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PLANEJAMENTO FAMILIAR
Planejamento Familiar é um conjunto de ações que auxiliam homens e
mulheres a planejar a chegada dos filhos, e também a prevenir gravidez
não planejada. Todas as pessoas possuem o direito de decidir se terão ou
não filhos, e o Estado tem o dever de oferecer acesso a recursos
informativos, educacionais, técnicos e científicos que assegurem a prática
do planejamento familiar.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 120 milhões de
mulheres em todo mundo desejam evitar a gravidez. Por isso, a lei do
Planejamento Familiar foi desenvolvida pelo Governo Brasileiro, com intuito
de orientar e conscientizar a respeito da gravidez e da instituição familiar.
O Estado Brasileiro, desde 1998, possui medidas que auxiliam no
planejamento, como a distribuição gratuita de métodos anticoncepcionais.
Já em 2007, foi criada a Política Nacional de Planejamento Familiar, que
incluiu a distribuição de camisinhas, e a venda de anticoncepcionais, além
de expandir as ações educativas sobre a saúde sexual e a saúde
reprodutiva.
Em 2009, o Ministério da Saúde reforçou a política de planejamento e
ampliou o acesso aos métodos contraceptivos, disponibilizando mais
de oito tipos de métodos nos postos de saúde e hospitais públicos.
Confira abaixo a Lei do Planejamento Familiar desenvolvida em 1996, que
regulamenta o planejamento familiar no Brasil e proporciona ações
preventivas para a mulher e o homem.
Fonte:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
Site Governo do
Brasil: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0102assistencia1.p
df - acessado em 11.02.2021.
Lei do Planejamento Familiar
A Lei sobre o planejamento familiar, nº9.263, de 12 de janeiro de 1996,
Regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do
planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências.
CAPÍTULO I
DO PLANEJAMENTO FAMILIAR
Art. 1º O planejamento familiar é direito de todo cidadão, observado o
disposto nesta Lei.
Art. 2º Para fins desta Lei, entende-se planejamento familiar como o
conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais
de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem
ou pelo casal.
Parágrafo único – É proibida a utilização das ações a que se refere
o caput para qualquer tipo de controle demográfico.
Art. 3º O planejamento familiar é parte integrante do conjunto de ações
de atenção à mulher, ao homem ou ao casal, dentro de uma visão de
atendimento global e integral à saúde.
Parágrafo único – As instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde,
em todos os seus níveis, na prestação das ações previstas no caput,
obrigam-se a garantir, em toda a sua rede de serviços, no que respeita a
atenção à mulher, ao homem ou ao casal, programa de atenção integral à
saúde, em todos os seus ciclos vitais, que inclua, como atividades básicas,
entre outras:
I – a assistência à concepção e contracepção;
II – o atendimento pré-natal;
III – a assistência ao parto, ao puerpério e ao neonato;
IV – o controle das doenças sexualmente transmissíveis;
V – o controle e prevenção do câncer cérvico-uterino, do câncer de mama e
do câncer de pênis.
Art. 4º O planejamento familiar orienta-se por ações preventivas e
educativas e pela garantia de acesso igualitário a informações, meios,
métodos e técnicas disponíveis para a regulação da fecundidade.
Parágrafo único – O Sistema Único de Saúde promoverá o treinamento
de recursos humanos, com ênfase na capacitação do pessoal técnico,
visando a promoção de ações de atendimento à saúde reprodutiva.
Art. 5º – É dever do Estado, através do Sistema Único de Saúde, em
associação, no que couber, às instâncias componentes do sistema
educacional, promover condições e recursos informativos, educacionais,
técnicos e científicos que assegurem o livre exercício do planejamento
familiar.
Art. 6º As ações de planejamento familiar serão exercidas pelas
instituições públicas e privadas, filantrópicas ou não, nos termos desta Lei e
das normas de funcionamento e mecanismos de fiscalização estabelecidos
pelas instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde.
Parágrafo único – Compete à direção nacional do Sistema Único de
Saúde definir as normas gerais de planejamento familiar.
Art. 7º – É permitida a participação direta ou indireta de empresas ou
capitais estrangeiros nas ações e pesquisas de planejamento familiar,
desde que autorizada, fiscalizada e controlada pelo órgão de direção
nacional do Sistema Único de Saúde.
Art. 8º A realização de experiências com seres humanos no campo da
regulação da fecundidade somente será permitida se previamente
autorizada, fiscalizada e controlada pela direção nacional do Sistema Único
de Saúde e atendidos os critérios estabelecidos pela Organização Mundial
de Saúde.
Art. 9º Para o exercício do direito ao planejamento familiar, serão
oferecidos todos os métodos e técnicas de concepção e contracepção
cientificamente aceitos e que não coloquem em risco a vida e a saúde das
pessoas, garantida a liberdade de opção.
Parágrafo único. A prescrição a que se refere o caput só poderá
ocorrer mediante avaliação e acompanhamento clínico e com informação
sobre os seus riscos, vantagens, desvantagens e eficácia.
Art. 10. Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes
situações: (Artigo vetado e mantido pelo Congresso Nacional – Mensagem
nº 928, de 19.8.1997)
I – em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e
cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que
observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da
vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa
interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo
aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a
esterilização precoce;
II – risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado
em relatório escrito e assinado por dois médicos.
§ 1º É condição para que se realize a esterilização o registro de expressa
manifestação da vontade em documento escrito e firmado, após a
informação a respeito dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais,
dificuldades de sua reversão e opções de contracepção reversíveis
existentes.
§ 2º É vedada a esterilização cirúrgica em mulher durante os períodos de
parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por
cesarianas sucessivas anteriores.
§ 3º Não será considerada a manifestação de vontade, na forma do § 1º,
expressa durante ocorrência de alterações na capacidade de discernimento
por influência de álcool, drogas, estados emocionais alterados ou
incapacidade mental temporária ou permanente.
§ 4º A esterilização cirúrgica como método contraceptivo somente será
executada através da laqueadura tubária, vasectomia ou de outro método
cientificamente aceito, sendo vedada através da histerectomia e
ooforectomia.
§ 5º Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do
consentimento expresso de ambos os cônjuges.
§ 6º A esterilização cirúrgica em pessoas absolutamente incapazes somente
poderá ocorrer mediante autorização judicial, regulamentada na forma da
Lei.
Art. 11. Toda esterilização cirúrgica será objeto de notificação
compulsória à direção do Sistema Único de Saúde. (Artigo vetado e mantido
pelo Congresso Nacional) Mensagem nº 928, de 19.8.1997
Art. 12. É vedada a indução ou instigamento individual ou coletivo à
prática da esterilização cirúrgica.
Art. 13. É vedada a exigência de atestado de esterilização ou de teste
de gravidez para quaisquer fins.
Art. 14. Cabe à instância gestora do Sistema Único de Saúde, guardado
o seu nível de competência e atribuições, cadastrar, fiscalizar e controlar as
instituições e serviços que realizam ações e pesquisas na área do
planejamento familiar.
Parágrafo único. Só podem ser autorizadas a realizar esterilização
cirúrgica as instituições que ofereçam todas as opções de meios e métodos
de contracepção reversíveis. (Parágrafo vetado e mantido pelo Congresso
Nacional) Mensagem nº 928, de 19.8.1997
CAPÍTULO II
DOS CRIMES E DAS PENALIDADES
Art. 15. Realizar esterilização cirúrgica em desacordo com o estabelecido no
art. 10 desta Lei. (Artigo vetado e mantido pelo Congresso Nacional)
Mensagem nº 928, de 19.8.1997
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa, se a prática não constitui
crime mais grave.
Parágrafo único – A pena é aumentada de um terço se a esterilização for
praticada:
I – durante os períodos de parto ou aborto, salvo o disposto no inciso II do
art. 10 desta Lei.
II – com manifestação da vontade do esterilizado expressa durante a
ocorrência de alterações na capacidade de discernimento por influência de
álcool, drogas, estados emocionais alterados ou incapacidade mental
temporária ou permanente;
III – através de histerectomia e ooforectomia;
IV – em pessoa absolutamente incapaz, sem autorização judicial;
V – através de cesária indicada para fim exclusivo de esterilização.
Art. 16. Deixar o médico de notificar à autoridade sanitária as esterilizações
cirúrgicas que realizar.
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Art. 17. Induzir ou instigar dolosamente a prática de esterilização
cirúrgica.
Pena – reclusão, de um a dois anos.
Parágrafo único – Se o crime for cometido contra a coletividade, caracteriza-
se como genocídio, aplicando-se o disposto na Lei nº 2.889, de 1º de
outubro de 1956.
Art. 18. Exigir atestado de esterilização para qualquer fim.
Pena – reclusão, de um a dois anos, e multa.
Art. 19. Aplica-se aos gestores e responsáveis por instituições que
permitam a prática de qualquer dos atos ilícitos previstos nesta Lei o
disposto no caput e nos §§ 1º e 2º do art. 29 do Decreto-lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 – Código Penal.
Art. 20. As instituições a que se refere o artigo anterior sofrerão as
seguintes sanções, sem prejuízo das aplicáveis aos agentes do ilícito, aos
coautores ou aos partícipes:
I – se particular a instituição:
a) de duzentos a trezentos e sessenta dias-multa e, se reincidente,
suspensão das atividades ou descredenciamento, sem direito a qualquer
indenização ou cobertura de gastos ou investimentos efetuados;
b) proibição de estabelecer contratos ou convênios com entidades públicas
e de se beneficiar de créditos oriundos de instituições governamentais ou
daquelas em que o Estado é acionista;
II – se pública a instituição, afastamento temporário ou definitivo dos
agentes do ilícito, dos gestores e responsáveis dos cargos ou funções
ocupados, sem prejuízo de outras penalidades.
Art. 21. Os agentes do ilícito e, se for o caso, as instituições a que
pertençam ficam obrigados a reparar os danos morais e materiais
decorrentes de esterilização não autorizada na forma desta Lei,
observados, nesse caso, o disposto nos arts. 159, 1.518 e 1.521 e seu
parágrafo único do Código Civil, combinados com o art. 63 do Código de
Processo Penal.
CAPÍTULO III
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 22. Aplica-se subsidiariamente a esta Lei o disposto no Decreto-lei
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, e, em especial, nos
seus arts. 29, caput, e §§ 1º e 2º; 43, caput e incisos I , II e III ;44,
caput e incisos I e II e III e parágrafo único; 45, caput e incisos I e II; 46,
caput e parágrafo único; 47, caput e incisos I, II e III; 48, caput e parágrafo
único; 49, caput e §§ 1º e 2º; 50, caput, § 1º e alíneas e § 2º; 51, caput e §§
1º e 2º; 52; 56; 129, caput e § 1º, incisos I, II e III, § 2º, incisos I, III e IV e § 3º.
Art. 23. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa
dias, a contar da data de sua publicação.
Art. 24. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 25. Revogam-se as disposições em contrário.
Esse método contraceptivo baseia-se fundamentalmente em planos
comportamentais e ações preventivas do casal. Cada vez mais há o
incentivo à prevenção e à educação também para os adolescentes, pois é
fundamental uma orientação desde o início das relações pessoais e sexuais.
O fortalecimento das ações educativas, principalmente para os
adolescentes de ambos os sexos, proporcionou uma redução no número
de gravidezes não planejadas.
De acordo com o Ministério da Saúde, entre os anos de 2003 e 2009, houve
uma queda de 20% na quantidade de gestantes com idade entre 10 e 19
anos. Acredita-se que o incentivo e o poder de escolha dos métodos
preventivos têm estimulado as mulheres a fazer um planejamento melhor.
Fonte: Lei do Planejamento Familiar: disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9263.htm
PERGUNTAS FREQUENTES
POSSO AMAMENTAR DURANTE O USO DO DIU HORMONAL?
Pode-se amamentar durante o uso do produto. A utilização de métodos
contendo apenas progestogênio (como é o caso do DIU Hormonal) não
parece afetar a quantidade ou a qualidade do leite materno nem causar
qualquer efeito deletério sobre o crescimento ou desenvolvimento do
lactente…
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Planejamento familiar
conjunto de ações que permitem às mulheres e aos homens escolher quando querem ter um filho
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Planeamento familiar (português europeu) ou planejamento familiar (português brasileiro) são o
conjunto de ações e serviços que têm, como finalidade, contribuir para
a saúde da mulher, da família e da criança. O planejamento familiar pode envolver a
consideração do número de filhos que uma mulher deseja ter, incluindo a opção de não
ter filhos, bem como a idade em que ela deseja tê-los e o espaçamento entre o
nascimento dos filhos. Esses assuntos são influenciados por fatores externos, como a
situação conjugal, considerações de carreira, posição financeira e quaisquer deficiências
que possam afetar sua capacidade de ter filhos e criá-los. Se for sexualmente ativo, o
planejamento familiar pode envolver o uso de métodos contraceptivos e outras técnicas
para controlar o tempo da reprodução.[1]
Cartaz da Associação de Planejamento Familiar de Hong Kong. O cartaz diz: "planeje sua
família antes que seja tarde demais".
No entanto, tanto os adotados quanto os adotantes relatam que ficam mais felizes após a
adoção.[14] adoção também pode garantir os custos de deficiência pré-natal ou infantil,
que podem ser previstos com a triagem pré-natal ou com referência a fatores de risco
dos pais. Por exemplo, pais mais velhos[15] e / ou idade materna avançada aumentam o
risco de vários problemas de saúde em seus filhos, incluindo autismo e esquizofrenia.
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Recursos
Quando as mulheres podem buscar educação adicional e emprego remunerado, as
famílias podem investir mais em cada filho. Crianças com menos irmãos tendem a ficar
mais tempo na escola do que aquelas com muitos irmãos. Abandonar a escola para ter
filhos tem implicações de longo prazo para o futuro dessas meninas, bem como para o
capital humano de suas famílias e comunidades. O planejamento familiar retarda o
crescimento populacional insustentável, que drena recursos do meio ambiente, e os
esforços de desenvolvimento nacional e regional.[10][16]
Saúde
Taxa de mortalidade materna global por 100.000 nascidos vivos, (2010) [17]
Métodos modernos
Os métodos modernos de planejamento familiar incluem controle de
natalidade, tecnologia de reprodução assistida e programas de planejamento familiar.
Em relação ao uso de métodos modernos de contracepção, o Fundo de População das
Nações Unidas (UNFPA) afirma que “Os contraceptivos evitam gravidezes indesejadas,
reduzem o número de abortos e diminuem a incidência de morte e invalidez relacionada
a complicações na gravidez e no parto. ” [20] O UNFPA declara que, “Se todas as
mulheres com uma necessidade não atendida de anticoncepcionais pudessem usar
métodos modernos, seriam evitados mais 24 milhões de abortos (14 milhões dos quais
seriam inseguros), 6 milhões de abortos espontâneos, 70.000 mortes maternas e 500.000
mortes infantis. ”
Nos casos em que os casais podem não querer ter filhos ainda, os programas de
planejamento familiar ajudam muito. Os programas federais de planejamento familiar
reduziram a gravidez entre as mulheres pobres em até 29%, de acordo com um
estudo da Universidade de Michigan.[21]
A adoção é outra opção usada para construir uma família. Existem sete etapas que
devem ser realizadas para a adoção. Você deve decidir buscar uma adoção, solicitar a
adoção, concluir um estudo domiciliar de adoção, obter aprovação para adotar, ser
casado com uma criança, receber uma colocação adotiva e, então, legalizar a adoção.[22]
Contracepção
Cartaz mostrando os efeitos positivos do planejamento familiar (Etiópia)
Os países com alta fertilidade têm 18% da população mundial, mas contribuem com
38% do crescimento populacional .[49] Para se tornar rico, os recursos devem ser
reapropriados para aumentar a renda por pessoa, em vez de apoiar populações maiores.
À medida que as populações aumentam, os governos devem acomodar investimentos
crescentes em saúde e capital humano e reformas institucionais para lidar com as
divisões demográficas. A redução do custo do capital humano pode ser implementada
por meio do subsídio à educação, o que aumenta o poder aquisitivo das mulheres e o
custo de oportunidade de ter filhos, conseqüentemente reduzindo a fecundidade.[1] O
acesso a contraceptivos também pode resultar em taxas de fertilidade mais baixas: ter
mais filhos do que o esperado impede o indivíduo de atingir o nível desejado de
investimento em quantidade e qualidade de filhos. Em contextos de alta fertilidade, a
fertilidade reduzida pode contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando os
resultados da criança, reduzindo a mortalidade materna e aumentando o capital humano
feminino.
Dang e Rogers (2015) mostram que, no Vietnã, os serviços de planejamento familiar
aumentaram o investimento em educação, reduzindo o custo relativo da qualidade da
criança e incentivando as famílias a investirem na qualidade.[50] Observando a distância
do centro de planejamento familiar mais próximo e os gastos gerais com a educação de
cada criança, Dang e Rogers fornecem evidências de que os pais no Vietnã estão
fazendo uma troca de qualidade por quantidade de crianças.
Demanda por aulas particulares com e sem acesso ao planejamento familiar
Países desenvolvidos
Atualmente, os países desenvolvidos têm experimentado crescimento econômico
crescente e queda da fertilidade. Como resultado da transição demográfica que ocorre
quando os países ficam ricos, os países desenvolvidos têm uma proporção crescente de
aposentados, o que aumenta a carga sobre a força de trabalho para apoiar as pensões e
programas sociais. O incentivo a uma maior fecundidade como solução pode causar o
risco de reverter os benefícios do aumento do investimento infantil e da participação
feminina na força de trabalho sobre o crescimento econômico. O aumento da migração
de alta qualificação pode ser uma forma eficaz de aumentar o retorno à educação,
levando a uma menor fertilidade e a uma maior oferta de indivíduos altamente
qualificados.[1]
Demanda por planejamento familiar
Variações regionais
Obstáculos ao planejamento familiar
Existem muitas razões pelas quais as mulheres não usam anticoncepcionais. Essas
razões incluem problemas logísticos, preocupações científicas e religiosas, acesso
limitado a transporte para acessar clínicas de saúde, falta de educação e conhecimento e
oposição de parceiros, famílias ou comunidades, além do fato de que ninguém é capaz
de controlar sua fertilidade além do comportamento básico envolvendo a concepção.
O UNFPA diz que “os esforços para aumentar o acesso devem ser sensíveis aos
contextos culturais e nacionais e devem considerar as disparidades econômicas,
geográficas e de idade dentro dos países”.[20]
O UNFPA afirma que “as mulheres mais pobres e as que vivem nas áreas rurais têm
menos acesso aos serviços de planejamento familiar. Certos grupos - incluindo
adolescentes, pessoas solteiras, pobres urbanos, populações rurais, profissionais do sexo
e pessoas que vivem com HIV também enfrentam uma variedade de barreiras ao
planejamento familiar. Isso pode levar a taxas mais altas de gravidez indesejada,
aumento do risco de HIV e outras DSTs, escolha limitada de métodos anticoncepcionais
e níveis mais altos de necessidades não atendidas de planejamento familiar. ” [20]
Para programas de saúde nacionais, internacionais ou locais envolvidos no
planejamento familiar, o uso de indicadores padrão[98] é cada vez mais encorajado, para
rastrear as barreiras ao planejamento familiar eficaz, juntamente com a eficácia,
aceitação e prestação de serviços de planejamento familiar.[99]
COVID-19
Em março de 2020, havia cerca de 450 milhões de mulheres usando contraceptivos
modernos em 114 países prioritários de baixa e média renda. Prevê-se que a pandemia
de COVID-19, bem como o distanciamento social e outras estratégias para reduzir a
transmissão, afetarão a capacidade dessas mulheres de continuar a usar
anticoncepcionais. O número de gravidezes indesejadas aumentará à medida que o
bloqueio continua e as interrupções dos serviços são estendidas.[100]
Projeta-se que cerca de 47 milhões de mulheres em 114 países de baixa e média renda
não poderão usar anticoncepcionais modernos se o bloqueio médio, ou interrupção
relacionada ao COVID-19, continuar por 6 meses com grandes interrupções nos
serviços. Para cada 3 meses o bloqueio continua, assumindo altos níveis de interrupção,
até 2 milhões de mulheres adicionais podem ser incapazes de usar anticoncepcionais
modernos. Se o bloqueio continuar por 6 meses e houver grandes interrupções no
serviço devido ao COVID-19, espera-se que ocorram mais 7 milhões de gravidezes
indesejadas.[100]
Dia Mundial da Contracepção
Aborto
Referências
PÁGINAS RELACIONADAS
Contracepção
métodos usados para prevenir uma gravidez
Planejamento familiar natural
Aborto no Japão
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22/01/2014 - 11:36
Atualizado:
20/05/2019 - 15:09
De uma forma geral, são actividades e serviços que existem nos Centros de Saúde e nos
Gabinetes de Atendimento a Jovens ou Centros de Atendimento Jovens das Direcções
Regionais do Instituto Português da Juventude, I.P.
Diafragma
Preservativo masculino
Preservativo feminino
Espermicida
2. Métodos hormonais
Anel vaginal
Implante subcutâneo
Injectáveis
Orais
3. Métodos intra-uterinos
DIU
4. Métodos cirúrgicos
5. Métodos naturais/comportamentais
Calendário – Ogino-Knaus
Temperatura basal
Muco cervical – Billings
Sinto-térmico
Coito interrompido
6. Contracepção de emergência
Método de utilização:
O diafragma deve ser colocado até 6 horas antes do coito, após a aplicação de gel ou
creme espermicida na parte côncava e nas extremidades, devendo ser colocado nas
mesmas posições utilizadas para se inserir um tampão: por exemplo, de cócoras ou
apoiando-se uma perna sobre uma cadeira. Após a ejaculação, o diafragma deve ser
mantido durante, no mínimo, 6 horas, mas nunca mais de 24 horas. Caso se efectuem
vários coitos, antes de cada um deve-se proceder à colocação de espermicida no fundo da
vagina com a ajuda de um aplicador.
Uma vez retirado, deve ser lavado com água e sabonete suave, deixando-o secar antes de
o guardar numa caixa fechada e, caso se deseje, pode-se envolvê-lo com algodão para
que se conserve melhor até à sua próxima utilização.
Vantagens e inconvenientes:
Em relação às vantagens, deve-se destacar que, se o diafragma for bem utilizado, constitui
um método contraceptivo inofensivo que em nada altera o funcionamento do aparelho
genital. Para além disso, caso seja associado a espermicidas, também proporciona uma
certa protecção, embora menor do que a do preservativo, face às doenças sexualmente
transmissíveis.
Entre os inconvenientes, deve-se ter em conta que necessita de prescrição médica e que a
sua utilização deve ser ensinada por um médico que comprove a correcta colocação por
parte da utilizadora. Para além disso, deve-se respeitar as normas de cuidado
mencionadas após cada utilização. Por último, algumas mulheres não consideram
conveniente terem de colocar o dispositivo antes do início da relação ou o facto de ter de o
deixar colocado várias horas após o coito.
Eficácia:
Caso esteja associado a um espermicida, o diafragma tem uma taxa de insucesso anual
de 5 a 10 por cento, embora as falhas sejam proporcionadas especialmente por uma má
utilização. Caso seja utilizado correctamente, esta taxa de insucesso anual pode diminuir
para 2 por cento.
Preservativo Masculino
O preservativo masculino consiste numa membrana cilíndrica de látex que deve ser
colocada sobre o pénis em erecção, de modo a revesti-lo e a reter no seu interior o sémen
emitido na ejaculação. Embora o mercado seja, actualmente, constituído por uma grande
variedade de modelos de preservativos (de diferente espessura, com a superfície mais ou
menos rugosa, alguns lubrificados para favorecer a sua colocação, etc.), em relação à sua
forma existem dois tipos básicos: uns têm a extremidade plana e arredondada, enquanto
outros são constituídos na ponta por uma protuberância para reter o sémen no seu interior
após a ejaculação.
Método de utilização:
O preservativo apenas deve ser colocado quando o pénis estiver em erecção e antes de
qualquer contacto do mesmo com os genitais femininos. Caso se deseje, pode-se aplicar
um lubrificante hidrossolúvel ou um gel espermicida sobre a superfície do preservativo,
embora se deva, por outro lado, evitar a utilização de vaselina, já que o material plástico
pode deteriorar-se. Após a ejaculação, deve-se retirar do pénis antes que se perca a
erecção, segurando o preservativo na base para se evitar que o sémen entre em contacto
com a vagina.
Vantagens e inconvenientes:
Entre as vantagens da utilização do preservativo, deve-se destacar o facto de se tratar de
um método simples, muito fácil de aprender a utilizar e que não necessita de controlo nem
prescrição médica. Para além da sua função de contraceptivo, caso o preservativo seja
bem utilizado, é muito útil para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, por
isso, deve ser utilizado, sobretudo, para as relações sexuais esporádicas.
Como inconveniente, há quem opine que a sua utilização diminui a sensibilidade do pénis.
Por outro lado, há quem não goste deste método devido ao facto de a colocação do
preservativo provocar a interrupção da relação sexual, na altura em que o pénis alcança a
erecção, embora este acto seja, para muitos casais, mais um componente do jogo sexual.
Eficácia:
A eficácia do preservativo depende da forma de utilização. Caso seja utilizado sozinho,
calcula-se que a taxa de insucessos anuais é de 10 a 15 por cento, sobretudo devido à
sua incorrecta utilização. O método é muito mais eficaz, caso seja associado à utilização
de espermicidas, e se for bem utilizado a taxa de insucessos diminui para os 0 a 3 por
cento.
Preservativo Feminino
O preservativo feminino consiste numa espécie de bolsa cilíndrica de poliuretano que deve
ser introduzida na vagina, de modo a reter no seu interior o sémen emitido na ejaculação.
O dispositivo é constituído por um grande anel de plástico com a extremidade aberta, de
modo a ser colocado à volta da vulva, e outro anel de tamanho mais reduzido e ligado à
extremidade fechada do fundo, para que seja inserido à volta do colo do útero.
Método de utilização:
O preservativo feminino deve ser colocado de maneira semelhante a um tampão, devendo
ser introduzido na vagina para que o anel pequeno fique à volta do colo do útero e o anel
grande revista parcialmente a vulva. Pode-se aumentar a sua eficácia através da aplicação
de um gel espermicida na sua superfície externa, que após a colocação do dispositivo
ficará em contacto com a vagina e o colo do útero. Para se retirar o preservativo feminino,
após a ejaculação, deve-se exercer tracção sobre o anel que reveste a vulva, verificando-
se que não produz nenhum contacto do sémen retido no seu interior com os genitais
femininos.
Espermicida
Os espermicidas são agentes químicos utilizados para desactivar os espermatozóides
presentes na vagina antes que penetrem no útero. São comercializados sob várias formas
farmacêuticas e com vários tipos de aplicação - geles ou cremes - e colocados com a
ajuda de um aplicador presente na embalagem - aerossóis ou espumas - cuja embalagem
é igualmente constituída por um aplicador, e óvulos vaginais, supositórios ou comprimidos
de consistência sólida, que devem ser directamente introduzidos na vagina com um dedo,
unindo-se no seu interior.
Método de utilização:
O produto espermicida, qualquer que seja a sua variedade, deve ser sempre colocado
antes de cada coito, seguindo-se as instruções indicadas na embalagem. A colocação na
vagina é simples, independentemente de ser com um dedo, em caso de comprimidos e
supositórios vaginais, ou como acontece com os cremes e geles, com a ajuda de um
aplicador semelhante a uma seringa. Devem ser colocados com uma certa antecedência
do coito, variável em cada caso, pois embora os aerossóis, geles e cremes se distribuam
rapidamente ao longo da vagina e apenas necessitem de alguns minutos de espera, os
supositórios e os comprimidos levam entre 5 a 10 minutos para se derreterem e formarem
uma película sobre o cérvix. Cada produto tem um período de tempo limitado, de meia
hora a duas horas, tendo que se proceder a uma nova aplicação, caso o coito não seja
efectuado dentro desse período de tempo.
Vantagens e inconvenientes:
Como vantagens, os espermicidas são simples de utilizar, embora seja extremamente
importante seguir as instruções indicadas em cada caso na embalagem, não necessitando
de prescrição ou vigilância médica. Para além disso, não têm efeitos secundários locais,
nem gerais, embora algumas espumas produzam uma sensação de calor transitória.
Como inconvenientes, deve-se mencionar que devem ser aplicado antes de cada coito e
que necessitam de um tempo de espera que não pode ser reduzido. Em alguns casos
raros, provocam reacções alérgicas que impossibilitam a utilização do produto.
Eficácia:
Caso sejam utilizados isolados, os espermicidas têm uma taxa de insucesso anual de 10 a
15 por cento, sobretudo por incumprimento das normas de utilização. Por outro lado, caso
estejam associados a outros métodos, têm uma eficácia muito mais elevada, já que
combinados com o diafragma evidenciam uma taxa de insucesso anual de 5 a 10 por
cento e, em associação com o preservativo, de 0 a 3 por cento.
2. Métodos hormonais
Anel Vaginal
Implante subcutâneo
Este sistema consiste na implantação de um pequeno bastonete que é inserido no braço
sob a pele. Embora se trate de um procedimento simples efectuado sob anestesia local,
realizado em pouco mais de 15 minutos, o implante deve ser colocado pelo médico. O
implante contraceptivo existente no mercado é eficaz durante um período de 3 anos,
sendo que após este período perde lentamente a sua eficácia, pelo que será necessário
substituí-lo ou utilizar outro método. O implante liberta uma hormona que evita a ovulação
e evita que o esperma alcance o útero. Está indicado para contracepção a longo prazo de
mulheres saudáveis entre os 18 e 40 anos.
Injectáveis
Trata-se de um método contraceptivo que consiste numa injecção intramuscular profunda
de uma solução aquosa contendo acetato de medroprogesterona (DMPA). A solução vai-
se introduzindo lentamente na corrente sanguínea e, à semelhança da pílula, inibe a
ovulação e age sobre a mucosa do útero, tornando as secreções do colo do útero mais
espessas, constituindo assim uma barreira contra os espermatozóides. Cada injecção tem
um efeito até 3 meses (12 semanas) e tem um elevado nível de eficácia (cerca de 99 por
cento) 0,0 a 1,3 gravidezes por ano em cada 100 mulheres.
Vantagens e desvantagens:
É um método que não requer rotina diária logo evita esquecimento. Por outro lado, não
interfere no prazer sexual, tem elevada eficácia e é de cómoda administração. Apesar de
tudo, a principal desvantagem é que não previne contra as doenças sexualmente
transmissíveis, mas também porque tem de ser aplicado/administrado por um especialista,
leva ao ganho de peso e alterações no ciclo menstrual.
Adesivo
O adesivo contraceptivo é um adesivo impregnado de hormonas semelhantes à da pílula e
que são libertadas continuamente através da pele para a corrente sanguínea. Cada
adesivo tem efeito durante 7 dias e ao fim da terceira semana é feito um período de
descanso. O adesivo como método hormonal impede a ovulação e pode ser utilizado na
parte de fora do braço, na parte superior do tronco (costas), no abdómen ou na nádega.
Poder-se-á seleccionar um local diferente cada semana, mas seja qual for o local
escolhido, o adesivo tem de permanecer nesse local durante 7 dias. Pode-se utilizar no
mesmo local, todas as semanas. No entanto, deve evitar-se colocá-lo exactamente no
mesmo ponto. O adesivo não deve ser aplicado em pele vermelha, irritada ou com cortes.
Deve aplicar-se na pele limpa e seca, sem cremes, óleos ou loções.
Orais
Esta é a principal forma de contracepção hormonal, utilizada por dezenas de milhões de
mulheres em todo o mundo, corresponde à administração de compostos hormonais de
diversa composição por via oral. Consoante a sua composição, é possível distinguir dois
tipos fundamentais de contraceptivos orais: as pílulas combinadas, compostas por
estrogénios e progestagénios (produtos sintéticos com acções semelhantes às da
progesterona natural), e as minipílulas, apenas constituídas por gestagénios.
Pílulas combinadas
Constituída pela combinação de dois derivados sintéticos do estrogénio e da progesterona.
De acordo com o teor de cada um destes derivados, as pílulas combinadas podem ser
classificadas em monofásicas ou multifásicas. As primeiras utilizam uma associação em
doses baixas e fixas de estrogénio e progestagénio ao longo de todo o ciclo. Já as
multifásicas: também chamadas de bifásicas e trifásicas, utilizam uma associação de
estrogénio e progestagénio de baixa dosagem, das quais a dose deste último varia em
duas ou três fases ao longo do ciclo, respectivamente. Foram desenvolvidas com o
objectivo de reduzir os efeitos secundários dos contraceptivos orais, incluindo hemorragia
durante o ciclo e amenorreia, associados a níveis elevados de hormonas.
Minipílulas
Este tipo de pílula só contém um progestagénio sendo aconselhável a mulheres para as
quais as pílulas contendo estrogénios são fortemente contra-indicadas e ainda em
mulheres que estejam a amamentar, uma vez que o estrogénio reduz a produção de leite.
Para funcionar de forma eficaz, devem ser tomadas à mesma hora a cada 24 horas,
tolerando-se um intervalo de atraso de menos de 3 horas. A sua eficácia, no entanto, é de
apenas 97 a 98 por cento podendo ainda originar ciclos menstruais irregulares.
3. Métodos intra-uterinos
DIU
Apesar de, actualmente, existir uma grande variedade de modelos de DIU, confeccionados
com vários materiais plásticos, de diferentes tamanhos e desenhos, os mais utilizados são
os que têm a forma de 7 ou T, com barras transversais mais ou menos curvas,
constituídas com um fino filamento de cobre enrolado na sua extremidade central
O dispositivo intra-uterino deve ser colocado pelo médico depois de efectuados todos os
exames para eliminar a existência de contra-indicações - infecções genitais, tumores
uterinos, etc. -, de ter medido a cavidade uterina e seleccionado o modelo mais adequado.
Embora se possa colocar o dispositivo a qualquer momento, este deve ser inserido
durante a menstruação, período ao longo do qual se sabe com certeza que não existe uma
gravidez recente e quando a sua realização é facilitada pelo facto de o canal cervical
(canal que permite a comunicação entre o interior do útero e a vagina) se encontrar mais
dilatado.
Dado que todo este procedimento é bastante rápido e também praticamente indolor, não
necessita da aplicação de anestesia. Nos dias seguintes à inserção, a mulher não deve
manter relações sexuais, sendo preferível que utilize pensos higiénicos em vez de
tampões. Por precaução, convém utilizar outro método contraceptivo até à primeira
consulta, ao fim de um mês, uma vez que durante esse período a eficácia do DIU não
oferece garantias suficientes.
Inconvenientes e complicações:
Apesar de a utilização do DIU normalmente não provocar grandes problemas, está
intimamente ligada a menstruações mais abundantes e duradouras, até mesmo um pouco
mais dolorosas do que as habituais. Um possível inconveniente é a predisposição para o
desenvolvimento de infecções genitais, provocadas por microorganismos com maior
facilidade para aceder ao interior do útero através da ligação estabelecida pelos fios que
pendem para a vagina.
A complicação mais grave é a ruptura uterina, que ocorre se o dispositivo ficar preso na
parede uterina ou até atravessá-la, alcançando a cavidade abdominal. Embora se trate de
um problema perigoso, felizmente é muito raro caso o DIU seja colocado por profissionais.
Uma outra complicação não tão perigosa, mas que provoca a total perda de eficácia do
método, é a expulsão do DIU, que acontece até cerca de 2 por cento dos casos, existindo
situações em que é praticamente indolor e outras em que se produz durante a
menstruação, passando totalmente despercebida.
O aparecimento de dores abdominais, mal-estar geral, febre e fluxo vaginal anómalo são
sinais que a devem alertar para procurar o seu médico.
4. Métodos cirúrgicos
Laqueação de trompas
A esterilização feminina baseia-se na realização de uma intervenção cirúrgica ao longo da
qual se bloqueia a continuidade das trompas de Falópio, os canais onde se produz a união
entre os óvulos libertados pelos ovários e os espermatozóides provenientes do exterior,
que sobem desde o útero. A operação denomina-se "laqueação das trompas", devido ao
facto de se recorrer ao corte e laqueação destes canais. Deve-se referir que a operação
não altera em nada o funcionamento dos ovários, nem do restante aparelho genital
feminino, pois para além de não afectar as relações sexuais ou o desejo sexual, também
não modifica o ciclo menstrual normal.
Resultados e eficácia:
A intervenção provoca uma imediata e permanente esterilidade, tendo uma taxa de
eficácia teórica de 100 por cento, ainda que raramente se produzam insucessos devido a
uma técnica cirúrgica deficiente ou devido a uma fusão espontânea de alguma trompa.
Vasectomia
A esterilização masculina realiza-se através de uma simples intervenção cirúrgica,
denominada vasectomia, baseada no corte dos canais deferentes que impede a passagem
dos espermatozóides. É feita uma pequena incisão cirúrgica em cada um dos lados do
escroto, é removida uma porção de cada tubo (cerca de 1 cm), após o que as
extremidades são fechadas.
O procedimento é simples, com recurso a anestesia local, pelo que o homem regressa a
casa no próprio dia.
A esterilização é garantida praticamente a 100 por cento, mas são precisos, em média, 3
meses para"limpar" os canais de todos os espermatozóides neles existentes, o que
corresponde a umas 15 a 20 ejaculações. Por isso, até lá é aconselhável o uso de um
método contraceptivo, até que seja feita a confirmação de azoospermia (sémen sem
espermatozóides) num espermograma de controlo.
É uma forma de contracepção definitiva, radical que inviabiliza a reprodução, mas não
interfere com a vida sexual: o homem continua a manter erecções e a ejacular, não sendo
igualmente afectado na libido.
5. Métodos naturais/comportamentais
Método do calendário (método de Ogino-Knaus)
É um método que consiste em anotar durante mais ou menos 1 ano a duração dos ciclos
menstruais. Uma vez feita esta contagem, tem de se subtrair ao ciclo mais curto 18 dias e
ao ciclo mais longo 11 dias. A partir do momento em que estes resultados estão
encontrados, o intervalo entre ambos, do menor para o maior, indica o espaço de tempo
no qual a mulher se encontra no período mais fértil dos seus ciclos, onde ocorre a
ovulação e é mais provável que aconteça uma gravidez.
Por exemplo, imaginemos que uma mulher contabilizou o seu ciclo mais curto com 26 dias
e o seu ciclo mais longo com 30 dias. Então: 26 – 18 = 8 e 30 – 11 = 19. Quer isto dizer
que os dias mais férteis desta mulher são entre o 8º e o 19º dia do ciclo, dias em que não
deve ter relações sexuais ou, querendo-o, terá de utilizar um preservativo. Convém não
esquecer que o primeiro dia do ciclo é o primeiro dia em que aparece a menstruação.
Para usar estes métodos como contracepção tem de conhecer bem o funcionamento do
próprio corpo e estes métodos não protegem das Infecções Sexualmente Transmissíveis
(IST).
Presença ou ausência: por observação ao nível da vulva ela pode ver ou não muco. É
aconselhável observar-se 3 vezes por dia (de manhã, ao meio-dia e à noite), sobretudo
quando se pretende escolher o sexo do bebé.
A sensação: descida espontânea que a mulher sente ao nível da vulva e da vagina. Sente
o muco a escorrer na vagina sem o ver: é uma sensação de humidade.
O aspecto do muco: durante a sua presença ele vai assumindo vários aspectos, que
indicam à mulher se é muco do tipo fértil ou infértil.
Método sinto-térmico
O Método Sinto-Térmico combina vários elementos do Método da Temperatura Basal do
corpo da mulher e do Método da Ovulação (Billings). Isto é, tanto a temperatura como o
muco cervical são usados para entender o estado de fertilidade. Outros indicadores
fisiológicos, como por exemplo, a dor, tensão dos seios e as variações do colo do útero,
são também levados em conta na identificação dos períodos férteis e inférteis.
Coito interrompido
O coito interrompido é um método contraceptivo, de baixa fiabilidade, no qual, durante a
relação sexual, o pénis é removido da vagina imediatamente antes da ejaculação,
impedindo a deposição de sémen no interior da vagina. Este método tem sido amplamente
utilizado mas as taxas de falha são muito elevadas, principalmente devido à falta do auto-
controle de quem o utiliza.
6. Contracepção de emergência
A contracepção de emergência tem por finalidade impedir a ovulação ou prevenir a
implantação se a relação sexual ocorreu nas horas ou dias que antecederam a ovulação.
Ou seja, num momento em que existe maior probabilidade de ocorrer a fertilização.
Também pode prevenir a implantação. Torna-se ineficaz logo que se inicia o processo de
implantação do ovo. Este método não interrompe uma gravidez que já se tenha iniciado,
por isso deve ser utilizado até 72 horas após uma relação sexual não protegida ou em
caso de falha de um método contraceptivo, como o rompimento do preservativo;
esquecimento da pílula contraceptiva oral para além do prazo máximo admitido após a
última toma; expulsão do DIU; remoção antecipada ou deslocamento de um diafragma
vaginal; relação sexual durante o período supostamente fértil quando se optou pelo
método da abstinência periódica (método das temperaturas) ou em caso de violação.
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Métodos Contracetivos de emergência: Estarão os jovens informados?
Vida Saudável
Sexo e Relacionamentos
Sexologia
Planeamento Familiar
Direção-Geral da Saúde
Fonte:
Ministério da Saúde
APF
DGS
juventude.gov.pt
medicosdeportugal.saude.sapo.pt
Nota:
Foto:
ShutterStock
Atualização Diária
16 Nov 2022
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4.1. O que é uma Consulta de Planeamento Familiar?
É uma consulta que se destina a apoiar e informar os indivíduos ou casais, para que
estes possam planear uma gravidez no momento mais apropriado, proporcionando-lhes
a possibilidade de viverem a sua sexualidade de forma saudável e segura.
Nesta consulta é feita a avaliação do estado de saúde da mulher ou do casal, avaliando-
se, se necessário, a eventual existência de riscos ou doenças para a mãe ou para o futuro
bebé.
Esta é a consulta que deve procurar, se pretende evitar uma gravidez ou se, pelo
contrário, sofre de infertilidade e pretende engravidar.
No âmbito desta consulta, dá-se informação sobre os métodos de contracepção, sendo
fornecido gratuitamente o contraceptivo escolhido. Faz-se ainda aconselhamento sexual,
bem como rastreio do cancro ginecológico e das doenças de transmissão sexual.
A consulta é gratuita. Existe nos Centros de Saúde e em alguns Hospitais e
Maternidades
4.2. Como posso conhecer e controlar os riscos antes de engravidar?
Para a gravidez decorrer sem problemas e o bebé nascer saudável, ajuda muito que a
mãe e o pai estejam bem de saúde antes de a gravidez começar.
O feto é mais sensível a danos entre os 17 e os 56 dias depois da fecundação (primeiras
semanas da gravidez). Controlar os riscos antes de engravidar pode garantir a segurança
do bebé durante este importante período de tempo.
Se está a utilizar um método para não engravidar, e quiser suspender, não o interrompa
antes de falar com o seu médico.
A gravidez acima dos 35 anos pode trazer mais riscos para a mulher e para o bebé.
A partir desta idade, poderá, se o desejar, ter acesso a testes de diagnóstico pré-natal,
que se realizam nas Maternidades e Serviços de Obstetrícia dos Hospitais.
Antes de engravidar, consulte o seu médico de família.
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