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MINISTÉRIO DA SAÚDE

Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos


Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos

RELATÓRIO DE GESTÃO

Coordenação-Geral
de Assistência
Farmacêutica Básica
2009-2015

Brasília – DF
2016
2016 Ministério da Saúde.
Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – Com-
partilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra,
desde que citada a fonte.
A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da
Saúde: <www.saude.gov.br/bvs>. O conteúdo desta e de outras obras da Editora do Ministério da Saúde pode ser acessado na
página: <http://editora.saude.gov.br>.
Tiragem: 1ª edição – 2016 – versão eletrônica

Elaboração, distribuição e informações:


Coordenação:
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Karen Sarmento Costa
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos
José Miguel do Nascimento Júnior
Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos
SQN, Quadra 2, Projeção C, 1º andar, sala 108
Elaboração de texto:
CEP: 70712-902 – Brasília/DF
Elias de Paula de Araujo
Tel.: (61) 3315-8968
Eucilene Alves Santana
Site: http://portalsaude.saude.gov.br/cbaf
Karen Sarmento Costa
E-mail: cgafb.daf@saude.gov.br
Vera Lúcia Tierling
Organização:
Revisão técnica:
Eucilene Alves Santana
Joyce Maria de Araujo
Karen Sarmento Costa
Suetônio Queiroz de Araujo
Fotografias:
Vera Lúcia Tierling
Patrícia Cibele da Silva Tenório
Colaboração:
Editora responsável:
Benilson Beloti Barreto
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Daniela Dias Dantas
Secretaria-Executiva
Evandro Medeiros Costa
Subsecretaria de Assuntos Administrativos
Felipe Tadeu Carvalho Santos
Coordenação-Geral de Documentação e Informação
Joyce Maria de Araujo
Coordenação de Gestão Editorial
Letícia Mendes Ricardo
SIA, Trecho 4, lotes 540/610
Letisa Comparim Dalla Nora
CEP: 71200-040 – Brasília/DF
Manoel Roberto da Cruz Santos
Tels.: (61) 3315-7790 / 3315-7794
Marcela Amaral Pontes
Fax: (61) 3233-9558
Maria Ondina Paganelli
Site: http://editora.saude.gov.br
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E-mail: editora.ms@saude.gov.br
Orlando Mario Soeiro
Patrícia Cibele Da Silva Tenório
Equipe editorial:
Patricia Silveira Rodrigues
Normalização: Luciana Cerqueira Brito
Paulo de Tarso Ribeiro de Oliveira
Revisão: Khamila Silva e Tamires Alcântara
Capa, projeto gráfico e diagramação: Marcelo S. Rodrigues

Ficha Catalográfica
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Departamento de Assistência Farmacêutica
e Insumos Estratégicos.
Relatório de Gestão: Coordenação-Geral de Assistência Farmacêutica Básica 2009-2015 [recurso eletrônico] / Ministério da
Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégi-
cos. – Brasília : Ministério da Saúde, 2016.
144 p. : il.

Modo de acesso: World Wide Web: <http//bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relatorio_assistencia_farmaceutica_basi-


ca_2009_2015.pdf>

ISBN 978-85-334-2373-2

1. Assistência farmacêutica básica. 2. Políticas públicas em saúde. 3. Relatório de gestão. I. Título.


CDU 35:615.2(047)
Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2016/0101

Título para indexação:


Management Report of the General Coordination of Basic Pharmaceutical Assistance 2009-2015
LISTA DE SIGLAS
AF Assistência Farmacêutica
Cbaf Componente Básico da Assistência Farmacêutica Básica
CGAFB Coordenação-Geral de Assistência Farmacêutica Básica
CGU Controladoria-Geral da União
CIB Comissão Intergestores Bipartite
CIT Comissão Intergestores Tripartite
CNS Conselho Nacional de Saúde
Conasems Conselho Nacional de Secretarias de Saúde
Conass Conselho Nacional de Secretários de Saúde
DAF Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos
Hórus Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica
MS Ministério da Saúde
PAISM Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher
PCDT Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas
Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade
Pnaisp
no Sistema Prisional
Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica no âmbito do
Qualifar-SUS
Sistema Único de Saúde
Rename Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
SCTIE Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos
SES Secretaria Estadual de Saúde / Secretarias Estaduais de Saúde
SMS Secretarias Municipais de Saúde
SUS Sistema Único de Saúde
TCU Tribunal de Contas da União
SUMÁRIO
Apresentação........................................................................................................................................................................ 9

Introdução..........................................................................................................................................................................13

1 A gestão dos medicamentos para atender à atenção básica em saúde:


2009 a 2015......................................................................................................................................................................19

1.1 Regulamentação do Componente Básico da Assistência Farmacêutica........................................... 19

1.2 Transferência fundo a fundo para aquisição descentralizada dos medicamentos....................... 25

1.3 Aquisição de medicamentos centralizada no Ministério da Saúde.................................................... 26


1.3.1 Medicamentos e insumos para atender ao Programa Saúde da Mulher..............................28
1.3.2 Insulinas nph e regular...........................................................................................................................29
1.3.3 Medicamentos e insumos para atender à população privada de
liberdade no Sistema Prisional.............................................................................................................31
1.3.4 Medicamentos e insumos para atendimento às unidades da Federação
atingidas por desastres de origem natural......................................................................................32

2 Programas, projetos e ações prioritárias: 2009 a 2015.................................................................35

2.1 Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos..................................................................... 36

2.2 Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica – Hórus e a Base


Nacional de Dados de Ações e Serviços da Assistência Farmacêutica............................................... 43

2.3 Formação e Qualificação de recursos humanos para a Assistência Farmacêutica


Básica no sus.......................................................................................................................................................... 50
2.3.1 Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional
em Saúde – Pró-Saúde............................................................................................................................50
2.3.2 Farmacêuticos na aps: construindo uma relação integral e
farmacêuticos na aps/abs: trabalhando em rede.......................................................................51
2.3.3 Capacitação para implantação e utilização do Sistema Nacional
de Gestão da Assistência Farmacêutica – Hórus............................................................................53
2.3.4 Qualificação de Profissionais da Assistência Farmacêutica e
Capacitação para o Sistema Hórus.....................................................................................................53
2.3.5 Curso para Qualificação Nacional em Assistência Farmacêutica e
utilização do Sistema Hórus-Qualisus-Rede....................................................................................54
2.3.6 Curso de fitoterapia para médicos do sus......................................................................................54

2.4 Atendimento às Demandas dos Órgãos de Controle............................................................................... 55

2.5 Diretrizes para Estruturação das Farmácias no Âmbito do sus........................................................... 56

2.6 Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional


de Medicamentos no Brasil – Pnaum............................................................................................................. 56
2.6.1 Estratégias de acompanhamento do Projeto Estratégico da Pnaum.....................................58
2.6.2 Alguns resultados já alcançados.........................................................................................................58
2.6.3 Expectativas da Coordenação-Geral de Assistência Farmacêutica Básica...........................59

2.7 Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica –


Qualifar-sus............................................................................................................................................................ 59
2.7.1 Eixo estrutura do Qualifar-sus.............................................................................................................61

2.8 Proposta de Diretrizes da Assistência Farmacêutica nas Redes de Atenção


à Saúde...............................................................................................................................................................................65

2.9 Intervenção Sistêmica da Assistência Farmacêutica nas Redes de Atenção


à Saúde das Regiões selecionadas no Projeto Qualisus-Rede.............................................................. 66
2.9.1 Subprojeto Piloto Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica...................................................68

2.10 Ações para implementação do Decreto nº 7.508/2011, no Âmbito


da Assistência Farmacêutica Básica................................................................................................................69

3 O modelo de gestão e os processos de trabalho da cgafb: as mudanças


a partir de 2012............................................................................................................................................................................. 73

3.1 Colegiado Executivo............................................................................................................................................. 74

3.2 Núcleo de Apoio à Organização dos Serviços de Assistência Farmacêutica


na Atenção Básica................................................................................................................................................. 75
3.2.1 Atribuições..................................................................................................................................................75

3.3 Núcleo de Apoio ao Uso de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no sus........................................... 76


3.3.1 Atribuições..................................................................................................................................................76

3.4 Núcleo de Gestão de Medicamentos na Atenção Básica........................................................................ 77


3.4.1 Atribuições..................................................................................................................................................78

3.5 Núcleo Administrativo e Jurídico..................................................................................................................... 78


3.5.1 Atribuições no âmbito administrativo...............................................................................................78
3.5.2 Atribuições no âmbito jurídico............................................................................................................79
3.6 Núcleo de Planejamento, Monitoramento e Avaliação........................................................................... 79
3.6.1 Atribuições..................................................................................................................................................80
3.6.2 Sistemática de Atuação para Acompanhamento dos Programas, Projetos
e Ações Estratégicas.................................................................................................................................81

4 Metas, objetivos e resultados dos programas, projetos e ações prioritárias


Desenvolvidas na cgafb......................................................................................................................................87
4.1 Objetivos, Estratégias, Metas e Resultados dos Projetos e Ações Prioritárias,
por eixo do Qualifar-sus.................................................................................................................................... 88

5 Indicadores selecionados e síntese da evolução orçamentária do componente


básico da assistência farmacêutica....................................................................................................... 101
5.1 Indicadores Selecionados.................................................................................................................................101
5.1.1 Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica
no Âmbito do sus – Eixo Estrutura................................................................................................. 102
5.1.2 Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos..................................................... 103
5.1.3 Base Nacional de Dados de Ações e Serviços da Assistência
Farmacêutica – Componente Básico da Assistência Farmacêutica...................................... 105

5.2 Síntese da Evolução Orçamentária do Componente Básico


da Assistência Farmacêutica............................................................................................................................106

6 Auditorias na gestão federal e o componente básico da assistência


farmacêutica........................................................................................................................................................... 111

7 Perspectivas e desafios para o novo período de gestão......................................................... 117

7.1 Agenda Estratégica 2015..................................................................................................................................118

7.2 Aspectos em Discussão no Âmbito da cgafb, com Relevância para o


Aprimoramento da Política de Assistência Farmacêutica na Atenção Básica..............................119

Referências........................................................................................................................................................................121

Anexo – marcos lógicos dos programas/projetos prioritários da cgafb........................125

Equipe técnica..................................................................................................................................................................142
APRESENTAÇÃO
O presente relatório de gestão abrange o período compreendido entre 2009 e 2015.
De modo diferente dos relatórios anuais, a elaboração desta versão tenciona contribuir a um
balanço interno e externo dos últimos seis anos de implementação da Política Nacional de
Assistência Farmacêutica na Atenção Básica, pelo Ministério da Saúde, no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS).

Nesse período, que compreende a execução de dois Planos Plurianuais (PPA), muitos
foram os desafios enfrentados na perspectiva de dar continuidade ao trabalho de cunho mais
sistêmico, iniciado por ocasião da criação do Departamento de Assistência Farmacêutica e
Insumos Estratégicos, em 2003, com o propósito de fortalecer a estruturação, a organização,
a capacidade de gestão e de execução, em busca da garantia de disponibilidade das ações e
dos serviços da Assistência Farmacêutica Básica, como política pública integrante da Política
Nacional de Assistência Farmacêutica. Buscou-se ainda, por meio das ações e dos serviços
farmacêuticos, prestar apoio aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios brasileiros, em
resposta às demandas e às propostas da sociedade civil organizada, às organizações dos entes
federativos e aos processos participativos, com destaque para as Conferências Nacionais de
Saúde, ocorridas no período, e para a I Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência
Farmacêutica, realizada em 2003.

O primeiro desafio diz respeito à própria estruturação da Coordenação-Geral da


Assistência Farmacêutica Básica, de modo a garantir a capacidade de gestão e execução,
diante das atribuições e da ampliação, sem precedentes, das ações e dos serviços à disposição
da sociedade, proporcionados pelo Ministério da Saúde, em parceria com os entes federativos
integrantes do SUS.

A ampliação e a reorganização da equipe, assim como a parceria intra e


interinstitucional, permitiram o alcance de diversas ações: garantia e ampliação do repasse
de recursos descentralizados; aquisição centralizada das insulinas humanas NPH e regular e
dos medicamentos e insumos para atendimento do programa Saúde da Mulher, do sistema
prisional e das situações de calamidade pública, entre outros; inclusão, no PPA, do Programa
Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, que contribui, em 2015, para a proposta de
inclusão de novos medicamentos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename) e
no desenvolvimento da cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos, especialmente
com o apoio à pesquisa, a projetos de capacitação, ao desenvolvimento e ao registro sanitário

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

de fitoterápicos da Rename por meio de Laboratórios Oficiais Públicos, estruturação de Arranjos


Produtivos Locais (APL) e da Assistência Farmacêutica em plantas medicinais e fitoterápicos.

A ampliação e a reorganização da equipe técnica e as parcerias firmadas foram decisivas


para o desenvolvimento e a implantação dos seguintes programas, projetos e ações: o Sistema
Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica (Hórus); o Programa Nacional de Qualificação
da Assistência Farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (Qualifar-SUS); os quatros
eixos do Qualifar-SUS: estrutura, educação, informação e cuidado; o projeto de Intervenção
Sistêmica da Assistência Farmacêutica nas Redes de Atenção à Saúde das Regiões do Projeto
QualiSUS-Rede, em parceria com o Banco Mundial, Conselho Nacional de Secretários de Saúde
(Conass), Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conasems), Secretarias de Saúde dos
estados, dos municípios e do Distrito Federal. Tais intervenções estão voltadas à estruturação dos
serviços de Assistência Farmacêutica em escala nacional e à melhoria da qualidade dos serviços,
incluindo a humanização e o uso racional de medicamentos, pari passu com a regionalização e
a descentralização.

Esse aumento da capacidade de intervenção interna e externa somente se tornou


possível devido à determinação e ao empenho contínuos da direção do Departamento de
Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF), da Secretaria de Ciência, Tecnologia e
Insumos Estratégicos (SCTIE) e da estrutura do Ministério da Saúde (MS) como um todo, assim
como do esforço de mobilização e articulação no âmbito do governo federal e do SUS.

O segundo e maior desafio, representado pelo avanço da Assistência Farmacêutica na


Atenção Básica, em quantidade e qualidade dos serviços, recursos, medicamentos e insumos,
não seria possível se, nesse esforço de mobilização e articulação interfederativa, no âmbito do
SUS, a Coordenação-Geral de Assistência Farmacêutica Básica (CGAFB) não contasse com o
engajamento decisivo do Conass, do Conasems e de suas lideranças, cujas contribuições são
imensuráveis e sempre pendentes de agradecimentos, pois, para além do dever, considerando
a própria complexidade do sistema, as assimetrias entre os entes e regiões, como também
a diversidade socioeconômica, política e cultural do País, sempre foi possível contar com a
dedicação das organizações acima, no esforço de construir e implementar soluções.

O relatório, assim, trata das conquistas alcançadas com participação e parcerias internas
e externas; no entanto, contempla também o necessário olhar crítico dos órgãos de controle.
Nesse sentido, os relatórios e as recomendações da Controladoria-Geral da União (CGU) e do
Tribunal de Contas da União (TCU) constituem contribuições decisivas nos avanços obtidos
na área; contudo, norteiam o sentido de não perder de vista os imensos desafios a enfrentar,
entre os quais: a efetiva estruturação da Base Nacional de Dados de Ações e Serviços da

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RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

Assistência Farmacêutica, a universalização do Eixo Estrutura do Qualifar-SUS, a efetividade


das disposições da Lei Complementar nº 141, de 13 de janeiro de 2012 e do Decreto nº 7.508,
de 28 de junho de 2011, no que se refere à regionalização, ao planejamento, ao monitoramento
e à avaliação das ações e dos serviços.

A construção e a pactuação de indicadores de resultado e o impacto do Componente


Básico da Assistência Farmacêutica Básica (CBAF) permanecem como desafios prioritários,
com vistas a desenvolver a sistemática avaliação, de forma a aferir adequadamente a própria
eficácia da Política de Assistência Farmacêutica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Desejamos que esse material possa contribuir efetivamente com as futuras análises dos
gestores do SUS para o aprimoramento dos programas, dos projetos e das estratégias até aqui
alcançados, visando a novos avanços para a Assistência Farmacêutica na Atenção Básica no País.

Coordenação-Geral de Assistência Farmacêutica Básica


Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos

11
INTRODUÇÃO
O Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF) foi instituído
no ano de 2003, por meio do Decreto nº 4.726, de 9 de junho de 2003, o qual estabeleceu
a criação desse Departamento, vinculado à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos
Estratégicos. O DAF foi criado com a atribuição de formular e operacionalizar, no âmbito do País,
as políticas públicas farmacêuticas. O advento do DAF representou o ponto de partida para a
institucionalização da Assistência Farmacêutica no Ministério da Saúde. As competências do
DAF, descritas na Figura 1, foram estabelecidas por meio do Decreto nº 8.065, de 7 de agosto
de 2013, por meio do qual foram aprovados a estrutura regimental e o quadro de cargos e
funções do órgão federal de saúde.

Figura 1 – Competências do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos


Estratégicos, conforme o Decreto nº 8.065/2013

DEPARTAMENTO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA E DE INSUMOS ESTRATÉGICOS

I- Subsidiar a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos na


formulação de políticas, diretrizes e metas para as áreas e temas VI -Programar a aquisição e a distribuição de insumos estratégicos para a saúde,
estratégicos, necessários à implementação da Política Nacional de Saúde, em particular para a assistência farmacêutica, em articulação com o
no âmbito de suas atribuições; Departamento de Logística em Saúde da Secretaria-Executiva;

II- Formular e implementar, e coordenar a gestão das Políticas Nacionais de


VII- Propor acordos e convênios com os Estados, os Municípios, e o Distrito
Assistência Farmacêutica e de Medicamentos, incluindo sangue,
Federal para a execução descentralizada de programas e projetos especiais no
hemoderivados, vacinas e imunobiológicos, na qualidade de partes
âmbito do SUS, no limite de suas atribuições;
integrantes da Política Nacional de Saúde, observados os princípios e as
diretrizes do SUS;

VIII - Orientar, capacitar e promover ações de suporte aos agentes envolvidos no


III- Prestar cooperação técnica para o aperfeiçoamento da capacidade processo de assistência farmacêutica e insumos estratégicos, com vistas à
gerencial e operacional de Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, no sustentabilidade dos programas e projetos em sua área de atuação;
âmbito de sua atuação;

IV- Coordenar a organização e o desenvolvimento de programas, projetos e IX - Elaborar e acompanhar a execução de programas e projetos relacionados à
ações, em áreas e temas de abrangência nacional; produção, à aquisição, à distribuição, à dispensação e ao uso de medicamentos
no âmbito do SUS;

V- Normatizar, promover e coordenar a organização da assistência X - Coordenar a implementação de ações relacionadas à assistência
farmacêutica, nos diferentes níveis da atenção à saúde, obedecendo aos farmacêutica e ao acesso aos medicamentos no âmbito dos Programas de
princípios e diretrizes do SUS; Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde.

Decreto 8.065/2013

Fonte: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Decreto/D8065.htm>.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

No esforço de organizar, estruturar e consolidar a Assistência Farmacêutica, o DAF propôs,


em 2008, a instituição de quatro coordenadorias específicas, visando ao planejamento e à
execução dos serviços e das ações relacionados às políticas públicas de Assistência Farmacêutica.

Em 2010, foi publicada a Portaria MS/GM nº 3.965, de 14 de dezembro de 2010, por meio
da qual foram aprovados os Regimentos Internos dos órgãos do Ministério da Saúde. O DAF
passou a contar com o suporte de coordenações em sua composição, cuja função primária
consistia em acompanhar os componentes do Bloco da Assistência Farmacêutica, sendo uma
delas a Coordenação-Geral de Assistência Farmacêutica Básica (CGAFB). A CGAFB atua, entre
outros dispositivos legais, com base na Portaria MS nº 1.555, de 30 de julho de 2013, a qual
dispõe sobre as normas de financiamento e de execução do Componente Básico da Assistência
Farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

As competências da Coordenação-Geral de Assistência Farmacêutica Básica são definidas


nos 13 incisos do artigo 517 da já mencionada Portaria MS/GM nº 3.965/2010. Os citados incisos
estão apresentados na Figura 3, entre os quais se destacam o acompanhamento e a implementação
da Política Nacional de Medicamentos, de 1998, e da Política Nacional de Assistência Farmacêutica,
de 2004, no que se refere ao Componente Básico da Assistência Farmacêutica, como também o
acompanhamento da implementação da Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos
(PNPMF), instituída em 2006, e das demais ações circunscritas à PNPMF.

14
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

Figura 2 – Competências atribuídas à Coordenação-Geral de Assistência Farmacêutica Básica,


conforme a Portaria MS/GM nº 3.965/2010
COORDENAÇÃO GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA

I - Acompanhar a implementação da Política Nacional de VIII - Prestar cooperação técnica aos Estados, aos Municípios e
Medicamentos e da Política Nacional de Assistência ao Distrito Federal no desenvolvimento de atividades e projetos
Farmacêutica no que se refere ao Componente Básico da que permitam a organização dos serviços do Componente
Assistência Farmacêutica; Básico da Assistência Farmacêutica ;

II- Formular e aprimorar as diretrizes e normas sobre


regulamentação das ações do Componente Básico da IX - Monitorar a aplicação dos recursos financeiros nos Estados,
Assistência Farmacêutica; nos Municípios e no Distrito Federal no que se
refere às ações do Componente Básico da Assistência
Farmacêutica;

III - Acompanhar a implementação da Política Nacional de


Plantas Medicinais e Fitoterápicos e suas respectivas
ações e coordenar o processo de construção e atualização X- Acompanhar e fiscalizar a execução física dos contratos de
da Relação Nacional de Plantas Medicinais e compra de medicamentos do componente básico da Assistencia
Fitoterápicos; Farmacêutica;

IV-Desenvolver ações que visem à ampliação do acesso da


população aos medicamentos essenciais à promoção do
uso racional desses medicamentos, bem como daqueles do XI - Articular estratégias de pactuação conjuntas com as áreas
Componente Básico da Assistência Farmacêutica; técnicas do Ministério da Saúde e com as secretarias estaduais
e municipais de saúde que demandam medicamentos de uso na
Atenção Básica;

V-Articular as ações relacionadas a medicamentos do


componente básico, junto ao Comitê Nacional para a
Promoção do Uso Racional de Medicamentos;

VI - Articular, junto à Comissão Técnica e Multidisciplinar XII - Formular, avaliar e disponibilizar materiais técnico -
de Atualização da Relação Nacional de Medicamentos pedagógicos referentes à Assistência Farmacêutica Básica; e
Essenciais, o processo de atualização da Relação
Nacional de Medicamentos Essenciais e do Formulário
Terapêutico Nacional;

VII - Planejar , avaliar e monitorar a execução das atividades


de programação, aquisição, armazenamento e distribuição XIII - Fomentar e estabelecer parâmetros para a realização de
de medicamentos e insumos comprados de forma estudos, pesquisas de avaliação, implementação e
centralizada pelo Ministério da Saúde, no âmbito do monitoramento das ações do componente básico da Assistência
componente básico da Assistência Farmacêutica, em Farmacêutica Básica no SUS.
articulação com o departamento de Logística em Saúde;

Fonte: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt3965_14_12_2010.html>.

A Coordenação-Geral de Assistência Farmacêutica Básica atua no sentido de estruturar


processos de trabalho, de forma a atender aos princípios básicos preconizados nos
instrumentos legais vigentes, a fim de nortear ações de Assistência Farmacêutica voltadas à
promoção, à proteção e à recuperação da saúde, tanto no âmbito individual como na instância
coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao uso racional
dele, no âmbito da Atenção Básica, segundo o estabelecido no texto da Política Nacional de
Medicamentos, de 2004, conforme consta na Resolução nº 338, de 6 de maio de 2004, do
Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Em linhas gerais, os processos desenvolvidos na rotina da CGAFB compreendem


o Planejamento da Política Nacional de Assistência Farmacêutica voltada para a Atenção
Básica; a execução, o acompanhamento e a avaliação, em âmbito federal, do Componente
Básico da Assistência Farmacêutica; e o apoio técnico a estados e municípios. Compete-lhe,

15
MINISTÉRIO DA SAÚDE

ainda, a implementação e o desenvolvimento dos programas e dos projetos, entre os quais:


Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica (Qualifar-SUS); Programa
Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos; Projeto de Intervenção Sistêmica da Assistência
Farmacêutica nas Redes de Atenção à Saúde das Regiões do Projeto QualifarSUS-REDE; Sistema
Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica (Hórus), em implantação nos estados e nos
municípios e no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS); e a formação de recursos
humanos para a Assistência Farmacêutica com foco na Atenção Básica.

Diante do exposto, o objetivo que norteou a elaboração do presente documento consistiu


em apresentar o trabalho realizado na Coordenação-Geral de Assistência Farmacêutica Básica
a partir de maio de 2009, quando esta gestão assumiu a função coordenadora. Nesse sentido,
são apontados os avanços e os desafios enfrentados no final do governo Lula e no primeiro
mandato da presidenta Dilma, assim como as perspectivas identificadas, de modo a dar
continuidade ao desenvolvimento das ações de qualificação da Assistência Farmacêutica na
Atenção Básica, no Sistema Único de Saúde, no âmbito do território brasileiro.

Para tanto, este relatório está estruturado em cinco capítulos:

Capítulo 1: Regulamentação do Componente Básico da Assistência Farmacêutica, recursos


investidos e resultados das principais ações desenvolvidas na CGAFB relacionadas à transferência
Fundo a Fundo dos recursos financeiros para aquisição descentralizada dos medicamentos e a
aquisição de medicamentos centralizada no Ministério da Saúde (2009 a 2015).

Capítulo 2: Regulamentação, recursos investidos e resultados dos programas, projetos e ações


prioritárias desenvolvidas na CGAFB (2009 a 2015).

Capítulo 3: Modelo de gestão e organização dos processos de trabalho na CGAFB, concebidos


a partir de 2012 e consolidados durante o ano de 2014.

Capítulo 4: Metas, objetivos e resultados dos programas, projetos e ações prioritárias


desenvolvidas na CGAFB (2012 a 2015).

Observa-se que, a partir do final de 2012, a CGAFB passou por uma importante
reorganização no seu modelo de gestão e intensificou os processos de planejamento,
acompanhamento e monitoramento, definindo metas para o alcance de resultados
estratégicos, a fim de atender às necessidades advindas do aumento na complexidade dos
processos sob a responsabilidade desta Coordenação.

Capítulo 5: Indicadores selecionados para acompanhamento dos programas e projetos e


síntese da evolução orçamentária do CBAF.

Capítulo 6: Auditorias na gestão federal realizadas durante o período.

Capítulo 7: Perspectivas e desafios para o novo período de gestão.

16
1 A GESTÃO DOS MEDICAMENTOS PARA
ATENDER À ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE:
2009 A 2015
Apresenta-se, a seguir, a evolução da regulamentação do Componente Básico da
Assistência Farmacêutica, os resultados das principais ações desenvolvidas na CGAFB e os
investimentos realizados no período de 2009 a 2015, na transferência Fundo a Fundo, dos
recursos financeiros para a aquisição descentralizada dos medicamentos e a aquisição de
medicamentos centralizada no Ministério da Saúde.

1.1 Regulamentação do componente Básico da Assistência


Farmacêutica
No período de 2009 a 2015, o Componente Básico da Assistência Farmacêutica foi
regulamentado por quatro portarias:
• Portaria n° 3.237, de 24 de dezembro de 2007.
• Portaria n° 2.982, de 26 de novembro de 2009.
• Portaria n° 4.217 de 28 de dezembro de 2010.
• Portaria n° 1.555, de 30 de julho de 2013.

Essas portarias normatizaram as transferências Fundo a Fundo para aquisição


descentralizada dos medicamentos, assim como as aquisições centralizadas no Ministério
da Saúde das insulinas NPH e Regular e dos métodos contraceptivos para atender à Atenção
Básica em Saúde.

O repasse de recursos federais para a aquisição descentralizada dos medicamentos vem


sendo realizado desde 2007 por meio do Componente Básico da Assistência Farmacêutica,
instituído por meio da Portaria nº 204, de 29 de janeiro de 2007, como um dos componentes
do Bloco da Assistência Farmacêutica.

A Portaria n° 3.237, de 24 dezembro de 2007, vigente em 2009, definia que o


financiamento é responsabilidade das três esferas de gestão, devendo ser aplicados, para
aquisição dos medicamentos do Elenco de Referência, os valores mínimos a seguir descritos.

19
MINISTÉRIO DA SAÚDE

I. União: R$ 4,10 por habitante/ano;


II. Estados e Distrito Federal: R$ 1,50 por habitante/ano; e
III. Municípios: R$ 1,50 por habitante/ano.

O Elenco de Referência, na época, contava com 66 medicamentos, sendo dois


fitoterápicos, em 118 apresentações, além dos homeopáticos, conforme Farmacopeia
Homeopática Brasileira, 2ª edição, e de oito insumos.

A execução do Componente Básico da Assistência Farmacêutica já era descentralizada,


sendo a aquisição e a dispensação dos medicamentos e dos insumos de responsabilidade dos
municípios e do Distrito Federal.

Destaca-se que permanecia centralizada, no Ministério da Saúde, a aquisição de 12


medicamentos e insumos:
I. Medicamento insulina NPH 100 UI e insulina humana regular 100 UI, constantes do
Elenco de Referência e cujo gasto de referência representa R$ 0,68 habitante/ano; e
II. Contraceptivos e insumos do Programa Saúde da Mulher, constantes do Elenco de
Referência e cujo gasto de referência representava R$ 0,30 habitante/ano.
A partir desta normativa, os valores da Parte Fixa e da Parte Variável dos Grupos de
Hipertensão e Diabetes, Asma e Rinite e Saúde Mental, até então repassados de forma separada,
pois faziam parte do Componente Estratégico do Elenco da Assistência Farmacêutica Básica,
passaram a compor valor único de financiamento, no Componente Básico da Assistência
Farmacêutica.

Os estados, o Distrito Federal e os municípios eram responsáveis ainda pelo


financiamento dos insumos complementares destinados aos usuários insulinodependentes,
de que trata a Lei Federal nº 11.347, de 27 de setembro de 2006, e a Portaria MS/GM nº 2.583,
de 10 de outubro de 2007, cujos valores a serem aplicados, na instância de cada esfera de
gestão, eram de R$ 0,30 habitante/ano.

Para além dos recursos financeiros, ocorreu no ano de 2009 um importante avanço no
financiamento e na qualificação da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica. Em decorrência
da pactuação, na Comissão Intergestores Tripartite (CIT), de um novo marco regulatório do
Componente Básico da Assistência Farmacêutica: a Portaria n° 2.982, de 26 de novembro de
2009, com vigência a partir de 1° de janeiro de 2010.

A revisão na Portaria n° 3.237/2007 já vinha sendo discutida desde 2008, diante da


necessidade do aprimoramento do Componente Básico articulado com o antigo Componente
de Medicamentos de Dispensação Excepcional, quando foi criado um grupo de trabalho

20
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

tripartite para revisar ambos os componentes. Entre os objetivos específicos para a revisão da
Portaria n° 3.237/2007, destacam-se:
• Ampliar o acesso da população aos medicamentos essenciais e insumos para o
diabetes melittus.
• Garantir as linhas de cuidado para doenças contempladas no Componente de
Dispensação Excepcional, acompanhados no âmbito da Atenção Básica.
• Qualificar os serviços farmacêuticos prestados à população.

Desse modo, procurou-se trabalhar de forma a garantir que os objetivos definidos


fossem alcançados e que a nova proposta propiciasse melhorias na gestão da Assistência
Farmacêutica municipal, culminando na publicação da nova portaria, ao final de 2009.

De acordo com esta nova norma, passaram a vigorar os seguintes valores mínimos a
serem aplicados para a aquisição descentralizada de medicamentos:
I. União: R$ 5,10 por habitante/ano;
II. Estados e Distrito Federal: R$ 1,86 por habitante/ano; e
III. Municípios: R$ 1,86 por habitante/ano.
Além disso, o valor a ser aplicado pelos estados, Distrito Federal e municípios, para
financiamento dos insumos complementares destinados aos usuários insulinodependentes,
foi ampliado de R$ 0,30 para R$ 0,50 por habitante/ano.

Conforme referido anteriormente, a Portaria n° 2.982/2009 trouxe um importante


avanço para a qualificação da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica. Desde 1999, quando
se iniciou o processo de descentralização da Assistência Farmacêutica Básica, os recursos
tripartites foram destinados exclusivamente para o custeio de medicamentos nesse nível de
atenção à saúde. De forma inovadora, abriu-se a possibilidade da aplicação de parte do recurso
do Componente Básico para a estruturação dos serviços farmacêuticos e a qualificação de
recursos humanos nos municípios.

Essa Portaria estabeleceu também que os municípios poderiam definir outros


medicamentos, além daqueles previstos no Elenco de Referência Nacional e Estadual, e
custear sua aquisição com os recursos tripartites. O Elenco de Referência Nacional contava
140 medicamentos, sendo oito fitoterápicos, em 270 apresentações, além dos homeopáticos
conforme Farmacopeia Homeopática Brasileira, 2ª edição, e de oito insumos.

Destaca-se que foram descritos, nessa regulamentação, os medicamentos a serem


assegurados, no âmbito da Atenção Básica, de forma a garantir as linhas de cuidado das
doenças contempladas no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica, o qual, na

21
MINISTÉRIO DA SAÚDE

mesma época, substituiu o Componente de Medicamentos de Dispensação Excepcional, por


meio da Portaria MS n° 2.981, de 26 de novembro de 2009.

Em relação à execução, a Portaria MS n° 2.982/2009 define que é de responsabilidade


dos municípios, do Distrito Federal e dos estados, onde couber, a organização dos serviços
e a execução das atividades farmacêuticas, entre as quais: seleção, programação, aquisição,
armazenamento (incluindo controle de estoque e dos prazos de validade dos medicamentos),
distribuição e dispensação dos medicamentos e insumos de sua responsabilidade. Assim, nessa
Portaria são detalhadas, de forma mais clara, as responsabilidades dos entes nas atividades
relacionadas ao Ciclo da Assistência Farmacêutica, em comparação à normativa anterior.

Em síntese, observa-se como principais conquistas desta pactuação:


• Ampliação do recurso financeiro, visando à aquisição dos medicamentos para atender
à Atenção Básica.
• Possibilidade de utilização de parte do recurso na estruturação e na qualificação dos
recursos humanos para a Assistência Farmacêutica na Atenção Básica.
• Ampliação do elenco de medicamentos passíveis de aquisição com os recursos
tripartites, desde que constantes na Rename.
• Ampliação da garantia da integralidade do tratamento medicamentoso das doenças
contempladas no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica.

Estabeleceu-se, ainda, um prazo para a Câmara Técnica de Assistência Farmacêutica


da CIT monitorar a execução da Portaria n° 2.982/2009, além de avaliar a necessidade de
novas pactuações, tendo em vista o seu constante aprimoramento. Esse monitoramento
consolidou-se durante o ano de 2010, quando foram realizadas reuniões com a participação do
Ministério da Saúde, Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e Conselho Nacional
de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), com o objetivo de avaliar as pactuações nas
Comissões Intergestores Bipartites (CIB) e a execução nos diferentes estados da federação.

A partir dessas análises e das demandas de estados e municípios, foi sendo aprimorada
a Portaria n° 2.982/2009, culminando na publicação, em 28 de dezembro de 2010, da Portaria
n° 4.217, da qual se destacam, a seguir, os principais avanços:
• Adequação do Elenco de Referência Nacional, a partir da Relação Nacional de
Medicamentos Essenciais vigente na época (Rename, 2010). O Elenco de Referência
Nacional passou a contar com 136 medicamentos, sendo oito fitoterápicos, em 267
apresentações, além dos homeopáticos e de sete insumos.

22
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

• Oficialização da disponibilidade, aos municípios, do Sistema Nacional de Gestão da


Assistência Farmacêutica (Hórus), com o intuito de oferecer suporte à qualificação da
gestão da Assistência Farmacêutica.

A Portaria nº 4.217/2010 vigorou até julho de 2013, quando foi publicada a nova
norma, por meio da Portaria n° 1.555, de 30 de julho de 2013. Destaca-se que, por intermédio
dessa Portaria, foram atualizados os indicadores demográficos, de acordo com a estimativa
populacional formulada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a data de
1º de julho de 2011. A adoção dos novos índices populacionais ocasionou efeitos financeiros
favoráveis em termos da partida federal, retroativos ao mês de janeiro de 2013.

Os valores mínimos a serem aplicados pelos entes da federação não foram alterados.
No entanto, o recurso a ser aplicado nos insumos para os usuários insulinodependentes, que
anteriormente compunha um recurso à parte, a ser aplicado pelos estados, Distrito Federal e
municípios (R$ 0,50), foi incorporado ao per capita:
I. União: R$ 5,10 por habitante/ano;
II. Estados: R$ 2,36 por habitante/ano; e
III. Municípios: R$ 2,36 por habitante/ano.

Em relação aos valores aplicados, a Portaria n° 1.555/2013 definiu ainda, diferentemente


das anteriores, que o Distrito Federal deve aplicar, no mínimo, o somatório dos valores definidos
para os estados e os municípios, ou seja, R$ 4,72.

No que se refere aos medicamentos e aos insumos passíveis de aquisição, essa norma
apresenta uma inovação: não apresenta a publicação de um Elenco de Referência. Em vez
disso, é determinado que o financiamento seja destinado à aquisição dos medicamentos e aos
insumos constantes dos Anexos I e IV da Rename vigente no SUS.

Destaca-se que isso foi possível, pois, atendendo ao disposto no Decreto n° 7.508/2011,
que regulamentou a Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, e também na Resolução n° 01 de
17 de janeiro de 2012, que estabeleceu as diretrizes nacionais da Rename, foi publicada, em
março de 2012, a Portaria MS n° 533, que estabeleceu o elenco de medicamentos e insumos
da Rename, composta por:
I. Relação Nacional de Medicamentos do Componente Básico da Assistência
Farmacêutica;
II. Relação Nacional de Medicamentos do Componente Estratégico da Assistência
Farmacêutica;
III. Relação Nacional de Medicamentos do Componente Especializado da Assistência
Farmacêutica;

23
MINISTÉRIO DA SAÚDE

IV. Relação Nacional de Insumos Farmacêuticos; e


V. Relação Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar.

Dessa forma, o recurso tripartite passou a financiar: 182 fármacos, em 325 apresentações
farmacêuticas, incluindo 12 fitoterápicos e 22 insumos. A Portaria MS nº 1.555/2013 também
permite a aquisição, com recurso tripartite, de: (i) plantas medicinais, drogas vegetais e
derivados vegetais para manipulação das preparações dos fitoterápicos da Rename, em
Farmácias Vivas e farmácias de manipulação do SUS; e de (ii) matrizes homeopáticas e
tinturas-mãe, conforme Farmacopeia Homeopática Brasileira, 3ª edição, para as preparações
homeopáticas em farmácias de manipulação do SUS.

Os medicamentos relacionados ao Programa Nacional de Suplementação de Ferro (ácido


fólico e sulfato ferroso), que faziam parte do Componente Estratégico e do Componente Básico
da Assistência Farmacêutica na Rename 2012, passam a ter sua execução descentralizada.

Nesta nova norma, são mantidas as determinações anteriores em relação à:


• Execução descentralizada da Assistência Farmacêutica.
• Aquisição centralizada no Ministério da Saúde das insulinas humana NPH 100 UI/ml e
humana regular 100 UI/ml e dos contraceptivos do Programa Saúde da Mulher.
• Possibilidade de utilização de até 15% da soma dos recursos financeiros dos estados,
dos municípios e do Distrito Federal para atividades de estruturação da Assistência
Farmacêutica.
• Disponibilização dos medicamentos do Componente Básico da Assistência
Farmacêutica indicados nos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT),
para garantir as linhas de cuidado das doenças contempladas no Componente
Especializado da Assistência Farmacêutica.
• Disponibilização do Hórus para dar suporte à gestão da Assistência Farmacêutica na
Atenção Básica à Saúde.

Em síntese, observa-se como principais mudanças desta pactuação:


• Unificação dos recursos financeiros dos estados, dos municípios e do Distrito Federal
para aquisição dos medicamentos e dos insumos destinados aos insulinodependentes.
• Ampliação do elenco de medicamentos passíveis de aquisição com os recursos tripartites.
• Programação dos quantitativos dos medicamentos e dos insumos do Programa Saúde
da Mulher, que passam a ser estabelecidos conforme os parâmetros técnicos definidos
pelo Ministério da Saúde, a programação anual e as atualizações de demandas
encaminhadas ao Ministério da Saúde pelas Secretarias Estaduais de Saúde (SES), com
base de cálculo nas necessidades dos municípios.

24
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

• Possibilidade de aquisição com recursos tripartites de: plantas medicinais, drogas


vegetais e derivados vegetais para manipulação das preparações dos fitoterápicos
da Rename em Farmácias Vivas e farmácias de manipulação do SUS; matrizes
homeopáticas e tinturas-mãe conforme Farmacopeia Homeopática Brasileira, 3ª
edição, para as preparações homeopáticas em farmácias de manipulação do SUS; e
medicamentos sulfato ferroso e ácido fólico do Programa Nacional de Suplementação
de Ferro, a partir de agosto de 2013.
• Para evitar a redução no custeio, os municípios que tiveram a população reduzida nos
termos do Censo IBGE 2011, em relação à população IBGE de 2009, tiveram os recursos
federais, estaduais e municipais alocados de acordo com a estimativa do Censo IBGE 2009.
• Consideração, para o cálculo do valor per capita, dos acréscimos populacionais
resultantes de fluxos migratórios, conforme documentos oficiais do IBGE.
• Publicação da Portaria MS nº 1.555 em julho de 2013, mas com efeitos financeiros da
contrapartida federal retroativos a janeiro de 2013.

1.2 Transferência fundo a fundo para aquisição descentralizada dos


medicamentos
O repasse de recursos federais para a aquisição descentralizada dos medicamentos vem
sendo realizado desde 2007, por meio do Componente Básico da Assistência Farmacêutica,
instituído pela Portaria nº 204, de 29 de janeiro de 2007, como um dos componentes do Bloco
da Assistência Farmacêutica.

Apresenta-se, a seguir, a Tabela 1, contendo os valores transferidos pela União para


aquisição descentralizada de medicamentos e insumos, de acordo com o destino pactuado
nas Comissões Intergestores Bipartite1, no período de 2009 a 2015:

Tabela 1 – Recursos transferidos para aquisição descentralizada de medicamentos, de 2009 a


2015
Destino do
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015*
recurso
FES 155.745.540,55 175.660.347,87 207.955.936,87 189.223.284,99 194.700.984,62 195.348.884,36 65.160.873,13
FMS 598.252.142,58 701.165.247,70 850.066.318,02 784.305.457,11 805.077.400,33 805.109.079,42 268.302.380,16
Total 753.997.683,13 876.825.595,57 1.058.022.254,89 973.528.742,10 999.778.384,95 1.000.457.963,78 333.463.253,29
Fonte: Sala de Apoio à Gestão Estratégica (SAGE). Disponível em: <http://189.28.128.178/sage/>. Acesso em: 29 abr. 2015.
* Recurso repassado até abril de 2015.

1
Ação orçamentária: 20AE – Promoção da Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos na Atenção Básica em Saúde.

25
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Figura 3 – Recursos transferidos para aquisição descentralizada de medicamentos, de 2009 a


2014

Fonte: <http://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude/business-intelligence-bi/sala-de-apoio-a-gestao-estrategica-sage>.

1.3 Aquisição de medicamentos centralizada no Ministério da Saúde


Conforme descrito no tópico 1.1, o Ministério da Saúde financia, com recursos distintos,
a aquisição e a distribuição, às Secretarias de Saúde dos Estados (SES) e/ou Secretarias
Municipais de Saúde (SMS), das insulinas NPH e regular e dos contraceptivos do Programa
Saúde da Mulher.

Até 2011, os recursos utilizados para a aquisição centralizada desses medicamentos


oneravam duas ações orçamentárias, a 20AE (Promoção da Assistência Farmacêutica e Insumos
Estratégicos na Atenção Básica em Saúde) e a 4368 (Promoção da Assistência Farmacêutica e
Insumos para Programas de Saúde Estratégicos). Um avanço importante, ocorrido em 2012, foi
a unificação dos recursos em uma mesma ação orçamentária (20AE), fato que contribuiu para
a qualificação do monitoramento dos recursos relacionados à Assistência Farmacêutica Básica.

No período de 2009 a 2014, ocorreram revisões na regulamentação do Componente


Básico da Assistência Farmacêutica: o elenco de compras centralizadas permaneceu inalterado
referente aos contraceptivos e às insulinas; porém, o Ministério da Saúde iniciou, em 2012, a
aquisição e a distribuição do medicamento Misoprostol 25 e 200 mcg.

Destaca-se, no entanto, que um dos grandes desafios dessa gestão foi realizar
as aquisições de forma mais eficiente, a fim de evitar desabastecimentos e otimizar os
recursos aplicados.

26
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

Com vistas a garantir o suprimento com menores preços, em longo prazo, e trabalhando
na perspectiva do fortalecimento dos laboratórios públicos oficiais, no tocante ao Componente
Básico da Assistência Farmacêutica, foram formalizadas duas Parcerias de Desenvolvimento
Produtivo (PDPs) no período 2009-2015. As PDPs representam parte de uma estratégia que
utiliza o poder de compra do SUS para: i) fomentar o desenvolvimento da capacidade produtiva
da indústria nacional de fármacos (base química ou biotecnológica) ii) estimular a produção
local de produtos de custo elevado e/ou de grande impacto sanitário e social; iii) fortalecer os
laboratórios públicos e ampliar seu papel de regulação de mercado2.

A primeira parceria foi firmada em 2006, por meio de um Termo de Cooperação entre a
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a CJSC – Indar (Ucrânia), responsável pela transferência de
tecnologia de produção da insulina humana recombinante para Farmanguinhos. O acordo prevê
a produção nacional, por intermédio de Farmanguinhos, dos cristais de insulina e a fabricação
do produto acabado por um parceiro privado nacional. Em 2015, Farmanguinhos prepara-se
para o recebimento das cepas dos micro-organismos que produzem o insumo farmacêutico
ativo e conta com a transferência dos conhecimentos advindos do parceiro privado Indar, para
a produção do medicamento, a aquisição de equipamentos e as adequações fabris.

A segunda parceria de desenvolvimento produtivo teve seu início por meio do Termo de
Compromisso 03/2010 para o desenvolvimento de conhecimentos tecnológicos, na produção
de produto para saúde (dispositivo intrauterino – DIU TCu – 380A). O trabalho desenvolvido
entre o Laboratório Farmacêutico Público Fundação para o Remédio Popular “Chopin Tavares
de Lima” – FURP e o Laboratório Privado Injeflex Indústria e Comércio de Dispositivos e Produtos
Médicos LTDA. resultou na assinatura do contrato 150/2014, celebrado entre o Ministério da
Saúde e a FURP, e no fornecimento de 776.761 unidades de DIU TCu – 380A.

Além das aquisições previstas nas portarias que regulamentam o Componente Básico
da Assistência Farmacêutica, cabe também ao Ministério da Saúde a aquisição e o envio de
kits de medicamentos e insumos para as unidades da Federação acometidas por desastres
naturais, e ainda para o atendimento às pessoas privadas de liberdade no Sistema Prisional.
Segue, nos tópicos, um compilado dos investimentos realizados no período.

No tocante à Assistência Farmacêutica no Sistema Prisional, é relevante destacar um


avanço decisivo, conquistado no ano de 2014: a pactuação, na CIT de 31 de julho de 2014, da
Portaria nº 2.765, publicada no Diário Oficial da União em 15 de dezembro de 2014. Essa Portaria
contemplou a regulamentação das normas para financiamento e execução do Componente
2
Fonte: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/excepcionalidade_linhas_cuidado_ceaf.pdf>.

27
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Básico da Assistência Farmacêutica, no âmbito da Política Nacional de Atenção Integral à


Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional – o Pnaisp, descentralizando aos
estados e aos municípios os recursos da União para aquisição dos medicamentos e insumos.

1.3.1 Medicamentos e insumos para atender ao Programa Saúde da Mulher


O Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), lançado em 1984, veio
consolidar o compromisso do governo federal com as questões referentes aos direitos sexuais
e aos direitos reprodutivos. Partes desses direitos, como o do planejamento reprodutivo, foram
regulamentados posteriormente, mediante a Lei nº 9.263, de 12 de janeiro de 1996.

Em 2004, o Ministério da Saúde elaborou o documento da Política Nacional de Atenção


Integral à Saúde da Mulher – Princípios e Diretrizes (PNAISM). Esse documento refletiu o
compromisso com a implementação de ações em saúde da mulher, com o propósito de garantir
seus direitos e reduzir agravos por causas preveníveis e evitáveis, enfocando, especialmente,
a atenção obstétrica, o planejamento reprodutivo, a atenção ao abortamento inseguro e o
combate à violência doméstica e sexual.

A atenção em planejamento reprodutivo constitui uma das áreas de atuação


prioritárias para o Ministério da Saúde. Essa atenção abrange desde a oferta de informações
e acompanhamento, em um contexto de escolha livre e informada, passando também pela
oferta de métodos e técnicas para a contracepção, fazendo, assim, uma interface direta com a
Assistência Farmacêutica.

Em 2015, o Ministério da Saúde, por meio da CGAFB, adquire e distribui aos estados,
capitais estaduais e munícipios com população superior a 500 mil habitantes os seguintes
métodos contraceptivos:
• Acetato de medroxiprogesterona 150 mg/ml (injetável trimestral).
• Enantato de noretisterona 50 mg + valerato de estradiol 5 mg (injetável mensal).
• Etinilestradiol 0,03 mg + levonorgestrel 0,15 mg (pílula combinada).
• Levonorgestrel 0,75 mg (pílula de emergência).
• Noretisterona 0,35 mg (minipílula).
• Anéis medidores de diafragma, diafragma (65, 70, 75 e 80 mm).
• Dispositivo intrauterino.
Ressalta-se que todo processo para aquisição centralizada dos contraceptivos requer o
envolvimento de diferentes áreas do Ministério da Saúde e representa um expressivo volume

28
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

de compra de medicamentos e insumos, de modo a atender ao Programa Saúde da Mulher,


como pode ser observado na Tabela 2:

A programação para a aquisição dos métodos anticoncepcionais é realizada pela


Coordenação- Geral de Saúde da Mulher (CGSM/DAPES/SAS/MS), responsável pela elaboração
dos Termos de Referência e das planilhas de distribuição dos métodos contraceptivos
adquiridos pelo Ministério da Saúde.

Tabela 2 – Quantidade e recurso investido na aquisição dos métodos contraceptivos, de 2009


a 2015
Período* Quantidade** Investimento
2009-2015 129.990.435 R$ 237.616.806,95
Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.
*Período: 2009 a maio de 2015.
**Total de contraceptivos e insumos em blísteres/ampolas/comprimidos/unidades.

1.3.2 Insulinas NPH e regular


Conforme as normas vigentes, é responsabilidade do Ministério da Saúde adquirir e
distribuir, aos almoxarifados estaduais, as insulinas humana NPH (de ação intermediária) e
regular (de ação rápida), na apresentação de frascos de 10 ml, contendo 100 UI/ml. A insulina
humana NPH vem sendo adquirida e fornecida pelo Ministério da Saúde desde o ano 2000, e
a insulina regular desde meados de 2008.

Esses medicamentos são utilizados para o tratamento do diabetes mellitus, uma doença
metabólica crônica, caracterizada pela deficiência total (tipo 1) ou parcial (tipo 2) da produção
de insulina pelo pâncreas endócrino, ou ainda pela má utilização deste hormônio (tipo 2).
Estima-se que o Brasil possua cerca de 10 milhões de portadores dessa doença, dos quais
cerca de 2,4 milhões desconhecem possuí-la. (BRASIL, 2011a).

No que se refere à aquisição centralizada das insulinas NPH e regular, nos anos de 2009 a
2012, foram distribuídos 54.743.891 frascos, sendo investido o montante de R$ 222.139.616,08,
conforme a Tabela 3, a seguir.

29
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Tabela 3 – Quantidade e recurso investido na aquisição de insulinas, de 2009 a 2015


MEDICAMENTO ANO* QUANTIDADE** INVESTIMENTO
2009 10.469.000 R$ 57.370.120,00
2010 13.601.800 R$ 44.613.904,00
2011 14.989.397 R$ 44.668.403,06
INSULINA NPH 2012 9.756.520 R$ 44.684.861,60
2013 11.143.944 R$ 68.713.881,08
2014 16.399.386 R$ 189.260.834,02
2015 6.092.332 R$ 62.367.213,74
2009 996.850 R$ 8.164.201,50
2010 1.121.120 R$ 6.490.485,00
2011 1.903.180 R$ 7.418.051,00
INSULINA REGULAR 2012 1.906.024 R$ 8.729.589,92
2013 2.100.832 R$ 15.920.618,56
2014 3.497.050 R$ 39.481.694,50
2015 478.000 R$ 5.396.620,00
TOTAL 94.455.435 R$ 603.280.477,98
Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.
*Período: 2009 a maio de 2015.
**Total em frascos.

Destaca-se que o Ministério da Saúde vem realizando licitações, utilizando a forma de


registro de preço com cotação parcial mínima de 30%, estimulando, assim, a concorrência das
empresas na perspectiva de se obter o menor preço. É possível verificar variações de preços
de um ano para outro devido às oscilações do mercado externo, uma vez que a matéria-prima
é importada por não haver produção nacional. Segue tabela com os preços unitários das
insulinas distribuídas no período de 2009-2015.

Tabela 4 – Valor unitário das insulinas, de 2009 a 2015


Valor unitário
Medicamento
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
R$ 11,35 – R$ 11,57 - R$ 11,57 -
Insulina NPH R$ 5,48 R$ 3,28 R$ 2,98 R$ 4,58
R$ 11,57 R$ 11,60 R$ 11,60 - R$ 8,79
R$ 8,19 – R$ 3,80 -
R$ 4,58 -
Insulina regular R$ 8,19 R$ 3,80 – R$ 4,60 - R$ 4,58 R$ 11,29 R$ 11,29
R$ 11,35
R$ 3,77 R$ 3,77
Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.
*Período: 2009 a maio de 2015.

30
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

1.3.3 Medicamentos e insumos para atender à população privada de liberdade no


Sistema Prisional
A Portaria Interministerial nº 1.777, de 9 de setembro de 2003, instituiu a Política de Atenção
à Saúde no Sistema Penitenciário, na medida em que aprovou o Plano Nacional de Saúde no
Sistema Penitenciário, destinado a prover a atenção integral à saúde da população prisional.

De acordo com essa normativa, é de responsabilidade do Ministério da Saúde a garantia


do fornecimento regular de kit de medicamentos para atendimento das doenças mais
prevalentes e prioritárias no âmbito da Atenção Básica em Saúde.

No ano de 2006, foi publicada a Portaria nº 458, de 6 de março de 2006, que estabeleceu
o elenco e o quantitativo de medicamentos destinados às equipes de saúde do Sistema
Penitenciário, para o período de abril de 2006 a março de 2007.

No início de 2007, uma nova Portaria (MS/GM n° 713, de 4 de abril de 2007) foi publicada
com novo elenco. Nesse mesmo ano, iniciou-se nova discussão para mudança no elenco dos
kits do Sistema Penitenciário, que culminou com a publicação da Portaria nº 2.831, de 1º de
novembro de 2007.

Ao longo de 2009, os estados demandaram mais adequações no elenco, em virtude da


necessidade de consonância com a Rename e com as necessidades do programa.

Já em outubro de 2010, foi publicada a Portaria nº 3.270, que estabeleceu o novo elenco
de medicamentos para atendimento das pessoas privadas de liberdade, sendo então revogada
a Portaria nº 2.831/2007.

Durante esse período, os kits foram entregues diretamente às Unidades Prisionais ou,
ainda, às Secretarias Estaduais de Saúde para posterior distribuição ao Sistema Prisional,
conforme solicitação da Área Técnica do Sistema Prisional/DAPES/SAS/MS, responsável pela
programação dos kits. A tabela a seguir mostra a distribuição dos kits, no período de 2009 a 2015.

Tabela 5 – Quantidade e recurso investido na aquisição de kits para o Sistema Prisional, de


2009 a 2015
ANO QUANTIDADE* INVESTIMENTO
2009-2010 2.170 R$ 7.529.010,60
Kits de medicamentos e
2011-2012 2.988 R$ 7.949.743,47
insumos
2013-2014-2015 3.014 R$ 9.778.045,87
TOTAL 8.172 R$ 25.256.799,94
Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.
*Quantidade em número de kits.

31
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Observa-se que os kits adquiridos em 2013 tiveram sua distribuição parcial em 2014, e
serão entregues na totalidade até junho de 2015.

A partir da publicação da Portaria nº 2.765, de 12 de dezembro de 2014, a execução


das ações e dos serviços de saúde referentes ao CBAF, no âmbito da Pnaisp, passa a ser
responsabilidade das Secretarias de Saúde dos estados ou, ainda, dos municípios, quando
pactuado na CIB.

O financiamento segue de responsabilidade da União, cabendo ao Ministério da Saúde


efetuar a transferência dos recursos financeiros do Fundo Nacional de Saúde para o Fundo de
Saúde do Distrito Federal, estados e/ou municípios.

O recurso será repassado anualmente e corrigido no início de cada exercício financeiro,


considerando-se a base populacional de pessoas privadas de liberdade no Sistema Prisional
informada por Sistemas Oficiais da Justiça Criminal, em âmbito nacional. Referente ao ano de
2014, foi repassado o montante de R$ 9.792.597,60.

1.3.4 Medicamentos e insumos para atendimento às unidades da Federação


atingidas por desastres de origem natural
A Portaria nº 372, de 10 de março de 2005, constitui a Comissão referente ao
atendimento emergencial aos estados e aos municípios acometidos por desastres naturais
e/ou antropogênicos. Essa Comissão apresenta, também, como finalidade, a execução das
atividades de planejamento, gerenciamento, acompanhamento, monitoramento e avaliação
das ações de saúde, de acordo com os princípios e as diretrizes do SUS, tendo como principais
linhas de ações a Vigilância Epidemiológica e Ambiental e a Assistência Farmacêutica, entre
outras.

O fornecimento de kits para atender às unidades da Federação atingidas por desastres


de origem natural foi estabelecido no ano de 2005, com a publicação da Portaria nº 405, de 16
de março de 2005; porém, no mesmo ano, essa Portaria foi revogada pela Portaria nº 2.132, em
4 de novembro de 2005, em virtude de adequações no texto, mudanças no elenco e alterações
nos quantitativos para composição dos kits.

No ano de 2009, a portaria supracitada foi revogada pela Portaria nº 74, de 20 de janeiro
de 2009, na qual foram estabelecidos os procedimentos para aquisição e distribuição dos
kits de medicamentos e insumos estratégicos para a Assistência Farmacêutica aos atingidos
por desastres de origem natural e para ajuda humanitária internacional, ficando tal Portaria
vigente até 2012.

32
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

Nesse ano, uma nova norma, a Portaria n° 2365, de 18 de outubro de 2012, definiu
a composição do kit de medicamentos e insumos estratégicos a serem adquiridos e
encaminhados, pelo Ministério da Saúde, às unidades da Federação atingidas por desastres
de origem naturais, associados a chuvas, ventos e granizo, e foram definidos também os
respectivos fluxos de solicitação e envio. Tal kit foi composto por 30 medicamentos e 18
insumos estratégicos

A tabela a seguir demonstra a aquisição dos kits no período de 2009 a 2015.

Tabela 6 – Quantidade e recurso investido na aquisição de kits para atender calamidades


públicas, de 2009 a 2015
ANO QUANTIDADE* INVESTIMENTO
2009-2010 500 R$ 1.575.690,00
Kits de medicamentos e
2011-2012 650 R$ 2.843.977,50
insumos
2013-2014-2015 600 R$ 1.835.669,40
TOTAL 1.750 R$ 6.255.336,90
Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.
*Quantidade em kits.

Os critérios de programação para a aquisição dos kits de medicamentos e insumos


estratégicos são motivados pelas informações da Coordenação-Geral de Vigilância Ambiental
em Saúde (CGVAM/DSAST/SVS), a qual se baseia na estimativa dos atendimentos às
calamidades ocorridas no ano anterior.

Além do exposto, destaca-se que, nos anos de 2011 e 2013, foram adquiridos por meio da
CGAFB, em conjunto com a Coordenação-Geral de Vigilância Ambiental (DSAST/SVS/MS), 200
mil comprimidos do medicamento iodeto de potássio – KI, na apresentação de 130 mg, para
atendimento à população do Município de Angra dos Reis/RJ, em casos de alerta, urgência,
emergência e emergência geral da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA).

33
MINISTÉRIO DA SAÚDE

34
2 PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
PRIORITÁRIAS: 2009 A 2015
Apresenta-se, neste capítulo, a regulamentação, os recursos investidos e os resultados
dos programas, dos projetos e das ações estratégicas desenvolvidas na CGAFB, no período de
2009 a 2015.

Destaca-se que no período de 2009 e 2010, dois últimos anos do governo Lula, foram
mantidas e priorizadas as iniciativas já em andamento na Gestão do Componente Básico da
Assistência Farmacêutica.

Já em 2011 e 2012, os dois primeiros anos do governo Dilma foram de consolidação


das iniciativas pactuadas na gestão anterior enquanto Políticas de Estado e de proposição de
estratégias inovadoras no âmbito da estruturação e qualificação da Assistência Farmacêutica
na Atenção Básica.

E, de 2013 a 2015, destacam-se a consolidação das novas estratégias, com ênfase


para o Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica no âmbito do
SUS, a reorganização do modelo de gestão da CGAFB e a intensificação dos processos de
planejamento, monitoramento e avaliação.

As iniciativas a serem apresentadas foram elencadas, considerando a magnitude e a


relevância para a implementação da Política Nacional de Assistência Farmacêutica na Atenção
Básica, quais sejam:

1.1 Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos


1.2 Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica – Hórus e a Base Nacional
de Dados de ações e serviços da Assistência Farmacêutica
1.3 Formação e qualificação de recursos humanos para a Assistência Farmacêutica
Básica no SUS
1.4 Atendimento às demandas dos órgãos de controle
1.5 Diretrizes para estruturação das farmácias no âmbito do SUS
1.6 Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de
Medicamentos no Brasil – Pnaum
1.7 Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica no âmbito do SUS
– Qualifar-SUS

35
MINISTÉRIO DA SAÚDE

1.8 Proposta de diretrizes da Assistência Farmacêutica nas Redes de Atenção à Saúde


1.9 Intervenção Sistêmica da Assistência Farmacêutica nas Redes de Atenção à Saúde
das regiões selecionadas no projeto QualiSUS-Rede
1.10 Ações para implementação do Decreto nº 7.508/2011, no âmbito da Assistência
Farmacêutica Básica

2.1 Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos


A Política e o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), publicados
em 2006 e 2008, respectivamente, têm como objetivo geral garantir à população brasileira
o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo o uso
sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria nacional.
Nesse contexto de intersetorialidade, a atuação em eixos estratégicos tornou-se fundamental.

Em 2007, foram introduzidos dois fitoterápicos no elenco do Componente Básico da


Assistência Farmacêutica e, em 2009, por meio da Portaria MS/GM nº 2.982, houve ampliação
para oito fitoterápicos. A Portaria MS/GM nº 4.217, publicada em 2010, manteve o mesmo
número e, a partir de 2012, com a atualização da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
(Rename), foram disponibilizados 12 fitoterápicos para aquisição tripartite, quais sejam: Aloe
vera (babosa), Cynara scolymus (alcachofra), Glycine max (soja – isoflavona), Harpagophythum
procumbens (garra-do-diabo), Maytenus ilicifolia (espinheira-santa), Mentha x piperita
(hortelã), Mikania glomerata (guaco), Plantago ovata (plantago), Rhamnus purshiana (cáscara-
-sagrada), Salix alba (salgueiro), Schinus terebinthifolius (aroeira-da-praia) e Uncaria tomentosa
(unha-de-gato).

Em fevereiro de 2009, foi divulgada a Relação Nacional de Plantas Medicinais de


Interesse ao SUS (ReniSUS), indicando as 71 espécies medicinais prioritárias para pesquisa,
tendo em vista as necessidades do SUS. A partir dessa ação, foram contratados pesquisadores
para elaboração de monografias específicas visando sistematizar as informações científicas
disponíveis na literatura, para subsidiar a elaboração de mementos e formulários terapêuticos
e identificar lacunas do conhecimento, para posterior criação de uma agenda de pesquisa.
Ressalta-se que a elaboração de monografias subsidia também a tomada de decisão da
Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) em relação à
incorporação de Fitoterápicos no Rename. Até 2012, 13 monografias haviam sido concluídas.

O Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos foi criado por meio da Portaria
Interministerial nº 2.960, de 9 de dezembro de 2008, e instituído em 2009. O Comitê, que até o
final de 2012 realizou 12 reuniões, tem a atribuição de monitorar e avaliar o Programa Nacional

36
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, apresenta caráter consultivo e deliberativo e é composto


por representantes do governo e da sociedade civil.

Ainda em 2009, foi realizado o Seminário “Complexo Industrial da Saúde e Fitoterápicos”,


para promover a integração entre os setores produtivos, serviço e academia e o Ministério da
Saúde e identificar as potencialidades para produção de fitoterápicos.

A instituição da Farmácia Viva no âmbito do SUS ocorreu em 2010, com a publicação da


Portaria MS/GM nº 886, em 22 de abril. Tal regulamentação possibilitou a edição, pela Anvisa,
de normativa sanitária específica e maior segurança e apoio aos gestores na estruturação de
Farmácias Vivas.

Neste mesmo ano, por meio de parceria entre o DAF/SCTIE/MS e a Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz), foi realizada, no Rio de Janeiro, a Oficina “Estruturação de Projetos para a
Implantação do PNPMF: Assistência Farmacêutica no SUS”, possibilitando o apoio técnico
a 24 municípios e a quatro estados. Posteriormente, 12 municípios e dois estados deram
continuidade ao projeto, permitindo, assim, a aquisição de bens de consumo e de capital.

Além disso, constituiu-se a Comissão Técnica e Multidisciplinar de Elaboração e


Atualização da Relação Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (Comafito), conforme
Portaria MS/GM nº 1.102, de 12 de maio de 2010. Tal Comissão atuou até 2011, quando foi
extinta em virtude da publicação da Lei nº 12.401/2011, a qual estabelece que a incorporação,
a exclusão ou a alteração pelo SUS de novos medicamentos, produtos e procedimentos são
atribuições do Ministério da Saúde, assessorado pela Conitec.

No intuito de fomentar o estabelecimento de uma rede de tecnologias sociais no âmbito


da cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos, foi realizada, em dezembro de 2010, no
Município de Belém (PA), em parceria com a Fiocruz, a Oficina sobre Redes de Tecnologias Sociais.

Em novembro de 2011, atendendo à demanda dos representantes dos Biomas no


Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, foi realizada a Oficina “Uso Tradicional
de Plantas Medicinais e Fitoterápicos”.

A inclusão de ação específica no PPA 2012-2015 – ação 20K5, de apoio ao uso de plantas
medicinais e fitoterápicos no SUS – consolidou e amplificou a atuação do MS no âmbito do
PNPMF, garantindo, em 2012, R$ 11,6 milhões para o Programa. A principal estratégia implantada
para investimento do recurso foi o apoio ao desenvolvimento da cadeia produtiva de plantas
medicinais e fitoterápicos, iniciando-se com a publicação do Edital SCTIE/MS nº 1/2012 para
seleção de projetos de Arranjo Produtivo Local de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no
âmbito do SUS. Em decorrência disso, foi publicada a Portaria nº 13, de 19 de junho de 2012,

37
MINISTÉRIO DA SAÚDE

habilitando os municípios selecionados a receberem recursos no montante de R$ 6.639.620,09,


na modalidade Fundo a Fundo, para estruturação, consolidação e fortalecimento de Arranjos
Produtivos Locais (APLs) no âmbito do SUS. Tendo em vista articulações anteriores, a Portaria
nº 15, de 28 de junho de 2012, e sua retificação publicada em 5 de julho de 2012, habilitou
os estados de Alagoas e do Rio Grande do Sul a receberem, Fundo a Fundo, um total de R$
3.489.608,00 com a mesma finalidade.

A realização de seminários regionais, em 2012, permitiu o alinhamento de conceitos,


esclarecimento de dúvidas e aproximação com os coordenadores dos projetos apoiados.

No que se refere à qualificação dos recursos humanos, destacam-se:


• Inclusão de conteúdo sobre Fitoterapia e Homeopatia em capacitação no formato
presencial, nos cursos de Pós-Graduação (lato sensu) em Gestão da Assistência
Farmacêutica, voltados para o SUS, realizados entre 2008 e 2009, em 13 Instituições
de Ensino Superior/Escolas de Saúde Pública (IES/ESP) do País, contemplados com
financiamento do Ministério da Saúde, por meio DAF/SCTIE/MS.
• Inclusão de conteúdo relacionado a Políticas Públicas em Fitoterapia e Homeopatia em
capacitação, pelo formato EAD, nos cursos de Pós-graduação (lato sensu) em Gestão
da Assistência Farmacêutica, voltados para o SUS, entre 2010 e 2013, financiados pelo
Ministério da Saúde, por meio do DAF/SCTIE/MS.
• Realização, no ano de 2012, do Curso Fitoterapia para Médicos do SUS na modalidade
de Ensino a Distância (EAD), que contou com a participação de 300 médicos de todo
o Brasil.

Em 2013, foi publicado o Edital SCTIE/MS nº 1, de 24 de maio de 2013, por meio do


qual foram selecionadas e apoiadas nove Secretarias de Saúde para desenvolvimento de
Arranjo Produtivo Local de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, totalizando investimento de R$
6.159.565,90 na modalidade Fundo a Fundo (Portaria MS/GM nº 2.461, de 22 de outubro de
2013). Ainda tendo em vista a demanda de gestores, o banco de projetos da CGAFB/ DAF/
SCTIE e o saldo de recursos após finalização do Edital, foi publicada a Portaria nº 2.846, de 26
de novembro de 2013, aprovando o repasse na modalidade Fundo a Fundo para 24 Secretarias
de Saúde desenvolverem projetos de Assistência Farmacêutica em Plantas Medicinais
e Fitoterápicos.

Por meio do projeto de Estudos orientados de revisão, análise e sistematização das


informações científicas para as espécies constantes na ReniSUS – Termo de Cooperação
MS/Unifap nº 93/2012 –, foi dada continuidade à elaboração de monografias de espécies

38
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

medicinais. Durante o ano de 2013, seis grupos de pesquisa brasileiros iniciaram os Estudos
para 18 plantas medicinais, com previsão de conclusão em 2015.

Em 2014, ocorreu o II Seminário Nacional de Plantas Medicinais, Fitoterápicos e Assistência


Farmacêutica, o qual visou apresentar e debater com os coordenadores dos projetos apoiados
pelo MS e representantes do Conass, Conasems, CNS, da Organização Pan-Americana da Saúde
(Opas), SAS, SGEP, Anvisa, Fiocruz, Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e
SCTIE, a Política e o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.

Em relação aos Estudos Orientados, 26 monografias foram finalizadas até 2014, sendo
nove colocadas em Consulta Pública, concluída em 24 de março de 2015; 23 pesquisadores
foram contratados para a elaboração de outras 23 monografias de espécies medicinais da
ReniSUS, além da elaboração em andamento de sete monografias por meio do projeto TC-
Unifap nº 93/2012. Ao todo, 56 monografias para 53 espécies foram elaboradas ou estão
em elaboração.

O Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos reuniu-se cinco vezes ao longo


de 2013 e 2014, sendo uma reunião extraordinária. Todas as pautas e atas encontram-se no
sítio eletrônico do PNPMF: <www.saude.gov.br/fitoterapicos>.

Nesse ano, também foi publicado o Edital SCTIE/MS nº 1, de 30 de maio de 2014, por meio
do qual foram selecionadas 17 Secretarias de Saúde Municipais e duas Estaduais, totalizando
um investimento de R$ 7.176.801,69, para repasse Fundo a Fundo (Portaria MS/GM nº 2.323,
de 23 de outubro de 2014). Os projetos são destinados ao apoio à Assistência Farmacêutica
em Plantas Medicinais e Fitoterápicos (AF em PMF); à estruturação de Arranjos Produtivos
Locais (APL) em Plantas Medicinais e Fitoterápicos e aos desenvolvimento e registro sanitário
de fitoterápicos da Rename por laboratórios públicos.

Todos os projetos são monitorados por meio do sistema e-Car – Controle,


Acompanhamento e Avaliação de Resultados, visitas técnicas e evento de avaliação. O
sistema e-Car é preenchido a cada três meses pelos coordenadores dos projetos e atualizadas
informações sobre o desenvolvimento das metas e etapas estabelecidas. Em seguida, a
equipe de Fitoterapia da CGAFB/DAF/SCTIE insere pareceres sobre as metas, possibilitando
o monitoramento e o feedback aos municípios e estados. As visitas técnicas permitem que
os técnicos da CGAFB conheçam os ambientes em que os projetos são desenvolvidos e
estabeleçam maior articulação com os parceiros, atores envolvidos e gestores locais. Por meio
do evento de avaliação, os coordenadores têm a oportunidade de apresentar os projetos, os
resultados obtidos até o momento, esclarecer dúvidas e trocar experiências.

39
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Os projetos de AF em PMF e de APL selecionados em 2014 também serão monitorados


por meio da transmissão de informação ao MS sobre entradas, saídas e dispensações de
plantas medicinais e fitoterápicos.

Ao todo, desde 2012, foram apoiados 66 projetos pela SCTIE/MS na área de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos, totalizando um investimento superior a 26 milhões de reais,
conforme pode ser observado nas tabelas a seguir:

Tabela 7 – Projetos apoiados pela SCTIE no ano de 2012


2012
Modalidade apoiada UF Secretaria de Saúde Valor repassado (R$)
AL Alagoas 1.304.421,00
MG Betim 658.882,7
SP Botucatu 352.320,00
PE Brejo da Madre de Deus 677.173,60
GO Diorama 812.566,00
PR Foz do Iguaçu 939.557,32
SP Itapeva 353.710,00
MG João Monlevade 234.010,00
PR Pato Bragado 521.741,04
RJ Petrópolis 299.195,00
APL RJ Rio de Janeiro 1.059.000,00
PA Santarém 127.679,00
PR Toledo 603.785,43
RS Rio Grande do Sul 2.185.187,00
Total 10.129.228,09
Fonte: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sctie/2012/prt0013_19_06_2012.html><http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
saudelegis/sctie/2012/prt0015_28_06_2012.html>.

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RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

Tabela 8 – Projetos apoiados pela SCTIE no ano de 2013


2013
Modalidade apoiada UF Secretaria de Saúde Valor repassado (R$)
CE Ceará 980.654,40
DF Distrito Federal 226.398,73
MS Iguatemi 475.916,75
MG Ipatinga 504.370,99
PB João Pessoa 605.536,37
RJ Niterói 928.765,31
APL MT Poconé 977.208,84
RS São Lourenço do Sul 791.875,00
MG Uberlândia 668.839,51
AC Acre 55.000,00
ES Espírito Santo 305.000,00
GO Goiás 305.000,00
PI Bom Jesus 75.000,00
MG Catas Altas 155.000,00
AL Coruripe 20.000,00
SC Florianópolis 35.000,00
RN Frutuoso Gomes 15.000,00
PE Goiana 330.000,00
SP Itaberá 15.000,00
PR Lapa 80.000,00
SC Luzerna 155.000,00
RS Maquiné 50.000,00
PA Oriximiná 170.000,00
SC Piratuba 35.000,00
PI Piripiri 20.000,00
MG Poté 105.000,00
AF em PMF
SP Registro 20.000,00
AC Rio Branco 330.000,00
MG Ritápolis 315.000,00
SP São Caetano do Sul 35.000,00
PB São Sebastião do Umbuzeiro 105.000,00
PR Terra Rica 15.000,00
PR Vera Cruz do Oeste 105.000,00
Total 9.009.565,90
Fonte: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2461_22_10_2013.html>
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2013/prt2846_26_11_2013.html>.

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MINISTÉRIO DA SAÚDE

Tabela 9 – Projetos apoiados pela SCTIE no ano de 2014


2014
Modalidade apoiada UF Secretaria de Saúde Valor repassado (R$)
AL Arapiraca 294.000,00
CE Horizonte 300.000,00
MG Contagem 100.000,00
MG Montes Claros 211.632,00
MG São Gotardo 90.295,28
MG São Lourenço 165.000,00
MS Mundo Novo 81.500,00
PA Altamira 234.364,50
AF em PMF PR Pato Bragado 100.000,00
SC Laurentino 72.500,00
SP Campinas 249.646,58
SP Sorocaba 271.682,00
MT Nobres 750.784,87
PA Santarém 939.531,49
PE Recife 430.549,32
APL RJ Volta Redonda 460.779,40
SC Brusque 498.025,25
AL Alagoas (Lifal) 933.000,00
Desenv. Registro
MG Minas Gerais (Funed) 993.511,00
Total 7.176.801,69
Fonte: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt2323_23_10_2014.html>.

Estão em tramitação também dois convênios (762716/2011 e 764333/2011) entre o


Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação Tecnológica
do Pará (Sectet) para apoio à estruturação de Farmácia Viva no Estado. Ambos os convênios
estão em cláusula suspensiva e não tiveram recursos repassados em virtude de adequações e
análises necessárias dos Termos de Referência e Projeto Básico.

Ainda com referência ao uso de plantas medicinais e fitoterápicos no SUS, estão em


curso ou programadas atividades que visam fortalecer seu acesso e uso racional, tais como:
• Processo de atualização da Rename iniciado em agosto de 2014, o qual avalia a
incorporação de quatro novos medicamentos fitoterápicos no elenco.
• Monografias sobre 53 plantas medicinais da ReniSUS com previsão de estarem
concluídas até o final de 2015.
• Realização, em 2015, de capacitação em Fitoterapia para 600 médicos do SUS.
• Elaboração de conteúdo para curso EAD em Fitoterapia para farmacêuticos do SUS.

42
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

Ainda, para 2015, tem-se a perspectiva de publicar novo Edital para seleção de projetos
nas modalidades de: apoio à Assistência Farmacêutica em Plantas Medicinais e Fitoterápicos;
estruturação de Arranjos Produtivos Locais (APL) em Plantas Medicinais e Fitoterápicos e
desenvolvimento e registro sanitário de fitoterápicos da Rename.

Além disso, destaca-se que, nesse período, a equipe da CGAFB participou de 131 eventos
nacionais, incluindo a Rio+20, e dois internacionais, para divulgação da Política e do Programa
Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e de suas ações no âmbito do Ministério da
Saúde.

O Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos possui endereço eletrônico


específico <www.saude.gov.br/fitoterapicos>, no qual podem ser acessadas informações
gerais e sobre os projetos em curso, normativas relacionadas e notícias sobre o PNPMF.

2.2 Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica – Hórus


e a Base Nacional de Dados de Ações e Serviços da Assistência
Farmacêutica
No ano de 2009, encontrava-se em andamento o desenvolvimento do Hórus, por meio
de uma parceria do DAF/SCTIE/MS com a Secretaria Municipal de Recife, Empresa Pública
de Informática de Recife (Emprel), Departamento de Informática do SUS (DATASUS) e com a
participação expressiva do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).

A continuidade no desenvolvimento do Hórus e a sua implementação nacional foi uma


das prioridades assumidas pela gestão. A premissa de que a disponibilidade de informação
apoiada em dados válidos e confiáveis é condição necessária para uma análise situacional
objetiva e para a tomada de decisões, assim como o histórico dos sistemas de informação
no âmbito da Assistência Farmacêutica e o cenário vivenciado na época, descritos a seguir,
motivaram esta decisão:
• Fragmentação no desenvolvimento dos sistemas de informações que vinham sendo
construídos para atender às necessidades específicas dos gestores federal, estadual e
municipal.
• Utilização no âmbito federal de diversos sistemas para atender à necessidade de
controlar/monitorar os medicamentos, entre eles, o Medcom, o Sistema Informatizado
para Acompanhamento da Execução do Incentivo à Assistência Farmacêutica Básica
(Sifab), os quais gradualmente deixaram de ser alimentados pelos gestores.

43
MINISTÉRIO DA SAÚDE

• A necessidade de um sistema informatizado de gestão de abrangência nacional,


evidenciada durante o desenvolvimento dos seminários de planejamento da
Assistência Farmacêutica, por meio da iniciativa do Planejar é Preciso no ano de 2006,
que contou com a participação de 2.608 municípios.
Diante disso, foram intensificadas as ações para o desenvolvimento de um software que
atendesse às necessidades dos municípios e dos estados para a gestão dos três Componentes
da Assistência Farmacêutica, com o desafio de integrar os diferentes sistemas de controle e
gestão de medicamentos no âmbito do Ministério da Saúde e a perspectiva de interoperar
com os sistemas estaduais e municipais, visando à construção de um Sistema Nacional de
Informações da Assistência Farmacêutica.

A partir desta priorização, foi possível finalizar o ano de 2009 com importantes avanços
neste âmbito:
• Realização das adequações necessárias no sistema de informações utilizado em
Recife (Sistema de Controle de Dispensação e Custeio da Assistência Farmacêutica –
SCDCAF), a fim de atender à necessidade nacional.
• Transferência de tecnologia para o desenvolvimento do sistema da Emprel para o
DATASUS.
• Lançamento nacional do Hórus.
• Elaboração e disponibilização do sítio eletrônico do Hórus no portal da saúde.
• Definição do fluxo, das responsabilidades dos entes e do modelo de adesão para
implantação do sistema (composto de quatro fases: Preenchimento do Cadastro de
Adesão; Assinatura do Termo de Adesão; Capacitação para utilização do sistema; e
Disponibilização da senha de acesso).
• Disponibilização da primeira fase de adesão ao Hórus (Cadastro de Adesão) para
os municípios.
• Em 2010, destaca-se:
• Realização de piloto da implantação do Hórus, com a participação de 16 municípios
indicados pelo Conasems:

Maringá/PR Moju/PA
Diadema/SP Borba/AM
Fortaleza/CE Vitoria da Conquista/BA
Nova Andradina/MS Juína/MT
Cristal/RS São Lourenço/MG
Areal/RJ Belo Horizonte/MG
Aurora/SC Pelotas/RS
Cerejeiras/RO Jundiaí/SP

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RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

• Disponibilização da segunda fase de adesão ao Hórus (Termo de Adesão).


• Disponibilização da terceira fase de adesão ao Hórus (Capacitação): realização de
encontros nos estados para capacitação dos municípios.
• Oficialização do Hórus na Portaria nº 4.217/2010, como sistema de informação para
dar suporte à qualificação da gestão da Assistência Farmacêutica nos municípios.
• Proposição de desenvolvimento do projeto de serviço de WebService, para transmissão
dos dados de municípios e estados que possuem soluções informatizadas próprias
para a gestão da Assistência Farmacêutica.
• Proposição de desenvolvimento do projeto de Business Intelligence (BI), para a criação
de um método que recupere dados de diversos sistemas de informação, transformando
os dados armazenados em informação qualitativa e possibilitando aos gestores a
tomada de decisões de forma inteligente, confiável e ágil.
• Início do apoio institucional descentralizado para implantação do sistema no Estado
de Alagoas.

O ano de 2011, no que se refere ao Sistema Hórus, foi marcado pela expansão do projeto:
• Criação do curso de capacitação do Hórus na modalidade a distância (EAD), em parceria
com o UniverSUS/DATASUS, o que possibilitou aumentar a capilaridade ao curso e a
agilidade na realização da terceira fase de adesão pelos municípios com interesse na
implantação do sistema, assim como a redução nos custos de deslocamento para a
realização dos encontros, até então realizados apenas de forma presencial nos estados.
• Disponibilização das fases de adesão para os estados.
• Realização de implantação piloto na SES de Alagoas.
• Disponibilização de links de internet, por meio de parceria com o DATASUS, para 200
municípios com menos de 20 mil habitantes e 19 estados.
• Elaboração do Projeto WebService e do Projeto de Business Intelligence (BI), em parceria
com o DATASUS.
• Criação de Grupo Técnico para pactuação da Base Nacional de ações e serviços da Assistência
Farmacêutica, com representação do Conasems, Conass e o Ministério de Saúde.

Já no ano de 2012, os primeiros resultados da implantação nacional do sistema começam


a aparecer, o que potencializa ainda mais a ampliação nas estratégias e nos recursos investidos:
• Ampliação da equipe de apoio institucional descentralizado nos estados e inserção na
Estratégia de Apoio Integrado do Ministério da Saúde.
• Ampliação na disponibilização dos links de internet para mais 15 municípios com
menos de 20 mil habitantes, totalizando 234 municípios e 19 estados.
• Início do desenvolvimento do WebService e do BI.

45
MINISTÉRIO DA SAÚDE

• Apresentação dos primeiros relatos de experiências exitosas na implantação do Hórus


pelos municípios.

Além disso, é importante destacar que foi em 2012 que três novas iniciativas, as quais são
de grande impacto para a estruturação da Assistência Farmacêutica no País, foram concebidas
e implantadas: o Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica no Âmbito
do SUS, a Intervenção Sistêmica da Assistência Farmacêutica nas Redes de Atenção à Saúde
das regiões selecionadas no projeto QualiSUS-Rede e a criação da Base Nacional de Dados e
Ações e serviços da Assistência Farmacêutica.

Essas iniciativas, em função de sua magnitude e complexidade, são detalhadas nos


tópicos a seguir. No entanto, é importante destacar aqui que foi o desenvolvimento e a
implantação do Hórus e a consolidação do sistema enquanto ferramenta de apoio à gestão
que possibilitaram a proposição e a aprovação de tais iniciativas.

Nos anos subsequentes, o Hórus foi aprimorado de forma a cada vez mais atender às
necessidades dos municípios e dos estados.

Até o final de abril de 2015, 3.156 municípios aderiram ao projeto, dos quais 1.760
receberam o acesso ao ambiente de produção para gestão dos medicamentos do Componente
Básico da Assistência Farmacêutica.

Figura 4 – Situação das fases de adesão do Hórus

Cadastro Termos Capacitação Senha


TOTAL BRASIL
3.156 3.033 2.688 1.760
Fonte: CGAFB – 29/4/2015.

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RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

No período de agosto de 2011 a dezembro de 2014, aproximadamente 7 mil profissionais


foram capacitados na modalidade a distância. Na figura a seguir observa-se o número de
profissionais capacitados, por ano, nesse período. No ano de 2015, de janeiro a maio, foram
1.279 profissionais capacitados.

Figura 5 – Número de profissionais capacitados para utilização do Hórus, por ano, de 2011
a 2014

Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.

Neste período, o apoio institucional a estados e municípios para a implantação do


Sistema Hórus foi ampliado e, no ano de 2015, considerando a transversalidade da Assistência
Farmacêutica, o projeto de apoio foi rediscutido com vistas a garantir uma proposta dinâmica
para alcançar os objetivos propostos dos projetos da CGAFB. Atualmente, a equipe conta com
conjunto de nove apoiadores de território, que realizam ações em loco a estados e municípios,
seis apoiadores de referência, que desempenham ações centralizadas a estados e municípios
e um supervisor para condução da equipe.

Até o início do mês de dezembro de 2014, 1.357 municípios utilizavam o Hórus. A seguir
veja gráfico do número de municípios utilizando o Hórus por ano.

47
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Figura 6 – Número de municípios utilizando Hórus, por ano, de 2012 a 2014

Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.

À medida que ocorre um aumento da utilização do Hórus, pode-se perceber também


um aumento constante no uso das funcionalidades do sistema. Por exemplo:

a. Entradas: nota-se um aumento de mais de 30 vezes entre os anos de 2010 e 2014.


Somente no ano de 2014, ocorreram 185.327 entradas.

Figura 7 – Número de entradas registradas no Hórus, por ano, de 2010 a 2014

Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.

b. Dispensações: nota-se um aumento de aproximadamente 200% no número de


dispensações realizadas entre os anos de 2012 e 2014. Somente no ano de 2014,
foram realizadas aproximadamente 4,5 milhões de dispensações atendendo mais
de 1,5 milhão de usuários do SUS.

48
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

Figura 8 – Número de dispensações e usuários atendidos registrados no Hórus, por ano, de


2012 a 2014

Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.

Tendo em vista esse aumento circunstancial, tanto no número de municípios que utilizam
o sistema quanto no uso das funcionalidades dele, o Ministério da Saúde vem investindo em
estrutura de suporte, visando a um melhor atendimento aos municípios, aos estados e às
instituições, tais como hospitais, sistema prisional, sistema de saúde indígena.

Em 2013, por meio da Portaria n° 271, de 27 de fevereiro de 2013, foi instituída a Base
Nacional de Dados de Ações e Serviços da Assistência Farmacêutica e regulamentado o
conjunto de dados a ser enviado por municípios que possuem sistemas próprios para gestão
da Assistência Farmacêutica, referente ao Componente Básico da Assistência Farmacêutica no
âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de um serviço web (WebService).

Com essa regulamentação, em 2014, a Base Nacional recebeu dados de 2.126 municípios
que utilizaram o Hórus ou o WebService.

Visando à consolidação dos dados do Hórus e WebService, foi desenvolvido um Sistema


de Suporte à Decisão do DAF (SSDDAF), que disponibiliza acesso a relatórios e gráficos
desenvolvidos a partir destes bancos, permitindo análises preditivas que auxiliem o DAF na
avaliação do perfil de consumo de medicamentos no País. Esta ferramenta já está disponível
para os estados e a perspectiva é disponibilizar, ainda em 2015, para os municípios.

49
MINISTÉRIO DA SAÚDE

2.3 Formação e Qualificação de recursos humanos para a Assistência


Farmacêutica Básica no SUS
A CGAFB tem a responsabilidade de prestar apoio técnico aos estados e aos municípios
no desenvolvimento de atividades e projetos que permitam a organização dos serviços
farmacêuticos na Atenção Básica, a fim de aumentar a eficiência das aquisições descentralizadas
e demais atividades para a disponibilização dos medicamentos, assim como qualificar o
cuidado dos usuários do SUS.

Em maio de 2009, encontravam-se em andamento duas iniciativas consideradas


importantes para o fornecimento de subsídios para a tomada de decisões baseadas em
conhecimentos sólidos e atualizados:
• Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde (Pró-Saúde).
• Farmacêuticos na APS: construindo uma relação integral.
• Farmacêuticos na APS/ABS: trabalhando em rede.
• Capacitação para implantação e utilização do Hórus – Sistema Nacional de Gestão da
Assistência Farmacêutica
• Qualificação de Profissionais da Assistência Farmacêutica e Capacitação para o Sistema
Hórus.
• Curso para Qualificação Nacional em Assistência Farmacêutica e utilização do Sistema
Hórus – QualiSUS-Rede.
• Curso de fitoterapia para Médicos do SUS.

2.3.1 Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde –


Pró-Saúde
O Pró-Saúde foi lançado em 2005 pelo Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de
Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), e parceiros como o Ministério da Educação,
entre outros. O objetivo do programa é integrar ensino-serviço, visando à reorientação da
formação profissional, assegurando uma abordagem integral do processo saúde-doença com
ênfase na Atenção Básica, promovendo transformações na prestação de serviços à população.

Em 2007, por meio da Portaria Interministerial MS/MEC nº 3.019, de 27 de novembro


de 2007, os cursos de graduação em Farmácia foram incluídos no Programa. E, em 2008,
foi aprovado o incentivo financeiro para apoio às ações de Assistência Farmacêutica no âmbito
do Pró-Saúde, por meio da Portaria nº 362, de 27 de fevereiro de 2008, cujo financiamento
ocorreu por meio do DAF/SCTIE/MS.

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RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

O incentivo, que correspondeu ao montante de R$ 20.000,00 por projeto, foi utilizado para:
I. adequação de espaço físico para execução das atividades de Assistência
Farmacêutica (reforma de farmácias da rede pública e almoxarifados);
II. aquisição de equipamentos e mobiliário destinados ao suporte das ações de
Assistência Farmacêutica; e
III. contratação de serviços de terceiros (pessoa física e jurídica) para a qualificação
dos recursos humanos da Assistência Farmacêutica, para a elaboração de materiais
didáticos e manuais técnicos.

Dos 68 projetos aprovados no Programa Pró-Saúde II, 34 incluíram Cursos de Farmácia,


de 31 municípios em 13 estados e o Distrito Federal. À CGAFB cabia a análise dos Planos
de aplicação e a publicação das portarias para o repasse Fundo a Fundo dos recursos
financeiros. As aplicações foram relacionadas à informatização, à qualificação dos serviços, às
reformas em estrutura física, à aquisição de mobiliário e equipamentos, alocadas no âmbito
de Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Referência, Unidades Hospitalares, Almoxarifados
e Secretarias Municipais de Saúde.

2.3.2 Farmacêuticos na APS: construindo uma relação integral e farmacêuticos na


APS/ABS: trabalhando em rede
No intuito de contribuir na formação de profissionais para atuação de forma integrada
às equipes de saúde e que desenvolvam suas ações com enfoque que priorize o cuidado aos
usuários, o DAF/SCTIE/MS ofertou o Curso Farmacêuticos na APS: construindo uma relação
integral no período de junho de 2010 a fevereiro de 2011; e, atualmente, oferta o curso
Farmacêuticos na APS/ABS: trabalhando em rede, por meio de parceria com a Universidade
Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

A proposta dos cursos é qualificar técnica e humanisticamente o profissional farmacêutico


para atuar na Atenção Primária em Saúde (APS), desenvolvendo com competência as
atividades de núcleo e de campo, pautadas nos princípios do SUS.

Objetivos específicos:
• Desenvolver conhecimento e estimular a reflexão crítica sobre o SUS e a APS.
• Contribuir para qualificar as ações de Assistência Farmacêutica na APS, em nível
municipal.
• Capacitar para as ações de planejamento e gestão clínica no contexto da APS.

51
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Farmacêuticos na APS: construindo uma relação integral

Realizado em três edições e uma turma piloto, envolveu etapa presencial e a distância.
A carga horária total foi de 230 horas, distribuídas em módulos:
• Módulo Introdutório: Educação a Distância – o Aluno Virtual.
• Módulo 1: Sistema Único de Saúde (SUS).
• Módulo 2: Assistência Farmacêutica (AF) – Gestão Clínica do Medicamento.
• Módulo 3: Assistência Farmacêutica – práticas clínicas/gestão clínica do paciente.

A carga horária presencial de cada turma foi realizada em dois encontros, um no início
e outro no final do curso, em Porto Alegre/RS, São Luís do Maranhão/NE, Recife/PE e Manaus/
AM. A etapa intermediária foi realizada a distância, utilizando a plataforma moodle da UFRGS.

No total, 303 alunos foram matriculados no curso, dos quais 265 finalizaram as atividades,
configurando uma taxa de evasão de 12,5%.

Farmacêuticos na APS/ABS: trabalhando em rede

O curso ainda encontra-se em andamento e será ofertado em três edições, com etapa
presencial e a distância. A etapa presencial envolve dois encontros: um no início do curso
com duração de dois dias e o segundo, no final do curso, com duração de cinco dias. A etapa
intermediária está sendo realizada a distância utilizando a plataforma moodle da UFRGS.

A proposta de trabalho é baseada na problematização de situações cotidianas do


profissional farmacêutico que se ramificarão ao longo dos módulos. A carga horária total do
curso é de 350 horas, distribuídas nos módulos:
• Módulo 1: Introdução à Educação a Distância.
• Módulo 2: Sistema Único de Saúde (SUS): Planejamento e Gestão da APS.
• Módulo 3: Assistência Farmacêutica – uma abordagem voltada para a comunidade.
• Módulo 4: Assistência Farmacêutica – práticas clínicas/gestão clínica do paciente.

Até abril de 2014, duas edições foram ofertadas: a primeira com encontros presenciais
em Porto Alegre/RS; e a segunda em Maceió/AL.

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RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

2.3.3 Capacitação para implantação e utilização do Sistema Nacional de Gestão da


Assistência Farmacêutica – Hórus
A capacitação é uma das etapas para a implantação do Sistema Hórus nos municípios.
No intuito de aumentar a capilaridade do curso e atender à demanda existente, a capacitação
ofertada desde 2010 na modalidade presencial, a partir de 2011, vem sendo realizada também
na modalidade a distância (EAD).

O curso é ofertado por meio da plataforma do UniverSUS, a qual disponibiliza atividades


de ensino e trabalho colaborativo e é gerenciada pelo Departamento de Informática do
SUS (DATASUS).

A capacitação, que possui carga horária de 20 horas, está dividida em oito módulos, com
exercícios de fixação e tarefas avaliativas que auxiliam no planejamento da implantação do
Hórus e o seu uso.

A dinâmica adotada é a de autoaprendizagem. Portanto, o participante é o grande


responsável pela realização autônoma do curso e pelo gerenciamento de seu tempo. O
percurso dos conteúdos é livre mas recomenda-se que seja seguida a sequência indicada,
tendo em vista que os conteúdos foram elaborados em uma ordem que facilite o aprendizado.

Até o final de 2014, cerca de 7 mil profissionais, de mais de 3 mil municípios,


foram capacitados na modalidade a distância para implantação do sistema, nas turmas
disponibilizadas mensalmente.

2.3.4 Qualificação de Profissionais da Assistência Farmacêutica e Capacitação para o


Sistema Hórus
Realizado na modalidade a distância (EAD) e voltado para municípios contemplados no
Qualifar-SUS, o curso Qualificação de Profissionais da Assistência Farmacêutica e Capacitação
para o Sistema Hórus é uma realização do Ministério da Saúde em parceria com o Conasems,
baseado na experiência de educação permanente ofertada em 2013, realizada pela CGAFB/
DAF/SCTIE e pelo Cosems de Alagoas.

Esta capacitação, que teve início em janeiro de 2015, tem o objetivo de contribuir na
discussão dos processos de trabalho relacionados à Assistência Farmacêutica, na utilização dos
recursos do Qualifar-SUS e nas etapas a serem cumpridas com a utilização do Sistema Hórus.

Até o final do mês de maio, serão ofertadas 2 mil vagas em turmas de, no mínimo, 200 alunos
destinadas a profissionais e gestores de saúde no SUS e que se encerrará em maio de 2015.

53
MINISTÉRIO DA SAÚDE

2.3.5 Curso para Qualificação Nacional em Assistência Farmacêutica e utilização do


Sistema Hórus – QualiSUS-Rede
Este novo formato de curso, com oferta de videoaulas temáticas mostrando diferentes
realidades municipais e de serviços no País, abordando ainda financiamento e gestão no
SUS, dispensação de medicamentos e seu uso racional, bem como aspectos gerenciais e
assistenciais da saúde indígena, assim como interação virtual por meio de jogos e simuladores
na plataforma web, encontra-se em fase final de elaboração e disponibilizará, em 2015, no
mínimo 4.860 vagas, na modalidade a distância, para profissionais envolvidos na Assistência
Farmacêutica nos municípios e nos estados das regiões do Projeto QualiSUS-Rede.

O curso terá carga horária mínima de 40 horas de duração e será ofertado no intuito de
qualificar os serviços técnicos gerenciais e assistenciais da Assistência Farmacêutica, bem como
fortalecer as orientações técnicas para a utilização do Sistema Hórus e/ou interoperabilidade no
caso de sistemas próprios de municípios e estados. Esta estratégia faz parte da Intervenção
Sistêmica da Assistência Farmacêutica, realizada por meio do Projeto QualiSUS-Rede, fruto da
cooperação entre o Banco Mundial (BIRD) e o Ministério da Saúde (MS), que visa somar-se aos
esforços permanentes de consolidação do Sistema Único da Saúde (SUS).

2.3.6 Curso de fitoterapia para médicos do SUS


Considerando a necessidade de capacitar médicos do Sistema Único de Saúde para a
prescrição de medicamentos fitoterápicos da Rename, o DAF/SCTIE/MS, em parceria com a
Associação Brasileira de Fitomedicina (Sobrafito), estruturou, em 2012, o curso “Fitoterapia
para Médicos do SUS”, na modalidade a distância para 300 profissionais.

A carga horária de 80 horas foi distribuída em 20 unidades, sendo: um módulo


introdutório (oito unidades), um módulo clínico (oito unidades) e um módulo de discussão
de casos clínicos (quatro unidades). O módulo introdutório discutiu as características gerais
comuns a todos os medicamentos fitoterápicos; o módulo clínico focou na prescrição dos
oito medicamentos fitoterápicos disponíveis na Rename vigente e o módulo de casos clínicos
apresentou problemas clínicos cotidianamente vivenciados pelos médicos e que podem
ser resolvidos por meio da prescrição ou interrupção do uso de medicamentos fitoterápicos
e/ou sintéticos.

Com tal estrutura, o curso buscou sensibilizar os prescritores do SUS para a importância
econômica, sanitária e social da prescrição de fitoterápicos e contribuir para o raciocínio clínico
que deve embasar a prescrição de tais medicamentos.

54
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

2.4 Atendimento às Demandas dos Órgãos de Controle


A CGAFB, no âmbito de suas atribuições, é responsável por receber e analisar as demandas
advindas dos órgãos de controle interno e externo, entre eles: a Controladoria-Geral da União, o
Tribunal de Contas, o Departamento de Auditoria do SUS, o Ministério Público e a Polícia Federal.

Dessa forma, de acordo com as constatações constantes nos Relatórios de Fiscalização


dos órgãos supracitados, elaboram-se pareceres técnicos, ofícios aos municípios, ofícios aos
estados, memorandos ao DENASUS e/ou Fundo Nacional de Saúde, conforme necessidade do
caso concreto.

Entre as principais solicitações feitas à CGAFB, estão:


• Providências adotadas pela SCTIE/MS para sanar as irregularidades constatadas pela
CGU em auditorias realizadas por ocasião dos sorteios públicos.
• Informações sobre o fornecimento de medicamentos aos usuários do SUS.
• Respostas às demandas judiciais para o fornecimento de medicamentos.
• Análise e providências relacionadas aos relatórios de auditorias dos órgãos de controle
interno e externo.
• Respostas relativas ao Plano de Providências Permanente da SCTIE decorrentes das
recomendações da CGU.
• Informações sobre a devida aplicação, por parte dos estados e municípios, dos recursos
financeiros relativos ao Programa de Assistência Farmacêutica Básica e Qualifar-SUS

As principais irregularidades descritas nos Relatórios de Fiscalização, por ocasião das


auditorias são:
• Medicamentos vencidos.
• Condução irregular dos Programas da Assistência Farmacêutica no âmbito da Atenção
Básica.
• Controle de estoque deficiente ou inexistente.
• Ausência de prestação de contas por parte da Secretaria Municipal de Saúde.
• Transferência indevida de recursos financeiros da Assistência Farmacêutica.
• Aquisição de medicamentos em desacordo com o Plano Estadual de Assistência
Farmacêutica.
• Irregularidade e/ou fraude em processo licitatório.
• Ausência de farmacêutica responsável pela distribuição de medicamentos.
• Secretaria Municipal de Saúde não efetivou a contrapartida.
• Secretaria Estadual de Saúde não efetivou a contrapartida.

55
MINISTÉRIO DA SAÚDE

• Não comprovação dos gastos com recurso do programa.


• Realização de despesas inelegíveis.
• Falta de medicamentos.
• Contrapartida Estadual e/ou Municipal em desacordo com o Plano Estadual de
Assistência Farmacêutica.
• Inobservância dos procedimentos referentes ao processo licitatório; entre outras.

2.5 Diretrizes para Estruturação das Farmácias no Âmbito do Sus


No final do ano 2009, foi publicado pela Editora do Ministério da Saúde o documento
Diretrizes para estruturação de farmácias no âmbito do Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2009a),
que apresenta duas propostas de farmácia (Farmácia Distrital, Regional ou Central, em
edificações exclusivas, e Farmácia nas Unidades de Saúde), com a descrição das áreas físicas,
dos ambientes, dos equipamentos e dos mobiliários considerados mínimos necessários para
os dois tipos de modelos.

O documento, que foi elaborado em colaboração com o Conasems, Conass, Opas,


Anvisa e Grupo de Pesquisa e Desenvolvimento em Atenção Farmacêutica da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, é destinado aos gestores do sistema de saúde, farmacêuticos e
demais profissionais e tem como objetivo orientar a concepção e a estruturação de farmácias
no âmbito do SUS.

A elaboração de tal documento levou em consideração que o ambiente das farmácias


deve proporcionar condições para que os serviços atendam às premissas da humanização,
do uso racional dos medicamentos, da otimização dos recursos, da educação em saúde e da
educação permanente dos profissionais de saúde.

2.6 Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso


Racional de Medicamentos no Brasil – Pnaum
A fim de cumprir com as responsabilidades e os princípios estabelecidos por meio das
Políticas de Medicamentos e Assistência Farmacêutica no País, o Departamento de Assistência
Farmacêutica e Insumos Estratégicos propôs a realização da Pesquisa Nacional sobre Acesso
Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (Pnaum). Um estudo inédito que
visa avaliar o acesso, a utilização e o uso racional de medicamentos por parte da população
brasileira, caracterizando as morbidades para as quais os medicamentos são utilizados, além
de avaliar as políticas públicas de medicamentos e sua efetivação na Atenção Básica.

56
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

As políticas públicas de medicamento do País são de grande relevância para a


consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS), como também para a garantia da assistência
integral e efetiva às necessidades de saúde da população brasileira.

Porém, o impacto crescente dos investimentos públicos para a aquisição de


medicamentos requer uma avaliação científica, de base populacional, que expresse o acesso
da população aos medicamentos e seu uso no País, nos diferentes estratos populacionais e
regiões brasileiras.

É necessário aferir se os esforços governamentais investidos para ampliar o acesso e a


garantia da extensão dos benefícios da Assistência Farmacêutica, à população brasileira, estão
repercutindo na redução dos gastos do orçamento familiar para a aquisição de medicamentos
no País.

A partir desses pressupostos, e reconhecendo a necessidade de analisar a efetivação


das Políticas Farmacêuticas no País, a SCTIE priorizou a realização da Pnaum a partir de uma
concepção integradora dos núcleos da Assistência Farmacêutica, CT&I no campo da Saúde
Coletiva.

O processo de formulação e pactuação da Pnaum, envolvendo 11 instituições acadêmicas


de diferentes regiões do País, iniciou-se com a formação da equipe de pesquisadores em 2009
e materializou-se em setembro de 2013, quando a pesquisa de campo foi iniciada nas regiões
e nos municípios brasileiros.

Para isso, o Ministério da Saúde instituiu, por meio da Portaria nº 2.077, de 17 de


setembro de 2012, a Pnaum, no qual definiu os objetivos da Pesquisa que foi planejada
e organizada de modo a ser operacionalizada por meio de duas estratégias articuladas
(componentes): o Componente Populacional (inquérito) e o Componente Serviço de Saúde.
O Componente Inquérito da Pnaum, coordenada pela Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, compreendeu uma pesquisa domiciliar, de delineamento transversal e abrangência
nacional. O Componente Serviço de Saúde, coordenada pela Universidade Federal de Minas
Gerais, consistiu em uma pesquisa de natureza qualiquantitativa, com o propósito de avaliar
as políticas públicas de Assistência Farmacêutica e sua efetivação na Atenção Básica.

Os objetivos específicos da Pnaum são:


I. avaliar a utilização de medicamentos, com a caracterização das morbidades ou
condições de saúde para as quais eles são utilizados;
II. avaliar indicadores de acesso aos medicamentos;
III. avaliar indicadores de racionalidade do uso;

57
MINISTÉRIO DA SAÚDE

IV. caracterizar o uso e o acesso a medicamentos segundo variáveis demográficas,


sociais, de estilo de vida e de morbidade;
V. avaliar as políticas públicas de assistência farmacêutica e sua efetivação na Atenção
Básica de Saúde;
VI. avaliar a organização dos serviços de Atenção Básica no âmbito do Sistema Único
de Saúde (SUS) para fins de garantia de acesso e uso racional de medicamentos
pela população;
VII. avaliar os fatores que interferem na consolidação das políticas públicas de acesso a
medicamentos; e
VIII. identificar e discutir a influência das políticas públicas de acesso a medicamentos
nos gastos individuais com estes produtos e no combate a iniquidade.

Para a realização da pesquisa, o Ministério da Saúde mobilizou, por meio do


Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF) e do Departamento
de Ciência e Tecnologia (DECIT), um valor de, aproximadamente, R$ 9.500.000,00 (nove
milhões e quinhentos mil reais), distribuídos da seguinte forma: Componente Serviços (R$
3.000.000,00) e Componente Inquérito (R$ 6.402.000,00).

2.6.1 Estratégias de acompanhamento do Projeto Estratégico da Pnaum


Houve, durante todo o período, a supervisão executiva (participação em reuniões
técnicas) e o acompanhamento presencial por meio de relatórios de progresso, por parte
dos representantes nomeados pela SCTIE (DAF e DECIT) que compõem o Comitê Gestor da
Pesquisa Pnaum.

No âmbito do DAF, a Coordenação-Geral de Assistência Farmacêutica Básica foi


responsável pela coordenação de ambos os componentes da Pnaum, designando consultores
da Coordenação para participação de todas as etapas da pesquisa, quais sejam: elaboração
dos projetos de pesquisa, concepção dos instrumentos, capacitação dos entrevistadores,
acompanhamento do campo, análise e disseminação dos resultados, entre outras atividades
que foram determinantes para o cumprimento das metas estabelecidas.

2.6.2 Alguns resultados já alcançados


• Treze artigos do componente inquérito domiciliar submetidos para publicação na
Revista de Saúde Pública.
• Três cadernos da Série da Pnaum encaminhados para a Editora do Ministério da Saúde
para publicação.

58
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

• Primeiros resultados do componente inquérito domiciliar divulgados pelo Ministério


da Saúde:

Percentual de acesso total aos medicamentos utilizados na hipertensão – 93,8%


Percentual de acesso parcial para medicamentos utilizados na hipertensão – 5,4%
Percentual de acesso nulo para medicamentos utilizados na hipertensão – 0,8%
Percentual de acesso total aos medicamentos utilizados no diabetes – 95,4%
Percentual de acesso parcial para medicamentos utilizados no diabetes – 4,4%
Percentual de acesso nulo para medicamentos utilizados no diabetes – 0,2%
Percentual de acesso total aos medicamentos utilizados na asma – 88,1%
Percentual de acesso parcial para medicamentos utilizados na asma – 11,0%
Percentual de acesso nulo para medicamentos utilizados na asma – 0,9%

2.6.3 Expectativas da Coordenação-Geral de Assistência Farmacêutica Básica


Espera-se, a partir da Pnaum, que seja possível:
• Estabelecer indicadores nacionais sobre acesso e uso racional de medicamentos no
Brasil.
• Fornecer dados para priorizar rumos estratégicos das políticas nacionais farmacêuticas.
• Aferir a respeito dos esforços governamentais investidos para ampliar o acesso e
a garantia da extensão dos benefícios da Assistência Farmacêutica à população
brasileira.
• Verificar se a organização dos serviços de Assistência Farmacêutica na Atenção Básica
está adequada para o desenvolvimento das atividades da área.
• Consolidar informações que permitam fortalecer as bases de dados e superar a
fragilidade da ausência de bases nacionais representativas.
• Definição da Pnaum como instrumento de monitoramento externo da Política
Nacional de Assistência Farmacêutica no País.

2.7 Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica


– Qualifar-SUS
Conforme já tratado neste documento, o Hórus permitiu, mesmo que preliminarmente
e de forma referida no cadastro de adesão dos municípios, analisar a situação de gestão, rede
de serviços, infraestrutura e recursos humanos dos municípios brasileiros.

59
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A partir da análise dos questionários de adesão de 1.278 municípios, realizada em 2010,


foi possível demonstrar a situação em relação à gestão: 638 (49,9%) municípios referiram ter
Coordenação de Assistência Farmacêutica no organograma da Secretaria Municipal de Saúde;
201 (15,7%) possuir Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT); e 810 (64,1%) ter Relação
Municipal de Medicamentos Essenciais (Remume).

Embora aparentemente a Assistência Farmacêutica esteja institucionalizada em 50%


dos municípios analisados à época, algumas atividades que viriam no bojo desse processo,
tais como a criação de CFT e a definição da Remume, acabaram não se realizando, o que
demonstra a fragilidade da estrutura de gestão da Assistência Farmacêutica nesses municípios.

Essa fragilidade é evidenciada em problemas comuns, como a perda de medicamentos


por expiração do prazo de validade, referida pela maioria dos municípios (n = 1.111; 87%)
e problemas nas condições de armazenamento (n = 140; 11%), que geralmente se referem
à inexistência de ambiente climatizado, refrigerador exclusivo para armazenamento de
medicamentos e controle de temperatura.

A partir do desafio de contribuir com a mudança desse cenário, e na perspectiva de


consolidar um sistema integrado, segundo as concepções das Redes de Atenção à Saúde, foram
realizadas oficinas internas com os colaboradores da CGAFB/DAF/SCTIE para a construção de
um programa que potencializasse as ações estruturantes de políticas e outros programas do
governo federal. As discussões foram norteadas por leituras de documentos e recomendações
da literatura nacional e internacional de políticas públicas.

Também foram realizadas oficinas de trabalho com as áreas afins do Ministério da Saúde,
em virtude da identificação da necessidade de alinhamento das ações implementadas pelos
diversos departamentos, em especial com o Departamento de Atenção Básica (DAB/SAS/MS)
e o Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS (DEMAS), a fim de potencializar os
recursos financeiros da Atenção Básica, bem como a definição de estratégias de monitoramento
e avaliação para a Assistência Farmacêutica.

Em paralelo, em 2011, foi elaborada uma proposta para Lei Orçamentária Anual (LOA)
2012 para garantir orçamento para a estruturação dos serviços de Assistência Farmacêutica na
Atenção Básica.

Assim, foi elaborada uma proposta do Programa Nacional de Qualificação da Assistência


Farmacêutica no âmbito do SUS (Qualifar-SUS), bem como a proposição de marco legal para
a sua institucionalização, que foi discutida amplamente no Grupo de Trabalho de Ciência e
Tecnologia da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), com as representações das Secretarias
Estaduais de Saúde e Secretarias Municipais de Saúde. Com o consenso entre os entes,

60
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

a proposta apresentada foi submetida ao processo de pactuação do SUS na CIT e, assim,


aprovado o Qualifar-SUS.

O Qualifar-SUS foi pactuado na CIT, culminando com a publicação da Portaria nº 1.214,


de 14 de junho de 2012, que institui o Programa no âmbito do SUS.

Dividido em quatro eixos, o Qualifar-SUS demandou o estabelecimento de estratégias


inovadoras, a produção e a divulgação de informações e o aprimoramento dos processos,
assessoria e apoio aos gestores, assim como das rotinas de monitoramento e avaliação, o que
fez repensar a organização da coordenação de forma que houvesse articulação da política, dos
projetos e das ações da Assistência Farmacêutica na perspectiva de organização de Redes de
Atenção à Saúde e da qualificação do cuidado ofertado pelo SUS.

Figura 9 – Eixos do Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica no âmbito


do Sistema Único de Saúde, base norteadora da atuação dos núcleos em atuação
na CGAFB

Fonte: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt1214_13_06_2012.html>.

2.7.1 Eixo estrutura do Qualifar-SUS


Observadas as lacunas em termos das estruturas físicas, dos mobiliários e dos
equipamentos das Centrais de Abastecimento Farmacêutico (CAF) e das farmácias do SUS; das
condições inadequadas de armazenamento dos medicamentos; das dificuldades de conexão
com a internet e do não atendimento dos sistemas informatizados de modo compatível às

61
MINISTÉRIO DA SAÚDE

necessidades de gestão da Assistência Farmacêutica, entre outros entraves, verificou-se a


necessidade de ações quanto à estruturação de serviços e para a qualificação dos profissionais,
no sentido de melhorar a gestão da Assistência Farmacêutica.

Nesse sentido, a Portaria nº 2.982, de 26 de novembro de 2009, representou um


importante avanço para a estruturação da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica, pois,
pela primeira vez, desde o início do processo de descentralização, permitiu que parte do
recurso deste Componente fosse utilizada para a aquisição de equipamentos e mobiliários
destinados ao suporte das ações, bem como para a realização de atividades vinculadas à
educação continuada voltada à qualificação dos recursos humanos.

No entanto, de acordo com a referida Portaria e sua atualização, os recursos a serem


aplicados para a estruturação são restritos a 15% da soma dos valores dos recursos dos estados,
dos municípios e do Distrito Federal.

Assim, conforme já referido, o DAF/SCTIE/MS buscou um novo financiamento visando


à qualificação da estrutura das CAF e das farmácias nos municípios. Esse financiamento,
destinado ao Eixo Estrutura do Qualifar-SUS, foi regulamentado inicialmente pela Portaria
MS/GM n° 1.215, de 13 de junho de 2012, que estabeleceu a transferência de recursos para
a aquisição de mobiliários e equipamentos necessários à estruturação e à manutenção dos
serviços farmacêuticos no âmbito da Atenção Básica, para os municípios constantes no Plano
Brasil Sem Miséria de até 100 mil habitantes. A Portaria MS/GM nº 980, de 27 de maio de 2013,
e a Portaria MS/GM nº 1.217, de 3 de junho de 2014, regulamentam esta ação para os anos de
2013 e 2014, respectivamente.

A priorização dos municípios do Plano Brasil Sem Miséria, que tem como finalidade
superar a situação de extrema pobreza da população em todo o território nacional, por meio
da integração e da articulação de políticas, programas e ações, ocorre no sentido de atender
aos municípios com maiores necessidades de estruturação.

A habilitação dos municípios foi efetivada por meio das Portarias MS/SCTIE nº 22, de 15
de agosto de 2012, e nº 39, de 13 de agosto de 2013, e da Portaria MS/GM nº 2.107, de 23 de
setembro de 2014, que oficializaram os municípios selecionados.

Nestes anos de execução das ações do Eixo Estrutura do Qualifar-SUS, o Ministério da


Saúde planejou investimento em 1.582 municípios, o que representa 70% dos municípios
elegíveis contemplados na ação programática.

62
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

Tabela 10 – Municípios habilitados no Eixo Estrutura do Qualifar-SUS, por ano


Ano N° de municípios habilitados
2012 453
2013 453
2014 676
Total 1.582
Fonte: Coordenação-Geral de Assistência Farmacêutica Básica. Acesso em: 29 abr. 2015.

Tabela 11 – Série histórica do repasse dos recursos Fundo a Fundo dos municípios habilitados
no Eixo Estrutura do Qualifar-SUS
Ano Investimento Custeio Total
2012 R$ 6.148.800,00 R$ 10.872.000,00 R$ 17.020.800,00
2013 R$ 6.148.800,00 R$ 19.338.000,00 R$ 25.486.800,00
2014 R$ 9.161.600,00 R$ 29.200.372,00 R$ 38.361.972,00
Total R$ 21.459.200,00 R$ 59.410.372,00 R$ 80.869.572,00
Fonte: Coordenação-Geral de Assistência Farmacêutica Básica. Acesso em: 29 abr. 2015.

Os recursos financeiros destinados pelo Ministério da Saúde aos municípios para


o financiamento do Eixo Estrutura do Qualifar-SUS estão distribuídos em recursos de
investimento e de custeio.

Figura 10 – Aplicação de recursos financeiros para estruturação dos serviços farmacêuticos


nos municípios habilitados no Eixo Estrutura do Qualifar-SUS

Fonte: Coordenação-Geral de Assistência Farmacêutica Básica. Acesso em: 29 abr. 2015.

63
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Os recursos de investimento deverão ser utilizados tendo como orientação as Diretrizes


para a Estruturação de Farmácias no âmbito do SUS. O repasse é de acordo com os seguintes
portes populacionais:
IX. Municípios com população de até 25 mil habitantes: R$ 11.200,00 por município.
X. Municípios com faixa populacional de 25.001 a 50 mil habitantes: R$ 22.400,00 por
município.
XI. Municípios com faixa populacional de 50.001 a 100 mil habitantes: R$ 33.600,00 por
município. (BRASIL, 2009a).
Já o recurso de custeio, que corresponde a R$ 24.000,00 por ano, independentemente
da faixa populacional do município, deverá ser utilizado para manutenção dos serviços
farmacêuticos, priorizando a garantia de conectividade para a utilização do Sistema Hórus
e outros sistemas, e recursos humanos necessários para o desenvolvimento das ações de
Assistência Farmacêutica na Atenção Básica.

A transferência dos recursos financeiros de custeio é realizada mediante o monitoramento


do envio de dados à Base Nacional de Dados de Ações e Serviços da Assistência Farmacêutica,
por meio da utilização do Sistema Hórus ou do envio das informações relativas à Assistência
Farmacêutica na Atenção Básica, utilizando-se um sistema informatizado que garanta a
interoperabilidade (WebService), de acordo com o estabelecido na Portaria MS/GM nº 271, de
27 de fevereiro de 2013.

A implantação do Eixo Estrutura do Qualifar-SUS vem sendo operacionalizando a


estratégia do Apoio Institucional (AI) a estados e municípios, que a partir da implantação da
ação aos municípios do Plano Brasil Sem Miséria teve seu escopo de atuação ampliado, com
o objetivo de contribuir para o fortalecimento e a qualificação da Assistência Farmacêutica
Básica, a partir do suporte à implantação, à estruturação, à manutenção, ao monitoramento e
à avaliação dos projetos e dos programas prioritários.

Além disso, na perspectiva de subsidiar os municípios na efetiva implantação do Eixo


Estrutura, inovações tecnológicas são disponibilizadas pelo Ministério da Saúde (Hórus,
WebService e e-CAR) aos municípios habilitados.

O e-CAR possibilita o monitoramento da execução das ações do Eixo Estrutura do


Qualifar-SUS e constitui-se como uma ferramenta de apoio ao planejamento das ações de
estruturação dos serviços.

64
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

2.8 Proposta de Diretrizes da Assistência Farmacêutica nas Redes de


Atenção à Saúde
O Ministério da Saúde publicou a Portaria nº 4.279, de 30 de dezembro de2010, que
aprovou as Diretrizes para a Organização da Rede de Atenção à Saúde do SUS. Reconhecendo
que a estratégia adequada para o enfrentamento do quadro de saúde vigente no País, como
também para a superação da fragmentação do SUS, consiste na organização do Sistema em
Redes de Atenção a Saúde (RAS), essa Portaria apresentou definição de conceitos e outras
providências importantes para a reorganização do Sistema. Entretanto, no que se refere à
Assistência Farmacêutica, as definições limitaram-se aos aspectos relacionados à gestão
logística da área.

As atividades de aquisição e distribuição consolidaram-se como foco e limite das


atividades relacionadas aos medicamentos no País. Para muitos, a AF ainda é vista como
um sistema logístico ou sistema de apoio, e ainda há aqueles que não consideram a AF
como integrante do conjunto de ações e serviços do SUS, e enfocam o medicamento como
mercadoria.

Entretanto, consideramos que a Assistência Farmacêutica visa assegurar o acesso da


população aos medicamentos a partir da promoção do uso correto deles, a fim de garantir a
integralidade do cuidado e a resolutividade das ações em saúde.

Nesse sentido, torna-se estratégica a discussão sobre o papel da Assistência Farmacêutica


no atual estágio de desenvolvimento do SUS, e sobre como avançar conjuntamente na
perspectiva das RAS, que busca responder, de forma organizada e integrada, às demandas de
saúde da população brasileira.

A partir desse entendimento, a Coordenação-Geral de Assistência Farmacêutica Básica


apresentou, em março de 2012, à Direção do Departamento de Assistência Farmacêutica e
Insumos Estratégicos documento técnico contendo proposta de diretrizes para a inserção
da Assistência Farmacêutica nas RAS, com a finalidade de fomentar a discussão sobre o seu
papel nesta estratégia de reorganização do Sistema, em uma primeira etapa, inovando com o
serviço da clínica farmacêutica nos Pontos de Atenção à Saúde.

A partir desse documento técnico, houve a discussão interna no Departamento que foi
ampliada para a SCTIE e, posteriormente, para a SAS que publicou a Portaria nº 253, de 27
de março de 2012, resultando na criação de um Grupo Técnico de Trabalho constituído pela
Portaria Conjunta SAS/SCTIE-MS nº 1, de 12 de março de 2012, com a finalidade de propor
diretrizes e estratégias para a qualificação da Assistência Farmacêutica no Sistema Único de

65
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Saúde, com foco no serviço farmacêutico nas redes de assistências prioritárias do Ministério
da Saúde.

O documento também foi amplamente discutido durante o XVIII Congresso do Conasems


realizado na cidade de Maceió, em 2012, no qual promovemos uma oficina de discussão
com gestores estaduais e municipais para compartilharmos os conceitos, as propostas, e
discutirmos os próximos passos.

A CGAFB participou de um conjunto de oficinas e reuniões técnicas em diferentes


estados, visando à disseminação do documento e à busca por alinhamentos que permitissem
avançarmos em processos de pactuação e efetivas de intervenções em territórios considerando
o marco regulatório das RAS.

Com o amadurecimento da equipe, foi possível incorporar as propostas e as definições


apresentadas anteriormente, nos Programas e Projetos que a Coordenação apresentou para
pactuações, e ir em busca de novos financiamentos.

Parte dos conceitos e das proposições do documento está presente no Capítulo 1 e no


Capítulo 2, do Caderno 1 da Série Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica. (BRASIL, 2014a).

2.9 Intervenção Sistêmica da Assistência Farmacêutica nas Redes


de Atenção à Saúde das Regiões Selecionadas no Projeto
Qualisus-Rede
O Projeto QualiSUS-Rede tem como objetivo geral qualificar a gestão da Assistência
Farmacêutica nas regiões do Projeto por meio da formação profissional, da informatização das
unidades de saúde, da utilização do Hórus ou da interoperabilidade com a Base Nacional de
Ações e Serviços, sendo estes instrumentos de gestão e qualificação do cuidado nas Redes de
Atenção à Saúde (RAS).

A elaboração do Projeto Intervenção Sistêmica da Assistência Farmacêutica nas Redes


de Atenção à Saúde das Regiões Selecionadas no Projeto QualiSUS-Redes foi articulada com
o Objetivo Estratégico nº 11 – Garantir a Assistência Farmacêutica no SUS – e com o Programa
Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica no SUS em seus quatro eixos prioritários:
Estrutura, Educação, Informação e Cuidado.

Realizado em cooperação com o Banco Mundial/Bird e a Unidade Gestora do Projeto


QualiSUS-Rede do Ministério da Saúde, o projeto contempla a realização de diagnóstico
situacional da Assistência Farmacêutica in loco, a capacitação de profissionais envolvidos

66
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

na Assistência Farmacêutica (cursos na modalidade de ensino a distância, com enfoque na


gestão, utilização do Hórus e interoperabilidade) e o apoio ao planejamento e à organização
dos serviços da Assistência Farmacêutica para implementação de um modelo de RAS para
serviços de cuidado farmacêutico na Atenção Básica.

Atualmente, o projeto encontra-se em fase intermediária de implementação, tendo o


ano de 2015 como prazo final de execução.

No ano de 2014, por meio do Projeto, foram contratados 15 consultores regionais e um


supervisor do projeto para apoio técnico aos municípios, aos estados e ao Distrito Federal,
relacionados ao projeto de intervenção, no intuito de qualificar as atividades gerenciais e
assistenciais da Assistência Farmacêutica na lógica das Redes de Atenção à Saúde, com apoio
local, informatização, implantação do Hórus e/ou interoperabilidade, bem como apresentação
dos resultados regionais da pesquisa “Assistência Farmacêutica nas Redes de Atenção à Saúde:
um recorte nas regiões do Projeto QualiSUS-Rede”.

O Projeto, que tem o exercício de 2015 como prazo final de execução, encontra-se em
fase intermediária de implementação, tendo realizado:
• Licitação Internacional para aquisição de equipamentos – 5.112 microcomputadores
e 1.704 impressoras a laser para municípios e Distrito Federal, bem como ampliação
de 1.268 microcomputadores e 875 impressoras a laser para estados e Subsistema de
Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS).
• Realização de 15 oficinas, entre setembro e dezembro de 2013, em parceria com os
municípios, Cosems e SES, no intuito de apresentar o projeto de intervenção sistêmica
e desenvolver agendas locais com os municípios e a Secretaria de Estado para a
priorização da aplicação dos questionários da pesquisa da Assistência Farmacêutica
nas Redes de Atenção à Saúde das regiões.
• Na pesquisa da Assistência Farmacêutica nas Regiões QualiSUS-Rede, até abril de 2015,
encerrou-se o campo em 13 regiões QualiSUS-Rede (87%), perfazendo um total de 426
municípios e o Distrito Federal. Foram aplicados 6.404 questionários para gestores e
profissionais de saúde nas 15 regiões QualiSUS-Rede, distribuídos da seguinte forma:
Secretário de Saúde (405); Responsável pela Assistência Farmacêutica (379); Ponto de
Atenção à Saúde/Apoio Terapêutico (4.577); Central de Abastecimento Farmacêutico
(397); Farmácia Hospitalar (646).
• A contratação de Instituição de Ensino e Conteudistas para realização do curso na
modalidade a distância com carga horária de 40h, a ser ofertado a partir de maio
de 2015, oferecendo 4.860 vagas para profissionais da Assistência Farmacêutica das
regiões QualiSUS-Rede.

67
MINISTÉRIO DA SAÚDE

2.9.1 Subprojeto Piloto Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica


A proposta submetida e aprovada pela UGP e Bird/BM do Projeto Piloto de Cuidado
Farmacêutico na Atenção Básica em um dos municípios das regiões QualiSUS-Rede busca
contemplar o desenvolvimento de atividades clínicas dos profissionais farmacêuticos nos
serviços da Atenção Básica, construído em parceria com os profissionais do Município de
Curitiba/PR, supervisores do projeto e apoiadores locais contratados especificamente com
esta finalidade de apoio técnico às atividades voltadas à qualificação do cuidado farmacêutico
das redes regionais de atenção à saúde.

Espera-se desenvolver, a partir da construção local das práticas clínicas nos serviços
farmacêuticos na Atenção Básica do Município de Curitiba, instrumentos e/ou ferramentas
com tecnologias sociais que possam servir na implementação de serviços farmacêuticos,
observando as linhas de cuidado, as redes priorizadas pelo Ministério da Saúde, como
Cegonha, Urgência e Emergência, e, em especial, Doenças Crônicas e Atenção Psicossocial,
mas sob a perspectiva da Atenção Básica, podendo inclusive replicá-los no País; publicando
os resultados alcançados e disseminando o conhecimento técnico voltado à qualificação da
atenção à saúde nas RAS.

O projeto-piloto de Cuidado Farmacêutico com a implementação da Clínica Farmacêutica


e atividades técnico-pedagógicas na Atenção Básica no Município de Curitiba, visando à
qualificação da Assistência Farmacêutica integrada ao processo de cuidado da saúde do
usuário na Atenção Básica, alcançou os seguintes resultados:
• Capacitação com 80 horas de atividades teóricas e práticas para 100% dos
farmacêuticos da Atenção Básica/Nasf para implantação do serviço nas unidades de
saúde. Destes, 68% foram certificados no final do projeto estando aptos para a prática
de clínica farmacêutica.
• 66 unidades de saúde do município (52% do total) implantaram o serviço de cuidado
farmacêutico, por meio da Clínica Farmacêutica, sendo realizadas aproximadamente
2.800 consultas farmacêuticas pelo profissional farmacêutico no período de abril a
novembro de 2014.
• Criação do Comitê de Uso Racional de Medicamentos (Curames), sendo definida
sua constituição e a necessária elaboração de um estatuto para regulamentar seu
funcionamento, aprovado e publicado em portaria pelo Município de Curitiba.
• Disseminação de informações sobre os resultados como estímulo ao desenvolvimento
e à qualificação dos serviços da Assistência Farmacêutica nos SUS por meio da série
Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica, com quatro cadernos técnicos. Caderno

68
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

1: Serviços Farmacêuticos na Atenção Básica (BRASIL, 2014a). Caderno 2: Capacitação


para Implantação dos Serviços de Clínica Farmacêutica (BRASIL, 2014b). Caderno 3:
Planejamento e Implantação de Serviços de Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica à
Saúde: A Experiência de Curitiba (BRASIL, 2014c). Caderno 4: Resultados do Projeto de
Implantação do Cuidado Farmacêutico no Município de Curitiba (BRASIL, 2015).
Com o resultado exitoso do Projeto Piloto de Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica
QualiSUS-Rede no Município de Curitiba, foram submetidos e aprovados pela UGP e BIRD/BM
três projetos:
• Ampliação de serviço de clínica farmacêutica em Curitiba, que busca contemplar o
desenvolvimento de atividades clínicas dos profissionais farmacêuticos nos serviços
nas UPAs, na Farmácia Popular e nos Serviços Especializados, em parceria com os
profissionais do Município de Curitiba/PR; supervisores do projeto e apoiadores locais
contratados especificamente com esta finalidade de apoio técnico às atividades voltadas
à qualificação do cuidado farmacêutico das redes regionais de atenção à saúde.
• Implantação de serviços de Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica em Recife,
Betim e Lagoa Santa, que busca Implantação de serviços de clínica farmacêutica na
Atenção Básica e a qualificação do cuidado farmacêutico integrado às ações e aos
serviços de saúde.
• Tecnologias necessárias para estruturação dos serviços de Cuidado Farmacêutico
no SUS, que busca o desenvolvimento de software web e mobile para os serviços de
clínica farmacêutica e o desenvolvimento de EAD que possa contribuir na agilidade
e ampliação da capacitação dos profissionais farmacêuticos para os serviços clínicos.

2.10 Ações para Implementação do Decreto nº 7.508/2011, no Âmbito


da Assistência Farmacêutica Básica
O Decreto nº 7.508, em 28 de junho de 2011, regulamentou a Lei nº 8.080/1990 para
dispor sobre a organização do SUS, o planejamento da saúde, a assistência à saúde e a
articulação interfederativa.

Os instrumentos estabelecidos nesta normativa fomentaram uma série de reflexões no


que se refere à Assistência Farmacêutica na Atenção Básica:
• Contrato Organizativo de Ação Pública (Coap).
• Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename).
• Relação Nacional de Ações e Serviços (Renases).
• Rede de Atenção à Saúde (RAS).

69
MINISTÉRIO DA SAÚDE

• Mapa de Saúde e Planejamento da Saúde.

Para a implementação do Decreto, foram definidos Grupos Executivos no âmbito do


Ministério da Saúde, sendo que a CGAFB representou o DAF/SCTIE nos seguintes: Coap, Mapa/
Planejamento, Regionalização, assim como no Núcleo Gestor do Apoio Integrado.

No que se refere ao Coap, em 2012 foram pactuados dois indicadores relativos à


estruturação da Assistência Farmacêutica Básica, quais sejam:
• Percentual de municípios com o Sistema Hórus implantado.
• Proporção de municípios da extrema pobreza com farmácias da Atenção Básica e
centrais de abastecimento farmacêutico estruturados.

Em 2014, a fim de atender ao disposto na Portaria nº 271/2013, o indicador relativo ao


Hórus passou a contemplar também os municípios que utilizam Hórus e enviam regularmente
dados para a Base Nacional de Dados de ações e serviços da Assistência Farmacêutica.

Ainda que alguns desafios permaneçam, em especial no que se refere ao planejamento e


à oferta de medicamentos e serviços na lógica regional, é importante destacar que as discussões
realizadas nos grupos anteriormente referidos foram importantes para o direcionamento dos
projetos já descritos neste relatório, no intuito de atender à Diretriz 8 do Plano Nacional de
Saúde – Garantia da Assistência Farmacêutica no âmbito do SUS.

70
3 O MODELO DE GESTÃO E OS PROCESSOS DE
TRABALHO DA CGAFB: AS MUDANÇAS A
PARTIR DE 2012
Diante da ampliação do escopo de atuação e da ampliação da equipe de colaboradores
da CGAFB, desencadeada a partir da implementação das novas estratégias para fortalecimento
da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica, que culminou com a criação do Qualifar-SUS em
2012, fez-se necessário repensar o modelo de gestão e os processos de trabalho instituídos na
coordenação até então, a fim de atender às novas demandas.

Assim, por meio da carta de acordo nº BR/LOA/120012.001, firmou-se uma parceria


com o Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (NEPP) da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), com o objetivo de apoiar a reorganização dos processos de trabalho da coordenação
e adequá-los às atuais exigências do SUS.

Neste trabalho, o NEPP realizou o mapeamento e a caracterização dos processos


de trabalho da CGAFB, avaliou o perfil dos profissionais e, ainda, formulou propostas de
reorganização para a melhoria dos processos de trabalho nesta coordenação.

A partir destas propostas, no ano de 2013, a CGAFB definiu seu organograma institucional
e passou a adotar um modelo de cogestão para a operacionalização de suas competências e
atribuições (Figura 11), composto por um colegiado executivo e cinco núcleos de apoio:
• Núcleo de Apoio à Organização dos Serviços de Assistência Farmacêutica na Atenção
Básica.
• Núcleo de Apoio ao Uso de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no SUS.
• Núcleo de Gestão de Medicamentos na Atenção Básica.
• Núcleo Administrativo e Jurídico.
• Núcleo de Planejamento, Monitoramento e Avaliação.
• Núcleo de Apoio ao Uso de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no SUS.

73
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Figura 11 – Estrutura Organizacional da CGAFB

Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.

Destaca-se que esta estrutura não implica na desresponsabilização dos ocupantes


dos cargos formais estabelecidos pelo Decreto n° 8.065, de 7 de agosto de 2013, que
define as competências do DAF/SCTIE/MS; e, sim, possibilita uma relação contínua, paralela
e complementar no processo de trabalho da gestão da Assistência Farmacêutica Básica, de
acordo com os demais instrumentos legais em vigência, quanto ao planejamento, à execução
e ao monitoramento da Política Nacional de Assistência Farmacêutica no País.

As atribuições da CGAFB foram divididas nos núcleos (Figura 11), e a composição


destes núcleos ocorreu de acordo com as competências, as experiências e as habilidades da
equipe técnica.

3.1 Colegiado Executivo


O Colegiado Executivo é constituído pelas referências dos cinco núcleos que apoiam a
CGAFB em processo de cogestão.

Vinculado à Coordenação, este Colegiado se responsabiliza pela análise situacional


permanente, pelo planejamento da Coordenação e pela definição de novas ações e processos
a serem implementados.

74
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

3.2 Núcleo de Apoio à Organização dos Serviços de Assistência


Farmacêutica na Atenção Básica
Considerando a ampliação dos projetos desenvolvidos pela CGAFB nos últimos anos, a
Coordenação teve como desafio estruturar um núcleo com uma equipe que forneça o suporte
necessário para a implantação/implementação das diferentes iniciativas.

A criação deste núcleo foi importante, em especial, na operacionalização e na


implementação do Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica no
Âmbito do SUS (Qualifar-SUS).

Destacam-se as seguintes iniciativas, em execução na CGAFB, que contribuem para a


organização dos serviços de Assistência Farmacêutica na Atenção Básica:

Figura 12 – Projetos prioritários em execução na CGAFB

Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.

3.2.1 Atribuições
De forma geral, as atribuições deste núcleo estão direcionadas a dois tipos de atividades:

Sistema-software:
• Suporte técnico aos gestores e aos usuários do Sistema Hórus nos estados, nos
municípios e no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS).
• Atualização e manutenção do Sistema Hórus.
• Desenvolvimento de ferramentas de capacitação dos profissionais para utilização do
Sistema Hórus.
• Elaboração da proposta e participação da equipe técnica para o desenvolvimento de
ferramentas para apoio à gestão e ao cuidado (aplicativos MedSUS, Hórus Cidadão,
QualiSUS-Rede, BussinessIntelligence e WebService).

75
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Estruturação e implementação:
• Prestar apoio técnico e instrumentos aos municípios e aos estados para implementação
do Eixo Estrutura do Qualifar-SUS e demais programas/projetos prioritários da CGAFB.
• Apoiar, analisar e monitorar o processo de adesão dos gestores aos projetos.
• Articular as ações relacionadas ao Componente Básico da Assistência Farmacêutica
nos municípios e nos estados.
• Subsidiar a formação e coordenar o Apoio Institucional da CGAFB nos municípios e
nos estados.
• Fomentar e coordenar os programas/projetos/ações de formação para recursos
humanos para a Assistência Farmacêutica no âmbito da Atenção Básica.
• Acompanhar a execução das ações relacionadas ao Eixo Estrutura do Qualifar-SUS e
demais projetos prioritários nos municípios e nos estados.

3.3 Núcleo de Apoio ao Uso de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no


Sus
A Política e o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF),
publicados em 2006 e em 2008, respectivamente, têm o objetivo de “Garantir à população
brasileira o acesso seguro e o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos, promovendo
o uso sustentável da biodiversidade, o desenvolvimento da cadeia produtiva e da indústria
nacional”. (BRASIL, 2006, p. 20).

A CGAFB, por meio do Núcleo de Apoio ao Uso de Plantas Medicinais e Fitoterápicos,


desenvolve iniciativas e apoia diversos projetos para estruturação, consolidação e o
fortalecimento da Assistência Farmacêutica em Plantas Medicinais e Fitoterápicos (AF em
PMF), de Arranjos Produtivos Locais (APLs), no âmbito do SUS e de Desenvolvimento e Registro
Sanitário de Fitoterápicos da Rename, por meio de Laboratórios Farmacêuticos Públicos.

Destaca-se que este Núcleo tem a responsabilidade de fazer articulações com os outros
nove Ministérios, Casa Civil, Anvisa e Fiocruz (gestores do PNPMF,) no âmbito do Grupo Técnico
Interministerial, e com tais atores e representantes da sociedade civil, que compõem o Comitê
Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.

3.3.1 Atribuições
• Apoiar os municípios e os estados na implementação do Programa Nacional de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos.

76
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

• Fomentar e realizar capacitação dos profissionais de saúde e gestores dos estados e


dos municípios.
• Apoiar e monitorar a execução dos projetos custeados pelo Ministério da Saúde
para estruturação, consolidação e fortalecimento de APLs, AF em PMF e de
Desenvolvimento e Registro Sanitário de Medicamentos Fitoterápicos da Rename, por
meio de Laboratórios Públicos.
• Fomentar os Estudos orientados de revisão, análise e sistematização das informações
científicas para as espécies constantes da Relação Nacional de Plantas Medicinais de
Interesse ao SUS (ReniSUS).
• Estabelecer articulação intersetorial para o desenvolvimento da cadeia produtiva de
plantas medicinais e fitoterápicos.
• Representar o DAF/SCTIE no Comitê Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos.
O Comitê tem o objetivo de monitorar e avaliar a implementação do PNPMF e é
composto por representantes do governo e da sociedade civil.
• Realizar a Secretaria-Executiva do Comitê Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos, com a finalidade de prover todo o apoio necessário às atividades dele.
• Representar o MS, SCTIE ou DAF em instâncias como o Cgen (Conselho de Gestão
do Patrimônio Genético/MMA), a Câmara Técnica de Agricultura Orgânica (Mapa), o
Grupo da Terra (MS), o Comitê Técnico Temático de Apoio à PNPMF da Farmacopeia
Brasileira e o Grupo de Trabalho Permanente para Arranjos Produtivos Locais (GTPL
APL/MDIC).

3.4 Núcleo de Gestão de Medicamentos na Atenção Básica


Com a ampliação da descentralização a partir de 1999, estados e municípios assumem
a responsabilidade na execução da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica e as esferas
estaduais e federal assumem, por sua vez, apoiar e fornecer subsídios aos municípios.

Com a reorganização em 2007 do financiamento federal para atenção à saúde, os


recursos federais da saúde foram categorizados por blocos de financiamentos. O bloco de
financiamento da Assistência Farmacêutica, destinado à aquisição de medicamentos, está
dividido em três componentes: Especializado, Estratégico e Básico, este último incluindo:
• Aquisições descentralizadas nos municípios e estados.
• Aquisição centralizada no Ministério da Saúde e distribuição aos estados e/ou aos
municípios das insulinas NPH e regular, métodos contraceptivos e kits de medicamentos
e insumos para atendimento das pessoas privadas de liberdade no Sistema Prisional

77
MINISTÉRIO DA SAÚDE

e das unidades da Federação atingidas por desastres de origem natural associados a


chuvas, ventos e granizo.
O Núcleo de Gestão de Medicamentos da CGAFB foi estruturado para a organização e
a coordenação dos processos para aquisição centralizada no Ministério da Saúde, com vistas
à manutenção do abastecimento de medicamentos na Rede de Atenção à Saúde. Para tanto,
desenvolve suas atividades com base nas seguintes atribuições:

3.4.1 Atribuições
• Programar o quantitativo dos medicamentos e insumos e elaborar Termo de Referência
em conjunto com as áreas técnicas (CGVAM, ATSP, CGSM) do MS.
• Iniciar e acompanhar os Processos de Aquisição em conjunto com o Departamento de
Logística em Saúde.
• Solicitar e acompanhar a execução dos Contratos ou Termos de Cooperação Técnica.
• Monitorar as entregas dos medicamentos e insumos nos estados e nos municípios.
• Monitorar o envio das notas fiscais para pagamento dos fornecedores.

3.5 Núcleo Administrativo e Jurídico


Nos últimos anos, os procedimentos administrativos no desenvolvimento das ações
e dos projetos prioritários ampliaram-se de forma importante na CGAFB. Da mesma forma,
observou-se um aumento gradual dos processos advindos dos órgãos e do controle internos
e externos.

Essa ampliação na demanda motivou a criação de um Núcleo com o objetivo de dar o


suporte e o apoio necessários aos demais núcleos da Coordenação e ao Colegiado Executivo
para a implementação, a manutenção e a proposição das ações relacionadas à gestão da
Assistência Farmacêutica na Atenção Básica; assim como qualificar a resposta aos órgãos de
controle, municípios e estados e os encaminhamentos advindos de auditorias, em articulação
com as demais áreas do Ministério da Saúde (FNS, DENASUS, Aeci, Núcleo Jurídico/SCTIE).

3.5.1 Atribuições no âmbito administrativo


• Receber, encaminhar e controlar os documentos e correspondências da CGAFB.
• Elaborar, organizar e arquivar os documentos e as correspondências.
• Organizar os arquivos físicos e digitalizados.
• Elaborar os Termos de Referência para contratação de colaboradores.

78
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

• Organizar e acompanhar a escala de trabalho dos colaboradores (férias, feriados e


outros).
• Encaminhar e acompanhar a entrega dos produtos e relatórios dos colaboradores.
• Receber e encaminhar relatórios de prestação de contas referentes a passagens e diárias.
• Elaborar os Termos de Referência para aquisição de materiais para divulgação dos projetos.
• Organizar os materiais e os documentos para distribuição em eventos, visitas técnicas
e capacitações realizadas pelos apoiadores institucionais.
• Atender o público em geral e encaminhar as demandas aos setores responsáveis.
• Agendar transporte (deslocamentos) para participação dos colaboradores em
reuniões e eventos externos.
• Solicitar e acompanhar a emissão de passagens e diárias para participação dos
colaboradores em reuniões e eventos externos.
• Apoiar os eventos realizados pela CGAFB.
• Agendar as salas para realização de reuniões.
• Acompanhar e responder ou direcionar ao setor competente os e-mails recebidos na
caixa corporativa da CGAFB.

3.5.2 Atribuições no âmbito jurídico


• Prestar assistência jurídica sobre assuntos de interesse da CGAFB.
• Responder às demandas judiciais para o fornecimento de medicamentos.
• Analisar e dar providências relacionadas aos Relatórios de Auditoria dos órgãos de
controle internos e externos.

3.6 Núcleo de Planejamento, Monitoramento e Avaliação


No Ministério de Saúde a produção de informação na gestão é prioritária, bem como as
iniciativas e as experiências de monitoramento nas suas estruturas organizacionais. O termo
avaliação passou a ser foco nas ações, a partir de 1990, com a publicação da Lei n° 8.080/1990,
ao atribuir a estados e municípios a competência de participar de ações de controle e
avaliação das condições e dos ambientes de trabalho, bem como a avaliação e a divulgação
das condições ambientais e da saúde da população.

A instituição do Pacto pela Saúde em 2006 (Portarias nº 399/2006 e nº 699/2006)


contribuiu no desdobramento de um processo de elaboração e escolha de indicadores de
monitoramento e avaliação do conjunto de compromissos e metas assumidos pelos gestores
do SUS, resultando no processo de pactuação de prioridades, objetivos, metas e indicadores
(Portaria nº 91/2007).

79
MINISTÉRIO DA SAÚDE

A Lei Complementar nº 141/2012, que insere o planejamento da saúde na centralidade


da agenda da gestão, a definição das Diretrizes, dos Objetivos, das Metas e dos Indicadores
para o alcance dos resultados em saúde e a implementação, de forma tripartite, do Contrato
Organizativo de Ação Pública da Saúde (Coap) proporcionam o fortalecimento dos processos
de monitoramento e avaliação.

Em 2013, visando a um monitoramento e a uma avaliação no âmbito do SUS de forma


articulada e integrada, foi criado o Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS
(Decreto nº 8.065/2013), vinculado à Secretaria-Executiva do Ministério da Saúde.

Diante deste cenário e do modelo de atuação do Ministério de Saúde, a proposta foi


organizar um núcleo para acompanhar as metas e os resultados dos projetos prioritários sob
a responsabilidade desta coordenação e apoiar o planejamento da CGAFB, em consonância
com os objetivos do Planejamento Estratégico do Ministério da Saúde:
• Objetivo Estratégico 11: Garantir Assistência Farmacêutica no Âmbito do SUS.
• Objetivo Estratégico 16: Contribuir para Erradicar a Extrema Pobreza no País.

3.6.1 Atribuições
• Monitorar, por meio de indicadores, a execução dos projetos prioritários e dos
resultados que integram os objetivos do planejamento estratégico do Ministério da
Saúde.
• Executar e monitorar as transferências de recursos sob responsabilidade da CGAFB.
• Analisar, monitorar e elaborar os pareceres referentes às pactuações das CIB.
• Elaborar as propostas orçamentárias da CGAFB e monitorar a execução das ações
orçamentárias (20AE – Promoção da Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos
na Atenção Básica em Saúde; 20AH – Organização dos Serviços de Assistência
Farmacêutica no SUS (recorte orçamentário destinado ao Eixo Estrutura do Qualifar-
SUS); 20K5 – Apoio ao Uso de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no SUS).
• Analisar, monitorar e elaborar os pareceres referentes ao Coap e ao Sistema de
Pactuação dos Indicadores (Sispacto).
• Analisar bancos de dados, tais como: Base Nacional de Dados de Ações e Serviços
da Assistência Farmacêutica, Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na
Atenção Básica (Pmaq) no que se refere à Assistência Farmacêutica, Pesquisa Nacional
sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil
(Pnaum) e o Projeto de Formação e Melhoria da Qualidade de Redes de Atenção à

80
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

Saúde QualiSUS-Rede para subsidiar: a elaboração de informações para divulgação


interna e externa; e a Tomada de Decisões no âmbito da gestão federal da AF Básica.
• Acompanhar a execução das metas dos projetos prioritários em execução na CGAFB.
• Coordenar o processo de planejamento da CGAFB e subsidiar a equipe com
informações para atualização contínua do plano estratégico da CGAFB.
• Acompanhar o desenvolvimento dos projetos de implantação do cuidado
farmacêutico.
• Participar dos processos para atualização da Rename.
• Coordenar o processo de aprimoramento das ferramentas tecnológicas e-CAR e
Redmine, utilizadas no monitoramento dos projetos e processos internos da CGAFB.
• Subsidiar a CGAFB nas representações no âmbito da Câmara Técnica de Ciência
e Tecnologia da CIT, assim como demais representações institucionais internas e
externas.
• Propor modelos para a avaliação do desempenho da Assistência Farmacêutica Básica,
considerando as informações constantes nos distintos instrumentos e bancos de
dados disponíveis.
• Apoiar a coordenação na condução do processo de gestão colegiada da CGAFB e os
demais núcleos na organização dos processos e quanto ao cumprimento das metas.
• Subsidiar os núcleos na atualização das apresentações institucionais da CGAFB.

3.6.2 Sistemática de atuação para acompanhamento dos programas, projetos e


ações estratégicas
A atuação deste núcleo tem como base a articulação entre os diversos atores envolvidos
como: a equipe técnica dos demais núcleos desta coordenação, a equipe do DAF e outros
departamentos do MS, os apoiadores institucionais, técnicos dos estados e dos municípios que
desenvolvem ações em fase de implementação e ou execução da Assistência Farmacêutica
Básica. Sua sistemática de atuação tem dois grandes focos:
• Monitoramento dos processos, ações e metas relacionadas aos projetos.
• Apoio ao planejamento e execução das atividades dos demais núcleos da CGAFB.

A CGAFB definiu como ordenação lógica de monitoramento e acompanhamento dos


programas e projetos o seguinte:

81
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Figura 13 – Ordenação lógica de monitoramento e acompanhamento

Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.

Os documentos base são documentos homogeneizadores que norteiam a organização,


a execução e o registro dos programas, projetos e ações estratégicas no âmbito da CGAFB.

Os marcos lógicos, disponíveis no Anexo A, foram construídos pelos Núcleos responsáveis


pela execução de cada Programa, com apoio do Núcleo de Planejamento, Monitoramento e
Avaliação, adotando como referência as “Técnicas de Auditoria Marco Lógico”, do TCU (2001)
(BRASIL, 2001).

O monitoramento dos processos internos da CGAFB, considerando suas atribuições e a


organização dos conjuntos de atividades em Núcleo, é realizado em ciclos mensais, apoiado
em duas plataformas eletrônicas e em dois instrumentos mediante os quais é acompanhado
o ciclo do PDCA, a saber:
• Reunião mensal do colegiado da CGAFB.
• Reunião semanal de cada Núcleo de Apoio.

Nas reuniões mensais do colegiado, são definidas as diretrizes estratégicas para


execução dos programas, dos projetos e das ações da CGAFB.

Nas reuniões semanais, os integrantes de cada núcleo aprovam o instrumento Informe


e Balanço Crítico (IBC), no qual se avalia a execução do Plano de Atividades (PA) da semana
anterior e é proposto o conjunto de atividades prioritárias, com prazos e responsáveis para o
novo Plano de Atividades da próxima semana.

As plataformas utilizadas para dar suporte à gestão são o e-CAR e o Redmine, softwares
livres adotados no âmbito do Ministério da Saúde.
• e-CAR – Controle, Acompanhamento e Avaliação de Resultados.

O e-CAR é utilizado no âmbito do Ministério da Saúde para o monitoramento


do Planejamento Estratégico desde 2011 e, em 2012, uma versão foi customizada pelo
Departamento de Monitoramento e Avaliação do SUS/DEMAS para ser utilizada na CGAFB,
e os resultados dos projetos prioritários em execução na CGAFB passaram a ser registrados
mensalmente pelas referências dos demais núcleos, neste sistema.

82
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

A partir da sistematização destes registros, realizada pelo Núcleo de Planejamento,


Monitoramento e Avaliação, o Colegiado Executivo tem condições de realizar a análise
situacional permanente e direcionar o Plano Estratégico da Coordenação.

Assim, a plataforma e-CAR é utilizada para acompanhamento do recorte estratégico da


CGAFB (RE-CGAFB) e serve de base para o registro dos resultados na plataforma utilizada
para acompanhamento do Recorte Estratégico da SCTIE (RE-SCTIE).
• Redmine

A plataforma Redmine é utilizada para o acompanhamento das atividades que são


planejadas e executadas semanalmente por cada Núcleo da CGAFB, incluindo a definição
de prioridades pelo próprio Núcleo ou pela Coordenadora e demais órgãos de hierarquia
imediatamente superior.

Para aquelas atividades de rotina, os núcleos construíram Procedimentos Operacionais


Padrão (POP) contendo a descrição detalhada das operações necessárias para a realização, no
intuito de padronizar a execução dos processos e atingir os resultados esperados.

Partindo-se, pois, do Planejamento Estratégico do Ministério da Saúde, alinhado com o


Plano Nacional de Saúde (PNS), Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e
Lei Orçamentária Anual (LOA), a CGAFB monitora e avalia o alcance dos objetivos, das metas e
dos resultados sob sua responsabilidade no encadeamento de ações, como se demonstra na
figura a seguir:

Figura 14 – Fluxograma – Monitoramento CGAFB

Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS Brasília,2005.

83
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Destacam-se aqui outras ferramentas e iniciativas de suporte ao planejamento, ao


monitoramento e à avaliação da Política de Assistência Farmacêutica fortalecidas e/ou
implantadas nos últimos anos e já discutidas ao longo deste documento:
• A disponibilização do Hórus e do serviço WebService e a regulamentação da Base
Nacional de Dados de ações e serviços da Assistência Farmacêutica.
• A utilização de ferramenta de Business Inteligence para construção de painéis de
análise.
• A realização de pesquisas sobre o uso de medicamentos e sobre a estrutura e os
recursos para prestação dos serviços farmacêuticos em âmbito nacional.

84
4 METAS, OBJETIVOS E RESULTADOS
DOS PROGRAMAS, PROJETOS E AÇÕES
PRIORITÁRIAS DESENVOLVIDAS NA CGAFB
Observa-se que, com a reorganização da equipe e o aperfeiçoamento dos processos
de monitoramento na CGAFB, foi possível a definição de metas para acompanhamento dos
resultados dos programas, dos projetos e das ações estratégicas desenvolvidas na Coordenação
nos últimos dois anos de gestão.

Com a criação do QUALIFAR-SUS, os projetos e as ações estratégicas foram organizados


de acordo com os quatro eixos do programa: educação, informação, estrutura e cuidado.

Nesse sentido, apresenta-se neste capítulo os objetivos, as estratégias, as metas e os


resultados alcançados nos anos de 2012 a 2015, por eixo do Qualifar-SUS. Destaca-se que,
devido à complexidade dos projetos prioritários, suas ações e metas podem estar inseridas
em mais de um eixo.

87
88
4.1 Objetivos, Estratégias, Metas e Resultados dos Projetos e Ações Estratégicas, por Eixo do
Qualifar-SUS
Eixo estrutura

Quadro 1 – Objetivos e estratégias dos projetos e ações estratégicas do Eixo Estrutura do Qualifar-SUS
Projeto/ação Estratégica Objetivos Estratégias
Financiamento federal para apoio à estruturação dos serviços.
Contribuir para a estruturação dos serviços farmacêuticos no SUS, de modo Disponibilização de ferramentas tecnológicas para apoio à
Apoio à estruturação dos serviços
que estes sejam compatíveis com as atividades desenvolvidas na Assistência Gestão da Assistência Farmacêutica e envio de dados para
farmacêuticos na Atenção Básica dos
Farmacêutica, considerando a área física, os equipamentos, os mobiliários e os Base Nacional de Dados das Ações e Serviços da Assistência
municípios do Plano Brasil Sem Miséria
recursos humanos. Farmacêutica (Sistema Hórus, WebService e e-CAR).
Apoio institucional.
Qualificar a gestão da Assistência Farmacêutica das regiões do Projeto
Intervenção Sistêmica da Assistência QualiSUS-Rede, por meio da formação profissional, da informatização
Aquisição de computadores e impressoras como apoio à
Farmacêutica nas Redes de Atenção à das unidades de saúde e da utilização do Sistema Hórus como um dos
informatização dos estabelecimentos de saúde prioritários para
Saúde das regiões selecionadas no projeto instrumentos de gestão e qualificação do cuidado nas Redes de Atenção à
a Assistência Farmacêutica.
QualiSUS-Rede Saúde. Fornecendo a priori um diagnóstico situacional in loco das regiões do
projeto QualiSUS-Rede..
Publicação de Editais SCTIE/MS para seleção de projetos.
Apoiar municípios e estados para a estruturação, a consolidação e o Articulação com estados interessados no desenvolvimento dos
fortalecimento de APLs de plantas medicinais e fitoterápicos, no âmbito projetos.
Arranjos Produtivos Locais (APLs)
do SUS, conforme a Política e o Programa Nacional de Plantas Medicinais e Repasse de recursos na modalidade Fundo a Fundo.
Fitoterápicos (PNPMF). Visitas técnicas aos projetos apoiados.
Monitoramento por meio do e-CAR.
Apoiar municípios e estados para a estruturação, a consolidação e o Publicação de Editais SCTIE/MS para seleção de projetos.
Estruturação da Assistência Farmacêutica
fortalecimento da Assistência Farmacêutica em plantas medicinais e Avaliação de banco de projetos.
em Plantas Medicinais e
fitoterápicos, no âmbito do SUS, conforme a Política e o Programa Nacional de Repasse de recursos na modalidade Fundo a Fundo.
Fitoterápicos (AF PMF)
Plantas Medicinais e Fitoterápico (PNPMF). Monitoramento por meio do e-CAR.
Publicação de Editais SCTIE/MS para seleção de projetos.
Desenvolvimento e registro sanitário de
Apoiar municípios e estados para desenvolvimento e registro sanitário de Repasse de recursos na modalidade Fundo a Fundo.
fitoterápicos da Rename por
fitoterápicos da Rename por Laboratórios Farmacêuticos Públicos. Visitas técnicas aos projetos apoiados.
Laboratórios Públicos
Monitoramento por meio do e-CAR.
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.
Quadro 2 – Metas dos projetos e ações estratégicas do Eixo Estrutura do Qualifar-SUS
Projeto/ação Estratégica 2012 2013 2014 2015*
Programado: 20% dos 2.257 Programado: 40% dos 2.257 Programado: 70% dos 2.257 Programado: 100% dos 2.257 municípios
Apoio à estruturação dos municípios do Brasil Sem Miséria municípios do Brasil Sem Miséria municípios do Brasil Sem Miséria do Brasil Sem Miséria com até 100.000
serviços farmacêuticos na com até 100.000 habitantes. com até 100.000 habitantes. com até 100.000 habitantes. habitantes.
Atenção Básica dos municípios Alcançado: 20% dos 2.257 Alcançado: 40% dos 2.257 Alcançado: 70% dos 2.257 Alcançado: 70% dos 2.257 municípios
do Plano Brasil Sem Miséria municípios do Brasil Sem Miséria municípios do Brasil Sem Miséria municípios do Brasil Sem Miséria do Brasil Sem Miséria com até 100.000
com até 100.000 habitantes. com até 100.000 habitantes. com até 100.000 habitantes. habitantes.
Programado: 485 municípios e DF das
Programado: 485 municípios e DF regiões QualiSUS-Rede apoiados na
Intervenção Sistêmica da
das regiões QualiSUS-Rede apoiados informatização com 5.112 computadores e
Assistência Farmacêutica nas
na informatização com 5.112 1.704 impressoras.
Redes de Atenção à Saúde ----------- ------------
computadores e 1.704 impressoras. Alcançado: 485 municípios e DF com
das regiões selecionadas no
Alcançado: computadores computadores entregues; processo
projeto QualiSUS-Rede
adquiridos. licitatório para aquisição das impressoras
em andamento, conjuntamente com o DAB.
Programado: 20 APLs apoiados Programado: 20 APLs apoiados Programado: 20 APLs apoiados até Programado: 20 APLs apoiados até 2015
Arranjos Produtivos Locais
até 2015. até 2015. 2015. Alcançado: edital avaliado pela CONJUR em
(APLs)
Alcançado: 14 APLs apoiados. Alcançado: 23 APLs apoiados. Alcançado: 28 APLs apoiados. fase de publicação.
Estruturação da Assistência Programado: 15 projetos de AF em Programado: 15 projetos de AF em Programado: 15 projetos de AF em PMF
Farmacêutica em Plantas PMF apoiados até 2015. PMF apoiados até 2015. apoiados até 2015.
------------
Medicinais e Fitoterápicos Alcançado: 24 projetos de AF em Alcançado: 36 projetos de AF em Alcançado: edital avaliado pela CONJUR em
(AF PMF) PMF apoiados. PMF apoiados. fase de publicação.
Programado: 1 Registro sanitário
Programado: 1 Registro sanitário de
Desenvolvimento e registro de fitoterápico da Rename por
fitoterápicos da Rename por Laboratório
sanitário de fitoterápicos da Laboratório Público até 2015.
----------- ------------ Público até 2015.
Rename por Alcançado: 2 Registros sanitários
Alcançado: edital avaliado pela CONJUR em
laboratórios públicos de fitoterápicos da Rename por
fase de publicação.
laboratório público.
Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.
* Resultados alcançados até maio de 2015.
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

89
90
Eixo educação

Quadro 3 – Objetivos e estratégias dos projetos e ações estratégicas do Eixo Educação do Qualifar-SUS
Projeto/ação Estratégica Objetivos Estratégias
Aperfeiçoamento de farmacêuticos que
trabalham no Sistema Único de Saúde,
com abordagem majoritária de atividades Curso desenvolvido pela universidade Federal do Rio Grande do Sul, por meio de convênio com o Ministério da
Farmacêuticos na APS/ABS:
clínicas para farmacêuticos que exerçam Saúde. Realizado em três edições, sendo 200 vagas para cada edição e com carga horária de 350 horas. O curso
trabalhando em rede
suas atividades no Núcleo de Apoio à Saúde é oferecido com etapa presencial e a distância.
da Família ou em Atenção Primária/Atenção
Básica em Saúde.
Curso na modalidade a distância, disponibilizado em plataforma moodle, por meio do UniverSUS (20 horas).
Parceria com Conasems para realização do curso Qualificação de Profissionais da Assistência Farmacêutica
e Capacitação para o Sistema Hórus, na modalidade a distância (40 horas). Esse curso, além de abordar
Cursos para utilização do conteúdos específicos do Sistema Hórus, tem objetivo de contribuir na discussão dos processos de trabalho
Capacitar os profissionais para implantação
Sistema Hórus e qualificação relacionados à Assistência Farmacêutica e da utilização dos recursos do Qualifar-SUS.
e operacionalização das funcionalidades do
da Assistência Farmacêutica, Desenvolvimento de Curso para Qualificação Nacional em Assistência Farmacêutica e utilização do Sistema
Sistema Hórus.
modalidade a distância (EAD) Hórus, por meio do Projeto QualiSUS-Rede. O curso terá carga horária mínima de 40 horas de duração e será
ofertado no intuito de qualificar os serviços técnicos gerenciais e assistenciais da Assistência Farmacêutica,
bem como fortalecer as orientações técnicas para a utilização do Sistema Hórus e/ou interoperabilidade no
caso de sistemas próprios de municípios e estados.
Curso na modalidade a distância para capacitar médicos do SUS em Fitoterapia.
Curso Educação a Distância Aperfeiçoamento de médicos do SUS para Contrato, por meio do Termo de Cooperação com a Fiocruz, entidade médica com expertise no assunto para
em Fitoterapia para Médicos a prescrição racional dos medicamentos desenvolver o conteúdo didático.
do SUS fitoterápicos Contrato, por meio do Termo de Cooperação com a Fiocruz, empresa de informática para criar e desenvolver a
plataforma do curso.
Aperfeiçoamento de farmacêuticos do
Curso Educação a Distância em
SUS para subsidiar a atuação na área de Curso na modalidade a distância para capacitar farmacêuticos do SUS em Fitoterapia.
Fitoterapia para Farmacêuticos
Assistência Farmacêutica em Plantas Contratação de dois conteudistas por meio de recurso do projeto QualiSUS-Rede.
do SUS
Medicinais e Fitoterápicos

Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Quadro 4 – Objetivos e estratégias dos projetos e ações estratégicas do Eixo Educação do Qualifar-SUS
Projeto/ação Estratégica 2012 2013 2014 2015*
Programado: capacitação realizada por 200
Programado: capacitação
farmacêuticos.
realizada por 200 farmacêuticos.
Farmacêuticos na APS/ABS: Alcançado: 68 farmacêuticos finalizaram a
----------- ------------ Alcançado: 68 farmacêuticos
trabalhando em rede capacitação na 1° edição e 48 farmacêuticos
finalizaram a capacitação
na 2° edição.
na 1° edição.
A 3° terá início ainda em 2015.
Programado:
– Curso Qualificação de Profissionais da AF e
Capacitação para o Sistema Hórus (Conasems): oferta
de 2.000 vagas até maio de 2015.
– Curso para Qualificação Nacional em Assistência
Programado: capacitação Programado: capacitação
Farmacêutica e utilização do Sistema Hórus
Cursos para utilização do realizada por 1.920 profissionais realizada por 1.920 profissionais
(QualiSUS-Rede): oferta de 4.860 vagas no segundo
Sistema Hórus e qualificação no Brasil. no Brasil.
----------- semestre de 2015.
da Assistência Farmacêutica, Alcançado: capacitação realizada Alcançado: capacitação realizada
Alcançado:
modalidade a distância (EAD) por 1.730 profissionais no Brasil por 3.491 profissionais1 (Curso
– Curso Qualificação de Profissionais da AF e
(Curso UniverSUS). UniverSUS).
Capacitação para o Sistema Hórus (Conasems): mais
de 3.000 vagas ofertadas até maio de 2015.
– Curso para Qualificação Nacional em Assistência
Farmacêutica e utilização do Sistema Hórus
(QualiSUS-Rede) em fase final de elaboração.
Programado: 300 médicos do Programado: 600 médicos do SUS
SUS capacitados. capacitados.
Curso Educação a Distância em Programado: 600 médicos do SUS capacitados.
Alcançado: 241 médicos ------------ Alcançado: curso em elaboração,
Fitoterapia para Médicos Alcançado: curso terá início em 2015.
do SUS com capacitação em cooperação com Fiocruz, com
concluída. previsão de início em 2015.
Curso Educação a Distância em
Programado: elaboração de conteúdo para o curso.
Fitoterapia para Farmacêuticos ------------ ------------ ------------
Alcançado: Contratação de dois conteudistas.
do SUS
Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

91
92
Eixo informação

Quadro 5 – Objetivos e estratégias dos projetos e ações estratégicas do Eixo Informação do Qualifar-SUS
Projeto/ação Estratégica Objetivos Estratégias
Disponibilização do Hórus e WebService (WS) aos municípios e aos estados para que determinem a ferramenta
adequada para envio dos dados.
WebService – Serviço disponibilizado para estados, Distrito Federal e municípios que utilizam sistemas
Disponibilizar banco de dados que consolide
informatizados próprios, para transmissão dos dados para a Base Nacional de Dados de Ações e Serviços da
os dados enviados por meio do WebService,
Base Nacional de Dados de Assistência Farmacêutica.
Hórus e Programa Farmácia Popular, a fim
Ações e Serviços da Assistência Hórus – Sistema Nacional de Gestão da Assistência Farmacêutica, disponibilizado aos municípios, aos estados
de realizar análises para o direcionamento
Farmacêutica e ao Subsistema de Atenção à Saúde Indígena para dar suporte à gestão da Assistência Farmacêutica na
da Política de Assistência Farmacêutica
Atenção Básica.
Básica no País.
Apoio institucional para utilização das ferramentas.
Análise dos dados para utilização na gestão.
Disponibilização de ferramenta de acesso aos dados – Business Intelligence (BI).
Avaliar o acesso, a utilização, a promoção Formulação e execução da pesquisa que envolve 11 instituições acadêmicas de diferentes regiões do País.
Pesquisa Nacional sobre do uso racional de medicamentos pela Componente Populacional (inquérito), coordenada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
acesso, utilização e população brasileira e, consequentemente, compreendeu pesquisa domiciliar, de delineamento transversal e abrangência nacional.
promoção do uso racional de avaliar as políticas públicas de Assistência Componente Serviço de Saúde, coordenada pela Universidade Federal de Minas Gerais, consistiu em uma
medicamentos (Pnaum) Farmacêutica e sua efetivação na Atenção pesquisa de natureza qualiquantitativa, com o propósito de avaliar as políticas públicas de Assistência
Básica do Sistema Único de Saúde do País. Farmacêutica e sua efetivação na Atenção Básica.

Identificar a atual situação dos serviços


Intervenção Sistêmica da farmacêuticos técnicos gerenciais e
Contratação e formação da equipe de apoiadores/entrevistadores para desenvolvimento dos questionários
Assistência Farmacêutica nas assistenciais que envolvem a Assistência
(Secretário de Saúde; Responsável pela AF; Ponto de Atenção à Saúde e/ou Ponto de Apoio; Central de
Redes de Atenção à Saúde das Farmacêutica nas 15 regiões prioritárias do
Abastecimento Farmacêutico (CAF); Farmácia Hospitalar).
regiões do projeto QualiSUS- Projeto QualiSUS-Rede, de acordo com as
Aplicativo “QualiSUS-Rede” para coleta em campo.
-Rede diretrizes propostas para o funcionamento
das Redes Regionais de Atenção à Saúde.

continua
MINISTÉRIO DA SAÚDE
conclusão
Projeto/ação Estratégica Objetivos Estratégias
Caracterizar o perfil sociodemográfico da
população atendida pelo SUS no Município
de Curitiba e determinar a morbidade
prevalente da população atendida no
serviço farmacêutico.
Estudo observacional retrospectivo para análise dos dados referentes ao processo de implantação dos serviços
Caracterização de Serviços Avaliar a qualidade do serviço de clínica
farmacêuticos clínicos integrados à atenção primária à saúde na Rede de Atenção à Saúde de Curitiba-PR.
de Cuidados Farmacêuticos farmacêutica por meio de indicadores de
Pesquisa nas unidades básicas de saúde que realizem os serviços de clínica farmacêutica.
Implantados na Atenção oferta, utilização, produtividade, cobertura
Para coleta de dados, serão utilizados o sistema E-saúde do Município de Curitiba-PR e o prontuário de
Básica à Saúde de um e impacto.
primeira consulta e de retorno dos pacientes atendidos no serviço de clínica farmacêutica pelos profissionais
Município Brasileiro Avaliar a efetividade do serviço de clínica
farmacêuticos do SUS.
farmacêutica por meio de análise do
impacto do serviço sobre o acesso dos
pacientes aos medicamentos, a adesão ao
tratamento pelos pacientes e os desfechos
em saúde dos pacientes.
Disponibilizar ferramenta que facilite o
acesso dos profissionais de saúde e usuários
Aplicativo MEDSUS Manutenção da ferramenta com conteúdo atualizado referente aos medicamentos do Cbaf da Rename.
do SUS à Relação Nacional de Medicamentos
(Rename).
Disponibilizar aos usuários do SUS
ferramenta para o acompanhamento
Aplicativo Hórus Cidadão Manutenção e aprimoramento da ferramenta no que compete à CGAFB.
dos medicamentos atendidos e dos
agendamentos das dispensações no Hórus.
Ampliação do elenco de
medicamentos fitoterápicos Reunir informações de espécies medicinais
da Assistência Farmacêutica constantes na Relação Nacional de Plantas Apoio ao projeto “Estudos orientados de revisão, análise e sistematização das informações científicas para as
básica, passando de oito Medicinais de interesse ao SUS para espécies constantes da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (ReniSUS).”
medicamentos em 2011 para subsidiar a incorporação de fitoterápicos Articulação com Conitec para a utilização das informações geradas pelos Estudos Orientados.
16 até 2015 no SUS.

Estudos orientados de revisão, Sistematizar informações sobre plantas


análise e sistematização das medicinais e fitoterápicos para identificação Contratação de pesquisadores especialistas na área para sistematização das informações e elaboração de
informações científicas para de lacunas de pesquisa e de evidências de monografias.
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

as espécies constantes da eficácia, segurança de plantas medicinais de Disponibilização das monografias elaboradas para Consulta Pública.
ReniSUS interesse ao SUS.
Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.

93
94
Quadro 6 – Metas dos projetos e ações estratégicas do Eixo Informação do Qualifar-SUS
Projeto/ação Estratégica 2012 2013 2014 2015*
Programado: 30% dos municípios Programado: 45% dos municípios
brasileiros com envio de dados da brasileiros com envio de dados da Programado: 60% dos municípios brasileiros com
Base Nacional de Dados de
Assistência Farmacêutica Assistência Farmacêutica Básica envio de dados da Assistência Farmacêutica Básica
Ações e Serviços da Assistência -----------
Básica (1.671). (2.507). até 2015 (3.342).
Farmacêutica
Alcançado: 29% dos municípios Alcançado: 38% dos municípios Alcançado: 37% dos municípios brasileiros (2.040).
brasileiros (1.612). brasileiros (2.126).

Programado: Publicar e divulgar a Pnaum.


Programado: Definição Programado: Componente Alcançado:
dos objetivos e elaboração Inquérito: Definição dos Programado: Componente – 13 artigos relacionados ao Componente Inquérito
do projeto de pesquisa instrumentos, licitação da Inquérito: finalização do campo. submetidos para publicação na Revista de Saúde
(Componentes Inquérito empresa e início do campo Componente Serviço: Pública.
Pesquisa Nacional sobre e Serviço) Componente Serviço: Definição início do campo – 17 planos de análises apresentados do
acesso, utilização e Alcançado: Publicação dos instrumentos. Alcançado: Componente Componente Serviço para submissão e publicação na
promoção do uso racional de da Portaria nº 2.077, Alcançado: Componente Inquérito: 100% do campo Revista de Saúde Pública no 2º semestre de 2015.
medicamentos (Pnaum) de 17 de setembro de Inquérito: instrumentos definidos, realizado (41.433 entrevistas – Primeiros resultados do Componente Inquérito
2012, e submissão do empresa licitada e campo iniciado. domiciliares). apresentados na Comissão Intergestores Tripartite.
Projeto na Conep (CAAE Componente Serviço: definição Componente Serviço: campo – Aprovação de mesa redonda e trabalhos científicos
18947013.6.0000.0008). dos instrumentos iniciado em junho de 2014. no Congresso da Abrasco.
parcialmente realizada. – 3 cadernos da Série Pnaum elaborados e
encaminhados à Editora do MS.

Programado: 7.823 questionários


aplicados nos 485 municípios Programado: Publicar e divulgar a Pesquisa
e no DF das 15 regiões Assistência Farmacêutica nas Redes de Atenção à
Intervenção Sistêmica da
do QualiSUS-Rede para o Saúde: um recorte nas regiões do Projeto
Assistência Farmacêutica nas
diagnóstico situacional dos QualiSUS-Rede.
redes de atenção à saúde das ----------- ------------
serviços farmacêuticos, por Alcançado:
regiões do projeto
meio da Pesquisa Conep (CAAE – 6.404 questionários aplicados até abril de 2015.
QualiSUS--rede
19554413.6.0000.0008) – Banco de dados em validação para
Alcançado: 6.015 disponibilização aos pesquisadores.
questionários aplicados.
MINISTÉRIO DA SAÚDE

continua
conclusão

Projeto/ação Estratégica 2012 2013 2014 2015*

Programado: Publicar e divulgar a Pesquisa.


Programado: Aprovação do Caracterização de serviços de cuidados farmacêuticos
Caracterização de Serviços
Projeto de Pesquisa. implantados na Atenção Básica à Saúde de um
de Cuidados Farmacêuticos
Alcançado: Projeto de município brasileiro do projeto QualiSUS-Rede.
Implantados na Atenção ----------- -----------
pesquisa submetido para Alcançado:
Básica à Saúde de um
aprovação da Conep (CAAE – Projeto de pesquisa aprovado pela Conep em
Município Brasileiro
35440114.0.0000.0008). março de 2015.
– Coleta de dados em andamento.
Programado: Publicar o aplicativo
Programado: Manter o aplicativo e atualização das
e incluir as monografias dos
Programado: Manter o aplicativo. monografias dos medicamentos.
Aplicativo MEDSUS ----------- medicamentos da Rename 2012.
Alcançado: Aplicativo mantido. Alcançado: Aplicativo mantido e atualização das
Alcançado: Aplicativo publicado e
monografias em andamento.
monografias incluídas.
Programado: Publicar o
aplicativo com os agendamentos
Programado: Manter o aplicativo.
Aplicativo Hórus cidadão ----------- ----------- e medicamentos dispensados
Alcançado: Aplicativo mantido.
relacionados ao CBAF.
Alcançado: Aplicativo publicado.
Ampliação do elenco de
Programado: 16 fitoterápicos no elenco até 2015.
medicamentos fitoterápicos Programado: 16 fitoterápicos Programado: 16 fitoterápicos no Programado: 16 fitoterápicos no
Alcançado: 12 fitoterápicos no elenco .
da Assistência Farmacêutica no elenco até 2015 elenco até 2015. elenco até 2015.
– 17 pareceres sobre eficácia e segurança de plantas
básica, passando de oito Alcançado: 12 fitoterápicos Alcançado: 12 fitoterápicos Alcançado: 12 fitoterápicos no
medicinais de interesse ao SUS em elaboração para
medicamentos em 2011 para no elenco no elenco. elenco.
subsidiar decisão da Conitec.
16 até 2015
Estudos orientados de revisão, Programado: 71 monografias Programado: 71 monografias de Programado: 71 monografias de
Programado: 71 monografias de espécies da ReniSUS
análise e sistematização das de espécies da ReniSUS espécies da ReniSUS elaboradas espécies da ReniSUS elaboradas
elaboradas até 2015.
informações científicas para as elaboradas até 2015. até 2015. até 2015.
Alcançado: 26 monografias elaboradas e 30 em
espécies constantes Alcançado: 15 monografias Alcançado: 15 monografias Alcançado: 26 monografias
elaboração.
da ReniSUS elaboradas. elaboradas. elaboradas.
Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.* Resultados alcançados até maio de 2015.
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

95
96
Eixo Cuidado

Quadro 7 – Objetivos e estratégias dos projetos e ações estratégicas do Eixo Cuidado do Qualifar-SUS
Projeto/ação Estratégica Objetivos Estratégias
Desenvolver um sistema para a melhoria da
Parceria com o Banco Mundial, por meio do QualiSUS-Rede.
gestão do uso de medicamentos na Atenção
Projeto piloto de cuidado Parceria com SMS do município selecionado.
Básica à Saúde, por meio de atividades
farmacêutico na Atenção Seleção de regiões contempladas no Programa QualiSUS-Rede no período 2013-2015.
vinculadas ao Cuidado Farmacêutico,
Primária à Saúde para Análise da situação de saúde do município na estrutura de RRAS.
com a implantação de serviços de clínica
implementação de serviços de Produção de conhecimento e tecnologias sociais, assim como elaboração e validação de ferramentas para a
farmacêutica, bem como de atividades
clínica farmacêutica nas redes prática de Cuidado Farmacêutico.
técnico-pedagógicas, no Município de
regionais de atenção à saúde Capacitação e qualificação dos profissionais do SUS para o desenvolvimento dos serviços de clínica
Curitiba-PR, integrante de uma das 15
farmacêutica.
regiões do QualiSUS-Rede. .
Parceria com o Banco Mundial, por meio do QualiSUS-Rede.
Parceria com SMS do município selecionado.
Desenvolver um sistema para a melhoria da
Seleção de regiões contempladas no Programa QualiSUS-Rede em 2015.
gestão do uso de medicamentos nos Pontos
Análise da situação de saúde do município na estrutura de RRAS.
de Atenção: UPAs, Centros de Especialidades
Ampliação de serviço de Produção de conhecimento e tecnologias sociais, assim como elaboração e validação de ferramentas para a
e Farmácia Popular, por meio de atividades
clínica farmacêutica prática de Cuidado Farmacêutico.
vinculadas ao Cuidado Farmacêutico,
em Curitiba Capacitação e qualificação dos profissionais do SUS para o desenvolvimento dos serviços de clínica
com a implantação de serviços de clínica
farmacêutica.
farmacêutica, bem como de atividades
Elaboração de plano de ação com as secretarias de saúde dos municípios.
técnico-pedagógicas.
Elaboração de plano de ação desenvolvido pelos supervisores e apoiadores para implantação do serviço.
Cronograma de atividades que integre os planos de ação.
continua
MINISTÉRIO DA SAÚDE
conclusão

Projeto/ação Estratégica Objetivos Estratégias


Parceria com o Banco Mundial, por meio do QualiSUS-Rede.
Desenvolver um sistema para a melhoria da
Parceria com SMS do município selecionado.
gestão do uso de medicamentos na Atenção
Seleção de regiões contempladas no Programa QualiSUS-Rede em 2015.
Básica à Saúde, por meio de atividades
Análise da situação de saúde do município na estrutura de RRAS.
vinculadas ao Cuidado Farmacêutico,
Implantação de serviços de Produção de conhecimento e tecnologias sociais, assim como elaboração e validação de ferramentas para a
com a implantação de serviços de clínica
cuidado farmacêutico na prática de Cuidado Farmacêutico.
farmacêutica, bem como de atividades
Atenção Básica em Recife, Capacitação e qualificação dos profissionais do SUS para o desenvolvimento dos serviços de clínica
técnico-pedagógicas, no Município de
Betim e Lagoa Santa farmacêutica.
Recife/PB, Lagoa Santa/MG e Betim/MG,
Elaboração de plano de ação com as secretarias de saúde dos municípios.
integrantes de uma das 15 regiões do
Elaboração de plano de ação desenvolvido pelos supervisores e apoiadores para implantação do serviço.
QualiSUS-Rede.
Cronograma de atividades que integre os planos de ação.

Desenvolver software web e mobile para os


Desenvolvimento de serviços de clínica farmacêutica.
Parceria com o Banco Mundial, por meio do QualiSUS-Rede.
tecnologias para estruturação Desenvolver EAD que possa contribuir na
Desenvolvimento de EAD.
dos serviços de cuidado agilização e na ampliação da capacitação
Desenvolvimento de software web e mobile.
farmacêutico no SUS dos profissionais farmacêuticos para os
serviços clínicos.
Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

97
98
Quadro 8 – Metas dos projetos e ações estratégicas do Eixo Cuidado do Qualifar-SUS
Projeto/ação Estratégica 2012 2013 2014 2015
Programado:
– Implantação dos serviços de clínica farmacêutica em 20 pontos de atenção
do Município de Curitiba.
– Criação de Comitê de Uso Racional de Medicamentos no município e nos
distritos de Curitiba.
– Capacitação de profissionais farmacêuticos para implantação dos serviços de
clínica farmacêutica. Programado:
– Publicação de cadernos técnicos contendo o processo de desenvolvimento e – Publicação de caderno técnico da série
Projeto piloto de cuidado resultados do projeto. Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica
farmacêutico na Atenção Alcançado: contendo os resultados obtidos no projeto.
Primária à Saúde para – Implantação dos serviços de clínica farmacêutica em 56 pontos de atenção
----------- -----------
implementação de serviços de (unidades básicas de saúde).
clínica farmacêutica nas redes – Criação de quatro Comitês de Uso Racional de Medicamentos no município, Alcançado:
regionais de atenção à saúde 30 profissionais farmacêuticos capacitados, sendo 23 aptos para as práticas – Caderno técnico publicado: Caderno 4:
clínicas de cuidado farmacêutico. Resultados do Projeto de Implantação do Cuidado
– Cadernos Técnicos da série Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica Farmacêutico no Município de Curitiba
publicados:
1) Caderno 1: Serviços farmacêuticos na Atenção Básica à Saúde
2) Caderno 2: Capacitação para implantação dos serviços de clínica
farmacêutica
3) Caderno 3: Planejamento e implantação de serviços de cuidado
farmacêutico na Atenção Básica à Saúde: a experiência de Curitiba
Programado:
– Implantação do cuidado farmacêutico
nas UPAs, nos centros de especialidade e na
Farmácia Popular no Município de Curitiba.
Ampliação de serviço de
– Modelagem do serviço de cuidado
clínica farmacêutica ----------- ----------- -----------
farmacêutico integrando a Atenção Básica e
em Curitiba
especializada no Município de Curitiba.
Alcançado:
– Realização do diagnóstico para modelagem
do serviço.
MINISTÉRIO DA SAÚDE

continua
conclusão

Projeto/ação Estratégica 2012 2013 2014 2015


Programado:
– Implantação de serviços de cuidado
Implantação de serviços de
farmacêutico nas unidades de saúde dos
cuidado farmacêutico na
----------- ----------- ----------- municípios.
Atenção Básica em Recife,
Alcançado:
Betim e Lagoa Santa
– Contratação dos supervisores e apoiadores
regionais.
Programado:
– Desenvolvimento der curso na modalidade
EAD visando à implantação do serviço de
cuidado farmacêutico.
Desenvolvimento de
– Desenvolvimento de software web e mobile
tecnologias para estruturação
----------- ----------- ----------- para realização da clínica farmacêutica.
dos serviços de cuidado
Alcançado:
farmacêutico no SUS
– Processo de contratação de dois conteudistas
e um técnico de tecnologia da informação para
desenvolvimento das ferramentas em fase final.

Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.* Resultados alcançados até maio de 2015.


RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

99
5 INDICADORES SELECIONADOS E SÍNTESE
DA EVOLUÇÃO ORÇAMENTÁRIA DO
COMPONENTE BÁSICO DA ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA

5.1 Indicadores Selecionados


Na gestão pública, tempo e recursos financeiros devem ser otimizados, dessa forma
um bom indicador deve cumprir a sua finalidade: “traduzir, de forma mensurável, um aspecto
da realidade dada (situação social) ou construída (ação), de maneira a tornar operacional a
sua observação e avaliação” (BRASIL, 2012a). Nesse sentido, o Ministério do Planejamento
recomenda que os componentes e os elementos apresentados no Quadro 9 sejam previamente
padronizados e utilizados na gestão pública no Brasil.

Além disso, consideram-se como essenciais as propriedades: utilidade, validade,


confiabilidade, disponibilidade. Como complementares: sensibilidade, clareza, simplicidade,
desagregabilidade, economicidade, estabilidade, mensurabilidade, auditabilidade, além dos
aspectos de publicidade, temporalidade, factibilidade. (BRASIL, 2012a).

Quadro 9 – Elenco de qualidades de indicadores recomendados pelo Ministério do


Planejamento, Brasil
Propriedade Elementos
Representatividade
Simplicidade
Sensibilidade a mudanças
Relevância para a formulação de políticas
Possibilidade de comparações em nível internacional
Escopo abrangente
Disponibilidade de valores de referência
Fundamentação científica
Adequação à análise Base em padrões internacionais e consenso sobre a sua validade
Aplicação em modelos econômicos, de previsão e em sistemas de informação
Validade em termos de tempos e recursos
Mensurabilidade Documentação adequada
Atualização periódica
Fonte: <http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/spi/PPA/2012/121003_orient_indic_triangular.pdf>.
Acesso em: ago. 2014.

101
MINISTÉRIO DA SAÚDE

5.1.1 Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica no Âmbito do


SUS – Eixo Estrutura
Percentual de municípios do Programa Brasil Sem Miséria (BSM) que receberam recursos
do Qualifar-SUS para estruturação da Assistência Farmacêutica
Programa e/ou Projeto estratégico: Qualifar-SUS
Diretriz Nacional: Garantia da Assistência Farmacêutica no âmbito do SUS
Relevância do indicador: Necessidade de fomentar e monitorar a estruturação da Assistência Farmacêutica no SUS, estratégia
fundamental para a ampliação e a qualificação do acesso da população e a promoção do uso racional aos medicamentos.
Método de cálculo:

n
Fonte: Fundo Nacional de Saúde
Periodicidade dos dados: Anual
Limitações:
• Para o cálculo deste indicador não há limitações.
• As possíveis limitações estão a posteriori, para confirmar se o município aplicou o recurso destinado para estruturação.
Categorias sugeridas para análise:
• Unidade geográfica: Brasil, grandes regiões, estado.
• Porte populacional de até 100.00 habitantes.

Dados estatísticos e comentários:


Considerando os municípios elegíveis à época da programação (2.257 municípios do Programa Brasil Sem Miséria com até 100.000 hab.),
70% dos municípios receberam recursos de investimento para estruturação da Assistência Farmacêutica, por meio do Qualifar-SUS.
Das cinco regiões do País, o Nordeste teve uma maior adesão à estruturação da Assistência Farmacêutica pelo Qualifar-SUS com 59,17%
de representatividade, seguida pela Região Sudeste (14,92%) e Norte (10,81%). Em concordância também com o maior percentual de
municípios que receberam parcelas de R$ 11.200,00, os quais estão localizados na Região Nordeste (58,17%).
Número de municípios com adesão ao programa Qualifar-SUS em 2012-2014 com até 100.000 habitantes do Programa
Brasil Sem Miséria e percentual por faixa de investimento

INVESTIMENTO Brasil Sem Miséria


R$ Centro-Oeste Nordeste Norte Sudeste Sul (100.000 hab)
n % n % n % n % N % n %
R$ 11.200,00 64 4,87 765 58,17 127 9,66 199 15,13 160 12,17 1.315 100
R$ 22.400,00 9 4,50 129 64,50 31 15,50 26 13,00 5 2,50 200 100
R$ 33.600,00 0 0 42 62,69 13 19,40 11 16,42 1 1,49 67 100
TOTAL 73 4,61 936 59,17 171 10,81 236 14,92 166 10,49 1.582 100

102
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

A maior representatividade de investimento está nos municípios com até 25.000 habitantes (R$ 11.200,00) para as cinco regiões, variando
de 87,67% a 96,39%.
Número e percentual de municípios com até 100.000 habitantes do Programa Brasil Sem Miséria
que receberam recursos de investimento em 2012-2014, por região
Brasil Sem Miséria
INVESTIMENTO R$ R$ 11.200,00 R$ 22.400,00 R$ 33.600,00 (100.000 hab.)
n % n % n % n %
Centro-Oeste 64 87,67 9 12,33 0 0 73 100
Nordeste 765 81,73 129 13,78 42 4,49 936 100
Norte 127 74,27 31 18,13 13 7,60 171 100
Sudeste 199 84,32 26 11,02 11 4,66 236 100
Sul 160 96,39 5 3,01 1 0,60 166 100
TOTAL 1.315 200 67 1.582

Fonte: Fundo Nacional de Saúde.

5.1.2 Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos


Percentual de municípios/estados que receberam recursos para estruturação de projetos
relacionados a Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PMF)
Programa e/ou Projeto estratégico: PNPMF
Diretriz Nacional: Garantia da Assistência Farmacêutica no âmbito do SUS
Relevância do indicador: Necessidade de fomentar e monitorar a estruturação de Arranjos Produtivos Locais (APLs) de plantas medicinais
e fitoterápicos, Assistência Farmacêutica em Plantas Medicinais e Fitoterápicos e o Desenvolvimento e registro sanitário de fitoterápicos da
Rename por Laboratórios Públicos.
Método de cálculo:

n
Fonte: Coordenação-Geral de Assistência Farmacêutica Básica
Periodicidade dos dados: Anual
Limitações:
• Para o cálculo deste indicador, não há limitações.
• As possíveis limitações estão a posteriori, para confirmar se o município/estado aplicou o recurso destinado para efetivação do
projeto.
Categorias sugeridas para análise:
• Unidade geográfica: Brasil, grandes regiões, estados.
• Modalidade (Arranjo Produtivo Local de Plantas Medicinais e Fitoterápicos; Assistência Farmacêutica em Plantas Medicinais e
Fitoterápicos; desenvolvimento e registro sanitário de fitoterápicos da Rename).

103
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Dados estatísticos e comentários:


A seguir, informações sobre número de projetos apoiados por região, em comparação com a demanda recebida, principalmente via Editais
(Edital SCTIE/MS nº 1/2012; Edital SCTIE/MS nº 1/2013; Edital SCTIE/MS nº 1/2014).
Projetos apoiados via Edital SCTIE/MS nº 1/2012 e considerando
articulações anteriores com estados, por região geográfica
  Sul Sudeste Centro-Oeste Nordeste Norte
Propostas recebidas 9 18 3 9 4
Propostas apoiadas 4 6 1 2 1
% propostas apoiadas por região 44,4 33,3 33,3 22,2 25
TOTAL – 14 PROJETOS DE APL – R$10.129.228,09
Projetos apoiados via Edital SCTIE/MS nº 1/2013, por região geográfica
  Sul Sudeste Centro-Oeste Nordeste Norte
Propostas recebidas 17 8 4 10 2
Propostas apoiadas 1 3 3 2 0
% propostas apoiadas por região 5,9 37,5 75 20 0
TOTAL – 09 PROJETOS DE APL – R$6.159.565,90
Projetos apoiados via AF PMF em 2013, por região geográfica
  Sul Sudeste Centro-Oeste Nordeste Norte
Propostas recebidas 16 13 3 10 4
Propostas apoiadas 7 7 1 6 3
% propostas apoiadas por região 43,7 53,8 33,3 60 75
TOTAL – 24 PROJETOS DE AF PMF – R$2.850.000,00
Projetos apoiados via Edital SCTIE/MS nº 1/2014, por região geográfica
  Sul Sudeste Centro-Oeste Nordeste Norte
Propostas recebidas 10 15 4 11 3
Propostas apoiadas 3 8 2 4 2
% propostas apoiadas por região 30 53,3 50 36,4 66,7
TOTAL – 19 PROJETOS (12 AF PMF, 5 APL, 2 DESENVOLVIMENTO E REGISTRO DE FITO) – R$7.176.801,69
Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.

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RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

5.1.3 Base Nacional de Dados de Ações e Serviços da Assistência


Farmacêutica – Componente Básico da Assistência Farmacêutica
Percentual de municípios com utilização do sistema de informação para a gestão da Assistência Farmacêutica
Programa e/ou Projeto estratégico: Base Nacional de Dados de Ações e Serviços da Assistência Farmacêutica
Diretriz Nacional: Garantia da Assistência Farmacêutica no âmbito do SUS
Relevância do indicador: Permite observar a capacidade do município de fornecer informações referentes ao acesso e ao uso de
medicamentos pela população assistida no SUS a partir das ferramentas: Hórus e/ou WebService.
Método de cálculo:

Fonte: DATASUS – Hórus ou WebService


Periodicidade dos dados: Anual
Limitações:
• Não há obrigatoriedade a todos os municípios brasileiros que recebem recursos financeiros para o bloco de assistência
farmacêutica pelo governo federal em utilizar uma das ferramentas Hórus e WebService.
• Não é considerada a continuidade no ano da movimentação no sistema. Considera como movimentação valor igual ou maior
que uma movimentação no ano.
Categorias sugeridas para análise:
• Brasil, estado, grandes regiões de saúde.
Dados estatísticos e comentários:
Considerando o total de municípios no País (5.570), no ano de 2014, 39,37% movimentaram estoque pelo Sistema Hórus ou enviaram
dados à Base Nacional de Dados de Ações e Serviços da Assistência Farmacêutica por meio do WebService.
De 2013 (1.612) a 2014 (2.126), houve um aumento de 514 municípios que estão utilizando uma das formas estabelecidas para gestão
da informação de compra ou saída de medicamentos. Aumento visualizado em todas as regiões conforme mostra os números absolutos.
Quanto às representatividades por região na utilização do sistema, são mais expressivas as regiões Sudeste com 56,07% (2013) e 44,49%
(2014), seguida pela Região Nordeste (26,98% em 2013 e 36,12% em 2014).
Municípios com uso do Municípios com uso do
REGIÃO % %
sistema em 2013 sistema em 2014
Centro-Oeste 64 3,97 104 4,89
Nordeste 435 26,98 768 36,12
Norte 58 3,59 116 5,45
Sudeste 904 56,07 946 44,49
Sul 151 9,36 192 9,03
TOTAL 1.612 100 2.126 100
Fonte: DATASUS – Hórus e WebService.

105
MINISTÉRIO DA SAÚDE

5.2 Síntese da Evolução Orçamentária do Componente Básico da


Assistência Farmacêutica
As ações, os programas e os projetos relacionados à Assistência Farmacêutica na Atenção
Básica são estabelecidos em conformidade com as seguintes ações orçamentárias:
I. 20AE – Promoção da Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos na Atenção
Básica em Saúde
• Repasse mensal pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) a estados e/ou municípios e
ao Distrito Federal, para aquisição dos medicamentos do Componente Básico da
Assistência Farmacêutica, conforme Portaria nº 1.555/2013.
• Repasse anual pelo Fundo Nacional de Saúde (FNS) a estados e/ou municípios
e ao Distrito Federal, para aquisição dos medicamentos do Componente Básico
da Assistência Farmacêutica para atender à população privada de liberdade no
Sistema Prisional.
• Distribuição dos medicamentos e insumos adquiridos em 2013 para atender à
população privada de liberdade no Sistema Prisional.
• Aquisição e distribuição das insulinas, dos medicamentos e dos insumos para os
programas saúde da mulher e calamidade pública.
II. 20AH – Organização dos Serviços de Assistência Farmacêutica no SUS
• Transferência trimestral de recursos financeiros (custeio) Fundo a Fundo aos
municípios, por meio do Qualifar-SUS (1.582 municípios, em 2014, e previsão de
2.257 municípios, em 2015, atingindo 100% dos municípios do Plano Brasil Sem
Miséria).
• Transferência de recursos financeiros (investimento) Fundo a Fundo aos
municípios, por meio do Qualifar-SUS, em parcela única, no ano de habilitação dos
municípios (previsão de 675 municípios em 2015, atingindo 100% dos municípios
do Plano Brasil Sem Miséria).
• Disponibilização de cursos de educação permanente para qualificação dos
profissionais de saúde e aprimoramentos dos serviços gerenciais e assistenciais,
bem como a realização de eventos com vistas à promoção do uso racional de
medicamentos.
• Garantia do apoio técnico para a estruturação da Assistência Farmacêutica nos
municípios habilitados no Eixo Estrutura do Qualifar-SUS.
• Estabelecimento de parcerias para análise dos dados da Base Nacional de Dados
de Ações e Serviços da Assistência Farmacêutica.

106
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

III. 20K5 – Apoio ao Uso de Plantas Medicinais e Fitoterápicos no SUS


• Transferência de recursos financeiros para estados e municípios, por meio de
repasse Fundo a Fundo, a fim de apoiar a cadeia produtiva de plantas medicinais
e fitoterápicos.
• Apoio aos estudos orientados de revisão, análise e sistematização das informações
científicas para as espécies constantes na ReniSUS, visando identificar lacunas
de pesquisa, subsidiar a incorporação de fitoterápicos no sistema de saúde e
fomentar o uso racional de plantas medicinais e fitoterápicos.
• Realização de eventos e reuniões no âmbito do Comitê Nacional de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos.
• Desenvolvimento de estratégias de comunicação, divulgação, articulação,
formação técnico-científica e capacitação no setor de plantas medicinais e
fitoterápicos.
• Desenvolvimento de estratégias de monitoramento e avaliação de projetos da
cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos.

A análise das dotações orçamentárias, oneradas nos últimos seis anos, mostrou que o
Ministério da Saúde tem garantido recursos para o custeio da Assistência Farmacêutica na
Atenção Básica como forma de diminuir essa desigualdade. Nota-se, nas figuras a seguir,
que a partir de 2012 houve um incremento crescente na ação 20AH, com a implantação do
Programa Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica (Qualifar-SUS), assim como
a criação da ação 20K5, inserida no PPA 2012-2015 para utilização do recurso em ações do
Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos. Estes dados reforçam a aplicação de
recursos para atividades além do repasse Fundo a Fundo para aquisição de medicamentos.

Vale ressaltar que, entre os anos de 2009 e 2014, há um aumento do recurso repassado
aos Fundos Municipais e Estaduais de Saúde para aquisição de medicamentos do Componente
Básico, passando de 750 milhões de reais, em 2009, para 1 bilhão de reais em 2014.

Destaca-se que parte das aquisições centralizadas de medicamentos era realizada por
meio da ação 4368 – Promoção da Assistência Farmacêutica e Insumos para Programas de
Saúde Estratégicos. E, a partir de 2012, todas as aquisições relativas ao Componente Básico
da Assistência Farmacêutica foram incorporadas à ação 20AE, de responsabilidade da CGAFB.

107
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Figura 15 – Série histórica das dotações orçamentárias das ações 20AE, 20AH e 20K5, de 2009
a 2014

Fonte: CGPLAN/SCTIE/MS.

Figura 16 – Incremento das dotações orçamentárias da Assistência Farmacêutica Básica, de


2009 a 2014

Fonte: CGAFB/DAF/SCTIE/MS.

108
6 AUDITORIAS NA GESTÃO FEDERAL E O
COMPONENTE BÁSICO DA ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA
As auditorias realizadas pelos órgãos de controle interno (SFC/CGU) e externo (CGU) têm
sido importantes instrumentos para a avaliação da Assistência Farmacêutica, para a ampliação
e a melhoria de suas ações e serviços, mediante a análise crítica de sua implementação no
âmbito do SUS, apontando suas limitações, em particular, do monitoramento e da avaliação,
bem como contribuindo para o foco nos resultados para a cidadania, com a promoção segura
do acesso e do uso racional dos medicamentos e insumos.

Nesse sentido, vale destacar o Relatório de Auditoria Operacional Farmácia Básica, de


2011, que focou o Componente Básico da Assistência Farmacêutica, entre outras razões,
porque:

A Assistência Farmacêutica Básica foi escolhida como objeto de auditoria


em função da materialidade da ação, que no ano de 2009 teve R$ 816
milhões de despesas liquidadas, somente de recursos federais; da elevada
complexidade na sua operacionalização, uma vez que ela é executada
por estados e municípios, surgindo daí a necessidade de coordenação
entre as três esferas da federação; da falta de instrumentos de controle
que garantam que seus objetivos sejam alcançados; devido ao expressivo
número de denúncias de falta de medicamentos veiculadas na mídia e às
diversas irregularidades encontradas nas fiscalizações realizadas pelos
órgãos de controle como a CGU, o Denasus e o próprio TCU. (BRASIL, 2011c,
p. 11, grifo do autor).

O objetivo dessa auditoria assim foi definido: “analisar a implantação e operacionalização


da assistência farmacêutica básica, avaliando a eficiência na gestão dos recursos pelos entes
estaduais e municipais e os controles realizados pelo Ministério da Saúde”. (BRASIL, 2011c, p. 13).

Ainda que ressalvando a limitação do universo de estados e municípios analisados


(dez estados e três municípios por UF) e da base de dados do Sistema de Informação sobre
Orçamentos Públicos em Saúde (Siops), foram feitas, entre outras, as seguintes constatações:

111
MINISTÉRIO DA SAÚDE

• Omissão dos governos estaduais na coordenação e na orientação dos municípios.


• Falta de planejamento da Assistência Farmacêutica.
• Falta de critérios técnicos na seleção de medicamentos.
• Programação das compras de medicamentos inadequada.
• Condições de armazenamento dos medicamentos inadequadas.
• Falta de controles no fluxo de medicamentos.

Em relação às responsabilidades do Ministério da Saúde, referentes à Assistência


Farmacêutica Básica, esta auditoria operacional apresentou, entre outras, as seguintes
constatações/considerações, as quais foram reiteradas na Auditoria da Controladoria-Geral da
União na SCTIE, em 2014:
• Deficiências no acompanhamento e no controle dos repasses Fundo a Fundo.
• O indicador da Ação 20AE no PPA 2008-2011 mudou de “municípios habilitados”
para “população coberta” representando uma melhora no indicador, pois aproxima a
informação da efetividade da ação, mas ainda é um indicador precário para fornecer
uma medida do desempenho do programa.
• Apesar de os indicadores serem essenciais à avaliação do desempenho do programa,
mesmo que eles fossem propostos, não poderiam ser calculados, uma vez que o DAF
não dispõe de dados para alimentá-los. Os estados e os municípios não fornecem as
informações necessárias para que o MS saiba o que acontece na gestão da Assistência
Farmacêutica com a população.
• O Hórus não vai garantir que as informações necessárias cheguem ao DAF por
não se tratar de um sistema de alimentação obrigatória, tendo em vista que seu
objetivo é auxiliar o gerenciamento das ações da Assistência Farmacêutica. Muitos
municípios já possuem sistemas próprios, enquanto outros podem deixar de incluir
dados importantes.

No que se refere ao monitoramento da Farmácia Básica, o Ministério da Saúde atendeu


à determinação do Acórdão n° 1459/2011, do Tribunal de Contas da União (TCU), no que se
refere à seguinte proposta de encaminhamento:

IV) Determinar à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do


Ministério da Saúde, com fulcro no art. 250, inciso II, do Regimento Interno
do Tribunal de Contas da União, e com fundamento no art. 27, inciso X, do
Decreto nº 7.135 de 2010 e art. 36 da Portaria nº 204 de 2007, que defina,
em 120 (cento e vinte) dias, rol de informações mínimas sobre a gestão da
Assistência Farmacêutica básica a serem encaminhadas obrigatoriamente

112
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

pelos estados e municípios que não aderirem ao Hórus, além do fluxo e


cronograma do envio dessas informações (par. 113). (BRASIL, 2011b).

A Portaria nº 271, de 27 de fevereiro de 2013, instituiu a Base Nacional de Dados de


ações e serviços da Assistência Farmacêutica e regulamentou o conjunto de dados, fluxo e
cronograma de envio referente ao Componente Básico da Assistência Farmacêutica no âmbito
do Sistema Único de Saúde (SUS).

O Artigo 6º definiu o cronograma de execução do envio do conjunto de dados em


duas etapas:

I - etapa 1: envio do conjunto de dados por meio do serviço WebService


ou, ainda, do Sistema HÓRUS, pelos entes federativos contemplados para
receber recursos destinados ao Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS, conforme
a Portaria nº 22/SCTIE/MS, de 15 de agosto de 2012, sendo que:

a) o envio do conjunto de dados por meio do serviço Web- Service


ocorrerá até o dia 15 de julho de 2013, considerando-se como referência a
competência do mês anterior ao do encaminhamento dos dados; e

b) a alimentação regular dos dados no Sistema HÓRUS, nos termos definidos


no art. 5º, ocorrerá até o dia 15 de julho de 2013; e

II - etapa 2: o início da transmissão do conjunto de dados pelos demais


entes federativos será pactuado pela CIT após a realização de levantamento
nacional pelo Ministério da Saúde sobre a utilização, pelos demais entes
federativos, de sistemas informatizados para gestão da Assistência
Farmacêutica. (BRASIL, 2013a, Art. 6º).

O Qualifar-SUS foi pactuado na CIT no ano de 2012 e instituído a partir da publicação


da Portaria nº 1.214, de 14 de junho de 2012. O objetivo do Programa é contribuir para o
aprimoramento, a implementação e a integração das atividades da Assistência Farmacêutica
nos serviços de saúde, por meio de projetos e ações em quatro eixos, nos quais a CGAFB
empreende uma série de ações estratégicas, conforme apresentado ao longo deste
documento:
• Eixo Informação: Produzir documentos técnicos e disponibilizar informações que
possibilitem o acompanhamento, o monitoramento e a avaliação das ações e dos
serviços da Assistência Farmacêutica.

113
MINISTÉRIO DA SAÚDE

• Eixo Cuidado: Inserir a Assistência Farmacêutica nas práticas clínicas visando à


resolutividade das ações em saúde.
• Eixo Educação: Promover a educação permanente e a capacitação dos profissionais
de saúde para qualificação das ações da Assistência Farmacêutica voltadas ao
aprimoramento das práticas profissionais, no contexto das Redes de Atenção à Saúde.
• Eixo Estrutura: contribuir para a estruturação dos serviços farmacêuticos no SUS, de
modo que estes sejam compatíveis com as atividades desenvolvidas na Assistência
Farmacêutica, considerando a área física, os equipamentos, os mobiliários e os
recursos humanos. Neste eixo, até o final de 2014, 1.582 municípios constantes no
Plano Brasil Sem Miséria até 100 mil habitantes foram habilitados a receber recursos
de custeio e capital.

Ressalta-se que o DAF/SCTIE/MS, na ocasião da pactuação dessa Portaria, apresentou


a proposta da obrigatoriedade de utilização do Hórus ou da transmissão das informações
para todos os municípios brasileiros. No entanto, não houve consenso por parte do Conass
e Conasems quanto à obrigatoriedade à totalidade dos municípios, sendo pactuada apenas
para o grupo de municípios contemplados no Eixo Estrutura Qualifar-SUS.

O conjunto de dados pactuados para o monitoramento do Componente Básico da


Assistência Farmacêutica refere-se ao registro de entradas, saídas por perda (perda diversa e
validade vencida) e dispensações ocorridas nos estabelecimentos de saúde dos medicamentos
do referido Componente, constantes na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
(Rename) vigente.

Tem-se cumprido integralmente as definições da Portaria nº 271/2013 quanto ao:

a) Levantamento nacional sobre a utilização, pelos demais entes federativos, de


sistemas informatizados para gestão da Assistência Farmacêutica.
b) Início do fluxo do envio do conjunto de dados por meio do serviço WebService
ou, ainda, do Sistema Hórus, pelos entes federativos contemplados para receber
recursos destinados ao Eixo Estrutura do Qualifar-SUS.

Tal levantamento foi realizado pela CGAFB, por meio de um questionário sobre a
utilização de sistemas informatizados para gestão da Assistência Farmacêutica. No total, 2.437
municípios preencheram o formulário, dos quais 43,7% informaram possuir sistema próprio
para gestão da Assistência Farmacêutica.

Em relação ao item “b”, quanto ao envio de dados relacionados ao Componente Básico


da Assistência Farmacêutica para Base Nacional de Dados de Ações e Serviços da Assistência

114
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

Farmacêutica, iniciou-se a obrigatoriedade para os municípios habilitados no Qualifar-SUS em


15 de julho de 2013, para ambas as formas de envio – via WebService e alimentação regular do
Sistema Hórus –, conforme informado na Portaria 271/2013, nas letras “a” e “b” do art. 6º.

Por meio do monitoramento trimestral da análise dos dados da Assistência Farmacêutica,


é realizado o pagamento dos municípios e autorizado o repasse do recurso financeiro,
mediante publicação de portaria.

Para os municípios em descumprimento aos artigos das portarias, que regulamentam


o Eixo Estrutura do Qualifar-SUS, é realizado bloqueio dos recursos, sendo retomados os
repasses a partir da regularização do envio de conjunto de dados.

Todas as orientações para a transmissão dos dados via WebService estão disponibilizadas
no sítio eletrônico do Ministério da Saúde (<www.saude.gov.br/qualifarsus> – Eixo Informação).

Quanto à obrigatoriedade do envio dos dados dos demais municípios, não habilitados
no Qualifar-SUS Eixo Estrutura, na Portaria nº 271/2013, foi definido que o início da transmissão
do conjunto de dados seria pactuado pela CIT, após a realização de levantamento nacional,
pelo Ministério da Saúde, sobre a utilização, pelos demais entes federativos, de sistemas
informatizados para gestão da Assistência Farmacêutica. No entanto, o cronograma com os
prazos para o envio dos dados da Assistência Farmacêutica pelos municípios não habilitados
no Qualifar-SUS ainda não foi objeto de pactuação na CIT até o presente momento.

115
7 PERSPECTIVAS E DESAFIOS PARA O NOVO
PERÍODO DE GESTÃO
Destaca-se o esforço desta Coordenação nos últimos anos com o propósito de fortalecer a
estruturação, a organização, a capacidade de gestão e de execução da Assistência Farmacêutica
no País. Buscou-se prestar apoio aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, em resposta
às demandas e às propostas da sociedade civil organizada e às recomendações dos órgãos de
controle externo e interno e, nesse sentido, alguns projetos e ações representam importantes
avanços, tais como:
• Desenvolvimento e o apoio à implantação do Sistema Nacional de Gestão da
Assistência Farmacêutica (Hórus).
• A elaboração e a implementação do Programa Nacional de Qualificação da Assistência
Farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (Qualifar-SUS), organizado em
quatro eixos: estrutura, educação, informação e cuidado.
• A elaboração e o desenvolvimento do projeto de Intervenção Sistêmica da Assistência
Farmacêutica nas Redes de Atenção à Saúde das Regiões do Projeto QualiSUS-Rede,
em parceria com o Banco Mundial, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde
(Conass), o Conselho Nacional de Secretarias de Saúde (Conasems), as Secretarias de
Saúde dos estados, dos municípios e do Distrito Federal.
• A pactuação tripartite da Base Nacional de Dados de Ações e Serviços da Assistência
Farmacêutica no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), instituída mediante Portaria
nº 271/2013, com a definição do conjunto de dados para o Componente Básico da
Assistência Farmacêutica e a obrigatoriedade de envio desses dados pelos municípios
habilitados no Eixo Estrutura do Programa Qualifar-SUS.
• A realização da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do uso racional
de medicamentos (URM) no Brasil.
Estas intervenções estão voltadas à estruturação dos serviços de Assistência Farmacêutica
em escala nacional e à melhoria da qualidade dos serviços. No entanto, visto o período de
transição em que esta Coordenação encontra-se, registra-se a seguir a agenda estratégica
2015, definida no colegiado da Secretária de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos e
aprovada pelo secretário, assim como outros aspectos que vêm sendo discutidos no âmbito
da CGAFB, cujo andamento é fundamental para o aprimoramento da Política de Assistência
Farmacêutica na Atenção Básica.

117
MINISTÉRIO DA SAÚDE

7.1 Agenda Estratégica 2015


Neste ano, a CGAFB é responsável por dez resultados que compõem a agenda estratégica
da SCTIE, conforme pode ser observado no quadro a seguir:

Quadro 10
– Resultados constantes no Planejamento Estratégico 2015, sob a
responsabilidade da CGAFB
Ampliação do número de municípios do Plano Brasil Sem Miséria, com até 100 mil habitantes, habilitados no Eixo Estrutura do Programa
Nacional de Qualificação da Assistência Farmacêutica (Qualifar-SUS), passando de 70%, em 2014, para 100% (2.257) em 2015.
Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil (Pnaum), publicada e divulgada
em 2015.
Publicação e divulgação, em 2015, sobre o uso dos medicamentos para hipertensos e diabéticos e as fontes de obtenção, nas capitais dos
26 estados brasileiros e no Distrito Federal, no período 2011 a 2013, a partir de dados do Vigitel.
Publicação e divulgação, em 2015, sobre o uso de medicamentos para Doenças Crônicas não Transmissíveis (hipertensão, diabetes, asma e
depressão), a partir de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS-2013).
Publicação e divulgação, em 2015, sobre obtenção de medicamentos para hipertensos e diabéticos no Programa Farmácia Popular do
Brasil, a partir de dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS-2013).
Publicação e divulgação, em 2015, da Pesquisa “Assistência Farmacêutica nas Redes de Atenção à Saúde: um recorte nas regiões do Projeto
QualiSUS-Rede”.
Publicação e divulgação, em 2015, da Pesquisa “Caracterização de serviços de cuidados farmacêuticos implantados na Atenção Básica à
Saúde de um município brasileiro do projeto QualiSUS-Rede”.
Implementação da qualificação da Assistência Farmacêutica, em 2015, em 485 municípios e no Distrito Federal, nas 15 regiões do projeto
QualiSUS-Rede.
Projetos de apoio à cadeia produtiva (Arranjos Produtivos Locais de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, Assistência Farmacêutica em Plantas
Medicinais e Fitoterápicos, Desenvolvimento e Registro de Fitoterápicos) financiados pelo Ministério da Saúde, passando de 66, em 2014,
para 72, pelo menos, em 2015.
Ampliação do elenco de medicamentos fitoterápicos incluídos na Assistência Farmacêutica Básica, passando de 12, em 2014, para 16
em 2015.
Fonte: SCTIE/MS.

118
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

7.2 Aspectos em Discussão no Âmbito da Cgafb, com Relevância para


o Aprimoramento da Política de Assistência Farmacêutica na
Atenção Básica
• Revisão da Portaria n° 1.555/2013, que versa sobre o financiamento do Componente
Básico da Assistência Farmacêutica, considerando a necessidade de pactuação de
novo modelo de financiamento e estabelecimento de indicadores de resultado e
de impacto do Componente Básico da Assistência Farmacêutica, de forma a aferir
adequadamente a eficácia da Política de Assistência Farmacêutica no âmbito do SUS.
Para tanto, a SCTIE encaminhou oficialmente ao Conass e Conasems proposta de
criação de Grupo de Trabalho com tal finalidade.
• Buscar estratégias intersetoriais para garantir a disponibilidade regular de
medicamentos na Atenção Básica.
• Apoiar a organização de consórcios municipais para incentivar o compartilhamento
das compras públicas na Atenção Básica.
• Proposta de universalização do eixo estrutura do Programa Qualifar-SUS nos municípios
brasileiros, assim como a revisão do marco legal, no que se refere ao monitoramento e
às estratégias de apoio, envolvendo a gestão estadual e os Cosems.
• Regulamentação do eixo cuidado, por meio, da definição das diretrizes nacionais do
cuidado farmacêutico.
• Ampliação e disseminação do eixo cuidado do Programa Qualifar-SUS. Para o ano de
2015, a exemplo de Curitiba, o Projeto de Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica
será implantado em outros três municípios. Além disso, encontra-se em elaboração
edital para ampliação da implantação de projetos de cuidado farmacêuticos no SUS.
• Valorizar as práticas clínicas do profissional farmacêutico nos pontos de atenção
da rede.
• Rediscussão do eixo informação do Programa Qualifar-SUS, considerando o fomento
ao envio regular de dados dos municípios e dos estados para a Base Nacional de Dados
das Ações e Serviços da Assistência Farmacêutica.
• Institucionalização da prática de monitoramento e avaliação na CGAFB/DAF com os
estados e os municípios.
• Continuidade das providências a serem adotadas no âmbito da CGAFB, DAF,
SCTIE e demais unidades do Ministério da Saúde, com vistas ao atendimento das
recomendações dos órgãos de controle, no que se refere ao cumprimento da LC n°
141/2012, Lei n° 8.142/1990, assim como a definição de responsabilidade na apuração
dos danos e desvios ocorridos em estados e municípios fiscalizados.

119
MINISTÉRIO DA SAÚDE

• Fortalecimento do apoio institucional a estados e municípios.


• Fortalecimento e maior integração das ações do eixo educação, com vistas à ampliação
de vagas e escopo dos cursos em especial na modalidade de EAD, no âmbito da
Assistência Farmacêutica.
• Alteração na Tabela de Tipo de Estabelecimento e Serviço Especializado no Sistema de
Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES), em discussão no GT da CIT.
• Revisão da projeção financeira e orçamentária da CGAFB/DAF considerando os
projetos e os programas prioritários.
• Rediscussão de proposta de organograma, dimensionamento da força de trabalho e
educação permanente em saúde dos colaboradores da CGAFB/DAF.

120
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Coordenação Nacional de Hipertensão e Diabetes. Hipertensão Arterial e Diabetes
Mellitus: morbidade autorreferida segundo o Vigitel 2009: Cadastro de portadores no Sis-
Hiperdia, 2010. 2011a. Disponível em: <http://www.sbn.org.br/pdf/vigitel.pdf>. Acesso em:
28 jul. 2015.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.


Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Diretrizes para
estruturação de farmácias no âmbito do Sistema Único de Saúde. Brasília, 2009a. 44 p.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.


Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Serviços farmacêuticos
na atenção básica à saúde. Brasília, 2014a. 108 p.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.


Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos. Capacitação para
implantação dos serviços de clínica farmacêutica. Brasília, 2014b. 308 p.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.


Departamento de Assistência Farmacêutica Insumos Estratégicos. Planejamento e
implantação de serviços de cuidado farmacêutico na Atenção Básica à Saúde: a
experiência de Curitiba. Brasília, 2014c. 120 p.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.


Departamento de Assistência Farmacêutica. Política Nacional de Plantas Medicinais e
Fitoterápicos. Brasília, 2006. 60 p.

______. Ministério da Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.


Departamento de Assistência Farmacêutica Insumos Estratégicos. Resultados do projeto de
implantação do cuidado farmacêutico no Município de Curitiba. Brasília, 2015. 100 p.

______. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Secretaria de Orçamento Federal.


Secretaria de Planejamento e Investimentos Estratégicos. Indicadores: orientações básicas
aplicadas à gestão pública. Brasília: MP, 2012a. 64 p.

______. Portaria nº 271, de 27 de fevereiro de 2013. Institui a Base Nacional de Dados


de ações e serviços da Assistência Farmacêutica e regulamenta o conjunto de dados, fluxo

121
MINISTÉRIO DA SAÚDE

e cronograma de envio referente ao Componente Básico da Assistência Farmacêutica no


âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). 2013a. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/
bvs/saudelegis/gm/2013/prt0271_27_02_2013.html>. Acesso em: 28 jul. 2015.

______. Portaria nº 362, de 27 de fevereiro de 2008. Aprova Incentivo Financeiro para


apoio as ações de assistência farmacêutica no âmbito do Programa Nacional de Reorientação
da Formação Profissional em Saúde - PRÓ-SAÚDE. 2008. Disponível em: <http://pesquisa.
in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=68&data=28/02/2008>. Acesso
em: 28 jul. 2015.

______. Portaria nº 533, de 28 de março de 2012. Estabelece o elenco de medicamentos e


insumos da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) no âmbito do Sistema
Único de Saúde (SUS). 2012b. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/
gm/2012/prt0533_28_03_2012.html>. Acesso em: 28 jul. 2015.

______. Portaria nº 1.555, de 30 de julho de 2013. Dispõe sobre as normas de


financiamento e de execução do Componente Básico da Assistência Farmacêutica no âmbito
do Sistema Único de Saúde (SUS). 2013b. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
saudelegis/gm/2013/prt1555_30_07_2013.html>. Acesso em: 28 jul. 2015.

______. Portaria nº 2.077, de 17 de setembro de 2012. Institui a Pesquisa Nacional sobre


Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos no Brasil (PNAUM). 2012c.
Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt2077_17_09_2012.
html>. Acesso em: 28 jul. 2015.

______. Portaria nº 2.365, de 18 de outubro de 2012. Define a composição do kit de


medicamentos e insumos estratégicos a ser encaminhado pelo Ministério da Saúde para
a assistência farmacêutica às Unidades da Federação atingidas por desastres de origem
natural associados a chuvas, ventos e granizo e define os respectivos fluxos de solicitação
e envio. 2012d. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/
prt2365_18_10_2012.html>. Acesso em: 28 jul. 2015.

______. Portaria nº 2.982 de 26 de novembro de 2009. Aprova as normas de execução e de


financiamento da Assistência Farmacêutica na Atenção Básica. 2009b. Disponível em: <http://
bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2009/prt2982_26_11_2009_rep.html>. Acesso em:
28 jul. 2015.

______. Portaria nº 3.237, de 24 de dezembro de 2007. Aprova as normas de execução e


de financiamento da assistência farmacêutica na atenção básica em saúde. 2007. Disponível

122
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/prt3237_24_12_2007.html>.
Acesso em: 28 jul. 2015.

______. Portaria nº 3.965, de 14 de dezembro de 2010. Aprova os Regimentos Internos


dos órgãos do Ministério da Saúde. 2010. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
saudelegis/gm/2010/prt3965_14_12_2010.html>. Acesso em: 28 jul. 2015.

______. Tribunal de Contas da União. Acórdão n° 1459/2011 – TCU - Plenário. 2011b. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 3 jun. 2011. Seção 1, p. 121. Disponível em: <http://pesquisa.
in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=121&data=03/06/2011>. Acesso
em: 28 jul. 2015.

______. Tribunal de Contas da União. Relatório de auditoria operacional: farmácia básica.


Brasília: TCU, 2011c. 87 p.

______. Tribunal de Contas da União. Secretaria Geral de Controle Externo. Secretaria de


Fiscalização e Avaliação de Programas de Governo. Técnica de Auditoria: marco lógico.
Brasília: TCU, maio 2001. 26 p.

123
ANEXO – MARCOS LÓGICOS DOS PROGRAMAS/PROJETOS
PRIORITÁRIOS DA CGAFB

Gestão de Medicamentos e Insumos Estratégicos de Compra Centralizada


Resumo/Descrição Indicadores Meios de Verificação Pressupostos/Riscos
Finalidade
“A assistência farmacêutica é um componente
Relatório do Gestão dos entes constitutivos essencial do Sistema Único de Saúde, uma vez que
Estrutura, lógística, normas e ações desenvolvidas
1. Garantir a assistência farmacêutica no âmbito do SUS, referentes à Assistência Farmacêutica; atende ao componente
pela União, Estados e Municípios, para promover a
do SUS Relatório de monitoramento do PPA; Relatório prescricional voltado à proteção e recuperação
assistência terapêutica integral
Anual de Gestão do DAF/SCTIE/MS da saúde, por meio da promoção do acesso aos
medicamentos e do seu uso racional.”
Estratégia
Previsão orçamentário na LOA e limites
Percentual das metas anuais de aquisição e
Plano de Saúde, Programação Anual e Relatório orçamentário-financeiros estabelecidos e
1. Ampliação e consolidação do acesso à assistência distribuição continuada de medicamentos e
Anual de Gestão (RAG) do DAF/SCTIE/MS; disponibilizados pelo Governo Federal, no
farmacêutica no âmbito do SUS. insumos adequados à integralidade do tratamento
Relatório de monitoramento do PPA; âmbito do Ministério da Saúde; efetivação dos
de pacientes em todos os níveis de atenção.
instrumentos de aquisição.
Objetivo
Percentual das metas físicas e orçamentário- Previsão orçamentário na LOA e limites
1. Garantir e promover o acesso racional dos
financerias do componente da Assistência orçamentário-financeiros estabelecidos e
medicamentos da assistência farmacêutica básica, Relatório de monitoramento do PPA; Relatório
Farmacêutica regulamentado pela Portaria 1555, disponibilizados pelo Governo Federal, no
mediante aquisição centralizada pelo MS e Anual de Gestão do DAF/SCTIE/MS
de 30 de julho de 2013 , previstas no PPA 2012 - âmbito do Ministério da Saúde; efetivação dos
distribuição aos estados e municípios.
2015 e nas respectivas LOAs. instrumentos de aquisição.
Ação
1. 20AE - Promoção da Assistência Farmacêutica e Percentual de execução dos recursos Recursos orçamentário-financeiros previstos,
Insumos Estratégicos na Atenção Básica em Saúde - orçamentário-financeiros autorizados na LOA para PPA 2012 - 2015 e respectivas LOAS autorizados nas LOAS e limites estabelecidos e
Funcional: 10.303.2015.20AE.0001 compra centralizada de medicamentos e insumos. disponibilizados no âmbito do MS;
continua

125
126
conclusão
Resumo/Descrição Indicadores Meios de Verificação Pressupostos/Riscos
Finalidade
Produtos
“- Percentual de execução dos recursos propostos
na LOA para a aquisição de medicamentos e
insumos do Componente Básico da Assistência
1. Medicamentos e insumos estratégicos adquiridos
Farmacêutica;
de forma centralizada, para distribuição aos Limites de recursos orçamentários e financeiros;
estados e municípios, e para atendimentos dos prazos de tramitação dos processo de aquisição
-Percentual de execução da meta física de
Programas do Ministério, nos Termos da Portaria no âmbito do MS; Atendimentos das empresas
medicamentos adquiridos proposta na LOA, para o Processos para aquisição de medicamentos e
1.555 MS/2013 ( Insulinas e contraceptivos) ao instrumentos adotados pelo Ministério, para
Componente de Assistência Farmacêutica Básica; insumos estratégicos da AFB; RAG
, Portaria 2.365 MS/ 2012 ( Kits Calamidade aquisição; Disponibilidade nacional dos Insumos
Pública) e Portaria MS 2764/2014 (Aquisição de necessários à produção dos medicamentos e
- Precentual de processos efetivados entre o MS
medicamentos e insumos para o Sistema Prisional insumos estratégicos.
e os fornecedores para garantir a distribuição
.
regular dos medicamentos e insumos adquiridos
de froma centralizada, relativos ao Componente
Básico da Assistência Farmacêutica.”
Atividades
Normas, programação orçamentária, RENAME
1. Programação e Elaboração do TR № de documentos elaborados. Documento e parecer registrados no Redmine
atualizada.
2. Abertura e Acompanhamento dos Processos de
№ processos abertos para aquisição. Documento e parecer registrados no Redmine Lei 8.666 e demais normas.
Aquisição
Nº de notas enviadas para pagamento conforme
3. Envio de Notas Fiscais para pagamento Registros no Redmine POPs e normas dos Sistemas
programado por contrato
4. Solicitação e Acompanhamento da Execução dos Percentual de contratos celebrados em relação ao Interação com: CGVAM, ATSSP, CGSM, CGAT/DARAS,
Documentos registrados no Redmine
Contratos ou Termos de Cooperação Técnica. programado. DLOG, CGPLAN, CGG, CAIES, FORNECEDORES
Pencentual das entregas realizadas no exercício. Documentos e registros no Redmine POPs e normas dos Sistemas
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Programa Nacional de Qualificação de Assistência Farmacêutica – Eixo Estrutura
PPA 2012 - 2015/ LOA 2014/ Portaria 1.214/GM/MS/2012; PORTARIA GM/MS Nº 22, DE 13 DE junho DE 2012; PORTARIA GM/MS Nº 2.118, DE 24 DE SETEMBRO DE 2013;
PORTARIA GM/MS Nº 2.942, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2013 ; PORTARIA GM/MS Nº 3.308, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2013; PORTARIA GM/MS Nº 3.309, DE 26 DE DEZEMBRO
DE 2013; PORTARIA GM/MS Nº 752, DE 02 DE MAIO DE 2014 ; PORTARIA GM/MS N° 980, DE 27 DE MAIO DE 2013 ; PORTARIA GM/MS Nº 39, DE 13 DE AGOSTO DE 2013
COD: ML02-CGAFB-DAF
; PORTARIA GM/MS Nº 2.119, DE 24 DE SETEMBRO DE 2013 ; PORTARIA GM/MS Nº 751, DE 02 DE MAIO DE 2014; PORTARIA GM/MS Nº 1.486, DE 18 DE JULHO DE 2014
; PORTARIA GM/MS Nº 1217, DE 03 DE JUNHO DE 2014; PORTARIA GM/MS Nº 2107, DE 23 SETEMBRO 2014 ; PORTARIA GM/MS Nº 2.411, DE 7 DE NOVEMBRO DE 2014
PORTARIA GM/MS Nº 2.726, DE 09 DE DEZEMBRO DE 2014
Funcional Programática
10.303.2015.20AH.0001
Data de preparação: junho/2014 Revisão: 03
Data da última revisão: Fevereiro/2015
Resumo/Descrição Indicadores Metas Meios de Verificação Pressupostos/Riscos
Finalidade
Contribuir para a estruturação dos
“Número de municípios habilitados no
serviços farmacêuticos no SUS dos
programa por ano Previsão e disponibilidade
municipios do Plano Brasil sem
Portarias de habilitação e de repasse de orçamentária-financeira; pactos
Miséria até 100 mil habitantes, em
Número de municípios habilitados por recursos publicadas estabelecidos no âmbito da CIT; adesão
consonância com as diretrizes e
ano/total de municípios do PBSM até por parte dos entes federados.
atividades desenvolvidas na Assistência
100 mil habitantes”
Farmacêutica Básica.
Objetivo
“Garantir aporte de recurso federal
suficiente a partir da previsão de orçamento
plurianual e anual para habilitação e
“Recurso financeiro destinado aos
manutenção da ação para os municipios
municípios por ano/total de recursos
Portarias que autorizam repasses de do Plano Brasil sem Miséria até 100 mil
financeiros orçamentados por ano
(Re)estruturar os serviços farmacêuticos recursos; LOA; Relatórios de empenhos e habitantes no Eixo Estrutura do QUALIFAR-
da Atenção Básica considerando área repasses realizados pelo Fundo Nacional SUS, garantindo a sustentabilidade
Transferência de recurso financeiro de
física, equipamentos, mobiliários e de Saúde. Relatórios de Gestão; Planilha da proposta e consequentemente a
investimento total no ano
recursos humanos, no âmbito do SUS. de acompanhamento orçamentário e atenção integral no âmbito da assistência
execução fiannceira por ano farmacêuticana Atenção Básica.
Transferência de recurso financeiro de
custeio total no trimestre por ano”
Risco: Orçamento não aprovado na sua
totalidade para as ações definidas para o
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

Eixo Estrutura.”
continua

127
continuação

128
Resultado
“Meta 1 - Habilitação de 2257 municpios no
Eixo Estrutura do QUALIFAR-SUS até 2015.
Meta por ano:
2012 - 453 municipios; 2013 - 453
muniicpios;
2014 - 676 municípios; 2015 - 675
muicípios;

Meta 2- Repasses de recursos de


investimento para aquisição de
“Número de municípios habilitados no equipamentos e mobiliários para as CAF e
“Garantir aporte de recurso federal
programa por ano farmácias: R$ 11.200,00 para municípios
suficiente a partir da previsão de
até 25 mil habitantes; R$ 22.400,00 para
orçamento plurianual e anual para
Número de municípios habilitados por municípios de 25 a 50 mil habitantes;
habilitação e manutenção da ação
ano/total de municípios do PBSM até R$33.600,00 para municípios de 50 a 100 Portarias de habilitação e de repasse
para os municipios do Plano Brasil sem
2257 municipios do Plano Brasil 100 mil habitantes mil habitantes. de recursos publicadas; Portaria que
Miséria até 100 mil habitantes no Eixo
sem Miséria até 100 mil habitantes Metas por ano: 2012: R$ 6.148.800,00 autorizam repasses de recutrsos; LOA;
Estrutura do QUALIFAR-SUS, garantindo
habiltados no Eixo Estrutura do Recurso financeiro destinado aos transferidos à 453 municípios habilitados; Relatórios de empenhos e repasses
a sustentabilidade da proposta
QUALIFAR-SUS e com repasse de municípios por ano/total de recursos 2013: R$ 6.148.800,00 transferidos à realizados pelo Fundo Nacional de
e consequentemente a atenção
investimento e custeio garantidos até financeiros orçamentados por ano 453 municípios habilitados; 2014: R$ Saúde. Relatórios de Gestão; Planilha
integral no âmbito da assistência
2015 9.251.200,00 transferidos para 676 de acompanhamento orçamentário e
farmacêuticana Atenção Básica.
Transferência de recurso financeiro de municípios execução fiannceira por ano
investimento total no ano
Risco: Orçamento não aprovado na sua
Meta 3 - Repasses de recursos de custeio aos
totalidade para as ações definidas para
Transferência de recurso financeiro de municipios habilitados para manutenção
o Eixo Estrutura.”
custeio total no trimestre por ano” dos serviços farmacêuticos de R$ 24.000,00
por ano.
Metas por ano: 2012: R$ 10.872.000,00
transferidos à 453 municípios habilitados;
2013: R$ 10.872.000,00 transferidos à
453 novos municípios habilitados; 2014:
R$ 37.968.000,00 transferidos para 1.582
municípios, sendo R$ 21.774.000 para
os 906 municípios habilitados em 2012 e
2013, e R$ 16.224.000 para 676 municípios
habilitados em 2014. “
MINISTÉRIO DA SAÚDE

continua
continuação
Atividades
Relação Nº de municípios inscritos/
N° de municipios elegíveis ; Relação
Nº municipios selecionados/ Nº de
municípios inscritos; Relação municipios
habilitados/ Nº de municípios Qualificação dos serviços farmacêuticos
selecionados ; Percentual de municipios na atenção básica contribuindo
Habilitação Municípios - QUALIFAR-SUS Portaria de habilitação e de repasse de
habilitados com recebimento de para garantir o acesso da população
2012 recursos publicadas
recurso de custeio; de municipios com aos medicamentos e aos serviços
recebimento do recurso de custeio; farmacêuticos.
Percentual de muniicipios habilitados
com recebimento de recurso de custeio;
de municipios com recebimento do
recurso de capital
Relação Nº de municípios inscritos/
N° de municipios elegíveis ; Relação
Nº municipios selecionados/ Nº de
municípios inscritos; Relação municipios
habilitados/ Nº de municípios
selecionados ; Percentual de municipios
Habilitação Municípios - QUALIFAR-SUS
habilitados com recebimento de
2013
recurso de custeio; de municipios com
recebimento do recurso de custeio;
Percentual de municipios habilitados
com recebimento de recurso de custeio;
de municipios com recebimento do
recurso de capital
continua
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

129
conclusão

130
Relação Nº de municípios inscritos/
N° de municipios elegíveis ; Relação
Nº municipios selecionados/ Nº de
municípios inscritos; Relação municipios
habilitados/ Nº de municípios Qualificação dos serviços farmacêuticos
selecionados ; Percentual de muniicipios na atenção básica contribuindo
Habilitação Municípios - QUALIFAR-SUS Portaria de habilitação e de repasse de
habilitados com recebimento de para garantir o acesso da população
2014 recursos publicadas
recurso de custeio; de municipios com aos medicamentos e aos serviços
recebimento do recurso de custeio; farmacêuticos.
Percentual de muniicipios habilitados
com recebimento de recurso de custeio;
de municipios com recebimento do
recurso de capital
Percentual de municipios habilitados Qualificação dos serviços farmacêuticos
com cadastro de ações e metas na atenção básica contribuindo
Monitoramento - Execução ação e
no e-CAR; 2) Proporção de metas e-CAR para garantir o acesso da população
metas e-CAR
executadas em relação as metas aos medicamentos e aos serviços
cadastradas farmacêuticos.
“% de municípios com envio do
conjunto de dados no 1º trimestre de
2014
% de municípios com envio do conjunto
de dados no 2º trimestre de 2014
% de municípios com envio do conjunto
de dados no 3º trimestre de 2014
% de municípios com envio do conjunto
de dados no 4º trimestre de 2014
Proporção dos municípios com envio
Qualificação dos serviços farmacêuticos
de dados utilizando HÓRUS em relação
na atenção básica contribuindo
Monitoramento - Tranferência de aos municípios com sistema próprio
Hórus/WebService/BI para garantir o acesso da população
Recurso financeiro no 1º trimestre de 2014; Proporção
aos medicamentos e aos serviços
dos municípios com envio de dados
farmacêuticos.
utilizando HÓRUS em relação aos
municípios com sistema próprio
no 2º trimestre de 2014; Proporção
dos municípios com envio de dados
utilizando HÓRUS em relação a3º
trimestre de 2014; Proporção dos
MINISTÉRIO DA SAÚDE

municípios com envio de dados


utilizando HÓRUS em relação aos
municípios com sistema próprio no 4º
trimestre de 2014.“
Base Nacional de Ações e Serviços da Assistência Farmacêutica
Lei n° 8.080/1990 (Art. 15), Lei Complementar nº 141/2012 (Art. 36, § 4°), Decreto n° 7.508/2011 (Art.13), Resolução CNS n° 459/2012,
COD: ML06-CGAFB-DAF
Portaria GM/MS n° 271/2013, Portaria GM/MS n.° 980/2013, Portaria GM/MS nº 1.555/2013
Data de preparação: junho/2014 Revisão: 001
Data da última revisão: janeiro/2015
Resumo/Descrição Indicadores Meios de Verificação Pressupostos/Riscos
Finalidade
“Infraestrutura para recebimento dos
dados e manutenação de sistemas web;
Monitorar e avaliar a situação da gestão e da
Disponibilidades regular dos serviços de
saúde da população por meio de ferramenta
% dos entes federativos que registram dados internet local e RH;
de suporte à decisão, que subsidia a Sistemas de suporte à decisão, por exemplo, BI.
regularmente na Base Nacional. Capacidade técnica e operacional dos entes;
organização do sistema de informação de
Decisão política dos gestores;
saúde.
Morosidade no desenvolvimento do Hórus;
Indefinição/alteração das prioridades e no
planejamento dos apoiadores.”
Objetivo
Disponibilizar sistemas aos municípios e
estados brasileiros para registrar dados de
movimentações de medicamentos e insumos % dos entes federativos que registram dados
Sistemas de suporte à decisão, por exemplo, BI.
e para auxiliar no monitoramento e na regularmente na Base Nacional.
avaliação da situação da gestão e da saúde
da população.

Resultado 1 - Municípios com uso do Hórus
N° de municípios que utilizam o Hórus, ou
ou envio regular de informações por meio Sistemas de suporte à decisão, por exemplo, BI.
enviam dados por meio do WS.
do WS.

Produto I - Implantação do HÓRUS nos N° de municípios que utilizam o Hórus
Sistemas de suporte à decisão, por exemplo, BI.
municípios brasileiros. regularmente.
Produto II - Implantação do HÓRUS nos N° de estados que utilizam o Hórus
Sistemas de suporte à decisão, por exemplo, BI.
estados brasileiros. regularmente.
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

continua

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132
conclusão
Produto II - Implantação do HÓRUS no N° deentidades indígenas que utilizam o
Sistemas de suporte à decisão, por exemplo, BI.
SASISUS. Hórus regularmente.
Produto III - Envio de dados, pelos
N° de municípios que enviam regularmente
municípios, por meio do WS, para a Base Sistemas de suporte à decisão, por exemplo, BI.
dados por meio do WS.
Nacional.
Ações prioritárias
Nº de municípios capacitados e n° de Morosidade no processo de manutenção da
EaD HÓRUS Equipe suporte HÓRUS
profissionais capacitados plataforma.
% de evolução no cronograma de Morosidade no processo de manutenção da
HÓRUS 2.0 Equipe suporte HÓRUS
desenvolvimento e manutenção plataforma.
% de evolução no cronograma de Morosidade no processo de manutenção da
WS 2.0 Equipe suporte HÓRUS
desenvolvimento e manutenção. plataforma.
% de evolução no cronograma de Definição de prioridade e escopo para
Integração FP SIRIUS
desenvolvimento e manutenção evoluação.
% de evolução no cronograma de Morosidade no processo de integração entra
Integração e-SUS SIRIUS
desenvolvimento e manutenção os sistemas.
SSDDAF (BI) Nº de municípios com acesso à ferramenta SCPA Definição de prioridade.
% de cersimento no número de Limitações técnicas e de RH para
Disque Saúde (136) SDM
atendimentos realizados atendimento.
Morosidade no processo de manutenção da
Hórus Cidadão N° de aplicativos baixados Lojas de aplicativos
ferramenta.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos
Decreto nº 5.813, de 22 de junho de 2006; Portaria Interministerial n° 2.960, de 9 de dezembro de 2008; Edital SCTIE/MS nº 1, de 26 de abril
de 2012; Edital SCTIE/MS nº 1, de 24 de maio de 2013; Edital SCTIE/MS nº 1, de 30 de maio de 2014; Portaria SCTIE/MS nº 13, de 19 de junho
COD: ML03-CGAFB-DAF
de 2012; Portaria SCTIE/MS nº 15, de 28 de junho de 2012; Retificação SCTIE/MS, de 5 de julho de 2012; Portaria GM/MS nº 2.461, de 22 de
outubro de 2013; Portaria GM/MS nº 2.846, de 26 de novembro de 2013; Portaria GM/MS nº 2.323, de 23 de outubro de 2014.
Funcional Programática: 10.301.2015.20K5
Data de preparação: março/2014 Revisão: 001
Data da última revisão: janeiro/2015
Resumo/Descrição Indicadores Meios de Verificação Pressupostos/Riscos
Finalidade
1. Garantir à população brasileira o
acesso seguro e o uso racional de plantas
Relatório de Gestão do MS; Relatórios do
medicinais e fitoterápicos, promovendo % ações realizadas previstas no PNPMF, no Das 436 ações do MS, 189 são do âmbito da
Comitê Nacional de Plantas Medicinais e
o uso sustentável da biodiversidade, o âmbito da SCTIE/MS SCTIE
Fitoterápicos
desenvolvimento da cadeia produtiva e da
indústria nacional.
Objetivo
Nº de fitoterápicos incluídos na Rename;
Nº de monografias de PM publicadas
Atos normativos, pesquisas, produção de
1. Garantir e promover a segurança, eficácia pelo MS; Nº fitoterápicos com registro na Rename; Publicações e sítio eletrônico do
plantas medicinais e fitoterápicos, no âmbito
e a qualidade no acesso à plantas medicinais Anvisa; Nº plantas medicinais incluídos na MS; Banco de dados da Anvisa; Farmacopeia
do poder público e e/ou em parceria com o
e fitoterápicas Farmacopeia Brasileira; Nº fitoterápicos/ Brasileira; Formulário de Fitoterápicos;
setor privado
plantas medicinais incluídos no Formulário
de Fitoterápicos da FB
Ação
Edital publicado; repasse de recursos
1. Apoio ao uso de Plantas Medicinais e nº de projetos apoiados pelo MS para APL; AF
edital, Portaria de habilitação; E-car financeiros; orientação técnica aos
Fitoterápicos no SUS e Desenvolvimento
municípios e estados
Resultados
1. 15 arranjos produtivos locais de plantas
Edital publicado; repasse de recursos
medicinais e fitoterápicos apoiados / número de projetos de APL apoiados pelo Relatório de Execução física e financeiro da
financeiros; orientação técnica aos
fomentados pelo Ministério da Saúde, em Ministério da Saúde, totalizando 20 ou mais. LOA
municípios e estados
2013, totalizando 20 em 2015
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

continua

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conclusão
2. 4 novos medicamentos fitoterápicos
contratação de pesquisadores, prazos para
incluídos no elenco da assistênca 10 monografias publicadas que subsidiarão consulta à Rename, às publicações e ao sítio
elaboração e publicação de monografias;
farmacêutica básica, em 2014, totalizando propostas a serem validadas pela CONITEC eletrônico do MS;
articulação com CONITEC
16 em 2015.
Produtos
1. 15 arranjos produtivos locais de plantas
Edital publicado; repasse de recursos
medicinais e fitoterápicos apoiados / número de editais e de instrumentos de Relatório de Execução física e financeiro da
financeiros; orientação técnica aos
fomentados pelo Ministério da Saúde, em repasse publicados LOA
municípios e estados
2013, totalizando 20 em 2015
Monografias elaboradas com apoio número de parcerias estabelecidas com contratação de pesquisadores, prazos para
consulta às publicações e ao sítio eletrônico
de repasse de recursos orçamentário- Órgãos de pesquisa e número de TCs elaboração e publicação de monografias;
do MS;
financeiros. Publicados. articulação com CONITEC
Atividades
Nº de APLs apoiados (2012, 2013, 2014), Edital SCTIE/MS publicado (2012, 2013, Edital publicado; repasse de recursos
1- Apoiar APLs de plantas medicinais e
Recurso orçamentário utilizado (2012, 2013, 2014); Portaria de Habilitação dos financeiros; orientação técnica aos
fitoterápicos no SUS
2014) municípios/estados; E-car municípios e estados
2- Apoiar a estruturação da Assistência Nº de municípios/estados apoiados (2013, Edital publicado; repasse de recursos
Relatório de Execução física e financeiro da
Farmacêutica em Plantas Medicinais e 2014), Recurso orçamentário utilizado (2013, financeiros; orientação técnica aos
LOA; E-car
Fitoterápicos 2014) municípios e estados
Nº de turmas abertas e de vagas
Nº de médicos do SUS capacitados (1ª turma, articular parcerias; verificar demandas;
3- Capacitar médicos do SUS em fitoterapia disponibilizadas. Consulta ao sítio eletrônico
2ª turma); Recurso orçamentário utilizado repasse de recursos financeiros;
do MS e aos relatórios da CGAFB/DAF;
Nº de monografias elaboradas (UNIFAP,
contratação de pesquisadores, firmar Termos
4- Elaborar e publicar monografias, por meio FIOTEC); Recurso orçamentário utilizado TC publicado(UNIFAP, FIOTEC) e Relatório final
de Cooperação; prazos para elaboração e
da contratação de pesquisadores (UNIFAP, FIOTEC).; Nº pesquisadores de cada projeto
publicação de monografias;
contratados
MINISTÉRIO DA SAÚDE
Projeto de Formação e Melhoria da Qualidade de Rede de Saúde (QualiSUS-Rede)
Decreto n° 7.508/2011 / Resolução n° 26/2009 - Senado Federal / Projeto 0088716/MS/FIOCRUZ/BIRD / Portaria GM/MS n° 396/2011 /
COD: ML04-CGAFB-DAF
Portaria GM/MS n° 4.279/2010 / Portaria GM/MS n.°1.375/ 2012
Data de preparação: junho/2014 Revisão: 01
Data da última revisão: janeiro/2015
Resumo/Descrição Indicadores Meios de Verificação Pressupostos/Riscos
Finalidade
Qualificar a gestão da Assistência
Farmacêutica das Regiões do Projeto
Superar a fragmentação das ações e serviços
QualiSUS-Rede, por meio da formação “Percentual de Regiões QualiSUS-Rede
no campo da Assistência Farmacêutica,
profissional, informatização das unidades de atendidas pela Interveção Sistêmica Da Relatórios Regionais apresentados ao final
avançando conjuntamente na perspectiva
saúde e utilização do Sistema Nacional de Assistência Farmacêutica até junho 2014 - da Intervenção Sistêmica da Assistência
das RAS, que buscam responder, de forma
Gestão da Assistência Farmacêutica – HÓRUS Cálculo: (número Regiões QualiSUS-Rede Farmacêutica
organizada e integrada, às demandas de
como um dos instrumentos de gestão e atendidas/ 15) x 100)”
saúde da população brasileira.
qualificação do cuidado nas Redes de Atenção
à Saúde.
Desepenho anual da execução orçamentária-
Ação - Intervenções Sistêmicas Estratégicas - Previsão dos recursos orçamentários financeira do Programa e gestão junto ao
Autógrafos da LOA
Componente II (DESID/MS) garantidos na LOA MPOG e MF para extensão do prazo de
execução dos recursos.
Objetivos
Apresentar por meio da pesquisa a situação
da Assistênica Farmacêutica, da atenção
“Percentuais de Regiões do Projeto QualiSUS- e-CAR, Resultados da Pesquisa da AF nas
básica à alta complexidade, nos serviços
Rede diagnosticadas até junho de 2014 RAS (CONEP CAAE 19554413.6.0000.0008) e
Realizar diagnóstico situacional in loco das farmacêuticos dos municípios e estados das
Cálculo: (número Regiões QualiSUS-Rede Relatórios de empenhos e repasses realizados
Regiões do Projeto QualiSUS-Rede regiões QualiSUS-Rede buscando apontar
com diagnóstico (por meio da pesquisa) pelo Fundo Nacional de Saúde e Relatórios
avanços e desafios técnicos gerenciais e
concluído até jun 2014/ 15) x 100” de Gestão
assistenciais que qualifiquem a tomada de
decisão da gestão.
Percentual de equipamentos entregue
Baseado no diagnóstico apresentado na
por região e estado - Cálculo: 1- nº de
pesquisa adequar o parque tecnológico
Informatizar os serviços farmacêuticos e equipamentos entregues nas regiões
e-CAR; Relatórios Técnicos da UGP/QualiSUS- dos municípios e estados nas regiões do
fomentar a implantação e utilização do QualiSUS-Rede/ nº total de equipamentos
Rede; repasses realizados pelo Fundo Projeto QualiSUS-Rede com a finalidade de
Sistema Nacional de Gestão da Assistência programados para a região x 100; 2- Nº
Nacional de Saúde e Relatórios de Gestão qualificar a gestão da informação por meio
Farmacêutica – HÓRUS de Municípios por Região QualiSUS-Rede
da utilização do Hórus ou interoperabilidade
utilizando o Sistema Hórus ou enviando
com a Base Nacional de Dados da AF.
informações via web service (Pt. 271/2013)
continua
continuação
Capacitar profissionais envolvidos na Percentual de profissionais que concluíram Qualificar os profissionais da assistência
Assistência Farmacêutica das Regiões do o curso até dez junho de 2014 - Cálculo: (nº farmacêutica, por meio de ensino à
e-CAR e Relatórios de empenhos e repasses
Projeto QualiSUS-Rede, por meio de cursos de profissionais inscritos no curso - nº de distância no intuito de aprimorar a gestão
realizados pelo Fundo Nacional de Saúde e
na modalidade de ensino à distância, com profissionais certificados no curso)/nº total da assistência farmacêutica e utilização de
Relatórios de Gestão
enfoque na gestão, utilização do HÓRUS e de profissionais inscritos no curso até dez sistemas de informação, como Hórus ou por
interoperabilidade 2014) x 100 meio da interoperabilidade.
Desenvolver em parceria com a equipe
gestora e dos profissionais da atenção
Apoiar o planejamento e a organização dos básica de Curitiba/PR instrumentos para a
Projeto Piloto de serviços de clínica
serviços da Assistência Farmacêutica para e-CAR; Relatórios Técnicos da UGP/QualiSUS- qualificação do profisisonal farmacêutico
farmacêutica na AB apresentado e aprovado
implementação de um modelo de RAS piloto Rede; na gestão do cuidado, desenvolvendo
pelo Bird/BM
para serviços de cuidado farmacêutico na AB ferrramentas tecnológicas e sociais para
implementação das atividades de clínicas
faramcêutica no território.
Atividades
Necessidade de condução técnica e
supervisão da atividades previstas no Projeto
Contratação do Supervisor do Projeto Supervisor do Projeto QualiSUS-Rede e-Car; Redmine e Relatórios Técnicos da UGP/
de Intervenção Sistêmica da Assistência
QualiSUS-Rede contratado QualiSUS-Rede;
Farmacêutica na RAS de acordo com o projeto
aprovado pelo Bird/BM
Necessiadade de execução das atividades de
campo nas regiões do Projeto de Intervenção
Contratação dos 15 Apoiadores Regionais do Nº de Apoiadores Regionais do Projeto e-Car; Redmine e Relatórios Técnicos da UGP/
Sistêmica da Assistência Farmacêutica na
Projeto QualiSUS-Rede QualiSUS-Rede QualiSUS-Rede;
RAS de acordo com o projeto aprovado pelo
Bird/BM
Necessiadade de execução das atividades
de centralizadas de formação da equipe de
Modelagem dos instrumentos do Projeto apoiadores e realização das atividades de
Modelar dos instrumentos do Projeto de e-Car; Redmine e Relatórios Técnicos da UGP/
de Intervenção com apoiadores, supervisor campo nas regiões do Projeto de Intervenção
Intervenção QualiSUS-Rede;
técnico e equipe do DAF Sistêmica da Assistência Farmacêutica na
RAS de acordo com o projeto aprovado pelo
Bird/BM
Baseado nas atividades da intervenção
sistêmica e nos instrumentos de diagnósticos
propostos pela equipe do DAF, Consultores
Submissão e Aprovação do Projeto de Pesquisa Internos e Externos e Pesquisadores
Submeter e aprovar o projeto de pesquisa à e-Car; Parecer Técnico da CONEP; Redmine e
a CONEP (19554413.6.0000.0008) baseado na Convidados, apresentar a proposta ao Comitê
CONEP Relatórios Técnicos da UGP/QualiSUS-Rede;
modelagem dos Instrumentos de Diagnóstico Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) da
pesquisa da Assistência Farmacêutica nas
RAS, um recorte nas regiões do Projeto
QualiSUS-Rede
continua
continuação
Baseado nas atividades da intervenção
sistêmica para as Redes de Atenção à Saúde
e nos instrumentos de diagnóstico propostos
Diagnóstico das Regiões QualiSUS-Rede
pela equipe do DAF, Consultores/ Apoiadores
utilizando os instrumentos da modelagem do % de municípios com questionário da e-Car; Redmine e Relatórios Técnicos da UGP/
Internos e Externos e Pesquisadores
Proposta de Intervenção (Campo da Pesquisa) pesquisa de campo concluído QualiSUS-Rede;
Convidados, faz-se necessário apresentar
CONEP (19554413.6.0000.0008)
a proposta da pesquisa da Assistência
Farmacêutica nas RAS, um recorte nas
regiões do Projeto QualiSUS-Rede
Elaboração dos conteúdos propostos para o
curso na modalidade à distância destinado
Contratação de 4 (quatro) Conteudistas para aos profissionais da Assistência Farmacêutica,
Nº de Conteudistas Contratados para o Curso e-Car; Redmine e Relatórios Técnicos da UGP/
o Curso EaD destinado aos profissionais das com foco na gestão da AF e utilização do
EAD QualiSUS-Rede até dezembro de 2014 QualiSUS-Rede;
Regiões QualiSUS-Rede hórus e interoperabilidade nos municípios e
estados do Projeto de Intervenção Sistêmica
da Assistência Farmacêutica na RAS
Oferta de 4860 vagas conforme previsto
Abertura das Inscrições para o Curso EaD no Projeto de Intervenção Sistêmica da
Iniciar as inscrições do Curso EAD QualiSUS- e-Car; Redmine e Relatórios Técnicos da UGP/
destinado aos profissionais das Regiões Assistência Farmacêutica na RAS para o
rede em abril de 2015 QualiSUS-Rede;
QualiSUS-Rede curso modalidade à distância destinado aos
profissionais da Assistência Farmacêutica
Acompanhar e monitorar a execução do
curso modalidade à distância destinado aos
profissionais da Assistência Farmacêutica de
Profissionais das Regiões QualiSUS-Rede Nº de profissionais das Regiões QualiSUS- e-Car; Redmine e Relatórios Técnicos da UGP/
acordo com as ofertas de vagas conforme
capacitados no EAD QualiSUS-Rede Rede capacitados por ano QualiSUS-Rede;
previsto no Projeto de Intervenção Sistêmica
da Assistência Farmacêutica na RAS aprovado
pelo Bird
Acompanhar e monitorar os egressos do
curso no tocante a utilização do sistema
Hórus e ou interoperabilidade dos municípios
Profissionais das Regiões QualiSUS-Rede Nº de profissionais das Regiões QualiSUS-
e-Car; Redmine; Plataforma do Curso e no intuito de realizar uma avaliação
capacitados e utilizando o Sistema Hórus após Rede capacitados e utilizando o Sistema
Relatórios Técnicos da UGP/QualiSUS-Rede; trimestral após finalização e certificação dos
3 meses do Curso Hórus após 3 meses do Curso
profissioanis conforme previsto no Projeto
de Intervenção Sistêmica da Assistência
Farmacêutica na RAS para o
continua
conclusão
Indentificar as necessidades de adequação
do parque tecnológico dos estabelecimentos
de saúde que envolvem armazenagem,
Aquisição de computadores e impressoras Nº de municípios com computadores e Nº de
e-Car; Redmine e Relatórios Técnicos da UGP/ distribuição, entrega e ou dispensação de
para os Municípios e Estados das Regiões municípios com impressoras entregues por
QualiSUS-Rede; medicamentos nas Regiões QualiSUS-Rede e
QualiSUS-Rede Região QualiSUS-Rede
adquirir os equipamentos (computadores e
impressoras) para subsidiar a qualificação da
gestão da AF.
Ampliar a utilização do uso da informação
Implantação do Sistema Hórus ou envio de Nº de Municípios por Região QualiSUS-Rede
e-Car; Redmine e Relatórios Técnicos da UGP/ na assistência farmacêutica, por meio da
informações via web service (Pt. 271/2013) utilizando o Sistema Hórus ou enviando
QualiSUS-Rede; utilização de ferramnetas tecnológicas como
nos municípios por Região QualiSUS-Rede informações via web service (Pt. 271/2013)
webservice e sistema Hórus.
Baseado nas atividades previstas da
Intervenção Sistêmica, apresentar a
proposta, para a Unidade Gestora do
Submissão a UGP e Bird/BM do Projeto Piloto
Submeter Projeto Piloto de Cuidado QualiSUS-Rede e Bird/MS, do Projeto Piloto
de Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica e-Car; Redmine e Relatórios Técnicos da UGP/
Farmacêutico na Atenção Básica em um dos de Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica
em um dos municípios das Regiões QualiSUS- QualiSUS-Rede;
municípios das Regiões QualiSUS-Rede. a ser desenvolvido no município de Curitiba
Rede. (Município definido: Curitiba/PR)
no intuito de contribuir para implantação
dos serviços e replicação dos instrumentos
desenvolvidos no país.
Contratação de 2 (dois) Supervisores do Necessidade de condução técnica e
Projeto Piloto de Cuidado Farmacêutico na supervisão da atividades previstas no Projeto
e-Car; Redmine e Relatórios Técnicos da UGP/
Atenção Básica em um dos municípios das Nº de supervisores contratados Piloto de Cuidado Farmacêutico na Atenção
QualiSUS-Rede;
Regiões QualiSUS-Rede. (Município definido: Básica de acordo com o projeto aprovado
Curitiba/PR) pelo Bird/BM
Contratação de 3 (três) Apoiadores Regionais Necessiadade de execução das atividades de
do Projeto Piloto de Cuidado Farmacêutico campo na atenção básica no município de
e-Car; Redmine e Relatórios Técnicos da UGP/
na Atenção Básica em um dos municípios das Nº de supervisores contratados Curitiba/PR de acordo com o Projeto Piloto de
QualiSUS-Rede;
Regiões QualiSUS-Rede. (Município definido: Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica de
Curitiba/PR) acordo com o projeto aprovado pelo Bird/BM.
MINISTÉRIO DA SAÚDE

140
Gestão 2009-2010

Presidente da República
Luís Inácio Lula da Silva

Ministro da Saúde
José Gomes Temporão

Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos


Reinaldo Felippe Nery Guimaraes

Diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos


José Miguel do Nascimento Júnior

Coordenadora-Geral de Assistência Farmacêutica Básica


Karen Sarmento Costa

Gestão 2011-2015
Presidente da República
Dilma Rousseff

Ministro da Saúde
Alexandre Padilha (2011 a fev./2015)
Arthur Chioro (2015)

Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos


Carlos Augusto Grabois Gadelha (2011 a 2014)
Jarbas Barbosa (2015)

Diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos


José Miguel do Nascimento Júnior

Coordenadora-Geral de Assistência Farmacêutica Básica


Karen Sarmento Costa

141
MINISTÉRIO DA SAÚDE

Equipe Técnica – Coordenação-Geral de Assistência Farmacêutica


Básica3
Equipe do Núcleo de Planejamento, Monitoramento e Avaliação
Amilton Barreto Elias de Paula de Araújo
Emanuelly Soares Paulino Eucilene Alves Santana
Felipe Tadeu Carvalho Santos Joyce Maria de Araújo
Letisa Comparin Dalla Nora Maria Ondina Paganelli
Paula Martins Santucci Patrícia Cibele da Silva Tenório
Vera Lúcia Tierling Victor Kitti Tanaka da Anunciação
Orlando Mario Soeiro

Equipe do Núcleo de Organização de Serviços da Assistência Farmacêutica


Ariádine Vicençoni Amanda Maria Paixão
Brunna Raphaelly Amaral da Silva Clariça Rodrigues Soares
Evandro Abreu de Carvalho Ednardo de Oliveira Bezerra
Giovana Garofalo Joceléia Aparecida Magni
Kelli Engler Dias Kícia Guerra Ferreira Neri
Luci Aparecida Vieira de Lara Manoel Roberto da Cruz Santos
Patrícia Silveira Rodrigues Wendell Rodrigues da Silva
Jessé da Nobrega Batista Azevedo Lilian Azevedo Zollikofer
Lucélia Maria Abreu Pereira

Equipe do Núcleo de Fitoterapia


Benilson Beloti Barreto Clarissa Giesel Heldwein
Katia Regina Torres Leonardo Augusto F. A. Pereira
Letícia Mendes Ricardo

3
Colaboradores da CGAFB – dados de maio de 2015.

142
RELATÓRIO DE GESTÃO: COORDENAÇÃO-GERAL DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA BÁSICA 2009-2015

Equipe do Núcleo de Gestão de Medicamentos


Evandro Medeiros Costa Pedro Felipe Couto Vieira
Mauricio Martins Vasconcelos

Equipe do Núcleo Administrativo e Jurídico


Daniela Dias Dantas Flávia Maria da Silva Araújo
Maria Francineide Magalhães Soares Patrícia Santos Marcal
Regiana Lopes e Silva Francisca de Lima Bentes

Equipe do Projeto QualiSUS-Rede


Suetônio Queiroz de Araújo Márcia Regina Cardeal G. Saldanha
Etiene Aquino Carpes  Zucatti Marcelo Campese
Gabriel Gonçalves Okamoto Joyce Nunes dos Santos
Suzana Maria Byrro Costa Cassyano Januario Correr
Sylvana Macedo De Morais Menez Rangel Ray Godoy
Thais Teles De Souza Nivaldo César de Souza Júnior
Melissa Spröesser Alonso

143

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