Semiologia

Posições para exames

Semiologia
Inspeção
É a observação detalhada, com a vista desarmada,
da superfície externa do corpo (aspecto, cor,
forma, tamanho e movimento).
Palpação
Na palpação, verifica-se o estado das estruturas
externas por pressão: a parte superficial do corpo
com pressão de 1 cm; a parte profunda com
pressão de 4 cm.
Percebem-se modificações: textura; espessura;
consistência; sensibilidade; volume; dureza;
percepção de frêmito; flutuação; elasticidade;
presença de edema.
Percussão
Golpes realizados em qualquer ponto do
organismo, origina-se vibrações que tem
características próprias quanto intensidade,
timbre, e tonalidade na dependência da estrutura
percutida.
TIPOS DE SONS OBTIDOS:
SOM MACIÇO – se obtém ao percuti regiões
desprovidas de ar ( músculo, fígado, coração...)
SOM SUBMACIÇO – a presença de ar em
quantidade restrita (região de transição entre o
parênquima pulmonar e um órgão sólido).
SOM TIMPÂNICO - qualquer área que
contenha ar ( estômago)
SOM CLARO PULMONAR – se obtém ao se
golpear um tórax normal.
Ausculta
FOCOS DE AUSCULTA:
1) Ausculta pulmonar
Ruídos fisiológicos - Murmúrio vesicular e ruído
traqueal.
Ruídos adventícios - Contínuos: Ronco, sibilo,
estridor.
Descontínuos - Estertores crepitantes e bolhosos.
Estertores - são pequenos sons de estalidos,
borbulhas ou chocalhos no pulmão. Acredita-se
que eles ocorram quando o ar abre espaços
fechados. Estertores podem ser ainda descritos
como úmidos, secos, finos e ásperos.
Roncos - são sons que se assemelham ao ronco
noturno. Eles ocorrem quando o ar é bloqueado ou
a passagem se torna difícil pelas vias aéreas
amplas.
Sibilos - são sons agudos produzidos por vias
aéreas estreitadas eles podem ser ouvidos quando
uma pessoa expira (exala). Os sibilos e outros
sons normais podem algumas vezes ser ouvidos
sem um estetoscópio.
Estridor - é um som parecido com o sibilo ouvido
quando uma pessoa respira. Normalmente é
devido a um bloqueio do fluxo de ar na traqueia
ou na parte traseira da garganta.
2) Ausculta cardíaca: bulhas cardíacas e suas
alterações para reconhecer sopros ou outros
ruídos.
3)Ausculta intestinal: ruídos hidroaéreos (sentido
horário QID);
4)Ausculta vasos sanguíneos: Sopros
Exame físico do aparelho urinário
Métodos propedêuticos:
Inspeção, palpação, percussão
Exame físico do aparelho genital masculino
Inspeção e palpação
Exame físico do aparelho genital feminino
Inspeção, palpação
Ausculta e percussão (gravidez)
Posição utilizada é a ginecológica.
Exame físico – Cabeça faz com que o fígado desça e assim a vesícula
biliar possa ser palpada pela mão. Se houver a
Métodos Propedêuticos: presença de colecistite o paciente ao inspirar sente
Inspeção e palpação – cabeça, face, olhos, muita dor e acaba expirando.
ouvidos, boca, pescoço

Exame físico – Tórax e abdome SINAL DE BLUMBERG

Técnicas propedêuticas utilizadas: O sinal de Blumberg e o de Rovsing são utilizados
1 - Inspeção (Estática e Dinâmica) para a detecção de apendicite. O Sinal de
Estática :Avalia-se a presença de cicatrizes, Blumberg, acontece quando há a descompressão
lesões, abaulamentos, retrações e assimetrias. rápida e dolorosa no ponto de McBurney (ponto
Dinâmica: Avalia-se a ventilação do paciente por apendicular) localizado na fossa ilíaca direita.
meio do padrão respiratório, observando de onde
vem o esforço ventilatório (se torácico, abdominal
ou misto). O padrão predominante e considerado
normal é o torácico, quando o paciente está de pé
ou sentado, mas em decúbito dorsal, tende a ser
abdominal.
2 - Ausculta: Avaliar alterações nos sons
produzidos pelo pulmão.
4 - Palpação: Estrutura da parede
torácica avaliar presença de crepitações, dor, tônus SINAL DE GIORDANO
muscular, massas, edema e outras alterações na
pele. O sinal de Giordano é utilizado na pesquisa de
3 - Percussão: A percussão da parede torácica é pielonefrite ou litíase renal. Para ser detectado,
feita para avaliar sons normais e anormais. deve ser realizado uma percussão com a mão em
forma de punho no dorso do paciente no nível da
A principal divisão abdominal é feita em 9 11° e 12° costela, com uma mão realizando o
regiões. amortecimento. Caso o paciente apresente uma
Hipocôndrio direito • Epigástrio • Hipocôndrio infecção renal, ao ser realizado o teste, ele irá
esquerdo • Flanco direito • Mesogástrio • Flanco rapidamente se deslocar para frente sentindo muita
esquerdo • Fossa ilíaca direita • Hipogástrio • dor.
Fossa ilíaca esquerda

Sinais
SINAL DE MURPLY

O sinal de Murphy acontece quando o paciente

reage em sua respiração de forma rápida à
palpação profunda da vesícula biliar. Dessa forma,
SINAL DO OBTURADOR
palpa-se o ponto biliar ou ponto cístico, no
hipocôndrio direito e pede-se para o paciente O sinal do Obturador é feito à flexão e rotação
inspirar profundamente. Ao inspirar, o diafragma externa da coxa direita. Ao movimento, cria dor
em região hipogástrica, sugerindo apendicite
aguda.
SINAL DE ROVSING
O sinal de Rovsing é realizado pela palpação do
quadrante inferior esquerdo do abdome, embora o
paciente apresente dor no quadrante inferior
direito. Assim, caso o paciente sinta dor, é
também um indicativo de apendicite.
SINAL DE PIPAROTE
O Sinal de Piparote é um sinal médico indicativo
de ascite. Piparote positivo ocorre quando
fazemos uma percussão no abdome do paciente e
notamos a propagação de uma onda do líquido ali
acumulado. A percussão deve ser feita em região
de flanco para observar a propagação da coluna de
líquido para o lado oposto.
Exame físico Cardiovascular
O coração ciclicamente se contrai e relaxa.
Quando se CONTRAI, ejeta o sangue em direção às
artérias, na fase chamada de SÍSTOLE. Quando
RELAXA, recebe o sangue proveniente das veias, na
fase chamada DIÁSTOLE.
Etapas para o exame:
INSPEÇÃO
PALPAÇÃO
AUSCULTA
Foco ou Área Mitral – 4º ou 5º espaço intercostal
esquerdo da linha hemiclavicular (corresponde ao ictus
cordis ).
Foco ou Área Pulmonar – 2º espaço intercostal
esquerdo junto ao esterno.
Foco ou Área Aórtica – 2º espaço intercostal
direito junto ao esterno.
Foco ou Área Tricúspide – base do apêndice xifóide à
esquerda.
Foco ou Área Aórtica Acessória – 3º espaço intercostal
esquerdo, junto ao esterno.
Outras Áreas:
Borda Esternal Esquerda – entre a área pulmonar e a
tricúspide.
Borda Esternal Direita – entre a área aórtica e o 5º
espaço intercostal direito.
Primeira bulha cardíaca B1 – fechamento da válvula
mitral e tricúspide.
Segunda bulha B2 – Fechamento da válvula aórtica e
pulmonar.