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TEOLOGIA SISTEMÁTICA
Teologia Sistemática - 2 -
INTRODUÇÃO
O estudo da teologia sistemática faz-se cada vez mais necessária, especialmente nestes
últimos dias, quando vemos um aumento cada vez maior de falsos mestres e profetas O termo
teologia, segundo seus aspectos etimológicos, é composto de duas palavras gregas: “Theos”
(Deus) e “logos” (estudo, tratado, palavra, fala, expressão). Tanto Cristo, a Palavra Viva, como
a Bíblia, a Palavra Escrita, são o Logos de Deus. Eles são para Deus o que a expressão é para o
pensamento e o que a fala é para a razão. A teologia é, portanto uma Theo-logia, isto é, uma
palavra, uma fala ou expressão sobre Deus; uma doutrina sobre Deus. É o estudo sobre a
revelação de Deus que é a expressão dos Seus pensamentos e, logo, é, também, o estudo sobre
Sua própria Pessoa. Portanto teologia é o estudo sobre Deus, sua obra e sua revelação. Por
isso, o objetivo desse estudo é demonstrar através da Bíblia a essência e os atributos de Deus
de uma forma clara e objetiva.
O autor.
Teologia Sistemática - 3 -
1. TEOLOGIA SISTEMÁTICA
Nenhuma exposição sobre Deus seria completa se não contemplasse Suas obras e Seus
caminhos no universo que Ele criou, além de Sua Pessoa. Toda ciência provém e mantém
relação com o Criador de todas as coisas e com Seu propósito na criação. E toda verdade é
verdade de Deus, onde quer que ela seja encontrada. Deus se revelou na criação e nas
Escrituras, e a verdade achada pelas ciências naturais e sociais, por cristãos ou profanos, não é
verdade profana; é verdade sagrada de Deus (Cl.2:3). Toda verdade, onde quer que seja
encontrada, tem peso e valor iguais como verdade, como qualquer outra verdade. Uma verdade
pode ser mais útil em dada circunstância, e uma outra em outra, mas ambas têm valor como
verdade. Portanto é perfeitamente lícito utilizar-se de outras fontes, enquanto verdade, para o
estudo da teologia. Podemos definir teologia sistemática segundo Lewis Eperry Chafer, que diz:
“Teologia sistemática pode ser definida como a coleção, cientificamente arrumada, comparada,
exibida e defendida de todos os fatos de todas e quaisquer fontes referentes a Deus e às Suas
obras. Ela é temática porque segue uma forma de tese humanamente idealizada, e apresenta e
verifica a verdade como verdade”.
2. Outras teologias.
a) Teologia Natural: Estuda fatos que se referem a Deus e Seu universo que se encontra
revelado na natureza.
b) Teologia Exegética: Estuda o Texto Sagrado e assuntos relacionados, através do estudo das
línguas originais, da arqueologia bíblica, da hermenêutica bíblica e da teologia bíblica.
2. A EXISTÊNCIA DE DEUS
A Bíblia não discute a existência de Deus; começa por afirmar simplesmente que Ele existe
e é a causa de dotas as coisas que existem no mundo, inclusive o próprio mundo. “No princípio
criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). Nossa principal crença na existência de Deus é a
natureza que revela um Deus criador, a Bíblia Sagrada e o testemunho do Espírito Santo no
nosso coração, acera do Filho de Deus, que morreu e ressuscitou dentre os mortos.
Embora o homem seja um ser religioso por natureza, no transcorrer da história humana surgiram
muitas formas de negação da existência de Deus, como mostraremos a seguir.
a. O ateísmo:
O ateísmo, no sentido da negação da existência de Deus, está dividido em duas classes: o ateu
prático e o ateu teórico. Os primeiros são sensivelmente gente sem Deus, provavelmente seja
neste sentido que o salmista tenha falado sobre o néscio que diz em seu coração: “Não há
Deus”. O néscio desse Salmo é alguém que vive como se Deus não existisse, que não o leva
em conta para nada, que se sente como “o capitão” de sua vida e de seu destino. Esses ateus
“práticos” devem ter sido os que atormentaram o autor do Salmo 42, perguntando-lhe: “Onde
está o teu Deus”. Já os ateus teóricos são geralmente uma classe mais intelectual, e baseiam
sua negação da existência de Deus no desenvolvimento de um raciocínio meramente humanista.
Tratam de provar por meios que eles consideram argumentos razoáveis e conclusivos que não
há Deus. Este tipo de ateu é o resultado do estado de perversão do homem, e de seu desejo de
se esconder de Deus. Conclusão: O ateu mente a sua mente, e à sua própria consciência.
b. O deísmo:
O deísmo crer que Deus existe, contudo rejeita por completo a Sua revelação à humanidade.
Para o deísmo, Deus não possui atributos morais nem intelectuais, sendo até duvidoso que ele
tenha participado na criação. Em outra palavras, deísmo é a religião natural baseada no
raciocínio puramente Humano.
d. O panteísmo:
O panteísmo ensina que no Universo, Deus é tudo e tudo é Deus. Deus é não só parte do
Universo, Ele é o próprio Universo. O hinduismo é adepto deste falso conceito de Deus. A Bíblia
deixa bem claro que Deus é o Criador do Universo e independente dele.(Sl 24. 1.4).
4) Argumento Ontológico. Da palavra grega on, “existente, ser”. O homem tem a idéia
inerente de um Ser Perfeito. Esta idéia naturalmente inclui o conceito de existência, já que um
ser, em tudo mais perfeito, que não existisse, não seria tão perfeito quanto um ser perfeito que
existisse. Portanto, visto que a idéia de existência está contida na idéia de um Ser Perfeito, esse
Ser Perfeito deve necessariamente existir.
3. DEFINIÇÕES DE DEUS
Deus é o começo, o meio e o fim de todas as coisas. Ele é a mente ou razão suprema; a causa
eficiente de todas as coisas; eterno, imutável, onisciente, onipotente; tudo permeia e tudo
controla; é justo, santo, sábio e bom; o absolutamente perfeito, o começo de toda a verdade, a
fonte de toda a lei e justiça, a origem de toda a ordem e beleza e, especialmente, a causa de
todo o bem.
Deus é um Espírito, infinito, eterno e imutável em Seu Ser, sabedoria, poder, santidade, justiça,
bondade e verdade.
C) Definição Combinada:
Deus é um espírito infinito e perfeito em quem todas as coisas tem sua origem, sustentação e fim
(Jo.4:24; Ne.9:6; Ap.l:8; Is.48:12; Ap.1:17).
D) Definição Bíblica:
As expressões "Deus é Espírito" (Jo.4:24) e "Deus é Luz " (IJo.1:5), são expressões da natureza
essencial de Deus, enquanto que a expressão "Deus é amor" (IJo.4:7) é expressão de Sua
personalidade. (ITm.6:16).
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4. A REVELAÇÃO DE DEUS
a. Relação e Revelação
O fundamento da atitude religiosa era a aliança que Deus estabelecera entre si e a descendência
de Abraão (Gn17). Esta aliança foi uma imposição real mediante a qual Deus se comprometeu,
perante os descendentes de Abraão, a ser o Deus deles, dessa maneira dispondo-os invocá-lo
como o Senhor Todo-poderoso. O fato de Deus tornar conhecido o Seu Nome (Jeová), foi um
testemunho da amistosidade do seu relacionamento com Israel. O nome até certo ponto, significa
tudo quanto uma pessoa é, pelo que, quando Deus disse aos israelitas qual é o Seu nome, isso
assinalou o fato que, conforme Ele era, em todo o seu poder e gloria, estava se comprometendo
a cuidar do bem -estar deles.
Lendo Gênesis 15, vemos as bases da aliança de Deus com o Seu povo Israel, através do seu
ancestral, o patriarca maior, Abraão. O citado capítulo registra a “aliança de sangue” (o contrato
social mais obrigatório naquela época) e suas circunstâncias peculiares. Registra que Abraão
caiu em sono profundo e que Deus, o Pai, como um fogareiro fumegante, e Deus o Filho
representado pela tocha de fogo, passaram entre as metades dos animais sacrificados que
estavam no solo. Este era o selo da cerimônia. De modo geral, ambas as partes de um contrato
teriam de passar entre os animais divididos, significando que cada uma delas aceitava as
obrigações que lhe eram impostas e as cumpririam. O fato de Deus Pai e Filho agirem nessa
cerimônia significativa constitui uma afirmação clara, naquela altura, quanto às intenções de
cumprir suas promessas, sem levar em consideração o que Abraão e os seus descendentes
pudessem fazer! Desse modo, o contrato normal de aliança tomou o aspecto de uma aliança de
juramento. Deus tomou e confirmou uma decisão de escolher a Israel e faze-lo povo Seu,
decisão que não seria modificado por coisa alguma que o homem fizesse ou deixasse de fazer,
porque Jesus que ali estava representado pela tocha de fogo um dia se humanizaria e faria uma
aliança eterna entre Deus e o homem, pois Jesus como representante do homem foi fiel a Deus
sem nunca transgredir um único mandamento do Pai. E como nós sabemos Cristo que era da
descendência de Abraão e, portanto israelita veio revelar a salvação a todas as nações do
mundo. Por conseguinte, Deus continuou revelando-se à comunidade de Israel através de Suas
palavras, de leis e de promessa que ainda se cumprirão principalmente no reino milenial.
A principal ênfase da revelação de Deus a Israel recai sobre a sua fidelidade à aliança feita com
Abraão, Sua paciência e misericórdia, e Sua lealdade aos Seus próprios propósitos. “Quando
Deus Fez a promessa a Abraão, visto que não tinha ninguém superior por quem jurar, jurou por si
mesmo, dizendo: Certamente te abençoarei, e te multiplicarei”(Hb.6.13-14).
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Ezequiel – “Por cima do firmamento que estava sobre as suas cabeças, havia algo
semelhante a um trono, com uma safira; sobre esta espécie de trono estava sentada
uma figura semelhante a um homem. Vi-a como metal brilhante, com fogo ao redor dela,
desde os seus lombos, e daí para cima; e desde o seus lombos daí para baixo, vi-a
como fogo e um resplendor ao redor dela. Como aspecto do arco que aparece na
nuvem em dia de chuva, assim era o resplendor em redor. Esta era a aparência da
gloria do Senhor; vendo isto cai com o rosto em terra...”(Ez 1.26-28).
Daniel – “ Levantei os olhos, e olhei, e eis um homem vestido de linho, cujos os ombros
estavam cingidos de ouro puro de Ufaz, o seu corpo era como berilo, o seu rosto como
relâmpago, os seus olhos com tochas de fogo, os seus braços e os seus pés brilhavam
como bronze polido, e a voz das sua palavras como o estrondo de muitas gente” (Dn
10.5-6).
João – “E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um
assentado sobre o trono. E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à
pedra de jaspe e de sardônica; ce o arco celeste estava ao redor do trono e era
semelhante à esmeralda”. (Ap 4.3-4).
“No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus”. (Jo 1.1).
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do
Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”.(Jo 1.14).
“O que era desde o principio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos
próprios olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam, com respeito ao verbo
da vida (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dele damos testemunho e vo-la
anunciamos a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifesta), o que temos visto
e ouvido anunciamos também a vos outro, para que vos igualmente mantenhais
comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.
Estas cousas, pois, vos escrevemos para que a nossa alegria seja completa”(1Jo 1.1-4).
“Faço-vos, porém, saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo o
homem; porque eu não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas mediante revelação
de Jesus Cristo”.
9. Revelação transformadora.
Foi esta revelação recebida da parte de Deus que fez dos apóstolos aquilo que eles foram:
diferentes, humildes, fervorosos, poderosos, destemidos e vitoriosos. Para os apóstolos,
Deus em Cristo estava sempre presente entre eles, poderoso, triunfante, conduzindo a sua
causa sucessivos triunfos. Possuídos desta revelação, eles escreveram o Novo Testamento,
pregaram o Novo Testamento, viveram o Novo Testamento, e morreram pelo Novo
Testamento. Suas vidas frágeis, porém vitoriosas; seus hábitos diferentes, porem santos;
seus caminhos vigiados e ameaçados pelas autoridades, porem guardados por anjos, são
ainda hoje um exemplo para aqueles que renunciaram o mundo e se decidiram viver para
Deus.
Pela visão que eles tiveram de Deus, os apóstolos foram mudados de frágeis pigmeus em
valentes bandeirantes da fé, decididos a mudar o mundo.
As origens da Igreja estão no eterno passado, conforme o propósito de Deus, mas a sua
razão de ser e de existir no mundo é claramente mostrada na revelação de Deus sobre ela.
Deus destinou-lhe a responsabilidade, que em suma é:
a) Ser aqui um lugar de habitação de Deus. (Ef 2.20-22,1 Co3. 16).
b) Dar testemunho da verdade. (1Tm 3.15).
c) Tornar conhecida a multiforme sabedoria de Deus. (Ef 3.10).
d) Dar eterna gloria a Deus. (Ef 3. 10-21).
e) Edificar seus membros. (Ef4. 11-13).
f) Disciplinar seus membros. (Mt 18.15-17).
g) Evangelizar o mundo.(Mt 28.18-20).
5. A NATUREZA DE DEUS
Quando falamos em essência de Deus, queremos significar tudo o que é essencial ao Seu Ser
como Deus, isto é, essência e atributos.
1) Essência de Deus:
Deus é uma essência espiritual: Deus na sua essência é puro espírito, sem a presença de
matéria (Jo.4:24).
2) Atributos de Deus:
Sua essência é Espírito e Seus atributos são as qualidades ou propriedades dessa essência.
Atributos são a manifestação do Ser de Deus.
1) Atributos Naturais:
Segundo Conner, os atributos naturais são os “que não têm nenhuma relação, de nenhum modo,
com o caráter moral de Deus”. Isso significa que Deus é um ser moral e que tem atributos que
revelam essa verdade, mas, além disso, tem outros atributos que não entram nesta categoria.
São os atributos que Conner denomina naturais. Seguiremos aqui a maneira de Hammond tratar
o assunto:
a . Infinitude: Deus é um ser sem limitações. “A santidade infinita e o amor infinito não são
qualidades infinitas de santidade e de amor, mas sim a santidade e o amor que são
qualitativamente livres de toda limitação e defeitos”.
b. Espiritualidade: Deus, sendo Espírito, é incorpóreo, invisível, sem substância material, sem
partes ou paixões físicas e, portanto, é livre de todas as limitações temporais (Jo.4:24; Dt.4:15-
19,23; Hb.12:9; Is.40:25; Lc.24:39; Cl.1:15; ITm.1:17; IICo.3:17)
3) Personalidade: Uma definição mais precisa é que Deus é um “Espírito pessoal e livre”
Como pessoa, Deus está próximo do homem, e, de acordo com Conner, a personalidade de
Deus é o antecedente da encarnação de Deus em Jesus Cristo. Quando falamos em Deus como
pessoa, estamos usando este último termo num sentido deferente do que tem na moderna
psicologia. A liberdade é um elemento de sua personalidade; a Bíblia ensina que Deus, para criar
o mundo e para redimir o homem, não teve nenhuma motivação de fora de si mesmo: “Segundo
o conselho de sua vontade” (Ef 1.11). Vejamos os três elementos básicos de personalidade
em relação a Deus.
a) Volição ou vontade = querer (Is.46:10; Ap.4:11).
b) Razão ou intelecto = pensar (Is.14:24; Sl.92:5; Is.55:8).
c) Emoção ou sensibilidade = sentir (Gn.6:6, Dt.6:15; Pv.6:16; Tg.4:5).
1) Jeová (Yahweh): A palavra original (que se pronuncia Yahweh ou Yawé) é formada pelas
consoantes YHVH ou YHWH, com as vogais incorporadas no texto massorético de uma palavra
Teologia Sistemática - 13 -
distinta, Adonai (meu Senhor). Em seu sentido etimológico, é a terceira pessoa do singular
imperfeito do verbo havá (ou hayá), que significa "ser". Os antigos intérpretes explicam o verbo
de forma abstrata e metafísica, significando algo que aproximadamente afirmaria: "Eu sou o que
sou" o que existe de uma forma absoluta. Esse nome (Jeová), foi criado pelos judeus, através
das combinações das vogais de Adonai (Meu Senhor) com as consoantes YHWH, e o resultado
foi Jeová. Tal forma só começou a aparecer no século XII d.C. Mas nunca aparece, com essa
forma no original hebraico. Antes disso, cada vez que aparecia o tetragrama os judeus
pronunciavam Adonai.
2) Elohim:
a. Significado – Deus Criador . É uma palavra genérica usada para falsos deuses e também
para o verdadeiro Deus. É um substantivo plural, o chamado plural majestático. O plural permite
a revelação subseqüente da Trindade no N.T., mas não ensina a Trindade propriamente dita.
3) Adonai:
a. Significado - Senhor, Mestre. Usado pelos homens de Deus, e indica o relacionamento
senhor-servo,
6. Eternidade.
“Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a
eternidade, tu és Deus. (Sl 90.2)”.
“Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade e cujo nome é Santo: Em um alto
e santo lugar habito... (Is 57.15)”.
Estes versículos mostram claramente a existência do Deus eterno, que não tem começo nem fim,
do hebraico “El-Olam” (Deus Eterno). Em primeiro lugar, isto significa que Ele não está sujeito
ao tempo, e é infindável no tempo (Gn 21.33; Jó
10.5; 36.26). Em segundo lugar, embora Deus exista num tipo de eterno presente, em termos de
continuidade, e não de intemporalidade, Ele conhece o passado como passado, o presente como
presente e o futuro como futuro, Ele vivencia o nosso tempo por amor a nós, Vejamos está
revelação:
“E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante
do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações
dos santos”.(Ap 5.8) Ver também (Ap 4.2-4).
“E veio outro anjo e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito
incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que está diante do
trono. E a fumaça do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante
de Deus E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o lançou sobre a terra; e
houve depois vozes, e trovões, e relâmpagos, e terremotos”.(Ap 8.3-5)
Embora Deus habite na eternidade, Ele vivencia o nosso tempo, que está representado pelos 24
anciãos, que estão em volta do seu trono de gloria. As nossas orações sobem como incenso, e
estão sempre em memória diante do trono de Deus, que há seu tempo nos responderá:
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“Suba a minha oração perante a tua face como incenso, e seja o levantar das minhas mãos
como o sacrifício da tarde”. (Sl 141.2).
7. Infinidade ou Perfeição: É o atributo pelo qual Deus é isento de toda e qualquer limitação em
seu Ser e em seus atributos (Jó.11:7-10; Mt.5:48). A infinidade de Deus se contrasta com o
mundo finito em sua relação tempo-espaço.
10. Imutabilidade: É o atributo pelo qual não encontramos nenhuma mudança em Deus, em sua
natureza, em seus atributos e em seu conselho.
a) A "base" para a imutabilidade de Deus: É Sua simplicidade, eternidade, auto-existência e
perfeição. Simplicidade porque sendo Deus uma substância simples, indivisível, sem mistura,
não está sujeito a variação (Tg.1:17). Eternidade porque Deus não está sujeito às variações e
circunstâncias do tempo, por isso Ele não muda (Sl.102:26,27; Hb.1:12 e 13:8). Auto-existência
porque uma vez que Deus não é causado, mas existe em Si mesmo, então Ele tem que existir da
forma como existe, portanto sempre o mesmo (Ex.3:14). E perfeição porque toda mudança tem
que ser para melhor ou pior e sendo Deus absolutamente perfeito jamais poderá ser mais sábio,
mais santo, mais justo, mais misericordioso, e nem menos. Por isso Deus é imutável como a
rocha (Dt.32:4).
3) Imutabilidade de Deus em Sua natureza: Deus é perfeito em sua natureza por isso não
muda nem para melhor nem para pior (Ml.3:6).
5) Imutabilidade de Deus em Seu conselho: Deus planejou os fatos conforme a sua vontade e
decretou que este plano seja concretizado. Nada poderá se opor à sua vontade. O próprio Deus
jamais mudará de opinião, mas fará conforme seu plano predeterminado (Is.46:9,10; Sl.33:11;
Hb.6:17).
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11. Onisciência: Atributo pelo qual Deus, de maneira inteiramente única, conhece-se a Si próprio
e a todas as coisas possíveis e reais num só ato eterno e simples. O conhecimento de Deus tem
suas características:
a) É arquétipo: Deus conhece o universo como ele existe em Sua própria idéia anterior à sua
existência como realidade finita no tempo e no espaço; e este conhecimento não é obtido de fora,
como o nosso (Rm.11:33,34).
c) É simultâneo: Não é sucessivo, pois Deus conhece as coisas de uma vez em sua totalidade,
e não de forma fragmentada uma após outra (Is.40:28).
d) É completo: Deus não conhece apenas parcialmente, mas plenamente consciente (Sl.147:5).
f) Conhecimento livre: É aquele que Deus tem de todas as coisas reais, isto é, das coisas que
existiram no passado, que existem no presente e existirão no futuro. É também chamado visionis,
isto é, conhecimento de vista.
12. Onipotência: É o atributo pelo qual encontramos em Deus o poder ilimitado para fazer
qualquer coisa que Ele queira.
A onipotência de Deus não significa o exercício para fazer aquilo que é incoerente com a
natureza das coisas, como, por exemplo, fazer que um fato do passado não tenha acontecido, ou
traçar entre dois pontos uma linha mais curta do que uma reta. Deus possui todo o poder que é
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coerente com Sua perfeição infinita, todo o poder para fazer tudo aquilo que é digno dEle. O
poder de Deus é distinguido de duas maneiras: Potentia Dei absoluta = absoluto poder de Deus e
potentia Dei ordinata = poder ordenado de Deus. Hodge e Shedd definem o poder absoluto de
Deus como a eficiência divina, exercida sem a intervenção de causas secundárias, e o poder
ordenado como a eficiência de Deus, exercida pela ordenada operação de causas secundárias.
Chanock define o poder absoluto como aquele pelo qual Deus é capaz de fazer o que Ele não
fará, mas que tem possibilidade de ser feito, e o poder ordenado como o poder pelo qual Deus
faz o que decretou fazer, isto é, o que Ele ordenou ou marcou para ser posto em exercício; os
quais não são poderes distintos, mas um e o mesmo poder. O seu poder ordenado é parte do
seu poder absoluto, pois se Ele não tivesse poder para fazer tudo que pudesse desejar, não teria
poder para fazer tudo o que Ele deseja. Podemos, portanto, definir o poder ordenado de Deus
como a perfeição pela qual Ele, mediante o simples exercício de Sua vontade, pode realizar tudo
quanto está presente em Sua vontade ou conselho. E' óbvio, porém, que Deus pode realizar
coisas que a Sua vontade não desejou realizar (Gn.18:14; Jr.32:27; Zc.8:6; Mt.3:9; Mt.26:53).
Entretanto há muitas coisas que Deus não pode realizar. Ele não pode mentir, pecar, mudar ou
negar-se a Si mesmo (Nm.23:19; ISm.15:29; IITm.2:13; Hb.6:18; Tg.1:13,17; Hb.1:13; Tt.1:3), isto
porque não há poder absoluto em Deus, divorciado de Sua perfeições, e em virtude do qual Ele
pudesse fazer todo tipo de coisas contraditórias entre Si (Jó.11:7). Deus faz somente aquilo que
quer fazer (Sl.115:3; Sl.135:6).
13) Soberania ou Supremacia: Atributo pelo qual Deus possui completa autoridade sobre todas
as coisas criadas, determinando-lhe o fim que desejar (Gn.14:19; Ne.9:6; Ex.18:11; Dt.10:14,17;
ICr.29:11; IICr.20:6; Jr.27:5; At.17:24-26; Jd.4; Sl.22:28; 47:2,3,8; 50:10-12; 95:3-5; 135:5;
145:11-13; Ap.19:6).
a) Vontade ou Auto-determinação: A perfeição de Deus pela qual Ele, num ato sumamente
simples, dirige-se à Si mesmo como o Sumo Bem (deleita-se em Si mesmo como tal) e às Suas
criaturas por amor do Seu nome (Is.48:9,11,14; Ez.20:9,14,22,44; Ez.36:21-23).
À vontade de Deus recebe variadas classificações, pois à ela são aplicadas diferentes palavras
hebraicas (chaphets, tsebhu, ratson) e gregas (boule, thelema).
b. Vontade Preceptiva: Na qual Deus estabeleceu preceitos morais para reger a vida de Suas
criaturas racionais. Esta vontade pode ser desobedecida com freqüência (At.13:22; IJo.2:17;
Dt.8:20).
c. Vontade Decretória: Pela qual Deus projeta ou decreta tudo o que virá a acontecer, quer
pretenda realizá-lo causativamente, quer permita que venha a ocorrer por meio da livre ação de
suas criaturas (At.2:23; Is.46:9-11). A vontade decretória é sempre obedecida.
A vontade decretória e a vontade preceptiva relacionam-se ao propósito em realizar algo.
d. Vontade de Eudokia: Na qual Deus deleita-se com prazer em realizar um fato e com desejo
de ver alguma coisa feita. Esta vontade, embora não se relacione com o propósito de fazer algo,
mas sim com o prazer de fazer algo, contudo corresponde àquilo que será realizado com certeza,
tal como acontece com a vontade decretória (Sl.115:3; Is.44:28; Is.55:11).
e. Vontade de Eurestia: Na qual Deus deleita-se com prazer ao vê-la cumprida por Suas
criaturas. Esta vontade abrange aquilo que a Deus apraz que Suas criaturas façam, mas que
pode ser desobedecido, tal como acontece com a vontade preceptiva (Is.65:12).
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A vontade de eudokia não se refere somente ao bem, e nela não está sempre presente o
elemento de deleite (Mt.11:26). À vontade de eudokia e a vontade de eurestia relaciona-se ao
prazer em realizar algo.
14. Liberdade: A perfeição de Deus no exercício de Sua vontade. Deus age necessária e
livremente. Assim como há conhecimento necessário e conhecimento livre, há também uma
vontade necessária e uma vontade livre. Na vontade necessária Deus não está sob nenhuma
compulsão, mas age de acordo com a lei do Seu Ser, pois Ele necessariamente quer a Si próprio
e quer a Sua natureza santa. Deus necessariamente se ama a Si próprio e Suas perfeições. As
Suas criaturas são objetos de Sua vontade livre, pois Deus determina voluntariamente o que e
quem Ele criará; e os tempos, lugares e circunstâncias de suas vidas. Ele traça as veredas de
todas as Suas criaturas, determina o seu destino e as utiliza para Seus propósitos (Jó.ll:10;
Jó.23:13,14; Jó.33:13. Pv.16:4; Pv.21:1; Is.10:15; Is.29:16; Is.45:9 ).
2) Atributos Morais.
1) Santidade: É a perfeição de Deus, em virtude da qual Ele eternamente quer manter e
mantém a Sua excelência moral, aborrece o pecado, e exige pureza moral em suas
criaturas. Ser Santo vem do hebraico Kadash que significa cortar ou separar. Neste
sentido também a mesma idéia esta contida no Novo testamento, porém utiliza as
palavras gregas hagiazo e hagios.
“E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos
Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória”. (Is 6.4).
“E os quatro animais tinham, cada um, respectivamente, seis asas e, ao redor e por
dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo:
Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso, que era, e que é, e que há de
vir”.(Ap 4.8).
II) Santidade Negativa: Significa que Deus é inteiramente separado de tudo quanto é mal e de
tudo quanto o aborrece (Lv.11:43-45; Dt.23:14; Jó.34:10; Pv.15:9,26; Is.59:1,2; Lc.20:26; Hc.
1:13; Pv.6:16-19; Dt.25:16; Sl.5:4-6). A santidade negativa é ódio ao mal.
4) Ira: Esta deve ser considerada como um aspecto negativo da santidade de Deus, pois em Sua
ira Deus aborrece o pecado e odeia tudo quanto contraria Sua santidade (Dt.32:39-41; Rm.11:22;
Sl.95:11; Dt.1:34-37; Sl.95:11). Podemos, então, dizer que a ira é a manifestação da santidade
negativa de Deus (Rm.1:18; IITs.1:5-10; Rm.5:9 etc). A ira é também designada de severidade
(Rm.11:22).
6) Benevolência: É a bondade de Deus para com Suas criaturas em geral. E' a perfeição de
Deus que O leva a tratar benévola e generosamente todas as Suas criaturas (Sl.145:9,15,16;
Sl.36:6;104:21; Mt.5:45;6:26; Lc.6:35; At.14:17). Thiessen define benevolência como a afeição
que Deus sente e manifesta para com Suas criaturas sensíveis e racionais. Ela resulta do fato de
que a criatura é obra Sua; Ele não pode odiar qualquer coisa que tenha feito (Jó.14:15) mas
apenas àquilo que foi acrescentado à Sua obra, que é o pecado (Ec.7:29).
11) Graça: É a bondade de Deus exercida em prol da pessoa indigna. Portanto graça é o ato
divino de conceder ao pecador toda a bondade de Deus a qual ele não merece receber
(Ex.33:19).
Na misericórdia Deus suspende o sofrimento merecido, na graça Deus concede bênçãos não
merecidas. Todo pecador merece ir para o inferno; assim Deus exerce Sua misericórdia livrando
o pecador da condenação. Nenhum pecador merece ir para o paraíso; assim Deus exerce a Sua
graça doando ao pecador o privilégio de ir gratuitamente para o paraíso.
Essa diferença entre misericórdia e graça é notada em relação aos anjos que não caíram. Deus
nunca exerceu misericórdia para com eles, posto que jamais tiveram necessidade dela, pois não
pecaram, nem ficaram debaixo dos efeitos da maldição. Todavia eles são objetos da livre e
soberana graça de Deus pela qual foram eleitos (ITm.5:21) e preservados eternamente de
pecado e colocados em posição de honra (Dn.7:10; IPe.3:22).
12) Amor: A perfeição da natureza divina pela qual Ele é continuamente impelido a se
comunicar. É, entretanto, não apenas um impulso emocional, mas uma afeição racional e
voluntária, sendo fundamentada na verdade e santidade e no exercício da livre escolha. Este
amor encontra seus objetos primários nas diversas Pessoas da Trindade. Assim, o universo e o
homem são desnecessários para o exercício do amor de Deus. Amor é, portanto, a perfeição de
Deus pela qual Ele é movido eternamente à Sua própria comunicação. Ele ama a Si mesmo,
Suas virtudes, Sua obra e Seus dons.
13) Verdade: É a consonância daquilo que é asseverado com o que pensa a Pessoa que fez a
asseveração. Neste sentido a verdade é um atributo exclusivamente divino, pois com freqüência
os homens erram nos testemunhos que prestam, simplesmente por estarem equivocados a
respeito dos fatos, ou então por pura incapacidade fracassam em promessas que fizeram com
honestas intenções. Mas a onisciência de Deus impede que Ele chegue a cometer qualquer
equívoco, e a Sua onipotência e imutabilidade asseguram o cumprimento de Suas intenções
(Dt.32:4; Sl.119:142; Jo.8:26; Rm.3:4; Tt.1:2; Nm.23:19; Hb.6:18; Ap.3:7; Jo.17:3; IJo.5:20;
Jr.10:10; Jo.3:33; ITs.1:9; Ap.6:10; Sl.31:5; Jr.5:3; Is.25:1). Ao exercê-la para com a criatura, a
verdade de Deus é conhecida como sua veracidade e fidelidade.
14) Veracidade: Consiste nas declarações que Deus faz a respeito das coisas, conforme elas
são, e se relaciona com o que Ele revelou sobre Si mesmo. A veracidade fundamenta-se na
onisciência de Deus.
6. A TRINDADE DIVINA
A palavra trindade não consta da Bíblia, mas o conceito de um Deus trinitário, sim. Este conceito
está em toda Bíblia mais, principalmente aparece claramente no Novo Testamento. A doutrina da
trindade não é uma sociedade de três deuses como querem alguns erroneamente interpretar, ou
uma especulação complicada que tenha surgido na mente de teólogos ociosos, mas é o esforço
de explicar com conceitos adequados aquilo que se constitui uma experiência diária e misteriosa
apresentada na Bíblia e vivida na igreja primitiva.
a) Unidade de Ser: Há no Ser divino apenas uma essência indivisível, porém, que se manifesta
em três substancias. Bekhof cita o conceito de Shedd sobre este assunto quando diz:
“O termo essência descreve Deus como uma soma total de infinitas perfeições; o termo
substância o descreve como fundamento de infinitas atividades”.
“Isso significa que a essência divina não está dividida entre as três pessoas, e sim que está
plenamente, com todas as suas perfeições em cada uma das pessoas... Por conseguinte, não
pode haver subordinação no que respeita ao ser de uma pessoa da divindade a outra”.
Podemos ainda citar muitas coisas físicas que formam uma unidade composta, entre elas,
destacamos: A eletricidade (Três manifestações), o átomo (três partículas), a água (três estados)
o homem (três entidades), etc.
Outra coisa que queremos destacar, é que, quando usamos a palavra substância queremos
evitar o termo existência, que indicaria naturezas separadas. O que seria um grande erro de
interpretação a luz de Jo 14.16, onde Jesus diz, que: rogaria ao Pai para que mandasse outro
Consolador. O termo grego para “outro” é, allon, significando “outro da mesma espécie”, e não
heteros, que significa outro, mas de espécie diferente.
Concluindo, o Pai entra com os nomes na divindade (Ex 4.14), o Filho entra com o corpo (Cl 2.9)
e o Espírito Santo entra com a união entre o Pai e o Filho (Ef 4.3-5;1Co 10.11). Os nomes de
Deus pertencem as três pessoas da divindade, inclusive ao Senhor Jesus, ou seja, o Pai é Deus,
o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus, e só existe um Deus, o Pai é Senhor, o Filho é Senhor
e o Espírito Santo é Senhor, é só existe um Senhor (Ef 4.5). O Pai é Jeová, (Ex 3.14), o Filho é
Jeová (Jo 8.58) e o Espírito Santo é Jeová (II Co 3.18) e só existe um Jeová. (Ef 4.5). O Pai é
digno de Gloria, o Filho é digno de Gloria e o Espírito Santo, porém, só glorificamos a um ser que
é Deus. Embora seja difícil de entender este mistério que sobrepuja a compreensão do homem
ele nos ajuda a ver como Deus pode ser independente do universo e, não obstante ser um Deus
de amor cuja existência é a garantia do bem estar de suas criaturas que são suas imagem e
semelhança .
Teologia Sistemática - 23 -
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam
com vós todos. Amém!” (2 Co 13.13). A bênção impetrada por Paulo dá testemunho da crença
na Trindade, mantida pela igreja do NT. Paulo ora para que os coríntos tenham continuamente
a experiência da graça de Cristo, i.e., da sua presença, poder, misericórdia e consolo; do amor
paternal de Deus Pai, com todas as suas bênçãos e da comunhão cada vez mais profunda
com o Espírito Santo. Sendo essa tríplice realidade uma bênção sempre presente em nossa
vida, nossa salvação está garantida.
“E os quatro animais tinham, cada um, respectivamente, seis asas e, ao redor e por dentro,
estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo,
Santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso, que era, e que é, e que há de vir”.(Ap 4.8). Aqui
aparecem os querubins diante do trono de Deus em pleno louvor e adoração. Seu louvor é
dirigido ao Deus trino: “Santo (O Pai), Santo (O Filho), Santo (O Espírito Santo)”.
Observação final: Não mencionamos estes textos (e há ainda outros) para apenas provar uma
tese, mas sim para confirmar que no Novo Testamento estão os elementos fundamentais da
doutrina.
Teologia Sistemática - 24 -
8. O DEUS CRIADOR
c. A Criação é um ato Temporal de Deus. A Bíblia começa com a mui conhecida declaração:
“no principio criou Deus os céus e a terra” (Gn 1.1). O grande significado desta afirmação
repousa sobre o ensino de que o mundo teve um principio. A Escritura também fala deste
começo noutros lugares (Mt 19.4,8; Mc 10.6; Hb 1.10). Também está claramente implícito que
o mundo teve um começo, em passagens como Salmo 90.2: “Antes que os montes nascessem
e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus” e no Salmo 102.25:
“Em tempos remotos lançastes os fundamentos da terra; e os céus são obras das tuas mãos”.
“Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e
invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades. Tudo
foi criado por ele e para ele.”(Cl 1.16).
Expressões tais como: “Exércitos dos Céus”, “soberanias”, “principados. e “potestades” são
geralmente aplicadas na Bíblia aos anjos.
Teologia Sistemática - 25 -
7. São seres que habitam nos céus onde louvam e adoram a Deus:
“Quando as estrelas da alva juntas alegremente cantavam, e todos os filhos de Deus
jubilavam?(Jó 38.7; Cl 2.18a ; ver também Ap 19.10; 22.9).
1 Dia – “Disse Deus: Haja luz; e houve luz”(Gn1.3). Como divino artesão Deus começa por
iluminar o seu campo de ação. Não se trabalha no escuro porque, sem a luz - condição
fundamental de toda a obra (cientificamente provado), tudo é confuso. No plano natural das
coisas, a luz procede da vibração. O versículo 3 de Gênesis revela a relação entre o movimento
do Espírito sobre a matéria inerte e o efeito nela produzida.
3 Dia – Aparecimento da terra firme (Gn1.9-13). Neste o movimento está ligado á gravitação
envolvendo tudo e todas as demais forças que começam a concentrar a matéria debaixo do
firmamento à volta dos inúmeros centros. Um dos quais passa a ser o nosso globo. Por outro
lado e quase paralelamente, outro trabalho se vem desenvolvendo no terceiro dia: o surgimento
das plantas (vv.1,12). Para que a terra pudesse receber seus habitantes, Deus cria as plantas,
com suas inúmeras finalidades.
4 Dia – A organização do sistema solar (Gn 1.14-19). Este período assinala a organização do
sistema solar por nos conhecido. Nesse primitivo tratado de astronomia, ditados pelo Senhor a
Moises, surgem o sol, a lua e as estrelas. A função dos dois astros reis – sol e lua, é controlar o
dia e a noite, respectivamente. O sol regula dias e anos; e lua, semanas e meses; e as estrelas,
as estações.
5 Dia – O surgimento da fauna marinha (Gn 1.20-23). Neste quinto dia surgem os pequenos e
grandes peixes, como também todas as variedades de aves. Os animais do ar em geral, e do
mar, tem muita semelhança. Há muitas aves que vivem também na água.
6 Dia – A criação dos animais terrestres (Gn 1.24-26). À semelhança dos demais animais, estes
também foram criados por Deus. Esses seres nasceram na terra e nela vivem. Divide-se em
quatro grupos distintos:
Gado ou animais domésticos;
Feras ou animais selvagens,
Répteis, que se arrastam pelo solo, e;
Teologia Sistemática - 27 -
O homem imagem e semelhança de Deus.
d) Por fim, Deus se revela através de sua palavra pelo seu Espírito que em nós habita, que
por sua vez nos apresenta Jesus Cristo que é a própria imagem do Deus invisível. (Hb
1.2-3).
9) A ADORAÇÃO A DEUS.
“E Esdras abriu o livro perante os olhos de todo o povo; porque estava acima de todo o povo; e,
abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé. E Esdras louvou o SENHOR, o grande Deus; e todo o
povo respondeu: Amém! Amém!, levantando as mãos; e inclinaram-se e adoraram o SENHOR,
com o rosto em terra.”
A adoração consiste nos atos e atitudes que reverenciam e honram à majestade do grande Deus
do céu e da terra. Sendo assim, a adoração concentra-se em Deus, e não no ser humano. No
culto cristão, nós nos acercamos de Deus em gratidão por aquilo que Ele tem feito por nós em
Cristo e através do Espírito Santo. A adoração requer o exercício da fé e o reconhecimento de
que Ele é nosso Deus e Senhor.
O ser humano adora a Deus desde o inicio da história. Adão e Eva tinham comunhão regular
com Deus no jardim do Éden (cf. Gn 3.8). Caim e Abel trouxeram a Deus oferendas (hb. minhah,
termo também traduzido por “tributo” ou dádiva”) de vegetais e de animais (Gn 4.3,4). Os
descendentes de Sete invocavam “o nome do SENHOR” (Gn 4.26). Noé construiu um altar ao
Senhor para oferecer holocaustos depois do dilúvio (Gn 8.20). Abraão assinalou a passagem da
terra prometida com altares para oferecer holocaustos ao Senhor (Gn 12.7,8; 13.4, 18; 22.9) e
falou intimamente com Ele (Gn 18.23-33). Somente depois do êxodo, quando o Tabernáculo foi
construído, é que a adoração pública tornou-se formal. A partir de então, sacrifícios regulares
passaram a ser oferecidos diariamente, e especialmente no sábado, e Deus estabeleceu várias
festas sagradas anuais como ocasiões de culto público dos israelitas (Êx 23.14-17; Dt 12; 16). O
culto a Deus foi posteriormente centralizado no templo de Jerusalém. A adoração na igreja
primitiva era prestada tanto no templo de Jerusalém quanto em casas particulares (At 2.46,47).
Fora de Jerusalém, os cristãos prestavam cultos a Deus nas sinagogas, enquanto isso lhes foi
permitido. Quando lhes foi proibido utilizá-las, passaram a cultuar a Deus noutros lugares,
geralmente em casas particulares (At 18.7; Rm 16.5), mas, às vezes, em salões públicos (At
19.9,10).
BIBLIOGRÁFIA
Bíblia de Estudo Pentecostal, Bíblia Vida Nova, Hortan, Stanley M. Teologia Sistemática - Uma
Perspectiva Pentecostal. 7 Ed Rio de Janeiro: CPAD, 2002; Perlmam, Myer. Conhecendo as
Doutrinas da Bíblia. 1 Ed São Paulo: Vida 1970;A doutrina de Deus, ETAAD, Elemento de
Teologia Cristã, Ureta Floreal, Ed Juerp.
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título gratuito ou lucrativo, sem a autorização prévia por escrito da entidade. A violação dos direitos
autorais está sujeita às penalidades legas, civil e penal- ARTIGO 184 DO CÓGIGO PENAL.
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Professor.................................................................................
Nota
Prova de Teologia Sistemática
Bacharel
(NOME LEGÍVEL)
Aluno (a):...........................................................................................................................................data................/................./....................
(Marque um X na alternativa correta)
4. Sobre o Panteísmo:
O panteísmo ensina que no Universo, Deus é tudo e tudo é Deus. Deus é não só parte do Universo,
Ele é o próprio Universo. O hinduismo é adepto deste falso conceito de Deus. A Bíblia deixa bem
claro que Deus é o Criador do Universo e independente dele.(Sl 24. 1.4).
Certo
Errado
5. Sobre o materialismo:
O materialismo declara que a única realidade é a matéria. Essa concepção passou a ser
denominada “marxismo” Marx, foi o fundador do ateísmo cientifico, segundo ele o homem é apenas
matéria, um animal apenas, por isso não terá que prestar conta de seus atos a ninguém. Ele
ensinava que os diferentes comportamentos físicos e psíquicos humanos, são simplesmente
movimentos da matéria, não admitia a existência das coisas espirituais, inclusive de Deus. Ou seja
tudo é matéria.
Certo
Errado
Observação: Só existe uma alternativa correta em cada questão, e cada questão vale 2 Pontos.