Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
3
Kimberly estava sendo acusada não só por um roubo mais também
estava sendo acusada de assassinato. Ela não demorou para entender que o
que o rei de Magerock queria, era vê-la ser enforcada em praça pública.
—INOCENTE? —Gritou o rei de Magerock.
—Ela e apenas uma criança... —Cristal murmurou de onde estava.
—Eu não me importo, meu povo tem fome. Eu recebo pelo o que
paguei ou eu mesmo mato essa garota. —Beaver não se importava com os
mortos, mas com o dinheiro que tinha perdido.
Sussurros soaram da multidão presente no salão, alguns mais altos
que os outros. Os líderes do Conselho finalmente lembraram da garota e por
um breve momento todo o salão ficou em silêncio, Beaver lançou um olhar a
Dyel que desembainhou a espada da bainha na cintura.
—Essa demora está me matando, vamos acabar logo com isso e ir
para casa pai. —O príncipe se colocou ao lado da jovem, a espada erguida
sobre sua cabeça. —Se vocês tem tanto medo de cumprir com a lei eu o
faço.
Ele não a mataria e ela sabia disso, pois nem se importou em olhar
para o príncipe. Kimberly podia senti-lo, aquela figura masculina que se
colocou à trás dela logo após acordar, sua respiração acelerada avia se
tornado controlada e em apenas um movimento ele colocaria o jovem
príncipe de joelhos, bem ao seu lado e o faria pedir desculpas por pensar em
machucá-la
Thalya e Cristal desceram os degraus, a rainha e a princesa de
Warely viraram os rostos. Beaver e Orin líderes é conquistadores pareciam
4
tubarões esperando por sangue. Mais Kimberly, ignorando o príncipe ao seu
lado, se colocou de pé com um esforço notável para não se encolher de dor.
A figura atrás dela pareceu aliviado por ver que a jovem ainda podia se
mover.
—Vocês são todos uns covardes! —Falou a garota ficando a poucos
centímetros da espada de Dyel. —Vocês começam um julgamento comigo
desacordada. Talvez a ideia fosse me julgar enquanto eu não pudesse me
defender.
—Você está ansiosa pra morrer, não é Audreley? —Dyel ergueu a
espada na direção do peito de Kimberly—Esquece com quem está falando.
—Por alguns segundos pareceu que o príncipe tremia.
— Eu sei muito bem quem vocês são, principezinho... —Dando um
passo na direção da espada, Kimberly sentiu o tecido de sua túnica negra se
rasgar assim como sua pele no ponto onde a espada estava. Dyel voltou a
tremer quando a jovem deu mais um passo em sua direção. —E eu não ligo!
Uma nevasca começou a cair é Kimberly se viu desviando de mais
uma árvore, a temperatura já estava bem baixa com as poucas roupas que
usava. Se não voltasse logo para casa seus pulmões congelariam. A jovem
colocou as mãos em baixo dos braços mantendo-as um pouco mais aquecida
enquanto fazia o retorno de volta, mas a cena do salão permanecia em sua
cabeça.