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3.  Planejamento Familiar

PLANEJAMENTO FAMILIAR
Planejamento Familiar é um conjunto de ações que auxiliam homens e
mulheres a planejar a chegada dos filhos, e também a prevenir gravidez
não planejada. Todas as pessoas possuem o direito de decidir se terão ou
não filhos, e o Estado tem o dever de oferecer acesso a recursos
informativos, educacionais, técnicos e científicos que assegurem a prática
do planejamento familiar.
 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 120 milhões de
mulheres em todo mundo desejam evitar a gravidez. Por isso, a lei do
Planejamento Familiar foi desenvolvida pelo Governo Brasileiro, com intuito
de orientar e conscientizar a respeito da gravidez e da instituição familiar.
 
O Estado Brasileiro, desde 1998, possui medidas que auxiliam no
planejamento, como a distribuição gratuita de métodos anticoncepcionais.
Já em 2007, foi criada a Política Nacional de Planejamento Familiar, que
incluiu a distribuição de camisinhas, e a venda de anticoncepcionais, além
de expandir as ações educativas sobre a saúde sexual e a saúde
reprodutiva.
 
Em 2009, o Ministério da Saúde reforçou a política de planejamento e
ampliou o acesso aos métodos contraceptivos, disponibilizando mais
de oito tipos de métodos nos postos de saúde e hospitais públicos.
 
Confira abaixo a Lei do Planejamento Familiar desenvolvida em 1996, que
regulamenta o planejamento familiar no Brasil e proporciona ações
preventivas para a mulher e o homem.
 
Fonte:
Dr. Sérgio dos Passos Ramos CRM17.178 – SP
Site Governo do
Brasil: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/0102assistencia1.p
df - acessado em 11.02.2021.
Lei do Planejamento Familiar
 
A Lei sobre o planejamento familiar, nº9.263, de 12 de janeiro de 1996,
Regula o § 7º do art. 226 da Constituição Federal, que trata do
planejamento familiar, estabelece penalidades e dá outras providências.
 
CAPÍTULO I
 
DO PLANEJAMENTO FAMILIAR
 
Art. 1º O planejamento familiar é direito de todo cidadão, observado o
disposto nesta Lei.
 
        Art. 2º Para fins desta Lei, entende-se planejamento familiar como o
conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais
de constituição, limitação ou aumento da prole pela mulher, pelo homem
ou pelo casal.
 
        Parágrafo único – É proibida a utilização das ações a que se refere
o caput para qualquer tipo de controle demográfico.
 
        Art. 3º O planejamento familiar é parte integrante do conjunto de ações
de atenção à mulher, ao homem ou ao casal, dentro de uma visão de
atendimento global e integral à saúde.
 
        Parágrafo único – As instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde,
em todos os seus níveis, na prestação das ações previstas no caput,
obrigam-se a garantir, em toda a sua rede de serviços, no que respeita a
atenção à mulher, ao homem ou ao casal, programa de atenção integral à
saúde, em todos os seus ciclos vitais, que inclua, como atividades básicas,
entre outras:
 
I – a assistência à concepção e contracepção;
II – o atendimento pré-natal;
III – a assistência ao parto, ao puerpério e ao neonato;
IV – o controle das doenças sexualmente transmissíveis;
V – o controle e prevenção do câncer cérvico-uterino, do câncer de mama e
do câncer de pênis.
 
        Art. 4º O planejamento familiar orienta-se por ações preventivas e
educativas e pela garantia de acesso igualitário a informações, meios,
métodos e técnicas disponíveis para a regulação da fecundidade.
 
        Parágrafo único – O Sistema Único de Saúde promoverá o treinamento
de recursos humanos, com ênfase na capacitação do pessoal técnico,
visando a promoção de ações de atendimento à saúde reprodutiva.
 
        Art. 5º – É dever do Estado, através do Sistema Único de Saúde, em
associação, no que couber, às instâncias componentes do sistema
educacional, promover condições e recursos informativos, educacionais,
técnicos e científicos que assegurem o livre exercício do planejamento
familiar.
 
        Art. 6º As ações de planejamento familiar serão exercidas pelas
instituições públicas e privadas, filantrópicas ou não, nos termos desta Lei e
das normas de funcionamento e mecanismos de fiscalização estabelecidos
pelas instâncias gestoras do Sistema Único de Saúde.
 
        Parágrafo único – Compete à direção nacional do Sistema Único de
Saúde definir as normas gerais de planejamento familiar.
 
        Art. 7º – É permitida a participação direta ou indireta de empresas ou
capitais estrangeiros nas ações e pesquisas de planejamento familiar,
desde que autorizada, fiscalizada e controlada pelo órgão de direção
nacional do Sistema Único de Saúde.
 
        Art. 8º A realização de experiências com seres humanos no campo da
regulação da fecundidade somente será permitida se previamente
autorizada, fiscalizada e controlada pela direção nacional do Sistema Único
de Saúde e atendidos os critérios estabelecidos pela Organização Mundial
de Saúde.
 
        Art. 9º Para o exercício do direito ao planejamento familiar, serão
oferecidos todos os métodos e técnicas de concepção e contracepção
cientificamente aceitos e que não coloquem em risco a vida e a saúde das
pessoas, garantida a liberdade de opção.
 
        Parágrafo único. A prescrição a que se refere o caput só poderá
ocorrer mediante avaliação e acompanhamento clínico e com informação
sobre os seus riscos, vantagens, desvantagens e eficácia.
 
        Art. 10. Somente é permitida a esterilização voluntária nas seguintes
situações: (Artigo vetado e mantido pelo Congresso Nacional – Mensagem
nº 928, de 19.8.1997)
 
I – em homens e mulheres com capacidade civil plena e maiores de vinte e
cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos, desde que
observado o prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da
vontade e o ato cirúrgico, período no qual será propiciado à pessoa
interessada acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo
aconselhamento por equipe multidisciplinar, visando desencorajar a
esterilização precoce;
II – risco à vida ou à saúde da mulher ou do futuro concepto, testemunhado
em relatório escrito e assinado por dois médicos.
 
§ 1º É condição para que se realize a esterilização o registro de expressa
manifestação da vontade em documento escrito e firmado, após a
informação a respeito dos riscos da cirurgia, possíveis efeitos colaterais,
dificuldades de sua reversão e opções de contracepção reversíveis
existentes.
§ 2º É vedada a esterilização cirúrgica em mulher durante os períodos de
parto ou aborto, exceto nos casos de comprovada necessidade, por
cesarianas sucessivas anteriores.
§ 3º Não será considerada a manifestação de vontade, na forma do § 1º,
expressa durante ocorrência de alterações na capacidade de discernimento
por influência de álcool, drogas, estados emocionais alterados ou
incapacidade mental temporária ou permanente.
§ 4º A esterilização cirúrgica como método contraceptivo somente será
executada através da laqueadura tubária, vasectomia ou de outro método
cientificamente aceito, sendo vedada através da histerectomia e
ooforectomia.
§ 5º Na vigência de sociedade conjugal, a esterilização depende do
consentimento expresso de ambos os cônjuges.
§ 6º A esterilização cirúrgica em pessoas absolutamente incapazes somente
poderá ocorrer mediante autorização judicial, regulamentada na forma da
Lei.
 
        Art. 11. Toda esterilização cirúrgica será objeto de notificação
compulsória à direção do Sistema Único de Saúde. (Artigo vetado e mantido
pelo Congresso Nacional)  Mensagem nº 928, de 19.8.1997
 
         Art. 12. É vedada a indução ou instigamento individual ou coletivo à
prática da esterilização cirúrgica.
 
        Art. 13. É vedada a exigência de atestado de esterilização ou de teste
de gravidez para quaisquer fins.
 
        Art. 14. Cabe à instância gestora do Sistema Único de Saúde, guardado
o seu nível de competência e atribuições, cadastrar, fiscalizar e controlar as
instituições e serviços que realizam ações e pesquisas na área do
planejamento familiar.
 
        Parágrafo único. Só podem ser autorizadas a realizar esterilização
cirúrgica as instituições que ofereçam todas as opções de meios e métodos
de contracepção reversíveis. (Parágrafo vetado e mantido pelo Congresso
Nacional)  Mensagem nº 928, de 19.8.1997
 
CAPÍTULO II
 
DOS CRIMES E DAS PENALIDADES
 
Art. 15. Realizar esterilização cirúrgica em desacordo com o estabelecido no
art. 10 desta Lei. (Artigo vetado e mantido pelo Congresso Nacional)
Mensagem nº 928, de 19.8.1997
 
Pena – reclusão, de dois a oito anos, e multa, se a prática não constitui
crime mais grave.
 
Parágrafo único – A pena é aumentada de um terço se a esterilização for
praticada:
 
I – durante os períodos de parto ou aborto, salvo o disposto no inciso II do
art. 10 desta Lei.
II – com manifestação da vontade do esterilizado expressa durante a
ocorrência de alterações na capacidade de discernimento por influência de
álcool, drogas, estados emocionais alterados ou incapacidade mental
temporária ou permanente;
III – através de histerectomia e ooforectomia;
IV – em pessoa absolutamente incapaz, sem autorização judicial;
V – através de cesária indicada para fim exclusivo de esterilização.
 
Art. 16. Deixar o médico de notificar à autoridade sanitária as esterilizações
cirúrgicas que realizar.
 
        Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
        Art. 17. Induzir ou instigar dolosamente a prática de esterilização
cirúrgica.
 
Pena – reclusão, de um a dois anos.
 
Parágrafo único – Se o crime for cometido contra a coletividade, caracteriza-
se como genocídio, aplicando-se o disposto na Lei nº 2.889, de 1º de
outubro de 1956.
 
        Art. 18. Exigir atestado de esterilização para qualquer fim.
 
Pena – reclusão, de um a dois anos, e multa.
 
        Art. 19. Aplica-se aos gestores e responsáveis por instituições que
permitam a prática de qualquer dos atos ilícitos previstos nesta Lei o
disposto no caput e nos §§ 1º e 2º do art. 29 do Decreto-lei nº 2.848, de 7 de
dezembro de 1940 – Código Penal.
 
        Art. 20. As instituições a que se refere o artigo anterior sofrerão as
seguintes sanções, sem prejuízo das aplicáveis aos agentes do ilícito, aos
coautores ou aos partícipes:
 
I – se particular a instituição:
 
a) de duzentos a trezentos e sessenta dias-multa e, se reincidente,
suspensão das atividades ou descredenciamento, sem direito a qualquer
indenização ou cobertura de gastos ou investimentos efetuados;
b) proibição de estabelecer contratos ou convênios com entidades públicas
e de se beneficiar de créditos oriundos de instituições governamentais ou
daquelas em que o Estado é acionista;
 
II – se pública a instituição, afastamento temporário ou definitivo dos
agentes do ilícito, dos gestores e responsáveis dos cargos ou funções
ocupados, sem prejuízo de outras penalidades.
 
        Art. 21. Os agentes do ilícito e, se for o caso, as instituições a que
pertençam ficam obrigados a reparar os danos morais e materiais
decorrentes de esterilização não autorizada na forma desta Lei,
observados, nesse caso, o disposto nos arts. 159, 1.518 e 1.521 e seu
parágrafo único do Código Civil, combinados com o art. 63 do Código de
Processo Penal.
 
CAPÍTULO III
 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
 
        Art. 22. Aplica-se subsidiariamente a esta Lei o disposto no Decreto-lei
nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, e, em especial, nos
seus arts. 29, caput, e §§ 1º e 2º; 43, caput e incisos I , II e III ;44,
caput e incisos I e II e III e parágrafo único; 45, caput e incisos I e II; 46,
caput e parágrafo único; 47, caput e incisos I, II e III; 48, caput e parágrafo
único; 49, caput e §§ 1º e 2º; 50, caput, § 1º e alíneas e § 2º; 51, caput e §§
1º e 2º; 52; 56; 129, caput e § 1º, incisos I, II e III, § 2º, incisos I, III e IV e § 3º.
 
        Art. 23. O Poder Executivo regulamentará esta Lei no prazo de noventa
dias, a contar da data de sua publicação.
 
        Art. 24. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
 
        Art. 25. Revogam-se as disposições em contrário.
 
Esse método contraceptivo baseia-se fundamentalmente em planos
comportamentais e ações preventivas do casal. Cada vez mais há o
incentivo à prevenção e à educação também para os adolescentes, pois é
fundamental uma orientação desde o início das relações pessoais e sexuais.
O fortalecimento das ações educativas, principalmente para os
adolescentes de ambos os sexos, proporcionou uma redução no número
de gravidezes não planejadas.
 
De acordo com o Ministério da Saúde, entre os anos de 2003 e 2009, houve
uma queda de 20% na quantidade de gestantes com idade entre 10 e 19
anos. Acredita-se que o incentivo e o poder de escolha dos métodos
preventivos têm estimulado as mulheres a fazer um planejamento melhor.
 
Fonte: Lei do Planejamento Familiar: disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L9263.htm
PERGUNTAS FREQUENTES
POSSO AMAMENTAR DURANTE O USO DO DIU HORMONAL?
Pode-se amamentar durante o uso do produto. A utilização de métodos
contendo apenas progestogênio (como é o caso do DIU Hormonal) não
parece afetar a quantidade ou a qualidade do leite materno nem causar
qualquer efeito deletério sobre o crescimento ou desenvolvimento do
lactente…

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POSSO ENGRAVIDAR APÓS INTERROMPER O USO DO DIU HORMONAL?


Sim. Após a remoção, não há alteração da fertilidade existente antes da
inserção, podendo ocorrer a gravidez já durante o primeiro ciclo menstrual
após a remoção do DIU Hormonal.

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POR QUANTO TEMPO POSSO USAR O DIU HORMONAL?


O DIU Hormonal possui ação contraceptiva por 5 anos, sendo que, após
este período, o sistema deve ser retirado. Se desejar, um novo pode ser
inserido imediatamente após a remoção do anterior.

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O QUE FAZER CASO QUEIRA ENGRAVIDAR OU REMOVER O DIU HORMONAL


POR OUTRA RAZÃO?
O DIU Hormonal pode ser facilmente removido a qualquer momento pelo
seu médico e geralmente esta remoção é um procedimento indolor. A
fertilidade é recuperada após a remoção do DIU Hormonal. Se não desejar
engravidar, o DIU Hormonal não deve ser removido após o 5º dia do ciclo
menstrual, a menos que outro método contraceptivo seja iniciado pelo
menos 5 dias antes da remoção. Quando a mulher não apresenta
sangramento, recomenda-se o uso de método contraceptivo de barreira
por 5 dias antes da remoção e até que sua menstruação retorne. Um novo
DIU Hormonal também pode ser inserido imediatamente após a remoção
do anterior e, neste caso, não é necessária qualquer proteção adicional. O
tratamento não deve ser interrompido sem o conhecimento do seu médico.

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Planejamento familiar
conjunto de ações que permitem às mulheres e aos homens escolher quando querem ter um filho

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Planeamento familiar (português europeu) ou planejamento familiar (português brasileiro) são o
conjunto de ações e serviços que têm, como finalidade, contribuir para
a saúde da mulher, da família e da criança. O planejamento familiar pode envolver a
consideração do número de filhos que uma mulher deseja ter, incluindo a opção de não
ter filhos, bem como a idade em que ela deseja tê-los e o espaçamento entre o
nascimento dos filhos. Esses assuntos são influenciados por fatores externos, como a
situação conjugal, considerações de carreira, posição financeira e quaisquer deficiências
que possam afetar sua capacidade de ter filhos e criá-los. Se for sexualmente ativo, o
planejamento familiar pode envolver o uso de métodos contraceptivos e outras técnicas
para controlar o tempo da reprodução.[1]
Cartaz da Associação de Planejamento Familiar de Hong Kong. O cartaz diz: "planeje sua
família antes que seja tarde demais".

Outros aspectos do planejamento familiar incluem educação sexual,[2] prevenção e


manejo de infecções sexualmente transmissíveis,[2] aconselhamento[2] e manejo pré-
concepção e da infertilidade.[3] O planejamento familiar, conforme definido
pelas Nações Unidas e pela Organização Mundial da Saúde, abrange os serviços que
antecederam a concepção. O aborto não é considerado um componente do planejamento
familiar,[4] embora o acesso à contracepção e ao planejamento familiar reduza a
necessidade de aborto.
Às vezes, o planejamento familiar é usado como sinônimo ou eufemismo para acesso e
uso de contraceptivos. No entanto, muitas vezes envolve vários outros métodos e
práticas, além da contracepção. Além disso, há muitos que podem querer usar métodos
contraceptivos, mas não estão, necessariamente, planejando uma família (por exemplo,
adolescentes solteiras, jovens casais atrasando a gravidez durante a construção de uma
carreira); o planejamento familiar tornou-se uma expressão abrangente para grande
parte do trabalho realizado nesse campo. Noções contemporâneas de planejamento
familiar, no entanto, tendem a colocar a mulher e suas decisões de procriação no centro
da discussão, já que as noções de empoderamento das mulheres e autonomia
reprodutiva ganharam força em muitas partes do mundo. Geralmente é aplicado a um
casal de mulheres e homens que desejam limitar o número de filhos que têm e/ou
controlar o tempo da gravidez(também conhecido como espaçamento entre filhos).
O planejamento familiar mostrou reduzir as taxas de natalidade de adolescentes e de
mulheres solteiras.[5][6]
Objetivos
Em 2006, os Centros de Controle de Doençasdos Estados Unidos (CDC) emitiram uma
recomendação, encorajando homens e mulheres a formular um plano de vida
reprodutiva, para ajudá-los a evitar gravidezes indesejadas, melhorar a saúde das
mulheres e reduzir os resultados adversos da gravidez.[7]
Criar uma criança requer uma quantidade significativa de recursos: tempo,[8] social,
financeiro[9] e ambiental.[10] O planejamento pode ajudar a garantir que os recursos
estejam disponíveis. O objetivo do planejamento familiar é garantir que qualquer casal,
homem ou mulher que tenha um filho tenha os recursos necessários para cumprir essa
meta.[11] Com esses recursos, um casal, homem ou mulher pode explorar as opções de
parto natural, barriga de aluguel, inseminação artificial ou adoção. No outro caso, se a
pessoa não deseja ter um filho no horário específico, ela pode investigar os recursos
necessários para prevenir a gravidez, como controle de natalidade, anticoncepcionais ou
proteção e prevenção física.
Não há nenhum caso claro de impacto social a favor ou contra a concepção de uma
criança. Individualmente, para a maioria das pessoas,[12] ter um filho ou não não tem
impacto mensurável no bem-estar da pessoa. Uma revisão da literatura econômica sobre
satisfação com a vida mostra que certos grupos de pessoas são muito mais felizes sem
filhos:
 Pais solteiros
 Pais que trabalham e criam os filhos igualmente.
 Músicas
 O divorciado
 Os pobres
 Aqueles cujos filhos têm mais de 3 anos
 Aqueles cujos filhos estão doentes[13]

No entanto, tanto os adotados quanto os adotantes relatam que ficam mais felizes após a
adoção.[14] adoção também pode garantir os custos de deficiência pré-natal ou infantil,
que podem ser previstos com a triagem pré-natal ou com referência a fatores de risco
dos pais. Por exemplo, pais mais velhos[15] e / ou idade materna avançada aumentam o
risco de vários problemas de saúde em seus filhos, incluindo autismo e esquizofrenia.
Template:Sanchez, 2018
Recursos
Quando as mulheres podem buscar educação adicional e emprego remunerado, as
famílias podem investir mais em cada filho. Crianças com menos irmãos tendem a ficar
mais tempo na escola do que aquelas com muitos irmãos. Abandonar a escola para ter
filhos tem implicações de longo prazo para o futuro dessas meninas, bem como para o
capital humano de suas famílias e comunidades. O planejamento familiar retarda o
crescimento populacional insustentável, que drena recursos do meio ambiente, e os
esforços de desenvolvimento nacional e regional.[10][16]
Saúde
 
Taxa de mortalidade materna global por 100.000 nascidos vivos, (2010) [17]

A OMS afirma sobre a saúde materna que:

“A saúde materna se refere à saúde da mulher durante a gravidez, o parto e o pós-parto.


Embora a maternidade seja frequentemente uma experiência positiva e gratificante, para
muitas mulheres está associada a sofrimento, saúde precária e até morte. "

Cerca de 99% das mortes maternas ocorrem em países menos desenvolvidos ; menos da


metade ocorre na África Subsaariana e quase um terço no Sul da Ásia.[18]
Tanto a maternidade precoce quanto a tardia apresentam riscos aumentados. Os
adolescentes enfrentam um risco maior de complicações e morte como resultado da
gravidez.[18] Esperar até que a mãe tenha pelo menos 18 anos antes de tentar ter filhos
melhora a saúde materno-infantil.[19]
Além disso, se mais filhos forem desejados após o nascimento de uma criança, é mais
saudável para a mãe e a criança esperar pelo menos 2 anos após o nascimento anterior
antes de tentar conceber (mas não mais do que 5 anos).[19] Depois de um aborto
espontâneo ou espontâneo, é mais saudável esperar pelo menos 6 meses.
Ao planejar uma família, as mulheres devem estar cientes de que os riscos reprodutivos
aumentam com a idade da mulher. Como os homens mais velhos, as mulheres mais
velhas têm uma chance maior de ter um filho com autismo ou síndrome de Down, as
chances de ter partos múltiplos aumentam, o que causa mais riscos para o final da
gravidez, elas têm uma chance maior de desenvolver diabetes gestacional, a necessidade
de um A cesariana é maior, os corpos das mulheres mais velhas não são tão adequados
para o parto. O risco de trabalho de parto prolongado é maior. As mães mais velhas
correm um risco maior de um parto prolongado, colocando o bebê em perigo.
 
Cartaz mostrando os efeitos negativos da falta de planejamento familiar e de ter
muitos filhos e bebês(Etiópia)

Métodos modernos
Os métodos modernos de planejamento familiar incluem controle de
natalidade, tecnologia de reprodução assistida e programas de planejamento familiar.
Em relação ao uso de métodos modernos de contracepção, o Fundo de População das
Nações Unidas (UNFPA) afirma que “Os contraceptivos evitam gravidezes indesejadas,
reduzem o número de abortos e diminuem a incidência de morte e invalidez relacionada
a complicações na gravidez e no parto. ” [20] O UNFPA declara que, “Se todas as
mulheres com uma necessidade não atendida de anticoncepcionais pudessem usar
métodos modernos, seriam evitados mais 24 milhões de abortos (14 milhões dos quais
seriam inseguros), 6 milhões de abortos espontâneos, 70.000 mortes maternas e 500.000
mortes infantis. ”
Nos casos em que os casais podem não querer ter filhos ainda, os programas de
planejamento familiar ajudam muito. Os programas federais de planejamento familiar
reduziram a gravidez entre as mulheres pobres em até 29%, de acordo com um
estudo da Universidade de Michigan.[21]
A adoção é outra opção usada para construir uma família. Existem sete etapas que
devem ser realizadas para a adoção. Você deve decidir buscar uma adoção, solicitar a
adoção, concluir um estudo domiciliar de adoção, obter aprovação para adotar, ser
casado com uma criança, receber uma colocação adotiva e, então, legalizar a adoção.[22]
Contracepção
 
Cartaz mostrando os efeitos positivos do planejamento familiar (Etiópia)

Vários métodos anticoncepcionais estão disponíveis para prevenir a gravidez indesejada


. Existem métodos naturais e vários métodos baseados em produtos químicos, cada um
com vantagens e desvantagens específicas . Os métodos comportamentais para evitar
a gravidez que envolvem relações sexuais vaginais incluem o coito interrompido e os
métodos baseados no calendário, que têm baixo custo inicial e estão prontamente
disponíveis. Os métodos anticoncepcionais reversíveis de ação prolongada, como
o dispositivo intrauterino(DIU) e o implante, são altamente eficazes e convenientes,
exigindo pouca ação do usuário, mas apresentam riscos. Quando o custo da falha é
incluído, o DIU e a vasectomia são muito mais baratos do que outros métodos. Além de
fornecer controle de natalidade, os preservativos masculinos e / ou femininos protegem
contra doenças sexualmente transmissíveis (DST). Os preservativos podem ser usados
sozinhos ou em adição a outros métodos, como apoio ou para prevenir DST. Os
métodos cirúrgicos ( laqueadura, vasectomia ) fornecem anticoncepção de longo prazo
para aqueles que completaram suas famílias.[23]
Tecnologia de reprodução assistida
Quando, por qualquer motivo, uma mulher é incapaz de conceber por meios naturais,
ela pode buscar a concepção assistida. Por exemplo, algumas famílias ou mulheres
procuram assistência por meio de barriga de aluguel, na qual uma mulher concorda em
engravidar e dar à luz a outro casal ou pessoa.
Existem dois tipos de barriga de aluguel: tradicional e gestacional . Na barriga de
aluguel tradicional, a barriga de aluguel usa seus próprios óvulos e carrega a criança
para seus futuros pais. Este procedimento é feito em um consultório médico por meio de
IUI. Esse tipo de barriga de aluguel obviamente inclui uma conexão genética entre a
mãe de aluguel e a criança. Legalmente, o substituto terá que negar qualquer interesse
na criança para completar a transferência para os pais pretendidos. Uma barriga de
aluguel gestacional ocorre quando o óvulo da mãe pretendida ou de um doador é
fertilizado fora do corpo e, em seguida, os embriões são transferidos para o útero. A
mulher que carrega o filho costuma ser chamada de portadora gestacional. As etapas
legais para confirmar a paternidade com os pais pretendidos são geralmente mais fáceis
do que no tradicional porque não há conexão genética entre a criança e o portador.[24]
A doação de esperma é outra forma de concepção assistida. Envolve esperma doado
sendo usado para fertilizar óvulos de uma mulher por inseminação artificial (seja
por inseminação intracervical ou intrauterina ) e menos comumente por fertilização
invitro ( FIV ), mas a inseminação também pode ser alcançada por um doador
tendo relações sexuais com uma mulher para o objetivo de alcançar a concepção. Este
método é conhecido como inseminação natural (NI).
O mapeamento da reserva ovariana de uma mulher, dinâmica folicular e biomarcadores
associados podem dar um prognóstico individual sobre as chances futuras de gravidez,
facilitando uma escolha informada de quando ter filhos.[25]
Finanças
O planejamento familiar está entre as intervenções de saúde mais econômicas. “A
economia de custos vem de uma redução na gravidez indesejada, bem como uma
redução na transmissão de infecções sexualmente transmissíveis, incluindo HIV”.[26]
O custo médio de assistência médica pré-natal e de parto foi de US $ 7.090 para partos
normais nos Estados Unidos em 1996.[27] O Departamento de Agricultura dos
EUA estima que, para uma criança nascida em 2007, uma família norte-americana
gastará em média US $ 11.000 a US $ 23.000 por ano durante os primeiros 17 anos de
vida da criança. (Despesa total estimada ajustada pela inflação: $ 196.000 a $ 393.000,
dependendo da renda familiar. ) [8] Descreve o custo por idade, tipo de despesa e região
do país. Ajustes para número de filhos (uma criança - gasta 24% a mais, 3 ou mais
gastam menos com cada criança. )
Investir em planejamento familiar traz benefícios econômicos claros e também pode
ajudar os países a atingirem seu “dividendo demográfico”, o que significa que a
produtividade dos países pode aumentar quando há mais pessoas na força de trabalho e
menos dependentes.[20] O UNFPA afirma que “para cada dólar investido em
contracepção, o custo dos cuidados relacionados à gravidez é reduzido em US $ 1,47”.
UNFPA afirma que,
O custo de oportunidade de vida relacionado à gravidez na adolescência - uma medida da renda
anual que uma jovem mãe perde ao longo de sua vida - varia de 1 por cento do produto interno
bruto anual em um grande país como a China a 30 por cento do PIB anual em uma pequena
economia como Uganda. Se as adolescentes no Brasil e na Índia pudessem esperar até os
primeiros 20 anos para ter filhos, o aumento da produtividade econômica seria igual a mais de $
3,5 bilhões e $ 7,7 bilhões, respectivamente.

No Consenso de Copenhague produzido pelos ganhadores do Prêmio Nobel em


colaboração com a ONU, o acesso universal à contracepção é a terceira maior iniciativa
de política em benefícios sociais, econômicos e ambientais para cada dólar gasto.
[28] Oferecer acesso universal a serviços de saúde sexual e reprodutiva e eliminar a
necessidade não atendida de anticoncepcionais resultará em 640.000 mortes de recém-
nascidos, 150.000 mortes maternas a menos e 600.000 crianças a menos que perdem
suas mães. Ao mesmo tempo, as sociedades terão menos dependentes e mais mulheres
na força de trabalho, impulsionando um crescimento econômico mais rápido. Os custos
do acesso universal a anticoncepcionais serão de cerca de US $ 3,6 bilhões / ano, mas os
benefícios serão de mais de US $ 400 bilhões anuais e reduzirão as mortes maternas em
150.000.
Conscientização sobre fertilidade
A consciência da fertilidade refere-se a um conjunto de práticas utilizadas para
determinar o férteis e inférteis fases de uma mulher no ciclo menstrual. A consciência
da fertilidade podem ser utilizados métodos para evitar a gravidez, para conseguir a
gravidez, ou como uma forma de monitorar ginecológico de saúde. Métodos de
identificação dias inférteis têm sido conhecidos desde a antiguidade, mas os
conhecimentos científicos adquiridos durante o século passado, aumentou o número e a
variedade de métodos. Vários métodos podem ser usados e o Symptothermal método
tem conseguido taxas de sucesso de mais de 99%, se usado corretamente.[29]
Esses métodos são usados por vários motivos: Não há efeitos colaterais relacionados aos
medicamentos,[30] é de uso gratuito e tem um pequeno custo inicial, funciona nos dois
sentidos ou por motivos religiosos (a Igreja Católica promove isso como o forma
aceitável de planejamento familiar, chamando-o de Planejamento Familiar Natural).
Suas desvantagens são que a abstinência ou o método de apoio são necessários em dias
férteis, o uso típico costuma ser menos eficaz do que outros métodos[31] e não protege
contra doenças sexualmente transmissíveis.[32]
Campanha de mídia
Pesquisas recentes baseadas em pesquisas representativas nacionalmente apóiam uma
forte associação entre as campanhas de planejamento familiar na mídia de massa e o uso
de anticoncepcionais, mesmo após o controle de variáveis sociais e demográficas. A
Pesquisa Demográfica e de Saúde do Quênia de 1989 revelou que metade das mulheres
que se lembravam de ter ouvido ou visto mensagens de planejamento familiar no rádio,
na mídia impressa e na televisão usavam anticoncepcionais, em comparação com 14%
que não se lembravam das mensagens de planejamento familiar na mídia, mesmo depois
da idade. residência e nível socioeconômico foram levados em consideração.[33]
A Divisão de Educação em Saúde do Ministério da Saúde conduziu o Projeto de
Comunicação do Planejamento Familiar da Tanzânia de janeiro de 1991 a dezembro de
1994, um projeto financiado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento
Internacional (USAID).[33] O programa pretendia educar homens e homens em idade
reprodutiva sobre os métodos modernos de contracepção. Os principais canais de mídia
e produtos incluíram anúncios de rádio, seriados de rádio, atividades promocionais do
logotipo da Green Star (identifica locais onde serviços de planejamento familiar estão
disponíveis), pôsteres, folhetos, jornais e fitas de áudio. Em conjunto com outras
intervenções não relacionadas ao projeto patrocinadas por outras agências tanzanianas e
internacionais de 1992 a 1994, o uso de anticoncepcionais entre mulheres de 15 a 49
anos aumentou de 5,9% para 11,3%. A taxa de fertilidade total caiu de 6,3 nascimentos
na vida por indivíduo em 1991-1992 para 5,8 em 1994.
Provedores
Apoio direto do governo
O apoio governamental direto ao planejamento familiar inclui o fornecimento de
educação e suprimentos sobre planejamento familiar por meio de instalações
administradas pelo governo, como hospitais, clínicas, postos e centros de saúde e por
meio de pesquisadores de campo do governo.[34]
Em 2013, 160 de 197 governos forneceram apoio direto para o planejamento familiar.
Vinte países forneceram apoio indireto apenas por meio do setor privado ou de ONGs.
Dezessete governos não apoiaram o planejamento familiar. O apoio direto do governo
continuou a aumentar nos países em desenvolvimento de 82% em 1996 para 93% em
2013, mas está diminuindo nos países desenvolvidos de 58% em 1976 para 45% em
2013. Noventa e sete por cento da América Latina e do Caribe, 96% da África e 94%
dos governos da Oceania forneceram apoio direto para o planejamento familiar. Na
Europa, apenas 45% dos governos apoiam diretamente o planejamento familiar. Dos
172 países com dados disponíveis em 2012, 152 países implementaram medidas
realistas para aumentar o acesso das mulheres aos métodos de planejamento familiar de
2009-2014. Isso incluiu 95% das nações em desenvolvimento e 65% das nações
desenvolvidas.[34]
Setor privado
O setor privado inclui organizações não governamentais e religiosas que normalmente
fornecem serviços gratuitos ou subsidiados para provedores de serviços médicos com
fins lucrativos, farmácias e drogarias. O setor privado responde por aproximadamente
dois quintos dos fornecedores de anticoncepcionais em todo o mundo. As organizações
privadas são capazes de fornecer mercados sustentáveis para serviços anticoncepcionais
por meio de marketing social, franquia social e farmácias.[35]
O marketing social emprega técnicas de marketing para conseguir mudanças
comportamentais e, ao mesmo tempo, disponibilizar anticoncepcionais. Ao utilizar
fornecedores privados, o marketing social reduz as disparidades geográficas e
socioeconômicas e atinge homens e meninos.[35]
A franquia social projeta uma marca de anticoncepcionais para expandir o mercado de
anticoncepcionais.[35]
Drogarias e farmácias oferecem assistência médica em áreas rurais e favelas urbanas,
onde há poucas clínicas públicas. Eles representam a maior parte do setor privado que
fornece anticoncepcionais na África Subsaariana, especialmente para preservativos,
pílulas, injetáveis e anticoncepcionais de emergência. O fornecimento de farmácias e a
anticoncepção de emergência de baixo custo na África do Sul e em muitos países de
baixa renda aumentaram o acesso à anti-concepção.[35]
As políticas e programas do local de trabalho ajudam a expandir o acesso às
informações sobre planejamento familiar. A Family Guidance Association of Ethiopia,
que trabalha com mais de 150 empresas para melhorar os serviços de saúde, analisou os
resultados de saúde em uma fábrica ao longo de 10 anos e encontrou reduções em
gravidezes indesejadas e DSTs, bem como em licenças médicas. O uso de
anticoncepcionais aumentou de 11% para 90% entre 1997 e 2000. Em 2016, a
Associação de Exportação de Fabricantes de Vestuário de Bangladesh fez parceria com
organizações de planejamento familiar para fornecer treinamento e anticoncepcionais
gratuitos para clínicas de fábricas, criando o potencial para alcançar milhares de
funcionários da fábrica.[35]
Organizações não governamentais (ONGs)
As ONGs podem atender às necessidades dos pobres locais incentivando a autoajuda e a
participação, entendendo as sutilezas sociais e culturais e contornando a burocracia
quando os governos não atendem adequadamente às necessidades de seus constituintes.
Uma ONG de sucesso pode manter os serviços de planejamento familiar mesmo quando
um programa nacional é ameaçado por forças políticas. As ONGs podem contribuir para
informar a política governamental, desenvolvendo programas ou realizando programas
que o governo não irá ou não poderá implementar.[36]
Supervisão internacional
Interferência coercitiva no planejamento familiar
Direitos humanos, desenvolvimento e clima
Troca de qualidade-quantidade
Ter filhos produz uma compensação entre qualidade e quantidade: os pais precisam
decidir quantos filhos terão e quanto investir no futuro de cada filho.[1] O aumento do
custo marginal da qualidade (resultado filho) em relação à quantidade (número de
filhos) cria um trade-off entre quantidade e qualidade.[48]A compensação quantidade-
qualidade significa que as políticas que aumentam os benefícios do investimento na
qualidade da criança gerarão níveis mais altos de capital humano, e as políticas que
reduzem os custos de ter filhos podem ter consequências adversas não intencionais no
crescimento econômico de longo prazo. Ao decidir quantos filhos, os pais são
influenciados por seu nível de renda, retorno percebido do investimento em capital
humano e normas culturais relacionadas à igualdade de gênero. O controle das taxas de
natalidade permite que as famílias aumentem o poder de ganhos futuros da próxima
geração. Muitos estudos empíricos testaram a relação qualidade-quantidade e
observaram uma correlação negativa entre o tamanho da família e a qualidade da
criança ou não encontraram uma correlação. A maioria dos estudos trata o tamanho da
família como uma variável exógena porque os pais escolhem a procriação e o resultado
dos filhos e, portanto, não podem estabelecer causalidade. Ambos são influenciados por
preferências parentais e características familiares tipicamente não observáveis, mas
alguns estudos observam variáveis substitutas, como investimento em educação.  
Países em desenvolvimento
 
Mapa dos países por taxa de fecundidade (2020), de acordo com o Population Reference Bureau

Os países com alta fertilidade têm 18% da população mundial, mas contribuem com
38% do crescimento populacional .[49] Para se tornar rico, os recursos devem ser
reapropriados para aumentar a renda por pessoa, em vez de apoiar populações maiores.
À medida que as populações aumentam, os governos devem acomodar investimentos
crescentes em saúde e capital humano e reformas institucionais para lidar com as
divisões demográficas. A redução do custo do capital humano pode ser implementada
por meio do subsídio à educação, o que aumenta o poder aquisitivo das mulheres e o
custo de oportunidade de ter filhos, conseqüentemente reduzindo a fecundidade.[1] O
acesso a contraceptivos também pode resultar em taxas de fertilidade mais baixas: ter
mais filhos do que o esperado impede o indivíduo de atingir o nível desejado de
investimento em quantidade e qualidade de filhos. Em contextos de alta fertilidade, a
fertilidade reduzida pode contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando os
resultados da criança, reduzindo a mortalidade materna e aumentando o capital humano
feminino.
Dang e Rogers (2015) mostram que, no Vietnã, os serviços de planejamento familiar
aumentaram o investimento em educação, reduzindo o custo relativo da qualidade da
criança e incentivando as famílias a investirem na qualidade.[50] Observando a distância
do centro de planejamento familiar mais próximo e os gastos gerais com a educação de
cada criança, Dang e Rogers fornecem evidências de que os pais no Vietnã estão
fazendo uma troca de qualidade por quantidade de crianças.
 
Demanda por aulas particulares com e sem acesso ao planejamento familiar

Países desenvolvidos
Atualmente, os países desenvolvidos têm experimentado crescimento econômico
crescente e queda da fertilidade. Como resultado da transição demográfica que ocorre
quando os países ficam ricos, os países desenvolvidos têm uma proporção crescente de
aposentados, o que aumenta a carga sobre a força de trabalho para apoiar as pensões e
programas sociais. O incentivo a uma maior fecundidade como solução pode causar o
risco de reverter os benefícios do aumento do investimento infantil e da participação
feminina na força de trabalho sobre o crescimento econômico. O aumento da migração
de alta qualificação pode ser uma forma eficaz de aumentar o retorno à educação,
levando a uma menor fertilidade e a uma maior oferta de indivíduos altamente
qualificados.[1]
Demanda por planejamento familiar
Variações regionais
Obstáculos ao planejamento familiar

Existem muitas razões pelas quais as mulheres não usam anticoncepcionais. Essas
razões incluem problemas logísticos, preocupações científicas e religiosas, acesso
limitado a transporte para acessar clínicas de saúde, falta de educação e conhecimento e
oposição de parceiros, famílias ou comunidades, além do fato de que ninguém é capaz
de controlar sua fertilidade além do comportamento básico envolvendo a concepção.

O UNFPA diz que “os esforços para aumentar o acesso devem ser sensíveis aos
contextos culturais e nacionais e devem considerar as disparidades econômicas,
geográficas e de idade dentro dos países”.[20]
O UNFPA afirma que “as mulheres mais pobres e as que vivem nas áreas rurais têm
menos acesso aos serviços de planejamento familiar. Certos grupos - incluindo
adolescentes, pessoas solteiras, pobres urbanos, populações rurais, profissionais do sexo
e pessoas que vivem com HIV também enfrentam uma variedade de barreiras ao
planejamento familiar. Isso pode levar a taxas mais altas de gravidez indesejada,
aumento do risco de HIV e outras DSTs, escolha limitada de métodos anticoncepcionais
e níveis mais altos de necessidades não atendidas de planejamento familiar. ” [20]
Para programas de saúde nacionais, internacionais ou locais envolvidos no
planejamento familiar, o uso de indicadores padrão[98] é cada vez mais encorajado, para
rastrear as barreiras ao planejamento familiar eficaz, juntamente com a eficácia,
aceitação e prestação de serviços de planejamento familiar.[99]
COVID-19
Em março de 2020, havia cerca de 450 milhões de mulheres usando contraceptivos
modernos em 114 países prioritários de baixa e média renda. Prevê-se que a pandemia
de COVID-19, bem como o distanciamento social e outras estratégias para reduzir a
transmissão, afetarão a capacidade dessas mulheres de continuar a usar
anticoncepcionais. O número de gravidezes indesejadas aumentará à medida que o
bloqueio continua e as interrupções dos serviços são estendidas.[100]
Projeta-se que cerca de 47 milhões de mulheres em 114 países de baixa e média renda
não poderão usar anticoncepcionais modernos se o bloqueio médio, ou interrupção
relacionada ao COVID-19, continuar por 6 meses com grandes interrupções nos
serviços. Para cada 3 meses o bloqueio continua, assumindo altos níveis de interrupção,
até 2 milhões de mulheres adicionais podem ser incapazes de usar anticoncepcionais
modernos. Se o bloqueio continuar por 6 meses e houver grandes interrupções no
serviço devido ao COVID-19, espera-se que ocorram mais 7 milhões de gravidezes
indesejadas.[100]
Dia Mundial da Contracepção
Aborto
Referências

Última modificação há 4 meses por Pixial

PÁGINAS RELACIONADAS
 Contracepção
métodos usados para prevenir uma gravidez
 Planejamento familiar natural
 Aborto no Japão

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Início » Planeamento familiar

Saiba tudo
Planeamento familiar
Versão de impressão
22/01/2014 - 11:36

Atualizado: 

20/05/2019 - 15:09

O Planeamento Familiar é o meio de proporcionar informação às pessoas


que lhes permita decidir o número de filhos que querem ter e quando os
querem ter. Isto implica o acesso a informação sobre métodos de
contracepção e serviços de saúde apropriados que permitam a vivência da
sexualidade de uma forma saudável, feliz e segura, bem como o planeamento
de uma gravidez e parto nas condições mais adequadas.

O planeamento familiar é uma forma de assegurar que as pessoas têm acesso a


informação, a métodos de contracepção eficazes e seguros, a serviços de saúde que
contribuem para a vivência da sexualidade de forma segura e saudável. A prática do
planeamento familiar permite que homens e mulheres decidam se e quando querem ter
filhos, assim como programem a gravidez e o parto nas condições mais adequadas.
O direito ao Planeamento Familiar é garantido a todos pela Constituição da República
Portuguesa, pela Lei n.º3/84 e reforçado pela Lei n.º 120/99. Esta Lei determina, por
exemplo, que os métodos contraceptivos sejam fornecidos gratuitamente nos centros de
saúde e hospitais públicos. Todas as pessoas têm direito independentemente do estado
civil.

As consultas de Planeamento Familiar servem para esclarecer dúvidas sobre a forma


como o corpo se desenvolve e o modo com funciona em relação à sexualidade e à
reprodução tendo em conta a idade da mulher; Informa-se sobre a gravidez; Prestam-se
informações Informa-se sobre anatomia e fisiologia da sexualidade humana e função
reprodutiva; Faculta-se informação completa, isenta e com fundamento científico sobre
todos os métodos contraceptivos; É feito acompanhamento clínico e na escolha do método
contraceptivo; Fornecem-se, gratuitamente, os métodos contraceptivos; Prestam-se
esclarecimentos sobre as consequências de uma gravidez não desejada; Presta-se ajuda
na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de infecções sexualmente transmissíveis.
Efectua-se o rastreio do cancro da mama e do cancro do colo do útero; Faz-se o
acompanhamento da gravidez e a preparação para o parto.

De uma forma geral, são actividades e serviços que existem nos Centros de Saúde e nos
Gabinetes de Atendimento a Jovens ou Centros de Atendimento Jovens das Direcções
Regionais do Instituto Português da Juventude, I.P.

Assim, os objectivos do planeamento familiar são:


 Promover comportamentos saudáveis face à sexualidade;
 Informar e aconselhar sobre a saúde sexual e reprodutiva;
 Reduzir a incidência das infecções de transmissão sexual as suas
consequências, nomeadamente a infertilidade;
 Reduzir a mortalidade e a morbilidade materna, perinatal e infantil;
 Permitir ao casal decidir quantos filhos quer, se os quer e quando os quer, ou
seja, planear a sua família;
 Preparar e promover uma maternidade e paternidade responsável;
 Melhorar a saúde e o bem-estar da família e da pessoa em causa.

E para evitar uma gravidez indesejada existem actualmente vários métodos


contraceptivos, sendo que o único método 100 por cento eficaz para evitar a gravidez é a
abstinência, isto é, não ter relações sexuais.

Mas os métodos contraceptivos ajudam a prevenir a gravidez não desejada, permitindo a


vivência da sexualidade de forma saudável e segura. O grau de eficácia varia de método
para método e em alguns casos, como com a pílula e o preservativo, o grau de eficácia
depende, também, da forma mais ou menos correcta e continuada de utilização do
método. Alguns têm contra-indicações e efeitos colaterais. Assim, antes de optar por um
método contraceptivo, deve marcar uma consulta de planeamento familiar ou consultar o
seu médico, pois há alguns factores que devem ser ponderados e analisados pelo médico
ou profissional de saúde, como, por exemplo, a idade e o estilo de vida, se tem ou
pretende ter mais filhos, o estado da saúde em geral, a necessidade de protecção contra
infecções de transmissão sexual, etc. E, sobretudo, lembre-se que a responsabilidade pela
prevenção da gravidez não desejada cabe sempre aos dois parceiros.

Métodos contraceptivos disponíveis


Actualmente, existem vários métodos contraceptivos, embora nenhum pode ser
considerado "o ideal", uma vez que todos têm vantagens e inconvenientes. Antes de optar
por um deles, deve, como já foi dito, procurar aconselhar-se sobre qual o mais adequado
ao seu caso, tendo em conta o grau de protecção proporcionado, a forma de utilização, as
precauções, efeitos secundários, etc.

1. Métodos físicos ou de barreira

Diafragma
Preservativo masculino
Preservativo feminino
Espermicida

2. Métodos hormonais

Anel vaginal
Implante subcutâneo
Injectáveis
Orais

3. Métodos intra-uterinos

DIU

4. Métodos cirúrgicos

Laqueação das trompas


Vasectomia

5. Métodos naturais/comportamentais

Calendário – Ogino-Knaus
Temperatura basal
Muco cervical – Billings
Sinto-térmico
Coito interrompido

6. Contracepção de emergência

1. Métodos físicos ou de barreira


Diafragma
O diafragma consiste numa membrana de borracha flexível reforçada na extremidade livre
com um aro metálico, o qual mantém o seu contorno circular, devendo ser colocado no
fundo da vagina, de modo a revestir o cérvix e impedir a entrada no útero do sémen
proveniente da ejaculação. De qualquer forma, como a adaptação da membrana ao colo
do útero não é perfeita, podendo até ser alterada ao longo do acto sexual, recomenda-se a
utilização simultânea de algum produto espermicida para que a adaptação seja mais
conveniente. Como existem diafragmas de várias medidas, com diâmetros que variam
entre os 50 e os 100 mm, deve ser o médico a recomendar as dimensões mais adequadas
após comprovar, através de um exame vaginal, as do colo do útero.

Método de utilização:
O diafragma deve ser colocado até 6 horas antes do coito, após a aplicação de gel ou
creme espermicida na parte côncava e nas extremidades, devendo ser colocado nas
mesmas posições utilizadas para se inserir um tampão: por exemplo, de cócoras ou
apoiando-se uma perna sobre uma cadeira. Após a ejaculação, o diafragma deve ser
mantido durante, no mínimo, 6 horas, mas nunca mais de 24 horas. Caso se efectuem
vários coitos, antes de cada um deve-se proceder à colocação de espermicida no fundo da
vagina com a ajuda de um aplicador.

Uma vez retirado, deve ser lavado com água e sabonete suave, deixando-o secar antes de
o guardar numa caixa fechada e, caso se deseje, pode-se envolvê-lo com algodão para
que se conserve melhor até à sua próxima utilização.

Vantagens e inconvenientes:
Em relação às vantagens, deve-se destacar que, se o diafragma for bem utilizado, constitui
um método contraceptivo inofensivo que em nada altera o funcionamento do aparelho
genital. Para além disso, caso seja associado a espermicidas, também proporciona uma
certa protecção, embora menor do que a do preservativo, face às doenças sexualmente
transmissíveis.

Entre os inconvenientes, deve-se ter em conta que necessita de prescrição médica e que a
sua utilização deve ser ensinada por um médico que comprove a correcta colocação por
parte da utilizadora. Para além disso, deve-se respeitar as normas de cuidado
mencionadas após cada utilização. Por último, algumas mulheres não consideram
conveniente terem de colocar o dispositivo antes do início da relação ou o facto de ter de o
deixar colocado várias horas após o coito.

Eficácia:
Caso esteja associado a um espermicida, o diafragma tem uma taxa de insucesso anual
de 5 a 10 por cento, embora as falhas sejam proporcionadas especialmente por uma má
utilização. Caso seja utilizado correctamente, esta taxa de insucesso anual pode diminuir
para 2 por cento.

Preservativo Masculino
O preservativo masculino consiste numa membrana cilíndrica de látex que deve ser
colocada sobre o pénis em erecção, de modo a revesti-lo e a reter no seu interior o sémen
emitido na ejaculação. Embora o mercado seja, actualmente, constituído por uma grande
variedade de modelos de preservativos (de diferente espessura, com a superfície mais ou
menos rugosa, alguns lubrificados para favorecer a sua colocação, etc.), em relação à sua
forma existem dois tipos básicos: uns têm a extremidade plana e arredondada, enquanto
outros são constituídos na ponta por uma protuberância para reter o sémen no seu interior
após a ejaculação.

Método de utilização:
O preservativo apenas deve ser colocado quando o pénis estiver em erecção e antes de
qualquer contacto do mesmo com os genitais femininos. Caso se deseje, pode-se aplicar
um lubrificante hidrossolúvel ou um gel espermicida sobre a superfície do preservativo,
embora se deva, por outro lado, evitar a utilização de vaselina, já que o material plástico
pode deteriorar-se. Após a ejaculação, deve-se retirar do pénis antes que se perca a
erecção, segurando o preservativo na base para se evitar que o sémen entre em contacto
com a vagina.

Todos os preservativos utilizados devem ser inutilizados. Caso se deseje continuar a


relação sexual, deve-se evitar o contacto genital até se alcançar uma nova erecção e
colocar outro preservativo, com as mesmas precauções mencionadas.

Vantagens e inconvenientes:
Entre as vantagens da utilização do preservativo, deve-se destacar o facto de se tratar de
um método simples, muito fácil de aprender a utilizar e que não necessita de controlo nem
prescrição médica. Para além da sua função de contraceptivo, caso o preservativo seja
bem utilizado, é muito útil para a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, por
isso, deve ser utilizado, sobretudo, para as relações sexuais esporádicas.
Como inconveniente, há quem opine que a sua utilização diminui a sensibilidade do pénis.
Por outro lado, há quem não goste deste método devido ao facto de a colocação do
preservativo provocar a interrupção da relação sexual, na altura em que o pénis alcança a
erecção, embora este acto seja, para muitos casais, mais um componente do jogo sexual.

Eficácia:
A eficácia do preservativo depende da forma de utilização. Caso seja utilizado sozinho,
calcula-se que a taxa de insucessos anuais é de 10 a 15 por cento, sobretudo devido à
sua incorrecta utilização. O método é muito mais eficaz, caso seja associado à utilização
de espermicidas, e se for bem utilizado a taxa de insucessos diminui para os 0 a 3 por
cento.

Preservativo Feminino
O preservativo feminino consiste numa espécie de bolsa cilíndrica de poliuretano que deve
ser introduzida na vagina, de modo a reter no seu interior o sémen emitido na ejaculação.
O dispositivo é constituído por um grande anel de plástico com a extremidade aberta, de
modo a ser colocado à volta da vulva, e outro anel de tamanho mais reduzido e ligado à
extremidade fechada do fundo, para que seja inserido à volta do colo do útero.

Método de utilização:
O preservativo feminino deve ser colocado de maneira semelhante a um tampão, devendo
ser introduzido na vagina para que o anel pequeno fique à volta do colo do útero e o anel
grande revista parcialmente a vulva. Pode-se aumentar a sua eficácia através da aplicação
de um gel espermicida na sua superfície externa, que após a colocação do dispositivo
ficará em contacto com a vagina e o colo do útero. Para se retirar o preservativo feminino,
após a ejaculação, deve-se exercer tracção sobre o anel que reveste a vulva, verificando-
se que não produz nenhum contacto do sémen retido no seu interior com os genitais
femininos.

Vantagens, inconvenientes e eficácia:


As vantagens e inconvenientes do preservativo feminino são semelhantes ao do
masculino, embora tenha a seu favor o facto de não ser necessário que o pénis esteja em
erecção para ser colocado e contra, o facto de a sua forma de utilização ser um pouco
mais incómodo. Embora a eficácia de ambos os métodos seja igualmente semelhante, a
taxa de insucessos do preservativo feminino é ligeiramente superior devido a falhas de
utilização.

Espermicida
Os espermicidas são agentes químicos utilizados para desactivar os espermatozóides
presentes na vagina antes que penetrem no útero. São comercializados sob várias formas
farmacêuticas e com vários tipos de aplicação - geles ou cremes - e colocados com a
ajuda de um aplicador presente na embalagem - aerossóis ou espumas - cuja embalagem
é igualmente constituída por um aplicador, e óvulos vaginais, supositórios ou comprimidos
de consistência sólida, que devem ser directamente introduzidos na vagina com um dedo,
unindo-se no seu interior.

Método de utilização:
O produto espermicida, qualquer que seja a sua variedade, deve ser sempre colocado
antes de cada coito, seguindo-se as instruções indicadas na embalagem. A colocação na
vagina é simples, independentemente de ser com um dedo, em caso de comprimidos e
supositórios vaginais, ou como acontece com os cremes e geles, com a ajuda de um
aplicador semelhante a uma seringa. Devem ser colocados com uma certa antecedência
do coito, variável em cada caso, pois embora os aerossóis, geles e cremes se distribuam
rapidamente ao longo da vagina e apenas necessitem de alguns minutos de espera, os
supositórios e os comprimidos levam entre 5 a 10 minutos para se derreterem e formarem
uma película sobre o cérvix. Cada produto tem um período de tempo limitado, de meia
hora a duas horas, tendo que se proceder a uma nova aplicação, caso o coito não seja
efectuado dentro desse período de tempo.

Vantagens e inconvenientes:
Como vantagens, os espermicidas são simples de utilizar, embora seja extremamente
importante seguir as instruções indicadas em cada caso na embalagem, não necessitando
de prescrição ou vigilância médica. Para além disso, não têm efeitos secundários locais,
nem gerais, embora algumas espumas produzam uma sensação de calor transitória.

Como inconvenientes, deve-se mencionar que devem ser aplicado antes de cada coito e
que necessitam de um tempo de espera que não pode ser reduzido. Em alguns casos
raros, provocam reacções alérgicas que impossibilitam a utilização do produto.

Eficácia:
Caso sejam utilizados isolados, os espermicidas têm uma taxa de insucesso anual de 10 a
15 por cento, sobretudo por incumprimento das normas de utilização. Por outro lado, caso
estejam associados a outros métodos, têm uma eficácia muito mais elevada, já que
combinados com o diafragma evidenciam uma taxa de insucesso anual de 5 a 10 por
cento e, em associação com o preservativo, de 0 a 3 por cento.

2. Métodos hormonais
Anel Vaginal

A colocação deste dispositivo de material plástico no fundo da vagina, de maneira


semipermanente, proporciona a libertação de substâncias hormonais, cuja absorção é feita
pela mucosa vagina para a circulação sanguínea. Este processo origina um efeito
contraceptivo durante um período que, de acordo com o tipo de anel, varia entre as 3
semanas e os 6 meses.

Nos modelos em que o anel liberta estrogénios e progestagénios em quantidades


suficientes para inibir a ovulação, deve ser colocado na vagina durante 3 semanas
consecutivas seguindo-se um intervalo de 7 dias, de modo a proporcionar uma hemorragia
semelhante à menstruação.

A sua eficácia é semelhante às tradicionais pílulas contraceptivas combinadas. Os


modelos de anéis vaginais que apenas libertam gestagénios em doses baixas podem ser
utilizados ininterruptamente durante três a seis meses. O mecanismo de acção e a sua
eficácia são, no mínimo, equivalentes às das minipílulas. 

Implante subcutâneo
Este sistema consiste na implantação de um pequeno bastonete que é inserido no braço
sob a pele. Embora se trate de um procedimento simples efectuado sob anestesia local,
realizado em pouco mais de 15 minutos, o implante deve ser colocado pelo médico. O
implante contraceptivo existente no mercado é eficaz durante um período de 3 anos,
sendo que após este período perde lentamente a sua eficácia, pelo que será necessário
substituí-lo ou utilizar outro método. O implante liberta uma hormona que evita a ovulação
e evita que o esperma alcance o útero. Está indicado para contracepção a longo prazo de
mulheres saudáveis entre os 18 e 40 anos.

Efeitos secundários e eficácia:


Os efeitos secundários do implante subcutâneo são muito semelhantes aos provocados
pelas minipílulas, nomeadamente irregularidades menstruais e, por vezes, perda de peso,
dores nos seios e acne. Nos casos raros em que se produz uma infecção na zona do
implante, deve-se proceder ao seu oportuno tratamento antibiótico, o que obriga,
excepcionalmente, à extracção do implante.
A sua eficácia é elevada, superior a 99 por cento, proporcionando uma protecção
contraceptiva que começa no dia seguinte à sua inserção e que se prolonga durante 3
anos. Após a extracção do implante, a mulher recupera imediatamente a sua fertilidade,
podendo ficar grávida no primeiro ciclo menstrual. 

Injectáveis
Trata-se de um método contraceptivo que consiste numa injecção intramuscular profunda
de uma solução aquosa contendo acetato de medroprogesterona (DMPA). A solução vai-
se introduzindo lentamente na corrente sanguínea e, à semelhança da pílula, inibe a
ovulação e age sobre a mucosa do útero, tornando as secreções do colo do útero mais
espessas, constituindo assim uma barreira contra os espermatozóides. Cada injecção tem
um efeito até 3 meses (12 semanas) e tem um elevado nível de eficácia (cerca de 99 por
cento) 0,0 a 1,3 gravidezes por ano em cada 100 mulheres.

Vantagens e desvantagens:
É um método que não requer rotina diária logo evita esquecimento. Por outro lado, não
interfere no prazer sexual, tem elevada eficácia e é de cómoda administração. Apesar de
tudo, a principal desvantagem é que não previne contra as doenças sexualmente
transmissíveis, mas também porque tem de ser aplicado/administrado por um especialista,
leva ao ganho de peso e alterações no ciclo menstrual. 

Adesivo
O adesivo contraceptivo é um adesivo impregnado de hormonas semelhantes à da pílula e
que são libertadas continuamente através da pele para a corrente sanguínea. Cada
adesivo tem efeito durante 7 dias e ao fim da terceira semana é feito um período de
descanso. O adesivo como método hormonal impede a ovulação e pode ser utilizado na
parte de fora do braço, na parte superior do tronco (costas), no abdómen ou na nádega.
Poder-se-á seleccionar um local diferente cada semana, mas seja qual for o local
escolhido, o adesivo tem de permanecer nesse local durante 7 dias. Pode-se utilizar no
mesmo local, todas as semanas. No entanto, deve evitar-se colocá-lo exactamente no
mesmo ponto. O adesivo não deve ser aplicado em pele vermelha, irritada ou com cortes.
Deve aplicar-se na pele limpa e seca, sem cremes, óleos ou loções.

Orais
Esta é a principal forma de contracepção hormonal, utilizada por dezenas de milhões de
mulheres em todo o mundo, corresponde à administração de compostos hormonais de
diversa composição por via oral. Consoante a sua composição, é possível distinguir dois
tipos fundamentais de contraceptivos orais: as pílulas combinadas, compostas por
estrogénios e progestagénios (produtos sintéticos com acções semelhantes às da
progesterona natural), e as minipílulas, apenas constituídas por gestagénios.

Pílulas combinadas
Constituída pela combinação de dois derivados sintéticos do estrogénio e da progesterona.
De acordo com o teor de cada um destes derivados, as pílulas combinadas podem ser
classificadas em monofásicas ou multifásicas. As primeiras utilizam uma associação em
doses baixas e fixas de estrogénio e progestagénio ao longo de todo o ciclo. Já as
multifásicas: também chamadas de bifásicas e trifásicas, utilizam uma associação de
estrogénio e progestagénio de baixa dosagem, das quais a dose deste último varia em
duas ou três fases ao longo do ciclo, respectivamente. Foram desenvolvidas com o
objectivo de reduzir os efeitos secundários dos contraceptivos orais, incluindo hemorragia
durante o ciclo e amenorreia, associados a níveis elevados de hormonas.

A pílula combinada é uma forma muito eficaz de controlo de nascimento. Quando as


mulheres a tomam correctamente, menos de 1 em 100 vai engravidar durante o primeiro
ano de uso, no entanto, quase 8 em 100 utilizadoras típicas (8 por cento) vão engravidar.
Isto deve-se a uma toma incorrecta (falha de um ou mais comprimidos durante o ciclo) ou
a uma má absorção do comprimido (devido a vómitos, por exemplo). Quando tomada
correctamente, a eficácia da pílula combinada em prevenir gravidez é de 98 a 99 por
cento. 

Minipílulas
Este tipo de pílula só contém um progestagénio sendo aconselhável a mulheres para as
quais as pílulas contendo estrogénios são fortemente contra-indicadas e ainda em
mulheres que estejam a amamentar, uma vez que o estrogénio reduz a produção de leite.
Para funcionar de forma eficaz, devem ser tomadas à mesma hora a cada 24 horas,
tolerando-se um intervalo de atraso de menos de 3 horas. A sua eficácia, no entanto, é de
apenas 97 a 98 por cento podendo ainda originar ciclos menstruais irregulares. 

3. Métodos intra-uterinos
DIU
Apesar de, actualmente, existir uma grande variedade de modelos de DIU, confeccionados
com vários materiais plásticos, de diferentes tamanhos e desenhos, os mais utilizados são
os que têm a forma de 7 ou T, com barras transversais mais ou menos curvas,
constituídas com um fino filamento de cobre enrolado na sua extremidade central

O dispositivo intra-uterino deve ser colocado pelo médico depois de efectuados todos os
exames para eliminar a existência de contra-indicações - infecções genitais, tumores
uterinos, etc. -, de ter medido a cavidade uterina e seleccionado o modelo mais adequado.
Embora se possa colocar o dispositivo a qualquer momento, este deve ser inserido
durante a menstruação, período ao longo do qual se sabe com certeza que não existe uma
gravidez recente e quando a sua realização é facilitada pelo facto de o canal cervical
(canal que permite a comunicação entre o interior do útero e a vagina) se encontrar mais
dilatado.

Dado que todo este procedimento é bastante rápido e também praticamente indolor, não
necessita da aplicação de anestesia. Nos dias seguintes à inserção, a mulher não deve
manter relações sexuais, sendo preferível que utilize pensos higiénicos em vez de
tampões. Por precaução, convém utilizar outro método contraceptivo até à primeira
consulta, ao fim de um mês, uma vez que durante esse período a eficácia do DIU não
oferece garantias suficientes.

Inconvenientes e complicações:
Apesar de a utilização do DIU normalmente não provocar grandes problemas, está
intimamente ligada a menstruações mais abundantes e duradouras, até mesmo um pouco
mais dolorosas do que as habituais. Um possível inconveniente é a predisposição para o
desenvolvimento de infecções genitais, provocadas por microorganismos com maior
facilidade para aceder ao interior do útero através da ligação estabelecida pelos fios que
pendem para a vagina.

A complicação mais grave é a ruptura uterina, que ocorre se o dispositivo ficar preso na
parede uterina ou até atravessá-la, alcançando a cavidade abdominal. Embora se trate de
um problema perigoso, felizmente é muito raro caso o DIU seja colocado por profissionais.

Uma outra complicação não tão perigosa, mas que provoca a total perda de eficácia do
método, é a expulsão do DIU, que acontece até cerca de 2 por cento dos casos, existindo
situações em que é praticamente indolor e outras em que se produz durante a
menstruação, passando totalmente despercebida.

O aparecimento de dores abdominais, mal-estar geral, febre e fluxo vaginal anómalo são
sinais que a devem alertar para procurar o seu médico.
4. Métodos cirúrgicos
Laqueação de trompas
A esterilização feminina baseia-se na realização de uma intervenção cirúrgica ao longo da
qual se bloqueia a continuidade das trompas de Falópio, os canais onde se produz a união
entre os óvulos libertados pelos ovários e os espermatozóides provenientes do exterior,
que sobem desde o útero. A operação denomina-se "laqueação das trompas", devido ao
facto de se recorrer ao corte e laqueação destes canais. Deve-se referir que a operação
não altera em nada o funcionamento dos ovários, nem do restante aparelho genital
feminino, pois para além de não afectar as relações sexuais ou o desejo sexual, também
não modifica o ciclo menstrual normal.

Resultados e eficácia:
A intervenção provoca uma imediata e permanente esterilidade, tendo uma taxa de
eficácia teórica de 100 por cento, ainda que raramente se produzam insucessos devido a
uma técnica cirúrgica deficiente ou devido a uma fusão espontânea de alguma trompa. 

Vasectomia
A esterilização masculina realiza-se através de uma simples intervenção cirúrgica,
denominada vasectomia, baseada no corte dos canais deferentes que impede a passagem
dos espermatozóides. É feita uma pequena incisão cirúrgica em cada um dos lados do
escroto, é removida uma porção de cada tubo (cerca de 1 cm), após o que as
extremidades são fechadas.

O procedimento é simples, com recurso a anestesia local, pelo que o homem regressa a
casa no próprio dia. 

A esterilização é garantida praticamente a 100 por cento, mas são precisos, em média, 3
meses para"limpar" os canais de todos os espermatozóides neles existentes, o que
corresponde a umas 15 a 20 ejaculações. Por isso, até lá é aconselhável o uso de um
método contraceptivo, até que seja feita a confirmação de azoospermia (sémen sem
espermatozóides) num espermograma de controlo. 

Apesar de simples existem alguns riscos de reacção inflamatória ligeira. É, portanto,


necessário estar vigilante e contactar o médico se houver febre, dificuldade em urinar,
hemorragia no local da incisão, se for detectado algum nódulo no escroto (a bolsa que
envolve os testículos) ou se o inchaço próprio de uma cirurgia não desaparecer ou se
agravar. Um risco, ainda que raro, prende-se com a possibilidade de as extremidades dos
canais deferentes se voltarem a unir. Se acontecer, o homem pode engravidar uma
mulher. Fora esta excepção, após uma vasectomia os espermatozóides deixam de poder
passar pelos canais deferentes e de ser expelidos com o sémen, pelo que os testículos
começam a produzir menos e mesmo essa quantidade é absorvida pelo organismo.

É uma forma de contracepção definitiva, radical que inviabiliza a reprodução, mas não
interfere com a vida sexual: o homem continua a manter erecções e a ejacular, não sendo
igualmente afectado na libido.

5. Métodos naturais/comportamentais 
Método do calendário (método de Ogino-Knaus)
É um método que consiste em anotar durante mais ou menos 1 ano a duração dos ciclos
menstruais. Uma vez feita esta contagem, tem de se subtrair ao ciclo mais curto 18 dias e
ao ciclo mais longo 11 dias. A partir do momento em que estes resultados estão
encontrados, o intervalo entre ambos, do menor para o maior, indica o espaço de tempo
no qual a mulher se encontra no período mais fértil dos seus ciclos, onde ocorre a
ovulação e é mais provável que aconteça uma gravidez.
Por exemplo, imaginemos que uma mulher contabilizou o seu ciclo mais curto com 26 dias
e o seu ciclo mais longo com 30 dias. Então: 26 – 18 = 8 e 30 – 11 = 19. Quer isto dizer
que os dias mais férteis desta mulher são entre o 8º e o 19º dia do ciclo, dias em que não
deve ter relações sexuais ou, querendo-o, terá de utilizar um preservativo. Convém não
esquecer que o primeiro dia do ciclo é o primeiro dia em que aparece a menstruação.

Dito de outra forma: ao monitorizar os dias de fertilidade saberá determinar as fases


inférteis do ciclo menstrual. É um tipo de método contraceptivo, mas pode ser utilizada
também para se facilitar a obtenção da gravidez, fazendo-se uso adequado das fases
férteis.

A monitorização da fertilidade é sempre usada para identificar a fase ou período fértil da


mulher, seja para obter a gravidez, seja para evitá-la ou ainda uma maneira monitorar a
saúde ginecológica. Por isto há quem considere esta monitorização como não sendo
propriamente um "método contraceptivo" já que pode igualmente ser utilizada para facilitar
a obtenção da gravidez principalmente por casais que têm problemas para engravidar.
Neste último caso seria um método conceptivo ou método concepcional, no sentido
afirmativo da expressão. O método contraceptivo propriamente seria a abstinência sexual
periódica que se faria valendo-se da monitorização. 

Método da temperatura basal


A observação da temperatura permite à mulher reconhecer com certeza o período infértil
pós-ovulatório. A mulher deve medir a temperatura sempre em situações semelhantes: de
manhã ao acordar, sensivelmente à mesma hora, antes de se levantar, com o mesmo
termómetro e da mesma maneira (anal, vaginal ou bucal, debaixo da língua), durante 3
minutos, no mínimo, no caso de termómetros de mercúrio. Se, por algum motivo, algum
dia não se mediu então também não se anota no gráfico nem se une os pontos, deixando
em branco esse dia.

A temperatura nos dias entre a ovulação e a menstruação seguinte sobe cerca de 2 a 5


décimos de grau. Então, só três dias depois desta subida de temperatura ter acontecido, é
que é menor o risco da mulher engravidar. No entanto há uma situação importante, que
são as variações de temperatura que o seu corpo pode ter, como por exemplo, no caso de
febre ou de alterar a sua hora de dormir.

Para usar estes métodos como contracepção tem de conhecer bem o funcionamento do
próprio corpo e estes métodos não protegem das Infecções Sexualmente Transmissíveis
(IST). 

Método de muco cervical (método de Billings)


A base do Método de Billings é a percepção do muco produzido pela cérvix. Esta
observação é feita ao longo do dia e permite à mulher estar atenta a três coisas:

Presença ou ausência: por observação ao nível da vulva ela pode ver ou não muco. É
aconselhável observar-se 3 vezes por dia (de manhã, ao meio-dia e à noite), sobretudo
quando se pretende escolher o sexo do bebé.
A sensação: descida espontânea que a mulher sente ao nível da vulva e da vagina. Sente
o muco a escorrer na vagina sem o ver: é uma sensação de humidade.
O aspecto do muco: durante a sua presença ele vai assumindo vários aspectos, que
indicam à mulher se é muco do tipo fértil ou infértil.

a) Pré-Ovulação: Muco do Tipo Infértil ("Farinha")


O muco usualmente visível é espesso e em pequena quantidade. Pode produzir uma
sensação de viscosidade (ou de "pegajoso") e pode continuar dia após dia sem alteração.
Este tipo de muco, ácido, aparece normalmente após a menstruação e no período pós-
ovulatório. Devido às suas características ele não permite a chegada dos espermatozóides
junto do óvulo, impedindo portanto, a fecundação deste
b) Período ovulatório: Muco do Tipo Fértil
Muco grosso: A primeira indicação da mudança para o período ovulatório (momento de
fertilidade da mulher) é a passagem do muco tipo pegajoso ("farinha") para o tipo grosso.
Este muco é comparado a grumos de gelatina que se prende aos dedos, escorregadio
mas sem fazer fio entre os dedos. Pode ser já um pouco transparente, embora tenha uma
tonalidade branca (ver figura e vídeo).
Muco filante: Este muco é muitas vezes comparado a fios de clara de ovo cru, liso e
escorregadio. Este muco aparecerá sempre como húmido e escorregadio, devido à sua
própria estrutura e composição química (ver figura e vídeo). O último dia em que o muco
se apresenta com características férteis (Muco Filante), isto é, o último dia em que ele
aparece mais filamentoso e distensível, é o dia mais fértil do ciclo, ou seja, o dia da
ovulação. Seria neste dia que de uma união conjugal esperaríamos, com maior
probabilidade, um bebé do sexo masculino.

c) Pós-ovulação: Muco do Tipo Infértil ("Farinha")

Após a ovulação as características do interior da vagina alteram-se. Embora a consistência


do muco encontrado possa ser ainda um pouco líquida, uma vez que antes esteve filante,
agora passa a engrossar, tornando-se branco, espesso, consistente e pegajoso. 

Método sinto-térmico
O Método Sinto-Térmico combina vários elementos do Método da Temperatura Basal do
corpo da mulher e do Método da Ovulação (Billings). Isto é, tanto a temperatura como o
muco cervical são usados para entender o estado de fertilidade. Outros indicadores
fisiológicos, como por exemplo, a dor, tensão dos seios e as variações do colo do útero,
são também levados em conta na identificação dos períodos férteis e inférteis.

Coito interrompido
O coito interrompido é um método contraceptivo, de baixa fiabilidade, no qual, durante a
relação sexual, o pénis é removido da vagina imediatamente antes da ejaculação,
impedindo a deposição de sémen no interior da vagina. Este método tem sido amplamente
utilizado mas as taxas de falha são muito elevadas, principalmente devido à falta do auto-
controle de quem o utiliza.

Para além disso, não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis e a


interrupção da relação sexual pode deixar os parceiros insatisfeitos.

6. Contracepção de emergência
A contracepção de emergência tem por finalidade impedir a ovulação ou prevenir a
implantação se a relação sexual ocorreu nas horas ou dias que antecederam a ovulação.
Ou seja, num momento em que existe maior probabilidade de ocorrer a fertilização.
Também pode prevenir a implantação. Torna-se ineficaz logo que se inicia o processo de
implantação do ovo. Este método não interrompe uma gravidez que já se tenha iniciado,
por isso deve ser utilizado até 72 horas após uma relação sexual não protegida ou em
caso de falha de um método contraceptivo, como o rompimento do preservativo;
esquecimento da pílula contraceptiva oral para além do prazo máximo admitido após a
última toma; expulsão do DIU; remoção antecipada ou deslocamento de um diafragma
vaginal; relação sexual durante o período supostamente fértil quando se optou pelo
método da abstinência periódica (método das temperaturas) ou em caso de violação.
Artigos relacionados
Métodos Contracetivos de emergência: Estarão os jovens informados?

Vamos prevenir a gravidez na adolescência!

Infeções Sexualmente Transmissíveis


Saúde da Mulher

Vida Saudável

Sexo e Relacionamentos

Sexologia

Planeamento Familiar

Direção-Geral da Saúde

Fonte: 

Ministério da Saúde

APF

DGS

juventude.gov.pt

medicosdeportugal.saude.sapo.pt

Nota: 

As informações e conselhos disponibilizados no Atlas da Saúde não substituem o


parecer/opinião do seu Médico e/ou Farmacêutico.

Foto: 
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16 Nov 2022

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P&D Factor - População e Desenvolvimento


Planeamento Familiar
Ver documentação relacionada com o tema.
“O planeamento familiar, deixem que lhes diga, é a intervenção mais
importante e vital que se pode providenciar a uma rapariga ou uma
mulher.”
Babatunde Osotimehin, Director Executivo do UNFPA
Planeamento Familiar é geralmente definido como a necessidade da pessoa e
do casal conseguir, através do recurso a serviços de saúde sexual e
reprodutiva, acesso à informação, medicamentos, contraceptivos e outros,
planear o número de filhos desejados, o espaçamento e a programação dos
seus nascimentos. Este tópico liga-se maioritariamente ao facto de muitas
vezes dentro do casal existem relações de poder que impossibilitam o
planeamento familiar voluntário.
Esta questão veio ao de cima com mais proeminência a partir da Conferência
Internacional sobre População e Desenvolvimento de 1994, quando a
interligação entre população, desenvolvimento e saúde e direitos sexuais e
reprodutivos foi estabelecida de forma abrangente e global numa perspectiva
de direitos humanos.
Com os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) a acabar a sua
vigência, é crucial reconhecer o papel central do planeamento familiar, ligado a
questões de desigualdade de género e direitos e saúde sexual e reprodutiva.
Para agências como o Fundo das Nações Unidas para a População (UNFPA),
a Organização Mundial de Saúde (OMS) ou a Federação Internacional de
Planeamento Familiar (IPPF), o planeamento familiar voluntário é fundamental
para a realização de qualquer projecto de desenvolvimento e para a realização
dos direitos humanos de qualquer pessoa.
O facto é que o acesso ao planeamento familiar reduz não só gravidezes não
desejadas como também a mortalidade materna e infantil, tendo um impacto
claramente positivo nas oportunidades educacionais e económicas das
mulheres e das jovens. Surge de questões como estas a centralidade do
planeamento familiar voluntário para a actual e futura agenda de
desenvolvimento e direitos humanos: sem acesso a educação, serviços de
saúde e contraceptivos, dificilmente será conseguida a erradicação da pobreza,
a igualdade de género, o acesso das raparigas e mulheres ao sistema de
ensino formal ou a redução da mortalidade materna e infantil, uma das
questões mais preocupantes na actual agenda.
Em Portugal, estão estipulados direitos básicos ligados ao planeamento
familiar, nomeadamente a resolução da Assembleia da República nº 46/2010
relativo ao direito ao acesso à informação e aos direitos sexuais e reprodutivos
ao longo da vida, ou a portaria nº 196-A/2010 sobre a educação sexual nos
estabelecimentos de ensino básico e secundário, entre outras.
Ver documentação relacionada com o tema.
Atlas da Contracepção de 2019
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O acesso à contracepção segura deve ser uma das principais preocupações


dos governos em capacitar as pessoas para planearem as suas famílias e
vidas.
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GUIA DO UTENTE
4.1. O que é uma Consulta de Planeamento Familiar?
É uma consulta que se destina a apoiar e informar os indivíduos ou casais, para que
estes possam planear uma gravidez no momento mais apropriado, proporcionando-lhes
a possibilidade de viverem a sua sexualidade de forma saudável e segura.
Nesta consulta é feita a avaliação do estado de saúde da mulher ou do casal, avaliando-
se, se necessário, a eventual existência de riscos ou doenças para a mãe ou para o futuro
bebé.
Esta é a consulta que deve procurar, se pretende evitar uma gravidez ou se, pelo
contrário, sofre de infertilidade e pretende engravidar.
No âmbito desta consulta, dá-se informação sobre os métodos de contracepção, sendo
fornecido gratuitamente o contraceptivo escolhido. Faz-se ainda aconselhamento sexual,
bem como rastreio do cancro ginecológico e das doenças de transmissão sexual.
A consulta é gratuita. Existe nos Centros de Saúde e em alguns Hospitais e
Maternidades
4.2. Como posso conhecer e controlar os riscos antes de engravidar?
Para a gravidez decorrer sem problemas e o bebé nascer saudável, ajuda muito que a
mãe e o pai estejam bem de saúde antes de a gravidez começar.
O feto é mais sensível a danos entre os 17 e os 56 dias depois da fecundação (primeiras
semanas da gravidez). Controlar os riscos antes de engravidar pode garantir a segurança
do bebé durante este importante período de tempo.
Se está a utilizar um método para não engravidar, e quiser suspender, não o interrompa
antes de falar com o seu médico.
A gravidez acima dos 35 anos pode trazer mais riscos para a mulher e para o bebé.
A partir desta idade, poderá, se o desejar, ter acesso a testes de diagnóstico pré-natal,
que se realizam nas Maternidades e Serviços de Obstetrícia dos Hospitais.
Antes de engravidar, consulte o seu médico de família.
O SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE
CENTRO DE SAÚDE
MÉDICO DE FAMÍLIA
PLANEAMENTO FAMILIAR
PLANEAMENTO FAMILIAR

4.1. O que é uma Consulta de Planeamento Familiar?


É uma consulta que se destina a apoiar e informar os indivíduos ou casais, para que
estes possam planear uma gravidez no momento mais apropriado, proporcionando-lhes
a possibilidade de viverem a sua sexualidade de forma saudável e segura.
Nesta consulta é feita a avaliação do estado de saúde da mulher ou do casal, avaliando-
se, se necessário, a eventual existência de riscos ou doenças para a mãe ou para o futuro
bebé.
Esta é a consulta que deve procurar, se pretende evitar uma gravidez ou se, pelo
contrário, sofre de infertilidade e pretende engravidar.
No âmbito desta consulta, dá-se informação sobre os métodos de contracepção, sendo
fornecido gratuitamente o contraceptivo escolhido. Faz-se ainda aconselhamento sexual,
bem como rastreio do cancro ginecológico e das doenças de transmissão sexual.
A consulta é gratuita. Existe nos Centros de Saúde e em alguns Hospitais e
Maternidades
4.2. Como posso conhecer e controlar os riscos antes de engravidar?
Para a gravidez decorrer sem problemas e o bebé nascer saudável, ajuda muito que a
mãe e o pai estejam bem de saúde antes de a gravidez começar.
O feto é mais sensível a danos entre os 17 e os 56 dias depois da fecundação (primeiras
semanas da gravidez). Controlar os riscos antes de engravidar pode garantir a segurança
do bebé durante este importante período de tempo.
Se está a utilizar um método para não engravidar, e quiser suspender, não o interrompa
antes de falar com o seu médico.
A gravidez acima dos 35 anos pode trazer mais riscos para a mulher e para o bebé.
A partir desta idade, poderá, se o desejar, ter acesso a testes de diagnóstico pré-natal,
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Antes de engravidar, consulte o seu médico de família.
GRAVIDEZ E PARTO
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VACINAÇÃO
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URGÊNCIAS
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