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Vanute Pedro Cebola

Douglas Daud Matias

Rafael Albino António

Joana Artur

1º Grupo

Construções geométricas elementares e Métodos para construções geométricas

Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática com Habilitações em Ensino de Física

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
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Vanute Pedro Cebola

Douglas Daud Matias

Rafael Albino António

Joana Artur

1º Grupo

Construções geométricas elementares e Métodos para construções geométricas

Trabalho da Cadeira de Geometria Euclidiana,


apresentado ao Departamento de Ciências, Tecnologia,
Engenharia e Matemática, no Curso de Licenciatura
em Ensino de Matemática com Habilitações em Ensino
de Física, 1º ano, IIo Semestre, Sob orientação de
docente da cadeira:

MA. Rosalino Subtil Chicote

Universidade Rovuma
Extensão de Cabo Delgado
2022
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Índice
Introdução ................................................................................................................................... 3

1.Construções geométricas elementares ..................................................................................... 5

1.1.Mediatriz de um segmento ................................................................................................... 5

1.2.Rectas perpendiculares ......................................................................................................... 6

1.3.Rectas paralelas .................................................................................................................... 6

1.4.Bissectriz de um ângulo........................................................................................................ 6

1.5.Construção de triângulos (rectângulo, isósceles e equilátero) .............................................. 7

1.5.1.Triângulo rectângulo.......................................................................................................... 8

1.5.2.Triângulo isósceles ............................................................................................................ 9

1.5.3.Triângulo equilátero .......................................................................................................... 9

2.Métodos para construções geométricas ................................................................................. 10

2.1.Método geral (redutivo, analítico) ...................................................................................... 10

2.1.1.Redutivo .......................................................................................................................... 10

2.1.2. Método analítico. ............................................................................................................ 10

2.2.Método do problema reciproco .......................................................................................... 12

2.3.Método de lugares geométricos de pontos ( Locci) ............................................................ 14

2.4.Semelhança e Homotetia .................................................................................................... 15

2.4.2.Homotetia ....................................................................................................................... 16

Conclusão ................................................................................................................................. 17

Referencias Bibliográficas ........................................................................................................ 18


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Lista de Figuras

Figura 1: Mediatriz de um segmento: é mediatriz de ........................................................ 5


Figura 2: Rectas perpendiculares: r e s são rectas perpendiculares. ........................................... 6
Figura 3: Rectas paralelas: recta r é paralela a s........................................................................ 6
Figura 4: Bissectriz de um ângulo .............................................................................................. 7
Figura 5: Classificação dos triângulos quanto aos lados ............................................................ 7
Figura 6: Classificação quanto aos ângulos ................................................................................ 7
Figura 7: Passos para construção de Triângulo Rectângulo ....................................................... 8
Figura 8: Passos para construção de Triângulo Rectângulo ....................................................... 9
Figura 9: Passos para construção de Triângulo Equilátero....................................................... 10
Figura 10: Ilustração de Figuras semelhantes. ........................................................................ 16
Figura 11: Ilustração de Homotetia .......................................................................................... 16
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Introdução
Este trabalho fundamenta a cerca das Construções geométricas elementares, onde ira
se fundamentar em relação a construção de Mediatriz de um segmento, Rectas
perpendiculares, Rectas paralelas, Bissectriz de um ângulo, assim como a Construção de
triângulos (rectângulo, isósceles e equilátero).

Também ira se fundamentar a cerca de Métodos para construções geométricas, ira se


fundamentar em relação ao Método geral (redutivo, analítico), Método do problema
reciproco, Método de lugares geométricos de pontos ( Locci), Semelhança e Homotetia

Escolheu-se o GeoGebra para desenvolver as actividades propostas.

Objectivo Geral

 Compreender as Construções geométricas elementares, a partir de software para


construções geométricas elementares de Mediatriz de um segmento, Rectas
perpendiculares, Rectas paralelas, Bissectriz de um ângulo e Construção de triângulos
(rectângulo, isósceles e equilátero).

Objectivo Especifico

 Identificar as condições necessárias para as construções geométricas elementares.


 Mencionar os procedimentos de construções geométricas elementares.
 Caracterizar os Métodos usados para construções geométricas;
 Mostrar as diferenças entre Método geral (redutivo, analítico), Método do problema
reciproco, Método de lugares geométricos de pontos ( Locci), assim como Semelhança
e Homotetia;

Metodologias

O Trabalho obedece as normas de elaboração de trabalho científico desta Universidade


Rovuma (Com Norma APA) e obedece a seguinte ordem, Capas, índice, Introdução,
Desenvolvimento, Conclusão e a respectiva Bibliografia e foi usada a consulta de algumas
obras que estão devidamente citadas na Referência Bibliográfica.
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1.Construções geométricas elementares


GeoGebra é um software matemático gratuito para utilização em ambiente escolar e
que reúna geometria, álgebra e cálculo. Com este software pode-se desenvolver diversas
construções com pontos, vectores, segmentos, rectas, seções cónicas bem como funções e
mudá-los dinamicamente depois; por outro lado, equações e coordenadas podem ser inseridas
directamente

Alguns exemplos de actividades com este software são: construções de Triângulos,


trabalhar com a soma dos ângulos internos de uns triângulos.

Escolheu-se o GeoGebra para desenvolver as actividades propostas, e é necessário


conhecer as noções básicas de de Recta, ponto, segmento, semi-recta, para construir as
figuras.

Os pontos são representados por letras maiúsculas: A, B, C, D, ...

As rectas por letras minúsculas: r, s, t, ...

Para indicar que r. ∈ um ponto A pertence a uma recta r, usa-se a notação A ∈ r. Neste caso,
podemos dizer também que a recta r passa pelo ponto A.

1.1.Mediatriz de um segmento
Definição: A mediatriz de um segmento é a recta que passa pelo ponto médio do segmento e
é perpendicular a ele. E um segmento AB é a recta perpendicular a AB que contém o seu
ponto médio.

Figura 1: Mediatriz de um segmento: é mediatriz de ̅̅̅̅

Fonte: (Geogebra – autores, 2022)


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1.2.Rectas perpendiculares
Definição: Duas rectas são ditas perpendiculares se elas forem concorrentes e formarem um
ângulo recto. Em outras palavras, duas rectas r e s, concorrentes em um ponto O, são ditas
perpendiculares se existirem semi-rectas ⃗⃗⃗⃗⃗ e ⃗⃗⃗⃗⃗ contidas respectivamente em r e s tais
que seja um ângulo recto.

A notação r ⊥ s é muitas vezes utilizada para indicar que as rectas r e s são perpendiculares.

Definimos o ângulo entre duas rectas concorrentes r e s como sendo o menor ângulo que elas
formam e diremos que elas são perpendiculares se este ângulo é recto

Figura 2: Rectas perpendiculares: r e s são rectas perpendiculares.

Fonte: (Geogebra – autores, 2022)

1.3.Rectas paralelas
Para indicar que uma recta a é paralela a uma recta b usamos a seguinte notação: a//b. Se elas
não se interceptam, dizemos que elas são paralelas (e distintas).

Figura 3: Rectas paralelas: recta r é paralela a s

Fonte: (Geogebra – autores, 2022)


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1.4.Bissectriz de um ângulo
Definição. A bissectriz de um ângulo é a semi-reta ⃗⃗⃗⃗⃗ , com C no interior de ,
tal que ̂ ̂

Figura 4: Bissectriz de um ângulo

Fonte: (Geogebra – autores, 2022)

1.5.Construção de triângulos (rectângulo, isósceles e equilátero)


Para Construção de triângulos (rectângulo, isósceles e equilátero) é necessário entender os
conceitos básico de como os triângulos podem ser classificados segundo as medidas de seus
lados ou as medidas de seus ângulos.

Quanto aos lados os triângulos são denominados:

Figura 5: Classificação dos triângulos quanto aos lados

i. Equiláteros – os três lados são congruentes;


ii. Isósceles – (pelo menos) dois lados congruentes;
iii. Escalenos – três lados distintos.

Quanto aos ângulos, os triângulos são denominados:

Figura 6: Classificação quanto aos ângulos


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i. Acutângulos – todos os ângulos agudos


ii. Rectângulos – um ângulo recto
iii. Obtusângulos – um ângulo obtuso

1.5.1.Triângulo rectângulo
1º Passo: Visualizamos o eixos do x e y, para facilitar a medição do ângulo de 90º. 2º Passo:
Clicamos a opção polígono, 3º Passo: Ocultamos os eixos dos X e , 4º Passo: Clicamos na
opção ângulo para certificar se a nossa figura seja um triângulo rectângulo.

5º Passo: Verificarmos a partir da visualização dos ângulos da figura.

Figura 7: Passos para construção de Triângulo Rectângulo

Fonte: (Geogebra – autores, 2022)


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1.5.2.Triângulo isósceles
Para Construir triângulo equilátero utilizando-se do software GeoGebra, é necessário dominar
os conceitos de Ponto, Recta e o conceito de que um Triângulo Isósceles que é caracterizado
(pelo menos) dois lados congruentes;

1º Passo: Visualizamos o eixos do x e y, para facilitar a medição do ângulo de 90º;

2º Passo: Clicamos a opção polígono;

3º Passo: Ocultamos os eixos dos X e Y;

4º Passo: Clicamos na opção ângulo para certificar se a nossa figura seja um triângulo
Isósceles;

5º Passo: Verificarmos a partir da visualização dos ângulos da figura.

Figura 8: Passos para construção de Triângulo Rectângulo

Fonte: (Geogebra – autores, 2022)

1.5.3.Triângulo equilátero
Para Construir triângulo equilátero utilizando-se do software GeoGebra, é necessário dominar
os conceitos de Ponto, Recta e o conceito de que um Triângulo Equiláteros se os três lados
são congruentes;

Proposta de solução:

1º Passo: Segmento com comprimento fixo, seleccionamos 3;

2º Passo: Circulo: centro e raio

3º Passo: Seleccionamos ponto A=3, de novo seleccionamos ponto B=3 ou seja o raio=3;

4º Passo: Seleccionamos polígonos;


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5º Passo: Ajustamos ou seja ocultamos alguma visualizações.

Figura 9: Passos para construção de Triângulo Equilátero

Fonte: (Geogebra – autores, 2022)

2.Métodos para construções geométricas

2.1.Método geral (redutivo, analítico)

2.1.1.Redutivo
Toda construção geométrica visa encontrar uma entidade ou figura geométrica que
atenda a certas condições.

Assumindo que o problema é ressuscitado, ou seja, admite-se a existência da solução


tentativas são feitas para reduzir as condições impostas a outras que levam a problemas
conhecidos. Mas, nessa redução ou substituição de algumas condições por outras, convém
focalizar não apenas se as novas condições são uma consequência obrigatória daquelas do
enunciado, ou seja, se são condições necessárias. mas também suficiente, isto é, se quando as
novas condições forem cumpridas, as do enunciado também serão cumpridas. Em uma
palavra, é conveniente substituir as condições de partida por outras equivalentes a elas, para
não omitir soluções ou introduzir soluções estranhas.

Quando a substituição por equivalência não é possível, é conveniente, pelo menos.


utilizar as condições necessárias para não correr o risco de perder soluções. É claro que em tal
caso será necessário verificar se todas as soluções obtidas satisfazem efectivamente a
afirmação.

A substituição de um problema por outro requer, portanto, uma análise rigorosa da


equivalência de condições de ambos, que chamaremos de análise da abordagem.
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Uma vez resolvido o problema (e verificada a validade das soluções operando apenas com as
condições necessárias), é necessário estudar como a solução ou soluções do problema variam
quando os dados variam o problema e é necessário se você quiser resolvê-lo em toda a
generalidade, ou seja, conhecer a natureza da solução em todos os casos possíveis. Exemplo
de discussão pode ser visto na construção de um triângulo dados dois lados e o ângulo oposto
a um dele.

2.1.2. Método analítico.

Alguns problemas de construção são aplicações directas de proposições conhecidas e suas


soluções são quase imediatamente aparentes. Exemplo: Construir um triângulo equilátero.

Se a solução de um problema é mais complicada, mas a solução é conhecida, pode ser


apresentada começando com uma operação que sabemos fazer, seguida de uma série de
operações desse tipo, até que o objectivo seja alcançado.

Este procedimento é chamado de método sintético de solução de problemas. Ele é usado


para apresentar as soluções de problemas em livros didácticos.

No entanto, este método não pode ser seguido quando se é confrontado com um problema
cuja solução não é aparente, pois não oferece nenhuma pista sobre qual deve ser o primeiro
passo, e os possíveis primeiros passos são numerosos demais para serem tentados
aleatoriamente. .

Por outro lado, sabemos definitivamente qual é o problema – sabemos qual valor queremos
obter no final. Portanto, é útil começar com esse mesmo número, provisoriamente dado
como certo. Através de um estudo cuidadoso e atento desta figura pode-se descobrir um
caminho que conduza à solução desejada. O procedimento, denominado método analítico de
resolução de problemas, consiste, em linhas gerais, nas seguintes etapas de:

Análise: Assumindo o problema resolvido, desenhe uma figura que satisfaça


aproximadamente as condições do problema e investigue como as partes dadas e as partes
desconhecidas da figura estão relacionadas entre si, até descobrir uma relação que possa ser
usada para a construção do problema.

Prova: Mostre que a figura assim construída satisfaz todos os requisitos do problema.

Discussão: Discuta o problema quanto às condições de sua possibilidade , o número de


soluções, etc.
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2.2.Método do problema reciproco


Às vezes, a redução de um problema a outro equivalente conhecido e é conseguida
simplesmente invertendo a relação que liga os dados com o elemento procurado, ou seja,
assumindo que este último é conhecido em posição e colocando os dados para que as relações
acima se mantenham. Este método é particularmente utilizado em problemas em que se trata
de localizar, inscrever, circunscrever, etc.

Exemplo 1: Colocar um segmento de comprimento dado entre os lados de um ângulo


dado de modo que limite com ele, um triângulo de área dada.

Tomando este segmento como base, a altura é conhecida e o problema é equivalente a


«colocar um ângulo de modo que seus lados passem pelas extremidades de um segmento fixo
e que seu vértice esteja a uma determinada distância da recta que o contém).

Exemplo 2: Corte três linhas dadas a, b. c para outro desconhecido r assim que os
segmentos interceptados AB , AC são de comprimento dado. Se a, b, c são paralelos, o
problema não é possível em geral, a menos que a razão das distâncias entre a, b e a, c é igual a
AB: AC. Se a, b, c são concorrentes

Um teorema é recíproco de outro quando a hipótese de um é a tese do outro e vice-


versa. Consideremos duas implicações recíprocas entre si. Condição necessária, condição
suficiente e condição necessária e suficiente

Se uma condição p implicar uma condição q (p => q), isto é, sempre que p é
verdadeira, q também é verdadeira, diz-se que p é uma condição suficiente para q e que q é
uma condição necessária para p.

Num teorema, diz-se que a hipótese é condição suficiente para a tese ocorrer e a tese é
condição necessária para a hipótese.

P Q

Condição suficiente para ocorrer Q Condição necessária para P

Condição necessária, condição suficiente e condição necessária e suficiente


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Dada uma implicação chama-se implicação recíproca a

Se ambas são verdadeiras diz-se que p e q são equivalentes, isto é, p q

Como se verifica o teorema e o seu recíproco, diz-se que p é uma condição necessária e
suficiente para q.

Exemplo: Considera os teoremas seguintes, recíprocos um do outro.

Teorema I: "Um triângulo equilátero [ABC] tem os ângulos iguais."

Hipótese: [ABC] é um triângulo equilátero.

Tese: ̂ ̂ ̂

Condição suficiente: [ABC] é um triângulo equilátero (lê-se: para que os ângulos sejam todos
iguais é condição suficiente que o triângulo seja equilátero).

Condição necessária: ̂ ̂ ̂ (lê-se: para que o triângulo seja equilátero é condição


necessária que os ângulos sejam todos iguais).

Teorema II: "Um triângulo [ABC] com os ângulos todos iguais é equilátero."

Hipótese: ̂ ̂ ̂

Tese: O triângulo (ABC] é equilátero.

Condição suficiente: ̂ ̂ ̂ (lê-se: para que o triângulo seja equilátero é suficiente que
os ângulos sejam todos iguais).

Condição necessária:[ABC] é um triângulo equilátero (lé-se: para que os ângulos sejam todos
iguais é necessário que o triângulo seja equilátero).

Assim, temos que:

 A hipótese é condição necessária e suficiente para que se verifique a tese;


 A tese é condição necessária e suficiente para que se verifique a hipótese.

Logo, os teoremas anteriores podem ser escritos num único:

Teorema I: "Uni triângulo equilátero (ABC tem os ângulos Iguais."

Teorema II: "Um triângulo [ABC] com os ângulos todos Iguais é equilátero."
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"É condição necessária e suficiente para que um triângulo seja equilátero que tenha os ângulos
iguais."

2.3.Método de lugares geométricos de pontos ( Locci)


A "lugar geométrico" estão associados as noções de figura ou conjunto de pontos e de
condição.
Um lugar geométrico é uma figura que inclui todos os pontos que satisfazem uma dada
condição (ou condições) e só esses.

Um conjunto qualquer de pontos que satisfazem uma dada condição (ou que são soluções da
condição) pode não ser considerado um lugar geométrico. Por exemplo: os pontos C e D,
vértices dos dois triângulos equiláteros com uma base AB dada são equidistantes de A e de B,
mas não constituem o lugar geométrico d(e tod)os pontos equidistantes de A e de B.

Dada uma condição, quando falamos do lugar geométrico dos pontos que a satisfazem
estamos a considerar que se um ponto satisfaz a condição é ponto do lugar geométrico e
qualquer ponto que não satisfaça a condição não está incluído no lugar geométrico.

Determinar um lugar geométrico é encontrar soluções de um problema de construção usando


as regras básicas ou combinação de resultados conhecidos e demonstrados.

A solução de um problema de construção depende muito frequentemente da determinação de


um ponto chave que pode ser solução de várias condições e pode ser obtido por várias
construções conhecidas.

O ponto chave de uma construção pode ser um ponto que satisfaz várias condições. Cada
uma dessas condições, considerada isoladamente, restringe o ponto chave a um determinado
lugar geométrico. E, por isso, o ponto chave é encontrado como interseção de certos lugares
geométricos.

Ilustremos isso com um exemplo: o problema da construção da circunferência que passa por 3
pontos A, B, C. Para podermos desenhar essa circunferência, basta-nos determinar um ponto
O que esteja a igual distância de A, B e C. Ou seja, um ponto O do lugar geométrico dos
pontos equidistantes de A e B e do lugar geométricos dos pontos equidistantes de B e C, por
exemplo.

Este método de resolver um problema de construção é, e bem, referido como o “método dos
lugares geométricos”.
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Para aplicar o método dos lugares geométricos a solucionar problemas de construção


geométrica é preciso conhecer um número considerável de lugares geométricos construtíveis
com as recta e circunferência postuladas ou compostas.

Os luccis mais importantes e mais frequentemente úteis:

Locus 1. O lugar geométrico de um ponto em um plano a uma dada distância de um dado


ponto é um círculo que tem o ponto dado por centro e a distância dada por raio.

Lugar geométrico 2. O lugar geométrico de um ponto a partir do qual tangentes de


comprimento dado podem ser traçadas para um círculo dado é um círculo concêntrico com o
círculo dado.

Lugar geométrico 3. O lugar geométrico de um ponto a uma dada distância de uma dada
recta consiste em duas rectas paralelas à recta dada.

Lugar geométrico 4. O lugar geométrico de um ponto equidistante de dois pontos dados é a


mediatriz do segmento determinado pelos dois pontos.

Por uma questão de brevidade, a expressão mediatriz pode ser convenientemente substituída
pelo termo mediador.

Lugar geométrico 5. O lugar geométrico de um ponto equidistante de duas rectas que se


intersectam indefinidamente produzidas consiste nas duas bissectrizes dos ângulos formados
pelas duas rectas dadas.

Lugar geométrico 6. O lugar geométrico de um ponto tal que as tangentes dele a um círculo
dado formam um ângulo dado, ou, mais resumidamente, no qual o círculo subtende um
ângulo dado, é um círculo concêntrico com o círculo dado.

Lugar geométrico 7. O lugar geométrico de um ponto, de um lado de um determinado


segmento, no qual esse segmento subtende um determinado ângulo, é um arco de círculo que
passa pelas extremidades do segmento.

2.4.Semelhança e Homotetia
O princípio que permeia todos os processos de redução ou de ampliação de figuras é o
conceito de semelhança.

Definição: Dizemos que as figuras F e F′ são semelhantes se:


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Existe uma correspondência 1 a 1 entre os pontos de F e os pontos de ´ F .

Existe um número , tal que, para todos os pares de pontos ∈ Y , e seus respectivos
pontos homólogos ∈ , tem-se ,

Utilizar-se-á a notação quando essas duas figuras forem semelhantes.

Exemplo: Figuras semelhantes.

Figura 10: Ilustração de Figuras semelhantes.

2.4.2.Homotetia
A Homotetia é um tipo de transformação geométrica que altera o tamanho de uma figura, mas
mantém as características principais, como a forma e os ângulos. É a ampliação ou a redução
de distâncias e áreas a partir de um ponto fixo. Na Homotetia as proporções são preservadas.

Uma Homotetia é definida pelo seu centro O e pela razão k de Homotetia e é a aplicação
afim tal que a cada ponto P faz corresponder o ponto P' tal que:

Figura 11: Ilustração de Homotetia


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Conclusão
As construções com régua e compasso tiveram um papel importante no
desenvolvimento da matemática na Grécia Antiga. Para os gregos, resolver um problema
algébrico ou geométrico, significava construir sua solução.

Os três primeiros postulados de Euclides basicamente estabelecem as ferramentas


utilizadas nessas construções: a régua (sem escala), utilizada para traçar um segmento de reta
(postulado 1), ou para estendê-la (postulado 2), e o compasso, para traçar circunferências
(postulado 3). As construções são realizadas obtendo-se pontos resultantes das intersecções de
duas retas, de reta e circunferência ou de duas circunferências.

Deve-se ressaltar aqui que a régua é um instrumento sem escalas, servindo apenas para
traçar rectas (na prática segmentos), e que o compasso, para os gregos, era um instrumento
que servia apenas para traçar circunferências, sendo dados dois pontos que determinam o raio,
e não para transportar segmentos ou medidas. Possivelmente, por razões de precisão, os
gregos consideravam que o compasso se “fechava” assim que ambas as pontas não mais
tocavam o papel (o chamado “compasso de Euclides”).
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Referencias Bibliográficas
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Euler Editorial, SA. Madrid.
2. Alexander, D. C., & Koeberlein, G. M. (2011). Elementary geometry for college
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3. Altshiller-Court, N.(1980).College geometry: an introduction to the Geometry of
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6. Guelli, C.A., Iezzi,G.,& Dolce, O. Editora Moderna. São Paulo, Brasil.
7. Lindoquist, M. M.; Shulte, A. P., (1994).Aprendendo e Ensinando Geometria. São
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8. Moise, E. E, & Downs, F.L. (1986). Geometría Moderna. (Traduzido por Mariano
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9. Rezende, E. Q. F. de Queiroz, M.L.B. (2000). Geometria Euclidiana Plana e
Construções Geométricas, Campinas, SP: Editora da Unicamp, São Paulo, SP:
Imprensa Oficial.

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