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Aula 01

Conceitos Fundamentais

Principais conceitos às abordagens educacionais sobre o meio ambiente:

 Meio ambiente

Conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física,


química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas
formas. Outrossim, pode ser um conjunto de elementos abióticos
(energia solar, solo, água e ar) e bióticos (organismos vivos) que Legislação Educacional e Meio Ambiente
integram a fina camada da Terra chamada biosfera, sustentáculo e lar
dos seres vivos (Glossário MMA). Momentos pedagógicos da educação ambiental no Brasil:

 Sustentabilidade  1960 – 1970: “Olhar de Fora” dos problemas


ambientais, livros didáticos começavam a falar de
Conceito associado ao desenvolvimento sustentável. Envolve as ideias ecossistema, ecologia e as suas relações com
de pacto intergeracional e perspectiva de longo prazo. Capacidade de geografia, física, biologia e ciências.
um processo ou forma de apropriação dos recursos continuar a existir  1980: “Olhar de Dentro” Crítica a pedagogia
por um longo período. tradicional, criação do Partido Verde, na escola,
atividades de campo, a pesquisa do meio.
 Sustentabilidade Ambiental  A partir da Rio 92: Amadurecimento do pensamento
ambientalista e sua complexidade conceitual,
Envolve a utilização racional dos recursos naturais, sob a perspectiva militância político-pedagógica ligada à educação
do longo prazo, abaixo da capacidade natural de reposição dos ambiental.
renováreis, e de forma parcimoniosa e eficiente para os não renováveis,
aumentando sua vida útil. Da Constituição Federal de 1988 à BNCC, a Constituição
fala, no artigo 225, que todos têm direito ao meio
 Sustentabilidade Social ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso como
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se
Envolve a melhoria e a manutenção do bem-estar social, numa ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
perspectiva de longo prazo. preservá-lo para as presentes e futuras gerações.

Principais eventos mundiais - Parágrafo 1° para assegurar a efetividade desse direito,


incumbe ao poder público:

VI: Promover a educação ambiental em todos os níveis de


ensino e a conscientização pública para a preservação do
meio ambiente.

Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e Diretrizes Curriculares


Nacionais (DCN) da Educação Ambiental. Artigo 2°: A
educação ambiental é um componente essencial e
permanente da educação nacional, devendo estar presente,
de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do
processo educativo, em caráter formal e não formal.

PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais

Estrutura dos PCN

 Temas transversais: ética, pluralidade cultural, meio


ambiente, saúde, orientação sexual, trabalho e
consumo
 Critérios para definição de temas: urgência,
abrangência nacional, compreensão da realidade e
participação social.
 Abordagem transversal: as disciplinas não dão conta
isoladamente de explicar os temas, por isso devem
transversar. Os temas não anulavam o currículo
disciplinar. Dimensão ética:
 Os campos de estudo das disciplinas continuavam
reconhecidos. - Diversidade étnico-cultural
- Orientação sexual
Os temas transversais deveriam estruturar o projeto
educativo da escola (autocrítica), impulsionar professores
e estudantes - Realidade regional
para intervenção social (cidadania ativa).
Dimensão política:
Os temas transversais do currículo – meio ambiente
- Direito ao diálogo
- Debate
- Opinião divergente
- Respeito

Dimensão estética:

- Prática e fruição de bens culturais diversos a partir de


Depois da PCN, até a BNCC: Para o ensino fundamental, não houve múltiplas linguagens
outra proposição de currículo prescrito depois da PCN até a BNCC –
Base Nacional Comum Currícular. Para o ensino médio, houve: PCN+ Segunda versão da BNCC – 2016. Temas especiais:
(2002) – Orientações curriculares para o ensino médio (2006) – Novas
DCN em (2012). - Economia, educação financeira e sustentabilidade
- Culturas indígenas e africanas
O Meio Ambiente no currículo pós PCN - Culturas digitais e computação
- Direitos humanos e cidadania
- Ensino Fundamental: temas transversais ( 1998 – até a BNCC 2017 ) - Educação ambiental
- Ensino Médio: silêncio na legislação sobre todos os temas, inclusive o
meio ambiente. Nas orientações de 2006 mencionou-se que o meio Versão final da BNCC – 2017/2018
ambiente deveria ser abordado de modo transversal. Só nas DCN 2012
teve o destaque meio ambiente. Temas integradores e temas especiais não aparecerem
mais no corpo do documento com essas nomenclaturas.
Síntese Tanto da BNCC 2017 (EF) quanto na de 2018 (EM) –
Temas sem destaque e sem diretividade pedagógica,
Os temas sociais contemporâneos foram trazidos para o currículo apenas citada a legislação a ser observada. Por exemplo:
prescrito no Brasil pela primeira vez pelos PCN 1998 – Ensino Lei de Inclusão, Lei de Cultura Afro e Indígena.
Fundamental. Concepção pedagógica – transversalidade. Para o ensino
médio, esses temas não ganham destaque, só nas DNC 2012 o meio
ambiente aparece como tema importante. A BNCC – currículo prescrito
com força de lei não incorpora no texto os temas sociais
contemporâneos.

As versões da BNCC e os temas sociais

Primeira versão da BNCC – 2015. Temas Integradores:

- Consumo e educação financeira


- Ética Concepção pedagógica:
- Direitos humanos e cidadania
- Sustentabilidade - Problematização da realidade e das situações de
- Tecnologias digitais aprendizagem
- Culturas africanas e indígenas - Superação da concepção fragmentada do conhecimento
para uma visão sistêmica
Concepção pedagógica – Temas Integradores: - Integração das habilidades e competências curriculares à
resolução de problemas
O conceito de integrar difere do de transversar. Os temas integradores - Promoção de um processo educativo continuado e do
foram inseridos de forma orgânica no currículo, com o papel e a conhecimento como uma construção coletiva
responsabilidade de costurar os conhecimentos dos componentes e das - Abordagem intra, inter e transdisciplinar dos temas.
áreas.

Segunda versão da BNCC – 2016. Princípios norteados direitos de


aprendizagem
Profundidade: Inicial – Final

Espessura: Diferença entre a profundidade final menos profundida

Nas duas primeiras versões da BNCC, os


chamados temas sociais estavam apresentados
no corpo do texto, articulavam-se com uma
concepção de educação e continham
orientações pedagógicas para suas abordagens.
Na versão final, os temas contemporâneos
transversais não estão no corpo do documento,
mas em documentos a parte, como orientação
curricular. As orientações de abordagem pedagógica para os
TCTs indicam a necessidade de trata-los de modo intra, inter eTransição em função da nitidez
transdisciplinar. Transição em função da topografia

Aula 02
Caracterização geral do solo

Conceito de solo: “É a coletividade de indivíduos naturais, na superfície


da terra, o qual é modificado ou construído pelos seres humanos,
contendo matéria orgânica e servindo à sustentação de plantas ao ar
livre” Soil Taxonomy

Processos Pedogenéticos:
Cor: Tabela de Munsell
- Adição: incorporação de um
material no solo. Exemplo: Cinzento Avermelhado Escuro (5YR 4/2,
- Perda: perde material úmido)
sólido/solução
- Transformação: rocha sendo 5YR: Representa a Matiz (cor pura)
transformada em argila 4: valor (refere-se aos tons de cinza)
(minerais primários da rocha 2: chroma (mistura entre a matiz e o valor)
foram transformados em Úmido: condição de umidade da amostra
secundários)
- Transporte: gravidade ou Caracterização morfológica

Textura: composta por frações menores que 2mm de


diâmetro

Granulometria: partículas mais finas e as frações mais

grosseiras
evapotranspiração
Consistência: seca / úmida / plasticidade / pegajosidade
. Caracterização
morfológica
Redação: A – 0 – 50 c, bruno muito escuro (10YR 2,5/2,
úmido), argila, moderada média a grande granular,
friável, plástico e pegajosa; transição difusa e plana.

Propriedade Físicas e Químicas

Propriedades Físicas: Horizontes Diagnósticos: caracterizados pelas propriedades definidas


quantitativamente, usados na identificação dos solos, como Horizonte
Gleissolo.

O SIBCS é utilizado na classificação de solos.

Levantamento Pedológico

O Levantamento Pedológico é um exame sistemático, descrição,


mapeamento e classificação dos solos em uma área. Os levantamentos
de solo são classificados de acordo com o objetivo e com a intensidade
dos trabalhos de campo. Cada levantamento do solo resulta em um
determinado tipo de mapa pedológico.

Propriedades Químicas:

CTC: quando cátions se ligam a uma superfície negativa


V: proporção dessa CTC, que é dissolvida por cátions básicos, se for
maior de 50% o solo é eutrófico, sendo bom para o crescimento das
plantas, se for menor, é um solo pouco fértil.

Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SIBCS)


Aula 03
Exemplo: Neossolo Litólico Distrófico Típico
- Ordem: Neossolo (raso) Conceitos, dados e softwares de geoprocessamento
- Subordem: Litólico (horizonte A sobre R ou A, C e R)
- Grande Grupo: Distrófico (saturação menor ou igual a 50% - solo Segundo Câmara, Davis e Monteiro “geoprocessamento
pouco fértil) denota a disciplina do conhecimento que utiliza técnicas
- Subgrupo: matemáticas e computacionais para o tratamento da
Típico informação geográfica”. Os dados geoespaciais pode ser
vetorial ( pontos, linhas ou polígonos ) ou matriciais
( chamados também de raster ) os vetores são feições
definidas por entidades geométricas, cujo formato mais
comum é o shapefile ( .shp ), enquanto as matrizes
compõem uma estrutura de grade de células com tamanho
predefinido ( pixel ).

- Aquisição e características de dados geoespaciais


- Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais ( INDE )
- SIG e softwares de geoprocessamento
- Ferramentas para análise espacial

Aplicações em temas ambientais Geoprocessamento é, hoje, uma ferramenta essencial ao planejamento.


Além da resolução espacial ( tamanho do pixel ), as imagens do satélite
Legislação ambiental e aplicações em EIA / RIMApossuem resoluções temporais, espectrais e radiométricas. Os conceitos
(QGIS) derivados do sensoriamento remoto, portanto, são essenciais para
trabalhar com imagens de satélite.
A análise de fenômenos naturais é muito favorecida pelas
técnicas de geoprocessamento, sobretudo devidoModelagem
à digital do relevo
complexidade dos temas em questão. A questão ambiental
encontra nas ferramentas de geoprocessamento umO modelo digital de elevação ( MDE ) é o dado básico para a análise
importante aparato tecnológico para análises e digital do relevo. Pode ser definido como uma matriz de pontos, em
modelagem de cenários. coordenadas cartesianas, com atribuição de valores de elevação
( altitude ).
Aplicações em temas socioeconômicos
- Espacialização da dinâmica social Modelos digitais de elevação e atributos geomorfométricos: Em relação
- Dados censitários: variações no tempo e no espaço ao MDE, que são produtos de sensoriamento remoto, destacam-se os
- Geoestatística e ferramentas de geoprocessamento principais, com as seguintes resoluções espaciais.
- SRTM (30 M)
Dados censitários e indicadores socioeconômicos (QGIS) - ASTER GDEM (30 M)
Estimar de Densidade Kernel (QGIS) - ALOS PALSAR (12,5 M)

Quando os MDE gerados por interpolação, destacam-se


aqueles calculados a partir de bases planialtimétricas, que
têm como dados de entrada curvas de nível, pontos
cotados e, às vezes, a hidrografia (informações
disponíveis em cartas topográficas)

Atividades Práticas - QGIS

Os principais atributos geomorfométricos são:

- Declividade: mensura a inclinação das vertentes


- Relevo sombreado: simula iluminação com azimutes
específicos
- Plano e perfil de curvatura, aspecto: mensura a
orientação das vertentes
Ressalta-se que a utilização dos dados censitários pode ser favorecida - Área de contribuição e muitos outros
pelo conhecimento das opções presentes na tabela de atributos. Para
fenômenos pontuais, é comum buscar soluções que representam a Simbolização e elaboração de mapas
densidade de registro ( seja de casos de doenças, de estabelecimentos
ou de crimes, por exemplo ) Além dos processamentos realizados nos dados
geoespaciais, as representações dos resultados constituem
Ordenamento territorial e planejamento urbano parte essencial dos Sistemas de Informações Geográficas.
Pouco a pouco, os métodos de simbolização advindos da
Os mapeamentos de uso e cobertura da terra, cada vez mais detalhados e cartografia temática foram incorporados nessas
com abrangência têmporo-espacial, são frutos do desenvolvimento plataformas informatizadas.
recente das geotecnologias. Conceitos de sensoriamento remoto e
processamento digital de imagens ( PDI ) Cartografia temática e geoprocessamento

Uso e cobertura da
Terra – QGIS
Análise multicritério
– QGIS
Como elaborar um layout de mapa

- Título
- Legenda (simbolização do mapa)
- Indicação da escala (numérica ou gráfica)
- Referenciais de orientação
- Indicação do sistema de coordenadas, fonte de dados e
autoria
- Encartes de localização e figuras ou ilustrações
opcionais

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