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Universidade Estadual de Goiás

Campus de Ciências Exatas e Tecnológicas – Henrique Santillo


Didática Aplicada ao ensino de Ciências e Biologia

O ensino de Ciências e Biologia – Por que é necessário renovar?

Aryana Costa de Castro


Paulo Henrique de Oliveira

Anápolis
2018
"Quando o mundo estiver unido na busca do
conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e
poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a
um novo nível."
(Thomas Jefferson)
A educação científica é importante em vários níveis de aprendizado.
Atualmente quase todos os saberes se resumem à ciência de alguma maneira: um
remédio que se toma, uma doença que você ou seu cachorro tem, o baygon que
você usa, as doenças que se passam de geração em geração, um enxerto que você
faz, dentre outros que as pessoas só tem o conhecimento por conta da ciência,
muitas curas, coisas e fatos também. E muitas das vezes as pessoas não têm a
consciência disso pois acham que o conhecimento dela é apenas para os cientistas.
Porém não é assim que tem que ser, a ciência deve ser ensinada para
todos do modo mais simples e entendível possível, até porque um problema da má
divulgação da ciência, as vezes nem sempre é onde é publicada, mas como ela está
escrita ou dita sendo de difícil entendimento para os leigos, e se uma pessoa não
entende ela nem chega a querer ler/escutar.
O primeiro curso destinado à formação de profissionais da área da
Biologia foi fundado em 1934, na faculdade de Filosofia da USP com o nome de
História natural sendo, então, considerado uma “ciência” nova até porque a biologia
sofreu grandes preconceitos até ser considerada uma ciência. Foram necessários
mais de duzentos anos e a ocorrência de um conjunto de eventos antes que essa
ciência individual do mundo vivo fosse reconhecida. Tudo isso por conto dos nossos
princípios não seguirem sempre as leis da física e porque nem tudo se consegue
provar com experimentos, e sim fósseis (MAYR, 2005).
O ensino de ciências as vezes não é levado tão a sério em muitas
escolas, principalmente porque muitos assuntos acabam indo contra a religião das
crianças e para os pais não acharem ruim as instituições acabam retirando certos
conteúdos. Entretanto apesar de serem delicados é preciso ser passado, mas cabe
ao professor trabalhar com mais calma os assuntos delicados e que tentem
balancear o conhecimento prévio com o da nossa ciência.
Por esse motivo o ensino de ciências deve começar desde cedo nas
escolas, no fundamental 1, mas para isso seria preciso um professor de ciências
biológicas e não um pedagogo para essa área, pois o professor saberia explicar de
modo mais acessível as crianças sobre a importância da vacina, sobre os cuidados
de lavar a mão, fazendo entender os passos mais simples de como a ciência age e
nem sabemos, e esse mesmo aluno talvez até levaria isso pra sua casa “ensinando”
seus pais sobre o que aprendeu. Levá-los para explorar museus também os tornam
mais próximos do saber científico.
Já no fundamental 2, seria ideal passar trabalhos para os próprios alunos
pesquisarem sobre a ciência, como mostrar que certas coisas já foram pensadas de
outras maneiras e a ciência provou o contrário, fazer pesquisas sobre as drogas,
dentre outros temas, mas que seja de fácil compreensão.
Muitas escolas trabalham com a “feira de ciências” que de fato traz a
ciência para perto dos estudantes, mas os experimentos trazidos são sempre os
mesmos, não buscando variações e no fim acaba sendo uma coisa chata para eles
e se acham isso eles não procuram saber mais sobre o assunto e até podem achar
que o “fazer ciência” se resume naquilo.
No ensino médio, por já serem mais abertos e possuírem mais
experiências, os professores já poderiam pesquisar artigos com linguagem menos
rebuscada e trabalhar com os alunos ou colocar os próprios alunos para buscar
algum tema que eles gostem ou possuem dúvidas.
Esse ensino pode ser trabalhado de diferentes maneiras, tanto em sala de
aula, quanto em um ambiente informal, tendo em vistas as diferentes metodologias
que podem ser utilizadas, criando perspectivas diversificadas para que o conteúdo
chegue no entendimento de todos os alunos.
As metodologias de ensino têm sido aperfeiçoadas com o passar dos
anos, e os estudos dentro da educação moldaram uma nova maneira de enxergar o
ensino-aprendizagem, e isso demonstra que os métodos que foram e continuam
sendo desenvolvidos, podem potencializar á aprendizagem, levando em
consideração as diferentes inteligências e as inúmeras dificuldades que existem em
relação ao ensino.
Dentre essas diferentes metodologias, a experimentação se destaca, e
demonstra que o conhecimento é construído em sala de aula, pois foi observado
com os métodos defasados, que aulas somente expositivas são pouco produtivas,
pois uma aula no ensino básico dura por volta de 50 minutos, e o potencial de
aproveitamento de conteúdo de um ser humano é de 20 minutos, então em uma
aula expositiva esse tempo não é aproveitado da mesma maneira que nas aulas
experimentais, em que o aluno tem a capacidade de colocar em pratica o que ele vê
na teoria, além de prender o aluno mais por ser uma aluna diferente da comum.
Um outro método que se assemelha a experimentação é o ensino
investigativo, que possibilita o aluno a encontrar as próprias conclusões acerca do
conteúdo trabalhado em sala de aula, creditando o aluno como sendo o
“personagem principal da história”, um pensamento diferente das metodologias
passadas, em que o professor era o foco de toda a atenção, pois era ele o detentor
de todos os conteúdos e saberes.
Estes métodos possuem eficácia devido o ensino de ciências ser uma
construção diária, pois a cada aula os conteúdos são construídos em conjunto de
maneira que o professor e os alunos, dentro do conteúdo, possam trabalhar
informações que foram/estão sendo desenvolvidas, como assuntos de reciclagem,
que podem ser desenvolvidos por meio de feiras de ciências, como já foi abordado,
em que o aluno desenvolve conhecimento ou reproduz conhecimentos, auxiliando
ainda mais no ensino-aprendizagem.
O ensino de ciências e biologia possuem importância pois podem abordar
diferentes tipos de assuntos, desde informações que já foram desenvolvidas á
informações que possuem pouco tempo de estudo, o que seria bom para
demonstrar como a ciência se “desenrola”. Além de englobar o meio social e cultural
em seus estudos. E essa ciência ensinada em sala de aula não deve ser apenas a
desenvolvida no passado, também, mas o aluno deve ser contextualizado dentro do
que ele está vivendo.
E por hoje vivermos em um século em que o avanço tecnológico e
cientifico está cada vez mais sendo divulgado, o professor de ciências e biologia
deve se atentar, pois os alunos podem trazer assuntos para a sala de aula ou irão
procurar o professor desta área para fazer perguntas de notícias, e isto é positivo
pois os assuntos trazidos podem ser trabalhados e contextualizados com os
conteúdos já preestabelecidos e estudados.
Referências
MAYR, E. Biologia, ciência única. Editora: Campainha das letras. São Paulo, 2005.

SASSERON, L.H. e CARVALHO, A. M. P. de. Alfabetização Científica - Uma


revisão bibliográfica. Disponível em:
www.if.ufrgs.br/ienci/artigos/Artigo_ID254/v16_n1_a2011.pdf Acesso em:
22/09/2018.

http://leg.ufpi.br/subsiteFiles/ppged/arquivos/files/eventos/2006.../
GT13_2006_03.PDF acesso em 23/09/2018.

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