a c iS io = 0 st > St se) FA, UNE NOV. EXAME DE TEORIA GERAL DO DIREITO PRIVADO SS a 1. Anténio queria fazer negécios com Bento mas, para tal, tinha de o convencer que tinha meios financeiros suficientes para set seu parceiro. Assim, combinou com Carlos que uma forma de convencer Bento seria a de Anténio subscrever uma procuragdo a favor de Carlos a atribuir a este poderes para adquirir lotes de.terreno.para.construgdo de montante néo superior a.1 milhéo de euros. Sendo certo que ‘Anténio nfo estava interessado cm adquirir qualquer terrend; 0 objetivo era apenas o de que Carlos pudesse apresentar-se a Bento, como procurador de Anténio, evidenciando perante Bento a capacidade financeira de Anténio para realizar avultados investimentos. We ‘Casios’amdin for cj upressdion-es Beco; com ainefarhda;procuraskioy Caley tomvencen! eal $B sdquirir, em nome de Anténio, por 1 milhéo de euros, um terreno de que era proprietrio e cujo valor ndo excederia os 500 mil euros. Para esse efeito, CASME disponibilizou- ¢ a pagar a Carlos uma comisséo correspondente a 5% do prego, Carlos aceitou e 0 contrato de compra e venda foi imediatamente celebrado. Quando Bento se apresenta a Anténio exigindo 0 pagamento do prego do terreno vendido, este recusa-se a pagar. Quais os fundamentos em que Ant6nio poderia assentar esta recusa? 2. No dia 1 de Margo, Anténio dirigiu-se a loja de Bento para adquirir um televisor. Na conversa que manteve com Carlos, empregado de Bento, sobre o televisor a adquirir, Anténio identificou aquele que mais the agradava tendo perguntado a Carlos se 0 televisor em causa dispunha de sistema de wi-ft. Carlos, que bem sabia que aquele televisor nfo dispunha dessa funcionalidade, optou por nfo responder, dizendo: “Desculpe, sou novo aqui e ndo sei. Mas tenho aqui os manuais e 0 senhor pode verificar. E se estiver interessado, peco-lhe que passe ca |amanhd que entretanto pergunto ao meu patrdo”. Anténio, confiante em que qualquer televisor | que se prese nfo deixa de ter aquela funcionalidade, optou por comprar imediatamente 0 televisor em causa, de modo a evitar mais trabalhos. Ao chegar a casa, constatou que o televisor no dispunha de sistema de wi-fi e voltou & loja onde, dirigindo-se a Bento, exigiu devolver 0 televisor. Bento recusou. Quem tem razio?3. Na sequéncia de troca de correspondéncia, a sociedade A comprou a sociedade B, pelo prego de 10 € por quilo, 100 toneladas de ferro, com caracteristicas bem definidas, destinado & construgao de uum edificio, também identificado na correspondéncia. Alguns dias mais tarde e ainda antes da entrega do ferro, A comunicou a B que afinal necessitava apenas de 60 toneladas, resultando a diferenga de erro na medigao da obra. A pretende por isso que 0 contrato seja reduzido para 60 toneladas. B entende que, sendo o erro de A irrelevante, o contrato deve ser cumprido em relagdo a 100 toneladas, Quem tem razio? 4, Em Dezembro de 2014, Anténio vendeu a Bento, por escrito particular, um terreno, tendo recebido a totalidade do prego. Poucos dias depois, Anténio foi avisado por um amigo de que o contrato niio era vilido e que, por isso, estava obrigado a restituir a totalidade do prego. No entanto, como Anténio precisava do dinheiro para pagar algumas dividas, optou por nao dizer hada a Bento que foi atuando como se o terreno fosse efetivamente seu. Agora, que Anténio jé dispde do dinheiro suficiente para restituigdo integral do prego e que o terreno se valorizou significativamente em resultado da construgo de um novo acesso a auto-estrada junto ao local, Anténio pretende fazer valer a invalidade do contrato, recuperando 0 terreno e restituindo 0 prego. Bento recusa ¢ diz que (i) 0 tempo decorrido impede Anténio de fazer tal exigéncia, (i recai sobre Anténio o dever de celebrar um novo contrato de compra ¢ venda valido ou, no Jimite, (ii) recai sobre Anténio o dever de Ihe pagar um montante correspondente a valorizagto entretanto verificada no terreno, Existe razdo a Bento na invocago de qualquer destes argumentos?