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NBL N 70040359259 2010/CRIME CONFLITO DE JURISDIO. LEI MARIA DA PENHA. APLICAO NAS HIPTESES EM QUE A VTIMA FOR DO SEXO MASCULINO. INVIABILIDADE. CONFLITO JULGADO PROCEDENTE.

CONFLITO DE JURISDIO N 70040359259 JUIZ DE DIREITO DA 2 VARA JUZA DE DIREITO DA 1 VARA

PRIMEIRA CMARA CRIMINAL COMARCA DE CANGUU SUSCITANTE SUSCITADO

A D O C R
Acordam, os Magistrados integrantes da Primeira Cmara Criminal do Tribunal de Justia do Estado do Rio Grande do Sul, unanimidade, em julgar procedente o conflito, nos termos do voto.

Custas na forma da lei.

Participaram do julgamento, alm do signatrio, os eminentes Senhores DES. MARCO ANTNIO RIBEIRO DE OLIVEIRA (PRESIDENTE) E DR. OSNILDA PISA.

Porto Alegre, 06 de julho de 2011.

DES. NEWTON BRASIL DE LEO, Relator.

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R ELA R T IO
1. Trata-se de conflito de jurisdio, no qual suscitante o Juiz de Direito da 2 Vara da Comarca de Canguu, e suscitada a Juza de Direito da 1 Vara da mesma Comarca. Aduz, aquele, que, por no se tratar a vtima de mulher, compete 1 Vara, no especializada na Lei Maria da Penha, seu julgamento. Sobreveio parecer do Dr. Procurador de Justia, em que opina pela procedncia do conflito. o relatrio.

VO S TO
DES. NEWTON BRASIL DE LEO (RELATOR) 2. A Lei n 11.340/06 no aplicvel, no caso em tela, vez que tal legislao no protege a integridade fsica de homens, mas sim de mulheres. Sua aplicao analgica, como pretendida no caso concreto, no vivel, na medida em que no se pode fazer uma interpretao extensiva da referida legislao. Ainda que as peculiaridades do caso concreto pudessem indicar, penso que o Judicirio, no af de contornar as situaes que lhe so apresentadas, no pode interferir nos comandos da Lei, mas sim cumprir o estabelecido no texto legal, indo ao encontro da inteno do legislador. Com efeito, a Lei Maria da Penha visa proteger a mulher de violncia no mbito das relaes familiares e domsticas, sendo ela, portanto, o sujeito passivo de tais prticas. No caso dos autos, em que a vtima do sexo masculino, no se h de cogitar o aplicar da legislao especial. 2

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3. Por tais razes, julgo procedente o conflito, para fixar a competncia para julgamento do feito na 1 Vara Judicial da Comarca de Canguu.

DR. OSNILDA PISA - De acordo com o(a) Relator(a). DES. MARCO ANTNIO RIBEIRO DE OLIVEIRA (PRESIDENTE) - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. MARCO ANTNIO RIBEIRO DE OLIVEIRA - Presidente - Conflito de Jurisdio n 70040359259, Comarca de Canguu: "JULGARAM PROCEDENTE O CONFLITO."