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Aula 01 Educação e Seus Fundamentos

O renascimento e a confiança no homem e suas ações e


razão, ascensão da burguesia e invenções e navegações
marítimas. Neste contexto do Renascimento Cultural deu-
 O que é educação ? se a descoberta e conquista da América, no caso,
descoberta do Brasil por Portugal.
Todos sabemos e reconhecemos a importância da educação, pois é por
ela que o homem se humaniza. Dizemos que nascemos uma segunda  Educação Jesuítica
vez quando nas relações sociais nos fazemos humano, daqui decorre a
relevância da educação. A educação é uma prática social, “mediadora Em 1549, chegaram os jesuítas. Pedagogia Brasílica – até
que torna possível a reciprocidade entre indivíduo e sociedade”. 1599. Plano de Instrução elaborado por Nobrega. Período
Heroico. De 1549 até 1759 – com plano de estudos Ratio
A educação escolarizada, no Brasil, iniciou com os jesuítas em 1549, Studiorum – formação do homem de fé, instrução elitista,
em uma política do Estado português. Isto não quer dizer que as nações metafísica e universalista.
indígenas que habitavam o Brasil não educassem seus filhos, somente
não tinham escolas como as que conhecemos na contemporaneidade.  A expulsão dos jesuítas e as reformas pombalinas

 Por que os fundamentos são históricos ? Período pombalino – 1759 a 1808. Face às mudanças que
se operavam, a secularização avançava nas visões de
Porque sendo o homem um ser histórico, a educação escolar ou não mundo, do homem e da ciência: a dualista ênfase cristã na
escolar também é histórica e por conta há que ser estudada nesse supremacia do espiritual e transcendental sobre o material
complexo processo que é a história humana, ciência dos homens no e concreto se invertia: o mundo físico tornava-se o foco
tempo, que constroem a sua existência nas relações entre si e a predominante da atividade humana – saber ativo.
natureza. E a educação é, sem dúvida, uma prática social mediadora
dessas mudanças ou permanências. Em lugar da provação temporária de preparação para a
vida eterna, agora a aspiração humana estava cada vez
Por outro lado, quando as práticas educativas mudam ou permanecem é mais centrada na realização secular. A razão e a
porque se orientam pelo alcance de objetivos, de finalidades, afinal por observação empírica substituíam a doutrina teológica. O
valores. Os sentidos são interrogados pela filosofia, porque sendo esta mundo físico tornava-se o foco predominante da atividade
um pensar que buscar entender as raízes de tudo o que acontece, cabe- humana. O conhecimento não era virtude como na Grécia
lhe explicitar o que se pretende com as escolas. antiga, mas valia pela sua prática. A concepção histórica
da intervenção divina parecia implausível diante de uma
Os fundamentos filosóficos ajudam a entender e definir a formação dos evolução.
professores, a gestão das escolas, os regimes de trabalho dos
educadores, a organização do trabalho didático. Daqui a relevância de Um indivíduo ativo na sociedade. Nasce a pedagogia
que os professores tenham uma consciência filosófica superadora do como ciência – como saber da formação humana que
senso comum. Também ajudam a ter clareza dos valores, dos sentidos a tende a controlar racionalmente as difíceis e complexas
serem atingidos, concorre para as boas e profícuas práticas educativas e variáveis deste processo
também para professores não alienados.
 Contribuição dos Enciclopedistas - Movimento

Aula 02 Educação no Brasil Colonial


iluminista

 A Educação Brasileira não se separa da Ocidental

Contexto histórico da transição do feudalismo – Idade Média (476 d.C.


até hoje) ao capitalismo e sentidos da educação. Na Idade Média (476 –
1492), fortemente marcada pela presença da Igreja, a educação tinha a
finalidade de formar bons cristãos, homens de fé.

As escolas eram para poucos, sobretudo para os membros do clero.


Podiam ser monacais, episcopais e em alguns reinos, como de Carlos
Magno, de palácio.
Os enciclopedistas e ilustradores, na Europa, sobretudo na
 Transição do Mundo Medievo ao Moderno França, foram os porta-vozes destas mudanças
 Educação Pombalina ( 1759 – 1777 )
Século XI, se dá o renascimento urbano, a vida se agita, o comércio se
organiza, nascem as universidades para a formação das elites. A Foi promovida pelo governo de D. José I, à frente do qual
instrução religiosa foi dando lugar à leitura, ao cálculo, exigido pelas esteve o Marquês de Pombal. Os alvarás de 1750-1777:
atividades mercantis. O método escolástico, parisienses e italicus tinham retirado dos jesuítas o direito de ensinar. Os
jesuítas foram odiados pelas outras ordens religiosas, pelo
 Renascimento e Humanismo governo e pela maioria da população. Os jesuítas não
tinham se posto a favor das mudanças, do espírito
racionalista, das manufaturas e da ciência.

 A Reforma dos Estudos Menores – Ensino Primário e Secundário

Pelo Alvará de 28 de junho de 1759, com a reforma dos estudos de


humanidades – correspondentes ao nível secundário Pela Lei de 6 de
novembro de 1772, com a reforma dos estudos primários – as aulas
régias.

A Reforma da Universidade de Coimbra foi levada a cabo pela Junta da


Providência Literária, em 1772, 250 anos depois da organização dos
estudos empreendida por D. João III. O Marquês de Pombal estimulou a
Reforma da Universidade segundo as novas correntes do pensamento
jurídico ligado ao direito natural, ao método da crítica textual, à Lei da
Boa Razão e à introdução das Ciências Naturais. Não no quadro que
estava posto para a educação em meados do século XVIII e que se
expressava em duas vertentes: racionalismo e empirismo. A reforma
pombalina aproximou a educação da corrente empirista que teve em
Locke um formalizador.

 Em 1808 Chega a Corte

Mudança da corte e governo para o Brasil, não altera a educação escolar


oferecida no Brasil, agora elevado da vã condição de reino. Tratava-se
de formar o homem para servir o Estado

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