Equivale à 3 microgotas

Unidades de Massa
1g Tem 1000 mg
1 mg Tem 1000 µg (micrograma)

Transformações de Unidades usadas pela Enfermagem

As transformações de unidades podem ser realizadas diretamente calculando o


valor na unidade existente pelo fator de transformação e assim obtendo o valor
na unidade desejada conforme a tabela abaixo.
Existente Fator de Transformação Desejado
Microgotas Divide por 3 Gotas
Microgotas Divide por 60 Mililitros
Gotas Divide por 20 Mililitros
Gotas Multiplicar por 3 Microgotas
Mililitros Multiplicar por 60 Microgotas
Mililitros Multiplicar por 20 Gotas
Minutos Divide por 60 Horas
Horas Multiplicar por 60 Minutos
Miligramas Divide por 1000 Gramas
Gramas Multiplicar por 1000 Miligramas

Exemplo:
1. Tenho 50 ml de uma infusão: e esse valor equivale a quantas microgotas?

Existente Fator de Transformação Desejado


Mililitros Multiplicar por 60 Microgotas

50 𝑚𝑙 × 60 = 3000 𝑚𝑖𝑐𝑟𝑜𝑔𝑜𝑡𝑎𝑠

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Fórmulas de Gotejamento

Cálculo de Gotejamento em Horas

As fórmulas para calcular o tempo dado em horas são usadas para descobrir
quantas gotas e microgotas irão infundir por minuto.
Em primeiro lugar, para que você entenda e saiba como interpretar o problema
a ser resolvido e saber qual é a fórmula que será usada, basta você prestar
atenção no que o problema pede, ou seja, a própria questão já estará dando
essa resposta.
O problema estará dizendo o tempo que o medicamento terá que infundir,
sendo assim, você só precisará substituir esse dado nas fórmulas de gotas e
microgotas com o tempo dado em horas, ok?
Conheça agora as duas fórmulas usadas para calcular o tempo dado em
horas:
Fórmula de gotas para infusão em horas

𝑉
𝐺𝑡𝑠 =
𝑇×3

Exemplo: Prescrito ringer com lactato 500 ml de 8 em 8 horas. Quantas gotas


irão infundir por minuto?

𝑉 500 500
𝐺𝑡𝑠 = 𝐺𝑡𝑠 = 𝐺𝑡𝑠 =
𝑇×3 8×3 24

𝐺𝑡𝑠 = 20,83 𝐺𝑡𝑠 = 21

Resposta: 21 gts / min

Fórmula de microgotas para infusão em horas

𝑉
𝑀𝑐𝑔𝑡𝑠 =
𝑇

Exemplo: Prescrito solução de manitol 20% 500 ml em 4 horas. Quantas


microgotas irão infundir por minuto?

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𝑉 500 𝑀𝑐𝑔𝑡𝑠 = 125


𝑀𝑐𝑔𝑡𝑠 = 𝑀𝑐𝑔𝑡𝑠 =
𝑇 4

Resposta: 125 mcgts / min

Cálculo de Gotejamento em Minutos

Conheça agora as duas fórmulas usadas para calcular o tempo dado em


minutos:
Fórmula de gotas para infusão em minutos

𝑉 × 20
𝐺𝑡𝑠 =
𝑇

Exemplo: Prescrito furosemida 80 mg EV em 200 ml de soro fisiológico 0,9%


para infundir em 40 minutos. Quantas gotas irão infundir por minuto?

𝑉 × 20 200 × 20 4000
𝐺𝑡𝑠 = 𝐺𝑡𝑠 = 𝐺𝑡𝑠 =
𝑇 40 40

𝐺𝑡𝑠 = 100

Resposta: 100 gts / min

Fórmula de microgotas para infusão em minutos

𝑉 × 60
𝑀𝑐𝑔𝑡𝑠 =
𝑇

Exemplo: Prescrito meropenem 1 g EV em 100 ml de soro fisiológico 0,9%


para infundir em 50 minutos. Quantas microgotas irão infundir por minuto?

𝑉 × 60 100 × 60 6000
𝑀𝑐𝑔𝑡𝑠 = 𝑀𝑐𝑔𝑡𝑠 = 𝑀𝑐𝑔𝑡𝑠 =
𝑇 50 50

𝐺𝑡𝑠 = 120

Resposta: 120 gts / min

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Regra de Três

5 passos para resolver a regra de três:

1 – Identifique as unidades;
2 – Coloque as unidades iguais uma abaixo da outra;
3 – Multiplique de forma cruzada;
4 – Coloque cada operação em um lado da igualdade;
5 – Isole o “x”.

Exemplo: Prescrito Decadron 6 mg EV. Disponível Decadron 4 mg/ml em


frasco de 2,5 ml. Quantos ml devo administrar?

𝑀𝐺 𝑀𝐿 4 𝑚𝑔 . 𝑋 = 6 𝑚𝑔 . 1 𝑚𝑙 6 𝑚𝑙
𝑋=
4 𝑚𝑔 1 𝑚𝑙 4
6 𝑚𝑔 𝑋
6 𝑚𝑔. 𝑚𝑙
𝑋=
𝑀𝐺 𝑀𝐿 4 𝑚𝑔 𝑋 = 1,5 𝑚𝑙
4 𝑚𝑔 1 𝑚𝑙
6 𝑚𝑔 𝑋

Resposta: 1,5 ml

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Sobre Autora

Marcyh Florence é natural de uma pequena cidade do interior do Rio Grande


do Sul.
Quando concluiu o ensino médio em 2011, participou do projeto jovem aprendiz
onde teve a oportunidade de trabalhar no Hospital de Clínicas de Porto Alegre -
RS. Nesse local, teve seu primeiro contato com profissionais da área da
Enfermagem e com isso despertou o interesse em atuar nessa área.
Porém, de origem humilde não tinha condições financeiras para pagar o curso,
assim começou a buscar uma bolsa de estudos para poder realizar esse
sonho. Após algum tempo buscando uma oportunidade, finalmente ela
apareceu e então deu início a sua carreira profissional.
Formou-se como técnica de enfermagem em 2014 na Escola Instituto de
Cardiologia de Porto Alegre - RS, se destacando na sua turma.
É fundadora do projeto Enfermagem Florence, com foco em auxiliar estudantes
e profissionais da área da enfermagem a adquirir mais conhecimento,
buscando atualização constante em prol do crescimento dessa profissão.
Criadora dos conteúdos:
 Curso de Cálculos de Medicamentos | Guia Definitivo
 E-book Cálculos de Medicamentos | Guia Definitivo
 E-book Guia de Bolso | Enfermagem Florence
Escritora e empreendedora digital, especialista em transmitir conhecimentos de
forma fácil e permanente. Criadora de vários cursos digitais voltado para a área
da Enfermagem e de desenvolvimento pessoal.

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