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E5TOU CONTIGO/

MANUAL DO 6º ANO 1 EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA CATÓLICA

FUNDAÇAO
Manual do Aluno - Educação Moral e Religiosa Católica - 6º Ano do Ensino Básico
Coordenação geral: Cristina Sá Carvalho
Coordenação de Ciclo: Elisa Urbano
Equipa de Autores: Elisa Urbano, Mónica Pires, Sérgio Martins
Com a colaboração de: P. Júlio Franclim do Couto Pacheco
Revisão Ortográfica: Gráfica Almondina
Capa: Pedro Ventura, Pedro Alves
Design Gráfica: Pedro Ventura
Ilustrações: Pedro Alves - www.toonstudio.com
Imagens: Pedro Neto, Pedro Ventura, Sérgio Martins, www.pixabay.com, www.istockphoto.com
Tiragem: 40 000
ISBN: 978-972-8690-90-8
1.• Ediçáo: abril 2015
Depósito Legal: 391594/15
Edição e Propriedade: Fundação Secretariado Nacional da Educação Cristã - Lisboa, 2015
Impressão: Gráfica Almondina - Torres Novas
Aprovação: Conferência Episcopal Portuguesa
Queridos Alunas e Alunos
Estimadas Famílias
Caros Docentes

É com grande alegria que vos entregamos os manuais de Educação Moral e Religiosa Católica, que foram preparados
para lecionar o novo Programa da disciplina, na sua edição de 2014. O que aqui encontrareis procura ajudar, cada um dos
alunos e das alunas que frequentam a disciplina, a «posicionar-se, pessoalmente, frente ao fenómeno religioso e agir com
responsabilidade e coerência1>, tal como a Conferência Episcopal Portuguesa definiu como grande finalidade da disciplina*.
Para tal, realizou-se um extenso trabalho que pretende, de forma pedagogicamente adequada e cientificamente significativa,
contribuir com seriedade para a educação integral das crianças e dos jovens do nosso País.

Esta tarefa, realizada sob a superior orientação da Conferência Episcopal Portuguesa, a responsabilidade da Comissão
Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé e a dedicação permanente do Secretariado Nacional da Educação Cristã,
envolveu uma extensa e motivada equipa de trabalho. Queremos, pois, agradecer aos autores dos textos e aos artistas que
elaboraram a montagem dos mesmos, pelo seu entusiasmo permanente e pela qualidade do resultado final. Também referin1os,
com apreço e gratidão, os docentes que experimentaram e comentaram os manuais, ainda durante a sua execução, e o contributo
insubstituível dos Secretariados Diocesanos responsáveis pela disciplina na Igreja local. E a todos os docentes de Educação
Moral e Religiosa Católica, não só entregamos estes indispensáveis instn1mentos pedagógicos como aproveitamos e~ta feliz
ocasião para sublinhar a relevância do seu fundamental papel, nas escolas e na formação das suas alunas e dos seus alunos, e
testemunhamos o nosso reconhecimento pelo seu extenso compromisso pastoral na sociedade portuguesa.

Do mesmo modo, estamos agradecidos às Familias, porque desejam o melhor para os seus filhos e filhas e, nesse contexto,
escolhem a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica como um importante contributo para a formação e o
desenvolvimento pleno e feliz dos seus jovens. Os jovens conformam o nosso futuro cotnum e o empenho séno na sua
educação é sempre uma garantia de uma sociedade mais bondosa, mais bela e mais justa.

Finalmente, queridas crianças e queridos jovens, a Igreja quer ir ao vosso encontro, estar convosco. ajudar-vos a viver bem
e, nesse sentido, colaborar com o esforço de construção de um mundo 1nelhor a que sois chamados, enraizados c firmes
(cf. Col 2, 7) na proposta de vida que Jesus Cristo tem para cada um de vós. É esse o horizonte de vida, de missão e de futuro,
a construir convosco, que nos propomos realizar com a disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica.

Em nome da Conferência Episcopal Portuguesa e no nosso próprio, saudamos todas as alunas e todos os alunos de Educação
Moral e Religiosa Católica de Portugal com alegria e esperança,

Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé

Lisboa, 19 de março de 2015,


Solenidade de S. José, Esposo da Virgem Maria e Padroeiro da Igreja Universal
ÍNDICE
A PESSOA HUMANA .............................................. 11
Quem é a Pessoa? ................................................................................. 12
Dimensões da Pessoa humana ........................ ...... ..... ........ .. ................ 15
Dimensão biológica ................. ....... ....... ..... ...................................... 16
Dimensão social .................. ..... ........ ..... .................... ....... ................. 17
Dimensão espiritual ................. ....... ....... ...... ............. ....... ............. .... 22
Nascemos para ser felizes ............. ........................................................ 24
A autenticidade ................................................................................. 26
Direitos e deveres da Pessoa humana ........ .......................................... 30
Quando os direitos não são garantidos ............................................ 32
Direitos da Criança ...................................................................... 33
Garantir direitos às Crianças ....................................................... 35
Atentados aos direitos da Criança ............................................... 37
Garantir direito a ser Pessoa ........ ..... ......... ........... ....... ....... ........ 38
Artigo 71 .º (Cidadãos portadores de deficiência) ......... .............. 39
Organizações de apoio à Pessoa ..... ...... ...... ......................................... 40
O contributo da Igreja Católica na defesa da criança .. ............ ........ 40
Direito da Criança... ......................................... ..... ........................... 40
à família ............................. ........ ........... ........................................ 40
ao bem estar ....... ....... ...... ............................................................ 41
à educação ........... ...... ............. .................... ................................ 42
Deus estabelece com o Homem uma relação pessoal ........................ 42
«Ser Pessoa» e dar condições para que todos sejam «Pessoas» ......... 45
Nesta unidade aprendi que... .............................................................. 47
L.--.J

p ltR'/t í/111
Cara amiga, caro amigo!

Estás no 6º ano! Vês como o tempo passou a voar?! Recordas-te do nome


do teu manual do 5º ano? "Conta comigo! ". Se não leste um texto parecido
com este ... bem-vindo à aula de Educação Moral e Religiosa Católica! A
disciplina de EMRC acompanha-te este ano com novos temas: "A Pessoa
Humana"; '!Jesus, um Homem para os outros" e "A partilha do pão".
Conhecermo-nos como pessoas, conhecer quem foi Jesus e o que propôs
a todos nós e aplicar essa mensagem na vida, tornando-nos humanos e
generosos, é aquilo que queremos que consigas aprender connosco este
ano.

A Maria e o Miguel continuam aqui! Um pouco diferentes ... Cresceram!


Mudaram de visual! Mas não foi só isso, o mais importante, foi o
crescimento como pessoas! Eles querem viver o 6º ano de uma forma
agradável, descobrindo e explorando, partilhando as suas experiências
contigo! São duas pessoas da tua idade, que, como tu, escolheram a
disciplina de EMRC e vão relatando o que acontece nas suas aulas!
Querem partilhar as suas descobertas. Já reparaste no nome do novo
manual?

Estamos contigo!
Os Autores
JESUS, UM HOMEM PARA OS OUTROS ........... 49
Quem é Jesus de Nazaré? ........................................................................... 50
Jesus, o Messias prometido ................................................................... 50
Jesus, um marco na história ........................................................................ 52
Jesus na Arte ........................................................................................... 53
O calendário cristão ................................................................................ 55
O Deus de Jesus ................................... ....................................................... 57
A confiança no Deus bom ....................................................................... 57
Para Deus, todos somos importantes .................................................... 58
Viver centrados no amor ao próximo ...................................................... 60
Acolher e perdoar .................................................................................... 61
Uma religião que nasce de uma relação íntima e humilde com Deus ... 63
É mais importante ser do que ter .............................................................64
A Missão de Jesus ....................................................................................... 66
A contestação dos poderosos ................................................................ 66
Jesus é preso ........................................................................................... 67
Julgamento no tribunal judaico .............................................................. 68
Julgamento no tribunal romano .............................................................. 70
A Ressurreição, vitória da Vida sobre a morte ............................................ 72
Tradições da Páscoa .......................... .................................................... 74
As Procissões .................................................................................... 74
O Compasso ...................................................................................... 74
O Folar ................................................................................................ 74
Dar vida aos outros ...................................................................................... 76
Nesta unidade aprendi que... ...................................................................... 79

-
A PARTILHA DO PAO ......................................... 81
A alimentação ................................................................................................ 82
A refeição, experiência de encontro ....... ................................................. 85
O significado simbólico-religioso do alimento e da refeição ....................... 88
O Pão ....................................................................................................... 89
O Azeite .................................................................................................... 90
O Vinho .................................................................................................... 90
A Água ..................................................................................................... 91
O Cordeiro .................................. .............................................................. 94
A produção e o comércio dos alimentos ..................................................... 95
Comércio Justo ........................................................................................ 96
A fome e a injusta distribuição dos bens ..................................................... 98
A fome e subnutrição ............................................................................... 98
Falta e desperdício de comida ................................................................ 100
Causas da fome ....................................................................................... 101
A pobreza e a injusta distribuição de bens ........................................... 104
Instituições nacionais e internacionais que lutam contra a fome .............. 105
O amor partilhado ....................................................................................... 107
Solidariedade e voluntariado ................................................................. 107
A partilha fraterna dos primeiros cristãos .............................................. 11 O
A última ceia ............................................................................................... 111
O lava-pés ............................................................................................... 113
Ser pão para os outros . .... ... .... .... .... ... ... .... .... .... ... ... .... .... ... .... ... .... .... ... ... ... 114
A diversidade de carismas no serviço .............................................. .......... 116
Nesta unidade aprendi que... .. .................................................................. 121
O qL(ê! Estás a tet'\tar di.zer qL(e
MO qL(erias voltar escola?a
A escola Mo é boa? Não qc.cerias
brit'\Car M recreio e Falar com
todos os teus amigos?...

Ei> calma! Maria> estás M Só de pensar MS dias destas AA> estava a ver qL(e t'\ão me
mesma ... Tat'\ta pergtmta Férias qL(e passei M praia> t'\OS deixavas Falar! Olha ec.c Fc.ci a
jL(t'\ta! Olna> é claro qL(e passeios qL(e dei> MS noras qL(e bla> bla> bla> blo.> blo.> bla> bla
qL(eria voltar> mas ao gastei a cnL(tar t'\a bola>já Sit'\to bla> bla> bla> bla> bla> bla> bla
mesmo tempo qL(eria SQL(dades! Foram tifo boas as bla> bla> bla> bla> blo.> bla> blo.~
cot'\tit'\L(ar a aproveitar o r1 · s...
~e' na
bla> bla> bla> bla> blo.> blo.> bla
tempo qL(et'\te deste Fim Este aM Fi.ti pela bla> bla> bla> blo.> blo.> blo.> bla
de verão ... primeir a ve.z visitar bla> bla> bla> bla> bla>
as cidades de Mmiilii;--- bla> blo.> bla>
aL(imo.rães e bla> bla ...
Évora> l'\Ut'\Ca mai
me VOL( esqL(ecer!
Mas e tL(> cot'\ta - me
o qL(e at'\daste a
Fau.r MS tuas
Férias!

• • t ,, • t
En Maria> estás a Falar MigL(eL essas tc.cas graciMas .. Sim> Mana. E isso mesmo....As
há :J.S mit'\L(tos segL(idos ... olno.> vá lá> ao met'\oS ait'\do. tL(aS Férias Foram espeto.cL(lo.res!
vai L(W\a ágL(a paro. sabes qL(e devemos nidratar Tet'\no de di.zer aos me(.(S pais
nidrato.r as tL(as cordas as cordas vocais> as aL(las de para irmos visitar esses sítios
vocais? músico. MO Fico.ro.m de qL(e Falaste!
esqL(ecidas!
Olna Maria>os miú.dos do
S° at'\O ...

Estava a go~r! No ª"'° passado Sim>pois Fomos ... Sabes Mig"'et


fomos J'\ÓS a cnegar aq(,(i acno q(,(e devíamos ir lá ter com
com aq"'ela cara de at\Siosos> eles>vamos per9(,(t'ttar se q"'erem vir
Cneios de dú.vidas e COJ'\fu.SoS. coMecer a escola CON\osco ...

Vamos pois>afiMI temos de pôr em prática


t"'do o q"'e aprertdemos em EMRC "'° enenenene!
ª"'° passado: acolner os º"'tros> viver t"' s"'rpreertdes-me!
em gr"'Pº>ter espírito Fraterno ... vamos lá ter com eles.
OUE/1 É lt PE5501t?

Cãda ser humanonasce inserido numa determinada comunidade.


Desenvolve-se na família, no grupo de amigos, na escola e nos vanos
contextos com os quais contacta. Da comunidade recebemos saberes e
valores, através das experiências que vivemos e da abertura à realidade que
nos rodeia. Temos consciência da nossa existência, das nossas experiências e
aprendemos com elas. Afirmamo-nos através dos nossos pensamentos,
sentimentos e afetos, os quais comunicamos aos outros através da
linguagem, verbal ou corporal. JilMl11i:tílt•i}dO.M!iitU:i,nlíf.l1~-t:i·l•110M••
•·Mibl1Miâ~.j.t.l.{-t:~ü·t:jiMIQM••·•fü•llt:1$ibtít•t&4f·~-i·iiiii·~-i·l·lit4·t.lid•~-ià
>
IE!Jliltel§ul•l!hl§sz.:t•H6liiül
De igual modo, revelamos a nossa intimidade, os
nossos pensamentos e afetos através de palavras e comportamentos.
Desenvolvemos a nossa experiência espiritual, exteriorizamos os sentimentos
e manifestamos a nossa inteligência, abrindo-nos aos outros e a Deus.

Na nossa relação com os outros vivemos em liberdade dando cumprimento


aos nossos direitos e deveres, como forma de mostrar a nossa singularidade,
mesmo que inseridos numa comunidade.

Estas são as características que nos distinguem dos outros seres vivos:
- A Liberdade;
- A Racionalidade (Razão, Pensamento, Inteligência) ;
-A Comunicação;
- Os Sentimentos;
- Os Direitos e Deveres;
-A Dimensão moral (bem/mal);
- A Dimensão espiritual/religiosa, abertura ao transcendente.
Acreditava-se, desde a Grécia antiga, que o ser humano era composto
por duas dimensões: o corpo e a alma ou o espírito. Este pensamento
integrou a filosofia de várias culturas, tendo chegado ao Cristianismo.

-··-· - - - - -· -· u -m ·a- 1
··-· -·· . ·tar a carne como .
,... ·- - - . a ser somente espírito e quer re1e1 a sua dignidade. E \
. Se o ho:e~n::~~~malesca, então esp~r~to e co~~~~e~~~~mente considera a \
1 her:Zªpgr outro lado, re~ega o e,sp~nto p~r~e igu~lmente a sua grandeza. \
se • mo realidade exc us1va,
matéria, o corpo, co . Est .. _ •• _ .. _ .. _ ..1
I Encíc/lcaDeusCantas •• - .. -··-··- .. - .. -
Bento XV • _ .. - .. -··-··-··-.. -
·-·- - -

Quando amamos, pensamos ou tomamos decisões,


fazemo-lo simultaneamente de forma espiritual e física.
Se não fôssemos corpo, não seríamos capazes de nos
revelarmos aos outros, de com eles comunicarmos e, em
geral, de estabelecermos relações de comunhão. É
através do corpo que nós exprimimos o que pensamos, o
que sentimos ou as nossas decisões. Sem corpo
seríamos seres virados para dentro de nós, como
conchas fechadas que não comunicam com o exterior. •
,,,.f·fi·ft!tl'·'·D3·'''•.tm~1··nm.1mm.q.,.,.r.r·M·*wm :m:__
Sabes Miguel, esta frase faz-me pensar...
eu nunca me imaginei sem corpo ...
como seria eu sem o meu corpo?

Serias um bivalve egoísta, que só se via a si próprio!

Miguel! Bivalve egoísta?' Que exagero!

Pronto, choquei-te' É preferível imaginares-te com o teu corpo,


sempre a comunicar comigo. Eu não aprecio bivalves...

Observa as imagens que se seguem e, com a ajuda do banco de palavras, procura


identificar os sentimentos, as emoções, os pensamentos ou a vontade que as
personagens transmitem .

carínho
alegría
tristeza
paixão
amizade
raiva
poder

A palavra 'pessoa', de origem latina, deriva de persona , «máscara de teatro»; por


extensão, significa o papel atribuído a essa máscara, a 'personagem'.
Relacionado com o ser humano, o pensamento cristão e, sobretudo, Santo
Agostinho, usou a palavra para se referir às três pessoas (divinas) da Santíssima
Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. A palavra 'pessoa' designava a
capacidade de estabelecer relação com os outros.
DIHEN5ÕE5
Dli PE5501i HUH!iN!i

A pessoa caracteriza-se por diferentes dimensões que


podemos agrupar em três: a biológica, a social e a espiritual.

dimensão bioló ica _c.aracteriza todos ~os seres viy_os ·

• r:=
à sua capacidade de comunicação e de organização em grupo;
no entanto, no ser humano, esta dimensão é muito mais
complexa, como podemos verificar pela organização das
sociedades humanas.
~--111!1111!119~ lminimiii-ill·~ a sua
capacidade racional (o pensamento) , a vontade e a
consciência moral, a afetividade(sentimentos, emoções) e a
relação com o transcendente. Todas estas capacidades
espirituais estão na base da comunicação com os outros, que
acontece a um nível muito superior ao dos animais,
especialmente através da complexa linguagem verbal.
Um dos aspetos que distingue o ser humano de todas as outras
espécies é a sua capacidade de distinguir entre o bem e o mal,
de tomar decisões livres e responsáveis , agindo assim sobre a
realidade que o rodeia orientado por valores éticos e pela
c~acidade de análise da realidade.
11rmreJ11Wil4Ni·ftH4-i·M<·U·fü*·'!i't.f4-itmiM!t•m~•
Mas as pessoas, embora partilhem muitos as etos ue têm em
n/HEN5AO e>!OlÓ6/C/t
~~l!!l!'-'!!ft!l!!l!!ll!!IP!P.~r'11l!!l!l!Wil!"-"'!!i:i~~F.;;~ Dosnossos
pais recebemos a herança genética, através da qual partilham os traços
fisionómicos com a nossa linhagem materna e paterna. Contudo, as nossas
características físicas não são apenas o somatório da herança das
características da mãe e do pai, pois também apresentamos traços
distintos que fazem de cada um de nós um ser único .

..,........,.•!lõíi·i9Do pai recebemos a informação genética, que define a nossa


identidade sexual. Esta caracteriza-se pela diferenciação dos órgãos
genitais masculino e feminino, ou seja, pela diferenciação do homem e da
mulher. Os homens e as mulheres não são apenas diferentes do ponto de
vista biológico, também se diferenciam do ponto de vista psicológico e
comportamental.

As células dos seres humanos contêm, cada


uma, 23 pares de cromossomas, num total de 46
cromossomas. Cada cromossoma contém uma
cadeia, em forma de hélice, de ADN com toda a
informação genética.
Mas as células sexuais (o espermatozóide e o
óvulo), ao contrário das outras células, só têm 23
cromossomas. No momento da fecundação, o
óvulo e o espermatozóide unem-se e juntam, em
pares, os 23 cromossomas provenientes da mãe
e os 23 cromossomas provenientes do pai,
dando origem a um ser geneticamente diferente.
Todavia, a diferença do novo ser em relação aos
pais não se fica por aqui, uma vez que os
cromossomas provenientes da mãe e do pai
trocam pequenos fragmentos de informação
genética (ADN). As diferentes combinações
possíveis de cromossomas e ADN são tantas que
cada ser humano é uma espécie de «milagre»:
um ser único e irrepetível.

,....... ,..,......~ ~......14-_ Este


desenvolvimento faz com que os seres humanos
sejam dotados de inteligência superior, que se manifesta na capacidade de

. . . •.-··- ...
resolver problemas com lexos e elaborar raciocínios rotundos .
• • • • •• •• • •
· - ' "" ' ª •
... . ......
.
• •• • •• - • • ·- ••
- essoal. ---1
Dl/1EN5AO 50Cl/t.J_

ela, cada ser humano


estrutura os seus conhecimentos e valores que influenciam as suas
atitudes e os seus comportamentos, bem como as suas decisões.

K1~ uma importância fundamental no desenvolvimento da


pessoa. Nela fazemos a primeira experiência de sermos únicos. De igual
modo, tomamos consciência de que cada uma das pessoas com quem nos :\.
relacionamos é única. :~

Quando os pais dão o norne.ã:tnn filho , estão, simbolicamente, a atribuir-Ih~.:>


uma identidade própria ue o disti ess a e o diferencia dos
outros. Por isso, - - - • - •- 1.
• . ~~~~~~
• • • • • • Assim se
entende a origem cristã do direito que cada pessoa tem ao bom nome, ou
seja, o direito a ser respeitado na sua dignidade e na sua identidade.

A esta propósito, veja-se, por exemplo, a Constituição da República


Portuguesa:

' ,.... - ··- ··-


··- ··-··-"- ··-··-..
: ~A _todos são reconhecido
J ~ cidadania, ao bom
-:·- ··- ··-·· - ··-··- ··- ··-·· -··-··-··
s os drre1tos à identidade . -· ·- ··- ··-·;
! intimidade da vida pr' n~me e reputaçao, à image~e~soal, a capacidade civil
=- ··-··-··-··- · ·-··-··~-~-~-~familiar." (C.R.P.. artº 262), a palavra e à reserva d~ 1
··-··- ··- ··-··-··- ··- ··- ··-··- ··-··- '
,.
··-··-··-··-··

~;;c~lturais e recreativas, os clubes desportivos, assim como


outras instituições favorecem a participação das pessoas na vida social.
São formas de socialização que manifestam a tendência natural das
pessoas para cooperarem, procurando atingir objetivos que vão muito para
além das suas capacidades individuais. As associações estimulam as
aptidões de cada pessoa, o seu espírito de iniciativa e de responsabilidade,
contribuindo para o exercício da cidadania.
A vivência em sociedade permite a realização a vocação hum ma vez
que, em princípio, as sociedades estão orientadas a realização de
ada indivíduo e ara o c m rimento do bem c mum.

• • - • • • _Dessa herança, cada um recebe tradições, crenças, formas de


vida, leis, regulamentos , etc. Estes últimos enquadram os direitos e os
deveres das pessoas. Assim, cada membro da sociedade sabe quais são
os direitos que pode reivindicar e os deveres a respeitar.

A curiosidade natural e a procura de respostas para problemas levam o ser


humano, individual e coletivamente, a progredir através de novas
aprendizagens e descobertas, por forma a encontrar soluções inovadoras.

s ~tizarn -se no chamado avanço tecnQLó · a


n~Êmvoj_0mentormaterial das s · a es. Tudo
is:.;to:..:.::~~e=s=-u~~==a~a-.
ção do ser humano, enquanto sujeito influente e
corresponsável pelas transforma ões ue ocorrem ' sua volta. Contudo,
verificamos uer
Por exemplo,
algumas aplicações tecnológicas, sendo aparentemente positivas, podem
revelar-se prejudiciais para o ser hur;nano. De facto. , €f4ui•~i!@iflel•~~-t:p..
--·-----ct_i i·rAl.fti[êjMjt(·l·fükl·i·f4··•i·1·ei·l·fiii§i·IGFur
1

Na comunicação, utilizamos a linguagem ver..ba ::;::recorrendo a


palavras e sons - e veLb-ª1-- gestos, posturas do corpo. A
linguagem não verbal pode reforçar ou prejudicar a mensagem
que pretendemos transmitir.

Toffe de Babel. p ieter Brueghel (1525-1

No · • 5691

sem
episodio bíblico d
explicar
De a ori gem To~re
d~s ,ª.
varias de Babel
hnguas. Babel,é (Gn11 :1-9) • procura-se
us por isso e visto c uma cidade orga ·
falarem línguas dit' orno um mal e sinal de div· - rnzada
dif~rentes (Atg2reJa,
reúne as pessoaserentes. No Pentecostes natal da 11sao as pessoas
Jerusalém os que fal_am línguas o Espírito
t ' povos, vindos d ,4). Na nova
~s quatro
en endem-se, apesar de fa 1arem muitas línguas. pontos do mundo,

-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··- ··-··- ··-··-··-··-··-·


Kan\manbo Calungal
Certo dia. ouvi contar, em língua ronga, uma história, junto às âguas do grande
mar Índico. e de imediato percebi que era desconhecida de todos os que a
escutavam. Um velho e respeitado sábio contava que hà muito, muito tempo.
antes da chegada do mulungo . o Criador, via1ando numa nuvem, lançou as
sementes das linguas que haveriam de crescer com a humanidade. O Pai
protena a palavra. pronunciava o nome e a língua surgia. Recordo ainda as
suas palavras tinais: •E Ele disse: "Faça-se a língua swahili". E tez-se a swahili.
E depois Ele disse: "Faça-se a língua maconde" . E tez-se a ma conde . E depois
Ele disse: "Faça-se a língua macua". E tez-se a macua . E por último Ele disse:
"Faça-se a língua ronga". E tez-se a ronga .• Depois de percorrer o mundo e
terminada a distribuição das línguas, dizem que se retirou algures para os
lados do Alto Molócue e por lá se deixou ticar, de onde observa a Criação.
I
Outros, porém, afirmam que descansa. mais a norte, na região de Niassa. Não 1
houve uma só semente que não tivesse germinado. o que parecia ser
maningue bom para que os povos comunicassem. Mas as pessoas deixaram
i
1
de se compreender. Deixaram de escutar o que os outros diziam. A obra de
Calunga não foi compreendida pelos homens.
Então, os chefes das tnbos reuniram-se próximo da baía das acácias, para
tentar resolver o problema. Todos reconheciam o problema, mas parecia difícil
a solução Eis que um mwalimu do norte disse ter a solução. O problema do
conflito não era do céu, mas da terra! As línguas jamais desapareceriam e o
I
1
problema continuaria, enquanto um só homem não reconhecesse a grandeza
da Criação Então, todos teriam de pronunciar «Eh Oena Calunga! Kanímanbo,
kanimanbo. kanimanbo! .. três vezes kanimanbo.
As tribos tinham-se reunido pela primeira vez e, trabalhando todos com o
mesmo objetivo, atingiram o coração de Calunga Dizia o sábio madala que
cada um tinha alcançado não o coração de Calunga, mas o seu próprio
coração. Desde então, os povos não deixaram de comunicar, mesmo sem uma
língua comum, mas unidos pelo coração. Como forma de agradecimento.
todos os anos, no mesmo dia. as tribos juntam-se e partem em peregrinação,
em direção ao norte Há quem procure todo o ano o lugar onde Calunga
descansa, lugar onde. dizem, a luz brilha com mais intensidade. O velho
madala, porém, recusa-se a fazer a peregrinação. Diz ter encontrado o Criador
em casa, no seu próprio coração.
Era a primeira vez que o madala contava a história, tal como ja a ouvira contar,
uma só vez, ainda em cnança. Certo é que, ainda hoje, as pessoas agradecem
do coração, em ronga, pronunciando a palavra mágica kanimanbo.

1 Texto ínéd1to de Carlos Guardado da Silva


=- ··- ··- ··-··-··- ··- ··- .._.. _,,_,,_,,_.,_.. ________-··-··-··- ··-··-··- ··-··-··""
l- .
e a hrstorra «Kanimanbo C 1
que corresponde à resposta :o~r~~~!» e rnd1ca, em cada conjunto, a ahnea

1. A história foi contada por·


a)) um sábro muito re.speitado
b um professor. ·
2 o . .
. acontec1.mento narrado é:
a) murto antigo.
b) recente
3 o .
acontecimento narrado . .
a) o Criador fez as nu~e~:e~urnte: - .
b) Deus criou as lín u q e estao no ceu.
4. A comunicação entre t0Josª~sex1stentes no mundo.
a) com facilidade por povos estabeleceu-se:
b) com dificuldad~ P que todos se entendiam.
s. A soluçã~ ~roposta pel~ s~~~~:o~! ~o~s não ~e compreendiam.
?) eliminarem todas as li o orte for a de:
que sena falada por todos nguas e acolherem apenas u
b) t d os povos ma,
o os reconhecerem a .
6. O problema foi resofv1"d grandeza da criação
) o porque· ·
a as tribos se uniram .
mesmo ob1et1vo. e trabalharam para alcançar o
b) as tribos se juntaram
7. A melhor forma de co e aprenderam a mesma fín
a) t mumcar é: gua.
er um coração aberto a
b) aprender muitas líng P ra amar e agradecer.
uas para nos entendermos todos.
"Pai Nosso"em Ronga
Tata wahina la ngetilweni,.vitorawena a ri hlawuleke;. aku te ku fuma kawena;.
kurhandzakawena a kuendliwe. misaveni , tanihilokokuendliwatilweni .
uhinyikanamuntlhavuswabyahina . byasikurin'wana ni rin'wana;.
uhirivalelaswidyohoswahina,. tanihiloko na hinahirivalela lava hidyohelaka;.
ungahiyisiemiringweni. kambe u hiponisaekalowobiha,. [hikuvaku fuma, ni matimba,
no kutwala i swawena. himasiku ni masiku. Amen

art1sticas
11~1111~~ produ oe
o da criatividade humana e da capacidade de o ser humano
cons ruir mundos que não existem. As artes são múltiplas: a música, a
dança, a pintura, a escultura, a literatura, o teatro, o cinema ...
Aprender a captar as mensagens transmitidas pelas obras de arte faz
parte do enriquecimento cultural de todas as pessoas.

1 Podemos comunicar ut1hzando 1nguagem verbal e 1nguagem corporal lnd ca a que


de forma de comunicação se refere cada uma das ahneas

a) Agradeço com um be110 os presen1es que os avos me oferecem

b) Quando nao concordo com um amigo d go-lhe que nao está certo e que deve
pensar melhor

c) Todos os dias rezo uma oração

d) Quando a mae cozinha o meu prato favorito sinto-me especial e somo de felicidade

e) No meu grupo de amigos todos damos a nossa op1mao e somos respeitados.

f) Para intervir na au a levanto o braço

g) Quando estou fehz assobio uma melod a animada

h) Quando entro numa 1gre1a laço o sinal da cruz e aioelho-me

2 Imagina que na turma entra um novo aluno com a guma 1ncapac1dade (aud1t1va, visual
ou outra). Como comunicanas com ele?
Dl/1EN5AO E5Pll<trU!tl

.::.&&Ilia=~ Consiste na capacidade de pensar, de amar,


de tomar decisões livres e de agir sobre o mundo, participando na obra do
Criador. Embora outras espécies animais tenham comportamentos que se
aproximam dos comportamentos humanos, a dimensão espiritual forma o
Homem como um ser qualitativamente distinto.

~~l.X.Lll_,..,..,.--
impelida pela sabedoria, conduz a pessoa a uma
permanente procura do bem, no relacionamento com os outros e consigo
própria.

A consciência um dos aspetos que torna o ser humano


qualitativamente diferente de todos os outros seres.

A capacidade ~speto central da vida espiritual, é a marca da


presença de Deus em cada um.

i!lllW!;~~-~- Está,
assim, aberto aos outros, seus irmãos, e a Deus. A
dimensão espiritual é também a capacidade de cada indivíduo se
relacionar com Deus, faculdade esta que só ocorre entre os humanos.
São manifestações da vida espiritual do ser humano, para além das que já
se apontaram, as descobertas científicas, as realizações tecnológicas, as
produções artísticas .. . Enquanto imagem e semelhança de Deus, cada
pessoa é capaz de contribuir para a construção de um mundo mais rico ,
onde a beleza, a verdade, a justiça e o amor orientam o comportamento
humano e a vida das sociedades.

Somos feitos à imagem


e semelhança de Deus!. ..

Deus é Amor!

Então se Deus é Amor,


nos somos capazes de amar como Ele!

BoaM1gue11
Então e isso que significa
sermos feitos a imagem de Deus!
Nascemos para Amar!
··- ··--:
1
h na encontra a sua perfeição na 1
A natureza espiritual da pessoa . uma . ·t do homem à busca do amor da
sabedoria, que suavemente atrai o espm o 1
verdade e do bem. nosso tempo precisa de uma tal
Mais do que nos séculos pass~dos, o novas descobertas dos homens. Está
sabedoria, para que. se huma~1ze~ as ndo se não surgirem homens cheios
ameaçado, com efeito, o destino ? mu õ~s obres em bens económicos,
de sabedoria E é de ~otar qdue ~u1ta:r ~~çoutr~~ incalculáveis benefícios.
mas ricas em sabedoria, po em raz .
j Gaud1um et Spes, 15 - ·· - ·· - · · -··- · · -· · -··-·· -"...:
:_.·-··-··-··-··-··-··-··- ··-··-··- ··- ··-··-··-··-··
~ tEf.c$it!i.t.~.J.~-iM•fac•Ljfüijt:J.H4-if·irmdfifillt.itanto ao nível
da dimensão físi~~da dimensão social e espiritual.
Traduz-se na afe~ue consiste na ca12,acidade de ~mar e criar la_ç_os
de comunhão como outro.1ir&ilh&i4ª1.Ji4•h*·GitiiMfttif1,tll.. ifüGi
-.--......-..........~..... ....,~íoilllló~~·....iMlllllliolii~sta vocação pode realizar-
-se em qualquer circunstância da vida pessoal, quer a pessoa tenha optado
por partilhar a sua vida com alguém, quer tenha optado por permanecer
celibatária, dedicando-se, por exemplo, a uma profissão ou a uma atividade
que interpreta como um serviço ao próximo.

Indica as alíneas que correspondem a respostas corretas.

A dimensão espiritual:
a) é uma caraterística comum a todos os seres vivos.
b) permite que o ser humano pense e decida de acordo com valores éticos.
e) faculta aos seres humanos a capacidade de amar.
d) leva à destruição da obra do Criador
e) possibilita que, pela inteligência, possamos ser egoístas.
f) facilita o nosso relacionamento com os outros
g) dificulta o relacionamento do individuo com Deus.
h) expnme·se na capacidade de amar, que é a marca da presença de Deus
em cada ser humano.
i) permite que quem ama procure o bem, o que muitas vezes não passa
pela verdade.
j) possibilita as descobertas científicas.
k) exprime-se também na sexualidade humana, como capacidade de amar
e criar laços de comunhão.
NA5CEH05
PAR11 5EI< FEl/ZE5

"A:íUTUrâ.. .jfom_ri
, e ofsmo e- vivência do amor _ er:mitem

Saber colocar de lado o egoísmo a que estamos sujeitos, leva-


-nos para um caminho onde somos capazes de viver
plenamente o amor, permitindo-nos crescer de uma forma
saudável e ao mesmo tempo realizarmo-nos como pessoas.

:··-··-··-··-··-··- ··-··-
; Conto do Amor .. - .. _,,_··- .. - .. _··-.. - ..
;. -··-··-··- ··-··-··-··- ··-··.-.
j Certa vez, um homem can j
: fazer uma pere n : sado de ver tanta maldade n .- :
! s1tuaça- o
· ·
9 naçao ao santuário de Deus para Ih a reg1ao onde vivia, decidiu
• e pedrr qu f
l
I Ao entardecer Já cansad d e mudasse aquela :
i pr · o e tanto ca · h f
Ou~n~~~.º local para passar a noite. m1n ar, parou debaixo de uma árvore e ar j
ia estava pronto para dormir . ' :
f El Homem, como te chamas? . ouviu uma voz, vinda do nada que lhe d' . !
I ec,hmurto assustado, respondeu· . iz1a: j
amo-me Amor. · ;
De onde vens? :
i M . I
u~to triste, Amor respondeu-lhe· j
f enho de uma terra desolad . . :
1 murro findaram.
;
ª· onde so existe maldade A
· paz e a esperança há ;
!

i '
i i
i '
'
;
!
Após a leitura do texto ((Conto do Amoo>, indica, em cada conjunto, a alínea que
corresponde à resposta correta -lê~~~

1. Na região onde o protagonista habitava só havia:


a) maldade.
b) solidariedade entre as pessoas.
c) pedras e deserto .
2. O protagonista chamava-se:
a) Jesus.
b)João.
d) Amor.
3. Quando abandonou a sua região, o homem sentiu:
a) alegna.
b) tristeza.
e) vontade de se vingar
4. O protagonista pensava resolver o problema:
a) dirigindo-se ao santuário de Deus para lhe pedir que interviesse.
b) abandonando os seus vizinhos à sua sorte.
e) impondo, pela força, ajustiça.
5. Pelo caminho, encontrou:
a) os seus inimigos.
b) os anjos de Deus.
e) Deus.
6 . O pedido que fez foi o seguinte:
a) que Deus o transformasse numa pedra e o colocasse na caldeira de um
vulcão.
b) que Deus o transformasse em amor e o espalhasse pela região.
e) Se fores injusto os outros também o serão.
8 O principal valor que as pessoas daquela região passaram a professar foi.
a) a solidão.
b) a esperança.
A A líENT!C:/OATJF
Através dos meios de comunicação social, chega até nós um forte apelo ao
consumo de determinados produtos e marcas, cujo valor se baseia no poder
das imagens. Associada ao consumismo está uma determinada imagem
aparente de nós mesmos, que procuramos transmitir aos outros, a qual se
constrói a partir de modelos que a sociedade cria, de que é exemplo a moda.
Por vezes, procuramos mostrar aos outros que somos aquilo que de facto não
somos, vivendo uma vida de aparência, ou seja, uma vida não autêntica.
Sermos genuínos e autênticos, relacionando-nos com os outros a partir do
que somos e daquilo em que acreditamos nem sempre é fácil.
Mas a verdadeira riqueza pessoal não se encontra nos bens q~e cada um
ossui mas nos valores em que se acredita, .:::=J.fm•Hlf1:UW•l§t.f.H&ID

'7
0
Localiza na sopa de letras palavras que caraterizem uma ~~
pessoa autêntica (seis) , e palavras que caraterizem uma
pessoa não autêntica (oito)

X V Q 1 F F 1 N G 1 D o
z E w o u e N B M N 1 R
u R E p T V e e N T T s
F D u V 1 D o s o E L 1
R E R A L K R Q N G E N
A 1 T s G L s R
R e A A
N R y D H zz u o L E
E
e o u F J X s M G M R
T
o F A L s o o D 1 H Q o
V A 1 D o s o F s J p y
o H o N E s T o T K o T
J G E G o 1 s T A L 1 E
E s o L 1 D A R 1 o T G
Por isso, zelamos pela saúde do nosso corpo, mantendo cuidados de
higiene diários, bem como uma dieta alimentar equilibrada. O cuidado
que temos com a forma como aparecemos perante os outros não
significa falta de autenticidade. Desde que corresponda à beleza interior
(sentimentos positivos em relação aos outros) , o facto de nos
arranjarmos exteriormente faz com que nos sintamos bem connosco
próprios e com que os outros tenham uma ideia mais agradável a nosso
respeito. Isto não pode ser confundido com vaidade, porque ser
vaidoso é ser fútil, superficial e viver quase exclusivamente para a
imagem exterior, sem atender aos aspetos mais importantes.
Num mundo que vive para o culto da aparência, onde a mentira é um
meio para se passar uma imagem de si que não corresponde à
realidade, é cada vez mais premente que cada ser humano seja
autêntico, seja ele mesmo, sem procurar enganar os outros.

.....
A JTiaior
-
-ri
.- ....... -
uez ·e
.. .
ossuímos encontra-se na solidariedade e

Já anteriormente dizíamos que a nossa capacidade de amar, nos torna


especiais, nos realiza, nos ajuda a viver a nossa vocação, ou seja, a
sermos fiéis ao nosso projeto, às nossas escolhas, nas diferentes
dimensões da nossa existência.

Se formos capazes de viver a verdade e


procurarmos sempre a verdade, não temos necessidade de mostrar
aquilo que não somos.

1 Jo. 4. 7-2 1
1
Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor
vem de Deus, e todo aquele que ama nasceu de Deus e
chega ao conhecimento de Deus. ªAquele que não ama não
chegou a conhecer a Deus, pois Deus é amor.
9
E o amor de Deus manifestou-se desta forma no meio de
nós: Deus enviou ao mundo o seu Filho Unigénito, para
que, por Ele, tenhamos a vida. 1ºÉ nisto que está o amor:
não fomos nós que amámos a Deus, mas foi Ele mesmo
que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de
expiação pelos nossos pecados.
11
Caríssimos, se Deus nos amou assim, também nós
devemos amar-nos uns aos outros.
12
A Deus nunca ninguém o viu; se nos amarmos uns aos outros,
Deus permanece em nós e o seu amor chegou à perfeição em
13
nós. Damos conta de que permanecemos nele, e Ele em nós,
por nos ter feito participar do seu Espírito.
14
Nós o contemplámos e damos testemunho de que o Pai enviou
o seu Filho como Salvador do mundo. 5Quem confessar que
Jesus Cristo é o Filho de Deus, Deus permanece nele e ele em
16
Deus. Nós conhecemos o amor que Deus nos tem, pois cremos
nele. Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em
Deus, e Deus nele.
11
É nisto que em nós o amor se mostra perfeito: em estarmos
cheios de confiança no dia do juízo, pelo facto de sermos neste
mundo como Ele foi.
1
ªNo amor não há temor; pelo contrário, o perfeito amor lança fora
o temor; de facto, o temor pressupõe castigo, e quem teme não é
perfeito no amor.
19
Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro. 20Se alguém
disser: «Eu amo a Deus», mas tiver ódio ao seu irmão, esse é um
mentiroso; pois aquele que não ama o seu irmão, a quem vê, não
pode amar a Deus, a quem não vê. "1E nós recebemos dele este
mandamento: quem ama a Deus, ame também o seu irmão.

i!!!ll!t!fiii~iW,ii.íiiii9!;!; ssim, procura


descobrir qual a sua maneira de amar mais os outros, a sua vocação de
cristão. Para isso, procura escutar na oração qual a vontade de Deus e
discernir, nos acontecimentos da vida, os sinais que Deus vai dando para
o orientar.

~us , eocootra o seu caminho para ser feliz.

Miguel, quando foi a última vez que Deus falou contigo?

Foi ontem. Ligou-me para o telemóvel.

Quê?!

Sim Deus fala-me muitas vezes através


da minha mãe, ou do meu pai. .. eles amam-me,
e lembras-te, Deus é Amor! Por isso,
ainda ontem Deus me falou ...

Ok Então ficas a saber que ontem Deus


também falou com1go1

Ai sim? E como foi, também te ligou?


Na n s passan·tos ... estavam no meu
1 jardim
o • mandou-me
. u ue fiquei. marav1'lhada com a be eza
a cantar tao bem, q _ sabias que Deus
• ca Ou tu nao
dessa musi · · da natureza?
também nos fala atraves

- e·?· Pois ficas a saber:


abes tudo, nao
Ai é? Tu achas que s . ha avó! Ela disse·me!
ontem Deus falou com a m1n

f '? A tua avo. n em tem telemóvel.. ·


E como 01 . . vó estava la a rezar
Foi na coz.nha a r:i1nha a ara eu esperar um bocadinho
e eu apareci e ela d1~se-me P ersa dela com Deus.
que estava só a terminar a conv
Deus fala-nos na nossa vida,
e de várias maneiras!

Um homem, passeando pelo bosque, sussurrou:


- kDeus, meu Deus, fala comigo! "
E um passarinho cantou. Mas o homem não ouviu.
Então o homem gritou:
· "Deus, meu Deus, fala comigo!"
E trovões e raios cruzaram os céus. Mas o homem não notou.
O homem olhou em volta e disse
- kDeus, mostra-te para mim".
E as estrelas brilhantes apareceram. Mas o homem
percebeu.
E o homem gritou ·
- kDeus, meu Deus mostra-me um milagre~.
E uma vida nasceu. Mas o homem nem reparou.
Então o homem clamou em desespero·
- "Deus, toca-me. Faz-me perceber que estás aqui".
E uma borboleta pousou no seu ombro. Mas
espantou-a.

Aqui esta um grande ensinamento de que Deus está sempre à


nossa volta, em todas as coisas, em coisas que nem
imaginamos ... Nas pequenas e simples como nas grandes ...
Autor desconhecido
l - ·-· - -
-··-··-··- ··- ··- ··-··-··-··-··
DIRE!T05 E DEVERE5
DA PE550A t1U/'11tNlr
• - - - _Tanto uns como outros são necessários à vida das sociedades
humanas. O que seria uma comunidade em que aos membros não fossem
reconhecidos direitos, nem eles assumissem deveres para com os outros?
Na verdade, a defesa dos direitos individuais exige o respeito pelos direitos
dos outros (deveres). As leis e os regulamentos servem para garantir esses
direitos e clarificar os deveres.
O estabelecimento e reconhecimento dos direitos humanos, tal como os
conhecemos hoje, levou muito tempo a ser alcançado e ainda é um
processo que não está concluído. Na verdade, os direitos humanos não são
cumpridos em todo o lado. Exige-se, pois, uma cultura de cidadania, de
liberdade e de respeito pela dignidade de cada pessoa, para que cada uma
possa realizar-se plenamente.

· primir nas pessoas o


"A opressão nunc~ conseg"u1u su
desejo de viver em hberdade. i
1 Oala1Lama
._.·- ··· - -··-··- ··-··- ··-··-··-··-··- ··-··-··- ··-··- ··- '

Libertação do povo A democracia Jesus Cnsto


hebreu do Egito atemense

Sêc. via.e. Ano 1


Os valores da liberdade, igualdade e fraternidade têm a sua raiz na
cultura grega e no Cristianismo. Mas foi a partir da Revolução Francesa
que começaram a ganhar contornos políticos e sociais mais vastos.

A mais famosa representação da liberdade encontra-se na célebre Estátua ~


da Liberdade, em Nova Iorque: uma mulher - a liberdade vestida com ~
uma toga, ergue, numa mão, uma tocha de luz (símbolo do fogo eterno da Q./~
liberdade) , na outra segura uma placa com a data da independência dos ~s
Estados Unidos da América (4 de julho de 1776, em algarismos romanos).
Sob os seus pes, estao cadeias quebradas, símbolo da libertação da
tirania. Na cabeça tem um diadema de sete espigoes, que representam os
setes oceanos (Atlântico Norte, Atlântico Sul, Pacífico Norte, Pacífico Sul ,
Ártico, Antártico, Índico) e os sete continentes (América do Norte, América
do Sul, Europa, África, Ásia, Oceânia, e Antártica) , sugerindo que a
liberdade é um direito de todos os povos da Terra.

No século XIX ganhou força a luta pela abolição da escravatura. Ao


mesmo tempo, lutava-se pela defesa do sufrágio universal, ou seja, o
direito de todas as pessoas participarem na eleição dos seus
representantes.
Estes direitos políticos foram essenciais para a afirmação da dignidade
de todas as pessoas, independentemente da sua classe social, etnia,
género, religião, etc.

-3êJi 1S14•ki4·MllWt:i~t~iD·tmi•f':titjefü•Et·'1ill@&t.p111,,1&flil·l·m#IF
431•MEN• 1 Ei@ 1 l•Mltjít.JU·j#•''M 1 13B~t·M--i1!€tfB# ..i•'•lfil•i~•·1•1
Por este motivo, é necessario que o comportamento humano seja, em
certa medida, objeto de legislação. As leis, se forem justas, limitam os
atos que podem prejudicar os outros e salvaguardam o direito de
intervenção na sociedade. Cumprir a lei é, em princípio, respeitar os
direitos e os deveres individuais e coletivos~ l.l!Jil1il!lEl•El•l•~1·~

~ô. ~.
~.'.td

Revolução francesa· 1848


A magna carta libertação dos campos libertação de Nélson
Primeiro passo para
de concentração nazi. Mandela.
a abolição da escravatura
junho 1945 25 abril 1974 12 fevereiro 1990
em Portugal
19 setembro 1761

Séc XIII d. C.

~ ·•CflV.tlJll
po<mono<doAlvlltâ
Torre do TombO

1
U/1NDO 05 DR' E5Tlt
A humanidade tem vivido períodos sombrios, mesmo na história recente ,
nos quais morreram milhões de homens, mulheres e crianças. i•Wufülttt
ifJ!j.t.fmfll!illl#il:r,
por exemplo, provocou milhares de mortos e
feriu de tal modo o coração das pessoas que o ódio, o medo e a
desconfiança tomaram conta das relações entre alguns povos e pessoas.
Quando a guerra terminou, ficaram muitas discórdias por resolver. Não
demorou muito a eclodir a, t!llf#iêl11if!.MSpWl1#!0f
Neste conflito bélico, como em todos, foi notório o desrespeito pelo ser
humano, enquanto pessoa dotada de dignidade.
No final da segunda guerra mundial, com o intuito de evitar novos conflitos,
ai umas nações uniram-se e criaram aL!lJ;mtfiif!tf.j.6lj~f.tf,f4ilJfitU1tJ
• ue é ainda hoje uma organização muito prestigiada.

Os seus objetivos são:


- promover a paz no mundo;
- proteger os direitos humanos;
-fomentar o desenvolvimento económico e social das nações;
- estimular a autonomia dos povos e reforçar laços entre todas as nações.

Atualmente, a ONU reúne mais de 190 países.


Um dos marcos mais importantes da vida desta instituição foi a publicação,
no Edifício das Nações Unidas a 20 de junho de 1948, da l:if.Mtnm.
.......~~...._~............,....,.~...,..........,....,.;::!•~•.-r_ Todos os membros têm a
obrigação de respeitar e fazer respeitar os direitos que essa declaração
proclama.
Contudo, muitos dos países membros da ONU continuam a desrespeitar os
preceitos inscritos nesta declaração. A muitos povos, bem como a grupos
específicos, ainda hoje é vedado o exercício dos seus direitos fundamentais.
As crianças constituem, indiscutivelmente, um dos grupos mais vulneráveis.
D1redo~ da Coança

.........................._ Outrora, não se reconheciam direitos


específicos às crianças, por isso não havia qualquer legislação sobre o
assunto.
A criança dependia totalmente da vontade dos adultos com quem vivia.
Se observarmos factos da vida privada das pessoas, ao longo dos
diferentes períodos da história, podemos verificar que as crianças
estavam inteiramente submetidas à deliberação dos adultos, não lhes
sendo garantidos quaisquer direitos pessoais.

Assim, os adultos que cuidam das crianças não têm sobre elas, direitos
de propriedade, como se se tratassem de objetos e não de pessoas.
Bem pelo contrário, estão obrigados a zelar pelo interesse das crianças
pelo seu bem-estar, pela sua felicidade , pelo seu crescimento
harmonioso, bem com a ouvi-las e a er itir ue tomem decisões.
Jesus e as cnanças, 1cone Ortodoxo

1•çtM.Hl&fild.t.mmJ:1tà.Mt4ifft.UMMftlli·~42if.]UJ4 àAM.t!ibefacto,
ao observarmos a maneira como Jesus se relacionava com as crianças,
verificamos que era muito diferente da forma como era esperado que O
fizesse . Algumas pessoas traziam-Lhe as suas crianças para Ele as
abençoar, mas os discípulos procuravam impedi-las, provavelmente
por acharem que Jesus devia dedicar-se a gente mais importante do
que às crianças.
No entanto, Ele repreendia-os, dizendo-lhes que deixassem passar as
crianças, porque elas eram o modelo de todo aquele que quisesse
aceitar a sua mensagem de salvação.

Viste Maria, mais uma vez Jesus


a dar uma grande lição
aos que se achavam
muito espertinhos...

Sim, concordo!
As crianças são simples e verdadeiras.
Uma criança é transparente, sabemos sempre o que sente,
não tem segundas intenções e nela não há malícia ...
por isso Jesus não quis que afastassem o "modelo" daquilo que deviam ser todos os Homens!

Esta maneira realm nte inovadora_de _Jesus se relacionar_com _

Ainda hoje, apesar de se reconhecerem direitos às crianças, nem todas


os veem respeitados. Muitas crianças sofrem ainda a indiferença ou até
maus-tratos.
Balada da Nev e
Batem leve, levemente, .
Como quem chama por mim ...
Será chuva? Será gente?
Gente não é certament~
E a chuva não bate assim···
-?'<l .. É talvez a ventania; .
Lê atentamente o texto ccBalada d a neve» Mas há pouco, há poucochinho,
e resolve os seguintes exercícios Nem uma agulha bulia
Na quieta melancolia .
1. Carateriza a criança de que se fala no Dos pinheiros do caminho ...
poema. Quem bate assim levemente,
Com tão estranha leveza
2. O sujeito poético dirige-se a Deus e lança- Que mal se ouve, mal se sente?
-lhe uma questão Formula-a utilizando Não é chuva, nem é gente,
palavras tuas Nem é vento, com certeza.
Fui ver. A neve caía .
3. Redige aquilo que tu achas que sena a Do azul cinzento do ceu, .
resposta de Deus à questão formulada pelo Branca e leve• branca e ~1a.:.
sujeito poético. - Há quanto tempo a nao v1al
E que saudades, Deus meu!
Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
Os passos imprime e traça
Na brancura do caminho.··
Fico olhando esses sinais
Da pobre gente que av~nça
E noto, por entre os mais,
Dada a vulnerabilidade das crianças e o facto os traços miniaturais
de tantas sofrerem atentados contra a sua Duns pez1tos de cri~nça. · ·
dignidade, a sociedade foi desenvolvendo E descalcinhos, doridos .. ·
mecanismos - legais e outros - para a sua A neve deixa inda vê-los,
Primeiro bem definidos, .
proteção e para o cumprimento efetivo dos - Depois em sulcos compridos,
seus direitos. ~ •1 1
Porque não podia ergue- os.·
Com este fim , a Q~riou , a 11 de dezembro Que quem Já é pecador
de 1946 , um organ is m o ded i cado Sofra tormentos, enfim!
exclusivamente a atender as necessidades Mas as crianças, Senhor,
Porque lhes dais tanta dor? 1. · ·
básicas das crianças no mundo e garantir o seu . ?!
Porque padecem assim. ...
pleno desenvolvimento - a UNICEF. E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
Entra em mim. fica em mim presa.
Cai neve na natureza ...
_E cai no meu coração.

r.::u.i~~~ll!U~~r:J!!'J
seu lema é «Para todas as 1 Augusto Gll, Luar de Janeiro
crianças saúde, educação, igualdade e
proteção».
1
-··- - -· - ·- ···-··

Mas não bastava ter um organismo que se dedicasse às crianças, era


preciso que todos os Estados e todas as pessoas do mundo soubessem
efetivamente os direitos das Por isso, .. •

Este documento procura clarificar quais são os direitos fundamentais das


crianças e obriga os Estados que o adotarem a garantir a sua aplicação.
1.º : A ao discr~e determina que todas as crianças do mundo e
em qualquer mom.fmtTc têm o :~o de desenvolver todo o seu potencial.
2.º:aífíteresse superfor da c ~eve ser prioritário em todas as ações e
decisões que envolvam a própria criança.
3.º: A sobrevivência e desenvolvimento que sublinha a ir;ârtância vital da
garantia de acesso a serviços básicos e à igualdade de QQ__ I !I 1id~ para
que as crlan - -m desenvo ver-se plenamente.
4.º: ião da crian que significa que a voz das crianças deve ser
ouvida e 1 ã em conta em todos os assuntos que se relacionem com os
seus direitos.
Adaptado de UNICEF, A Convenção sobre os Direitos da Criança

Datas importantes para a defesa dos direitos da criança:


1924: Declaração de Genebra sobre os direitos da criança (Sociedade das
Nações).
1946: Fundação da UNICEF (ONU).
1948: Declaração Universal dos Direitos Humanos (ONU).
1959: Declaração dos Direitos da Criança (ONU)
1976: A ONU proclama o ano de 1979 como Ano Internacional da Criança.
1989: Convenção sobre os Direitos da Criança (ONU) Portugal ratificou esta
convenção a 21 de setembro de 1990.
···-··-··- ··-··-··-··-··- ··-··-··- ··- ·· .
A su;~~~;;;;;~~~~~;;.;~s que contribui para mais de um terço dos 9,2 milhões de \
mortes de cnanc;as com menos de cinco anos no mundo. Embora se. tenham registado 1
desde 1990 atgumas melhorias re\atiVamente à percentagem de crianças desta laixa
etária com balXO peso, estima-se que 148 milhões de cnanc;a.s continuem a sofrer de
1
subnutrição nos pa\ses em desenvolvimento. Para que estas cnanc;as tenham hipóteses
de sobreviver. é preciso 1ntensif1car esforços a fim de satisfazer as necessidades ,
nutric1ona1s das mulheres, dos bebês e das crianças. !'
! "°"'º'que I Geneb••· 12 de satemb<o de 2008
j ··-··- ··- ··-··-··- ··-··-··-··- ··- ··-··-··-··-··-··- ··-··- ·· J\
to http://wWW unicel.pt 116/02/2009l
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No âmbito do 2s• aniVersário da convenção sobre os Direitos da Criança (CDC) a 20 de novembro de 2014, a
UNICEF lançou novos dados sobre tendências e vàrios artigos e coloca uma questão crucial: mundo é hoje um ·o
lugar melhor para as crianças?" A resposta. que resulta da análise da UNICEF é inquestionável - "Sim\" Mas a
análise mostra também que os progressos passaram ao lado de milhões de cnanc;as - particularmente das mais
pobres, das que pertencem a minorias étnicas, das que vivem em zonas rurais, ou das que sáo portadoras de

deficiência.
O relatório "H1dden in Piam Sight" (Escondido à vista de todos) é a maior compilação de dados leita até hoje sobre a
violência contra as crianças. Mostra a escala impressionante dos abusos físicos. sexuais e emocionais - e revela as
atitudes que perpetuam e 1ustilicam a violência, mantendo-a 'escondida à vista de todos' em todos os palses e

comunidades do mundo.
~'-··-··-··-··-··- ··- ··-··-··-··- ···
http://WWW unice! pVpublicacoes php (08· 11-2014)
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Ninguém deve deixar de denunciar casos semelhantes a estes, se os
conhecer. A criança não é propriedade das famílias ou das pessoas que as
têm a seu cargo. Todos somos responsáveis pelo seu bem-estar e pela sua
integração na sociedade, quer sejam da nossa família, quer não.

Ainda ontem ouvi uma notícia que falava sobre crianças que trabalham
em fábricas a fazer calçado de marca. Estou escandalizada!
Não compro mais aquela marca!

E eu li num livro da biblioteca que existem crianças


em muitos países que não conseguem ir à escola,
por causa do valor a pagar!

Ainda bem que em Portugal não acontecem essas situações!

E o que havemos de fazer para ajudar essas crianças


que estão longe e a sofrer?
Juntamo-nos a instituições que lutam pelos seus direitos!
Unicef; Amnistia Internacional, entre outros ...

Este acolhimento torna-se efetivo quando a pessoa, individual ou


coletivamente, cria condições para que todos se realizem enquanto
pessoas.
O direito de realização da vocação humana depende da proteção do
direito à liberdade de consciência, à livre manifestação de opinião e à
liberdade religiosa. Impõe-se também a aceitação das diferenças,
nomeadamente culturais, religiosas, sociais e físicas .
Por diferentes razões , em qualquer momento da nossa vida podemos
tornar-nos portadores de deficiência. A Constituição da República
Portuguesa prevê que os cidadãos portadores de deficiência gozem dos
mesmos direitos dos demais cidadãos.
Existem diversas organizações que se dedicam à promoção, integração e
desenvolvimento da pessoa portadora de deficiência. Estas organizações
são muito importantes, permitindo a valorização, o desenvolvimento e a
realização pessoal de todos.
Cflsto cura o paralítico na piscina de Betsaida (1667 70), Bartolomé Esteban Murlllo

Jesus, o amigo dos pobres, dos desamparados,


dos discriminados ...
Ele orientou a sua ação para a promoção dos mais
desfavorecidos, porque via neles a presença de Deus.
Assim, vemo-lo a curar os leprosos, os cegos,
os paralíticos e outras pessoas que,
de alguma maneira, eram mais vulneráveis.

lirltqo 11 (C1dadao~ porfadore~ de def1c1ên:::1a)


1
- . - -· - ~·ciência física ou mental gozam i
• 1 Os cidadãos portadores ~e d~ '·tos aos deveres consignados na
1 pienamente dos direitos e est~~r~~i~ ou do cumprimento daqueles para ~
1 Constituição, com ress~lva do~ s - 1
os quais se encontrem incap~c1tado . olítica nacional de prevençao e de :
2 O Estado obriga-se a reah~ar uma ~ dos cidadãos portadores de 1
tr.atamento, reabilitação e •7teg,~~~~ desenvolver uma pedagogia q~e 1
~ deficiência e de apoio às suas am1 ' deveres de respeito e solidaneda e .
' sensibilize a sociedade qu~to aos o da efetiva realização dos seus
assumir o encarg
para com eles ~ .ª d' 'tos e deveres dos pais ou tutores.
direitos. sem pre1u1zo dos iret

~ const1tu1çào da Aepúbh:3!.?~?~~- .. - .. - .. - .. -···


··-··-··-··
L •• - ··- ··- ··- ·· - ··- ·

A Associação Portuguesa de Pais e Amigos


do Cidadão Deficiente Mental - APPACDM,
congrega diferentes associações com esta missão.

<
«A maior riqueza encontra-se na solidariedade e na entrega às outras pessoas .z-.-
de forma desinteressada...

Identifica duas pessoas que conheças que pautaram a sua vida por este princípio.
OR6/tN/ZltÇÕE5 DE /tPO/O
APE550/t
Apesar das muitas situações em que os direitos das pessoas e em particular
das crianças não são respeitados, também sabemos que existem muitas
organizações que se preocupam bastante com o bem-estar das pessoas,
procurando dar dignidade a todas e qualquer pessoa. Nas nossas
comunidades existem associações que procuram lutar pela construção de um
mundo onde todos tenham condições de existência dignas. Elas podem
@ ser de diferentes naturezas civis, religiosas, ou simplesmente humanitárias.

'

f' onlribufodalq a-af 't-1nade:re=:>adac.ria. a


O contributo da Igreja Católica na defesa dos direitos das crianças, não é algo
que só agora tenha sido posto em prática, mas é algo que remonta a tempos
muito antigos. No entanto e porque faz parte da sua missão defender todos
sem exceção, ela foi procurando adaptar-se e melhorar no tipo de ajuda que
podia prestar. A Igreja Católica também sente que tem a obrigação de chamar
a atenção dos verdadeiros responsáveis pela promoção dos direitos em cada
uma das áreas.
Nos vários documentos do magistério da Igreja onde se revela esta

- ·-··-··- ·-
ao be:n e:~Iar,.
r- - - - - ·- ··-. gressivamente estend'd' a a todo o
A interdependência, cada vez mais estre:~ eo ~~niunto das condições da vida social
mundo, faz com que o bem comum - ou~ a .cada membro, alcançar mais plena e
que permitem, tanto aos grupos com h ·e cada vez mais universal e que, por esse
facilmente a própria perfe1çao - se torne . ~m res eito a todo o género humano. Cada
motivo implique direitos e deveres ~uedd1z legiti~as aspirações dos outros grupos e
• nta as necess1da es e
1 grupo deve ter emmcu~ de toda a família humana.
mesmo o bem co

GAUDIUM ETSPES. 26
·-··-··-··-··-··-··-··-··-··- ·· - ··-··-·· - ··- ·· - ·· - ·· - ·· - ·· - ··

à educação
1: Todos os homens, de qualquer estirpe cond~ ~~ . ··-·
tem direito inalienável a uma educação c~rres ;nd e idade, v1st~ gozarem da dignidade de pessoa,
sexo, cultura e tradições pátrias e ao mes p t ente ao própno fim, acomodada à própria índole
povos para favorecer a verdadeir~ ~nidade emo empo, aberta ao c?nsórcio fraterno com os outro~
formação da pessoa humana em ordem ao se~~~n~t~erra. A verdadeira educação, porém, pretende a
de que o homem é membro e em cujas responsabif~ '~ºe, ao mesmo tempo, ao bem das sociedades
1 a es, uma vez adulto, tomará parte.

DECLARAÇAO GRAVISSIMUM EDUCATIONIS, 1


- -··- -··-··-·· - -··-··- ··- ··- ··-··-··-··-··-··-··
AJ re·a Católicalem or rioridade os mais obres e tem sido a.eles u
aicou e continua-a dêdicar a su-a aten ão • or todo o mundo
encontramos programas soc1a1s e instituições, incluindo escolas,
universidades, hospitais e abrigos, que ajudam famílias, pobres, idosos e
doentes.

É o desejo de contribuir para a


dignificação da pessoa
humana que motivou e
continua a motivar a Igreja a
exercer a sua ação em tantas
organizações pelo mundo
fora. Poderíamos dar apenas
alguns exemplos dessas
organizações:
- Santa Casa da Misericórdia;
- Lares de Idosos;
- Instituições de Solidariedade
Social;
- Cáritas Diocesana;
- Escolas Católicas;

Tendo consciência de que tudo se faz para dignificar a vida de cada ser
humano mais facilmente percebemos o centro da verdade da mensagem
Cristã, ou seja~
, !•~·!flm!IIElmJ~rllJiimmllf!~Bitit!lE~D~::__:]fJ[J
DEU5 E5TAf;ElECE
COHOHOHEH
UNA RElltCÃO PE550AL
Na Bíblia, Deus não é uma força impessoal, uma espécie de energia que se
propaga pelo universo. A mensagem bíblica afirma a convicção que
(.IM1·&Como já vimos, ser pessoa significa ser capaz de estabelecer
relação com os outros. Nos vários relatos bíblicos, Deus manifesta-se ao ser
humano, fala com ele, propõe-lhe um estilo de vida, declara que o ama e que
deseja a sua felicidade . Deus é o amigo da humanidade. Indigna-se quando
o ser humano é vítima da injustiça e do ódio alheio, e reafirma a promessa da
sua presença constante no meio das adversidades. Deus é, portanto, um ser
pessoal, inteligente e livre, que ªJ.i
e ~ uer e~abelecer com cada ser
humano uma relação especial, única 1Wli t~l®&l:jilul•M1i•l•ifü.i.t.foUW

Indica quais as afirmações que estão corretas:

1. A afirmação ccDeus é Pessoa.. significa que Deus:


a) se relaciona com os seres humanos.
b) nunca entrou em contacto com a humanidade.
c) comunica com o ser humano e lhe propõe um novo estilo de vida.
d) não tem qualquer afinidade com o ser humano.

2. Deus é amigo da humanidade, por isso:


a) indigna-se com a injustiça.
b) deseja que as pessoas sintam ódio pelos indivíduos mal
intencionados e com mau carater.
c) está sempre presente quando sentimos dificuldades.
d) estabelece uma relação única com cada pessoa.
s~lmo 139(138). 1- 17.23-24
1
Ao diretor do coro. Salmo de David.
SENHOR , Tu examinaste-me e conheces-me,
2
sabes quando me sento e quando me levanto;
à distância conheces os meus pensamentos.
ªVês-me quando caminho e quando descanso;
estás atento a todos os meus passos.
•Ainda a palavra me não chegou à boca,
já Tu, SENHOR, a conheces perfeitamente.
~u me envolves por todo o lado
e sobre mim colocas a tua mão.
1
É uma sabedoria profunda, que não posso compreender;
tão sublime, que a não posso atingir!
Onde é que eu poderia ocultar-me do teu espírito?
Para onde poderia fugir da tua presença?
Se subir aos céus, Tu lá estás;
se descer ao mundo dos mortos, ali te encontras.
' Se voar nas asas da aurora
ou for morar nos confins do mar
1
ºmesmo aí a tua mão há de guiar-me
e a tua direita me sustentará.
11
Se disser: «Talvez as trevas me possam esconder,
ou a luz se transforme em noite à minha volta.. ,
1
' nem as trevas me ocultariam de ti
e a noite seria, para ti, brilhante como o dia.
A luz e as trevas seriam a mesma coisa!
'3Tu modelaste as entranhas do meu ser
e formaste-me no seio de minha mãe.
1
'Dou-te graças por tão espantosas maravilhas;
admiráveis são as tuas obras.
' Quando os meus ossos estavam a ser formados,
e eu, em segredo, me desenvolvia,
tecido nas profundezas da terra,
nada disso te era oculto.
'' Os teus olhos viram-me em embrião.
Tudo isso estava escrito no teu livro.
Todos os meus dias estavam modelados,
ainda antes que um só deles existisse.
11
Como são insondáveis, ó Deus, os teus pensamentos!
Como é incalculável o seu número!
' Examina-me, SENHOR, e vê o meu coração;
põe-me à prova para saber os meus pensamentos.
' ' Vê se é errado o meu caminho
e guia-me pelo caminho eterno.
O Salmo 139 é uma confissão de fé no Deus infinito, criador, omnisciente e
pessoal: um verdadeiro louvor à relação pessoal, íntima e única entre cada
crente e Deus.
Trata-se de uma oração poética que foi redigida para ser cantada e
acompanhada or um instrumento musical de cordas: o saltério, a cítara, a
lira ou a har •
~~~~esus, durante a sua vida pública, também citou vários
trechos de salmos e, durante a oração nas sinagogas e no Templo de
Jerusalém, cantou Salmos em louvor a Deus.

Neste Salmo o _autor diri e-se a Deus inter elando-o. O crente. vive

O autor refere-se a Deus atribuindo-lhe ações que são próprias da atitude


relacional da pessoa: Deus examina, conhece, sabe, vê, está presente,
protege, faz descer a mão, molda, forma, assinala, pensa, sonda,
perscruta, guia. Qualquer destes verbos exprime a ideia de que Deus está
de tal forma presente na vida humana que nenhuma pessoa pode alguma
vez estar inteiramente sozinha.

9' L
Elabora uma pequena mensagem para ofereceres a ~
alguém que se sinta sozinho, onde exprimas a confiança <<l~
7

de que Deus está sempre presente na vida humana.

- - ·-··-·· - · - ·- ·- - ·· ·- -·:-: .- d·-a B


··- -
··:-1b·l :1-a ·1·n·-te~~a põe-se em evidência que i
. · mente no 1rnc10 • d N ·
"No primeiro capítulo do Géne~1s,yrec1sa. d iteradamente a beleza e a bondade de tu º: o i
Deus se compraz com a sua cnaçao, s~bllnha.n o re bom» (...)E quando Deus terminou de criar o i
final de cada dia está escrito: «Deus viu que i~~o :r~ue era .. muito bom» (v. 31). Aos olhos de, Deu~,
homem, não disse «Viu que i~so era bo~», ma!1h1~: da criação: até os anjos estao abaixo de n~s, nos
nós somos a realidade ~ais bela, ma1~r, m livro dos Salmos. O Senhor ama-nos! <:··)._E e nesta
somos mais do que os an1os, como ouvimos no em e na mulher o ápice da cnaçao, como
perspetiva que nós conseguimos encontra~áno a~~~o em cada um de nós e que nos faz reconhecer
cumprimento de um desígnio de amor que es gr
como irmãos e irmãs."

PAPA FRANCISCO • audiência geral


Praça de São Pedro ··-··-··- ··-··-··-··.J
_:. - ·- ·- · - - ·-··- ··-··
Q uarta-feira 21 de maio de 2014 - ·· - ··- ··- ··- ·· -··-·· - ··- · · -.. - · · -.. - ·· -

Quando Deus criou o homem


viu que era muito bom!

Por isso Ele não quis parar por aí,


e para tornar tudo ainda muito melhor,
criou homens irrepetíveis,
capazes de descobrir o Amor!
"5ER PE5501f' É DAR
COND/ÇÕE5 PIr!<li QUE
10005 5EJ!iH "PE5501T5"

Precisamos de:
- Estabelecer·-~r~ela
-~
-õ-~ordiais e verdadeiras sempre e em todas as
ocasiões, nao permitindo que a mentira saia a ganhar;
- E~u saber escutar tornando esta atitude não só uma arma forte
para a dignificação de cada um, mas uma fonte para o crescimento da
liberdade da pessoa;
- P~ão só o que temos, mas sobretudo aquilo que somos, pois
deste modo as qualidades e capacidades que possuímos podem tornar
a vida d is humana;
-Estar.atentos e ser amave1 mostrando também aos outros a beleza do
-------
nosso coração;_
- Saber corl}HiiicãL:bem, para a tornar uma ferramenta importante para
nos descobrirmos melhor e dignificarmos a nossa natureza sobre todas
as outras espécies.

C•ILQ!ifill!j!1fil.~4·liuijifi.],,@.j,f.14-J!ifui!i•f•iiii•lliJ!ll&)Esta relação
que partindo de si chega aos outros vai certamente ajudar a elevar a
pessoa ao verdadeiro estado de dignidade. Se juntarmos a este respeito
uma ação mais concertada de defesa dos direitos humanos, em especial
das crianças, então estamos perante um processo de educação e de
transmissão de verdadeiro sentido de si, dos outros e de Deus que está
presente na relação de cada um.
-- - ··-··- ··- ·-··-··-··-··-··.,
Pedacinhos de Deus
Se sentes der'ltro de ti a vontade de amar
em gestos que criem fontes, a audácia de sonhar
mais longinquos horizontes e o apelo a escalar
cada vez mais altos montes,
cada vez mais altos montes,
então ...
Tens em ti um pedacinho de Deus,
tens rumos certos no coração.
Desperta o sonho: tens em tí os céus,
liberta a vida da palma da mão.
Faz desses rumos os caminhos teus:
de B. P recebeste esta missão.
Se sentes der'ltro de ti sempre a sede de gritar
o nome da liberdade, a coragem de falar
a palavra da verdade e a servir participar
na construção da cidade.
na construção da cidade,
então ..•
Se sentes dentro de ti o silêncio inspirar
a paz ao teu coração chamando-te a enfrentar
a vida com decisão e teimas acreditar
na esperança de um mundo bom,
na esperança de um mundo bom,
então .

i
- ··-··-··-··-··-··-··-··-,

- de princ1pios da turma
"".i.-
colegas uma declaraçao
Elabora com os t=~~u1ntes 1rases: ntribuir para uma humanidade
completando a6sQ ano da turma ..... querem co
os alunos do ·
mais 1u5ta e fraterna. t no seu quot1d\ano. a.
t - 0 dispos os.
Para isso es a - · necessidades. ·
a) dar mais atençao as do seu
b) disponibilizar um pouco
tempo para ...
c) partilhar..
d) auxiliar.. ·
e) distribuir cannho ...
t) integrar os que ...
g) ...
NF0/J1LJNIDJ1DF11PRENDI OLIF
/ Cada pessoa nasce inserida numa determinada comunidade
e é única e irrepetível.

V Somos simultaneamente corpo e alma, e que o nosso corpo


transmite aos outros as mensagens do nosso espírito.

V Das várias dimensões, biológica, social, e espiritual, a relação


com Deus é a que melhor nos identifica.

/ A pessoa encontra a felicidade na medida em que se dá aos outros.

Somos livres, temos direitos e deveres.

Muitas pessoas trabalham para que todos os homens


sejam respeitados.

/ A Igreja Católica tem agido no mundo procurando sempre ajudar


especialmente os mais pobres.

/ Deus conhece-nos e chama cada um pelo seu nome, tem connosco


uma relação pessoal.
/ Ser pessoa é relacionar-me com os outros!
OUE/1 É JE5U5 DE NltZ!tl?É?
JE5U5, O t1E55//t5 Pf<Ot1Eí!DO

Adoraçuo dos Pastores (1668) pormenor Bartolome Esteb~n Munllo

O nascimento de Jesus é-nos relatado pelos evangelistas Lucas e


Mateus, nos dois primeiros capítulos dos seus evangelhos. Mateus
revela a intenção de mostrar que &-11a-:t•lí!ítli16t-l#l•ltt4-t:li#imatm1r
A!f·JMI:tl1?.llMiilitt•teli@mtllÍ:J1it•W
Na narrativa do nascimento de Jesus do evangelho de Mateus, Jesus é
aquele que cumpre a profecia do Antigo Testamento, referida no Livro
de Miqueias. Este profeta anuncia o nascimento de um Messias, um
Salvador enviado por Deus e esperado pelo povo, que haveria de
nascer em Be lé m , cidade do rei David: o Messias seria um
descendente deste importante rei.
OUE/1 É J E5U5 DE NAZAKÉ?
JE5U5J O f1E55/A5 PK0!1Eí/DO

O nascimento de Jesus é-nos relatado pelos evangelistas Lucas e


Mateus, nos dois primeiros capítulos dos seus evangelhos. Mateus
revela a intenção de mostrar que n:t:.!fl~i#l·IMt.J.•fül'i#i•l•fà.-t#li:U#UMur
14-1.nma11,;1i.IJ:imm.t.Wfi1t&
Na narrativa do nascimento de Jesus do evangelho de Mateus, Jesus é
aquele que cumpre a profecia do Antigo Testamento, referida no Livro
de Miqueias. Este profeta anuncia o nascimento de um Messias, um
Salvador enviado por Deus e esperado pelo povo, que haveria de
nascer em Belém, cidade do rei David: o Messias seria um
descendente deste importante rei.
Jesus de Nazaré começou por ser conhecido na sua terra pelo bem
que fazia e pela forma como ensinava. Falava do Reino de Deus, um
reino que não é como os outros reinos do mundo: pode estar em todos
os países em todas as cidades e aldeias or ue está dentro de cada
pesso
a vitória definitiva do bem, da justiça, da
verdade, do amor.

Miguel, sabias que antes, quando eu era mais pequena,


eu pensava que o Reino de Deus
era mesmo em alguma parte do nosso planeta?
Assim, um reino com um castelo,
com Deus a reinar no seu trono ...

Eu também,Mari ...
e eu até imagina a que Deus
tinha um exércit de anjos
montados a cav
que defendiam o reino!

Anjos a cavalo?
Mas os anjos
não precisariam
de cavalos,
porque eles voam!
Pois, era só a minha imaginação fért 1
Mas agora já sei que não é assim!
O Reino de Deus
é dentro do nosso coração!

É num território com castelo,


dentro do nosso coração! Ah ah ah ...

7
Regista no teu caderno as respostas, assim como as dos teus colegas, ..t-.t.,
às seguintes perguntas:
- O que sabes acerca de Jesus?
- Quem é, para ti , Jesus?
JE5U5,'
UH H ARCO N/+i t1/5TÓRl/+i
Jesus de Nazaré foi uma figura pública muito importante: a sua mensagem,
as suas atitudes e o seu destino marcaram profundamente a história da
humanidade.

Jesus nasceu em Belém, de Judá.


Poliptico de S. Lucas pormenor Andrea Mantegna (1431-1506)

São Lucas, na narrativa do nascimento de Jesus, conta-nos que o imperador


romano, César Augusto, deu ordens para que todos os povos da Palestina,
que estavam sob o domínio do império romano , se recenseassem nos
lugares de origem, ou na terra de origem dos seus antepassados. Foi nestas
circunstâncias que José e Maria fizeram uma viagem de Nazaré até Belém
quando Maria estava grávida de Jesus, já próximo do seu nascimento.

JE5t 15 Nfi ;4.!?TE


Desde o seu nascimento, Jesus é fonte de inspiração para escritores,
pintores e escultores, que nos deixaram, em mais de 2000 anos, uma
importante e vasta obra. A presença de representações e alusões à
vida de Jesus, em todo o mundo e em todas as épocas, desde o seu
nascimento, revela a importância da sua vida na história da
humanidade.

Sagrada Família , pormenor Antoni Gaudl (1852-1926). Património Mundial da UNESCO.


O conto O Suave M 'l.
personalidade de Jesu: ~;;~-s~~e~~ t de Ou~iroz, fala-nos da vid
exto da literatura portuguesa. a e
~ ·· - ·· - ·· - ·· - ·· - ·· - ·· - ·· - ·· - ··- ·· - ·· - ·· - ·· - ··-· · - ··-··- ·· -· · - ·· -· · - ·· - ·· - ·· - ·· ,
! O SUAVE MILAGRE .
i Nesse tempo Jesus ainda se não afastara da Galileia e das doces, luminosas
i margens do lago de Tiberíade - mas a nova dos seus milagres penetrara já até
j Enganim, cidade rica, de muralhas fortes. entre olivais e vinhedos no país de
: lssacar.
! Uma tarde um homem de olhos ardentes e deslumbrados passou no fresco vale,
e anunciou que um novo profeta, um rabi formoso, percorria os campos e as
aldeias da Galileia, pred 'Zendo a chegada do Reino de Deus, curando todos os
males humanos. (.. )Ora entre Enganim e Cesareia, num casebre desgarrado,
sumido na prega de um cerro, vivia a esse tempo uma viúva, mais desgraçada
mulher que todas as mulheres de Israel. O seu filhinho único, todo aleijado,
passara do magro peito a que ela o criara para os farrapos da enxerga
. apodrecida, onde jazera, sete anos passados, mirrando e gemendo.
! Tão longe do povoado, nunca esmola de pão ou mel entrava o portal (. .)
i Um dia um mendigo entrou no casebre. repartiu do seu farnel com a mãe
: amargurada, e um momento sentado na pedra da lareira, coçando as feridas das
pernas contou dessa grande esperança dos tristes, esse rabi que aparecera na
Galileia, e de um pão no mesmo cesto fazia sete. e amava todas as criancinhas e
enxugava todos os prantos, e prometia aos pobres um grande e luminoso reino,
de abundância maior que a corte de Salomão A mulher escutava, com olhos
famintos. E esse doce rabi. esperança dos tristes. onde se encontrava? O
mendigo suspirou. Ah esse doce rabil Quantos o dese1avam, que se
desesperançavam! ( .) Obed. tão rico, mandara os seus servos por toda a Galileia
para que procurassem Jesus, o chamassem com promessas a Enganim; Sétimo,
tão soberano, destacara os seus soldados até à costa do mar, para que
buscassem Jesus, o conduzissem, por seu mando a Cesareia. ( ...)
E todos voltavam como derrotados, com as sandálias rotas. sem ter descoberto
i em que mata ou cidade, em que toca ou palácio, se escondia Jesus. A tarde caía.
j O mendigo apanhou o seu bordão, desceu pelo duro trilho, entre a urze e a rocha.
l A mae retomou o seu canto. a mãe mais vergada, mais abandonada. E então o
: filhinho, num murmúrio mais débil que o roçar de uma asa. pediu a mãe que lhe
l trouxesse esse rabi que amava as criancinhas, ainda as mais pobres, sarava os
! males. ainda os mais antigos.
i A mãe apertou a cabeça esguedelhada ·
l- Oh filho! E como queres que te deixe, e me meta aos caminhos à procura do
j rabi da Galileia?(...)
: A criança, com duas longas lágrimas na face magrinha, murmurou:
!- Oh mãe' Jesus ama todos os pequeninos E eu ainda tão pequeno, e com um
! mal tão pesado, e que tanto queria sarar!
i E a mãe, em soluços:
i - Oh meu filho, como te posso deixar? Longas são as estradas da Galileia, e curta
j a piedade dos homens. Tão rota tão trôpega. tão triste, até os cães me ladrariam
da porta dos casais Ninguem atenderia o meu recado, e me apontaria a morada
do doce rabi . Oh filho! Talvez Jesus morresse. Nem mesmo os ricos e os fortes o
encontram O Céu o trouxe, o Céu o levou. E com ele para sempre morreu a
esperança dos tristes
De entre os negros trapos, erguendo as suas pobres mãozinhas que tremiam, a
i criança murmurou:
l- Mãe, eu queria ver Jesus
: E fogo, abrindo devagar a porta e sorrindo, Jesus disse à criança:
l - Aquiestou.
1
j Eça de Queiroz Contos - O Suave Milagre

i..·-··-··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··-··-··- ··- ··- ··
Depois de leres o conto O Suave Milagre responde às seguintes questões: ~-L.~-,,_
"'.e.,.
1 - O homem de "'olhos ardentes e deslumbrados" e o mendigo que visitou o casebre
da pobre viúva falavam com respeito e admiraçao de quem?
2 - Que razões tinha o menino doente para querer ver Jesus?
3 - Como é que este conto nos apresenta Jesus?
4 - Qual foi a atitude de Jesus?

O Cl'i1-ENDARIO CRl5íAo
A or aniza ão da_um calendário está centrada num acontecimento
im ortante, aartir do uai se comecam a contar os anos.
FÉ BAHÁ'f (171-172)
ANO 2015 DO CALENDÁRIO GREGORIANO 1 SETEMBRO O calendário Bahã'í
IS!>.. BUDISMO (2141-2142)
20 21 22 23 24 25 26 27 28 IQ5:I Calcndáno i<alachakra (tibetano)
' . ISLÁO (1436-1 437)
'-" Calendário Muçulmano
..,\.. HINOUISMO (2071-2072)
\;j.J Calendário Vikram (Gujarat)
v"v JUDAisMo (5775-5776)
y CaJcndário Hebraico
CRISTIANISMO
s -.. t Calendário Gregoriano
" TRADICÔES CHINESAS (4712-4713)
1\..::1 CalcnÓáno de Huang Di

• •. • -- odavia, hojeJS~a!9.f:JJJJOS,~:1e-ve~s...:i
por volta do ano 6 ou 7 a.e. Chama- alendário Gr
do Papa Gregório XIII. Este papa reuniu um gr especialistas que, ao
fim de cinco anos de estudos, elaboraram um calendário promulgado, por
este Papa a 24 de fevereiro de 1582, foi sendo lentamente implementado
até se tornar o mais universal.

Se hoje observarmos um jornal, veremos que a data inscrita é o


testemunho da importância de Jesus.

Ainda hoje se usam, em certas circunstâncias, alguns outros calendários,


como, por exemplo, o calendário chinês, o calendário islâmico ou o
calendário hebraico. Mas aquele à volta do qual tudo está organizado em
odo o mundo é o calend ' rio centrado no nas ·mento de Jesus. Assim os

uitos povos que não são cristãos, ao usarem este calendário, em


vez de dizerem antes ou depois de Cristo dizem antes ou depois da Era
Comum.
O calendário cristão é sem dúvida aquele que é mais usado
em todo o mundo ...

O nascimento de Cristo é um acontecimento muito importante!


Mas se agora sabemos que Jesus Cristo nasceu no ano 6
ou 7 antes de Cristo, porque não se reformula o calendário?
Achas que é preciso, Maria? O que conta é que Jesus veio ao mundo ...
e trouxe boas notícias para todos ... o pormenor do ano certo em que nasceu,
não é assim tão importante, comparando com aquilo que Ele cá veio fazerl

É... tens razão!


Para além de que ia ser uma confusão alterar o calendário!

O Ano Um
O calendário moderno foi criado no século VI, pelo
monge Dionísio, o Exíguo, tendo preparado uma
cronologia cristã, a pedido do papa João 1, baseada
na vinda de Cristo. Tal como acontecia no seu tempo,
Dionísio datou o acontecimento a partir da fundação
de Roma, situando a data do nascimento de Cristo a
25 de dezembro de 753 ab urbe condita. Depois,
situou o início da era cristã oito dias mais tarde, a 1 de
janeiro de 754 a.u.c., no dia da Circuncisão de Cristo,
aos oito dias de idade, fazendo coincidir este dia do
calendário cristão com o dia de Ano Novo no
calendário romano. Oeste modo, Dionísio
determinou que o tempo recomeçasse a 1 de janeiro
do ano 1. Por outro lado, Dionísio ter-se-á enganado
ao situar o nascimento de Jesus quatro anos depois
da morte de Herodes, contrariamente ao texto dos
Evangelhos. Ora Herodes encontrava-se no poder
quando Jesus nasceu. Esta é uma das razões que
nos obriga a fazer recuar o nascimento de Jesus
entre quatro a sete anos antes da Era Cristã.

Excerto de Carlos Guardado da Silva, in Jornal Badaladas, 31 de


dezembro de 1999

Dionísio, o Exíguo, ícone, autor desconhecido

Lê atentamente as frases que se seguem e indica quais as que se referem


à presença de Jesus na história.
a) Jesus ficou conhecido como Jesus de Nazaré. ~
U:_
b} Falava de um Reino de poder e riqueza. 7
c) Jesus nasceu por volta do ano 6 ou 7 a.e. "".t~
d) O calendário que hoje usamos tem 3.000 anos.
e) O calendário usado no Ocidente chama-se Gregoriano.
f) Jesus nasceu em Belém de Judá.
g) O pai de Jesus chamava-se José e a sua mãe Maria.
h} Jesus falava de um reino de amor que está no coração de cada um.
O DEU5 DE JE5U5
11 CONF!IWÇ!l NO DEU5 í?Ot1
~~ E!~J
lc 12, 22-32 -~~
i=Em seguida, disse aos discípulos: ..É por isso que vos digo: Não vos
preocupeis quanto à vossa vida, com o que haveis de comer, nem
23
quanto ao vosso corpo, com o que haveis de vestir; pois a vida é mais
que o alimento, e o corpo mais que o vestuário.
2
•Reparai nos corvos: não semeiam nem colhem, não têm despensa nem
celeiro, e Deus alimenta-os. Quanto mais não valeis vós do que as aves!
2'\E quem de vós, pelo facto de se inquietar, pode acrescentar um côvado à
extensão da sua vida? • se nem as mínimas coisas podeis fazer, porque
vos preocupais com as restantes?
··Reparai nos lírios, como crescem! Não trabalham nem fiam; pois Eu
digo-vos: Nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como um deles.
ª Se Deus veste assim a erva, que hoje está no campo e amanhã é lançada
no fogo, quanto mais a vós, homens de pouca fé!
Não vos inquieteis com o que haveis de comer ou beber, nem andeis
ansiosos, '°pois as pessoas do mundo é que andam à procura de todas
estas coisas ; mas o vosso Pai sabe que tendes necessidade
31
delas. Procurai, antes, o seu Reino, e o resto vos será dado por
acréscimo. :ló<Não temais, pequenino rebanho, porque aprouve ao vosso
Pai dar-vos o Reino...

Esta passagem do evangelho faz parte de um conjunto de textos que


contêm os ensinamentos de Jesus aos seus discípulos. Para ele, não há
dúvida de qu ~•i·l!j(llliJiillllllllilfli

Confias em Deus,
certo Miguel?

... será que Deus confia em mim?

Vá, isso é batota,


não me podes responder
com outra pergunta!
Confio em Deus,
mesmo quando as coisas
não correm assim tão bem ...
Por vezes, é muito difícil vivermos cada dia sem estarmos obcecados com o
dia de amanhã. E assim deixamos de viver o momento presente;
preocupamo-nos com o que vamos comer e vestir e olhamos o futuro com
alguma apreensão. Mas se, pelo contrário, derm ·s importância àquilo
que é mais valioso na vida ~ olidarie a ~-
poderemos concentrar-nos no presente, construin o na nossa vida e na
vida daqueles que convivem connosco um mundo mais belo e feliz. Diante
disto, tudo o resto perde importância.

dificilmente desanimaremos, apesar das dificuldades. É esta certeza que


distingue os cristãos: Deus está presente, embora nem sempre nos
apercebamos da sua presença.

Jesus fala-nos dos pássaros e das flores como exemplos de liberdade e


desprendimento: vivem felizes, confiando naquilo que a natureza lhes
oferece. Também nós, se confiarmos em Deus, seremos mais felizes,
porque estaremos mais disponíveis para amar e saborear a vida. Não nos
sentiremos esmagados pelas preocupações diárias nem pelo desejo de
acumular bens materiais.

Pli!<li DEU5, TODO? 50t105 /t1POl<TliNTE5


'1t1!iJu;111.iaew:1.11tlt41E>Jii.. 6i:J&jiíl@Zl{il·f·11tm@~iâ~-i·I4-li·hl!i'Para
Deus não existem pessoas mais importantes do que outras. Todos,
pequenos, pobres, os que ninguém respeita, os de quem ninguém gosta,
têm o mesmo valor, e são amados por Deus.
No tempo de Jesus, não era esta a ideia que se tinha de Deus. A maioria das
pessoas pensava que Deus amava os bons e desprezava ou, pelo menos,
ra indiferente em rela ã aos maus. Pelo cont ário • . • -
-·-· --
.fü~l!@í1tpara mostrar isto, através do seu comportamento, Jesus convivia
com todas as pessoas, ia a casa de todos os que precisassem dele, mesmo
que fossem consideradas pessoas de atitudes duvidosas ou mesmo de má
reputação , nomeadamente, fraudulentos , ladrões e prostitutas.
Mana, sabes, acho que Jesus era mesmo muito "para a frente"
ter a coragem de estar com as pessoas re1e1tadas, sem preconceitos.
sem medo da reação das outras pessoas

Tenho pena Miguel, que muitos de nós não tenhamos aprendido


nada ao longo de tantos anos.
Se tivéssemos a coragem de fazer como Jesus,
muitos dos que chamamos "maus" talvez fossem melhores! Não achas?

Concordo contigo!
Acho que uma pessoa com maus comportamentos,
se tiver a amiZade de alguém, que o tente ajudar a ser melhor,
vai mudando aos pouquinhos!

A isso chama-se conversão!


Mudar o nosso coração ... para melhor!

lc 1 ;, 1- 2
'Aproximavam-se dele todos os cobradores de impostos e pecadores
para o ouvirem. ' Mas os fariseus e os doutores da Lei murmuravam
entre si, dizendo: «Este acolhe os pecadores e come com eles."

Jesus chamava à conversão aqueles que tinham cometido qualquer


espécie de maldade; aproximava-se dos mais pobres, dos que estavam
doentes ou tinham qualquer enfermidade. Muitas dessas pessoas eram
marginalizadas, porque se pensava que a situação em que se
encontravam era um castigo divino por algum mal que tinham feito . De
facto, para alguns judeus, se uma pessoa sofria ou lhe tinha acontecido
alguma desgraça, por exemplo uma doença, era porque Deus a tinha
abandonado. Era, portanto, um rejeitado por Deus e, sendo rejeitado por
Deus, devia também ser rejeitado pelas pessoas de bem. Algumas
doenças levavam mesmo à e ulsão do convívi social , nomeadamente,
ªlepra. • • ~-~~~ ;;;!i!;Licl;!.;'!;!~tlll!!!l!I!~~
or
isso, as pessoas sujeitas a esta experiência não são abandonadas por
Deus e não devem ser abandonadas pelas outras pessoas. Nos
evangelhos, vemos Jesus a conversar com leprosos e a curá-los: todos
são objeto da sua atenção, porque todos são objeto da atenção de Deus, o
Pai misericordioso.

O cora ão de Deus é tão rande_ ue_cabem lá todos. mesmo o


4itfl"1•1@'Jie[e~je}~•I@•(eli4i•iji•~1•r•I§eifüe -
,-··-··- ··- ··- .. - ·- ;·- ··-··-··- ··-··- ··- ··- ··-··-··- ··- .. - ··-··-··- ··- ··- ··
1JESUS OE NAZARE ., de Jesus de Nazaré, para que os homens
: O amor de Deus fez-se v1s1vel na pessoa
! voltem a ser homens, uns para os outros, no amor.
Jesus é 0 amor visível de Deus. b dos fracos dos que nada têm. Nele se
Em Jesus, Deus colocou-se ao lado dos po res, '
revelou o princípio do bem. , . , osse· na opção por cada ser humano,
O Evangelho consiste na renunciaªº. polderd~=·~a lib~rtação de toda a escravidão.
sobretudo pelos pobres e pelos margina iza ,

l AdaptadodePh1IBosmans.Amor ·· -··- ·· -··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ·· - ··- ··- ··
:- ··-··- ··- ··- ··- ··-··-··- ··-
V/VER CENTR;10()5 N() f+it1()f? An Pl?rlXIMO
No tempo de Jesus acreditava-se que a vontade de Deus estava expressa
nas leis escritas que Moisés tinha recebido de Deus. Jesus veio dizer que
a vontade de Deus não se pode reduzir a um código de leis. O amor vale
mais do que qualquer norma. Para Jesus, o próximo não é só aquele de
quem gosto, que é meu ami o, ue é o meu ru o, da minha aldeia ou
cidade, do meu paísGmmi~nm:m~nmtmmtmm~nmnm
%ijH4'4·'''4"'~

Miguel, tu amas os teus próximos?

Sim Maria, amo os meus próximos ...


os que estao à esquerda ou à direita, atrás ou à frente.
Entao se amas os teus próximos porque me chamas
"chata" tantas vezes?!
Porque nem sempre é fácil aturar-te!. ..
Mas tenho feito muitos esforços!
E se me visses magoada, numa valeta,
assim como na parábola do Bom Samaritano? Paravas para me socorrer?

S1m ... claro! Não sou insensível,


ao ponto de deixar uma "chata" a sofrer numa valeta•
Hum ... passaste no meu teste, és um bom samaritano!
Aprovado!

Lc 10.25 - 37
211
levantou-se, então, um doutor da lei e perguntou-lhe, para o
experimentar: «Mestre, que hei de fazer para possuir a vida eterna?»
:ieDisse-lhe Jesus: «Que está escrito na lei? Como lês?»
21
0 outro respondeu: «Amarás ao Senhor, teu Deus, com todo o teu coração,
com toda a tua alma, com todas as tuas forças e com todo o teu entendimento,
e ao teu próximo como a ti mesmo.» 290isse-lhe Jesus: «Respondeste bem; faz
isso e viverás.» 211Mas ele, querendo justificar a pergunta feita, disse a Jesus: «E
quem é o meu próximo?»»remando a palavra, Jesus respondeu :
..certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos
salteadores que, depois de o despojarem e encherem de pancadas, o
11
abandonaram, deixando-o meio morto. Por coincidência, descia por aquele
caminho um sacerdote que, ao vê-lo, passou ao largo. 'Do mesmo modo,
tambem um levita passou por aquele lugar e, ao vê-lo, passou adiante.
Mas um samaritano, que 1a de viagem, chegou ao pé dele e, vendo-o,
encheu-se de compaixão ....Aproximou-se, ligou-lhe as feridas, deitando nelas
azeite e vinho, colocou-o sobre a sua própria montada, levou-o para uma
estalagem e cuidou dele. 36No dia seguinte, tirando dois denários, deu-os ao
estalajadeiro, dizendo: 'Trata bem dele e, o que gastares a mais, pagar-te-ei
quando voltar.' ~aual destes três te parece ter sido o próximo daquele homem
que caiu nas mãos dos salteadores?»
37
Aespondeu: "ºque usou de misericórdia para com ele ... Jesus retorquiu :
«Vai e faz tu também o mesmo.»
/COLHER E PERDO!tR
Jesus ensina-nos que, quando não somos amigos dos outros, quando preiudicamos
ou desprezamos o nosso próximo, ou simplesmente quando não fazemos o bem
que poderíamos fazer, estamos a agir mal, contra a vontade de Deus

Todos nós já fizemos a experiência de nem sempre nos comportarmos


como deveríamos e como gostaríamos.

Jesus acolhia todos,


mesmo aqueles que tinham feito
escolhas erradas.

Isso não quer dizer que ele concordasse com os comportamentos


incorretos. Pelo contrário, aconselhava o arrependimento aos que
tinham errado e a conversão dos seus corações, para serem bons,
honestos e justos. O arrependimento consiste em reconhecer que se
agiu mal e não querer voltar a fazer o mesmo. A conversão é uma
mudança radical da forma de pensar e de agir, procurando contribuir
para o bem de todos. Muitas pessoas importantes do povo judeu, no
tempo de Jesus, achavam que Deus estava sempre pronto a castigar
severamente os pecadores, os que tinham praticado o mal.

Nem sempre fazemos as melhores escolhas.

Jesus mostrava a todos que Deus, na sua bondade infinita,


acolhe os pecadores e oferece-lhes constantemente o seu perdão.

Mana, sabes como me arrependo


tantas vezes de te chatear ... não sabes?

Sei sim Miguel.


E tu sabes que quando tu reconheces
que falhaste para comigo, eu perdoo-te.
Como daquela vez em que te esqueceste
do meu caderno de matemática,
que te ltnha emprestado para passares
os meus apontamentos ...
e tu nao o trouxeste no dia a seguir.. .
e eu tive falta de material 1

E tu não me falaste durante 3 dias seguidos ...


mas ao fim desse tempo não resististe
aos meus pedidos de desculpa
e perdoaste-me!
Cnsto e a pecadora anepend1da ( 1680) Charles de La Fosse

lc7,36-50 - A pccat>ora arrcpcttt>it>a


Um fariseu convidou-o para comer consigo. Entrou em casa do fariseu, e
11
pôs-se à mesa. 0ra certa mulher, conhecida naquela cidade como
pecadora, ao saber que Ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um
frasco de alabastro com perfume. Colocando-se por detrás dele e
chorando, começou a banhar-lhe os pés com lágrimas, enxugava-os com
os cabelos e beijava-os, ungindo-os com perfume.
-Vendo isto, o fariseu que o convidara disse para consigo: ccSe este homem
fosse profeta, saberia quem é e de que espécie é a mulher que lhe está a tocar,
porque é uma pecadora!»
..,Então, Jesus disse-lhe: «Simão, tenho uma coisa para te dizer... «Fala,
Mestre» - respondeu ele. •1«Um prestamista tinha dois devedores: um devia-
-lhe quinhentos denários e o outro cinquenta. 42Não tendo eles com que pagar,
perdoou aos dois. Qual deles o amará mais?» 43Simão respondeu: «Aquele a
quem perdoou mais, creio eu ... Jesus disse-lhe; ccJulgaste bem ... " E, voltando-
-se para a mulher, disse a Simão· ccVês esta mulher? Entrei em tua casa e não
me deste água para os pés; ela, porém, banhou-me os pés com as suas
lágrimas e enxugou-os com os seus cabelos. "'Não me deste um ósculo; mas
ela, desde que entrou, não deixou de beijar-me os pés. " Não me ungiste a
cabeça com óleo. e ela ungiu-me os pés com perfume. " Por isso, digo-te que
lhe são perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas àquele
a quem pouco se perdoa pouco ama. 411 Depois, disse a mulher: ..os teus
pecados estão perdoados...
"'Começaram, então, os convivas a dizer entre si: ccQuem é este que até
perdoa os pecados?» 50E Jesus disse à mulher: «A tua fé te salvou. Vai em
paz ...

ll!IJEll~a."'""'~1o:aa1..-1~.._~1t.:0111..-'.IE'Quando praticamos o mal, ele


chama-nos à razão ; quando nos arrependemos, acolhe-nos, perdoa-
-nos e ajuda-nos a reiniciar a vida.
U/1/t REl/6/AO QUE Nlt~E DE U/1/t REl!tÇAO
ÍNí/111tEHU!1~DEC0!1DEU5
Para Jesus, o culto a Deus deve ser verdadeiro e de ordem espiritual, ou
seja, tem de brotar do interior do ser humano e revelar uma relação de
amor com Deus. Não se trata apenas de dizer palavras que não são
sentidas ou cumprir rituais sem convicção. Trata-se de falar com Deus
como com um amigo, prestar-lhe homenagem, dar-lhe glória porque é
Ele quem nos dá a vida. E esta forma de culto, ara Jesus, não ode
estar desligada da rela ão com os outros •-

~i El~J
:_,...~
l c 18,9- 14 - O f~ri scw e o cobr~t>or t>c impostos
' Disse também a seguinte parábola, a respeito de alguns que
confiavam muito em s1 mesmos, tendo-se por justos e desprezando
os demais:
'º..Dois homens subiram ao templo para orar: um era fariseu e o outro,
cobrador de impostos. 11 0 fariseu, de pé, fazia interiormente esta
oração: 'Ó Deus, dou-te graças por não ser como o resto dos homens,
que são ladrões, injustos, adúlteros; nem como este cobrador de
12
impostos. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de tudo
quanto possuo.'
' O cobrador de impostos, mantendo-se à distância, nem sequer
ousava levantar os olhos ao céu; mas batia no peito, dizendo: 'Ó Deus,
tem piedade de mim, que sou pecador.' 14Digo-vos: Este voltou
justificado para sua casa, e o outro não. Porque todo aquele que se
exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado ...

Sabes Maria, conheço algumas pessoas que são católicas,


mas depois não falam com os seus vizinhos!

São orgulhosos!
Deviam ser mais humildes, não era?

Sim, como na parábola do fariseu e do cobrador de impostos!

Pois, a vida e a religiao estão ligadas, por isso não faz sentido
eu dizer que sou amigo de Deus, se não for amigo dos outros!

oJãcis~tava numa@tlfifS·li·illl,f.~-f#~omo cumpria as práticas


piedosas do seu grupo acha que não é pecador, que é melhor do que os
outros. Não sabe o que é amar...
O-CõDrãdorde imp_o~stava numa#tJH'lipl1illhliPt:ieonfessa aquilo
que é diante de Deus: um pecador; e essa confissão sincera abre-o ao
perdão de Deus.
É t1/1l&S lt1PORT~NíE 5ER DO QUE íFf?

Mas isso significa pôr em primeiro lugar aquilo


que tem mais 1mportanc1a: valorizar mais as riquezas espirituais do que
os bens materiais. Na sociedade atual, mais preocupada com o lucro, o
dinheiro e a acumulação de bens materiais, é um pouco difícil perceber
esta mensagem de Jesus. Mas se olharmos atentamente, verificamos que
muitas pessoas com abundância de bens materiais vivem profundamente
infelizes.

Os bens materiais são importantes para o bem-estar das pessoas


no entanto, não trazem a verdadeira felicidade, porque esta é
conquistada com outro tipo de valores .
a relação com as pessoas, a solidariedade, a bondade, a compaixão. a justiça, o amor

""'

De Pa;;9;~-:_ (~onto d~·Orie~te) b a onde se dirigiu pedindo água e pousada. \


Um viajante chegou a uma humilde ca an ~ que lhe ofereceu acolhimento. Ao reparar :
Quando chegou , foi recebido por um mongsência de mobília, curioso indagou: ~
na simplicidade da casa e, .s~bretudo, na au ~
estão os teus móveis · 1
- Onde 1 o monge. :
_Onde estão os teus? devo v~~spondeu 0 andarilho !
- Estou aqui só de passagem - i
bé - ··- ··-··- ··- ··- ··- ··
- Eutam m... ··- ··- ·· - ··-·· - ··- ··-··- ··- ··
- ··- ··- ··- ·· -··-·~-··-··-··-
Na verdade o que Deus quer para nós é que seiamos amigos
uns dos outros, porque é isso que nos pode dar uma vida melhor
e fazer-nos mais felizes .

Jesus apresenta-nos uma nova ordem de valores: os valores espirituais e


morais são mais importantes do que os valores materiais; devem, por isso,
ter a no9sa prefrência. A proposta dele leva-nos a concluir qu ;.:"é mais
lmiMf41 ti.f4t.JJ.tlt:SM•
,-··-··- ··- ··-··-··-··-··-··- ··-··-··
j
. uAssetemarav1lhasdomundo - ··- ··-··- ·· -··- ·· -··-··- ··
j m grupo de alunos estudava
: pedido aos estudant
! e:
as sete maravrlhas do mundo
maravilhas Embora que tiz:ssem uma lista do Que con No final da aula, foi
j seguinte acordo· s opin1oes fossem diferentes co s1der~vam ser as sete
· nsegurram cheg
r 1) O Ta1 Mahal ar ao
f 2) A Muralha da China
f 3) O Canal do Panamá
! 4)Aspirâm1desd0Egrto
f 5) O Grand Canyon
f S) O Emprre State Building
! 7) A Basílica de São Pedro
fAo recolher os votos o
rmenina aind á . , professor notou que
j problemas~~ aºs~:~~:aAdo a folha prof o e~:=~~~~ ~lava muito qureta A
: S . menina respondeu ,...... rguntou-lhe se tinha
im, um pouco Eu -
' . nao consigo fazer a hsta
r O professor disse . porque as maravilhas sa-o
· murras.
1 • Bem, diz-nos lá o que já tens e talvez n
r A menina então leu ós possamos ajudar.
i ·Eupensoq
ue as sete maraVifhas d -
r 1 - Ver o mundo sao:
: 2 - 0uvrr
! 3- Tocar
; 4- Provar
1 5 - Sentir
; 6- Rrr
1
7- Eamar ..
1
1 A sara então ficou completa
mente em silêncio ...
'··-··-·· -··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-~..---
Maria, queres ver o que escrevi durante estas aulas
em que ficámos a conhecer um pouco mais sobre Jesus?

Sim, mostra lá ... O quê, só isto?! Uma frase?!

Sim: ':.Jesus passou por aqui ... e deixou marcas para sempre!"

E eu a pensar que me ias mostrar um testamento!


Mas achas que essa frase resume tudo o que Já aprendemos
ao longo desta unidade?

Claro. Então observa lá bem:


Jesus passou por aqui, pelo nosso planeta, nasceu,
o seu nascimento até deu para inventarem um calendário
que conta o tempo antes e depois do seu nascimento,
cresceu e fez muitos amigos que o seguiam
contou-lhes muitas parábolas, cheias de mensagens importantes
para sermos melhores ...

Ei Miguel, ja percebi, não precisas de continuar,


eu tambem tenho isso escrito, mas eu preenchi quase uma folha ...
tens de me explicar como e que fazes para conseguir resumir tão bem!
Jesus entre os doutores ( 1558), Paolo Veronese

A !1!55AO DE JE5U5
11 CONíE5í!1ÇÃO 005 PODE/<:0505
Apesar da mensagem de amor de Jesus.
nem todos gostavam dele nem apreciavam o que ele fazia.

Havia alguns grupos de homens da Palestina, no seu tempo,


que eram muito importantes e poderosos:

Eu e a Mana fomos pesquisar quem eram essas pessoas


importantes e poderosas·

©SSáduce ram um grupo que se caracterizava pelo apego às


tradiçoes=éque dava especial importância às leis que se encontram
na Bíblia, sobretudo no que diz respeito ao culto. Pertenciam à classe
aristocrática, constituída por Levitas e Sacerdotes. Neste grupo
estavam, ainda, incluídos os ricos proprietários de terras e os
comerciantes. Era um grupo que detinha muito poder e influência.

Por seu lad os Faris ram um grupo religioso cujos membros


observavam, rigorosamente, a Lei dada a Moisés e as tradições.
Tratava-se de um grupo de classe média. Formavam as suas próprias
comunidades, quer em aldeias distintas, quer em zonas restritas da
cidade. Nicodemos, amigo de Jesus, era fariseu .

~acerdotes eram religiosos que serviam no Templo. O chefe


máximo os acerdotes era chamado Sumo-sacerdote. A maior parte
dos sacerdotes eram de Jerusalém, porque trabalhavam no Templo.
Por causa desta grande ligação ao Templo, muitos sacerdotes
perderam o contacto com o povo da região. Os Levitas eram
ajudantes dos Sacerdotes no culto do Templo de Jerusalém.

A estes grupos não agradava ver que muitas pessoas seguiam Jesus,
admirando-o e aclamando-o.
Jesus falava de um Reino e eles não compreendiam que esse reino era,
afinal, a presença de Deus no coração de cada pessoa.

Jesus não queria o poder deles, não estava interessado em mandar


nas pessoas, porque o seu poder era outro· ajudar as pessoas
a serem boas a voltar os seus corações prtra Deus

Jesus era também muito crítico em relação à forma como estes grupos
religiosos viviam a religião. Para eles, a pessoa religiosa era a que
cumpria todos os ritos e obedecia a tudo o que estava prescrito nas leis.
Reduziam a religião a um culto exterior.

A maneira de Jesus compreender a religião


não era bem aceite pelos chefes religiosos.
Para eles, Jesus criticava os rituais sagrados. Como era possível que
alguém se atrevesse a criticar o culto a Deus? Não percebiam que Jesus
não tinha nada contra os rituais, ele apenas não aceitava o facto de se
viver uma vida religiosa desligada do dia a dia e não autêntica, porque
não resultava do amor a Deus e aos outros.

JE5U5 É PR'E50
Jesus tinha consciência de que havia muitos que não gostavam dele e
que queriam a sua morte. Um dia, depois de ter jantado com os seus
discípulos - a Última Ceia - saíram todos de casa, já de noite. Num
campo de oliveiras chamado Getsémani, Jesus ficou a rezar, enquanto
os discípulos, cansados, adormeciam. Na escuridão da noite, chegaram
homens armados, enviados pelos chefes que não gostavam de Jesus.
Vinham prendê-lo, guiados por um dos discípulos, Judas lscariotes,
que tinha aceitado dinheiro para lhes indicar onde Jesus estava. Quando
o prenderam, todos os discípulos fugiram com medo.

Miguel, eu fico sempre


um pouco emocionada
quando ouço este relato
do que aconteceu a Jesus.

Não tenhas problema,


chorar é humano
ia sabes que eu tenho uma coleção de pacotes de lenços de papel na minha mochila ...
pensados para ti! Mas agora, fora de brincadeiras, eu também fico um pouco perplexo
ao ouvir este relato, mas gosto sempre de o ouvir .•.
Me 14. 32-50 ~i E'EO:I
Chegaram a uma propriedade chamada Getsémani. e Jesus disse aos -""~
discípulos «Ficai aqui enquanto Eu vou orar.» ~ornando consigo Pedro, Tiago e
João, começou a sentir pavor e a angustiar-se. '"E disse-lhes: «A minha alma
está numa tristeza mortal; ficai aqui e vigiai... ~Adiantando-se um pouco, caiu por
terra e orou para que, se possível, passasse dele aquela hora. .-;E dizia: «Abbá,
Pai, tudo te é possível; afasta de mim este cálice! Mas não se faça o que Eu
quero, e sim o que Tu queres.»
1
Depois, foi ter com os discípulos, encontrou-os a dormir e disse a Pedro: «Simão,
dormes? Nem uma hora pudeste vigiar! ..avigia1 e orai, para não cederdes à
tentação; o espírito está cheio de ardor, mas a carne é débil.»
Retirou-se de novo e orou. dizendo as mesmas palavras ... E, voltando de
novo, encontrou-os a dormir, pois os seus olhos estavam pesados, e não
sabiam que responder-lhe.
" Voltou pela terceira vez e disse-lhes: «Dormi agora e descansai! Pois bem, chegou
a hora. Eis que o Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos pecadores
~ levantai-vos ! Vamos! Eis que chega o que me vai entregar...
Prisão de Jesus .,E logo, ainda Ele estava a falar, chegou Judas, um dos Doze, e,
com ele, muito povo com espadas e varapaus, da parte dos sumos sacerdotes, dos
doutores da Lei e dos anciãos. "Ora, o que o ia entregar tinha-lhes dado este sinal:
«Aquele que eu beijar é esse mesmo; prendei-o e levai-o bem guardado.»
• Mal chegou, aproximou-se de Jesus, dizendo: «Mestre!»; e beijou-o Os outros
deitaram-lhe as mãos e prenderam-no. 'Então, um dos que estavam presentes,
puxando da espada, feriu o criado do Sumo Sacerdote e cortou-lhe uma orelha. E
tomando a palavra, Jesus disse-lhes: «Como se eu fosse um salteador, viestes com
espadas e varapaus para me prender' Estava todos os dias junto de vós, no
templo, a ensinar, e não me prendestes; mas é para se cumprirem as Escrituras ....
iwiEntão, os discípulos, deixando-o, fugiram todos.

JUL61111ENTO NO Tf<!e>UNl1L JUD/1/CO


Jesus foi levado à presença do chefe dos sacerdotes, que se chamava
Caifás.
Começou então o seu julgamento.

Contudo, não conseguiam encontrar razões para o condenarem. Jesus não


respondia às perguntas deles, porque sabia que já tinham resolvido
condená-lo. No texto que se segue, podemos ler a última pergunta do
sumo-sacerdote e a resposta que Jesus lhe deu.
Me 14.53-65
Jesus no tribunal judaico - 53Conduziram Jesus a casa do Sumo
Sacerdote, onde se juntaram todos os sumos sacerdotes, os anciãos e os
doutores da Lei. $olE Pedro tinha-o seguido de longe até dentro do palácio
do Sumo Sacerdote, onde se sentou com os guardas a aquecer-se ao
lume. · 'Ora os sumos sacerdotes e todo o Sinédrio procuravam um
testemunho contra Jesus a fim de lhe dar a morte mas não o encontravam ;
de facto, muitos testemunharam falsamente contra Ele, mas os
testemunhos não eram coincidentes. 57E alguns ergueram-se e proferiram
contra Ele este falso testemunho ·•..ouvimo-lo dizer: 'Demolirei este templo
construido pela mão dos homens e, em três dias, edificarei outro que não
será feito pela mão dos homens.' ! Mas nem assim o depoimento deles
concordava.
90
Então, o Sumo Sacerdote ergueu-se no meio da assembleia e interrogou
Jesus: «Não respondes nada ao que estes testemunham contra ti?» " Mas Ele
continuava em s1lênc10 e nada respondia O Sumo Sacerdote voltou a
interrogá-lo: «És Tu o Messias, o Filho do Deus Bendito?• Jesus respondeu
«Eu sou . E vereis o Filho do Homem sentado à direita do Poder e Vlf sobre as
nuvens do céu...
"'O Sumo Sacerdote rasgou, então, as suas vestes e disse ccQue necessidade
temos ainda de testemunhas? ..Ouvistes a blasfémia! Que vos parece?» E
todos sentenciavam que Ele era réu de morte. Depois, alguns começaram a
cuspir-lhe, a cobrir-lhe o rosto com um véu e, batendo-lhe, a dizer: «Profetizai•
E os guardas davam-lhe bofetadas.

Para este tribunal, aquilo que Jesus tinha dito era afirmar que Deus lhe
tinha dado autoridade para falar da maneira como falava e agir da
maneira como agia. O que o tribunal contestava é que Jesus tivesse
alguma autoridade. Como é que um homem que fala contra a religião
pode vir de Deus? Para eles era claro: Jesus era um charlatão; dizia-se
investido da autoridade de Deus, mas o seu objetivo era enganar o povo
e alcançar o poder. Tinha, portanto, cometido o pior crime que alguém
podia cometer. Mas os chefes religiosos não podiam condenar ninguém
à morte, porque a Palestina estava dominada pelos romanos , e só o
prefeito romano podia tomar tal decisão. Por esta ocasião, por causa
da festa da Páscoa judaica, o prefeito da Judeia - Pôncio Pilatos -
subiu a Jerusalém
Cr1sto apresentado a Pilatos (1881), pormenor. M1haly Munkacsy

JUl6/tl1ENTO NO TR/tJUNAl ROl1ANO


Jesus foi acusado de afirmar ser o Messias-rei o que, no contexto político da Palestina, no
seu tempo, era equivalente a tra1çao. A política utilizada por todos os prefeitos da Judeia,
para que fosse mantida a ordem no 1mperio romano, era destruir, logo no inicio. qualquer
rebelião, ou levantamento contra o poder instituído.
Para conseguirem que Jesus fosse condenado à morte, logo de manhã,
levaram Jesus ao palácio do prefeito romano, que se chamava Pôncio
Pilatos. Como sabiam que ele não se importava com questões
relacionadas com a religião judaica, para o convencerem a condenar Jesus,
disseram-lhe que ele afirmara que era rei , ameaçando assim o poder do
imperador romano. De facto , Jesus tinha pregado o Reino de Deus, mas era
claro que esse reino não era político, era o poder amoroso de Deus no
coração de cada pessoa.

Me 15. 1-15
J esus no tribunal romano: Pilatos - 'Logo de manhã, os sumos sacerdotes
reuniram-se em conselho com os anciãos e os doutores da Lei e todo o Sinédrio; e,
tendo manietado Jesus, levaram-no e entregaram-no a p=1atos.
2
Perguntou-lhe Pilatos: «És Tu o rei dos Judeus?» Jesus respondeu-lhe: «Tu o dizes ...
3
Qs sumos sacerdotes acusavam-no de muitas coisas. •Pilatos interrogou-o de novo,
dizendo: ccNao respondes nada? Vê de quantas coisas és acusado!» Mas Jesus nada
mais respondeu, de modo que Pilatos estava estupefacto.
1
ªOra em cada festa, Pilatos costumava soltar lhes um preso que eles pedissem. Hav1a
um, chamado Barrabás, preso com os insurretos que tinham cometido um assassínio
durante a revolta. ªA multidão chegou e começou a pedir-lhe o que ele costumava
conceder.
9
Pilatos, respondendo, disse: «Quereis que vos solte o rei dos iudeus?.. Porque sabia
que era por inveja que os sumos sacerdotes o tinham entregado "Os sumos sacerdotes,
porém, instigaram a multidao a pedir que lhes soltasse, de preferência, Barrabás
·:i-romando novamente a palavra, Pilatos disse-lhes: ·Então que quereis que faça daquele
a quem chamais rei dos judeus?» Eles gritaram novamente «Crucifica-o!» Pilatos
insistiu ..Que fez Ele de mal?.. Mas etes gritaram ainda mais: ..cruc1f1ca-0•
15
Pilatos, desejando agradar à multidão, soltou-lhes Barrabás, e, depois de mandar
flagelar Jesus, entregou-o para ser crucificado.
~~
~s
Os chefes religiosos conseguiram convencer Pilatos de que Jesus era
uma verdadeira ameaça à paz. Por isso, o prefeito condenou Jesus à
morte, através da crucifixão, tendo sido primeiro flagelado. Durante o
percurso que os condenados faziam até ao lugar onde eram crucificados,
tinham de carregar com uma parte da cruz. Chegados ao monte Gólgota
(ou do Calvário) , fora da cidade de Jerusalém, pregaram Jesus à cruz. Os
evangelistas não são unânimes, mas o mais provável é que tenham sido
muito poucas as pessoas que acompanharam Jesus no momento da sua
morte, para além de Sua Mãe, algumas mulheres e o apóstolo S. João.

Me 1 ; , 24- 37 ~ E+~J
Crucificação e morte de Jesus - ' Depois, crucificaram-no e repartiram ~~
2

entre si as suas vestes, tirando-as à sorte, para ver o que cabia a cada um.
~Eram umas nove horas da manhã, quando o crucificaram .
28
Na inscrição com a condenação, lia-se: «O rei dos judeus.» ., Com Ele
crucificaram dois ladrões, um à sua direita e o outro à sua esquerda ~ Deste
modo, cumpriu-se a passagem da Escritura que diz: Foi contado entre os
malfeitores .
29
0s que passavam injuriavam-no e, abanando a cabeça, diziam: «Olha o que
destrói o templo e o reconstrói em três dias! JOSalva-te a ti mesmo, descendo
da cruz!»
3
'Da mesma forma, os sumos sacerdotes e os doutores da Ler troçavam dele
entre si: «Salvou os outros mas não pode salvar-se a si mesmol O Messias, o
Rei de Israel! Desça agora da cruz para nós vermos e acreditarmos!• Até os
que estavam crucificados com Ele o injuriavam.
ªAo chegar o mero-dia, fez-se trevas por toda a terra, até às três da tarde. E às
três da tarde, Jesus exclamou em alta voz: «Eloí, Eloí, lemá sabachtáni?.., que
quer dizer: Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?
35
Ao ouvi-lo, alguns que estavam ali disseram: «Está a chamar por Eliasl» Um
deles correu a embeber uma esponja em vinagre, pô-la numa cana e deu-lhe
31
de beber, dizendo: «Esperemos, a ver se Elias vem tirá-lo dali.» Mas Jesus,
com um grito forte, expirou.
A RE55Uf<REIÇÃO) vrrór<!A
DA VIDA 50/:Jl<E A HOl<TE
Com a morte de Jesus parecia ter acabado o Reino que ele tinha vindo
inaugurar. Estaria tudo perdido? Afinal Jesus não era o Enviado de Deus? Se
ele vinha em nome de Deus, como podia.:Dlelulslelrlmlilti'r~u~e ele morresse
daquela maneira, desprezado o todos.
s seus amigos e
discípulos puderam vê-lo ressuscitado. Os cristãos sabem que Jesus está
vivo e é isso que lhes tem dado alento ao longo dos séculos, porque têm
Jesus com eles, presente nas suas vidas. Os cristãos acreditam que Jesus é
o Filho de Deus, viveu fazendo e ensinando o bem, morreu e ressuscitou por
ter defendido a dignidade de todas as pessoas e o amor universal e infinito
de Deus. Por is!-GiM€lufüdJHl•f•]16Jfüj#1~Md•fif!l!@l:Jl'êle1fjp
~}{11!H§t'Et·i·~

··=m:{!l,;f,ft4(4'l@'*""'·dM.fobil!l•Mlil1Mi•!!IM/ifitol.!Mi·&
~· - · __:._§. - - ··- ··- ··- ··-··- ··-··- ··- ··- ··- .. - ··-··- ··- .. - ·,.j
·· - ·· - ·· - ··- ·· - ·· - ·:- ·· :- · ·- ·· - ·~for ai" Papa Francisco
"A Ressurreição de Cristo e a noss ç b , maior esperança porque abre a l
urreição que nos a re ª . ·' 1 para ·
( ) é precisamente a Ress t de Deus para a felicidade P ena, j
~~ssa vida e a vida do mundo para o fu~~rt~ e~~~em ser derrotados. E isto leva a ~iver :
a certeza de que o mal, o pecado e~ . enfrentá-las com coragem e compromisso. l
com maior confiança as re~lida?es d1ánas, a 1 ova estas realidades quotidianas. A l
A Ressurreição de Cristo ilumina com uma uz n !
Ressurreição de Cristo é a nossa força! h stá vivo e caminha ao nosso !
fr t ta certeza· o Sen or e cei ·
(...) Digo-vos: levai em en e es. - Le~ai em frente esta esperança. Permane !
lado na vida. Esta é a vossa m1ss~ol e está no céu· segurai com força a corda, j
alicerçados nesta esperança, n~sta ~nco;: ~uesperança. vÓs, testemunhas de Jesus, l
permanecei ancorados e levai em ren ue Jesus está vivo, e isto dar-nos-á esperança, i
deveis levar em frente o testemunho de q elhecido devido às guerras, ao mal e ao :
dará esperança a este mundo um pouco env l
pecado. Em frente, jovens! l
. a/ 1
CATEOUESESD~~~~?.~.~~:.~~~~~~.~-~~~i:!~~~::~·~ ·--··-··-··-··-··-··-··-·· -E
·· B
··- ··- ··- ··- · H-e ;m" )EP

Jo 20, 19-2 3 i_,....~


''Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas
do lugar onde os discípulos se encontravam, com medo das autoridades
judaicas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja
convosco!» 200ito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos
21
encheram-se de alegria por verem o Senhor. E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz
seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.»
22
Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo.
23
Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem
os retiverdes, ficarão retidos.»
O ,nc,.>dulo S Tomé (1601) Conwoggk> ~
Numa das suas aulas de EMRC , o Miguel e a Maria ficaram extremamente felizes ao <<l..
saber que Jesus tinha ressuscitado. No entanto, enquanto escreviam um e-mail aos
seus melhores amigos a contar a sua descoberta, o computador estava com um
vírus e algumas palavras desapareceram! Procura ajudá-los a compor a mensagem
utilizando o seguinte banco de palavras:

Jesus - fariseu - confraternizar - ressuscitou - desistiu - discípulos- acreditar -


feliz

Amigo! Como estás? Tudo bem?


Hoje descobrimos uma coisa extraordinária na aula de EMRC! Então não é que,{....)
aquele homem maravilhoso que dizia ter vindo ao mundo para fazer a vontade de
Deus,{...)! Absolutamente incrível, não achas?
O professor disse-nos que, no início, os seus próprios {... ) tiveram dificuldade em ~~ · ?>LI
{...)(isto é que me custa a aceitar... ) mas, quando o próprio Jesus lhes apareceu , ~ ~
todos ficaram admirados e contentes. z ,·
Estou muito(...) e tenho a certeza que depois desta aula a minha vida será ainda ~ J
mais maravilhosa. . <$Q.:>o~1>1
Um abraço grande para ti e para a tua família. Afonso · ~·-f'óóell

~~ E!~J
_;..>-~
Jo 10, 10
0
' 0 ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que

tenham vida e a tenham em abundância.

a) A Páscoa é a maior festa dos cristãos.


b) Deus quer a morte e não a vida.
c) Jesus não venceu a morte quando ressuscitou.
d) A morte de Jesus não modifica a vida dos cristãos, pois continuam sem esperança.
e) A Páscoa celebra o grande amor de Jesus por todos nós.
f) Cristo vivo é caminho para todos os que acreditam nele.
TRADIÇÕE5 DA PÁ5COA
As tradições da Páscoa estão ligadas à Ressurreição de Cristo e à
celebração da Vida.

tradição fazer procissões nesta altura.

g L_
~ Investiga na Net as diferentes tradições das localidades
7"""~ do nosso país na celebração da Semana Santa
··- ··-··- ··- ··- ··-··-··-··-··- ··-.. - ··- ··- ··-··-··-··.- ·:- ·)
:-..- ..- .. -~.;j~-; ..;~d~Nossa Senhora é transportada por uma burrinh~, n.'.1 Proc1ssao j
! Em :ra~ h ~ São Brás de Alportel (Algarve) realiza-se uma proc1ssao de flores :
1r:,~~~:~~!{~0~~~~ ~~;~~~~~~sd~o~~:~~d~·;s~~~~~: ~ºu~~:~~'.',,º~~p~::~~q~~'. 1
! "Ressuscitou como disse, Aleluia, Aleluia, Aleluia . - de velas à :
Í Em muitas localidades celebra-se também a Sema~a Santa.~om pro~issoes l
i · u com re resentações teatrais da condenaç~o e martmo de Cristo. _!
j ~~~i~ntejo er:Castelo de Vide, além das procissoes benzem-~e os b~rregos e fazem i
: -se chocalh~das, com as pessoas a sair à rua com chocalhos, guizos e sinos. l
i··-··-
lnhttp://www.online24.pt/4-tradicoes-d~~~:_o:!~'!1.!~~~?!!_~~~~!!!?.~
··-··- ··-··-··-··-··-··-·
.. - ··- ·· -··- ··-··-··- ··-··- :

O Conpa??O
Na Páscoa é tradição em todo o país a limpeza da casa. Em algumas zonas
até se caiam as casas para, no domingo de Páscoa, dia da Ressurreição,
receber a visita pascal, o compasso. O pároco, com a ajuda de alguns
paroquianos, leva "O Senhor" de casa em casa, para abençoar aquele lar e a
família que lá vive. A família costuma oferecer, como sinal de hospitalidade
aos constituintes do Compasso, doces da Páscoa, licores e vinho do Porto.
O Folar
O bolo folar é sinal de amizade e reconciliação. É tradicionalmente o pão da
Páscoa em Portugal. Pode conter ovos. Os ovos simbolizam a vida e por isso
são um dos símbolos da Páscoa. O folar era também o presente que os
padrinhos e as madrinhas davam aos seus afilhados no domingo de Páscoa
para quebrar o jejum da Quaresma. Os afilhados devem oferecer no domingo
de Ramos um ramo de oliveira ao padrinho ou um ramo de violetas à
madrinha.
~

A minha avó adora contar-nos histórias,


por acaso esta semana ela contou-me esta sobre a lenda do folar da Páscoa.
- ··-··-··- ··- ··-··- ··- ··- ··- ··- ··- ··-··-··- ··-··-··- ··- ··- ··- ··-··-··-··- ··- ··-··- ·)
! Lenda do Folar da Páscoa :
! A lenda do folar da Páscoa é tão antiga que se desconhece a sua data de origem. Reza a !
i Lenda que. numa aldeia portuguesa. vivia uma jovem chamada Mariana que tinha como !
l único desejo na vida o de casar cedo. Tanto rezou a Santa Catarina que a sua vontade se i
l realizou e logo lhe surgiram dois pretendentes; um fidalgo rico e um lavrador pobre, i
: ambos jovens e belos. A jovem voltou a pedir ajuda a Santa Catarina para fazer a escolha l
! certa. Enquanto estava concentrada na sua oração. bateu à porta Amaro, o lavrador ·
! pobre, a pedir-lhe uma resposta e marcando-lhe como data hm1te o Domingo de Ramos. !
i Passado pouco tempo, naquele mesmo dia apareceu o fidalgo a pedir-lhe também uma 1
l decisão. Mariana não sabia o que fazer. ·
1 Chegado o Domingo de Ramos. uma vizinha foi muito aflita avisar Mariana que o fidalgo
l e o lavrador se tinham encontrado a caminho da sua casa e que, naquele momento,
: travavam uma luta de morte. Mariana correu até ao lugar onde os dois se defrontavam e
! foi então que, depois de pedir ajuda a Santa Catarina. Mariana soltou o nome de Amaro,
! o lavrador pobre. Na véspera do Domingo de Páscoa, Mariana andava atormentada,
i porque lhe tinham dito que o fidalgo apareceria no dia do casamento para matar Amaro.
1 Mariana rezou a Santa Catarina e a imagem da Santa. ao que parece, sorriu-lhe No dia
l seguinte, Mariana foi pôr flores no altar da Santa e, quando chegou a casa verificou que,
: em cima da mesa, estava um grande bolo com ovos inteiros, rodeado de flores. as
! mesmas que Mariana tinha posto no altar. Correu para casa de Amaro, mas encontrou-o
! no caminho e este contou-lhe que também tinha recebido um bolo semelhante.
j Pensando ter sido ideia do fidalgo, dirigiram-se a sua casa para lhe agradecer, mas este
j também tinha recebido o mesmo tipo de bolo. Mariana ficou convencida de que tudo
i tinha sido obra de Santa Catarina
· Inicialmente chamado de folore, o bolo veio, com o tempo, a ficar conhecido como folar
e tornou-se numa tradição que celebra a amizade e a reconciliação Durante as
festividades cristãs da Pascoa, o afilhado costumam levar, no Domingo de Ramos, um
ramo de violetas à madrinha de batismo e esta, no Domingo de Páscoa, oferece- -lhe em
retribuição um folar.

: Lenda do Folat da Páscoa


! ln lnfopédia (Em linha} Porto Porto Editora 2003-2014 (Consult 2014-07- 25)
1 D1sponlvet em www rn'oped1a pti'Sfenda--do-folar-da·p.'lscoa
1
'-··-··-··-··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··-··- ··- ··- ··-··-··- ··-··-··-··-··-··-··- ··-·- -...

Os símbolos da Pá
scoa
O ovo - s1mbo/o da "
ida, representa o
O nasc1ment
cordeiro, que simbo/i . o e a renovação.
que se sacrificou em ta za Cristo, o cordeiro de D
vor de todo o reb h eus,
A vela (chamada cír an o, Que são os homens
Que venceu as io Pascal) lembra a .
Simboliza a luz :~vas da morte. presença de Jesus Ressu
no alfabeto grego:~ g.r~vado os símbolos AI . sc1tado,
Ouer dizer Deus 'e gni~1ca~. respetivament fa( .e -~mega Que,
o Prtnc1p1o e 0 fim d e, tn1c10) e (fim)
A e tudo ·
cruz lembra a morte de C . .
nsto.
O toque festivo dos
sinos anuncia a R
essurre1ção de C .
nsto.
DAR VIDA A05 OUTR05
"S-;~h~~~q~-;·~~~~d-;·~-;j~-;;;;h·;;·t-;;~;;~·d ·:-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-·
mais santa, tornando-me eu mais sa~to" o me eu melhor. Senhor, que a Igreja seja 1
1
·· -··-··- · · -··- ··-·· JoãoPaulol j
-··-··- ··-··-··-··-··-··-··- ··-··- ··-··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ·· j

Que podemos nós fazer para termos uma vida feliz? A vida é uma história
Çlue se vai construindo pmaismsDoma~pmais~siºimiiiifiiiÍ
··-··- ··- ··-··- ··- ··-··- ··- ··-··- ··-·,
r ··-··- ··-··-··- ··-:-.. :--··-:-··-··t~;;~;~~·t;;t;munho da vida que é mais forte que o
. "Que as vossas ex1stenc1as se
l:
·\ pecado e a morte. Boa Pásco a a todos!" Papa Francisco
1:

t..-··-··-··-··-··-··-··-··-··-·· -··-·· -··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-·· -··-·· -··-·· . .


- ··- ··- ··-··-··-:·-··-..- ··-··-··- ..- ··-··- ··- ··-··- ··-··-··-··-··- ··-··-··-··- ··- ·,
. 1
\ aaden powell . Uttirn• t.1ensagern '

\i Se já vistes a peça peter pan, navais de recordar.vos d• corno o cnefe dos piratas estava
\ ' caros
sempre escuteiros:
a fazer o seu discurso de despedida, porque receava que, quando IM cnegasse
\ a nora de morrer. talvez não tivesse ternPo para o fazer. l'.contece·rn• coisa rnuito
\ parecida e por isso, embora não esteja precisamente a morrer. morrerei qualquer d•• e
1 quero mandar-vos urna palavra de despedida. Lembrai-vos de que é a úllitn• pai•"'ª
i que vos dlfijo. por isso meditai·•· Passei uma vida felicíssima e dese10 que cada um de
\ vós sei• igualmente feliz Creio que oeus nos co1oeou neste mundo encantador paia
\ seirnos felizes e ap1ec1aimos a vid•· /!. felicidade não vem da iiqu•za· nem
' simp1esrnente do êxito de urna carreira, nern dos prazeies. um passo para a fe11c1dad• é
\ serdes saudáveis e fortes enquanto sois rapazes, para podeide• se< úteis e gozar a vida

i O estudo d• natureza mostrar.vos-à as coisas belas e maravilhosas de que o eus encneu


~\ quando tardes
o rnundo paranomens.
vosso deleite. contentai·vos corn o que tendes e tirai dele o maior
\ proveito que puderd••· Vede sempre o lado rne1nor das coisas e náo o pior.
\ Mas o melhor meio par• alcançar a felicidade é contribuir pai• a felicidade dos outros.
, procura• deixar o mundo um pouco me1nor de que o encontrastes e quando vos cnegar
\ a vez de morrer. podeis morrer felizes sentindo que ao menos não desperdiçastes o

\i tempo e fizestes todo


Esta• preparados o passivei
desta maneirapor praticar
para viver eomorrer
bem. felizes • apegai-VOS sempre à vossa
\ promessa escutista· mesmo depois de jà não serdes rapazes e oeus vos ajude a

\ proceder assim
\\~s........_~ ~.........._
\•··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··-··---'*"
: O vosso Amigo
Nós não nos pregamos a nós, mas ao Senhor,
e apenas o fazemos por Seu Amor
Das trevas resplandece a Luz, disse Deus,
e foi Ele quem brilhou no coração dos Seus.
Trazemos, porém, este Tesouro
em vasos de barro,
para que se possa ver
vir de Deus
esse poder.
Em tudo somos atribulados
e perseguidos,
mas não desamparados e nunca vencidos.
No nosso corpo levamos sem cessar
a morte de Jesus, para a Sua Vida manífestar.
Trazemos, porém, este Tesouro
em vasos de barro,
para que se possa ver
virdeDeus
esse poder.
Sabemos que Aquele que O ressuscitou
também ressuscitará aqueles para quem olhou.
E assim jamais iremos perder a Alegria,
grande é o peso da Glória que nos espera um dia.
Trazemos, porém, este Tesouro
em vasos de barro,
para que se possa ver
1 virdeDeus
esse poder.
1

! Grupo das Terças, Coimbra - Corpo Nacional de Escutas j


? ~ ""··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··-··- ··- ··- ··-··- ··-··- ··-··

~
~~
7./'
li d Presente o que aprendemos nesta unidade
en o compreen der, partilhar
b
so. re
s construrr
importanc1a
• de respeitar· cuidar.
uma prOJetc para. a nossa escola que
ajudar, . daevez
amar, um lugar ond e todos somos felizes.
vamo
mais
contribua para que ela se1a ca
A primeira pergunta a fazer é:
alguém está triste na nossa escola?

A segunda é:
o que vamos fazer para que essa pessoa
sinta que gostam dela?

Podíamos chamar ao nosso pro1eto "Alegria+ tristeza -· ...ou .. ."


Aqui na escola é proibido estar tnste!"...ou .. ."Viva a Vida!"...ou ...

Já estou a pensar em tantas coisas que podemos fazer....


tantas "boas ações"...

NE5TIr UNIDADE APRENDI QUE: \.,..


V Jesus de Nazaré dava valor a todas as pessoas e
w
defendia a dignidade humana.

V Devemos reconhecer, como Jesus, que todas as pessoas têm valor


e merecem o nosso respeito .

V Jesus anunciou Deus como sendo misericórdia, bondade


para com todos, perdão e acolhimento de todas as pessoas.

V Posso contar com o amor e a ajuda de Deus mesmo quando


não sou capaz de ser bom e amigo dos outros.

V A mensagem trazida pela Ressurreição de Jesus,


à luz do amor de Deus, mostra que Ele quer a vida e não a morte.

V Analisar textos da Bíblia sobre a morte e a ressurreição de Jesus,


nos faz retirar ensinamentos para a nossa vida concreta.

V Devo promover a vida, permitindo que cresça


e procurando torná-la melhor para mim e para os outros.
1111LIHENTl1ÇÃO
Todos percebemos a im ortânci ue a alimenta ão tem no nossQ.dia a
SJ Pela manhã sentimos necessidade de tomar uma boa refeição que
nos reconforta e nos fornece a energia necessária para iniciarmos as
nossas atividades. Ao longo do dia, quando as energias começam a faltar,
é muito agradável interrompermos as nossas tarefas para tomarmos as
várias refeições. Estas são tão importantes que lhes dedicamos muito
tempo do nosso dia, tanto na sua preparação como na sua ingestão.

Maria, qual é a tua refeição favorita?


É o almoço. E a tua?

Eu por mim, são todas!. .. em minha casa eu até sou conhecido


como o "limpa restos". Ainda outro dia, a minha mãe queria aproveitar
uns restos de carne do almoço, para fazer empadão de carne
para o jantar... só que eu "limpei" a carne toda numa sandes ao lanche!

Que exagero, então uma fatia de queijo


não chegava?
Maria, eu estou em crescimento, preciso de me alimentar!. ..
agora queijo, isso é para meninos!

A transformação dos alimentos é


especificamente humana e significou a
passagem de um nível mais primitivo e
natural para um nível cultural. As diferentes
comunidades humanas começaram a
utilizar e a transformar os diferentes
alimentos de forma particular, atribuindo-
-lhes características e valor simbólico
próprios. A escolha, a confeção e a
interdição de alimentos para o consumo
humano integram e representam códigos
próprios de cada cultura.
Q"~
Na fase de nomadismo, os seres humanos aprenderam a recolher da natureza~
os produtos necessanos à sua sobrevivência e deslocavam-se constantemente
em busca de alimentos. Estes eram consumidos crus e a dieta alimentar humana
era essencialmente constituída por frutos, tubérculos, vegetais, alguns peixes e
moluscos.
Com a sedentarização e o dom1nio do fogo, os seres humanos começaram a
transformar os alimentos A ntrodução dos víveres cozinhados na sua dieta
alterou os hábitos alimentares. uma vez que proporcionou a introdução de novas
iguarias. Em consequência destas alterações, as caracteristicas fisionómicas e
fisiológicas das pessoas modificaram-se.

r.w1.1.1.m:11••m.11.1.M111.11a.w.1:t.tk41kw:tMtMi4&.tL-t41m ••11a••1.mFM
eriencia d su - as on -mia

Os nossos hábitos alimentares são a expressão de um património


cultural antigo, resultado da acumulação de saberes de diferentes
culturas. Estes dependem também da situação geográfica e dos bens
nela, disponíveis. A astronomia ortu uesa_ tem características_
meaiterrãnicas, nomeadamente no que se refere aos alimentos
utilizados e à forma de os confecionar. Esta sofreu influências que
remontam aos hábitos alimentares romanos, helénicos, judaicos e
árabes. Mais tarde, na época dos descobrimentos, a gastronomia
portuguesa acolheu a introdução de novos alimentos, condimentos e
formas de os preparar, trazidos de África, da Índia e da América.

DIETA MEDITERRÂNICA
GRUPOS DE ODUTOS/AllM NTOS
c:erears {pão, massa, ...} Tngo, mílho, centeio, arroz. ..

~
Tubérculos Batata, cenoura, nabo... ~
A alimentação mediterrânea
Leguminosas FeiJão, grão, ervllha, fava ...
assenta no consumo diário
Frutas frescas em abundância Maçã, pêra, laranja ... abundante em hortaliças,
fruta e leguminosas, numa
Frutos seçps e legumes Castanhas, nozes, avelãs, amêndoas grande quantidade de
em abundãncia oouve, tomate, pimento, agnão, alface•••
alimentos fornecedores de
Peoce em malOf quantidade Sardinha, carapau, bacalhau, pescada,
do que carne atum... amido e no azeite, como
Gorduras Azeite como a gordura base altmentar gordura alimentar. A
primazia do peixe sobre a
Ervas aromáticas variadas Salsa, coentros, hortelã, poeJO, carne, a utilização de ervas
e usadas em permanência óregãos, cominhos ...
aromáticas e a substituição
Ladlcínios em reduzida quantidade Queijo, iOgurt.e....
do sal pelo alho também a
Carne em pequenas quantidades Aves, coelho, borrego, cabrito, vaca, caracterizam. Esta dieta
porco... alimentar e considerada,
Bebldas Água em abundância e vinho tinto pela medicina, bastante
em quantidades moderadas saudavel
~ sabedoria pop.ular, q~e ~gura n?s provérbios, revela-nos o conhecimento
o povo sobre a rmportancra da alimentação. Este tema é um dos mais ricos e
presentes neste gérn~ro literário, oferecendo-nos abundantes imagens com
valor moral e expressoes que contêm ensinamentos e regras sociais.

Eu até sei de cor alguns provérbios populares onde 0 tema é a alimentação


Queres ver? ·
Casa º .nde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão.
Ter mais olhos que barriga
Quem não trabuca não manduca
De fartas ceias estão as sepulturas cheias.
Guarda que comer, não guardes que fazer.
Pela boca morre o peixe.
- Nao há fome que não dê em fartura.
Grao a grão enche a galinha o papo.
Deus dá nozes a quem não tem dentes para as comer.

. No Antigo Testamento,
alimentou o povo, no deserto, enviando o maná e codornizes. No Novo
Test~~ento, _Jesus t~ansformou. a água em vinho nas bodas de Caná,
multrplrcou paes e peixes para alimentar uma multidão e encheu as redes de
pesca aos pescadores num dia em que nada traziam da faina.

Na Idade Média, encontramos milagres semelhantes nas lendas biográficas


de _quase todos os santos. O aparecimento milagroso de alimentos, em
perrod.os de fome, surge ligado à sua ação solidária para com as vítimas da
carestia. Eram, ~ssim, identificados com a ação fraterna de Jesus. A Rainha
Santa .Isabel freou conhecida pela sua bondade para com os mais
necessitados, a quem distribuía alimentos.
··-··-··-··-··- ··-··-··- ··-··- ··- ·· - - ··- - - ·-··-··- ··- ··-··-··-··-··- ··- ··- ··- ··-··- ··-
Lenda das Rosas
Ele chamava-se Dinis, era rei e poeta. Ela chama--se Isabel, era rainha e carinhosa. Ele estava preocupado com as
guerras e ela estava preocupada com os pobres. Um dia Isabel saía do castelo com moedas e pães para matar a fome
aos mais pobres, quando o rei lhe saiu ao caminho e perguntou.
- Senhora, que levais aí guardado em vosso manto?
Assustados pela presença do rei, os pobres que se tinham espalhado pelos jardins correram a esconder-se e temeram a
fúria do rei
Com boas palavras, a rainha afastou as desconfianças do rei. Os pobres voltaram a procurar a ajuda da carinhosa
Isabel. Mas nas lendas e nos contos também há malvados ... E aqui foi um fidalgo intriguista que foi dizer ao rei que a
rainha desperdiçava o dinheiro da coroa dando grandes esmolas aos vadios e ladrões.
E o rei acreditou nas palavras daquele homem maldoso. Saiu de novo ao caminho de Isabel e fez-lhe a mesma pergunta:
- Senhora, que levais guardado no vosso manto?
Certa de que Deus não iria desampará-la, Isabel ergueu a cabeça e olhou para o céu antes de dar a resposta:
- São rosas, senhor, são rosas.
Abriu o manto e, perante o seu próprio pasmo, viu que pão e moedas se tinham transformado em hndas e frescas rosas.

----··-
Isto diz a história da Rainha Santa Isabel de Portugal.

- ..- ..- _.,_ ·- ··- ..-··-··- ··- ··-··-··-··-··- ··- .. - ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··-··- ··- .,_.. _.. _..
Natércia Rocha , Contos e lendas de Portugal
Santa Isabel, rainha de Portugal , nasceu em 1270 e faleceu em 1336. Era filha de
Pedro Ili de Aragao e de Dona Constância da Sicília. Foi dada com doze anos em
matrimónio ao rei D Dinis de Portugal, que lhe deu total liberdade para praticar as
suas devoções A rainha pelo seu exemplo de vida, conseguiu influenciar o seu
mando. Diz-se que, ainda criança, ja os pobres lhe chamavam mãe. A festividade em
sua honra celebra-se a 4 de JUiho e o seu túmulo encontra-se na 1greia de Santa Clara,
em Coimbra.

Indica quais das seguintes afirmações são verdadeiras.


7<
a) O rei D. Duarte era poeta e a rainha D. Isabel, sua mulher, era carinhosa. <lf
b) D. Dinis preocupava-se com as guerras e a rainha preocupava-se com os
pobres.
c) D. Isabel nunca saía do castelo e mandava os criados alimentarem os
famintos.
d) A rainha foi abordada pelo rei porque este deseiava saber o que ela
transportava no seu manto.
e) Os pobres temiam a fúria do rei.
f) Os mais desfavorecidos procuravam a ajuda do rei D. Dinis.
g) O rei voltou a questionar a rainha porque alguém lhe disse que ela ajudava
os ladrões.
h) O pão e as moedas foram transformados em rosas.

11 f<EFEIÇAO~ EXPER'IÊNC/11 DE ENCONTRO


O aspeto humano central das refeições não se encontra tanto nos
alimentos em si mesmos, mas na relação de fraternidade entre as
pessoas que partilham as mesmas refeições. É nisto que o ser humano
se distingue particularmente dos outros animais. Enquanto estes
reduzem tudo ao ato de se alimentarem, o ser humano transforma as
refeições em atos de confraternização e de convívio social
extremamente relevantes. Comer e bebw nto- re foi uma forma
de expressar aliança, amizade e união ...TM&~GGftiUib
com a pª_rticipação à_rnesma m~sa .
As refeições proporcionam-nos momentos de prazer e de conv1v10.
Surgem como uma experiência de confraternização entre os vários
membros da família. Estar à mesa era, na voz dos mais antigos não
apenas um lugar de fazer refeições, mas um lugar para trocar
experiências, aprender, refletir, aproximar e celebrar. Lugar onde se
partilhava as experiências do dia a dia, as dúvidas, onde se davam
conselhos, onde se faziam repreensões e onde se rezava e agradecia a
oportunidade de usufruir de uma refeição e os alimentos disponíveis.

Ouviste o Carlos dizer ao professor que em casa dele raramente o jantar é em família,
com toda a gente à mesa? Fiquei espantada! E ele a dizer que come no sofá?!
Com um tabuleiro?!

É porque o tabuleiro deve ser boa companhia ... e a televisão também!


Ah já sei! Ele deve gostar assim porque nem o tabuleiro
nem a televisão lhe pedem para partilhar a refeição!
Por isso e que ele está um bocadito pesado e por não partilhar com ninguém ...

Eu não passo sem a companhia de toda a família à mesa!


É tão bom! Mesmo quando a mãe faz batatas cozidas
com pescada e hortahça1 Com a companhia deles até nem me dou conta,
porque entre as garfadas vamos falando.
Às vezes o meu pai ate tem de me mandar calar,
porque não se fala de boca cheia!

... no fundo tenho pena do Carlos e de ele nao poder fazer o mesmo.

Fazer as refei õ~m con·unto é ai o ue. dá sentido ao termo famíli


tornando este ato como um dos rituais comunitários mais comuns da
sociedade.
Aos domingos ao almoço a minha cozinha é uma autêntica escola de culinária!
Todos ajudam a cozinhar! Eu gosto de preparar as entradas, o pai gosta de ir
petiscando e faz os grelhados, a mãe prepara o arroz e a salada ...

Olha na m nha casa também e assim'


Eu gosto de ajudar a fazer a sobremesa!
O meu pai gosta de fazer invenções e a minha mãe desata a ralhar
com ele porque nem sempre corre bem.
Gosto daquela azáfama da cozinha antes do almoço!
É' Eu também , principalmente de rapar a taça
com os restos da massa do bolo . e do convívio, claro!

Pre arar e_ artilhar os alimentos é uma das formas mais a11ti as d


•- • •• - - • A preparação de uma refeição,
porque se repete diariamente, pode tornar-se um gesto
"mecanizado". No entanto, porque realizado a pensar nas pessoas
com quem se vai partilhar a refeição, transforma-se num gesto de
carinho. Neste sentido, quem prepara as refeições, em especial em
casa, transporta para esse momento todo o conhecimento
adquirido, toda a sabedoria que a família foi construindo, todos os
paladares, aromas e técnicas. Não se trata só da escolha dos
alimentos, não só da quantidade a ser usada, não só da forma de
confecionar, mas também de ter presente os "gostos" de cada um,
a partilha, a troca de o iniões.
O 5/6N/FICADO
5/Hf:JÓL/CO-REL,·6 1050
DO AL/!1ENTO E DA REFEIÇÃO

C&iAIUill&IMl·11füà,~J:tiiuf4fü,t-i"t:&ii! ..iji.tffilMl ·rl•lfüt'itolocada à


-
disposição dos seres vivos, integrando os elementos necessários à sua
sobrevivência. Mas, para os autores bíblicos do Antigo Testamento, nem
todos os alimentos devem ser consumidos pelas pessoas: alguns são
próprios para o consumo humano; outros, são impróprios.
O consumo dos alimentos é regulado por normas de carácter religioso .
Estas normas orientam os rituais de confeção dos alimentos e prescrevem
aqueles que são permitidos, bem como os que são interditos ao consumo
humano.
Os fariseus do tempo de Jesus respeitavam um conjunto de regras que
orientavam as refeições e tinham por objetivo a defesa do seu sentido
espiritual. As questões ligadas à comida ocupavam grande parte dos
normativos legais. Por outro lado, os essénios seguiam um verdadeiro
ritual durante as refeições.

Jesus entra muitas vezes em conflito com os fariseus pelo facto de eles
darem muita importância a estes rituais de purificação e esquecerem o
essencial, ou seja, que no centro da atenção de Deus está o bem de todas
as pessoasitpllL!f:1it·l•l•tiâ1n;,MílC•~l·h'êl•l!MWM~l 41mti•EIB4i4•1§ig'4A
Ar$11iil1i•Mifli&l·t$:ihut§.)(.l:a:Ji1Mtibft4.I4i·i·il'll1h5\ terra prometida
por Deus ao seu povo surge, no livro do Génesis, como um local
paradisíaco e abundante em alimentos (cconde corre o leite e o mel») .
Nos momentos de sofrimento, o povo vive na esperança da real ização
da promessa, segundo a qual virá um tempo de conforto, de paz e de
abundância de víveres.

A história da dádiva do Maná ao povo de Israel, no momento da travessia do Q.:~


deserto a caminho da terra prometida, encontra-se em Ex 16. ~
Não se sabendo ao certo o que será, o Maná é uma substância granulosa,
provavelmente produzida pela secreção do tamarisco (fruto da tamargueira) . De
acordo com o texto bíblico, parecia-se com semente de coentro, era branco e
sabia a bolo de mel.
Quando os hebreus viram o acampamento coberto com esta substância ficaram
espantados e perguntaram «Que é isto? .. (em hebraico Man hú) . O nome maná
provém, pois, da pergunta feita pelos israelitas, apesar de o texto bíblico lhe
chamar ccalimento» ou «pão». O maná simboliza, portanto, o pão caído do céu
para alimentar o povo.
No Novo Testamento, Jesus, o alimento dos que nele acreditam , é identificado
com o novo maná, o Pão de Deus descido do céu .

Um dia, os discípulos de Jesus pediram-lhe que os ensinasse a rezar.


Jesus ensinou-lhes a oração do Pai-Nosso. No início da segunda
parte, esta oração faz referência ao pão quotidiano, símbolo do
alimento diário necessário à sobrevivência de cada pessoa: ccDá-nos
cada dia o pão de que precisamos ... » (Lc 11 , 3) .
O ltZE!rE

O azeite é um dos principais produtos da terra prometida e é sinal de bênção


divina. Simboliza a alegria, a fraternidade , a riqueza e a abundância. O azeite
servia para curar feridas, para temperar os alimentos e para iluminar. No
Antigo Testamento, os reis , os profetas e os sacerdotes de Israel eram
ungidos com azeite, para significar a bênção de Deus para o exercício de
uma missão importante.
Nas celebra ões cristãs,
!1!9.!!ER!M!!!~!t!

A oliveira, árvore que produz a azeitona, a partir da qual é produzido o


azeite, simboliza a paz e a reconciliação nas tradições judaica e cristã.

OV/N/10

O vinho é frequentemente associado ao sangue. Qrâllfmt'ít§t•QM!tD


411ii'i'S'tiEEit4•ijp' No Evangelho de São João, é um dos elementos
principais, a par com o pão, da celebração eucarística.
A videira era considerada uma árvore sagrada pelos povos do Médio
Oriente. O povo hebreu é influenciado pela cultura dos povos que o rodeiam
e adapta os seus símbolos.
Na simbologia bíblica, a videira, tal como a oliveira, é uma árvore messiânica
e a vinha, tal como o vinho, representam a vinda do reino de Deus.
[IGM R]'iNSTÀuÇÃÕ.GERALDÕ.MrsS·LÁ.ÕMANÕ·.:_-c·- ·v1·i-o''-:··- ··-·:- ··-··-··- ··- ··- ··
a Eucaristia, n05 319 ap • · pao e o vinho para celebrar l
31 9.bSeguind? o exemplo de Cristo, a Igreja utilizou sempre 0 pão e 0 vinho com água para l
1
ce e rar a Ceia do Senhor.
ln http.//www.liturgia.pVdocumentos/hostias.php 1
- ··-··-··- ··-··- ··-··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··-··-··- ··- ··-··- ··- ··-··-··- ··- ··- ··- ··j
Facilmente percebemos a importância da água no nosso dia a dia: na
higiene matinal que nos refresca e revigora, no gole de água fresca
que nos reconforta quando a sede aperta, na limpeza das nossas
casas ou na frescura do jardim regado . E parece-nos tudo tão fácil,
basta abrir a torneira! Se visitamos uma igreja, a água benta, da pia
batismal, convida-nos à interioridade, à presença de Deus. Aqui, ela
assume um valor sagrado, ganhando outro sentido. De fonte da vida
física transforma-se em fonte da vida espiritual.

WSl!Ll&14.J6WJ!,fíi!ImttMt:J€i•tÍiàiit•1ei€1•€1Grfl Ela apresenta-se


como purificadora na maioria das religiões, incluindo o Hinduísmo,
Cristianismo, Judaísmo, Islamismo e Xintoísmo.

Noutras culturas, por exemplo, para os índios Carajás (Brasil) , o rio ~


Araguaia é sagrado, porque entendem que a sua origem como povo está no ~
fundo das suas águas.
Na Índia, a população, em especial os crentes do Hinduísmo, entendem que é
preciso mergulhar no rio Ganges, o seu rio sagrado, para receber a "gota da
eternidade".
lnd10s Kara1ás (http://WWW.cara1as org/wikt 1ndex.php?t1tle• lnd1os_Karaj°'oC3'lbA1s)

A água na Bíblia ...

~ Quê Maria,
~ tens água na Bíblia?!

Sim ,
tenho muita água
na Bíblia!
Maria, como foste deixar que isso
acontecesse?
Deixa-me ver como ficou!
Imagino como deve estar
esse papel! Que desastrada,
nem parece coisa tua!
Miguel, eu estou a fazer uma pesquisa na Bíblia,
para ver se há referências à palavra "água" ... é só isso!
tll!b&l:Si.11112t4M1Uii!!itiblfüi :fi tj ftlll4Ji.f4t.mt.f.t.fiitmMM..f.'.IDJi
4IM'lfüi1JM•4' Nela, surge enquanto elemento presente na criação - são
as águas da criação. Quando todas as coisas foram criadas, a água já
existia; foi , portanto, o elemento primordial a partir do qual tudo foi feito.
Mas a Bíblia também alude à água noutros contextos, nomeadamente, a
água enquanto elemento indispensável à prosperidade, por exemplo na
agricultura e na pesca, como elemento necessário à vida e como elemento
purificador. Também surge ligada à presença de Deus. Os seres humanos
são os únicos seres capazes de refletir sobre a importância da água. Nas
diferentes culturas, são atribuídos à água significados simbólicos. É uma
representação universal de fertilidade, de fecundidade e de purificação. A
água é também utilizada nos ritos comunitários de várias religiões e
culturas. Simboliza, habitualmente, a urific ão da essoa _e_a su

O batiS_fJIO cri~tão usa a água co_m o sinal sacramental fundameotal Jesus


refere-se à,t.@lef•l\fque se recebe no batismo, na conversa que tem com
,......~,"-- Nicodemos, um fariseu , membro do Sinédrio.

Outro significado importante da água no Cristianismo é o da ~!fü€RU'kf


como Jesus se intitula a si próprio (João 4,1-42), no diálogo com uma
samaritana, de modo que ela não volte a ter sede; por outras palavras,
alcance a vida eterna.
Jesus e a samantana (1585) Paolo Veronec;e. ;

Dramatizar o seguinte texto (ct Jo 4, 6-11 .1 3-14.16): -1ºé.-.c:~--


7
Narrador: Cansado da caminhada, Jesus sentou-se, à beira do poço. Era por volta do meio-dia. ""<l~
Nisto, chegou uma mulher samaritana que ia tirar água ao poço.
Jesus : Dá-me de beber.
Samaritana: Mas tu és JUdeu! Como é que te atreves a pedir-me água a mim que sou samaritana?
Jesus: Se tu soubesses aquilo que Deus tem para dar e quem é aquele que te está a
pedir água tu é que havias de lha pedir, e ele dava-te água viva
Samaritana: Nem sequer tens um balde e o poço é fundo! Donde é que tiras a água viva?
Jesus: Quem bebe desta água volta a ter sede, mas quem beber da água que eu lhe der, nunca
mais há de ter sede. A água que eu lhe der toma-se dentro dessa pessoa numa fonte que
lhe da a vida eterna.
Samaritana: Senhor, dá-me então dessa agua, para eu nunca mais ter sede, nem precisar
de vir buscar água a este poço.

d'~
Em algumas religiões, incluindo o Juda1smo e o Islamismo, e ministrado, aos mortos,
um banho de agua purificada, simbolizando a passagem para a nova vida espiritual
eterna. Ainda no Islão, os fiéis apenas podem praticar as cinco orações diárias após a
lavagem do corpo com água limpa, no ritual de ablução denominado "wudu".

t111~1M;1Mo."1.~._.=~w.;·arA água
é um bem que se pode esgotar. Se não
tivermos cuidado, os nossos descendentes não terão acesso a este
bem essencial. _ _,_ .. _ .. _ __ _ .. _ .. _ .. - .. -··- ··- ..
·-··- ··-··-··-··- ··-··- ··
0

rp·eÂiGOPAðàHÚ MANIDADE
0

t s alguns dos quais não são renováveis,


1 Devemos ter em conta "a limitação d?s ~ecursos ~~~~~'domínio. põe em perigo seriamente~
1 como se diz. Usá-los como inesgotave1~, co~s:nte mas sobretudo para as gerações futuras.
1 sua disponibilidade. não só para a geraçao pr •

i1.. _ .. _ .. _ .. _,,_ .. _ .. _ . -
JoáoPauloll Sollic1tudoReiSocia/1s _ __ _ .. _,._ .. _ .. _ .. _ .. _ .. _ .. _ .. _ .,_ .. _ . ,_ .. _ .,_ .. _ .•
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.or: -
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10000

fonte
rAO. Naçõe• Uni~•
"-t~u1o doo Aec:IJ,_ MunCllalo (NA!)
OCOKDEIKO

- 1- o Antigo Testamento, a
Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem fermento) e com o
sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol
de seu povo: a libertação da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel
celebrava a libertação e a aliança de Deus com o seu povo.
Moisés, escolhido por Deus para libertar o povo judeu da escravidão dos
faraós, comemorou a passagem para a liberdade, imolando um cordeiro.

Para_os cristãos, Qcordeiro é o r ' rio Jesus, Cordeiro de Deus, que foi
sacrificado na cruz pelos nossos pecados, e cujo sangue nos redimiu: ao
morrer, destruiu a m rte , e ao ressuscitar, restituiu a vida.
Jl;;;=fi\:]==ifi:.. ~~~~l!Yli.::'r.. agora não só com um povo, ma......,.,_.....
A PRODUÇÃO E O COHÉl<C/O
D05 ALIHEN/05

Os alimentos são tradicionalmente obtidos através da agricultura,


pecuária, pesca, caça, recolha ou outros métodos de subsistência
localmente importantes para algumas populações.

\iliiiiü•& membro da União Europeia, devido à Política Agrícola


Comum, sofreu nas últimas décadas um desaparecimento arcial
de uma das principais atividades económicas - • • • • No
entanto, muitos agricultores continuam a ter na terra a sua fonte de
rendimento e subsistência. Para poderem sobreviver e dar resposta
aos tempos modernos é importante que se possam atualizar, reunir
e obter as ajudas necessárias para poder produzir bem, recolher os
seus produtos e depois vendê-los a um preço justo.

i~tif.luMtliftilf$Qfoos produtos alimentares para além de obedecer


a re~as de recolha, conservação, transporte e distribuição@ M 4 -t:i•
jilul)c•J•t:J- 11•R&ildistribuindo os resultados or todos e não
só por alguns elementos desta vasta cadeia. •• - - -
Dia Mundial do Comércio Justo a 14 de maio

Há muitos anos, as pessoas trocavam bens


C0!1ÉRC/O JU5rO entre si conforme necessitassem.
Quem tinha batatas trocava algumas delas
por quem tivesse cenouras, por exemplo.

Na idade moderna massificou-se na Europa, a moeda. Os bens que as


pessoas produziam, fossem bens agrícolas, fossem bens produzidos,
começaram a ser vendidos e com o dinheiro dessas vendas as pessoas
comp~ns de que necessitassem.
Co~ mundo inteiro começou a vender e a comprar bens a
pessoaSão mundo inteiro.
E por isso as calças que trazes vestidas
podem ter sido feitas no outro lado do mundo!

A Globalização trouxe muitas coisas muito boas e algumas coisas menos


boas. Desde que te levantas até te deitares à noite, utilizas objetos de muitos
países diferentes!
Junto com as coisas boas de todo o ~~demos beneficiar, a
Globalização trouxe a possibilidade ~cu;;-: Algumas empresas
encomendam produtos a um preço muit0ba1xo, pagando muito pouco a
quem produz. Transportam esses produtos para outros países onde vendem
esses b e os muito altos.

Assim, quem produz bem, recebe o seu salário e pagamento justo, não
vivendo da pobreza!
Quando se adquire um produto do Comércio Justo, estamos a comprar um
bem e ao mesmo tempo a garantir que alguém, fruto do seu trabalho, não
viva sem os meios necessários!
~
~
Numa cadeia de Comércio Justo, existem apenas três entidades envolvidas no <f..
processo: o produtor, o importador que é uma ONGD (Organizaçao Não ~~
Governamental de Desenvolvimento, sem fins lucrativos) e o vendedor final.

Pesquisa na NET " Equação" em: http://www.equacao.org


e recolhe informação sobre o Comércio Justo em Portugal.
Como divulgar estas iniciativas na escola, na família.
na paróquia? Lança o desafio a turma!

A esar da
• •
rod
. . .. ... - . .
ão de bens seL suficiente
. ••
ara todos _os_ sere

··-··-··-··-··-··-··-··-·· -d··-c·a·-m·l.;~"d~é·;~ida e
- ··- ··- ··- ··- b ue a gran e -
··- ··-··- ··- ·· -··-.. - ··. M s 0 bom viajante sa e q . orne 0 mesmo pao.
f"é possível caminhar so_zinho. a nheiro, etimologicamente, e quem c
~ esta supõe companheiros. Campa
1
: D Helder Càma1a (1909 1999)
1 Foi Arcebispo de Olinda e Recife ··- ··-··- ··- ··-··- ··- .. - ··- ··- ··- .. - ··- ··- ··- ··-··
!T F0!1E E !T INJU5T!T
D/5TR eu1çAo 005 fJEN5

11 FOl1E E 5UC>NUTl<IÇAO
··- ··- ··- ··- ··- ··-··-
«Deus destinou a terra e t~;·~~;;~·;~·~~~é; ··-··-··-··- ··-··- ··- .. - ··- ··- ·· - ··-··-··- ·· - .
povos, de sorte que os bens criados devem para o uso d~ t~dos os homens e de todos os i
segundo a regra da justiça, inseparável da candadce~~gar equ1tat1vamente às mãos de todos, l
i
Conc1~'.~~~~~~ '.': Const Past Gaud1um et Spes, 69 AAS 58 ( 1966) 1090
- ··-··- ··-··- ··- ··- ··-··- ··-··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- · - - ·- ·· - ··- · - .1
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, no seu artigo 25.0 ,
reconhece o direito de todos a um nível de vida ~ue assegure o acesso aos
bens alimentares essenciais. • ;·; ;=;;
•"' A
sobrevivência e a saúde dependem do acesso a uma alimentação
equilibrada; esta não pode, pois, estar vedada a ninguém. A restrição do
acesso à alimentação, a pobreza e a subnutriç_ão são uma calamidade sem
qualquer ·ustifica ão, uma vez quctmJi:tliilM•t!f:ili41M1füii4i1Ulfe1tijiit4-lm@j

- ··- ··- ··- ··-··- .. - ··- ··- ··-··-··- ··- ··- ··-,
f""~;~~~~~~~~,;~~~:;~~-~~-;;;~;;~~~Ü~·i;~~;;id~~ Direitos Humanos j
t . . . nte
ue lhe assegure e à sua família a saúde e j
1 Toda a pessoa tem direito a um nivel d,e vt?a suf1c1~ ~ vestuário
ao alojamento, à assistência
: o bem-estar. principalmente qu~~to a altm~ntaçao, a ,
: me• d·ca
1 1 e a·1nda aos serviços soc1a1s necessanos.
. - ..- ·· - ··- ··- " _ .. _ .. _ •• - ··-··- .. -··- .. - ··- ··
l·- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··-··- ··- ··- ··- ··- ··- ·
Infelizmente aquilo que deveria ser um direito de todos, nem sempre o é
motivado por diferentes fatores, mas sobretudo ~orMue a Manância se
sobrepõe aos direitos das pessoas.uz;m.tf31,f.~:ijSJ,f9 :iuf•i•Ri.f·i-ilt.Jut:i
Q i!j1#1(1i.juMSf4ilfü•(@t•i.f.f11illeifü•IG&Titf Tem sido uma das grandes
causas de morte de milhões de seres humanos em todos os tempos e
sociedades. Muitas pessoas em todo o mundo passam fome ou estão
subnutridas, apresentando carências alimentares graves.
-··- ·· -··-··- ··
·- ··-··- ··
ME · teiros. s
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r-··-··-··-·;~UÊNC\AS DA FO em continentes _1n as suba\ímentadas, lvimento mental e
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i AS CO!"S ém pode ignorar quei,numeráveis as tísico e o cna~~to


por este mesmo desen~~o
l Hoie n1ngu rt rados pela fome. ·dade. e o cresc1m giões inteiras es •
l mulheres t~ uarte delas em tenra~ todos sabem que re /1
\~ :.~..;i;".:'~tra~ co;~~~~:.:~~~~desânimo
condePnoap~lorum Progress•~:~
facto. .. - ·· - ··- ··-··- ··
- ··-··- ··- · -··- · - · - · -··-· ·-~~~~s
·\ Papa Paulo VI. .. - ··- ··-· · - "
~----··-··-··-··-

A nivel mundial, cerca de uma em cada


nove pessoas ndo tem comida suficiente ..
mas esta situação está a melhorar...
como podemos nós ajudar?

- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··-··- ··-··- ··-··-··-··- ·-··-··- ··- · - ··- · - ··- ··- ··- ·
1 Repartiçao da população subnutrida mundial em 2014
As últimas estimativas da FAO indicam que a tendência para a redução global da
fome continua Calculava-se que cerca de 805 milhões de pessoas estariam
cronicamente subnutndas em 2012-14, mais de 100 milhões abaixo dos valores
da última década e 209 milhões de pessoas a menos desde 1990-92.
Contudo, a nível mundial, cerca de uma em cada nove pessoas ainda tem comida
msufrciente para uma vida ativa e saudável. A grande maiona dos subnutridos
vive em países em desenvolvimento onde se estima que 791 milhões dessas
pessoas estavam cron1camente com fome em 2012-14.
Ainda que os países em desenvolvimento também deem conta da maior parte
das melhorias nas últimas duas décadas - com uma redução total de 203 milhões
de pessoas subnutridas desde 1990-92 - uma em cada oito nestas regiões, ou
13,5% da população global, continua cronicam ente mal alimentada.
Esforços consideráveis ainda são, pois, necessários para atingir o Objetivo do
Desenvolvimento do Milénio (OOM) até 2015, no que respeita ao problema da
1 fome, especialmente em países que têm registado um progresso insuficiente. :
::.._··-··-··-··-··- ··- ··- ··-··-··- ··- ··-··-··-··-··-··- ··-··-··-··- -··-··- ··-·.!
A distribuição variável da fome ~~ mundo: números e percentagens
de pessoas subnutridas por reg1ao , 1990-92 a 2012-14

19'°"''2 2012· 14 Number


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, _ 2012-14

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(•-· tt•l-) <·----) Toul 1015 IOS 100 100

Nota As areas dos setores dos gráficos sao proporciona1s


f ao numero total de subnutridos em cada
t vas provisórias Todos os números estão
período. Os dados para 2012 14 referem-se a es ima ' .
arredondados.
Fonte. FAO http //wwwfao org/ (2014)
FAL-íli E DE5PEl?DÍCIO DE C0/1/DA
de 2014, o Papa Francisco !sc:::~taçao cel~bra~o no dia 16 de outubro
Por ocasião do Dia Mundial d Ar -
para a Alimentação e Agricultura à Organizaçao das Nações Unidas
desperdício de comida e chamand res~alta~do o paradoxo entre falta e
muitas vezes encaramos o sof . o a a ençao para a indiferença com que
viver dignamente. nmento de quem não tem o essencial para
- - ·-
Ao Senhor Jos~ G-··~·· -· - ·-··-··-··-··- ··-
Diretor-Geral da FA";f1ano da Silva ·· - ··-··- ··-··-··- ··- ··- ··- ··-·· -··- ··- ··- ··-··1

"Também este ano o D


irmãs que em d. '
nãoç~o se faz eco do brado de lanl
'ªMundial da AI'menta l

d~s~norma al:~~n~ al,mento diário. Por oul~sl~~sso~ ormãos e


refletir sobre •versas partes do mundo . l

~~s~~~e~po ao qua;:~~~s~~:;:;,~~e~~us lucro. e~!1 édue~~~=~=~~s. produtosº' :e~:::~~~s


especulações quanlodade de
i
responsab~~~~:~~~~os ao ouvir os e~ia%~r:u :hs v~zes também~~~~;;=~~:;a~át1cos do
rem, que não nos.
incumbe.. (E
e1os [... J com
o se tudo
, "ncapazes
to
!
Da moo"'9em do Pa ''°9''"9M<om,54)". sse uma
pa Francisco para 0 0 1
··- ·· -·· - ··- ··- ··- ··- ·· - 'ªMundial da Alimentação 2014 j
··- ··- ··- ··- ··-··-··- ··-··- ··- ··- ··- ··
- ··-··- ··-··-··- ··- ··- ··j,.

- ··- ··-··- ··- ··- ··- ··- ··- ··-··- ··- ··-··- ··-··-··- ··- ··-··- ··-··- ··- ··- ··- ··- "j
1
oesperd1c10 de alimentos, a reflexão necessária
"Quando analisamos as estatísticas sobre o desperdício de ahmentos ficamos instantaneamente l
chocados: cerca de um terço dos ahmentos que sao produzidos no mundo são desperdiçados ao :
longo da sua cadeia de valor (produção, cotheola, transporte, processamento, comerdalizaçao, !
confeção e consumo), pertazendo cerca de 1,3 mo\ mothões de toneladas por ano. Um terço deste !
total daria para atimenlar, com sobras, os 842 mothôes de pessoas que passam tome no mundo \
(...) Ao reduzirmos o desperdício, não só aumentamos a disponibilidade de alimentos no mundo, !
como reduzimos o seu preço e o impacto da produçao agrícola no ambiente. Desta forma, i
salvamos vidas e o mundo." 1
i !.
: Por Hélder Mute1a, publicado em 7 ago. 2014
l (httpJ/WWW 1on1me pl '°"'""º d._d"'°"'""""'°"'"''°""º-ne<eSSl'"rupagl·1) 1
"°'"°"""''
1··-··- ··-··- dO··-'""'ono
··-··- ··-··-
da FAO··-··- ··- ··- ··-··-··- ··- ··- ··- ··-··- ··-··-··-··-··-··-··-··- ··- ··- 1
em P"'1ugal
· veio ai guns colegas
Todos os dias na cantina nossos
.d i Todos ª
stragar a comida!
deviamefazer como a minha mae:
Devia ser punido por i;i estra~~r comi a .
cozinha muitas vezes Redon .

r concordar contigo.
Miguel, és radical, ma~ ~~~:~~espe1to para com aqueles
Estragar comida e um d1nho de comida,
que gostariam de ter um lboc~ que prato e esse " Redon
e não podem ter... e exp ica

• ão os "restos de ontem•,
Tu nao sabes? Então "Redo~ surmet" dizemos " Redon•!
mas para parecer um prato go

CAU&:?A5 011 FOl1E


A fome tem causa~ que dependem dcv.,~~======~===--~=
te~as naturais.-> .

umenta sempre que há conflt~o~ e


A escassez de alimentos s~rºe ou a ada pelos conflitos armados limita
D f to a destru1çao caus .
guerras. e ac ' -
ou impossibilita a produçao de alimentos necessários.

Porque é imprescindível .para ~.sob o como instrumento de hostilidad~ e


revivência do ser humano, o acesso
a bens alimentares tem sido ut1l~~a~ s São frequentes os cercos . as
de pressão sobre, as comu~1 a er~ for ar a sua rendição. Em ~u1tas
grandes cidades~ as p~pulaç?es pa de a;esso ao alime,nto, incluindo a
situações de conflito, o tm ·t , . cuja função e fazer chegar
Proibição corredores hum 'ar ma arma cruel que é usada para
mantimentos a, popu -açao ' po e ser uortamento, ainda
com ' que ocorra em
fragilizar as populaço~s .. Est~ P
situação de guerra, é cnmmo: tá;tca m1htar que pretende obngar a rend1çao
da sede e muito antiga
atraves da fome e lação de Lisboa
. testemunho do sofnmento da popu
O texto que se segue da d de D Joao 1. cercou a cidade.
quando Castela. no reina o .

!.-O··-··-
cerco··-de··-Lisboa
··- ··- ··-··- ··- ··- ··- ··-··-··- ··-··- ··-··-··- ··- ··-··-··- ··-.. -··- ··-··- .
e a fome
i Na cidade [de Lisboa], não havia trigo para vender e, se o havia, era muito pouco e tão caro !
i que as pobres gentes nao podiam chegar a ele, porque o alqueire valia quatro libras e o i
j alqueire do milho quarenta soldos. E padeciam muitíssimo porque havia alturas em que, j
' embora estivessem dispostos a pagar muito por um pão, não o achariam a vender. j
l E começaram a comer pão de bagaço de azeitona e dos queijos das malvas e raízes de i
! ervas e de outras coisas pouco hab1tua1s. No lugar onde costumavam vender o trigo, ,
i andavam homens e moços esgaravatando a terra, e se achavam alguns grãos de trigo, l
j metiam-nos na boca, não tendo outro mantimento; outros alimentavam-se de ervas e !
1 bebiamlugares.
1 outros tanta água, que homens e cachopos morriam, jazendo inchados nas praças e em i !
l Andavam os moços de três e quatro anos Pedindo pão pela cidade por amor de Deus, j
! como lhes ensinavam suas mães, e muitos não tinham outra coisa que lhes dar senão '
i lágrimas que com eles choravam, que era triste coisa de ver; e se lhes davam pão do !!
i tamanho de uma noz, achavam que era um grande bem.
1Desfalecia o leite àquelas que tinham crianças a seus peitos, por mingua de mantimento, e i
j vendo lamentarem-se os seus filhos, que não podiam socorrer, choravam muitas vezes j
' sobre eles a morte antes que a morte os privasse da vida. Muitos observavam as preces j
l alheias com olhos chorosos, por cumprir o que a piedade manda, e não tendo de que lhes '
! acorrer, caiam em dobrada tristeza. •
! Femão lopes. C""'1ca do D (le~o adaplado)
Joáo 1 ~
···- ··-··- ··-··- ··-··-··- ··- ··-··-··-··- ··-··-··- ··- ··- ··- ··- ··- ··-··- ··- ··- ··-··- ;;
~~
Lê o texto «O cerco de Lisboa e a fome» e indica quais as afirmações
verdadeiras.

a) O cerco decorreu no reinado de D. Pedro 1.


b) Durante o cerco, a cidade de Lisboa tinha acesso a uma grande
quantidade de alimentos.
c) A população começou a comer pão de bagaço de azeitona.
d) O trigo e o milho existentes eram suficientes para alimentar toda a
população.
e) Morreram muitos homens e crianças vítimas de fome.
f) A carne de galinha e de porco encareceu muito.
g) Os pobres sofreram muito, mas os mais abastados sobreviveram sem
dificuldades.
h) As crianças começaram a pedir pão em toda a cidade.
i) As crianças que eram amamentadas estavam protegidas.

A~rere a~sertific~provocadas pela ação humana,


tamElmà1e'ãm Úma conSffiâvel percentagem da população mundial.

O ser humano é a única espécie que, através do seu comportamento, pode


alterar significativamente o funcionamento do planeta.

Os problemas ecológicos são, muitas vezes, consequência da


exploração excessiva que o ser humano faz dos recursos naturais,
colocando em erigo o equilíbrio da natureza. Estes comportamentos são
efeitos -ambr -ã esmedida, do desejo egoísta de alcançar riqueza e
poder, seja individual seja coletivamente (por exemplo, as nações que não
respeitam os acordos de defesa do meio ambiente .
Contudo, IMll!n!I!!~
Eu gostava tanto que toda a gente pudesse comer,
nem acredito quando ouço falar de pessoas que não podem comer,
por causa da ambiçao dos outros ... parece um filme de terror!

Mas é real Miguel. Também me custa acreditar


como é que há pessoas que nao se importam
com os outros, com o planeta! Temos de fazer alguma coisa ...

Sim, Maria, concordo contigo, vamos já começar a anotar


nomes dos responsáveis ... será que eles têm caderneta?
Deviam levar um recado!

No dia 17 de 1unho de 1994, foi aprovada em Paris , a Convenção das Nações ~~


Unidas de Combate à Desertificação. Este documento prevê acordo entre os vario~s
países do mundo para se combater o avanço da desertificação dos solos
Na Convenção, entende-se por «desertificação 0 a degradação da terra resultante
de vários fatores, incluindo as variações climáticas e as atividades humanas .
Cf ONU, Convençao das Nações Unidas de Combate a Desertificação

Completa o seguinte texto com vocábulos retirados do banco


palavras.
Terra/ acesso/ país/ mulheres/ alimentação/ artificiais/ ambientais/
escassez / nações / bem-estar / alimentos / económicos / mundo /
recursos

Os problemas( ... ) provocam (... )de alimentos.


Apesar de a( ... ) ter( .. ) suficientes para responder às necessidades da
população de todo o (... ), os interesses (... ) das (... ), em muitas
circunstâncias, colocam em risco o( ... ) de todos à( ... ).

.f<l
A fome ocorre devido a causas naturais, bem como a causas que ~
dependem da responsabilidade humana. Faz corresponder,
registando no teu caderno, os elementos da coluna A aos da coluna B,
associando, a cada letra, o número respetivo.

1 - Causas naturais a) Guerra entre as populações


b) Grandes inundações
2 - Causas que decorrem c) Conflitos armados
da responsabilidade humana d) Terramotos
e) Cidades s1t1adas sem acesso
a bens de consumo
f) Oesert1f1cação
g) Egolsmo e ambição
h) Especulaçao de preços
i) Seca
j) Precariedade laboral
k) Trabalho mal remunerado
A POe>REZA E A INJU5TA

.
Dl5TR!e>U!ÇÃO DE e>EN5
)
@iti@J14lluftfer:tf1i•i*&\G@1m1il!t;:t.f,r:iit~tlt&fü-.fque coloca em contraste
'"-

pessoas muito ricas, que possuem bens em excesso, com pessoas muito
pobres, que não têm o indispensável para a sua sobrevivência. Estas
desigualdades sociais levam a que muitas pessoas não consigam ter
acesso à habitação, à educação, à saúde e à alimentação, e põem em
causa a dignidade humana, pois todos os seres humanos têm direito a
condições essenciais de vida.

pela situação
a1xa remune a a o trabalho exercido,
contriõu1 p o aumento da vulnera e económica das famílias, com
consequências no equilíbrio alimentar dos seus membros.
Todas estas causas agravam ainda mais as dificuldades e situações
daqueles que já são pobres e que em muitas circunstâncias não
conseguem chegar aos bens de primeira necessidade.

§T•iileefil•®®ê1!!®f•lli~i~m.1111n.1ft•€1•f.I•EiijfA'âJ•füliI•1eel#i•M•1if$ie dar
a cada um os bens essenciais a que tem direito.

111.f.j.]ik)LJEiilee#l11MiilhmM.l!Sii!!LM·l·l11Mltii1W1Mf.f,j,f§[.t:t,[.]Qift,j,fb'F
ró ria humãnidad8.

Abaixo a injustiça! Comida para todos!


Abaixo a indiferença! Vamos protestar!
Vamos unir-nos para que todos tenham o seu pão!
Maria. nós até parecemos de um sindicato qualquer..
Miguel um sindicato qualquer nãol É o sindicato dos sem-pão!
O professor disse que podíamos fazer cartazes e espalha-los pela escola! No bar,
no refeitório ... nos corredores!
Temos de fazer com que todos sejam sensíveis ao problema da injusta distribuição da ri queza!
Até podemos fazer um concurso! Ganha o melhor cartaz!
IN5/({U/ÇÕE5 NAC/ONA/5
E /NíEf<NACIONA/5
QUE LU/AH CONIRA A FONE
Perante as desigualdades na distribuição da riqueza, a sociedade civil
foi-se organizando e criando organizações com o intuito de defender as
populações dos abusos, das injustiças, do real direito à alimentação.

hecidas pel o nome de


anizações G), isto é, associações
criaa as pe c1v1 , a margem do Estado. Dis; uem-se de
outras ?i anizações ou instituições privadas porque?olM11lilii.*
tt•flii\ifü.i:
Estas organizações têm obtido o respeito e a confiança da opinião
pública, uma vez que contribuem para a defesa da qualidade de vida
das populações mais desfavorecidas, prestam ajuda humanitária e
auxiliam em casos de emergência. A sua atuação permite evitar ou
resolver muitas situações de risco.
São exemplo disso a FAO e o Banco Alimentar contra a fome.

FAO
A Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO - Food and
Agriculture Organization) é um organismo das Nações Unidas que tem
por objetivo promover o desenvolvimento rural e elevar os níveis de
nutrição dos povos.
A FAO organiza programas para o aperfeiçoamento e eficiência da
produção agrícola e criação de gado, aplicando as novas tecnologias
nos países em vias de desenvolvimento. No combate à fome, fomenta a
preservação dos recursos naturais, estimulando o desenvolvimento da
regulação da pesca, a piscicultura e o investimento nas fontes de
energia renováveis. ~
'?.
- \S'~d
""'"""'.........,.........-,,_ A Santa Sé participa na ONU e nas assembleias-gerais da
FAO como observadora, o que lhe permite denunciar a pobreza e
contribuir para desbloquear situações em que se impõe a procura de
entendimentos entre os diferentes países e a defesa dos mais pobres.
Banco Alimentar Contra a Fome
Sabes Miguel, todos os anos a minha mãe vai a1udar na campanha
do Banco Alimentar contra a fome
A minha catequista, e o professor do EMRC
tambóm disseram que iam..
.. e acho que nos tambóm podemos ir!
Eu acompanhei a minha mãe durante algumas horas,
eu entregava o saco às pessoas' Depois também fui entregar
os bens recolhidos ao Banco A 1mcntar e estivo a a1udar
a separar os ahmentos por espécies!

Deves ter chegado a casa cansada'


Sim, cansada mas feliz'

i•uf.t4.1•i•ihJ•!i6i•@m9flli.J,I.Mí!11Dto Banco Alimentar pretende evitar


o desperdício de alimentos, fazendo-os chegar às pessoas que têm
fome. Recebe toda a qualidade de géneros alimentares, ofertas de
empresas e particulares, em muitos casos excedentes de produção da
indústria agroalimentar, produtos originários de ofertas da União
Europeia e excedentes agrícolas. Realiza também campanhas de
solidariedade nas superfícies comerciais, recolhendo assim dádivas das
pessoas que nesses dias aí se encontram a fazer compras.
A recolha dos bens alimentares respeita as normas de segurança e
higiene alimentar. A logística da recolha de alimentos é feita mediante o
encaminhamento de produtos alimentares para depósitos. Estes são
sujeitos a triagem para controlo da qualidade dos produtos e é
salvaguardada a sua conservação em condições que garantam a
manutenção da sua perfeita qualidade.

O _trabalho dos_Bancos Alimentªres__assenta nos _ rin í ios _


41rr;r:mmm;t:a:X•€i•ij!1Ul1€CU:J!i§êij•t•l•X
•ifle)lfüm1it•'#ao abrigo da lei
do mecenato.

Os alimentos recolhidos pelos Bancos Alimentares Contra a Fome são


encaminhados para instituições de solidariedade social, que têm
como missão o apoio às pessoas mais carenciadas. A distribuição dos
bens alimentares é realizada de forma a corresponder às necessidades
das populações.
O !1HOR P!1RTILH!1DO
50L-/DltR'IED!tDE E VOWNT!tR'lltDO
A pobreza que afeta grande parte da humanidade é uma calamidade
que deve ser combatida por todos os países. As nações mais ricas e
desenvolvidas têm uma responsabi lidade acrescida e devem cooperar
com os países mais pobres para a resolução deste problema básico.
·- ··- ··- ··- ··- ··- ··- .. - ··- ··- ··- ·· - ··- ·· -··- ··- ·-:··- ··- ·· õe
,.. ·-··- - ·· - ··-·· - .. - · . é • . de ordem moral · Ela nao se imp ·
xigenc1a
j A solidariedade internacional uma e. ncia mas também como ajuda ao verdadeiro
l unicamente nos casos de extrema urge ' m que requer esforço convergente. e
1desenvolvimento. Trata-se de uma ~br~ e~º;;~ni~as concretas, mas também para criar
constante para se encontrarem as so uço A paz mundial, em grande parte,
1 mentalidade nos homens deste tempo.
: uma nova
~ depende disso.
j F·
l• Congregação para a Doutrina d~ ee~ /1bertaçao. 22demarçode 1986, n º9·1_··- ··- ··- .. - ··- ··- ··- ·
Instrução sobre a /1berdad~c:!~~ . - ·· _ .. -··-··- ··- ·. - ·· -··- ··- ·
L.. · - ·· - - ·- ·· - ·· -

Mesmo no mundo capitalista, em ~ ue 'tem ~o é dinh ~iro', ainda há


pessoas que se preocupam emM;a.9.3z.1t1t.tiãui4J?§61Wlfü•fltimt
• «•tDSão os chamado~

Encontramos voluntários nas mais variadas áreas: na saúde, na


educação, na ação social, no desenvolvimento da ciência e da cultura,
na defesa do património e do ambiente, na proteção civil, etc.

O voluntariado orienta-se pelos princípios da solidariedade, da


cooperação, da gratuidade, da participação e da justiça e procura
responder às necessidades e objetivos de quem solicita a sua
intervenção.

Em Portugal, muitas instituições direcionadas para a educação, para a


saúde, para o apoio a idosos, desempregados e crianças dependem do
trabalho de voluntários.
Muhammad Yunus nasceu no Bangladesh, um dos pa1ses mais pobres do mundo.
Doutorou-se nos Estados Unidos da América em economia e regressou ao seu pais em
1972.
Nessa altura, verificou que o Bangladesh estava cada vez mais pobre Muitas pessoas
morriam de fome e as que pediam empréstimos aos bancos para 1nic1ar um negócio
familiar e lutar contra a miséria não conseguiam obter o credito necessario. Fundou o
Grameen Bank, o Banco dos Pobres.
Este banco empresta pequenas quantias de dinheiro para a criação de negócios a quem
vive abaixo do limite mínimo da pobreza, de preferência a mulheres.
No Bangladesh metade dos agregados familiares que recorreram ao microcréd1to
conseguiram sair da pobreza O Modelo de Yunus inspirou perto de mil sucursais em todo
o mundo. A ONU declarou 2005 o ano do Mlcrocrédito e da Microconfiança.
Curiosamente, embora não exiia garantias às pessoas a quem empresta, a taxa de
recuperação é de cerca de 99%.

A 1 re·a Católicafiles onsável or uma rcenta em muito e.l.eYada


mstitu1cões e or anismos ue restam voluntanaao ao servi o da
t•li•11.t•®lll•Df,miij11f#1í€a
As congregações religiosas, as missões, as instituições de solidariedade da
Igreja e as paróquias são estruturas da Igreja Católica que oferecem, em
todo o mundo, apoio direto à promoção da dignidade humana.
- ··-··- ··-··- ··- ··-··-··- ··-··-··-··- ··-··-··- ··- ·-··-··-··-·· -·\
r ··-· - ··- ··- :·-··- ·· . d e'odeagiremproldo :
: Ser Voluntário . . - oas que, motivadas pelo seu es 1 conhecer 1
~ Os voluntános missionanos l:ªç~~=~ais desfavorecidas e pela vontaie ~~ ~:~:m de livre l
! desenvolvimento das popu e ainda não conhecem Jesus ns • • :
i lares do Evangelho aos povos qu !
: os va issáo para outros países. - f ma gratuita, principalmente em i
! vontade, em m . â . que desenvolve a sua açao, de or missão ao serviço da :
\ ~;~~~n!~i~i~~s~~~e~;~volvimento, ~ae~;~:e:s~~~~~~t~~:sªd~~ªpopulações com quem \
~ lgre1a Católica, numa logtca de respos
1
l.
:1 trabalha.
http 11www.fecongd orgivm- noticia asp?not1c1aid= 32760 •. _ .. _ ,, _ ,,_ .. _ .. _ .• - ··- ··-··- ··-··- ··..;
\._.. - ..- ··- ··- ··-··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··-
Maria, já te contei que gostava de ser bombeiro voluntário?

Uau 1 Ainda não 1 Admiro muito os bombeiros' .. e eu


Ja te disse que gostava de ser voluntária no hospital?
Mana, não faças isso! Tenho pena dos doentes, ainda tinham
de te aturar ...
A1s1m?!

Vá Maria, não te enerves ...


Olha, t~ .gostaste de ouvir. as coisas que o missionário
voluntario que esteve na Africa e que veio à aula de EMRC
contou da sua experiência? Eu adorei!
O meu_primo João também Já fez voluntariado nas férias
de ver?º· Eu quando for maior também quero ir para
um pais em d1f1culdade e ser missíonáno.

r ··- ·- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··-··- ··-··-··-··-··-··-··-··-··- ··- ··- ··- ··- ··-··-··-··- .. _.
i Muitos são os leigos que se sentem chamados a trabalhar em projetos de cooperação para
: o desenvolvímento em países longínquos e, num gesto de entrega, doam parte das suas
l vidas para responder a este apelo. Ano após ano, o número de voluntários missionários
! tem vindo a aumentar e, em 2008, serão 283 os que partirão com a missão de contribuir
i para a construçao de um mundo mais justo e mais humano, colaborando no trabalho que
j os parceiros locais estão a desenvolver no terreno.
j Os voluntários partem integrados em projetos dinamizados por entidades católicas, com
: missões nos países em desenvolvimento Em Portugal existem cerca de 50 entidades,
l entre Institutos/Congregações religiosas, ONGD, IPSS, Associações, Dioceses e
! Paróquias, cuia vocação é a promoçao do trabalho missionário e a ajuda ao
! desenvolvimento dos povos
j O envio de leigos missionários não é uma realidade nova em Portugal os primeiros
j voluntários portugueses partiram há cerca de 20 anos - . no entanto, a dimensão que este
i «movimento» atingiu e o número de portugueses que se sente chamado a atuar em causas
: a favor dos países mais pobres é radicalmente maior que há duas décadas atrás.
1
! http:/twww.paroqu1as.org/nohc1as.php?n= 7517
"'-'··- ··- ··-· - ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··- ··-··-··- ··- ··- ··- ··- ··-··- ··- ··-··- ··-··

Assinala as alíneas que se referem aos valores


que orientam o voluntariado.
a) Solidariedade
b) Avareza
e) Cooperação
d) Egoísmo
e) Generosidade
f) Gratuidade
9) Irresponsabilidade
h) Participação
i) Justiça
11 P!lKr!LH!l FR!líERN!l
D05 PR/!1E!R05 CR/5ílr.05
Acabar com a pobreza no mundo pode parecer uma tarefa impossível de
realizar. No entanto é importante que todos se sintam capazes de dar o seu
contributo, aceitando que cada pessoa é u~lguém que espera de
nós uma ação, uma ajuda. A indiferença màta qualquer possibilidade da
partilha.
~ode significar a resolução de um problema que a todos nos deixa
inquietos, quando sabemos que a fome continua a matar.

Apóstolo Paulo a pregar (1774), pormenor. Giovanni Paolo Pannini.

O texto dos Atos dos Apóstolos mostra uma forma de vida que se baseia num
desprendimento tal que coloca no centro das suas vidas não só o serviço e o
amor ao próximo como também uma dedicação e acolhimento da
mensagem de Jesus.
Poderíamos dizer que a palavra d,~e'-""~~ se torna ação concreta,
demonstração clara de vivência d de uma opção de vida em
prol do bem comum.

At 2 . 42 -47
~~ ErJ
-""~
• Eram assíduos ao ensino dos Apóstolos, à união fraterna, à fração do pão e às
2

orações. 43Perante os inumeráveis prodígios e milagres realizados pelos


Apóstolos, o temor dominava todos os espíritos. ..,.odos os crentes viviam
unidos e possuíam tudo em comum. 45\/endiam terras e outros bens e distribuíam
o dinheiro por todos, de acordo com as necessidades de cada um. oecomo se
tivessem uma só alma, frequentavam diariamente o templo, partiam o pão em
suas casas e tomavam o alimento com alegria e simplicidade de coração.
1
• Louvavam a Deus e tinham a simpatia de todo o povo. E o Senhor aumentava,

todos os dias, o número dos que tinham entrado no caminho da salvação.


11 ÚL/IH!T CEl!T

Me 14. 12- 25
No primeiro dia dos Ázimos, quando se imolava a Páscoa, os discípulos
perguntaram-lhe: ccOnde queres que façamos os preparativos para
comeres a Páscoa?» '3Jesus enviou, então, dois dos seus discfpulos e
disse: «Ide à cidade e virá ao vosso encontro um homem trazendo um
cântaro de água. Segui-o ,.e, onde ele entrar, dizei ao dono da casa: O
Mestre manda dizer: 'Onde está a sala em que hei de comer a Páscoa com
os meus discípulos?' '5 Há de mostrar-vos uma grande sala no andar de
cima, mobilada e toda pronta. Fazei aí os preparativos.• ''Os discípulos
partiram e foram à cidade; encontraram tudo como Ele lhes dissera e
prepararam a Páscoa.
Chegada a tarde, Jesus foi com os Doze. 11 Estavam à mesa a comer,
11

quando disse: •Em verdade vos digo: um de vós há de entregar-me, um


que come comigo.• ••começaram a entristecer-se e a dizer-lhe um apos
outro: • Porventura sou eu?• 20Jesus respondeu-lhes: ·É um dos Doze,
aquele que mete comigo a mão no prato. "'Na verdade, o Filho do Homem
segue o seu caminho, como está escrito a seu respeito; mas a1 daquele por
quem o Filho do Homem vai ser entreguei Melhor fora a esse homem não
ter nascidol»
22
Enquanto comiam, tomou um pão e, depois de pronunciar a bênção,
partiu-o e entregou-o aos discípulos dizendo:"Tomai: isto é o meu corpo...
23
Depois, tomou o cálice, deu graças e entregou-lho. Todos beberam dele.
24
E Ele disse-lhes: «Isto é o meu sangue da aliança, que vai ser derramado
por todos. "' Em verdade vos digo: não voltarei a beber do fruto da videira
até ao dia em que o beba, novo, no Reino de Deus ...
A Última Ceia foi.a.última refei ão ue Jesuslomou com os seus óstolo
na noite em que foi traído e preso no Jardim das Oliveiras.
•~mnram@t.•r:M•~JUltmtt1111 ..1a.w.nr;111m1m.t.•GJ·fü·**'·ITiml!t! De
acordo com a narração dos factos em Me 14, 22ss, tomou o pão, deu graças
a Deus, partiu-o e distribuiu-o pelos seus discípulos, dizendo: «Tomem. Isto
é o meu corpo.» Depois, pegou no cálice do vinho, deu graças a Deus,
passou-o aos discípulos e todos beberam dele. E disse-lhes: «Isto é o meu
sangue, o sangue da aliança de Deus, derramado em favor da
humanidade».
Desta forma, Jesus anunciou que ele próprio se encontrava presente no
pão e no vinho, sempre que este gesto fosse repetido em seu nome. Assim,
o pão e o vinho, simples bens alimentares, passaram a assumir um novo
significado: a presença de Jesus no meio dos que o amam. A sua morte não
significou, por isso, o abandono e a solidão dos seus amigos, mas uma
nova forma de presença: no Espírito, Jesus é companhia amiga para todos
os que nele confiam.

_Jesus_ de_u a sua vida elo bem déLhumanidade

Na Eucaristia, Jesus torna-se o alimento daqueles que n'Ele acreditam.


Jo 1 3. 3-7. 1 3- 1 7
Enquanto celebravam a ceia, Jesus, sabendo perfeitamente que o Pai
tudo lhe pusera nas mãos, e que saíra de Deus e para Deus voltava,
' levantou·se da mesa, tirou o manto, tomou uma toalha e atou-a à cintura.
' Depois deitou água na bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a
enxugá·los com a toalha que atara à cintura.
ªChegou, pois, a Simão Pedro. Este disse-lhe .. senhor, Tu é que me lavas
os pés? ~ 'Jesus respondeu-lhe: "ºque Eu estou a fazer tu não o entendes
por agora, mas hás de compreendê-lo depois ...
( ... )
13
•cCompreende1s o que vos fiz? Vós chamais-me 'o Mestre' e 'o Senhor', e
dizeis bem , porque o sou. ''Ora, se Eu, o Senhor e o Mestre, vos lavei os
pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. ''Na verdade, dei-
vos exemplo para que, assim como Eu fiz, vós façais também. ''Em
verdade em verdade vos digo, não é o servo mais do que o seu Senhor,
nem o enviado mais do que aquele que o envia. 11Uma vez que sabeis isto,
sereis felizes se o puserdes em prática.

A origem deste ato pode estar nos costumes relativos à hospitalidade


das civilizações antigas, especialmente naquelas onde as sandálias (um
calçado aberto) eram o principal tipo de calçado. O anfitrião, ao receber
um hóspede, oferecia o seu criado e uma vasilha com água para lhe lavar
os pés. Para os judeus, este gesto enquadra-se nos ritos da ceia pascal.
Era uma ação própria dos escravos não judeus. Jesus não ficou à espera
nem pediu a ninguém para realizar tal ato de humildade ou de bem
receberf i l l ' J •! = t =• Gmit:Jlilll11l#M111iic•i•t4-Mi,tlt!»
f:tejt-Jl!u . 11 • •l • 11 • • ri 1 •
5EK PAO P!ti</t 05 OUTR05
O cristão sabe que o verdadeiro amor a Deus passa pelo amor ao próximo
e exige ações concretas. Quem vive numa situação privilegiada em
relação à maioria, usufruindo de abundância de bens, deve agir em
benefício dos mais pobres. É esta a atitude que agrada a Deus.

1Jo 3. 17-18
11Se alguém é rico e não tem coração para ajudar o seu irmão na fé, vendo-
-o com necessidade, como pode dizer que ama a Deus? 11Meus filhos, não
amemos com palavras e discursos, mas com ações e com verdade.

Jesus chama a atenção para o perigo da ganância e do desejo desmedido


de acumular riquezas. A opulência e os bens materiais, alerta Jesus, não
podem ser o principal objetivo da vida das pessoas.

Muitas vezes, é a partir do gesto de saciarmos a fome a alguém que essa


pessoa, experimentando-se amada, começa a abrir o seu coração ao
conhecimento de Jesus.

.gnut.s.1.i.;:a

Às vezes os mais necessitados estão mesmo ao nosso lado e nós nem


sequer os conseguimos ver.

Doarmo-nos a nós mesmos é estar atentos aos outros, preocuparmo-nos


com os seus sentimentos, mesmo com os daqueles que tem dificuldade
em falar de si ou simplesmente de pedir ajuda.

Sabias que hoje existe muita pobreza


e as pessoas não querem dizer que estão a passar mal?

Sabias que tenho uns vizinhos que só agora soubemos


que precisavam de ajuda e nós nunca suspeitámos?
Agora já vão à Cáritas buscar comida, mas foi difícil convencê-los.
r ·- ·- ·-··- ·-··-··-··-
i Beata Teresa de Cale á
- - ·- ··- ··- - ·- ··-··- -
: Caridade
. "Nã h , .
ut <191 0- 199 7), fundadora das Irmãs -M1ss1on
:-:·-á-:nas-da·-··-··
;' o a maior amor»

j O pobre não tem som


1 dignidade huma ~nte fome de pão; também te ,
f alguém ( ) H na. .Nos temos necessidade d m uma temvel fome de
: tem f . .•. o1e em dta, o mundo não te f e amor e de existir para
! de c~~~. ~~%~~~ejad?, de ser amado. ~ ~::~~s~:~~~· mas tamb.ém de amor; j
! essa benevolência s pa1ses, há de tudo em abundância eme de sentir a presença 1
! Há pobres em todos os , , xcepto essa presença, j
1 que material· é u paises. Há continentes em u ·
f (...)O arroz, ~ pã~:~~~eza feita de solidão, de des~le~~P~~reza_é ~ais espiritual !
f fome. Mas é multo dlfí .~u ao esfomeado que encontro ~a ausenc1a de sentido. !
l amor e cheio de med c1 saciar a fome daquele que vive rua aca!mar-lhe-ão a !
·· - ··- _ o. na exclusao na falt d ·
··- ·· - · - - . ' a e1
- ··- ··- ··- ··- ··-··- ··-··- ··-··-··- ··-
··- ··- ··- ··- ··-··-]

I B:n11ma.sm•·•·1•11z.ma.@ti·•M11.1.1•.,
"Como seria belo se cada um de vós pudesse ao fim do dia
dizer: Hoje realizei um gesto de amor pelos outros!"
Papa Francisco Ser pao para os outros
1mphca partilhar
o nosso tempo,
acolher, escutar,
estar disponível,
a1udar em tarefas ...

~ ~<t ..
Propõe à tua família um jantar especial. Durante o jantar, que pode ser
preparado como para um dia de festa, a televisão não pode estar ligada, nem o
telemóvel, o computador.... apenas a família que conversa à volta da mesa.
Toma tu a iniciativa e começa por perguntar aos teus pais como lhes correu o
dia.

Encontra uma forma de «Ser pão para os outros»:

-visita alguém que vive sozinho;


- faz um favor a quem tem dificuldades motoras;
- participa numa campanha de recolha de bens para os mais pobres;
- passa tempo com algum colega que não tenha amigos;

Regista o momento (foto/vídeo/texto} e apresenta-o na aula.

Sugestão: os trabalhos poderão ser expostos na escola.


11 D!VER5/D!1DE
DE C/11<1511115 NO 5ERVIÇO
~~ i:r~J
_.....~
1Cor 12. 4-11
' Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo; 5há diversidade de serviços, mas
o Senhor é o mesmo; 8 há diversos modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza
1
tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito, para proveito comum .
ªA um é dada, pela ação do Espírito, uma palavra de sabedoria· a outro, uma palavra
de ciência, segundo o mesmo Espírito; •a outro, a fé, no mesmo Espírito; a outro, o
dom das curas, no único Espírito; 'ºa outro, o poder de fazer milagres; a outro, a
profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, a variedade de línguas; a
outro, por fim, a interpretação das línguas. " Tudo isto, porém, o realiza o único e o
mesmo Espírito, distribuindo a cada um, conforme lhe apraz.

Somos todos diferentes uns dos outros


mas somos todos necessários por isso não nos devemos comparar. O
importante é darmos o que somos aos outros, servi-los como Jesus nos
ensinou. Isto é amar.
. uma forma mais simples .
O Papa Francisco ~xphco~ d~os carismas. e eu percebi!
o que significa a d1vers1da e

r · - .. - .. _ . - .. - .. - .. _ .. _ - .. - .. - .. - .. - .. _ .. _ _,_ - .. - .. _ .__ - .. - .. _,__ - -


i O Papa Francisco, meditou sobre os carismas na Igreja e explicou que são dons de
i Deus, do Espírito Santo, que são dados à Igreja para que estejam ao serviço de toda a
; comunidade, sem que existam ciúmes ou invejas.
i (...)
i Na linguagem comum, quando se fala de "carisma", entende-se sempre um talento,
jJum
uma habilidade
talento natural. Diz-se: "Esta pessoa tem um carisma especial para ensinar. É
que tem".
i (...)
J Na peispetiva cristã, Porém, o carisma é mais que uma qualidade Pessoal que uma
J predisposição de que se pode ser dotado: o carisma é uma graça, um dom
j concedido por Deus Pai, através da ação do Espirita Santo. (. .. ) é um presente
i que Deus lhe dá, para que com a mesma gratuidade e o mesmo amor possa
itransmiti-lo
: (... ) a serviço de toda a comunidade, para o bem de todos.

! ...
1 O carisma é um dom somente Deus o dá!
: ( )

!A experiência mais bela, porém, é descobrir de quantos carismas diversos e de


!
1 quantos dons do seu Espirrto o Pai enche a sua Igreja!
: (... )

1Santa Teresinha do Menino Jesus disse esta bela lrase. "No coração da Igreja eu serei ,
!o amor". E todos temos este carisma: a capacidade de amar. !
j.
1www ••digrta1 com j.
1

..'i . _,,_,,_,,_,,_,,_,,_,,_,,_,,_,,_,,_··- ..-.._.._,,_,,_,,_,,_,,_,,_,,_,,_ ·- i


.

• d fazem para os ajudar. ..-.. -··- .. - .. - ··-··l


na a ,_ .. _ .. _ .. _ t à tua casa. 1
.. - .. - .. - · mfren e :
,,_ .. _ .. _ .. _ .. _ .. - .. -·--
cidade começa Porvarrere __ .. _ ___ ..1
r se queres ver limpa a _ ______ .. _ .. _ ,, _______ ,, _ _
11 ·_ ..hinês
_ .. _ .. - .. - ··- " _ ,,_ ..
: Proverb1oc

__ .. _.. ação partindo com


Existem muitas org~~~:~~~~s
coragem , gente que_
suas dificuldades aindaõ~~n~~;~~sceram
. -
lo disso algumas assoc1aç
que iniciaram a sua
dar um

pouco aos out~os. Sao exemp


no seio da Igreja.
A Caritas
~ z
~ ~GUitas
Portuguesa
A Caritas lnternationa/is é uma confederação de organizações
humanitárias da Igreja Católica que atua em mais de duzentos países.
É igualmente uma organização não governamental (ONG). Em
Portugal, foi criada em 1945, tendo delegações nas 20 dioceses
portuguesas.
A Caritas rege-se pela Doutrina Social da Igreja e orienta as suas ações
por princípios de solidariedade. A missão da Caritas é trabalhar para
construir um mundo melhor, dedicando-se particularmente aos mais
pobres e excluídos da sociedade e desenvolvendo ações de ajuda
humanitária a nível nacional e internacional, nomeadamente em
situações de calamidades naturais e em contexto de guerra.

Conferências Vicentinas de S. Vicente de Paulo

...
~ :

j
.,, .
,..

A Sociedade de São Vicente de Paulo foi fundada em 1833, por um


grupo de jovens leigos. É uma organização de leigos católicos, de
voluntários, homens e mulheres, dedicada a oferecer uma ajuda
pessoal a todos aqueles com necessidades. A base do seu trabalho é a
interação direta e individual com aqueles que estão com necessidades,
bem como as suas famílias, independentemente das suas origens ou
das suas crenças. Estas pessoas são visitadas no seu ambiente
próprio; quer seja em casa, num lar, no hospital, nos seus abrigos, na
rua ou na prisão.
Organizam-se em grupos a que chamam "Unidade de Base" que
consiste num grupo de cerca de quinze membros pertencendo a uma
«Conferência de São Vicente de Paulo». Encontram-se
frequentemente, uma ou duas vezes por semana, para organizar e
discutir o seu trabalho junto dos pobres da sua comunidade local.
Geralmente, as Conferências estão ligadas a paróquias católicas.
Partilham, no seio de cada Conferência, uma vida espiritual rica.
Em todo o mundo, existem cerca de 51 000 Conferências com mais de
700 000 membros. São apoiadas, por exemplo, nas suas obras sociais
dedicadas às crianças e aos idosos, nos centros de saúde e nas
escolas, por mais de 1 500 000 voluntários nos 140 países onde a
Sociedade de São Vicente de Paulo está presente.
Fonte: http://www.ssvpglobal.org
Procuram oferecer às pessoas roupa, livros, medicamentos, ajuda na
procura de empregos e internamentos, visitas a lares, hospitais,
cadeias, ou à fundação das chamadas ((obras especiais» (obras de
ação especializada e individualizada, lares de 3ª idade, centros de dia,
casas de trabalho, salas de estudo, cantinas, lares para jovens,
creches, infantários, jardins de infância, colónias de férias, etc.).
A ação vicentina procura ser a resposta oportuna para cada situação
de sofrimento ou pobreza que se deteta - resposta mais ou menos
imediata, ou de simples encaminhamento das situações mais difíceis
para as vias possíveis de resolução, inquietando consciências
indiferentes, apesar de responsáveis, mas com possibilidade de
resposta às situações de pobreza e sofrimento.
A ação vicentina preocupa-se com a promoção do homem na
sociedade através de um sentimento de afeto e respeito pela dignidade
de cada pessoa, da oferta de amor, a que todos têm direito, da
compreensão e recetividade a uma confidência ou a um desabafo, um
conselho com uma palavra amiga, um olhar carinhoso, motivos de fé e
de esperança.
Fonte: www.ssvp.pt

Comunidade Vida e Paz

Comunidade
Vida e Paz
Os princípios que regem a Comunidade Vida e Paz são universais e
aclamados por indivíduos em todos os cantos do Mundo. Procura-se
que se confundam com a prática de todos os dias. Para a Comunidade
nada é mais importante que o garante da Dignidade da Pessoa
Humana, trabalhando para o Bem Comum, em nome de uma Justiça
Social baseada no princípio da Subsidiariedade.
A sua Missão é ir ao encontro e acolher pessoas sem-abrigo, ou em
situação de vulnerabilidade social, ajudando-as a recuperar a sua
dignidade e a (re)construir o seu projeto de vida, através de uma ação
integrada de prevenção, reabilitação e reinserção. Para tal inspira-se e
orienta-se pela Doutrina Social da Igreja e sustenta-se nos valores da
Esperança, Comunidade, Equidade, Solidariedade, Verdade,
Comprometimento, Tolerância e Espiritualidade.
"A Comunidade Vida e Paz é um conjunto de pessoas, que partindo da ideia
de Comunidade acredita que é possível criar condições de Vida e Paz para as
pessoas sem-abrigo ou em situação de vulnerabilidade social. Em conjunto,
com o pequeno contributo de cada um, acreditam ser possível construir esta
grande causa que é tornar real um projeto de Esperança para as pessoas
sem-abrigo ou em situação de vulnerabilidade social que será também um
caminho de Esperança na Sociedade Portuguesa. A Comunidade Vida e Paz
precisa de todos e cada um na sua singularidade porque as pessoas sem-
-abrigo ou em situação de vulnerabilidade social precisam de uma
COMUNIDADE onde possam redescobrir a Vida digna que é sua por direito."

Henrique Joaquim, Presidente da Comunidade Vida e Paz


http://cvidaepaz pt/site

7
Sugestao: ""-t~
Criar, na escola, um Banco de Investimento Solidário (BIS)
O BIS funciona como um banco. Tem uma agência, horário, cheques de bom
comportamento, depósitos e levantamentos, com a particularidade de utilizar
material escolar, em 2ª mão ou novo, como moeda de troca. Assim , todos podem
contribuir de forma sol"dária com os colegas nao havendo necessidade de
comprar todo o material. Ao longo do ano letivo, todos os alunos que pretendam
ser "clientes" do BIS, poderão depositar material utilizado e fazer levantamento do
que existir no cofre do banco. Os alunos que tiverem crédito, seja de material
depositado, serviço cívico ou cheques de bom comportamento poderão proceder
ao levantamento de qualquer material. Caso nao tenham crédito não poderão
efetuar levantamentos. No BIS não há cartões de crédito Os cheques de serviço
c1vico e de bom comportamento são validados pelo diretor de turma/professor
titular ou pela direção.

(Banco de tnvr.s11mcn10
Sohdar10)
/tDE /t.PRE
~ alimentação é muito mais do que o simples gesto de ingerir alimen-
tos, o ser humano transforma as refeições em momentos de convívio
social e familiar.

v'Á alimentação e a refeição sempre estiveram muito presentes nas tra-


dições religiosas , tornando-as até centrais para a vida dos Crentes.

VÉxistem recursos alimentares suficientes para responder às necessi-


dades de todas as pessoas.

vlÁ pobreza e a fome , nascem principalmente de uma distribuição in-


justa dos bens.

v1>ara combater a fome e a subnutrição, foram surgindo algumas insti-


tuições nacionais e internacionais que dão um forte contributo.

vlÁ solidariedade e o voluntariado são expressão do amor de Deus por


cada ser humano.

y/os primeiros Cristãos deixaram-nos um exemplo muito grande de


como devemos proceder em comunidade.

v/Na Última Ceia, Jesus deu-nos o maior sinal de entrega da vida pelos
outros.

v'Jesus ensina-nos a estarmos ao serviço dos outros, com o exemplo


do lava pés.

VOescobri a alegria de poder também eu ser pão para os outros, pois


posso dar de mim ajudando os outros com os dons que Deus me deu.

v'Posso ser exemplo de vida cristã servindo os outros participando em


associações ou organizações que nasceram dentro da Igreja.

/
Am igos

Daqui escrevem-vos a Maria e o Miguel.

Fomos os teus companheiros de viagem nestes dois anos do


segundo ciclo. Acompanhámos-te em todas as descobertas. Foi
sem dúvida uma viagem muito feliz esta do segundo ciclo! Os
amigos que fizemos, os professores que conhecemos e que se
tornaram também nossos amigos, os assuntos que abordámos e
aprofundámos em todas as aulas, mas especialmente nesta
pequena aula de EMRC, de quarenta e cinco minutos semanais em
que o tempo voa e nem se dá por ela ...

No próximo ciclo tudo se repete outra vez: nova escola (para


alguns) , novos colegas, professores e disciplinas. Mas há uma coisa
que não muda: a tua EMRC está sempre lá, à espera que te
aventures, que te decidas a escolhê-la! Ou pensavas que a nossa
viagem terminava por aqui?

Por tudo o que passámos juntos neste ciclo, não estamos aqui a
escrever-te para nos despedirmos, mas sim para confirmar que no
próximo ano continuaremos juntos!

Contamos contigo!

Conta connosco!
E5TOU
CONT/60/

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