Como relatado anteriormente no texto “Breve história da arqueologia”, nomes
importantes figuram entre os precursores dessa ciência tão interessante. Entre eles está JEAN- FRANÇOIS CHAMPOLLION, um homem que dedicou praticamente sua vida inteira a arte de desvendar o passado por meio de artefatos antigos. E quando falo dedicou a vida não é exagero algum já que sua vida foi encurtada por excesso de trabalho em escavações no lugar de sua paixão: o Egito. Champollion nasceu em 23 de dezembro de 1790 no sudoeste da França. Desde cedo se interessa por línguas orientais e se forma em História com ênfase nessa área. Publica em 1814 a obra intitulada “O Egito sob os Faraós”, e dedica ao rei Luis XVIII. De 1821 até 1824, dedica-se ao estudo e compreensão do copta (antiga língua egípcia antiga), passados quatro anos, o “Compêndio do Sistema Hieróglifo dos Antigos Egípcios” é terminado. Em uma missão entre os anos de 1828-1830, o historiador acaba encontrando a morte em 4 de março de 1832. Deixa seu nome na história por ter sido um dos pilares da arqueologia. Seu trabalho não teria tanto destaque talvez, caso não houvesse havido a descoberta da pedra de Roseta pelos soldados franceses no Delta do Nilo. Nela, estava gravado um texto em grego antigo, outro em demótico, uma escrita mais moderna do Egito e outra em hieróglifos. Ao ser conduzida para a França, a pedra é interceptada pelos Ingleses que a levam para o museu britânico. Quando Champollion faz sua grande descoberta em relação aos nomes e a maneira como os egípcios escreviam, ele cai num estado de inconsciência e somente depois de cinco dias revela para a Academia de Inscrições e Belas Letras.
EDWARD ROBINSON – Foi estudioso da Bíblia nascido em Connecticut em 10 de
abril de 1794. É um pioneiro nos trabalhos de arqueologia bíblica e arqueologia bíblica, considerado o “pai da geografia bíblica” e fundador da “palestiologia moderna”. Foi dele a descoberta da cidade de Cafarnaum.
Se graduou no Hamilton College em 1816, e torna-se instrutor de Hebraico no
Seminário Teológico de Andover e em 1826 viaja para a Europa para estudar em uma das maiores universidades alemãs retornando apenas em 1830. Sete anos depois se torna professor de literatura bíblica no Union Theological Seminary na cidade de Nova York deixando depois os Estados Unidos para dar andamento em suas explorações na Palestina e na Síria. Sua reputação foi estabelecida em diversos países após a publicação de sua obra “Pesquisas na Palestina e Regiões Adjacentes”. Os planos de Robinson de resumir seus importantes estudos topográficos em um trabalho sobre geografia bíblica foram interrompidos por doença em 1862. A obra Geografia Física da Terra Santa incluindo seus últimos trabalhos, foram publicados logo que ele pôde, em 1865. Todos os seus trabalhos foram baseadas em pesquisas pessoais e cuidadosas e temperadas com um olhar crítico e reflexivo.
WILLIAM FOXWELL ALBRIGHT – Nascido em 24 de maio de 1891, William
atuou como acadêmico prolífico no campo da arqueologia, ganhando destaque pelo seu papel no estudo da lingüística, e cerâmicas antigas. Um nome de peso na arqueologia atuou como decano dos arqueólogos e patrono mundial da arqueologia bíblica. Era protestante da igreja metodista e teve alunos notáveis como George Ernest Wright, Frank Moore Cross e David Noel Freedman. Era chileno de família missionária. Recebeu um doutorado por uma das mais prestigiadas universidades do mundo, a John Hopkins University onde desenvolveu um trabalho acadêmico por trinta anos (1939-1959), foi diretor da Escola Americana de Investigação Oriental. Um dos marcos de seu trabalho foi à confirmação da veracidade dos Manuscritos do Mar Morto. Defendeu enfaticamente a autenticidade da Bíblia como registro histórico e reconhecimento de personagens importantes da história bíblica como Abraão, Isaque e Jacó como personas da história. “Em 1923 realizou a primeira escavação arqueológica significativa dos túmulos na região de Jerusalém (possivelmente onde um antigo rei da Judeia teria sido honrado). Outro importante aporte que realizou aos estudos bíblicos e à arqueologia bíblica foi seu estudo do selo LMLK e o impacto que este teve para outros estudos entre 1925 e 1960” (Wikipedia).