Você está na página 1de 1

Trabalho de Literatura

Victor Meirelles de Lima foi um pintor e professor brasileiro. De origens humildes, cedo seu
talento foi reconhecido, sendo admitido como aluno da Academia Imperial de Belas Artes.
Especializou-se no gênero da pintura histórica, e ao ganhar o Prêmio de Viagem ao Exterior
da Academia, passou vários anos em aperfeiçoamento na Europa. Lá pintou sua obra mais
conhecida, Primeira Missa no Brasil. Voltando ao Brasil tornou-se um dos pintores
preferidos de D. Pedro II, inserindo-se no programa de mecenato do monarca e
alinhando-se à sua proposta de renovação da imagem do Brasil através da criação de
símbolos visuais de sua história.
Tornou-se estimado professor da Academia, formando uma geração de grandes pintores, e
continuou seu trabalho pessoal realizando outras pinturas históricas importantes, como a
Batalha dos Guararapes, a Moema e o Combate Naval do Riachuelo, bem como retratos e
paisagens, onde se destacam o Retrato de Dom Pedro II e os seus três Panoramas. Em
seu apogeu foi considerado um dos principais artistas do Segundo Reinado, com frequência
recebendo rasgados elogios pela perfeição de sua técnica, pela nobreza de sua inspiração
e pela qualidade geral de suas monumentais composições, bem como pelo seu caráter
ilibado e sua incansável dedicação ao ofício, fez muitos admiradores no Brasil e no
estrangeiro, recebeu condecorações imperiais e foi o primeiro dos pintores nacionais a
conquistar admissão no Salão de Paris, mas também foi alvo de críticas contundentes,
despertando fortes polêmicas num período em que se acendia a disputa entre os
acadêmicos e os primeiros modernistas. Com o advento da República, por estar demasiado
vinculado ao Império, caiu no ostracismo, e acabou sua vida em precárias condições
financeiras, já muito esquecido.
A obra de Victor Meirelles pertence à tradição acadêmica brasileira, formada por uma
eclética síntese de referências neoclássicas, românticas e realistas, mas o pintor absorveu
também influências barrocas e do grupo dos Nazarenos. Depois de um período de relativa
obscuridade, a crítica recente o reinstalou como um dos precursores da pintura moderna
brasileira e um dos principais pintores do século XIX.

Você também pode gostar