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Deputados
CÓDIGO DE
DEFESA DO
CONSUMIDOR
11ª EDIÇÃO
INCLUI
Resolução da ONU nº 39/248, de 16 de abril de 1985
Decisão Mercosul-CMC nº 10, de 17 de dezembro de 1996
Lei dos Crimes contra a Ordem Tributária
Lei dos Planos de Saúde
Lei da Mensalidade Escolar
Lei de Afixação de Preços
Lei do Cadastro Positivo
Lei de Defesa da Concorrência de 2011
Lei da Transparência Fiscal
Política de Educação para o Consumo Sustentável
Lei das Etiquetas
edições
câmara
Câmara dos
Deputados
CÓDIGO DE
DEFESA DO
CONSUMIDOR
Câmara dos Deputados
56ª Legislatura | 2019-2023
Presidente
Rodrigo Maia
1º Vice-Presidente
Marcos Pereira
2º Vice-Presidente
Luciano Bivar
1ª Secretária
Soraya Santos
2º Secretário
Mário Heringer
3º Secretário
Expedito Netto
4º Secretário
André Fufuca
Suplentes de secretários
1º Suplente
Rafael Motta
2ª Suplente
Geovania de Sá
3º Suplente
Isnaldo Bulhões Jr.
4º Suplente
Paulão
Secretário-Geral da Mesa
Leonardo Augusto de Andrade Barbosa
Diretor-Geral
Sergio Sampaio Contreiras de Almeida
Câmara dos
Deputados
CÓDIGO DE
DEFESA DO
CONSUMIDOR
11ª EDIÇÃO
edições
câmara
Câmara dos Deputados
Diretoria Legislativa: Afrísio de Souza Vieira Lima Filho
Consultoria Legislativa: Rodrigo Hermeto Correa Dolabella
Centro de Documentação e Informação: André Freire da Silva
Coordenação Edições Câmara: Ana Lígia Mendes
Coordenação de Organização da Informação Legislativa: Frederico Silveira dos Santos
Nota do editor: as normas legais constantes desta publicação foram consultadas no Sistema de Legis-
lação Informatizada (Legin) da Câmara dos Deputados.
Série Legislação
n. 21 e-book
Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)
Coordenação de Biblioteca. Seção de Catalogação.
Bibliotecária: Fabyola Lima Madeira – CRB1: 2109
LEGISLAÇÃO CORRELATA������������������������������������������������������������������������������������������������������ 28
1 Consultor legislativo da Câmara dos Deputados com atuação na área VII (sistema financeiro, direito comercial,
econômico e defesa do consumidor).
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A verdadeira transformação surgiu com o advento da Constituição Federal
de 1988, que incluiu, de modo expresso, a defesa do consumidor como garantia
fundamental e como princípio norteador da ordem econômica. Nesse ambiente,
foi promulgada a Lei nº 8.078, de 1990 (Código de Proteção e Defesa do Con-
sumidor), uma lei inovadora que concebeu um aparato potencialmente eficaz
para a salvaguarda dos interesses dos consumidores e para a restauração da
equidade no mercado de consumo.
Esse aparato consistiu na concepção de um autêntico sistema de prote-
ção e defesa do consumidor, apoiado, entre outros aspectos, em: diretrizes cla-
ras a serem perseguidas pelo poder público na construção da política nacional
de relações de consumo; princípios próprios e harmônicos a guiar a aplicação
das regras previstas; disciplina das relações de consumo de modo atemporal e
genérico; criação de uma rede sinérgica de prevenção e de repressão aos abusos
contra o consumidor, por meio da atuação articulada de órgãos das três esferas
governamentais e de entidades privadas; acervo moderno de medidas puniti-
vas e um desenho de modelo de tutela coletiva dos interesses dos consumidores.
No ano em que celebramos trinta anos de sua vigência, não parece exage-
ro afirmar que o Código de Proteção e Defesa do Consumidor verdadeiramente
revolucionou as relações de consumo no Brasil. O código, de modo proporcio-
nal, aprofundou a interlocução entre a atividade econômica e os interesses da
coletividade, conciliando a dimensão individual com a social. Também impôs
limitações ao mercado de consumo, exigindo que o progresso econômico fosse
alcançado sem prejuízo dos interesses da sociedade, em especial daqueles re-
lacionados com a feição que todos os indivíduos assumem numa economia de
mercado: a de consumidores.
Apesar do inegável sucesso do quadro normativo delineado pelo Código
de Proteção e Defesa do Consumidor, mostra-se óbvio que um diploma com sua
dimensão e alcance não poderia equacionar, em definitivo, todas as questões
relacionadas com o mercado de consumo. No curso natural de aprimoramento
por que devem passar as normas jurídicas, o código recebeu do Parlamento
alguns ajustes que certamente o fortaleceram.
Já há alguns anos, a Câmara dos Deputados defronta-se com o enorme
desafio de apreciar o conjunto de propostas legislativas de atualização do código,
aprovadas no Senado Federal e elaboradas com a inestimável contribuição de
juristas de notória especialização na matéria. São propostas que abordaram di-
mensões de consumo – comércio eletrônico e superendividamento – inexisten-
tes à época de edição da Lei nº 8.078, de 1990, mas que ostentam hoje enorme
relevância e demandam, sem sombra de dúvidas, soluções urgentes.
Enquanto busca conduzir com ponderação a delicada tarefa de adequar
o código às modificações fáticas ocorridas nos últimos trinta anos sem ceder a
retrocessos, o Parlamento, agora, depara-se com um dos momentos mais sen-
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CÓDIGO DE PROTEÇÃO E DEFESA DO CONSUMIDOR: OS DESAFIOS PERSISTEM
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LEI Nº 8.078, DE 11 DE harmonia das relações de consumo, atendidos
SETEMBRO DE 1990 os seguintes princípios: (Caput do artigo com redação
(CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR) dada pela Lei nº 9.008, de 21/3/1995)
(Publicada no DOU de 12/9/1990 e retificada no DOU de I – reconhecimento da vulnerabilidade do con-
10/1/2007) sumidor no mercado de consumo;
Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá II – ação governamental no sentido de proteger
outras providências. efetivamente o consumidor:
O presidente da República a) por iniciativa direta;
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu b) por incentivos à criação e desenvolvimento
sanciono a seguinte lei: de associações representativas;
c) pela presença do Estado no mercado de con-
TÍTULO I
sumo;
DOS DIREITOS DO CONSUMIDOR
d) pela garantia dos produtos e serviços com
CAPÍTULO I padrões adequados de qualidade, segurança, du-
DISPOSIÇÕES GERAIS
rabilidade e desempenho;
Art. 1º O presente código estabelece normas de III – harmonização dos interesses dos participan-
proteção e defesa do consumidor, de ordem pú- tes das relações de consumo e compatibilização
blica e interesse social, nos termos dos arts. 5º, in- da proteção do consumidor com a necessidade
ciso XXXII, 170, inciso V, da Constituição Federal e de desenvolvimento econômico e tecnológico, de
art. 48 de suas Disposições Transitórias. modo a viabilizar os princípios nos quais se fun-
Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurí- da a ordem econômica (art. 170, da Constituição
dica que adquire ou utiliza produto ou serviço Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio
como destinatário final. nas relações entre consumidores e fornecedores;
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a IV – educação e informação de fornecedores e
coletividade de pessoas, ainda que indeterminá- consumidores, quanto aos seus direitos e deveres,
veis, que haja intervindo nas relações de consumo. com vistas à melhoria do mercado de consumo;
Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, V – incentivo à criação pelos fornecedores de
pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem meios eficientes de controle de qualidade e se-
como os entes despersonalizados, que desenvol- gurança de produtos e serviços, assim como de
vem atividade de produção, montagem, criação, mecanismos alternativos de solução de conflitos
construção, transformação, importação, exporta- de consumo;
ção, distribuição ou comercialização de produtos VI – coibição e repressão eficientes de todos os
ou prestação de serviços. abusos praticados no mercado de consumo, inclu-
§ 1º Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, sive a concorrência desleal e utilização indevida
material ou imaterial. de inventos e criações industriais das marcas e
§ 2º Serviço é qualquer atividade fornecida no nomes comerciais e signos distintivos, que pos-
mercado de consumo, mediante remuneração, sam causar prejuízos aos consumidores;
inclusive as de natureza bancária, financeira, de VII – racionalização e melhoria dos serviços pú-
crédito e securitária, salvo as decorrentes das re- blicos;
lações de caráter trabalhista. VIII – estudo constante das modificações do
mercado de consumo.
CAPÍTULO II
DA POLÍTICA NACIONAL DE Art. 5º Para a execução da Política Nacional das
RELAÇÕES DE CONSUMO Relações de Consumo, contará o poder público
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Con- com os seguintes instrumentos, entre outros:
sumo tem por objetivo o atendimento das ne- I – manutenção de assistência jurídica, integral
cessidades dos consumidores, o respeito à sua e gratuita para o consumidor carente;
dignidade, saúde e segurança, a proteção de II – instituição de Promotorias de Justiça de
seus interesses econômicos, a melhoria da sua Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério
qualidade de vida, bem como a transparência e Público;
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LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990
III – criação de delegacias de polícia especiali- juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele
zadas no atendimento de consumidores vítimas hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
de infrações penais de consumo; experiências;
IV – criação de Juizados Especiais de Pequenas IX – (Vetado)
Causas e Varas Especializadas para a solução de X – a adequada e eficaz prestação dos serviços
litígios de consumo; públicos em geral.
V – concessão de estímulos à criação e desen- Parágrafo único. A informação de que trata o
volvimento das Associações de Defesa do Consu- inciso III do caput deste artigo deve ser acessível
midor. à pessoa com deficiência, observado o disposto
§ 1º (Vetado) em regulamento. (Parágrafo único acrescido pela Lei
§ 2º (Vetado) nº 13.146, de 6/7/2015, publicada no DOU de 7/7/2015, em
CAPÍTULO III vigor 180 dias após a sua publicação)
DOS DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
Art. 7º Os direitos previstos neste código não ex-
Art. 6º São direitos básicos do consumidor: cluem outros decorrentes de tratados ou conven-
I – a proteção da vida, saúde e segurança con- ções internacionais de que o Brasil seja signatário,
tra os riscos provocados por práticas no forneci- da legislação interna ordinária, de regulamen-
mento de produtos e serviços considerados peri- tos expedidos pelas autoridades administrativas
gosos ou nocivos; competentes, bem como dos que derivem dos
II – a educação e divulgação sobre o consumo princípios gerais do direito, analogia, costumes
adequado dos produtos e serviços, asseguradas
e equidade.
a liberdade de escolha e a igualdade nas contra-
Parágrafo único. Tendo mais de um autor a
tações;
ofensa, todos responderão solidariamente pela
III – a informação adequada e clara sobre os di-
reparação dos danos previstos nas normas de
ferentes produtos e serviços, com especificação
consumo.
correta de quantidade, características, composi-
ção, qualidade, tributos incidentes e preço, bem CAPÍTULO IV
como sobre os riscos que apresentem; (Inciso com DA QUALIDADE DE PRODUTOS E SERVIÇOS, DA
redação dada pela Lei nº 12.741, de 8/12/2012, publicada PREVENÇÃO E DA REPARAÇÃO DOS DANOS
no DOU de 10/12/2012, em vigor 6 meses após a data de Seção I
publicação) Da Proteção à Saúde e Segurança
IV – a proteção contra a publicidade enganosa
Art. 8º Os produtos e serviços colocados no mer-
e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou des-
cado de consumo não acarretarão riscos à saúde
leais, bem como contra práticas e cláusulas abu-
ou segurança dos consumidores, exceto os consi-
sivas ou impostas no fornecimento de produtos
derados normais e previsíveis em decorrência de
e serviços;
sua natureza e fruição, obrigando-se os fornece-
V – a modificação das cláusulas contratuais que
dores, em qualquer hipótese, a dar as informações
estabeleçam prestações desproporcionais ou sua
necessárias e adequadas a seu respeito.
revisão em razão de fatos supervenientes que as
§ 1º Em se tratando de produto industrial, ao fa-
tornem excessivamente onerosas;
VI – a efetiva prevenção e reparação de danos bricante cabe prestar as informações a que se re-
patrimoniais e morais, individuais, coletivos e di- fere este artigo, através de impressos apropriados
fusos; que devam acompanhar o produto. (Parágrafo único
VII – o acesso aos órgãos judiciários e adminis- transformado em § 1º pela Lei nº 13.486, de 3/10/2017)
trativos com vistas à prevenção ou reparação de § 2º O fornecedor deverá higienizar os equipa-
danos patrimoniais e morais, individuais, coleti- mentos e utensílios utilizados no fornecimento de
vos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, produtos ou serviços, ou colocados à disposição
administrativa e técnica aos necessitados; do consumidor, e informar, de maneira ostensiva
VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, in- e adequada, quando for o caso, sobre o risco de
clusive com a inversão do ônus da prova, a seu contaminação. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.486,
favor, no processo civil, quando, a critério do de 3/10/2017)
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Art. 9º O fornecedor de produtos e serviços po- § 2º O produto não é considerado defeituoso
tencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido
segurança deverá informar, de maneira ostensiva colocado no mercado.
e adequada, a respeito da sua nocividade ou pe- § 3º O fabricante, o construtor, o produtor ou
riculosidade, sem prejuízo da adoção de outras importador só não será responsabilizado quando
medidas cabíveis em cada caso concreto. provar:
I – que não colocou o produto no mercado;
Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mer- II – que, embora haja colocado o produto no
cado de consumo produto ou serviço que sabe ou mercado, o defeito inexiste;
deveria saber apresentar alto grau de nocividade III – a culpa exclusiva do consumidor ou de ter-
ou periculosidade à saúde ou segurança. ceiro.
§ 1º O fornecedor de produtos e serviços que,
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável,
posteriormente à sua introdução no mercado de
nos termos do artigo anterior, quando:
consumo, tiver conhecimento da periculosidade
I – o fabricante, o construtor, o produtor ou o
que apresentem, deverá comunicar o fato imedia- importador não puderem ser identificados;
tamente às autoridades competentes e aos consu- II – o produto for fornecido sem identificação
midores, mediante anúncios publicitários. clara do seu fabricante, produtor, construtor ou
§ 2º Os anúncios publicitários a que se refere o importador;
parágrafo anterior serão veiculados na imprensa, III – não conservar adequadamente os produtos
rádio e televisão, às expensas do fornecedor do perecíveis.
produto ou serviço. Parágrafo único. Aquele que efetivar o paga-
§ 3º Sempre que tiverem conhecimento de pe- mento ao prejudicado poderá exercer o direito de
riculosidade de produtos ou serviços à saúde ou regresso contra os demais responsáveis, segundo
segurança dos consumidores, a União, os Estados, sua participação na causação do evento danoso.
o Distrito Federal e os Municípios deverão infor- Art. 14. O fornecedor de serviços responde, inde-
má-los a respeito. pendentemente da existência de culpa, pela repa-
Art. 11. (Vetado) ração dos danos causados aos consumidores por
defeitos relativos à prestação dos serviços, bem
Art. 11-A. (Vetado na Lei nº 13.425, de 30/3/2017) como por informações insuficientes ou inadequa-
Seção II das sobre sua fruição e riscos.
Da Responsabilidade pelo Fato § 1º O serviço é defeituoso quando não fornece
do Produto e do Serviço a segurança que o consumidor dele pode esperar,
levando-se em consideração as circunstâncias re-
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, na-
levantes, entre as quais:
cional ou estrangeiro, e o importador respondem,
I – o modo de seu fornecimento;
independentemente da existência de culpa, pela
II – o resultado e os riscos que razoavelmente
reparação dos danos causados aos consumidores dele se esperam;
por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, III – a época em que foi fornecido.
construção, montagem, fórmulas, manipulação, § 2º O serviço não é considerado defeituoso
apresentação ou acondicionamento de seus pro- pela adoção de novas técnicas.
dutos, bem como por informações insuficientes § 3º O fornecedor de serviços só não será res-
ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. ponsabilizado quando provar:
§ 1º O produto é defeituoso quando não ofe- I – que, tendo prestado o serviço, o defeito ine-
rece a segurança que dele legitimamente se es- xiste;
pera, levando-se em consideração as circunstân- II – a culpa exclusiva do consumidor ou de ter-
cias relevantes, entre as quais: ceiro.
I – sua apresentação; § 4º A responsabilidade pessoal dos profissio-
II – o uso e os riscos que razoavelmente dele nais liberais será apurada mediante a verificação
se esperam; de culpa.
III – a época em que foi colocado em circulação. Art. 15. (Vetado)
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LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990
alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de pre- Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é so-
juízos causados aos consumidores. lidariamente responsável pelos atos de seus pre-
CAPÍTULO V postos ou representantes autônomos.
DAS PRÁTICAS COMERCIAIS Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços
Seção I recusar cumprimento à oferta, apresentação ou
Das Disposições Gerais publicidade, o consumidor poderá, alternativa-
Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, mente e à sua livre escolha:
equiparam-se aos consumidores todas as pessoas I – exigir o cumprimento forçado da obrigação,
determináveis ou não, expostas às práticas nele nos termos da oferta, apresentação ou publici-
previstas. dade;
II – aceitar outro produto ou prestação de ser-
Seção II
Da Oferta viço equivalente;
III – rescindir o contrato, com direito à restitui-
Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficien-
ção de quantia eventualmente antecipada, mone-
temente precisa, veiculada por qualquer forma ou
tariamente atualizada, e a perdas e danos.
meio de comunicação com relação a produtos e
serviços oferecidos ou apresentados, obriga o for- Seção III
necedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e Da Publicidade
integra o contrato que vier a ser celebrado. Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal
Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou forma que o consumidor, fácil e imediatamente,
serviços devem assegurar informações corretas, a identifique como tal.
claras, precisas, ostensivas e em língua portugue- Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade
sa sobre suas características, qualidades, quanti- de seus produtos ou serviços, manterá, em seu
dade, composição, preço, garantia, prazos de va- poder, para informação dos legítimos interessa-
lidade e origem, entre outros dados, bem como dos, os dados fáticos, técnicos e científicos que
sobre os riscos que apresentam à saúde e segu- dão sustentação à mensagem.
rança dos consumidores.
Parágrafo único. As informações de que trata Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou
este artigo, nos produtos refrigerados oferecidos abusiva.
ao consumidor, serão gravadas de forma indelével. § 1º É enganosa qualquer modalidade de infor-
(Parágrafo único acrescido pela Lei nº 11.989, de 27/7/2009, mação ou comunicação de caráter publicitário, in-
publicada no DOU de 28/7/2009, em vigor 180 dias após a teira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro
sua publicação) modo, mesmo por omissão, capaz de induzir em
erro o consumidor a respeito da natureza, carac-
Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão
assegurar a oferta de componentes e peças de terísticas, qualidade, quantidade, propriedades,
reposição enquanto não cessar a fabricação ou origem, preço e quaisquer outros dados sobre
importação do produto. produtos e serviços.
Parágrafo único. Cessadas a produção ou im- § 2º É abusiva, dentre outras a publicidade dis-
portação, a oferta deverá ser mantida por período criminatória de qualquer natureza, a que incite
razoável de tempo, na forma da lei. à violência, explore o medo ou a superstição, se
aproveite da deficiência de julgamento e expe-
Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone
ou reembolso postal, deve constar o nome do fa- riência da criança, desrespeita valores ambien-
bricante e endereço na embalagem, publicidade tais, ou que seja capaz de induzir o consumidor a
e em todos os impressos utilizados na transação se comportar de forma prejudicial ou perigosa à
comercial. sua saúde ou segurança.
Parágrafo único. É proibida a publicidade de § 3º Para os efeitos deste código, a publicidade
bens e serviços por telefone, quando a chamada é enganosa por omissão quando deixar de infor-
for onerosa ao consumidor que a origina. (Parágrafo mar sobre dado essencial do produto ou serviço.
único acrescido pela Lei nº 11.800, de 29/10/2008) § 4º (Vetado)
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Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção XI – Dispositivo acrescido pela Medida Provisó-
da informação ou comunicação publicitária cabe ria nº 1.890-67, de 22/10/1999, transformado em
a quem as patrocina. inciso XIII, em sua conversão na Lei nº 9.870, de
Seção IV 23/11/1999.
Das Práticas Abusivas XII – deixar de estipular prazo para o cumpri-
mento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou
termo inicial a seu exclusivo critério; (Inciso acres-
serviços, dentre outras práticas abusivas: (Caput do
cido pela Lei nº 9.008, de 21/3/1995)
artigo com redação dada pela Lei nº 8.884, de 11/6/1994)
I – condicionar o fornecimento de produto ou de XIII – aplicar fórmula ou índice de reajuste di-
serviço ao fornecimento de outro produto ou ser- verso do legal ou contratualmente estabelecido;
viço, bem como, sem justa causa, a limites quan- (Inciso acrescido pela Lei nº 9.870, de 23/11/1999)
titativos; XIV – permitir o ingresso em estabelecimentos
II – recusar atendimento às demandas dos con- comerciais ou de serviços de um número maior
sumidores, na exata medida de suas disponibili- de consumidores que o fixado pela autoridade
dades de estoque, e, ainda, de conformidade com administrativa como máximo. (Inciso acrescido pela
os usos e costumes; Lei nº 13.425, de 30/3/2017, publicada no DOU de 31/3/2017,
III – enviar ou entregar ao consumidor, sem so- em vigor 180 dias após a publicação)
licitação prévia, qualquer produto, ou fornecer Parágrafo único. Os serviços prestados e os
qualquer serviço; produtos remetidos ou entregues ao consumidor,
IV – prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se
consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, co- às amostras grátis, inexistindo obrigação de pa-
nhecimento ou condição social, para impingir-lhe gamento.
seus produtos ou serviços;
Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a
V – exigir do consumidor vantagem manifesta-
mente excessiva; entregar ao consumidor orçamento prévio discri-
VI – executar serviços sem a prévia elaboração minando o valor da mão de obra, dos materiais e
de orçamento e autorização expressa do consu- equipamentos a serem empregados, as condições
midor, ressalvadas as decorrentes de práticas an- de pagamento, bem como as datas de início e tér-
teriores entre as partes; mino dos serviços.
VII – repassar informação depreciativa, refe- § 1º Salvo estipulação em contrário, o valor or-
rente a ato praticado pelo consumidor no exercí- çado terá validade pelo prazo de dez dias, contado
cio de seus direitos; de seu recebimento pelo consumidor.
VIII – colocar, no mercado de consumo, qual- § 2º Uma vez aprovado pelo consumidor, o or-
quer produto ou serviço em desacordo com as çamento obriga os contraentes e somente pode
normas expedidas pelos órgãos oficiais compe- ser alterado mediante livre negociação das partes.
tentes ou, se normas específicas não existirem, § 3º O consumidor não responde por quaisquer
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ônus ou acréscimos decorrentes da contratação
ou outra entidade credenciada pelo Conselho Na- de serviços de terceiros não previstos no orça-
cional de Metrologia, Normalização e Qualidade mento prévio.
Industrial (Conmetro);
IX – recusar a venda de bens ou a prestação de Art. 41. No caso de fornecimento de produtos ou
serviços, diretamente a quem se disponha a ad- de serviços sujeitos ao regime de controle ou de
quiri-los mediante pronto pagamento, ressalva- tabelamento de preços, os fornecedores deverão
dos os casos de intermediação regulados em leis respeitar os limites oficiais sob pena de não o fa-
especiais; (Inciso com redação dada pela Lei nº 8.884, de zendo, responderem pela restituição da quantia
11/6/1994) recebida em excesso, monetariamente atualizada,
X – elevar sem justa causa o preço de produtos podendo o consumidor exigir à sua escolha, o des-
ou serviços; (Inciso com redação dada pela Lei nº 8.884, fazimento do negócio, sem prejuízo de outras san-
de 11/6/1994) ções cabíveis.
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LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990
e à morte. (Primitivo parágrafo único renumerado para Art. 72. Impedir ou dificultar o acesso do consu-
§ 1º pela Lei nº 13.425, de 30/3/2017, publicada no DOU de midor às informações que sobre ele constem em
31/3/2017, em vigor 180 dias após a publicação) cadastros, banco de dados, fichas e registros:
§ 2º A prática do disposto no inciso XIV do art. 39 Pena – detenção de seis meses a um ano ou
desta Lei também caracteriza o crime previsto multa.
no caput deste artigo. (Parágrafo acrescido pela Lei Art. 73. Deixar de corrigir imediatamente infor-
nº 13.425, de 30/3/2017, publicada no DOU de 31/3/2017, mação sobre consumidor constante de cadastro,
em vigor 180 dias após a publicação) banco de dados, fichas ou registros que sabe ou
Art. 66. Fazer afirmação falsa ou enganosa, ou deveria saber ser inexata:
omitir informação relevante sobre a natureza, ca- Pena – detenção de um a seis meses ou multa.
racterística, qualidade, quantidade, segurança, Art. 74. Deixar de entregar ao consumidor o
desempenho, durabilidade, preço ou garantia de termo de garantia adequadamente preenchido e
produtos ou serviços: com especificação clara de seu conteúdo:
Pena – detenção de três meses a um ano e Pena – detenção de um a seis meses ou multa.
multa.
Art. 75. Quem, de qualquer forma, concorrer
§ 1º Incorrerá nas mesmas penas quem patro-
para os crimes referidos neste Código incide nas
cinar a oferta.
penas a esses cominadas na medida de sua cul-
§ 2º Se o crime é culposo:
pabilidade, bem como o diretor, administrador ou
Pena – detenção de um a seis meses ou multa.
gerente da pessoa jurídica que promover, permi-
Art. 67. Fazer ou promover publicidade que sabe tir ou por qualquer modo aprovar o fornecimento,
ou deveria saber ser enganosa ou abusiva: oferta, exposição à venda ou manutenção em de-
Pena – detenção de três meses a um ano e pósito de produtos ou a oferta e prestação de ser-
multa. viços nas condições por ele proibidas.
Parágrafo único. (Vetado) Art. 76. São circunstâncias agravantes dos crimes
Art. 68. Fazer ou promover publicidade que sabe tipificados neste código:
ou deveria saber ser capaz de induzir o consumi- I – serem cometidos em época de grave crise
dor a se comportar de forma prejudicial ou peri- econômica ou por ocasião de calamidade;
gosa a sua saúde ou segurança: II – ocasionarem grave dano individual ou co-
Pena – detenção de seis meses a dois anos e letivo;
multa. III – dissimular-se a natureza ilícita do procedi-
Parágrafo único. (Vetado) mento;
IV – quando cometidos:
Art. 69. Deixar de organizar dados fáticos, técni-
a) por servidor público, ou por pessoa cuja con-
cos e científicos que dão base à publicidade:
dição econômico-social seja manifestamente su-
Pena – detenção de um a seis meses ou multa.
perior à da vítima;
Art. 70. Empregar na reparação de produtos, peça b) em detrimento de operário ou rurícola; de
ou componentes de reposição usados, sem auto- menor de dezoito ou maior de sessenta anos ou
rização do consumidor: de pessoas portadoras de deficiência mental in-
Pena – detenção de três meses a um ano e terditadas ou não;
multa. V – serem praticados em operações que envol-
Art. 71. Utilizar, na cobrança de dívidas, de amea- vam alimentos, medicamentos ou quaisquer ou-
ça, coação, constrangimento físico ou moral, afir- tros produtos ou serviços essenciais.
mações falsas incorretas ou enganosas ou de Art. 77. A pena pecuniária prevista nesta Seção
qualquer outro procedimento que exponha o con- será fixada em dias-multa, correspondente ao
sumidor, injustificadamente, a ridículo ou interfira mínimo e ao máximo de dias de duração da pena
com seu trabalho, descanso ou lazer: privativa da liberdade cominada ao crime. Na in-
Pena – detenção de três meses a um ano e dividualização desta multa, o juiz observará o dis-
multa. posto no art. 60, § 1º do Código Penal.
23
Art. 78. Além das penas privativas de liberdade e III – interesses ou direitos individuais homogê-
de multa, podem ser impostas, cumulativa ou al- neos, assim entendidos os decorrentes de origem
ternadamente, observado o disposto nos arts. 44 comum.
a 47, do Código Penal: Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único,
I – a interdição temporária de direitos; são legitimados concorrentemente: (Caput do artigo
II – a publicação em órgãos de comunicação de com redação dada pela Lei nº 9.008, de 21/3/1995)
grande circulação ou audiência, às expensas do I – o Ministério Público;
condenado, de notícia sobre os fatos e a conde- II – a União, os Estados, os Municípios e o Dis-
nação; trito Federal;
III – a prestação de serviços à comunidade. III – as entidades e órgãos da Administração
Art. 79. O valor da fiança, nas infrações de que Pública, direta ou indireta, ainda que sem per-
trata este código, será fixado pelo juiz, ou pela sonalidade jurídica, especificamente destinados
autoridade que presidir o inquérito, entre cem e à defesa dos interesses e direitos protegidos por
duzentas mil vezes o valor do Bônus do Tesouro este código;
Nacional (BTN), ou índice equivalente que venha IV – as associações legalmente constituídas há
a substituí-lo. pelo menos um ano e que incluam entre seus fins
Parágrafo único. Se assim recomendar a situa- institucionais a defesa dos interesses e direitos
ção econômica do indiciado ou réu, a fiança po- protegidos por este código, dispensada a autori-
derá ser: zação assemblear.
a) reduzida até a metade de seu valor mínimo; § 1º O requisito da pré-constituição pode ser dis-
b) aumentada pelo juiz até vinte vezes. pensado pelo juiz, nas ações previstas nos arts. 91
e seguintes, quando haja manifesto interesse so-
Art. 80. No processo penal atinente aos crimes
cial evidenciado pela dimensão ou característica
previstos neste código, bem como a outros cri-
do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser
mes e contravenções que envolvam relações de
protegido.
consumo, poderão intervir, como assistentes do
§ 2º (Vetado)
Ministério Público, os legitimados indicados no
§ 3º (Vetado)
art. 82, inciso III e IV, aos quais também é facul-
tado propor ação penal subsidiária, se a denúncia Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses pro-
não for oferecida no prazo legal. tegidos por este código são admissíveis todas as
espécies de ações capazes de propiciar sua ade-
TÍTULO III quada e efetiva tutela.
DA DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO
Parágrafo único. (Vetado)
CAPÍTULO I Art. 84. Na ação que tenha por objeto o cumpri-
DISPOSIÇÕES GERAIS
mento da obrigação de fazer ou não fazer, o juiz
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos con- concederá a tutela específica da obrigação ou
sumidores e das vítimas poderá ser exercida em determinará providências que assegurem o re-
juízo individualmente, ou a título coletivo. sultado prático equivalente ao do adimplemento.
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida § 1º A conversão da obrigação em perdas e
quando se tratar de: danos somente será admissível se por elas op-
I – interesses ou direitos difusos, assim entendi- tar o autor ou se impossível a tutela específi-
dos, para efeitos deste código, os transindividuais, ca ou a obtenção do resultado prático corres-
de natureza indivisível, de que sejam titulares pes- pondente.
soas indeterminadas e ligadas por circunstâncias § 2º A indenização por perdas e danos se fará
de fato; sem prejuízo da multa (art. 287, do Código de Pro-
II – interesses ou direitos coletivos, assim en- cesso Civil).
tendidos, para efeitos deste código, os transindi- § 3º Sendo relevante o fundamento da deman-
viduais, de natureza indivisível de que seja titu- da e havendo justificado receio de ineficácia do
lar grupo, categoria ou classe de pessoas ligadas provimento final, é lícito ao juiz conceder a tute-
entre si ou com a parte contrária por uma relação la liminarmente ou após justificação prévia, cita-
jurídica base; do o réu.
24
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990
Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único Art. 98. A execução poderá ser coletiva, sendo pro-
deste código, a ação de regresso poderá ser ajui- movida pelos legitimados de que trata o art. 82,
zada em processo autônomo, facultada a possi- abrangendo as vítimas cujas indenizações já tive-
bilidade de prosseguir-se nos mesmos autos, ve- ram sido fixadas em sentença de liquidação, sem
dada a denunciação da lide. prejuízo do ajuizamento de outras execuções.
(Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 9.008, de
Art. 89. (Vetado)
21/3/1995)
Art. 90. Aplicam-se às ações previstas neste título § 1º A execução coletiva far-se-á com base em
as normas do Código de Processo Civil e da Lei certidão das sentenças de liquidação, da qual de-
nº 7.347, de 24 de julho de 1985, inclusive no que verá constar a ocorrência ou não do trânsito em
respeita ao inquérito civil, naquilo que não con- julgado.
trariar suas disposições. § 2º É competente para a execução o juízo:
CAPÍTULO II I – da liquidação da sentença ou da ação conde-
DAS AÇÕES COLETIVAS PARA A DEFESA DE natória, no caso de execução individual;
INTERESSES INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS II – da ação condenatória, quando coletiva a
Art. 91. Os legitimados de que trata o art. 82 po- execução.
derão propor, em nome próprio e no interesse das Art. 99. Em caso de concurso de créditos decor-
vítimas ou seus sucessores, ação civil coletiva de rentes de condenação prevista na Lei nº 7.347, de
responsabilidade pelos danos individualmente 24 de julho de 1985, e de indenizações pelos pre-
sofridos, de acordo com o disposto nos artigos juízos individuais resultantes do mesmo evento
seguintes. (Artigo com redação dada pela Lei nº 9.008, danoso, estas terão preferência no pagamento.
de 21/3/1995)
Parágrafo único. Para efeito do disposto neste
Art. 92. O Ministério Público, se não ajuizar a ação, artigo, a destinação da importância recolhida ao
atuará sempre como fiscal da lei. fundo criado pela Lei nº 7.347, de 24 de julho de
25
1985, ficará sustada enquanto pendentes de deci- CAPÍTULO IV
são de segundo grau as ações de indenização pelos DA COISA JULGADA
danos individuais, salvo na hipótese de o patrimô- Art. 103. Nas ações coletivas de que trata este có-
nio do devedor ser manifestamente suficiente para digo, a sentença fará coisa julgada:
responder pela integralidade das dívidas. I – erga omnes, exceto se o pedido for julgado
Art. 100. Decorrido o prazo de um ano sem ha- improcedente por insuficiência de provas, hipó-
bilitação de interessados em número compatível tese em que qualquer legitimado poderá intentar
outra ação, com idêntico fundamento, valendo-se
com a gravidade do dano, poderão os legitimados
de nova prova, na hipótese do inciso I do pará-
do art. 82 promover a liquidação e execução da
grafo único do art. 81;
indenização devida.
II – ultra partes, mas limitadamente ao grupo,
Parágrafo único. O produto da indenização devi-
categoria ou classe, salvo improcedência por insu-
da reverterá para o fundo criado pela Lei nº 7.347,
ficiência de provas, nos termos do inciso anterior,
de 24 de julho de 1985.
quando se tratar da hipótese prevista no inciso II
CAPÍTULO III do parágrafo único do art. 81;
DAS AÇÕES DE RESPONSABILIDADE DO III – erga omnes, apenas no caso de procedência
FORNECEDOR DE PRODUTOS E SERVIÇOS do pedido, para beneficiar todas as vítimas e seus
Art. 101. Na ação de responsabilidade civil do sucessores, na hipótese do inciso III do parágrafo
fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo único do art. 81.
do disposto nos Capítulos I e II deste título, serão § 1º Os efeitos da coisa julgada previstos nos
observadas as seguintes normas: incisos I e II não prejudicarão interesses e direi-
I – a ação pode ser proposta no domicílio do tos individuais dos integrantes da coletividade, do
autor; grupo, categoria ou classe.
II – o réu que houver contratado seguro de res- § 2º Na hipótese prevista no inciso III, em caso
ponsabilidade poderá chamar ao processo o segu- de improcedência do pedido, os interessados que
rador, vedada a integração do contraditório pelo não tiverem intervindo no processo como litiscon-
sortes poderão propor ação de indenização a tí-
Instituto de Resseguros do Brasil. Nesta hipótese,
tulo individual.
a sentença que julgar procedente o pedido conde-
§ 3º Os efeitos da coisa julgada de que cuida o
nará o réu nos termos do art. 80 do Código de Pro-
art. 16, combinado com o art. 13 da Lei nº 7.347, de
cesso Civil. Se o réu houver sido declarado falido, o
24 de julho de 1985, não prejudicarão as ações
síndico será intimado a informar a existência de se-
de indenização por danos pessoalmente sofridos,
guro de responsabilidade, facultando-se, em caso
propostas individualmente ou na forma prevista
afirmativo, o ajuizamento de ação de indenização
neste código, mas, se procedente o pedido, bene-
diretamente contra o segurador, vedada a denun-
ficiarão as vítimas e seus sucessores, que poderão
ciação da lide ao Instituto de Resseguros do Brasil
proceder à liquidação e à execução, nos termos dos
e dispensado o litisconsórcio obrigatório com este.
arts. 96 a 99.
Art. 102. Os legitimados a agir na forma deste § 4º Aplica-se o disposto no parágrafo anterior
código poderão propor ação visando compelir à sentença penal condenatória.
o Poder Público competente a proibir, em todo o Art. 104. As ações coletivas, previstas nos incisos I
território nacional, a produção, divulgação, dis- e II do parágrafo único do art. 81, não induzem
tribuição ou venda, ou a determinar alteração na litispendência para as ações individuais, mas os
composição, estrutura, fórmula ou acondiciona- efeitos da coisa julgada erga omnes ou ultra partes
mento de produto, cujo uso ou consumo regular a que aludem os incisos II e III do artigo anterior
se revele nocivo ou perigoso à saúde pública e à não beneficiarão os autores das ações individuais,
incolumidade pessoal. se não for requerida sua suspensão no prazo de
§ 1º (Vetado) trinta dias, a contar da ciência nos autos do ajui-
§ 2º (Vetado) zamento da ação coletiva.
26
LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990
27
Art. 113. Acrescente-se os seguintes §§ 4º, 5º e Art. 118. Este Código entrará em vigor dentro de
6º ao art. 5º da Lei nº 7.347, de 24 de julho de cento e oitenta dias a contar de sua publicação.
1985: Art. 119. Revogam-se as disposições em contrário.
§ 4º O requisito da pré-constituição poderá ser dis-
Brasília, 11 de setembro de 1990; 169º da
pensado pelo juiz, quando haja manifesto interes-
Independência e 102º da República.
se social evidenciado pela dimensão ou característi-
ca do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser FERNANDO COLLOR
protegido. Bernardo Cabral
§ 5º Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo Zélia M. Cardoso de Mello
Ozires Silva
entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito
Federal e dos Estados na defesa dos interesses e
direitos de que cuida esta lei.
§ 6º Os órgãos públicos legitimados poderão LEGISLAÇÃO CORRELATA
tomar dos interessados compromisso de ajusta-
mento de sua conduta às exigências legais, me-
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
diante combinações, que terá eficácia de título
FEDERATIVA DO BRASIL
executivo extrajudicial.
(Publicada no DOU de 5/10/1988)
Art. 114. O art. 15 da Lei nº 7.347, de 24 de julho
[Dispositivos constitucionais referentes à pro-
de 1985, passa a ter a seguinte redação: teção do consumidor.]
Art. 15. Decorridos sessenta dias do trânsito em
[...]
julgado da sentença condenatória, sem que a as-
sociação autora lhe promova a execução, deverá TÍTULO II
fazê-lo o Ministério Público, facultada igual inicia- DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
tiva aos demais legitimados.
CAPÍTULO I
Art. 115. Suprima-se o caput do art. 17 da Lei DOS DIREITOS E DEVERES
nº 7.347, de 24 de julho de 1985, passando o pa- INDIVIDUAIS E COLETIVOS
rágrafo único a constituir o caput, com a seguinte Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem dis-
redação: tinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
Art. 17. Em caso de litigância de má-fé, a as- brasileiros e aos estrangeiros residentes no País
sociação autora e os diretores responsáveis pela a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
propositura da ação serão solidariamente con- igualdade, à segurança e à propriedade, nos ter-
denados em honorários advocatícios e ao dé-
mos seguintes:
cuplo das custas, sem prejuízo da responsabili-
[...]
dade por perdas e danos. (Retificado no DOU de
XXXII – o Estado promoverá, na forma da lei, a
10/1/2007)
defesa do consumidor;
Art. 116. Dê-se a seguinte redação ao art. 18 da [...]
Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985:
TÍTULO III
Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não ha-
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
verá adiantamento de custas, emolumentos, hono-
[...]
rários periciais e quaisquer outras despesas, nem
condenação da associação autora, salvo compro- CAPÍTULO II
vada má-fé, em honorários de advogado, custas e DA UNIÃO
despesas processuais. [...]
Art. 117. Acrescente-se à Lei nº 7.347, de 24 de Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Dis-
julho de 1985, o seguinte dispositivo, renumeran- trito Federal legislar concorrentemente sobre:
do-se os seguintes: [...]
Art. 21. Aplicam-se à defesa dos direitos e inte- VIII – responsabilidade por dano ao meio am-
resses difusos, coletivos e individuais, no que for biente, ao consumidor, a bens e direitos de valor
cabível, os dispositivos do Título III da lei que ins- artístico, estético, histórico, turístico e paisagís-
tituiu o Código de Defesa do Consumidor. tico;
[...]
28
RESOLUÇÃO DA ONU Nº 39/248, DE 16 DE ABRIL DE 1985
29
f) favorecer a cooperação internacional no cam- III. DIRETRIZES
po da proteção ao consumidor;
7) As seguintes diretrizes devem ser aplicadas
g) incentivar o desenvolvimento de condições
tanto para produtos e serviços produzidos no país
de mercado que forneçam aos consumidores
com para as importações.
ampla escolha com baixos mais preços.
8) Ao aplicar todos os procedimentos ou regu-
II. PRINCÍPIOS GERAIS lamentos para a proteção ao consumidor, deve-se
2) Os governos devem desenvolver, reforçar ou evitar que não se transformem em barreiras ao
manter uma forte política de proteção ao con- comércio internacional e que sejam consistentes
sumidor, levando em consideração as diretrizes com as obrigações do comércio internacional.
expostas abaixo. Para isso, cada governo deve A. Segurança física
ajustar suas prioridades para a proteção dos con- 9) Os governos devem adotar ou incentivar a
sumidores de acordo com as circunstâncias eco- adoção de medidas apropriadas, incluindo siste-
nômicas e sociais do país e as necessidades de sua mas legais, normas de segurança, normas nacio-
população, além de considerar o custo-benefício nais e internacionais, padrões voluntários, além
das medidas propostas. da manutenção de registros de segurança, para
3) As necessidades legítimas que as diretrizes
assegurar que os produtos são seguros para o uso
pretendem contemplar são:
pretendido ou normalmente previsível.
a) a proteção dos consumidores dos perigos a
10) As políticas apropriadas devem assegurar
sua saúde e segurança;
que os bens produzidos por fabricantes sejam
b) a promoção e a proteção dos interesses eco-
seguros para o uso pretendido ou normalmente
nômicos dos consumidores;
previsível. Os responsáveis por disponibilizar bens
c) acesso dos consumidores à informação ade-
no mercado – em particular fornecedores, expor-
quada para permitir-lhes fazer escolhas embasa-
tadores, importadores, varejistas e semelhantes
das de acordo com seus desejos e necessidades;
(doravante referido como distribuidor) – devem
d) informação ao consumidor;
assegurar que, enquanto os bens estiverem ao
e) possibilidade eficaz de indenização ao con-
seu cuidado, não se tornaram perigosos pela
sumidor;
manipulação ou armazenamento impróprios. Os
f) liberdade para formar grupos ou organizações
consumidores devem ser informados sobre o uso
de consumidores e facilidade para que tais orga-
apropriado dos bens e sobre os riscos envolvidos
nizações possam apresentar suas opiniões nos
no uso pretendido ou normalmente previsível.
processos de tomada de decisão que as afetem.
4) Os governos devem fornecer ou manter a in- A informação de segurança vital deve ser dispo-
fraestrutura adequada para desenvolver, executar nibilizada aos consumidores por símbolos inter-
e monitorar políticas de proteção ao consumidor. nacionais compreensíveis na medida do possível.
Especial atenção deve ser envidada para assegu- 11) As políticas apropriadas devem assegurar
rar que as medidas de proteção ao consumidor que se os fabricantes ou distribuidores descobri-
sejam executadas em favor de todos os setores rem perigos imprevistos depois que os produtos
da população, em particular da população rural. foram colocados no mercado, eles devem no-
5) Todas as empresas devem obedecer às leis e tificar as autoridades competentes e, de forma
aos regulamentos relevantes dos países em que apropriada, o público em geral sem demora. Os
desenvolvam atividade. Devem igualmente se governos devem igualmente considerar maneiras
adequar às orientações estabelecidas nas nor- de assegurar que os consumidores sejam correta-
mas internacionais de proteção ao consumidor às mente informados de tais perigos.
quais as autoridades competentes do país aderi- 12) Os governos devem, onde apropriado, ado-
ram. (Doravante a menção às normas internacionais feita tar as políticas sob as quais, se um produto possui
nas diretrizes deve ser vista no contexto deste parágrafo) defeito sério e/ou constitui-se em um substancial e
6) O papel positivo potencial de pesquisa de severo perigo mesmo quando usado corretamente,
universidades e empresas públicas e privadas os fabricantes e/ou distribuidores devem fazer o
deve ser considerado no desenvolvimento de po- recall e substitui-lo ou modifica-lo, ou substituir
líticas de proteção ao consumidor. por outro produto; não sendo possível fazê-lo
30
RESOLUÇÃO DA ONU Nº 39/248, DE 16 DE ABRIL DE 1985
sua estadia em Estado-Parte distinto daquele de sendo os textos em ambos idiomas igualmente
seu domicílio; autênticos.
b) conforme o desenvolvimento alcançado em Pela Argentina Patricia Vaca Narvaja
cada localidade de seus respectivos países, pôr Subsecretária de Defesa da Concorrência e Defesa
à disposição desses consumidores mecanismos do Consumidor
ágeis e eficazes, para possibilitar a solução dos Pelo Brasil Ricardo Morishita Wada
Diretor do Departamento de Proteção e Defesa do
conflitos que possam ocorrer durante sua esta-
Consumidor
dia, tendentes a um rápido tratamento do pro-
Pelo Uruguai Susan Weissel
blema apresentado pelo consumidor visitante e Diretora da Área de Defesa do Consumidor
de acordo com as normas e procedimentos do
Pelo Paraguai Mónica Hume
país anfitrião; Diretora-Geral de Defesa do Consumidor
c) as partes procurarão mecanismos de infor-
mação recíproca e/ou aos consumidores visitan- ACORDO INTERINSTITUCIONAL DE
tes acerca do curso das denúncias ou reclamações ENTENDIMENTO ENTRE O ÓRGÃO
formuladas nos termos do presente acordo; DE DEFESA DO CONSUMIDOR DA
d) as partes analisarão em conjunto os resulta- REPÚBLICA DA ARGENTINA E O ÓRGÃO
dos da operação implementada com o objetivo de DE DEFESA DO CONSUMIDOR E A
determinar se é necessário introduzir novas nor- SECRETARIA-EXECUTIVA DO CONSELHO
mas ou modalidades operativas para assegurar a NACIONAL DE COMBATE À PIRATARIA
adequada proteção dos consumidores a que se DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
refere este acordo. PARA A CRIAÇÃO DE UMA ROTINA
DE INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES
Artigo 4º SOBRE PRODUTOS ENGANOSOS E
Para assegurar o cumprimento do presente PRODUTOS PIRATAS E ELABORAÇÃO DE
acordo, as partes se comprometem a promovê-lo QUADRO COMPARATIVO DAS LEIS DE
entre os órgãos locais de defesa do consumidor DEFESA DO CONSUMIDOR DE AMBOS
de seus respectivos países, nos Estados-Partes em OS PAÍSES, DE 28 DE JUNHO DE 2005
que aqueles existam, e a manter informadas as de-
Os Órgãos de Defesa do Consumidor da Re-
mais partes a respeito. Ademais, se comprometem
pública Argentina, a Subsecretaria de Defesa do
a difundir este acordo e seus efeitos através dos
Consumidor, da Secretaria de Coordenação Téc-
meios de que disponham.
nica do Ministério de Economia e Produção; da
Artigo 5º República Federativa do Brasil, o Departamento
Órgãos de defesa do consumidor de terceiros de Proteção e Defesa do Consumidor, a Secreta-
Estados poderão solicitar serem admitidos como ria de Direito Econômico e a Secretaria-Executiva
parte do presente acordo aderindo a ele nas con- do Conselho Nacional de Combate à Pirataria do
dições nele estabelecidas. Ministério da Justiça;
Considerando:
Artigo 6º
Que a informação é um dos principais instru-
Este acordo entrará em vigor a partir de data de
mentos de prevenção nas relações de consumo;
sua assinatura. Um órgão que decida denunciá-lo
Que desenvolver ações conjuntas em matéria
deverá notificar aos demais sua decisão, com seis
de defesa do consumidor favorece a proteção re-
meses de antecipação da data em que se postula
gional dos consumidores e permite fortalecer a
a desvinculação.
confiança mútua entre as autoridades de aplica-
Artigo 7º ção da legislação vigente;
Por acordo entre as partes, este acordo poderá Que a comercialização de produtos piratas e en-
ser alterado total ou parcialmente. ganosos pode acarretar riscos para a saúde e segu-
Firmado na cidade de Buenos Aires, República rança dos consumidores dos dois países;
Argentina, em 3 de junho de 2004, em quatro Que, do mesmo modo, a realização de um qua-
exemplares originais no idioma espanhol e qua- dro comparativo das leis de defesa do consumidor
tro exemplares originais no idioma português, de ambos países facilita o conhecimento mútuo
38 38
ACORDO INTERINSTITUCIONAL DE
28 DE JUNHO DE 2005
da legislação vigente e da proteção dos direitos midor de seus respectivos países as informações
dos consumidores em cada país. contidas nos formulários e no quadro compara-
Por tudo isso, as partes acordam: tivo e publicá-las em seu sítio eletrônico e outros
meios idôneos.
Artigo 1 – Objeto
O presente acordo tem por finalidade o de- Artigo 5 – Vigência
senvolvimento de cooperação técnica entre os Este acordo entrará em vigor a partir de data de
órgãos de defesa do consumidor da República sua assinatura. Um órgão que decida denunciá-la
Argentina e da República Federativa do Brasil deverá notificar aos demais sua decisão, com seis
com a finalidade de promover ações preventi- meses de antecipação da data em que se postula
vas de educação e proteção ao consumidor, me- a desvinculação.
diante a implementação de rotinas sistemáticas
Artigo 6 – Alteração
de intercâmbio de informações entre os órgãos a
Por acordo entre as partes, este acordo poderá
respeito da comercialização de produtos piratas
ser alterado total ou parcialmente.
e de produtos enganosos que possam causar ris-
Firmado na cidade de Buenos Aires, Repúbli-
cos à saúde e segurança dos consumidores dos
ca Argentina, em 28 de junho de 2005, em dois
dois países.
exemplares originais no idioma espanhol e em
Artigo 2 – Quadro comparativo dois exemplares originais no idioma português,
Do mesmo modo as partes se comprometem a sendo os textos em ambos idiomas igualmente
analisar a legislação vigente e elaborar um quadro autênticos.
comparativo das leis de defesa do consumidor de Patrícia Vaca Narvaja
Subsecretária de Defesa do Consumidor
ambos países, com a finalidade de aprofundar o
conhecimento recíproco de cada legislação, editar Daniel Krepel Golberg
Secretário de Defesa Econômica
o mesmo, realizar jornadas recíprocas de capaci-
tação sobre os textos legais em estudo e difundir Ricardo Morishita Wada
Diretor do Departamento de Proteção e Defesa do
os direitos dos consumidores de ambos países. Consumidor
Artigo 3 – Notificação recíproca Márcio Costa M. e Gonçalves
1) As partes comprometem-se, reciprocamente, Presidente do Conselho Nacional de Combate à
Pirataria e Delito contra a Propriedade Intelectual
visando aos objetivos do presente acordo, no
âmbito de suas atribuições, a atuar em parceria
constante na, implementação de seu objeto, es-
pecialmente com o compromisso de notificação
recíproca quando se trate de questão, dado, in-
formação ou sugestão pertinente aos produtos pi-
ratas e produtos enganosos que possam causar
riscos à saúde e segurança dos consumidores dos
dois países, e utilizará, para tanto, o formulário
constante do Anexo I deste acordo.
2) As partes comunicarão sempre o caráter
da informação e seus possíveis usos, particular-
mente com respeito a sua divulgação. Entre outras
questões, deverá ser informado se a informação
disponibilizada é de caráter reservado; quando
se tratar de sanções, se são definitivas ou não; se
são dados de uma investigação finalizada ou em
trâmite; se a informação foi coletada pelo próprio
organismo ou por outro.
39
DECRETO-LEI Nº 2.848, DE 7 Duplicata simulada
DE DEZEMBRO DE 1940 Art. 172. Emitir fatura, duplicata ou nota de venda
(CÓDIGO PENAL)
que não corresponda à mercadoria vendida, em
(Publicado no DOU de 31/12/1940 e retificado no DOU de
quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado:
3/1/1941)
(Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 8.137, de
[Institui o] Código Penal. 27/12/1990)
Pena – detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos,
PARTE ESPECIAL
e multa. (Pena com redação dada pela Lei nº 8.137, de
[...]
27/12/1990)
TÍTULO II Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO aquele que falsificar ou adulterar a escrituração
[...] do Livro de Registro de Duplicatas. (Parágrafo único
CAPÍTULO VI acrescido pela Lei nº 5.474, de 18/7/1968, publicada no DOU
DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES de 19/7/1968, em vigor 30 dias após a publicação)
[...] [...]
40
LEI Nº 8.137, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1990
condições publicamente ofertadas, ou retê-los definidos nesta lei, incide nas penas a estes comi-
para o fim de especulação; nadas, na medida de sua culpabilidade.
VII – induzir o consumidor ou usuário a erro, por Parágrafo único. Quando a venda ao consumi-
via de indicação ou afirmação falsa ou enganosa dor for efetuada por sistema de entrega ao con-
sobre a natureza, qualidade de bem ou serviço, sumo ou por intermédio de distribuidor ou reven-
utilizando-se de qualquer meio, inclusive a vei- dedor, seja em regime de concessão comercial ou
culação ou divulgação publicitária; outro em que o preço ao consumidor é estabele-
VIII – destruir, inutilizar ou danificar matéria- cido ou sugerido pelo fabricante ou concedente, o
-prima ou mercadoria, com o fim de provocar alta ato por este praticado não alcança o distribuidor
de preço, em proveito próprio ou de terceiros; ou revendedor.
IX – vender, ter em depósito para vender ou Art. 12. São circunstâncias que podem agravar de
expor à venda ou, de qualquer forma, entregar 1/3 (um terço) até a metade as penas previstas nos
matéria-prima ou mercadoria, em condições im- arts. 1º, 2º e 4º a 7º:
próprias ao consumo: I – ocasionar grave dano à coletividade;
Pena – detenção, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, II – ser o crime cometido por servidor público
ou multa. no exercício de suas funções;
Parágrafo único. Nas hipóteses dos incisos II, III – ser o crime praticado em relação à presta-
III e IX pune-se a modalidade culposa, reduzindo- ção de serviços ou ao comércio de bens essenciais
-se a pena e a detenção de 1/3 (um terço) ou a de à vida ou à saúde.
multa à quinta parte.
Art. 13. (Vetado)
CAPÍTULO III
DAS MULTAS Art. 14. (Revogado pela Lei nº 8.383 de 30/12/1991)
Art. 8º Nos crimes definidos nos arts. 1º a 3º desta Art. 15. Os crimes previstos nesta lei são de ação
lei, a pena de multa será fixada entre 10 (dez) e penal pública, aplicando-se-lhes o disposto no
360 (trezentos e sessenta) dias-multa, conforme art. 100 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezem-
seja necessário e suficiente para reprovação e pre- bro de 1940 (Código Penal).
venção do crime. Art. 16. Qualquer pessoa poderá provocar a ini-
Parágrafo único. O dia-multa será fixado pelo ciativa do Ministério Público nos crimes descritos
juiz em valor não inferior a 14 (quatorze) nem su- nesta lei, fornecendo-lhe por escrito informações
perior a 200 (duzentos) Bônus do Tesouro Nacio- sobre o fato e a autoria, bem como indicando o
nal BTN. tempo, o lugar e os elementos de convicção.
Parágrafo único. Nos crimes previstos nesta Lei,
Art. 9º A pena de detenção ou reclusão poderá
cometidos em quadrilha ou coautoria, o coautor
ser convertida em multa de valor equivalente a:
ou partícipe que através de confissão espontânea
I – 200.000 (duzentos mil) até 5.000.000 (cinco
revelar à autoridade policial ou judicial toda a
milhões) de BTN, nos crimes definidos no art. 4º;
trama delituosa terá a sua pena reduzida de um
II – 5.000 (cinco mil) até 200.000 (duzentos mil)
a dois terços. (Parágrafo único acrescido pela Lei nº 9.080,
BTN, nos crimes definidos nos arts. 5º e 6º;
de 19/7/1995)
III – 50.000 (cinquenta mil) até 1.000.000 (um
milhão de BTN), nos crimes definidos no art. 7º. Art. 16-A. (Vetado na Lei nº 12.529, de 30/11/2011)
Art. 10. Caso o juiz, considerado o ganho ilícito e a Art. 17. Compete ao Departamento Nacional de
situação econômica do réu, verifique a insuficiên- Abastecimento e Preços, quando e se necessário,
cia ou excessiva onerosidade das penas pecuniá- providenciar a desapropriação de estoques, a fim
rias previstas nesta lei, poderá diminuí-las até a de evitar crise no mercado ou colapso no abaste-
décima parte ou elevá-las ao décuplo. cimento.
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LEI Nº 9.656, DE 3 DE JUNHO DE 1998 que o diferencie de atividade exclusivamente fi-
(LEI DOS PLANOS DE SAÚDE) nanceira, tais como:
(Publicada no DOU de 4/6/1998) a) custeio de despesas;
Dispõe sobre os planos e seguros privados de b) oferecimento de rede credenciada ou refe-
assistência à saúde. renciada;
c) reembolso de despesas;
O presidente da República
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu d) mecanismos de regulação;
sanciono a seguinte Lei: e) qualquer restrição contratual, técnica ou ope-
racional para a cobertura de procedimentos solici-
Art. 1º Submetem-se às disposições desta Lei as tados por prestador escolhido pelo consumidor; e
pessoas jurídicas de direito privado que operam f) vinculação de cobertura financeira à aplica-
planos de assistência à saúde, sem prejuízo do ção de conceitos ou critérios médico-assisten-
cumprimento da legislação específica que rege a ciais. (Parágrafo com redação dada pela Medida Provisória
sua atividade, adotando-se, para fins de aplicação
nº 2.177-44, de 24/8/2001)
das normas aqui estabelecidas, as seguintes defi-
§ 2º Incluem-se na abrangência desta Lei as
nições: (Caput do artigo com redação dada pela Medida
cooperativas que operem os produtos de que tra-
Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
tam o inciso I e o § 1º deste artigo, bem assim as
I – Plano Privado de Assistência à Saúde: presta-
entidades ou empresas que mantêm sistemas de
ção continuada de serviços ou cobertura de custos
assistência à saúde, pela modalidade de autoges-
assistenciais a preço pré ou pós estabelecido, por
tão ou de administração. (Parágrafo com redação dada
prazo indeterminado, com a finalidade de garantir,
pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
sem limite financeiro, a assistência à saúde, pela
§ 3º As pessoas físicas ou jurídicas residentes ou
faculdade de acesso e atendimento por profissio-
domiciliadas no exterior podem constituir ou par-
nais ou serviços de saúde, livremente escolhidos,
ticipar do capital, ou do aumento do capital, de
integrantes ou não de rede credenciada, contra-
pessoas jurídicas de direito privado constituídas
tada ou referenciada, visando a assistência mé-
sob as leis brasileiras para operar planos privados
dica, hospitalar e odontológica, a ser paga integral
de assistência à saúde. (Parágrafo com redação dada
ou parcialmente às expensas da operadora con-
pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
tratada, mediante reembolso ou pagamento di-
§ 4º É vedada às pessoas físicas a operação dos
reto ao prestador, por conta e ordem do consumi-
produtos de que tratam o inciso I e o § 1º deste
dor; (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44,
artigo. (Parágrafo com redação dada pela Medida Provi-
de 24/8/2001)
sória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
II – Operadora de Plano de Assistência à Saúde:
pessoa jurídica constituída sob a modalidade de Art. 2º (Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
sociedade civil ou comercial, cooperativa, ou en- 24/8/2001)
tidade de autogestão, que opere produto, serviço Art. 3º (Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
ou contrato de que trata o inciso I deste artigo; 24/8/2001)
(Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
Art. 4º (Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
24/8/2001)
24/8/2001)
III – Carteira: o conjunto de contratos de cober-
tura de custos assistenciais ou de serviços de as- Art. 5º (Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
sistência à saúde em qualquer das modalidades 24/8/2001)
de que tratam o inciso I e o § 1º deste artigo, com Art. 6º (Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
todos os direitos e obrigações nele contidos. (Inciso 24/8/2001)
acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
Art. 7º (Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
§ 1º Está subordinada às normas e à fiscaliza-
24/8/2001)
ção da Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) qualquer modalidade de produto, serviço Art. 8º Para obter a autorização de funcionamento,
e contrato que apresente, além da garantia de co- as operadoras de planos privados de assistência
bertura financeira de riscos de assistência médica, à saúde devem satisfazer os seguintes requisitos,
hospitalar e odontológica, outras características independentemente de outros que venham a ser
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LEI Nº 9.656, DE 3 DE JUNHO DE 1998
determinados pela ANS: (Caput do artigo com reda- d) informação prévia à ANS, aos beneficiários e
ção dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) aos prestadores de serviço contratados, creden-
I – registro nos Conselhos Regionais de Medi- ciados ou referenciados, na forma e nos prazos a
cina e Odontologia, conforme o caso, em cumpri- serem definidos pela ANS. (Parágrafo acrescido pela
mento ao disposto no art. 1º da Lei nº 6.839, de 30 Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
de outubro de 1980; Art. 9º Após decorridos cento e vinte dias de vi-
II – descrição pormenorizada dos serviços de gência desta Lei, para as operadoras, e duzentos e
saúde próprios oferecidos e daqueles a serem quarenta dias para as administradoras de planos
prestados por terceiros; de assistência à saúde, e até que sejam definidas
III – descrição de suas instalações e equipamen- pela ANS, as normas gerais de registro, as pessoas
tos destinados a prestação de serviços; jurídicas que operam os produtos de que tratam o
IV – especificação dos recursos humanos qua- inciso I e o § 1º do art. 1º desta Lei, e observado
lificados e habilitados com responsabilidade téc- o que dispõe o art. 19, só poderão comercializar
nica de acordo com as leis que regem a matéria; estes produtos se: (Caput do artigo com redação dada
V – demonstração da capacidade de atendi- pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
mento em razão dos serviços a serem prestados; I – as operadoras e administradoras estiverem
VI – demonstração da viabilidade econômico- provisoriamente cadastradas na ANS; e (Inciso acres-
-financeira dos planos privados de assistência à cido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
saúde oferecidos, respeitadas as peculiaridades II – os produtos a serem comercializados estive-
operacionais de cada uma das respectivas ope- rem registrados na ANS. (Inciso acrescido pela Medida
radoras; Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
VII – especificação da área geográfica coberta § 1º O descumprimento das formalidades pre-
pelo plano privado de assistência à saúde. vistas neste artigo, além de configurar infração,
§ 1º São dispensadas do cumprimento das con- constitui agravante na aplicação de penalidades
dições estabelecidas nos incisos VI e VII deste ar- por infração das demais normas previstas nesta
tigo as entidades ou empresas que mantêm siste- Lei. (Parágrafo com redação dada pela Medida Provisória
mas de assistência privada à saúde na modalidade nº 2.177-44, de 24/8/2001)
de autogestão, citadas no § 2º do art. 1º. (Parágrafo § 2º A ANS poderá solicitar informações, deter-
acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) minar alterações e promover a suspensão do todo
§ 2º A autorização de funcionamento será can- ou de parte das condições dos planos apresenta-
celada caso a operadora não comercialize os pro- dos. (Parágrafo com redação dada pela Medida Provisória
dutos de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º nº 2.177-44, de 24/8/2001)
desta Lei, no prazo máximo de cento e oitenta dias § 3º A autorização de comercialização será can-
a contar do seu registro na ANS. (Parágrafo acrescido celada caso a operadora não comercialize os pla-
pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) nos ou os produtos de que tratam o inciso I e o § 1º
§ 3º As operadoras privadas de assistência à do art. 1º desta Lei, no prazo máximo de cento e oi-
saúde poderão voluntariamente requerer autori- tenta dias a contar do seu registro na ANS. (Parágrafo
zação para encerramento de suas atividades, ob- acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
servando os seguintes requisitos, independente- § 4º A ANS poderá determinar a suspensão tem-
mente de outros que venham a ser determinados porária da comercialização de plano ou produto
pela ANS: caso identifique qualquer irregularidade contra-
a) comprovação da transferência da carteira tual, econômico-financeira ou assistencial. (Pa-
sem prejuízo para o consumidor, ou a inexistência rágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
de beneficiários sob sua responsabilidade; 24/8/2001)
b) garantia da continuidade da prestação de Art. 10. É instituído o plano-referência de assis-
serviços dos beneficiários internados ou em tra- tência à saúde, com cobertura assistencial mé-
tamento; dico-ambulatorial e hospitalar, compreendendo
c) comprovação da quitação de suas obrigações partos e tratamentos, realizados exclusivamente
com os prestadores de serviço no âmbito da ope- no Brasil, com padrão de enfermaria, centro de
ração de planos privados de assistência à saúde; terapia intensiva, ou similar, quando necessária
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a internação hospitalar, das doenças listadas na § 3º Excluem-se da obrigatoriedade a que se
Classificação Estatística Internacional de Doenças refere o § 2º deste artigo as pessoas jurídicas que
e Problemas Relacionados com a Saúde, da mantêm sistemas de assistência à saúde pela
Organização Mundial de Saúde, respeitadas as exi- modalidade de autogestão e as pessoas jurídicas
gências mínimas estabelecidas no art. 12 desta Lei, que operem exclusivamente planos odontológi-
exceto: (Caput do artigo com redação dada pela Medida cos. (Parágrafo com redação dada pela Medida Provisória
Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) nº 2.177-44, de 24/8/2001)
I – tratamento clínico ou cirúrgico experimental; § 4º A amplitude das coberturas, inclusive de
(Inciso com redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, transplantes e de procedimentos de alta com-
de 24/8/2001) plexidade, será definida por normas editadas
II – procedimentos clínicos ou cirúrgicos para pela ANS. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória
fins estéticos, bem como órteses e próteses para o nº 2.177-44, de 24/8/2001)
mesmo fim; Art. 10-A. Cabe às operadoras definidas nos inci-
III – inseminação artificial; sos I e II do § 1º do art. 1º desta Lei, por meio de
IV – tratamento de rejuvenescimento ou de sua rede de unidades conveniadas, prestar serviço
emagrecimento com finalidade estética; de cirurgia plástica reconstrutiva de mama, utili-
V – fornecimento de medicamentos importados zando-se de todos os meios e técnicas necessá-
não nacionalizados; rias, para o tratamento de mutilação decorrente
VI – fornecimento de medicamentos para trata- de utilização de técnica de tratamento de câncer.
mento domiciliar, ressalvado o disposto nas alí- (Caput do artigo acrescido pela Lei nº 10.223, de 15/5/2001)
neas c do inciso I e g do inciso II do art. 12; (In- § 1º Quando existirem condições técnicas, a re-
ciso com redação dada pela Lei nº 12.880, de 12/11/2013, construção da mama será efetuada no tempo ci-
publicada no DOU, edição extra, de 13/11/2013, em vigor rúrgico da mutilação referida no caput deste artigo.
180 dias após sua publicação) (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.770, de 19/12/2018, pu-
VII – fornecimento de próteses, órteses e seus blicada no DOU de 20/12/2018, em vigor 180 dias após a
acessórios não ligados ao ato cirúrgico; e (Inciso publicação)
com redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de § 2º No caso de impossibilidade de reconstrução
24/8/2001) imediata, a paciente será encaminhada para acom-
VIII – (Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44, de panhamento e terá garantida a realização da cirur-
24/8/2001) gia imediatamente após alcançar as condições clí-
IX – tratamentos ilícitos ou antiéticos, assim de- nicas requeridas. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.770,
finidos sob o aspecto médico, ou não reconheci- de 19/12/2018, publicada no DOU de 20/12/2018, em vigor
dos pelas autoridades competentes; 180 dias após a publicação)
X – casos de cataclismos, guerras e comoções in- § 3º Os procedimentos de simetrização da mama
ternas, quando declarados pela autoridade com- contralateral e de reconstrução do complexo aréo-
petente. lo-mamilar integram a cirurgia plástica reconstruti-
§ 1º As exceções constantes dos incisos des- va prevista no caput e no § 1º deste artigo. (Parágrafo
te artigo serão objeto de regulamentação pela acrescido pela Lei nº 13.770, de 19/12/2018, publicada no DOU
ANS. (Parágrafo com redação dada pela Medida Provisó- de 20/12/2018, em vigor 180 dias após a publicação)
ria nº 2.177-44, de 24/8/2001) Art. 10-B. Cabe às operadoras dos produtos de
§ 2º As pessoas jurídicas que comercializam pro- que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º, por meio
dutos de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º de rede própria, credenciada, contratada ou refe-
desta Lei oferecerão, obrigatoriamente, a partir renciada, ou mediante reembolso, fornecer bol-
de 3 de dezembro de 1999, o plano-referência de sas de colostomia, ileostomia e urostomia, sonda
que trata este artigo a todos os seus atuais e futu- vesical de demora e coletor de urina com conec-
ros consumidores. (Parágrafo com redação dada pela tor, para uso hospitalar, ambulatorial ou domi-
Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) (Parágrafo de- ciliar, vedada a limitação de prazo, valor máxi-
clarado inconstitucional, em controle concentrado, pelo Su- mo e quantidade. (Artigo acrescido pela Lei nº 12.738,
premo Tribunal Federal, pela ADI nº 1.931/1998, publicada de 30/11/2012, publicada no DOU de 3/12/2012, em vigor
no DOU de 14/2/2018) 180 dias após a publicação)
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LEI Nº 9.656, DE 3 DE JUNHO DE 1998
Art. 10-C. Os produtos de que tratam o inciso I do admitindo-se a exclusão dos procedimentos obs-
caput e o § 1º do art. 1º desta Lei deverão incluir tétricos; (Alínea com redação dada pela Medida Provisó-
cobertura de atendimento à violência autoprovo- ria nº 2.177-44, de 24/8/2001)
cada e às tentativas de suicídio. (Artigo acrescido pela b) cobertura de internações hospitalares em
Lei nº 13.819, de 26/4/2019, publicada no DOU de 29/4/2019, centro de terapia intensiva, ou similar, vedada a
em vigor 90 dias após a publicação) limitação de prazo, valor máximo e quantidade,
a critério do médico assistente; (Alínea com redação
Art. 11. É vedada a exclusão de cobertura às
dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
doenças e lesões preexistentes à data de contra-
c) cobertura de despesas referentes a honorá-
tação dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1º
rios médicos, serviços gerais de enfermagem e
do art. 1º desta Lei após vinte e quatro meses de
alimentação;
vigência do aludido instrumento contratual, ca-
d) cobertura de exames complementares indis-
bendo à respectiva operadora o ônus da prova e
pensáveis para o controle da evolução da doença
da demonstração do conhecimento prévio do con-
e elucidação diagnóstica, fornecimento de medi-
sumidor ou beneficiário. (Caput do artigo com redação
camentos, anestésicos, gases medicinais, trans-
dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
fusões e sessões de quimioterapia e radioterapia,
Parágrafo único. É vedada a suspensão da as-
conforme prescrição do médico assistente, reali-
sistência à saúde do consumidor ou beneficiário,
zados ou ministrados durante o período de inter-
titular ou dependente, até a prova de que trata o
nação hospitalar; (Alínea com redação dada pela Me-
caput, na forma da regulamentação a ser editada
dida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
pela ANS. (Parágrafo único acrescido pela Medida Provi-
e) cobertura de toda e qualquer taxa, incluindo
sória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
materiais utilizados, assim como da remoção do
Art. 12. São facultadas a oferta, contratação e a paciente, comprovadamente necessária, para
vigência dos produtos de que tratam o inciso I e outro estabelecimento hospitalar, dentro dos li-
o § 1º do art. 1º desta Lei, nas segmentações pre- mites de abrangência geográfica previstos no con-
vistas nos incisos I a IV deste artigo, respeitadas as trato, em território brasileiro; e (Alínea com redação
respectivas amplitudes de cobertura definidas no dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
plano-referência de que trata o art. 10, segundo f) cobertura de despesas de acompanhante, no
as seguintes exigências mínimas: (Caput do artigo caso de pacientes menores de dezoito anos;
com redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de g) cobertura para tratamentos antineoplásicos
24/8/2001) ambulatoriais e domiciliares de uso oral, procedi-
I – quando incluir atendimento ambulatorial: mentos radioterápicos para tratamento de câncer
a) cobertura de consultas médicas, em número e hemoterapia, na qualidade de procedimentos
ilimitado, em clínicas básicas e especializadas, re- cuja necessidade esteja relacionada à continui-
conhecidas pelo Conselho Federal de Medicina; dade da assistência prestada em âmbito de inter-
b) cobertura de serviços de apoio diagnóstico, nação hospitalar; (Alínea acrescida pela Lei nº 12.880, de
tratamentos e demais procedimentos ambulato- 12/11/2013, publicada no DOU, edição extra, de 13/11/2013,
riais, solicitados pelo médico assistente; (Alínea em vigor 180 dias após sua publicação)
com redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de III – quando incluir atendimento obstétrico:
24/8/2001) a) cobertura assistencial ao recém-nascido, fi-
c) cobertura de tratamentos antineoplásicos lho natural ou adotivo do consumidor, ou de seu
domiciliares de uso oral, incluindo medicamentos dependente, durante os primeiros trinta dias após
para o controle de efeitos adversos relacionados o parto;
ao tratamento e adjuvantes; (Alínea acrescida pela Lei b) inscrição assegurada ao recém-nascido, filho
nº 12.880, de 12/11/2013, publicada no DOU, edição extra, natural ou adotivo do consumidor, como depen-
de 13/11/2013, em vigor 180 dias após sua publicação) dente, isento do cumprimento dos períodos de
II – quando incluir internação hospitalar: carência, desde que a inscrição ocorra no prazo
a) cobertura de internações hospitalares, ve- máximo de trinta dias do nascimento ou da ado-
dada a limitação de prazo, valor máximo e quan- ção; (Alínea com redação dada pela Medida Provisória
tidade, em clínicas básicas e especializadas, re- nº 2.177-44, de 24/8/2001)
conhecidas pelo Conselho Federal de Medicina, IV – quando incluir atendimento odontológico:
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a) cobertura de consultas e exames auxiliares § 4º As coberturas a que se referem as alíneas c
ou complementares, solicitados pelo odontólogo do inciso I e g do inciso II deste artigo serão objeto
assistente; de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas,
b) cobertura de procedimentos preventivos, de revisados periodicamente, ouvidas as socieda-
dentística e endodontia; des médicas de especialistas da área, publicados
c) cobertura de cirurgias orais menores, assim pela ANS. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.880, de
consideradas as realizadas em ambiente ambula- 12/11/2013, publicada no DOU, edição extra, de 13/11/2013,
torial e sem anestesia geral; em vigor 180 dias após sua publicação)
V – quando fixar períodos de carência: § 5º O fornecimento previsto nas alíneas c do
a) prazo máximo de trezentos dias para partos inciso I e g do inciso II deste artigo dar-se-á, por
a termo; meio de rede própria, credenciada, contratada
b) prazo máximo de cento e oitenta dias para
ou referenciada, diretamente ao paciente ou ao
os demais casos;
seu representante legal, podendo ser realizado de
c) prazo máximo de vinte e quatro horas para
maneira fracionada por ciclo, observadas as nor-
a cobertura dos casos de urgência e emergência;
mas estabelecidas pelos órgãos reguladores e de
(Alínea acrescida pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
acordo com prescrição médica. (Parágrafo acrescido
24/8/2001)
pela Lei nº 12.880, de 12/11/2013, publicada no DOU, edição
VI – reembolso, em todos os tipos de produtos
extra, de 13/11/2013, em vigor 180 dias após sua publicação)
de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º desta
Lei, nos limites das obrigações contratuais, das Art. 13. Os contratos de produtos de que tratam
despesas efetuadas pelo beneficiário com assis- o inciso I e o § 1º do art. 1º desta Lei têm renova-
tência à saúde, em casos de urgência ou emer- ção automática a partir do vencimento do prazo
gência, quando não for possível a utilização dos inicial de vigência, não cabendo a cobrança de
serviços próprios, contratados, credenciados ou taxas ou qualquer outro valor no ato da renovação.
referenciados pelas operadoras, de acordo com a (Caput do artigo com redação dada pela Medida Provisória
relação de preços de serviços médicos e hospitala- nº 2.177-44, de 24/8/2001)
res praticados pelo respectivo produto, pagáveis Parágrafo único. Os produtos de que trata o
no prazo máximo de trinta dias após a entrega da caput, contratados individualmente, terão vigên-
documentação adequada; (Inciso com redação dada cia mínima de um ano, sendo vedadas: (Parágrafo
pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) único com redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44,
VII – inscrição de filho adotivo, menor de doze de 24/8/2001)
anos de idade, aproveitando os períodos de ca-
I – a recontagem de carências; (Inciso com reda-
rência já cumpridos pelo consumidor adotante.
ção dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
§ 1º Após cento e vinte dias da vigência desta Lei,
II – a suspensão ou a rescisão unilateral do
fica proibido o oferecimento de produtos de que
contrato, salvo por fraude ou não pagamento da
tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º desta Lei fora
mensalidade por período superior a sessenta dias,
das segmentações de que trata este artigo, obser-
consecutivos ou não, nos últimos doze meses de
vadas suas respectivas condições de abrangência
vigência do contrato, desde que o consumidor
e contratação. (Parágrafo com redação dada pela Medida
seja comprovadamente notificado até o quinqua-
Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
§ 2º A partir de 3 de dezembro de 1999, da do- gésimo dia de inadimplência; e (Inciso com redação
cumentação relativa à contratação de produtos de dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
guém pode ser impedido de participar de planos XI – os critérios de reajuste e revisão das contra-
privados de assistência à saúde. (Artigo com redação prestações pecuniárias;
dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) XII – número de registro na ANS. (Inciso acrescido
pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
Art. 15. A variação das contraprestações pecuniá-
Parágrafo único. A todo consumidor titular de
rias estabelecidas nos contratos de produtos de
plano individual ou familiar será obrigatoriamen-
que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º desta Lei,
te entregue, quando de sua inscrição, cópia do
em razão da idade do consumidor, somente po-
contrato, do regulamento ou das condições gerais
derá ocorrer caso estejam previstas no contrato
dos produtos de que tratam o inciso I e o § 1º do
inicial as faixas etárias e os percentuais de reajus-
art. 1º, além de material explicativo que descreva,
tes incidentes em cada uma delas, conforme nor-
em linguagem simples e precisa, todas as suas ca-
mas expedidas pela ANS, ressalvado o disposto no
racterísticas, direitos e obrigações. (Parágrafo único
art. 35-E. (Caput do artigo com redação dada pela Medida
acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
Parágrafo único. É vedada a variação a que alu- Art. 17. A inclusão de qualquer prestador de ser-
de o caput para consumidores com sessenta anos viço de saúde como contratado, referenciado ou
de idade, que participarem dos produtos de que credenciado dos produtos de que tratam o inciso I
tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º, ou sucesso- e o § 1º do art. 1º desta Lei implica compromisso
res, há mais de dez anos. (Parágrafo único com reda- com os consumidores quanto à sua manutenção
ção dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) ao longo da vigência dos contratos, permitindo-se
sua substituição, desde que seja por outro presta-
Art. 16. Dos contratos, regulamentos ou condi-
ções gerais dos produtos de que tratam o inciso I dor equivalente e mediante comunicação aos con-
e o § 1º do art. 1º desta Lei devem constar dispo- sumidores com 30 (trinta) dias de antecedência.
sitivos que indiquem com clareza: (Caput do artigo (Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 13.003, de
com redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/6/2014, publicada no DOU de 25/6/2014, em vigor após
Art. 17-A. As condições de prestação de serviços Art. 18. A aceitação, por parte de qualquer presta-
de atenção à saúde no âmbito dos planos priva- dor de serviço ou profissional de saúde, da condi-
dos de assistência à saúde por pessoas físicas ou ção de contratado, referenciado, credenciado ou
jurídicas, independentemente de sua qualifica- cooperado de uma operadora de produtos de que
ção como contratadas, referenciadas ou creden- tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º desta Lei im-
ciadas, serão reguladas por contrato escrito, esti- plica as seguintes obrigações e direitos: (Caput do
pulado entre a operadora do plano e o prestador artigo com redação dada pela Lei nº 13.003, de 24/6/2014,
de serviço. publicada no DOU de 25/6/2014, em vigor após decorridos
§ 1º São alcançados pelas disposições do caput 180 dias de sua publicação)
os profissionais de saúde em prática liberal pri- I – o consumidor de determinada operadora,
vada, na qualidade de pessoa física, e os estabe- em nenhuma hipótese e sob nenhum pretexto ou
lecimentos de saúde, na qualidade de pessoa jurí- alegação, pode ser discriminado ou atendido de
dica, que prestem ou venham a prestar os serviços forma distinta daquela dispensada aos clientes
de assistência à saúde a que aludem os arts. 1º e vinculados a outra operadora ou plano;
35-F desta Lei, no âmbito de planos privados de II – a marcação de consultas, exames e quais-
assistência à saúde. quer outros procedimentos deve ser feita de for-
§ 2º O contrato de que trata o caput deve es- ma a atender às necessidades dos consumidores,
tabelecer com clareza as condições para a sua privilegiando os casos de emergência ou urgên-
execução, expressas em cláusulas que definam di- cia, assim como as pessoas com mais de sessen-
reitos, obrigações e responsabilidades das partes, ta e cinco anos de idade, as gestantes, lactantes,
incluídas, obrigatoriamente, as que determinem: lactentes e crianças até cinco anos;
I – o objeto e a natureza do contrato, com des- III – a manutenção de relacionamento de contra-
crição de todos os serviços contratados; tação, credenciamento ou referenciamento com
II – a definição dos valores dos serviços contra- número ilimitado de operadoras, sendo expres-
tados, dos critérios, da forma e da periodicidade samente vedado às operadoras, independente de
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LEI Nº 9.656, DE 3 DE JUNHO DE 1998
Art. 24-B. A Diretoria Colegiada definirá as atri- Art. 26. Os administradores e membros dos con-
buições e competências do Diretor Técnico, Dire- selhos administrativos, deliberativos, consultivos,
tor Fiscal e do responsável pela alienação de car- fiscais e assemelhados das operadoras de que
teira, podendo ampliá-las, se necessário. (Artigo trata esta Lei respondem solidariamente pelos
acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) prejuízos causados a terceiros, inclusive aos acio-
Art. 24-C. Os créditos decorrentes da prestação nistas, cotistas, cooperados e consumidores de
de serviços de assistência privada à saúde pre- planos privados de assistência à saúde, conforme
ferem a todos os demais, exceto os de natureza o caso, em consequência do descumprimento de
trabalhista e tributários. (Artigo acrescido pela Medida leis, normas e instruções referentes às operações
Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
previstas na legislação e, em especial, pela falta
de constituição e cobertura das garantias obriga-
Art. 24-D. Aplica-se à liquidação extrajudicial das tórias. (Artigo com redação dada pela Medida Provisória
operadoras de planos privados de assistência à nº 2.177-44, de 24/8/2001)
saúde e ao disposto nos arts. 24-A e 35-I, no que
couber com os preceitos desta Lei, o disposto Art. 27. A multa de que trata o art. 25 será fixada e
na Lei nº 6.024, de 13 de março de 1974, no De- aplicada pela ANS no âmbito de suas atribuições,
creto-Lei nº 7.661, de 21 de junho de 1945, no com valor não inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil
Decreto-Lei nº 41, de 18 de novembro de 1966, e reais) e não superior a R$ 1.000.000,00 (um mi-
no Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1966, lhão de reais) de acordo com o porte econômico
conforme o que dispuser a ANS. (Artigo acrescido pela da operadora ou prestadora de serviço e a gravi-
Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
dade da infração, ressalvado o disposto no § 6º do
art. 19. (Caput do artigo com redação dada pela Medida
Art. 25. As infrações dos dispositivos desta Lei Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
e de seus regulamentos, bem como aos disposi- Parágrafo único. (Revogado pela Medida Provisória
tivos dos contratos firmados, a qualquer tempo, nº 2.177-44, de 24/8/2001)
entre operadoras e usuários de planos privados § 2º (Vetado na Lei nº 12.973, de 13/5/2014)
de assistência à saúde, sujeitam a operadora dos
produtos de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º Art. 28. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.177-44,
de 24/8/2001)
desta Lei, seus administradores, membros de con-
selhos administrativos, deliberativos, consultivos, Art. 29. As infrações serão apuradas mediante
fiscais e assemelhados às seguintes penalidades, processo administrativo que tenha por base o auto
sem prejuízo de outras estabelecidas na legisla- de infração, a representação ou a denúncia posi-
ção vigente: (Caput do artigo com redação dada pela tiva dos fatos irregulares, cabendo à ANS dispor
Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) sobre normas para instauração, recursos e seus
I – advertência; efeitos, instâncias e prazos. (Caput do artigo com reda-
II – multa pecuniária; ção dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
III – suspensão do exercício do cargo; § 1º O processo administrativo, antes de apli-
IV – inabilitação temporária para exercício de cada a penalidade, poderá, a título excepcional,
cargos em operadoras de planos de assistência à ser suspenso, pela ANS, se a operadora ou presta-
saúde; (Inciso com redação dada pela Medida Provisória dora de serviço assinar termo de compromisso de
nº 2.177-44, de 24/8/2001) ajuste de conduta, perante a diretoria colegiada,
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LEI Nº 9.656, DE 3 DE JUNHO DE 1998
que terá eficácia de título executivo extrajudicial, § 9º A ANS regulamentará a aplicação do dis-
obrigando-se a: posto nos §§ 1º a 7º deste artigo. (Parágrafo acrescido
I – cessar a prática de atividades ou atos objetos pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
da apuração; e
Art. 29-A. ANS poderá celebrar com as operado-
II – corrigir as irregularidades, inclusive inde-
ras termo de compromisso, quando houver inte-
nizando os prejuízos delas decorrentes. (Parágrafo
resse na implementação de práticas que consis-
acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
tam em vantagens para os consumidores, com
§ 2º O termo de compromisso de ajuste de
vistas a assegurar a manutenção da qualidade
conduta conterá, necessariamente, as seguintes
dos serviços de assistência à saúde.
cláusulas:
§ 1º O termo de compromisso referido no caput
I – obrigações do compromissário de fazer ces-
não poderá implicar restrição de direitos do usuá-
sar a prática objeto da apuração, no prazo esta-
rio.
belecido;
§ 2º Na definição do termo de que trata este ar-
II – valor da multa a ser imposta no caso de des-
tigo serão considerados os critérios de aferição e
cumprimento, não inferior a R$ 5.000,00 (cinco mil
controle da qualidade dos serviços a serem ofere-
reais) e não superior a R$ 1.000.000,00 (um milhão
cidos pelas operadoras.
de reais) de acordo com o porte econômico da
§ 3º O descumprimento injustificado do termo
operadora ou da prestadora de serviço. (Parágrafo
de compromisso poderá importar na aplicação
acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
da penalidade de multa a que se refere o inciso II,
§ 3º A assinatura do termo de compromisso de
§ 2º, do art. 29 desta Lei. (Artigo acrescido pela Medida
ajuste de conduta não importa confissão do com-
Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
promissário quanto à matéria de fato, nem reco-
nhecimento de ilicitude da conduta em apuração. Art. 30. Ao consumidor que contribuir para pro-
(Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de dutos de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º
24/8/2001) desta Lei, em decorrência de vínculo empregatício,
§ 4º O descumprimento do termo de compro- no caso de rescisão ou exoneração do contrato de
misso de ajuste de conduta, sem prejuízo da apli- trabalho sem justa causa, é assegurado o direito
cação da multa a que se refere o inciso II do § 2º, de manter sua condição de beneficiário, nas mes-
acarreta a revogação da suspensão do processo. mas condições de cobertura assistencial de que
(Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de gozava quando da vigência do contrato de traba-
24/8/2001) lho, desde que assuma o seu pagamento integral.
§ 5º Cumpridas as obrigações assumidas no (Caput do artigo com redação dada pela Medida Provisória
termo de compromisso de ajuste de conduta, será nº 2.177-44, de 24/8/2001)
extinto o processo. (Parágrafo acrescido pela Medida § 1º O período de manutenção da condição de
Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) beneficiário a que se refere o caput será de um
§ 6º Suspende-se a prescrição durante a vi- terço do tempo de permanência nos produtos de
gência do termo de compromisso de ajuste de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º, ou suces-
conduta. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória sores, com um mínimo assegurado de seis meses
nº 2.177-44, de 24/8/2001) e um máximo de vinte e quatro meses. (Parágrafo
§ 7º Não poderá ser firmado termo de compro- com redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
misso de ajuste de conduta quando tiver havido 24/8/2001)
descumprimento de outro termo de compromisso § 2º A manutenção de que trata este artigo é
de ajuste de conduta nos termos desta Lei, dentro extensiva, obrigatoriamente, a todo grupo fami-
do prazo de dois anos. (Parágrafo acrescido pela Me- liar inscrito quando da vigência do contrato de
dida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) trabalho.
§ 8º O termo de compromisso de ajuste de § 3º Em caso de morte do titular, o direito de per-
conduta deverá ser publicado no Diário Oficial manência é assegurado aos dependentes cobertos
da União. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória pelo plano ou seguro privado coletivo de assistên-
nº 2.177-44, de 24/8/2001) cia à saúde, nos termos do disposto neste artigo.
57
§ 4º O direito assegurado neste artigo não exclui ao Fundo Nacional de Saúde (FNS). (Parágrafo com
vantagens obtidas pelos empregados decorrentes redação dada pela Lei nº 12.469, de 26/8/2001)
de negociações coletivas de trabalho. § 2º Para a efetivação do ressarcimento, a ANS
§ 5º A condição prevista no caput deste artigo disponibilizará às operadoras a discriminação
deixará de existir quando da admissão do consu- dos procedimentos realizados para cada consu-
midor titular em novo emprego. (Parágrafo acrescido midor. (Parágrafo com redação dada pela Medida Provi-
pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) sória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
§ 6º Nos planos coletivos custeados integral- § 3º A operadora efetuará o ressarcimento até
mente pela empresa, não é considerada contri- o 15º (décimo quinto) dia da data de recebimento
buição a coparticipação do consumidor, única e da notificação de cobrança feita pela ANS. (Pará-
exclusivamente, em procedimentos, como fator grafo com redação dada pela Lei nº 12.469, de 26/8/2001)
de moderação, na utilização dos serviços de as- § 4º O ressarcimento não efetuado no prazo
sistência médica ou hospitalar. (Parágrafo acrescido previsto no § 3º será cobrado com os seguintes
pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) acréscimos:
Art. 31. Ao aposentado que contribuir para pro- I – juros de mora contados do mês seguinte ao
dutos de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º do vencimento, à razão de um por cento ao mês
desta Lei, em decorrência de vínculo empregatício, ou fração;
pelo prazo mínimo de dez anos, é assegurado o di- II – multa de mora de dez por cento. (Parágrafo
reito de manutenção como beneficiário, nas mes- com redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
mas condições de cobertura assistencial de que 24/8/2001)
gozava quando da vigência do contrato de traba- § 5º Os valores não recolhidos no prazo previsto
lho, desde que assuma o seu pagamento integral. no § 3º serão inscritos em dívida ativa da ANS, a
(Caput do artigo com redação dada pela Medida Provisó- qual compete a cobrança judicial dos respectivos
ria nº 2.177-44, de 24/8/2001) créditos. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória
§ 1º Ao aposentado que contribuir para planos nº 2.177-44, de 24/8/2001)
coletivos de assistência à saúde por período infe- § 6º O produto da arrecadação dos juros e da
rior ao estabelecido no caput é assegurado o direi- multa de mora serão revertidos ao Fundo Nacio-
to de manutenção como beneficiário, à razão de nal de Saúde. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória
um ano para cada ano de contribuição, desde que nº 2.177-44, de 24/8/2001)
assuma o pagamento integral do mesmo. (Parágra- § 7º A ANS disciplinará o processo de glosa ou im-
fo com redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de pugnação dos procedimentos encaminhados, con-
24/8/2001) forme previsto no § 2º deste artigo, cabendo-lhe, in-
§ 2º Para gozo do direito assegurado neste ar- clusive, estabelecer procedimentos para cobrança
tigo, observar-se-ão as mesmas condições estabe- dos valores a serem ressarcidos. (Parágrafo acrescido
lecidas nos §§ 2º, 3º, 4º, 5º e 6º do artigo 30. (Pará- pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001, com reda-
grafo com redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, ção dada pela Lei nº 12.469, de 26/8/2011)
de 24/8/2001) § 8º Os valores a serem ressarcidos não serão in-
feriores aos praticados pelo SUS e nem superiores
Art. 32. Serão ressarcidos pelas operadoras dos
aos praticados pelas operadoras de produtos de
produtos de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º
que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º desta Lei.
desta Lei, de acordo com normas a serem defini-
(Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
das pela ANS, os serviços de atendimento à saúde
24/8/2001)
previstos nos respectivos contratos, prestados a
§ 9º Os valores a que se referem os §§ 3º e 6º des-
seus consumidores e respectivos dependentes,
te artigo não serão computados para fins de apli-
em instituições públicas ou privadas, conveniadas
cação dos recursos mínimos nas ações e serviços
ou contratadas, integrantes do Sistema Único de
públicos de saúde nos termos da Constituição Fe-
Saúde (SUS). (Caput do artigo com redação dada pela
deral. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 12.469, de 26/8/2011)
Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
§ 1º O ressarcimento será efetuado pelas ope- Art. 33. Havendo indisponibilidade de leito hos-
radoras ao SUS com base em regra de valoração pitalar nos estabelecimentos próprios ou creden-
aprovada e divulgada pela ANS, mediante crédito ciados pelo plano, é garantido ao consumidor o
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LEI Nº 9.656, DE 3 DE JUNHO DE 1998
acesso à acomodação, em nível superior, sem posição da base de cálculo deverá ficar restri-
ônus adicional. ta aos itens correspondentes ao aumento de co-
Art. 34. As pessoas jurídicas que executam outras bertura, e ficará disponível para verificação pela
atividades além das abrangidas por esta Lei de- ANS, que poderá determinar sua alteração quan-
verão, na forma e prazo definidos pela ANS, cons- do o novo valor não estiver devidamente justifica-
tituir pessoas jurídicas independentes, com ou do. (Parágrafo com redação dada pela Medida Provisória
sem fins lucrativos, especificamente para operar nº 2.177-44, de 24/8/2001)
planos privados de assistência à saúde, na forma § 3º A adaptação dos contratos não implica
da legislação em vigor e em especial desta Lei e nova contagem dos períodos de carência e dos
de seus regulamentos. (Artigo com redação dada pela prazos de aquisição dos benefícios previstos nos
Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) arts. 30 e 31 desta Lei, observados, quanto aos úl-
§ 1º O disposto no caput não se aplica às enti- timos, os limites de cobertura previstos no con-
dades de autogestão constituídas sob a forma de trato original. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisó-
fundação, de sindicato ou de associação que, na ria nº 2.177-44, de 24/8/2001)
data da publicação desta Lei, já exerciam outras § 4º Nenhum contrato poderá ser adaptado
atividades em conjunto com as relacionadas à por decisão unilateral da empresa operadora.
assistência à saúde, nos termos dos pertinentes (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44,
estatutos sociais. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.127, de 24/8/2001)
de 26/5/2015) § 5º A manutenção dos contratos originais pelos
§ 2º As entidades de que trata o § 1º poderão, consumidores não optantes tem caráter persona-
desde que a hipótese de segregação da finalidade líssimo, devendo ser garantida somente ao titular
estatutária esteja prevista ou seja assegurada pelo e a seus dependentes já inscritos, permitida in-
órgão interno competente, constituir filial ou de- clusão apenas de novo cônjuge e filhos, e vedada
partamento com número do Cadastro Nacional a transferência da sua titularidade, sob qualquer
da Pessoa Jurídica sequencial ao da pessoa jurí- pretexto, a terceiros. (Parágrafo acrescido pela Medida
dica principal. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.127, de
Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
26/5/2015)
§ 6º Os produtos de que tratam o inciso I e o § 1º
§ 3º As entidades de que trata o § 1º que op-
do art. 1º desta Lei, contratados até 1º de janeiro
tarem por proceder de acordo com o previsto no
de 1999, deverão permanecer em operação, por
§ 2º assegurarão condições para sua adequada se-
tempo indeterminado, apenas para os consumi-
gregação patrimonial, administrativa, financeira
dores que não optarem pela adaptação às novas
e contábil. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.127, de
regras, sendo considerados extintos para fim de
26/5/2015)
comercialização. (Parágrafo acrescido pela Medida Pro-
Art. 35. Aplicam-se as disposições desta Lei a visória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
todos os contratos celebrados a partir de sua vi- § 7º Às pessoas jurídicas contratantes de planos
gência, assegurada aos consumidores com contra- coletivos, não optantes pela adaptação prevista
tos anteriores, bem como àqueles com contratos neste artigo, fica assegurada a manutenção dos
celebrados entre 2 de setembro de 1998 e 1º de ja- contratos originais, nas coberturas assistenciais
neiro de 1999, a possibilidade de optar pela adap-
neles pactuadas. (Parágrafo acrescido pela Medida Pro-
tação ao sistema previsto nesta Lei. (Caput do artigo
visória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
com redação dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
§ 8º A ANS definirá em norma própria os proce-
24/8/2001)
dimentos formais que deverão ser adotados pelas
§ 1º Sem prejuízo do disposto no art. 35-E, a
empresas para a adatação dos contratos de que
adaptação dos contratos de que trata este artigo,
trata este artigo. (Parágrafo acrescido pela Medida Pro-
deverá ser formalizada em termo próprio, assi-
visória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
nado pelos contratantes, de acordo com as nor-
mas a serem definidas pela ANS. (Parágrafo com reda- Art. 35-A. Fica criado o Conselho de Saúde Su-
ção dada pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) plementar (Consu), órgão colegiado integrante da
§ 2º Quando a adaptação dos contratos incluir estrutura regimental do Ministério da Saúde, com
aumento de contraprestação pecuniária, a com- competência para:
59
I – estabelecer e supervisionar a execução de § 3º O Presidente do Conselho poderá convidar
políticas e diretrizes gerais do setor de saúde su- Ministros de Estado, bem assim outros represen-
plementar; tantes de órgãos públicos, para participar das reu-
II – aprovar o contrato de gestão da ANS; niões, não lhes sendo permitido o direito de voto.
III – supervisionar e acompanhar as ações e o § 4º O Conselho reunir-se-á sempre que for con-
funcionamento da ANS; vocado por seu Presidente.
IV – fixar diretrizes gerais para implementação § 5º O regimento interno do Consu será apro-
no setor de saúde suplementar sobre: vado por decreto do Presidente da República.
a) aspectos econômico-financeiros; § 6º As atividades de apoio administrativo ao
b) normas de contabilidade, atuariais e estatís- Consu serão prestadas pela ANS.
ticas; § 7º O Presidente da ANS participará, na quali-
c) parâmetros quanto ao capital e ao patrimô- dade de Secretário, das reuniões do Consu. (Artigo
nio líquido mínimos, bem assim quanto às formas acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
de sua subscrição e realização quando se tratar de Art. 35-C. É obrigatória a cobertura do atendi-
sociedade anônima; mento nos casos: (Caput do artigo acrescido pela Medi-
d) critérios de constituição de garantias de da Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001, e com nova reda-
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro, ção dada pela Lei nº 11.935, de 11/5/2009)
consistentes em bens, móveis ou imóveis, ou fun- I – de emergência, como tal definidos os que
dos especiais ou seguros garantidores; implicarem risco imediato de vida ou de lesões
e) criação de fundo, contratação de seguro garan- irreparáveis para o paciente, caracterizado em de-
tidor ou outros instrumentos que julgar adequados, claração do médico assistente; (Inciso acrescido pela
com o objetivo de proteger o consumidor de pla- Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001, e com nova
nos privados de assistência à saúde em caso de in- redação dada pela Lei nº 11.935, de 11/5/2009)
solvência de empresas operadoras; II – de urgência, assim entendidos os resultan-
V – deliberar sobre a criação de câmaras téc- tes de acidentes pessoais ou de complicações no
nicas, de caráter consultivo, de forma a subsidiar processo gestacional; (Inciso acrescido pela Medida
suas decisões. Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001, e com nova redação
Parágrafo único. A ANS fixará as normas sobre dada pela Lei nº 11.935, de 11/5/2009)
as matérias previstas no inciso IV deste artigo, de- III – de planejamento familiar. (Inciso acrescido
vendo adequá-las, se necessário, quando houver pela Lei nº 11.935, de 11/5/2009)
diretrizes gerais estabelecidas pelo Consu. (Artigo Parágrafo único. A ANS fará publicar normas
acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) regulamentares para o disposto neste artigo, ob-
servados os termos de adaptação previstos no
Art. 35-B. O Consu será integrado pelos seguintes art. 35. (Parágrafo único acrescido pela Medida Provisó-
Ministros de Estado: ria nº 2.177-44, de 24/8/2001)
I – Chefe da Casa Civil da Presidência da Repú-
Art. 35-D. As multas a serem aplicadas pela ANS
blica, na qualidade de Presidente;
em decorrência da competência fiscalizadora e
II – da Saúde;
normativa estabelecida nesta Lei e em seus regu-
III – da Fazenda;
lamentos serão recolhidas à conta daquela Agên-
IV – da Justiça; e
cia, até o limite de R$ 1.000.000,00 (um milhão de
V – do Planejamento, Orçamento e Gestão.
reais) por infração, ressalvado o disposto no § 6º
§ 1º O Conselho deliberará mediante resoluções,
do art. 19 desta Lei. (Artigo acrescido pela Medida Pro-
por maioria de votos, cabendo ao Presidente a
visória nº 2.177-44, de 24/8/2001)
prerrogativa de deliberar nos casos de urgência
e relevante interesse, ad referendum dos demais Art. 35-E. (Artigo acrescido pela Medida Provisória
membros. nº 2.177-44, de 24/8/2001, e declarado inconstitucional,
§ 2º Quando deliberar ad referendum do Con- em controle concentrado, pelo Supremo Tribunal Federal,
selho, o Presidente submeterá a decisão ao Co- pela ADI nº 1.931/1998, publicada no DOU de 14/2/2018)
legiado na primeira reunião que se seguir àquela Art. 35-F. A assistência a que alude o art. 1º desta
deliberação. Lei compreende todas as ações necessárias à
60
LEI Nº 9.870, DE 23 DE NOVEMBRO DE 1999
prevenção da doença e à recuperação, manuten- Art. 35-M. As operadoras de produtos de que tra-
ção e reabilitação da saúde, observados os termos tam o inciso I e o § 1º do art. 1º desta Lei pode-
desta Lei e do contrato firmado entre as partes. rão celebrar contratos de resseguro junto às em-
(Artigo acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de presas devidamente autorizadas a operar em tal
24/8/2001) atividade, conforme estabelecido na Lei nº 9.932,
Art. 35-G. Aplicam-se subsidiariamente aos con- de 20 de dezembro de 1999, e regulamentações
tratos entre usuários e operadoras de produtos posteriores. (Artigo acrescido pela Medida Provisória
de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º desta nº 2.177-44, de 24/8/2001)
Lei as disposições da Lei nº 8.078, de 1990. (Artigo Art. 36. Esta Lei entra em vigor noventa dias após
acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) a data de sua publicação.
Art. 35-H. Os expedientes que até esta data foram Brasília, 3 de junho de 1998; 177º da
protocolizados na Susep pelas operadoras de pro- Independência e 110º da República.
dutos de que tratam o inciso I e o § 1º do art. 1º
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
desta Lei e que forem encaminhados à ANS em Renan Calheiros
consequência desta Lei, deverão estar acompa- Pedro Malan
nhados de parecer conclusivo daquela Autarquia. Waldeck Ornélas
José Serra
(Artigo acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de
24/8/2001)
LEI Nº 9.870, DE 23 DE
Art. 35-I. Responderão subsidiariamente pelos di- NOVEMBRO DE 1999
reitos contratuais e legais dos consumidores, pres- (LEI DA MENSALIDADE ESCOLAR)
tadores de serviço e fornecedores, além dos dé- (Publicada no DOU de 24/11/1999)
bitos fiscais e trabalhistas, os bens pessoais dos
Dispõe sobre o valor total das anuidades es-
diretores, administradores, gerentes e membros
colares e dá outras providências.
de conselhos da operadora de plano privado de
assistência à saúde, independentemente da sua O presidente da República
natureza jurídica. (Artigo acrescido pela Medida Provi- Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sória nº 2.177-44, de 24/8/2001) sanciono a seguinte Lei:
Art. 35-J. O diretor técnico ou fiscal ou o liqui- Art. 1º O valor das anuidades ou das semestrali-
dante são obrigados a manter sigilo relativo às in- dades escolares do ensino pré-escolar, fundamen-
formações da operadora às quais tiverem acesso tal, médio e superior, será contratado, nos termos
em razão do exercício do encargo, sob pena de desta Lei, no ato da matrícula ou da sua renovação,
incorrer em improbidade administrativa, sem pre- entre o estabelecimento de ensino e o aluno, o pai
juízo das responsabilidades civis e penais. (Artigo do aluno ou o responsável.
acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) § 1º O valor anual ou semestral referido no
Art. 35-L. Os bens garantidores das provisões téc- caput deste artigo deverá ter como base a última
nicas, fundos e provisões deverão ser registrados parcela da anuidade ou da semestralidade legal-
na ANS e não poderão ser alienados, prometidos a mente fixada no ano anterior, multiplicada pelo
alienar ou, de qualquer forma, gravados sem pré- número de parcelas do período letivo.
via e expressa autorização, sendo nulas, de pleno § 2º (Vetado)
direito, as alienações realizadas ou os gravames § 3º Poderá ser acrescido ao valor total anual
constituídos com violação deste artigo. de que trata o § 1º montante proporcional à va-
Parágrafo único. Quando a garantia recair em riação de custos a título de pessoal e de custeio,
bem imóvel, será obrigatoriamente inscrita no comprovado mediante apresentação de planilha
competente Cartório do Registro Geral de Imóveis, de custo, mesmo quando esta variação resulte da
mediante requerimento firmado pela operadora introdução de aprimoramentos no processo didá-
de plano de assistência à saúde e pela ANS. (Artigo tico-pedagógico. (Parágrafo acrescido pela Medida Pro-
acrescido pela Medida Provisória nº 2.177-44, de 24/8/2001) visória nº 2.173-24, de 23/8/2001)
61
§ 4º A planilha de que trata o § 3º será editada responder às condições desta Lei, o órgão de que
em ato do Poder Executivo. (Parágrafo acrescido pela trata este artigo poderá tomar, dos interessados,
Medida Provisória nº 2.173-24, de 23/8/2001) termo de compromisso, na forma da legislação
§ 5º O valor total, anual ou semestral, apurado vigente.
na forma dos parágrafos precedentes terá vigên-
Art. 5º Os alunos já matriculados, salvo quando
cia por um ano e será dividido em doze ou seis par-
inadimplentes, terão direito à renovação das ma-
celas mensais iguais, facultada a apresentação de
trículas, observado o calendário escolar da institui-
planos de pagamento alternativos, desde que não
ção, o regimento da escola ou cláusula contratual.
excedam ao valor total anual ou semestral apu-
rado na forma dos parágrafos anteriores. (Primitivo Art. 6º São proibidas a suspensão de provas es-
§ 3º renumerado pela Medida Provisória nº 2.173-24, de colares, a retenção de documentos escolares ou
23/8/2001) a aplicação de quaisquer outras penalidades pe-
§ 6º Será nula, não produzindo qualquer efeito, dagógicas por motivo de inadimplemento, sujei-
cláusula contratual de revisão ou reajustamento tando-se o contratante, no que couber, às sanções
do valor das parcelas da anuidade ou semestrali- legais e administrativas, compatíveis com o Có-
dade escolar em prazo inferior a um ano a contar digo de Defesa do Consumidor, e com os arts. 177
da data de sua fixação, salvo quando expressa- e 1.092 do Código Civil Brasileiro, caso a inadim-
mente prevista em lei. (Primitivo § 4º renumerado pela plência perdure por mais de noventa dias.
Medida Provisória nº 2.173-24, de 23/8/2001) § 1º O desligamento do aluno por inadimplên-
§ 7º Será nula cláusula contratual que obrigue o cia somente poderá ocorrer ao final do ano letivo
contratante ao pagamento adicional ou ao forne- ou, no ensino superior, ao final do semestre le-
cimento de qualquer material escolar de uso cole- tivo quando a instituição adotar o regime didático
tivo dos estudantes ou da instituição, necessário à semestral. (Parágrafo acrescido pela Medida Provisória
prestação dos serviços educacionais contratados, nº 2.173-24, de 23/8/2001)
devendo os custos correspondentes ser sempre § 2º Os estabelecimentos de ensino fundamen-
considerados nos cálculos do valor das anuidades tal, médio e superior deverão expedir, a qualquer
ou das semestralidades escolares. (Parágrafo acres-
tempo, os documentos de transferência de seus
cido pela Lei nº 12.886, de 26/11/2013)
alunos, independentemente de sua adimplência
Art. 2º O estabelecimento de ensino deverá divul- ou da adoção de procedimentos legais de cobran-
gar, em local de fácil acesso ao público, o texto da ças judiciais. (Primitivo § 1º renumerado pela Medida Pro-
proposta de contrato, o valor apurado na forma visória nº 2.173-24, de 23/8/2001)
do art. 1º e o número de vagas por sala-classe, no § 3º São asseguradas em estabelecimentos
período mínimo de quarenta e cinco dias antes da públicos de ensino fundamental e médio as ma-
data final para matrícula, conforme calendário e trículas dos alunos, cujos contratos, celebrados
cronograma da instituição de ensino. por seus pais ou responsáveis para a prestação de
Parágrafo único. (Vetado) serviços educacionais, tenham sido suspensos em
Art. 3º (Vetado) virtude de inadimplemento, nos termos do caput
Art. 4º A Secretaria de Direito Econômico do Mi- deste artigo. (Primitivo § 2º renumerado pela Medida Pro-
nistério da Justiça, quando necessário, poderá visória nº 2.173-24, de 23/8/2001)
requerer, nos termos da Lei nº 8.078, de 11 de se- § 4º Na hipótese de os alunos a que se refere
tembro de 1990, e no âmbito de suas atribuições, o § 2º, ou seus pais ou responsáveis, não terem
comprovação documental referente a qualquer providenciado a sua imediata matrícula em outro
cláusula contratual, exceto dos estabelecimen- estabelecimento de sua livre escolha, as Secreta-
tos de ensino que tenham firmado acordo com rias de Educação estaduais e municipais deverão
alunos, pais de alunos ou associações de pais providenciá-la em estabelecimento de ensino
e alunos, devidamente legalizadas, bem como da rede pública, em curso e série corresponden-
quando o valor arbitrado for decorrente da deci- tes aos cursados na escola de origem, de forma
são do mediador. a garantir a continuidade de seus estudos no
Parágrafo único. Quando a documentação apre- mesmo período letivo e a respeitar o disposto no
sentada pelo estabelecimento de ensino não cor- inciso V do art. 53 do Estatuto da Criança e do Ado-
62
LEI Nº 9.870, DE 23 DE NOVEMBRO DE 1999
lescente. (Primitivo § 3º renumerado pela Medida Provi- IV – submeter-se, a qualquer tempo, a auditoria
sória nº 2.173-24, de 23/8/2001) pelo Poder Público;
V – destinar seu patrimônio a outra instituição
Art. 7º São legitimados à propositura das ações
congênere ou ao Poder Público, no caso de encer-
previstas na Lei nº 8.078, de 1990, para a defesa
ramento de suas atividades, promovendo, se ne-
dos direitos assegurados por esta Lei e pela legis-
cessário, a alteração estatutária correspondente;
lação vigente, as associações de alunos, de pais
VI – comprovar, sempre que solicitada pelo
de alunos e responsáveis, sendo indispensável,
órgão competente:
em qualquer caso, o apoio de, pelo menos, vinte
a) a aplicação dos seus excedentes financeiros
por cento dos pais de alunos do estabelecimen-
para os fins da instituição de ensino;
to de ensino ou dos alunos, no caso de ensino su-
b) a não remuneração ou concessão de vanta-
perior.
gens ou benefícios, por qualquer forma ou título, a
Art. 8º O art. 39 da Lei nº 8.078, de 1990, passa a seus instituidores, dirigentes, sócios, conselheiros
vigorar acrescido do seguinte inciso: ou equivalentes.
XIII – aplicar fórmula ou índice de reajuste di- Parágrafo único. A comprovação do disposto
verso do legal ou contratualmente estabelecido. neste artigo é indispensável, para fins de creden-
ciamento e recredenciamento da instituição de
Art. 9º A Lei nº 9.131, de 24 de novembro de 1995,
ensino superior.
passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos:
Art. 7º-C. As entidades mantenedoras de insti-
Art. 7º-A. As pessoas jurídicas de direito privado,
tuições privadas de ensino superior comunitárias,
mantenedoras de instituições de ensino superior,
confessionais e filantrópicas ou constituídas como
previstas no inciso II do art. 19 da Lei nº 9.394, de 20
de dezembro de 1996, poderão assumir qualquer fundações não poderão ter finalidade lucrativa e
das formas admitidas em direito, de natureza civil deverão adotar os preceitos do art. 14 do Código
ou comercial e, quando constituídas como funda- Tributário Nacional e do art. 55 da Lei nº 8.212, de
ções, serão regidas pelo disposto no art. 24 do Có- 24 de julho de 1991, além de atender ao disposto
digo Civil Brasileiro. no art. 7º-B.
Parágrafo único. Quaisquer alterações estatu- Art. 7º-D. As entidades mantenedoras de institui-
tárias na entidade mantenedora, devidamente ções de ensino superior, com finalidade lucrativa,
averbadas pelos órgãos competentes, deverão ser ainda que de natureza civil, deverão elaborar, em
comunicadas ao Ministério da Educação, para as cada exercício social, demonstrações financeiras
devidas providências. atestadas por profissionais competentes.
Art. 7º-B. As entidades mantenedoras de institui- Art. 10. Continuam a produzir efeitos os atos pra-
ções de ensino superior, sem finalidade lucrativa, ticados com base na Medida Provisória nº 1.890-66,
deverão:
de 24 de setembro de 1999, e nas suas antecesso-
I – elaborar e publicar em cada exercício social
ras.
demonstrações financeiras, com o parecer do con-
selho fiscal, ou órgão similar; Art. 11. Esta Lei entra em vigor na data de sua
II – manter escrituração completa e regular de publicação.
todos os livros fiscais, na forma da legislação per- Art. 12. Revogam-se a Lei nº 8.170, de 17 de ja-
tinente, bem como de quaisquer outros atos ou
neiro de 1991; o art. 14 da Lei nº 8.178, de 1º de
operações que venham a modificar sua situação
março de 1991; e a Lei nº 8.747, de 9 de dezembro
patrimonial, em livros revestidos de formalidades
de 1993.
que assegurem a respectiva exatidão;
III – conservar em boa ordem, pelo prazo de cin- Brasília, 23 de novembro de 1999; 178º da
co anos, contado da data de emissão, os documen- Independência e 111º da República.
63
LEI Nº 10.962, DE 11 DE pacidade, massa, volume, comprimento ou área,
OUTUBRO DE 2004 de acordo com a forma habitual de comercializa-
(LEI DE AFIXAÇÃO DE PREÇOS) ção de cada tipo de produto.
(Publicada no DOU de 13/10/2004) Parágrafo único. O disposto neste artigo não se
aplica à comercialização de medicamentos. (Artigo
Dispõe sobre a oferta e as formas de afixa-
ção de preços de produtos e serviços para o acrescido pela Lei nº 13.175, de 21/10/2015)
consumidor. Art. 3º Na impossibilidade de afixação de preços
conforme disposto no art. 2º, é permitido o uso de
O presidente da República
relações de preços dos produtos expostos, bem
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
como dos serviços oferecidos, de forma escrita,
sanciono a seguinte Lei:
clara e acessível ao consumidor.
Art. 1º Esta Lei regula as condições de oferta e
Art. 4º Nos estabelecimentos que utilizem código
afixação de preços de bens e serviços para o con-
de barras para apreçamento, deverão ser ofereci-
sumidor.
dos equipamentos de leitura ótica para consulta
Art. 2º São admitidas as seguintes formas de afi- de preço pelo consumidor, localizados na área de
xação de preços em vendas a varejo para o con- vendas e em outras de fácil acesso.
sumidor: § 1º O regulamento desta Lei definirá, observa-
I – no comércio em geral, por meio de etiquetas dos, dentre outros critérios ou fatores, o tipo e o
ou similares afixados diretamente nos bens expos- tamanho do estabelecimento e a quantidade e a
tos à venda, e em vitrines, mediante divulgação do diversidade dos itens de bens e serviços, a área
preço à vista em caracteres legíveis; máxima que deverá ser atendida por cada leitora
II – em autosserviços, supermercados, hiper- ótica.
mercados, mercearias ou estabelecimentos co- § 2º Para os fins desta Lei, considera-se área
merciais onde o consumidor tenha acesso direto de vendas aquela na qual os consumidores têm
ao produto, sem intervenção do comerciante, me- acesso às mercadorias e serviços oferecidos para
diante a impressão ou afixação do preço do pro- consumo no varejo, dentro do estabelecimento.
duto na embalagem, ou a afixação de código re-
Art. 5º No caso de divergência de preços para o
ferencial, ou ainda, com a afixação de código de mesmo produto entre os sistemas de informação
barras; de preços utilizados pelo estabelecimento, o con-
III – no comércio eletrônico, mediante divulga- sumidor pagará o menor dentre eles.
ção ostensiva do preço à vista, junto à imagem do
Art. 5º-A. O fornecedor deve informar, em local
produto ou descrição do serviço, em caracteres
e formato visíveis ao consumidor, eventuais des-
facilmente legíveis com tamanho de fonte não
contos oferecidos em função do prazo ou do ins-
inferior a doze. (Inciso acrescido pela Lei nº 13.543, de
trumento de pagamento utilizado.
19/12/2017)
Parágrafo único. Aplicam-se às infrações a este
Parágrafo único. Nos casos de utilização de có-
artigo as sanções previstas na Lei nº 8.078, de
digo referencial ou de barras, o comerciante de-
11 de setembro de 1990. (Artigo acrescido pela Lei
verá expor, de forma clara e legível, junto aos itens
nº 13.455, de 26/6/2017)
expostos, informação relativa ao preço à vista do
produto, suas características e código. Art. 6º (Vetado)
Art. 2º-A. Na venda a varejo de produtos fracio- Art. 7º Esta Lei entra em vigor na data de sua pu-
nados em pequenas quantidades, o comerciante blicação.
deverá informar, na etiqueta contendo o preço ou Brasília, 11 de outubro de 2004; 183º da
junto aos itens expostos, além do preço do pro- Independência e 116º da República.
duto à vista, o preço correspondente a uma das LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
seguintes unidades fundamentais de medida: ca- Márcio Thomaz Bastos
64
LEI Nº 12.291, DE 20 DE JULHO DE 2010
LEI Nº 12.291, DE 20 DE JULHO DE 2010 público interno serão regidos por legislação es-
(Publicada no DOU de 21/7/2010) pecífica.
Torna obrigatória a manutenção de exemplar Art. 2º Para os efeitos desta Lei, considera-se:
do Código de Defesa do Consumidor nos es- I – banco de dados: conjunto de dados relativo a
tabelecimentos comerciais e de prestação de pessoa natural ou jurídica armazenados com a fi-
serviços.
nalidade de subsidiar a concessão de crédito, a rea-
O presidente da República lização de venda a prazo ou de outras transações
comerciais e empresariais que impliquem risco fi-
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
nanceiro;
sanciono a seguinte Lei:
II – gestor: pessoa jurídica que atenda aos requi-
Art. 1º São os estabelecimentos comerciais e de sitos mínimos de funcionamento previstos nesta
prestação de serviços obrigados a manter, em Lei e em regulamentação complementar, respon-
local visível e de fácil acesso ao público, 1 (um) sável pela administração de banco de dados, bem
exemplar do Código de Defesa do Consumidor. como pela coleta, pelo armazenamento, pela aná-
Art. 2º O não cumprimento do disposto nesta Lei lise e pelo acesso de terceiros aos dados armaze-
implicará as seguintes penalidades, a serem apli- nados; (Inciso com redação dada pela Lei Complementar
cadas aos infratores pela autoridade administra- nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em
tiva no âmbito de sua atribuição: vigor 91 dias após a publicação)
I – multa no montante de até R$ 1.064,10 (mil e III – cadastrado: pessoa natural ou jurídica cujas
sessenta e quatro reais e dez centavos). informações tenham sido incluídas em banco de
II – (Vetado) dados; (Inciso com redação dada pela Lei Complemen-
tar nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em
III – (Vetado)
vigor 91 dias após a publicação)
Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua pu- IV – fonte: pessoa natural ou jurídica que conce-
blicação. da crédito, administre operações de autofinancia-
Brasília, 20 de julho de 2010; 189º da mento ou realize venda a prazo ou outras transa-
Independência e 122º da República. ções comerciais e empresariais que lhe impliquem
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
risco financeiro, inclusive as instituições autoriza-
Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto das a funcionar pelo Banco Central do Brasil e os
prestadores de serviços continuados de água, es-
LEI Nº 12.414, DE 9 DE JUNHO DE 2011 goto, eletricidade, gás, telecomunicações e asse-
(LEI DO CADASTRO POSITIVO) melhados; (Inciso com redação dada pela Lei Comple-
(Publicada no DOU de 10/6/2011) mentar nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019,
em vigor 91 dias após a publicação)
Disciplina a formação e consulta a bancos
de dados com informações de adimplemen-
V – consulente: pessoa natural ou jurídica que
to, de pessoas naturais ou de pessoas jurídicas, acesse informações em bancos de dados para
para formação de histórico de crédito. qualquer finalidade permitida por esta Lei;
VI – anotação: ação ou efeito de anotar, assina-
A presidenta da República lar, averbar, incluir, inscrever ou registrar informa-
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu ção relativa ao histórico de crédito em banco de
sanciono a seguinte Lei: dados; e
Art. 1º Esta Lei disciplina a formação e consulta VII – histórico de crédito: conjunto de dados
a bancos de dados com informações de adimple- financeiros e de pagamentos, relativos às opera-
mento, de pessoas naturais ou de pessoas jurídi- ções de crédito e obrigações de pagamento adim-
cas, para formação de histórico de crédito, sem plidas ou em andamento por pessoa natural ou
prejuízo do disposto na Lei nº 8.078, de 11 de se- jurídica. (Inciso com redação dada pela Lei Complemen-
tembro de 1990 (Código de Proteção e Defesa do tar nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em
Parágrafo único. Os bancos de dados instituí- Art. 3º Os bancos de dados poderão conter infor-
dos ou mantidos por pessoas jurídicas de direito mações de adimplemento do cadastrado, para a
65
formação do histórico de crédito, nas condições a) a nota ou pontuação de crédito elaborada
estabelecidas nesta Lei. com base nas informações de adimplemento ar-
§ 1º Para a formação do banco de dados, so- mazenadas; e
mente poderão ser armazenadas informações ob- b) o histórico de crédito, mediante prévia auto-
jetivas, claras, verdadeiras e de fácil compreensão, rização específica do cadastrado. (Inciso acrescido
que sejam necessárias para avaliar a situação eco- pela Lei Complementar nº 166, de 8/4/2019, publicada no
DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias após a publicação)
nômica do cadastrado.
§ 1º (Revogado pela Lei Complementar nº 166, de
§ 2º Para os fins do disposto no § 1º, conside-
8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias
ram-se informações:
após a publicação)
I – objetivas: aquelas descritivas dos fatos e que
§ 2º (Revogado pela Lei Complementar nº 166, de
não envolvam juízo de valor;
8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias
II – claras: aquelas que possibilitem o imediato
após a publicação)
entendimento do cadastrado independentemente § 3º (Vetado)
de remissão a anexos, fórmulas, siglas, símbolos, § 4º A comunicação ao cadastrado deve:
termos técnicos ou nomenclatura específica; I – ocorrer em até 30 (trinta) dias após a aber-
III – verdadeiras: aquelas exatas, completas e tura do cadastro no banco de dados, sem custo
sujeitas à comprovação nos termos desta Lei; e para o cadastrado;
IV – de fácil compreensão: aquelas em sentido II – ser realizada pelo gestor, diretamente ou por
comum que assegurem ao cadastrado o pleno co- intermédio de fontes; e
nhecimento do conteúdo, do sentido e do alcance III – informar de maneira clara e objetiva os ca-
dos dados sobre ele anotados. nais disponíveis para o cancelamento do cadas-
§ 3º Ficam proibidas as anotações de: tro no banco de dados. (Parágrafo acrescido pela Lei
I – informações excessivas, assim consideradas Complementar nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU de
aquelas que não estiverem vinculadas à análise 9/4/2019, em vigor 91 dias após a publicação)
jurídicas; (Inciso acrescido pela Lei Complementar nº 166, § 7º As informações do cadastrado somente po-
derão ser disponibilizadas a consulentes 60 (ses-
de 8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor
senta) dias após a abertura do cadastro, obser-
91 dias após a publicação)
vado o disposto no § 8º deste artigo e no art. 15
II – fazer anotações no cadastro de que trata o
desta Lei. (Parágrafo acrescido pela Lei Complementar
inciso I do caput deste artigo; (Inciso acrescido pela
nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em
Lei Complementar nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU
vigor 91 dias após a publicação)
de 9/4/2019, em vigor 91 dias após a publicação)
§ 8º É obrigação do gestor manter procedi-
III – compartilhar as informações cadastrais e mentos adequados para comprovar a autentici-
de adimplemento armazenadas com outros ban- dade e a validade da autorização de que trata a
cos de dados; e (Inciso acrescido pela Lei Complemen- alínea b do inciso IV do caput deste artigo. (Pará-
tar nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em grafo acrescido pela Lei Complementar nº 166, de 8/4/2019,
vigor 91 dias após a publicação) publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias após a pu-
IV – disponibilizar a consulentes: blicação)
66
LEI Nº 12.414, DE 9 DE JUNHO DE 2011
Art. 5º São direitos do cadastrado: tor de banco de dados, por meio telefônico, físico
I – obter o cancelamento ou a reabertura do ca- e eletrônico. (Parágrafo acrescido pela Lei Complemen-
dastro, quando solicitado; (Inciso com redação dada tar nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em
pela Lei Complementar nº 166, de 8/4/2019, publicada no vigor 91 dias após a publicação)
DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias após a publicação) § 6º O gestor que receber a solicitação de que
II – acessar gratuitamente, independentemente trata o § 4º deste artigo é obrigado a, no prazo de
de justificativa, as informações sobre ele existen- até 2 (dois) dias úteis:
tes no banco de dados, inclusive seu histórico e I – encerrar ou reabrir o cadastro, conforme so-
sua nota ou pontuação de crédito, cabendo ao licitado; e
gestor manter sistemas seguros, por telefone ou II – transmitir a solicitação aos demais gestores,
por meio eletrônico, de consulta às informações que devem também atender, no mesmo prazo, à
pelo cadastrado; (Inciso com redação dada pela Lei solicitação do cadastrado. (Parágrafo acrescido pela
Complementar nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU de Lei Complementar nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU
9/4/2019, em vigor 91 dias após a publicação) de 9/4/2019, em vigor 91 dias após a publicação)
III – solicitar a impugnação de qualquer infor- § 7º O gestor deve proceder automaticamente
mação sobre ele erroneamente anotada em banco ao cancelamento de pessoa natural ou jurídica
de dados e ter, em até 10 (dez) dias, sua corre- que tenha manifestado previamente, por meio
ção ou seu cancelamento em todos os bancos telefônico, físico ou eletrônico, a vontade de não
de dados que compartilharam a informação; (In- ter aberto seu cadastro. (Parágrafo acrescido pela Lei
ciso com redação dada pela Lei Complementar nº 166, de Complementar nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU de
8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias 9/4/2019, em vigor 91 dias após a publicação)
após a publicação) § 8º O cancelamento de cadastro implica a im-
IV – conhecer os principais elementos e critérios possibilidade de uso das informações do histórico
considerados para a análise de risco, resguardado de crédito pelos gestores, para os fins previstos
o segredo empresarial; nesta Lei, inclusive para a composição de nota ou
V – ser informado previamente sobre a iden- pontuação de crédito de terceiros cadastrados, na
tidade do gestor e sobre o armazenamento e o forma do art. 7º-A desta Lei. (Parágrafo acrescido pela
objetivo do tratamento dos dados pessoais; (In-
Lei Complementar nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU
ciso com redação dada pela Lei Complementar nº 166, de
de 9/4/2019, em vigor 91 dias após a publicação)
8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias
após a publicação) Art. 6º Ficam os gestores de bancos de dados
VI – solicitar ao consulente a revisão de decisão obrigados, quando solicitados, a fornecer ao ca-
realizada exclusivamente por meios automatiza- dastrado:
dos; e I – todas as informações sobre ele constantes de
VII – ter os seus dados pessoais utilizados so- seus arquivos, no momento da solicitação;
mente de acordo com a finalidade para a qual eles II – indicação das fontes relativas às informa-
foram coletados. ções de que trata o inciso I, incluindo endereço e
§ 1º (Vetado) telefone para contato;
§ 2º (Vetado) III – indicação dos gestores de bancos de dados
§ 3º O prazo para disponibilização das informa- com os quais as informações foram compartilha-
ções de que tratam os incisos II e IV do caput deste das;
artigo será de 10 (dez) dias. (Parágrafo acrescido pela IV – indicação de todos os consulentes que tive-
Lei Complementar nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU ram acesso a qualquer informação sobre ele nos
de 9/4/2019, em vigor 91 dias após a publicação) 6 (seis) meses anteriores à solicitação; (Inciso com
§ 4º O cancelamento e a reabertura de cadastro redação dada pela Lei Complementar nº 166, de 8/4/2019,
somente serão processados mediante solicitação publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias após a pu-
gratuita do cadastrado ao gestor. (Parágrafo acres- blicação)
cido pela Lei Complementar nº 166, de 8/4/2019, publicada V – cópia de texto com o sumário dos seus direi-
no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias após a publicação) tos, definidos em lei ou em normas infralegais per-
§ 5º O cadastrado poderá realizar a solicitação tinentes à sua relação com gestores, bem como a
de que trata o § 4º deste artigo a qualquer ges- lista dos órgãos governamentais aos quais poderá
67
ele recorrer, caso considere que esses direitos § 2º A transparência da política de coleta e utili-
foram infringidos; e (Inciso com redação dada pela Lei zação de dados pessoais de que trata o § 1º deste
Complementar nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU de artigo deve ser objeto de verificação, na forma
9/4/2019, em vigor 91 dias após a publicação) de regulamentação a ser expedida pelo Poder
VI – confirmação de cancelamento do cadas- Executivo. (Artigo acrescido pela Lei Complementar
tro. (Inciso acrescido pela Lei Complementar nº 166, de nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em
8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias vigor 91 dias após a publicação)
após a publicação)
Art. 8º São obrigações das fontes:
§ 1º É vedado aos gestores de bancos de dados I – (Revogado pela Lei Complementar nº 166, de
estabelecerem políticas ou realizarem operações 8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias
que impeçam, limitem ou dificultem o acesso do após a publicação)
cadastrado previsto no inciso II do art. 5º. II – (Revogado pela Lei Complementar nº 166, de
§ 2º O prazo para atendimento das informações 8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias
de que tratam os incisos II, III, IV e V do caput deste após a publicação)
artigo será de 10 (dez) dias. (Parágrafo com redação III – verificar e confirmar, ou corrigir, em prazo
dada pela Lei Complementar nº 166, de 8/4/2019, publicada
não superior a 2 (dois) dias úteis, informação im-
no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias após a publicação)
pugnada, sempre que solicitado por gestor de
Art. 7º As informações disponibilizadas nos ban- banco de dados ou diretamente pelo cadastrado;
cos de dados somente poderão ser utilizadas para: IV – atualizar e corrigir informações enviadas
I – realização de análise de risco de crédito do aos gestores, em prazo não superior a 10 (dez)
cadastrado; ou dias; (Inciso com redação dada pela Lei Complementar
II – subsidiar a concessão ou extensão de cré- nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em
dito e a realização de venda a prazo ou outras tran- vigor 91 dias após a publicação)
sações comerciais e empresariais que impliquem V – manter os registros adequados para verifi-
risco financeiro ao consulente. car informações enviadas aos gestores de bancos
Parágrafo único. Cabe ao gestor manter siste- de dados; e
mas seguros, por telefone ou por meio eletrônico, VI – fornecer informações sobre o cadastrado,
de consulta para informar aos consulentes as in- em bases não discriminatórias, a todos os ges-
formações de adimplemento do cadastrado. tores de bancos de dados que as solicitarem, no
Art. 7º-A. Nos elementos e critérios considerados mesmo formato e contendo as mesmas informa-
para composição da nota ou pontuação de crédito ções fornecidas a outros bancos de dados.
de pessoa cadastrada em banco de dados de que Parágrafo único. É vedado às fontes estabele-
trata esta Lei, não podem ser utilizadas informa- cer políticas ou realizar operações que impeçam,
ções: limitem ou dificultem a transmissão a banco de
I – que não estiverem vinculadas à análise de dados de informações de cadastrados. (Parágrafo
único com redação dada pela Lei Complementar nº 166, de
risco de crédito e aquelas relacionadas à origem
8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias
social e étnica, à saúde, à informação genética,
após a publicação)
ao sexo e às convicções políticas, religiosas e fi-
losóficas; Art. 9º O compartilhamento de informações de
II – de pessoas que não tenham com o cadas- adimplemento entre gestores é permitido na for-
trado relação de parentesco de primeiro grau ou ma do inciso III do caput do art. 4º desta Lei. (Caput
de dependência econômica; e do artigo com redação dada pela Lei Complementar nº 166,
III – relacionadas ao exercício regular de direito de 8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor
pelo cadastrado, previsto no inciso II do caput do 91 dias após a publicação)
art. 5º desta Lei. § 1º O gestor que receber informação por meio
§ 1º O gestor de banco de dados deve disponibi- de compartilhamento equipara-se, para todos os
lizar em seu sítio eletrônico, de forma clara, acessí- efeitos desta Lei, ao gestor que anotou originaria-
vel e de fácil compreensão, a sua política de coleta mente a informação, inclusive quanto à responsa-
e utilização de dados pessoais para fins de elabo- bilidade por eventuais prejuízos a que der causa
ração de análise de risco de crédito. e ao dever de receber e processar impugnações
68
LEI Nº 12.414, DE 9 DE JUNHO DE 2011
ou cancelamentos e realizar retificações. (Parágra- na forma deste artigo. (Parágrafo acrescido pela Lei
fo com redação dada pela Lei Complementar nº 166, de Complementar nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU de
8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias 9/4/2019, em vigor 91 dias após a publicação)
após a publicação) § 5º As infrações à regulamentação de que tra-
§ 2º O gestor originário é responsável por man- ta o § 3º deste artigo sujeitam o gestor ao cancela-
ter atualizadas as informações cadastrais nos mento do seu registro no Banco Central do Brasil,
demais bancos de dados com os quais compar- assegurado o devido processo legal, na forma da
tilhou informações, sem nenhum ônus para o ca- Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999. (Parágrafo
dastrado. (Parágrafo com redação dada pela Lei Comple- acrescido pela Lei Complementar nº 166, de 8/4/2019, pu-
mentar nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, blicada no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias após a pu-
em vigor 91 dias após a publicação) blicação)
§ 3º (Revogado pela Lei Complementar nº 166, de § 6º O órgão administrativo competente poderá
8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias requerer aos gestores, na forma e no prazo que
após a publicação) estabelecer, as informações necessárias para o
§ 4º O gestor deverá assegurar, sob pena de res- desempenho das atribuições de que trata este ar-
ponsabilidade, a identificação da pessoa que pro- tigo. (Parágrafo acrescido pela Lei Complementar nº 166,
mover qualquer inscrição ou atualização de dados de 8/4/2019)
relacionados com o cadastrado, registrando a § 7º Os gestores não se sujeitam à legislação
data desta ocorrência, bem como a identificação aplicável às instituições financeiras e às demais
exata da fonte, do nome do agente que a efetuou instituições autorizadas a funcionar pelo Banco
e do equipamento ou terminal a partir do qual foi Central do Brasil, inclusive quanto às disposições
processada tal ocorrência. sobre processo administrativo sancionador, re-
Art. 10. É proibido ao gestor exigir exclusividade gime de administração especial temporária, inter-
das fontes de informações. venção e liquidação extrajudicial. (Parágrafo acres-
cido pela Lei Complementar nº 166, de 8/4/2019, publicada
Art. 11. (Revogado pela Lei Complementar nº 166, de
no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias após a publicação)
8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias
após a publicação) § 8º O disposto neste artigo não afasta a aplica-
ção pelos órgãos integrantes do Sistema Nacio-
Art. 12. As instituições autorizadas a funcionar
nal de Defesa do Consumidor (SNDC), na forma
pelo Banco Central do Brasil fornecerão as infor-
do art. 17 desta Lei, das penalidades cabíveis por
mações relativas a suas operações de crédito, de
violação das normas de proteção do consumidor.
arrendamento mercantil e de autofinanciamento
(Parágrafo acrescido pela Lei Complementar nº 166, de
realizadas por meio de grupos de consórcio e a ou-
8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias
tras operações com características de concessão
após a publicação)
de crédito somente aos gestores registrados no
Banco Central do Brasil. (Caput do artigo com redação Art. 13. O Poder Executivo regulamentará o dis-
dada pela Lei Complementar nº 166, de 8/4/2019) posto nesta Lei, em especial quanto: (Caput do ar-
§ 1º (Revogado pela Lei Complementar nº 166, de tigo com redação dada pela Lei Complementar nº 166, de
8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias 8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias
após a publicação) após a publicação)
§ 2º (Revogado pela Lei Complementar nº 166, de I – ao uso, à guarda, ao escopo e ao compar-
8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias tilhamento das informações recebidas por ban-
após a publicação) cos de dados; (Inciso acrescido pela Lei Complementar
§ 3º O Conselho Monetário Nacional adotará as nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em
medidas e normas complementares necessárias vigor 91 dias após a publicação)
para a aplicação do disposto neste artigo. II – aos procedimentos aplicáveis aos gestores
§ 4º O compartilhamento de que trata o inciso III de banco de dados na hipótese de vazamento de
do caput do art. 4º desta Lei, quando referente a informações dos cadastrados, inclusive com rela-
informações provenientes de instituições auto- ção à comunicação aos órgãos responsáveis pela
rizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil, sua fiscalização, nos termos do § 1º do art. 17
deverá ocorrer apenas entre gestores registrados desta Lei; e (Inciso acrescido pela Lei Complementar
69
nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código
vigor 91 dias após a publicação) de Proteção e Defesa do Consumidor). (Artigo acres-
III – ao disposto nos arts. 5º e 7º-A desta Lei. (In- cido pela Lei Complementar nº 166, de 8/4/2019, publicada
ciso acrescido pela Lei Complementar nº 166, de 8/4/2019, no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias após a publicação)
publicada no DOU de 9/4/2019, em vigor 91 dias após a
Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua
publicação)
publicação.
Art. 14. As informações de adimplemento não
Brasília, 9 de junho de 2011; 190º da
poderão constar de bancos de dados por período Independência e 123º da República.
superior a 15 (quinze) anos.
DILMA ROUSSEFF
Art. 15. As informações sobre o cadastrado cons- José Eduardo Cardozo
tantes dos bancos de dados somente poderão ser Guido Mantega
acessadas por consulentes que com ele mantive-
rem ou pretenderem manter relação comercial ou LEI Nº 12.529, DE 30 DE
creditícia. NOVEMBRO DE 2011
Art. 16. O banco de dados, a fonte e o consu- (LEI DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA DE 2011)
lente são responsáveis, objetiva e solidariamente, (Publicada no DOU de 1º/12/2011)
pelos danos materiais e morais que causarem ao Estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da
cadastrado, nos termos da Lei nº 8.078, de 11 de Concorrência; dispõe sobre a prevenção e
setembro de 1990 (Código de Proteção e Defesa repressão às infrações contra a ordem econô-
do Consumidor). (Artigo com redação dada pela Lei mica; altera a Lei nº 8.137, de 27 de dezembro
de 1990, o Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outu-
Complementar nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU de
bro de 1941 (Código de Processo Penal), e a
9/4/2019, em vigor 91 dias após a publicação)
Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985; revoga
Art. 17. Nas situações em que o cadastrado for con- dispositivos da Lei nº 8.884, de 11 de junho de
sumidor, caracterizado conforme a Lei nº 8.078, de 1994, e a Lei nº 9.781, de 19 de janeiro de 1999;
e dá outras providências.
11 de setembro de 1990 (Código de Proteção e De-
fesa do Consumidor), aplicam-se as sanções e pe- A presidenta da República
nas nela previstas e o disposto no § 2º. Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
§ 1º Nos casos previstos no caput, a fiscalização
sanciono a seguinte Lei:
e a aplicação das sanções serão exercidas concor-
rentemente pelos órgãos de proteção e defesa do TÍTULO I
consumidor da União, dos Estados, do Distrito Fe- DISPOSIÇÕES GERAIS
deral e dos Municípios, nas respectivas áreas de CAPÍTULO I
atuação administrativa. DA FINALIDADE
§ 2º Sem prejuízo do disposto no caput e no § 1º Art. 1º Esta Lei estrutura o Sistema Brasileiro de
deste artigo, os órgãos de proteção e defesa do
Defesa da Concorrência (SBDC) e dispõe sobre
consumidor poderão aplicar medidas corretivas
a prevenção e a repressão às infrações contra a
e estabelecer aos bancos de dados que descum-
ordem econômica, orientada pelos ditames cons-
prirem o previsto nesta Lei a obrigação de excluir
titucionais de liberdade de iniciativa, livre concor-
do cadastro informações incorretas, no prazo de
rência, função social da propriedade, defesa dos
10 (dez) dias, bem como de cancelar os cadastros
consumidores e repressão ao abuso do poder
de pessoas que solicitaram o cancelamento, con-
econômico.
forme disposto no inciso I do caput do art. 5º desta
Parágrafo único. A coletividade é a titular dos
Lei. (Parágrafo com redação dada pela Lei Complemen-
bens jurídicos protegidos por esta Lei.
tar nº 166, de 8/4/2019, publicada no DOU de 9/4/2019, em
vigor 91 dias após a publicação) CAPÍTULO II
DA TERRITORIALIDADE
Art. 17-A. A quebra do sigilo previsto na Lei Com-
plementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001, su- Art. 2º Aplica-se esta Lei, sem prejuízo de con-
jeita os responsáveis às penalidades previstas no venções e tratados de que seja signatário o Brasil,
art. 10 da referida Lei, sem prejuízo do disposto na às práticas cometidas no todo ou em parte no
70
LEI Nº 12.529, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2011
território nacional ou que nele produzam ou pos- § 1º O mandato do Presidente e dos Conselhei-
sam produzir efeitos. ros é de 4 (quatro) anos, não coincidentes, vedada
§ 1º Reputa-se domiciliada no território nacio- a recondução.
nal a empresa estrangeira que opere ou tenha no § 2º Os cargos de Presidente e de Conselheiro
Brasil filial, agência, sucursal, escritório, estabe- são de dedicação exclusiva, não se admitindo
lecimento, agente ou representante. qualquer acumulação, salvo as constitucional-
§ 2º A empresa estrangeira será notificada e inti- mente permitidas.
mada de todos os atos processuais previstos nesta § 3º No caso de renúncia, morte, impedimento,
Lei, independentemente de procuração ou de dis- falta ou perda de mandato do Presidente do Tribu-
posição contratual ou estatutária, na pessoa do nal, assumirá o Conselheiro mais antigo no cargo
agente ou representante ou pessoa responsável ou o mais idoso, nessa ordem, até nova nomeação,
por sua filial, agência, sucursal, estabelecimento sem prejuízo de suas atribuições.
ou escritório instalado no Brasil. § 4º No caso de renúncia, morte ou perda de
mandato de Conselheiro, proceder-se-á a nova no-
TÍTULO II
meação, para completar o mandato do substituído.
DO SISTEMA BRASILEIRO DE
DEFESA DA CONCORRÊNCIA § 5º Se, nas hipóteses previstas no § 4º deste ar-
tigo, ou no caso de encerramento de mandato dos
CAPÍTULO I Conselheiros, a composição do Tribunal ficar redu-
DA COMPOSIÇÃO
zida a número inferior ao estabelecido no § 1º do
Art. 3º O SBDC é formado pelo Conselho Adminis- art. 9º desta Lei, considerar-se-ão automaticamen-
trativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Secreta- te suspensos os prazos previstos nesta Lei, e sus-
ria de Acompanhamento Econômico do Ministério pensa a tramitação de processos, continuando-se
da Fazenda, com as atribuições previstas nesta Lei. a contagem imediatamente após a recomposição
CAPÍTULO II do quorum.
DO CONSELHO ADMINISTRATIVO Art. 7º A perda de mandato do Presidente ou dos
DE DEFESA ECONÔMICA (CADE)
Conselheiros do Cade só poderá ocorrer em vir-
Art. 4º O Cade é entidade judicante com jurisdi- tude de decisão do Senado Federal, por provoca-
ção em todo o território nacional, que se consti- ção do Presidente da República, ou em razão de
tui em autarquia federal, vinculada ao Ministério condenação penal irrecorrível por crime doloso,
da Justiça, com sede e foro no Distrito Federal, e ou de processo disciplinar de conformidade com
competências previstas nesta Lei. o que prevê a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de
1990, e a Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, e por
Seção I
Da Estrutura Organizacional do Cade infringência de quaisquer das vedações previstas
no art. 8º desta Lei.
Art. 5º O Cade é constituído pelos seguintes ór- Parágrafo único. Também perderá o mandato,
gãos: automaticamente, o membro do Tribunal que fal-
I – Tribunal Administrativo de Defesa Econô- tar a 3 (três) reuniões ordinárias consecutivas, ou
mica; 20 (vinte) intercaladas, ressalvados os afastamen-
II – Superintendência-Geral; e tos temporários autorizados pelo Plenário.
III – Departamento de Estudos Econômicos.
Art. 8º Ao Presidente e aos Conselheiros é vedado:
Seção II I – receber, a qualquer título, e sob qualquer
Do Tribunal Administrativo pretexto, honorários, percentagens ou custas;
de Defesa Econômica
II – exercer profissão liberal;
Art. 6º O Tribunal Administrativo, órgão judicante, III – participar, na forma de controlador, dire-
tem como membros um Presidente e seis Conse- tor, administrador, gerente, preposto ou manda-
lheiros escolhidos dentre cidadãos com mais de tário, de sociedade civil, comercial ou empresas
30 (trinta) anos de idade, de notório saber jurídico de qualquer espécie;
ou econômico e reputação ilibada, nomeados IV – emitir parecer sobre matéria de sua espe-
pelo Presidente da República, depois de aprova- cialização, ainda que em tese, ou funcionar como
dos pelo Senado Federal. consultor de qualquer tipo de empresa;
71
V – manifestar, por qualquer meio de comuni- VIII – requisitar dos órgãos e entidades da ad-
cação, opinião sobre processo pendente de jul- ministração pública federal e requerer às autori-
gamento, ou juízo depreciativo sobre despachos, dades dos Estados, Municípios, do Distrito Federal
votos ou sentenças de órgãos judiciais, ressalvada e dos Territórios as medidas necessárias ao cum-
a crítica nos autos, em obras técnicas ou no exer- primento desta Lei;
cício do magistério; e IX – contratar a realização de exames, vistorias
VI – exercer atividade político-partidária. e estudos, aprovando, em cada caso, os respecti-
§ 1º É vedado ao Presidente e aos Conselheiros, vos honorários profissionais e demais despesas
por um período de 120 (cento e vinte) dias, con- de processo, que deverão ser pagas pela empresa,
tado da data em que deixar o cargo, representar se vier a ser punida nos termos desta Lei;
qualquer pessoa, física ou jurídica, ou interesse X – apreciar processos administrativos de atos
perante o SBDC, ressalvada a defesa de direito de concentração econômica, na forma desta Lei, fi-
próprio. xando, quando entender conveniente e oportuno,
acordos em controle de atos de concentração;
§ 2º Durante o período mencionado no § 1º deste
XI – determinar à Superintendência-Geral que
artigo, o Presidente e os Conselheiros receberão
adote as medidas administrativas necessárias à
a mesma remuneração do cargo que ocupavam.
execução e fiel cumprimento de suas decisões;
§ 3º Incorre na prática de advocacia administra-
XII – requisitar serviços e pessoal de quaisquer
tiva, sujeitando-se à pena prevista no art. 321 do
órgãos e entidades do Poder Público Federal;
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
XIII – requerer à Procuradoria Federal junto ao
(Código Penal), o ex-presidente ou ex-conselheiro
Cade a adoção de providências administrativas e
que violar o impedimento previsto no § 1º deste
judiciais;
artigo.
XIV – instruir o público sobre as formas de infra-
§ 4º É vedado, a qualquer tempo, ao Presidente
ção da ordem econômica;
e aos Conselheiros utilizar informações privilegia- XV – elaborar e aprovar regimento interno do
das obtidas em decorrência do cargo exercido. Cade, dispondo sobre seu funcionamento, forma
Subseção I das deliberações, normas de procedimento e or-
Da Competência do Plenário do Tribunal ganização de seus serviços internos;
XVI – propor a estrutura do quadro de pessoal
Art. 9º Compete ao Plenário do Tribunal, dentre
do Cade, observado o disposto no inciso II do
outras atribuições previstas nesta Lei:
caput do art. 37 da Constituição Federal;
I – zelar pela observância desta Lei e seu regu-
XVII – elaborar proposta orçamentária nos ter-
lamento e do regimento interno;
mos desta Lei;
II – decidir sobre a existência de infração à
XVIII – requisitar informações de quaisquer pes-
ordem econômica e aplicar as penalidades pre-
soas, órgãos, autoridades e entidades públicas ou
vistas em lei;
privadas, respeitando e mantendo o sigilo legal
III – decidir os processos administrativos para
quando for o caso, bem como determinar as di-
imposição de sanções administrativas por infra-
ligências que se fizerem necessárias ao exercício
ções à ordem econômica instaurados pela Supe- das suas funções; e
rintendência-Geral; XIX – decidir pelo cumprimento das decisões,
IV – ordenar providências que conduzam à ces- compromissos e acordos.
sação de infração à ordem econômica, dentro do § 1º As decisões do Tribunal serão tomadas por
prazo que determinar; maioria, com a presença mínima de 4 (quatro)
V – aprovar os termos do compromisso de ces- membros, sendo o quorum de deliberação mí-
sação de prática e do acordo em controle de con- nimo de 3 (três) membros.
centrações, bem como determinar à Superinten- § 2º As decisões do Tribunal não comportam
dência-Geral que fiscalize seu cumprimento; revisão no âmbito do Poder Executivo, promo-
VI – apreciar, em grau de recurso, as medidas vendo-se, de imediato, sua execução e comuni-
preventivas adotadas pelo Conselheiro-Relator ou cando-se, em seguida, ao Ministério Público, para
pela Superintendência-Geral; as demais medidas legais cabíveis no âmbito de
VII – intimar os interessados de suas decisões; suas atribuições.
72
LEI Nº 12.529, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2011
Conselho observar as mesmas restrições de sigilo III – requerer à Procuradoria Federal junto ao
eventualmente estabelecidas nos procedimentos Cade as providências judiciais relativas ao exercí-
de origem; cio das competências da Superintendência-Geral;
VII – recorrer de ofício ao Tribunal quando deci- IV – determinar ao Economista-Chefe a elabo-
dir pelo arquivamento de processo administrativo ração de estudos e pareceres;
para imposição de sanções administrativas por in- V – ordenar despesas referentes à unidade ges-
frações à ordem econômica; tora da Superintendência-Geral; e
VIII – remeter ao Tribunal, para julgamento, os VI – exercer outras atribuições previstas em lei.
processos administrativos que instaurar, quando
Seção IV
entender configurada infração da ordem econô-
Da Procuradoria Federal junto ao Cade
mica;
IX – propor termo de compromisso de cessação Art. 15. Funcionará junto ao Cade Procuradoria
de prática por infração à ordem econômica, sub- Federal Especializada, competindo-lhe:
metendo-o à aprovação do Tribunal, e fiscalizar o I – prestar consultoria e assessoramento jurí-
seu cumprimento; dico ao Cade;
X – sugerir ao Tribunal condições para a cele- II – representar o Cade judicial e extrajudicial-
bração de acordo em controle de concentrações mente;
e fiscalizar o seu cumprimento; III – promover a execução judicial das decisões
XI – adotar medidas preventivas que conduzam e julgados do Cade;
à cessação de prática que constitua infração da IV – proceder à apuração da liquidez dos crédi-
ordem econômica, fixando prazo para seu cum- tos do Cade, inscrevendo-os em dívida ativa para
primento e o valor da multa diária a ser aplicada, fins de cobrança administrativa ou judicial;
no caso de descumprimento; V – tomar as medidas judiciais solicitadas pelo
XII – receber, instruir e aprovar ou impugnar Tribunal ou pela Superintendência-Geral, necessá-
perante o Tribunal os processos administrativos rias à cessação de infrações da ordem econômica
para análise de ato de concentração econômica; ou à obtenção de documentos para a instrução de
XIII – orientar os órgãos e entidades da admi- processos administrativos de qualquer natureza;
nistração pública quanto à adoção de medidas VI – promover acordos judiciais nos processos
necessárias ao cumprimento desta Lei; relativos a infrações contra a ordem econômica,
XIV – desenvolver estudos e pesquisas objeti- mediante autorização do Tribunal;
vando orientar a política de prevenção de infra- VII – emitir, sempre que solicitado expressa-
ções da ordem econômica; mente por Conselheiro ou pelo Superintendente-
XV – instruir o público sobre as diversas formas -Geral, parecer nos processos de competência do
de infração da ordem econômica e os modos de Cade, sem que tal determinação implique a sus-
sua prevenção e repressão; pensão do prazo de análise ou prejuízo à tramita-
XVI – exercer outras atribuições previstas em lei; ção normal do processo;
XVII – prestar ao Poder Judiciário, sempre que VIII – zelar pelo cumprimento desta Lei; e
solicitado, todas as informações sobre andamento IX – desincumbir-se das demais tarefas que lhe
das investigações, podendo, inclusive, fornecer sejam atribuídas pelo regimento interno.
cópias dos autos para instruir ações judiciais; e Parágrafo único. Compete à Procuradoria Fe-
XVIII – adotar as medidas administrativas neces- deral junto ao Cade, ao dar execução judicial às
sárias à execução e ao cumprimento das decisões decisões da Superintendência-Geral e do Tribunal,
do Plenário. manter o Presidente do Tribunal, os Conselheiros
e o Superintendente-Geral informados sobre o an-
Art. 14. São atribuições do Superintendente-
damento das ações e medidas judiciais.
-Geral:
I – participar, quando entender necessário, sem Art. 16. O Procurador-Chefe será nomeado pelo
direito a voto, das reuniões do Tribunal e proferir Presidente da República, depois de aprovado
sustentação oral, na forma do regimento interno; pelo Senado Federal, dentre cidadãos brasileiros
II – cumprir e fazer cumprir as decisões do Tri- com mais de 30 (trinta) anos de idade, de notório
bunal na forma determinada pelo seu Presidente; conhecimento jurídico e reputação ilibada.
75
§ 1º O Procurador-Chefe terá mandato de 2 (dois) pelas agências reguladoras e, quando entender
anos, permitida sua recondução para um único pertinente, sobre os pedidos de revisão de tarifas
período. e as minutas;
§ 2º O Procurador-Chefe poderá participar, sem II – opinar, quando considerar pertinente, sobre
direito a voto, das reuniões do Tribunal, prestan- minutas de atos normativos elaborados por qual-
do assistência e esclarecimentos, quando requisi- quer entidade pública ou privada submetidos à
tado pelos Conselheiros, na forma do Regimento consulta pública, nos aspectos referentes à pro-
Interno do Tribunal. moção da concorrência;
§ 3º Aplicam-se ao Procurador-Chefe as mes- III – opinar, quando considerar pertinente, so-
mas normas de impedimento aplicáveis aos Con- bre proposições legislativas em tramitação no
selheiros do Tribunal, exceto quanto ao compare- Congresso Nacional, nos aspectos referentes à
cimento às sessões. promoção da concorrência;
§ 4º Nos casos de faltas, afastamento temporá- IV – elaborar estudos avaliando a situação con-
rio ou impedimento do Procurador-Chefe, o Ple- correncial de setores específicos da atividade
nário indicará e o Presidente do Tribunal desig- econômica nacional, de ofício ou quando solici-
nará o substituto eventual dentre os integrantes tada pelo Cade, pela Câmara de Comércio Exterior
da Procuradoria Federal Especializada. ou pelo Departamento de Proteção e Defesa do
Seção V Consumidor do Ministério da Justiça ou órgão que
Do Departamento de Estudos Econômicos vier a sucedê-lo;
V – elaborar estudos setoriais que sirvam de in-
Art. 17. O Cade terá um Departamento de Estudos
sumo para a participação do Ministério da Fazenda
Econômicos, dirigido por um Economista-Chefe,
na formulação de políticas públicas setoriais nos
a quem incumbirá elaborar estudos e pareceres
fóruns em que este Ministério tem assento;
econômicos, de ofício ou por solicitação do Plená-
VI – propor a revisão de leis, regulamentos e
rio, do Presidente, do Conselheiro-Relator ou do
outros atos normativos da administração pública
Superintendente-Geral, zelando pelo rigor e atua-
federal, estadual, municipal e do Distrito Federal
lização técnica e científica das decisões do órgão.
que afetem ou possam afetar a concorrência nos
Art. 18. O Economista-Chefe será nomeado, con- diversos setores econômicos do País;
juntamente, pelo Superintendente-Geral e pelo VII – manifestar-se, de ofício ou quando solici-
Presidente do Tribunal, dentre brasileiros de ili- tada, a respeito do impacto concorrencial de me-
bada reputação e notório conhecimento econô- didas em discussão no âmbito de fóruns negocia-
mico. dores relativos às atividades de alteração tarifária,
§ 1º O Economista-Chefe poderá participar das ao acesso a mercados e à defesa comercial, res-
reuniões do Tribunal, sem direito a voto. salvadas as competências dos órgãos envolvidos;
§ 2º Aplicam-se ao Economista-Chefe as mes- VIII – encaminhar ao órgão competente repre-
mas normas de impedimento aplicáveis aos Con- sentação para que este, a seu critério, adote as me-
selheiros do Tribunal, exceto quanto ao compare- didas legais cabíveis, sempre que for identificado
cimento às sessões. ato normativo que tenha caráter anticompetitivo.
CAPÍTULO III § 1º Para o cumprimento de suas atribuições, a
DA SECRETARIA DE ACOMPANHAMENTO Secretaria de Acompanhamento Econômico po-
ECONÔMICO derá:
Art. 19. Compete à Secretaria de Acompanhamen- I – requisitar informações e documentos de
to Econômico promover a concorrência em órgãos quaisquer pessoas, órgãos, autoridades e entida-
de governo e perante a sociedade cabendo-lhe, es- des, públicas ou privadas, mantendo o sigilo legal
pecialmente, o seguinte: quando for o caso;
I – opinar, nos aspectos referentes à promoção II – celebrar acordos e convênios com órgãos
da concorrência, sobre propostas de alterações ou entidades públicas ou privadas, federais, es-
de atos normativos de interesse geral dos agen- taduais, municipais, do Distrito Federal e dos Ter-
tes econômicos, de consumidores ou usuários dos ritórios para avaliar e/ou sugerir medidas relacio-
serviços prestados submetidos a consulta pública nadas à promoção da concorrência.
76
LEI Nº 12.529, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2011
§ 2º A Secretaria de Acompanhamento Eco- Art. 25. O recolhimento da taxa processual que
nômico divulgará anualmente relatório de suas tem como fato gerador a apresentação dos atos
ações voltadas para a promoção da concorrência. previstos no art. 88 desta Lei deverá ser compro-
vado no momento da protocolização do ato.
TÍTULO III
DO MINISTÉRIO PÚBLICO § 1º A taxa processual não recolhida no mo-
FEDERAL PERANTE O CADE mento fixado no caput deste artigo será cobrada
com os seguintes acréscimos:
Art. 20. O Procurador-Geral da República, ouvido
I – juros de mora, contados do mês seguinte
o Conselho Superior, designará membro do Minis-
ao do vencimento, à razão de 1% (um por cento),
tério Público Federal para, nesta qualidade, emitir
calculados na forma da legislação aplicável aos
parecer, nos processos administrativos para im-
tributos federais;
posição de sanções administrativas por infrações
II – multa de mora de 20% (vinte por cento).
à ordem econômica, de ofício ou a requerimento
§ 2º Os juros de mora não incidem sobre o valor
do Conselheiro-Relator.
da multa de mora.
TÍTULO IV
Art. 26. (Vetado)
DO PATRIMÔNIO, DAS RECEITAS
E DA GESTÃOADMINISTRATIVA, Art. 27. As taxas de que tratam os arts. 23 e 26
ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA desta Lei serão recolhidas ao Tesouro Nacional na
Art. 21. Compete ao Presidente do Tribunal orien- forma regulamentada pelo Poder Executivo.
tar, coordenar e supervisionar as atividades admi- Art. 28. Constituem receitas próprias do Cade:
nistrativas do Cade, respeitadas as atribuições dos I – o produto resultante da arrecadação das
dirigentes dos demais órgãos previstos no art. 5º taxas previstas nos arts. 23 e 26 desta Lei;
desta Lei. II – a retribuição por serviços de qualquer natu-
§ 1º A Superintendência-Geral constituirá uni- reza prestados a terceiros;
dade gestora, para fins administrativos e financei- III – as dotações consignadas no Orçamento
ros, competindo ao seu Superintendente-Geral or- Geral da União, créditos especiais, créditos adi-
denar as despesas pertinentes às respectivas ações cionais, transferências e repasses que lhe forem
orçamentárias. conferidos;
§ 2º Para fins administrativos e financeiros, o IV – os recursos provenientes de convênios, acor-
Departamento de Estudos Econômicos estará li- dos ou contratos celebrados com entidades ou or-
gado ao Tribunal. ganismos nacionais e internacionais;
Art. 22. Anualmente, o Presidente do Tribunal, V – as doações, legados, subvenções e outros
ouvido o Superintendente-Geral, encaminhará recursos que lhe forem destinados;
ao Poder Executivo a proposta de orçamento do VI – os valores apurados na venda ou aluguel de
Cade e a lotação ideal do pessoal que prestará ser- bens móveis e imóveis de sua propriedade;
viço àquela autarquia. VII – o produto da venda de publicações, mate-
rial técnico, dados e informações;
Art. 23. Instituem-se taxas processuais sobre os
VIII – os valores apurados em aplicações no mer-
processos de competência do Cade, no valor de
cado financeiro das receitas previstas neste artigo,
R$ 85.000,00 (oitenta e cinco mil reais), para os
na forma definida pelo Poder Executivo; e
processos que têm como fato gerador a apresen-
IX – quaisquer outras receitas, afetas às suas
tação dos atos previstos no art. 88 desta Lei, e
atividades, não especificadas nos incisos I a VIII
no valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais), para
do caput deste artigo.
os processos que têm como fato gerador a apre-
§ 1º (Vetado)
sentação das consultas referidas no § 4º do art. 9º
§ 2º (Vetado)
desta Lei. (Artigo com redação dada pela Lei nº 13.196, de
§ 3º O produto da arrecadação das multas apli-
1º/12/2015, em vigor a partir de 1º/1/2016)
cadas pelo Cade, inscritas ou não em dívida ati-
Art. 24. São contribuintes da taxa processual va, será destinado ao Fundo de Defesa de Direi-
que tem como fato gerador a apresentação dos tos Difusos de que trata o art. 13 da Lei nº 7.347,
atos previstos no art. 88 desta Lei qualquer das de 24 de julho de 1985, e a Lei nº 9.008, de 21 de
requerentes. março de 1995.
77
§ 4º As multas arrecadadas na forma desta Lei Parágrafo único. A desconsideração também
serão recolhidas ao Tesouro Nacional na forma será efetivada quando houver falência, estado
regulamentada pelo Poder Executivo. de insolvência, encerramento ou inatividade da
pessoa jurídica provocados por má administração.
Art. 29. O Cade submeterá anualmente ao Minis-
tério da Justiça a sua proposta de orçamento, que Art. 35. A repressão das infrações da ordem eco-
será encaminhada ao Ministério do Planejamento, nômica não exclui a punição de outros ilícitos pre-
Orçamento e Gestão para inclusão na lei orçamen- vistos em lei.
tária anual, a que se refere o § 5º do art. 165 da CAPÍTULO II
Constituição Federal. DAS INFRAÇÕES
§ 1º O Cade fará acompanhar as propostas or-
Art. 36. Constituem infração da ordem econô-
çamentárias de quadro demonstrativo do planeja-
mica, independentemente de culpa, os atos sob
mento plurianual das receitas e despesas, visando
qualquer forma manifestados, que tenham por
ao seu equilíbrio orçamentário e financeiro nos
objeto ou possam produzir os seguintes efeitos,
5 (cinco) exercícios subsequentes.
ainda que não sejam alcançados:
§ 2º A lei orçamentária anual consignará as do-
I – limitar, falsear ou de qualquer forma prejudi-
tações para as despesas de custeio e capital do
car a livre concorrência ou a livre iniciativa;
Cade, relativas ao exercício a que ela se referir.
II – dominar mercado relevante de bens ou ser-
Art. 30. Somam-se ao atual patrimônio do Cade viços;
os bens e direitos pertencentes ao Ministério da III – aumentar arbitrariamente os lucros; e
Justiça atualmente afetados às atividades do De- IV – exercer de forma abusiva posição domi-
partamento de Proteção e Defesa Econômica da nante.
Secretaria de Direito Econômico. § 1º A conquista de mercado resultante de pro-
cesso natural fundado na maior eficiência de
TÍTULO V
DAS INFRAÇÕES DA ORDEM ECONÔMICA agente econômico em relação a seus competido-
res não caracteriza o ilícito previsto no inciso II do
CAPÍTULO I
caput deste artigo.
DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 2º Presume-se posição dominante sempre
Art. 31. Esta Lei aplica-se às pessoas físicas ou que uma empresa ou grupo de empresas for capaz
jurídicas de direito público ou privado, bem como de alterar unilateral ou coordenadamente as
a quaisquer associações de entidades ou pessoas, condições de mercado ou quando controlar 20%
constituídas de fato ou de direito, ainda que tem- (vinte por cento) ou mais do mercado relevante,
porariamente, com ou sem personalidade jurídica, podendo este percentual ser alterado pelo Cade
mesmo que exerçam atividade sob regime de mo- para setores específicos da economia.
nopólio legal. § 3º As seguintes condutas, além de outras, na
Art. 32. As diversas formas de infração da ordem medida em que configurem hipótese prevista no
econômica implicam a responsabilidade da em- caput deste artigo e seus incisos, caracterizam in-
presa e a responsabilidade individual de seus di- fração da ordem econômica:
rigentes ou administradores, solidariamente. I – acordar, combinar, manipular ou ajustar com
concorrente, sob qualquer forma:
Art. 33. Serão solidariamente responsáveis as
a) os preços de bens ou serviços ofertados in-
empresas ou entidades integrantes de grupo eco-
dividualmente;
nômico, de fato ou de direito, quando pelo menos
b) a produção ou a comercialização de uma
uma delas praticar infração à ordem econômica.
quantidade restrita ou limitada de bens ou a
Art. 34. A personalidade jurídica do responsável prestação de um número, volume ou frequência
por infração da ordem econômica poderá ser des- restrita ou limitada de serviços;
considerada quando houver da parte deste abuso c) a divisão de partes ou segmentos de um mer-
de direito, excesso de poder, infração da lei, fato cado atual ou potencial de bens ou serviços, me-
ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato diante, dentre outros, a distribuição de clientes,
social. fornecedores, regiões ou períodos;
78
LEI Nº 12.529, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2011
ria de Acompanhamento Econômico será punível § 2º Suspende-se a prescrição durante a vigên-
com multa pecuniária no valor de R$ 5.000,00 cia do compromisso de cessação ou do acordo em
(cinco mil reais) a R$ 5.000.000,00 (cinco milhões controle de concentrações.
de reais), de acordo com a gravidade dos fatos e a § 3º Incide a prescrição no procedimento ad-
situação econômica do infrator, sem prejuízo das ministrativo paralisado por mais de 3 (três) anos,
demais cominações legais cabíveis. pendente de julgamento ou despacho, cujos au-
Art. 44. Aquele que prestar serviços ao Cade ou a tos serão arquivados de ofício ou mediante re-
Seae, a qualquer título, e que der causa, mesmo querimento da parte interessada, sem prejuízo
que por mera culpa, à disseminação indevida da apuração da responsabilidade funcional de-
de informação acerca de empresa, coberta por corrente da paralisação, se for o caso.
sigilo, será punível com multa pecuniária de R$ § 4º Quando o fato objeto da ação punitiva da
1.000,00 (mil reais) a R$ 20.000,00 (vinte mil reais), administração também constituir crime, a pres-
sem prejuízo de abertura de outros procedimen- crição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal.
tos cabíveis. CAPÍTULO V
§ 1º Se o autor da disseminação indevida estiver DO DIREITO DE AÇÃO
servindo o Cade em virtude de mandato, ou na
Art. 47. Os prejudicados, por si ou pelos legiti-
qualidade de Procurador Federal ou Economista-
mados referidos no art. 82 da Lei nº 8.078, de 11
-Chefe, a multa será em dobro.
de setembro de 1990, poderão ingressar em juízo
§ 2º O Regulamento definirá o procedimento
para, em defesa de seus interesses individuais
para que uma informação seja tida como sigilosa,
no âmbito do Cade e da Seae. ou individuais homogêneos, obter a cessação de
práticas que constituam infração da ordem eco-
Art. 45. Na aplicação das penas estabelecidas
nômica, bem como o recebimento de indenização
nesta Lei, levar-se-á em consideração:
por perdas e danos sofridos, independentemente
I – a gravidade da infração;
do inquérito ou processo administrativo, que não
II – a boa-fé do infrator;
será suspenso em virtude do ajuizamento de ação.
III – a vantagem auferida ou pretendida pelo
infrator; TÍTULO VI
IV – a consumação ou não da infração; DAS DIVERSAS ESPÉCIES DE
PROCESSO ADMINISTRATIVO
V – o grau de lesão, ou perigo de lesão, à livre
concorrência, à economia nacional, aos consumi- CAPÍTULO I
dores, ou a terceiros; DISPOSIÇÕES GERAIS
VI – os efeitos econômicos negativos produzi- Art. 48. Esta Lei regula os seguintes procedimen-
dos no mercado; tos administrativos instaurados para prevenção,
VII – a situação econômica do infrator; e apuração e repressão de infrações à ordem eco-
VIII – a reincidência. nômica:
CAPÍTULO IV I – procedimento preparatório de inquérito ad-
DA PRESCRIÇÃO ministrativo para apuração de infrações à ordem
Art. 46. Prescrevem em 5 (cinco) anos as ações econômica;
punitivas da administração pública federal, di- II – inquérito administrativo para apuração de
reta e indireta, objetivando apurar infrações da infrações à ordem econômica;
ordem econômica, contados da data da prática III – processo administrativo para imposição de
do ilícito ou, no caso de infração permanente ou sanções administrativas por infrações à ordem
continuada, do dia em que tiver cessada a prática econômica;
do ilícito. IV – processo administrativo para análise de ato
§ 1º Interrompe a prescrição qualquer ato ad- de concentração econômica;
ministrativo ou judicial que tenha por objeto a V – procedimento administrativo para apuração
apuração da infração contra a ordem econômica de ato de concentração econômica; e
mencionada no caput deste artigo, bem como a VI – processo administrativo para imposição de
notificação ou a intimação da investigada. sanções processuais incidentais.
81
Art. 49. O Tribunal e a Superintendência-Geral § 1º Na fase de fiscalização da execução das de-
assegurarão nos procedimentos previstos nos in- cisões do Tribunal, bem como do cumprimento
cisos II, III, IV e VI do caput do art. 48 desta Lei o de compromissos e acordos firmados nos termos
tratamento sigiloso de documentos, informações desta Lei, poderá a Superintendência-Geral valer-
e atos processuais necessários à elucidação dos -se de todos os poderes instrutórios que lhe são
fatos ou exigidos pelo interesse da sociedade. assegurados nesta Lei.
Parágrafo único. As partes poderão requerer tra- § 2º Cumprida integralmente a decisão do Tribu-
tamento sigiloso de documentos ou informações, nal ou os acordos em controle de concentrações e
no tempo e modo definidos no regimento interno. compromissos de cessação, a Superintendência-
-Geral, de ofício ou por provocação do interessado,
Art. 50. A Superintendência-Geral ou o Conselhei-
manifestar-se-á sobre seu cumprimento.
ro-Relator poderá admitir a intervenção no pro-
cesso administrativo de: CAPÍTULO II
I – terceiros titulares de direitos ou interesses DO PROCESSO ADMINISTRATIVO
que possam ser afetados pela decisão a ser ado- NO CONTROLE DE ATOS DE
CONCENTRAÇÃO ECONÔMICA
tada; ou
II – legitimados à propositura de ação civil pú- Seção I
blica pelos incisos III e IV do art. 82 da Lei nº 8.078, Do Processo Administrativo na
de 11 de setembro de 1990. Superintendência-Geral
Art. 51. Na tramitação dos processos no Cade, Art. 53. O pedido de aprovação dos atos de con-
serão observadas as seguintes disposições, além centração econômica a que se refere o art. 88
daquelas previstas no regimento interno: desta Lei deverá ser endereçado ao Cade e ins-
I – os atos de concentração terão prioridade truído com as informações e documentos indis-
sobre o julgamento de outras matérias; pensáveis à instauração do processo administra-
II – a sessão de julgamento do Tribunal é pú- tivo, definidos em resolução do Cade, além do
blica, salvo nos casos em que for determinado comprovante de recolhimento da taxa respectiva.
tratamento sigiloso ao processo, ocasião em que § 1º Ao verificar que a petição não preenche
as sessões serão reservadas; os requisitos exigidos no caput deste artigo ou
III – nas sessões de julgamento do Tribunal, apresenta defeitos e irregularidades capazes de
poderão o Superintendente-Geral, o Economista- dificultar o julgamento de mérito, a Superinten-
-Chefe, o Procurador-Chefe e as partes do pro- dência-Geral determinará, uma única vez, que
cesso requerer a palavra, que lhes será concedida, os requerentes a emendem, sob pena de arqui-
nessa ordem, nas condições e no prazo definido vamento.
pelo regimento interno, a fim de sustentarem oral- § 2º Após o protocolo da apresentação do ato
mente suas razões perante o Tribunal; de concentração, ou de sua emenda, a Superin-
IV – a pauta das sessões de julgamento será de- tendência-Geral fará publicar edital, indicando o
finida pelo Presidente, que determinará sua publi- nome dos requerentes, a natureza da operação e
cação, com pelo menos 120 (cento e vinte) horas os setores econômicos envolvidos.
de antecedência; e Art. 54. Após cumpridas as providências indica-
V – os atos e termos a serem praticados nos das no art. 53, a Superintendência-Geral:
autos dos procedimentos enumerados no art. 48 I – conhecerá diretamente do pedido, profe-
desta Lei poderão ser encaminhados de forma rindo decisão terminativa, quando o processo dis-
eletrônica ou apresentados em meio magnético pensar novas diligências ou nos casos de menor
ou equivalente, nos termos das normas do Cade. potencial ofensivo à concorrência, assim defini-
Art. 52. O cumprimento das decisões do Tribu- dos em resolução do Cade; ou
nal e de compromissos e acordos firmados nos II – determinará a realização da instrução com-
termos desta Lei poderá, a critério do Tribunal, plementar, especificando as diligências a serem
ser fiscalizado pela Superintendência-Geral, com produzidas.
o respectivo encaminhamento dos autos, após a Art. 55. Concluída a instrução complementar de-
decisão final do Tribunal. terminada na forma do inciso II do caput do art. 54
82
LEI Nº 12.529, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2011
equivalente ou superior a R$ 30.000.000,00 (trinta juízo da obrigação das partes envolvidas, devem
milhões de reais). ser comunicados ao Cade pela Comissão de Va-
§ 1º Os valores mencionados nos incisos I e II lores Mobiliários (CVM) e pelo Departamento Na-
do caput deste artigo poderão ser adequados, si- cional do Registro do Comércio do Ministério do
multânea ou independentemente, por indicação Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
do Plenário do Cade, por portaria interministerial respectivamente, no prazo de 5 (cinco) dias úteis
dos Ministros de Estado da Fazenda e da Justiça. para, se for o caso, ser examinados.
§ 2º O controle dos atos de concentração de que § 9º O prazo mencionado no § 2º deste artigo
trata o caput deste artigo será prévio e realizado somente poderá ser dilatado:
em, no máximo, 240 (duzentos e quarenta) dias, a I – por até 60 (sessenta) dias, improrrogáveis,
contar do protocolo de petição ou de sua emenda. mediante requisição das partes envolvidas na
§ 3º Os atos que se subsumirem ao disposto operação; ou
no caput deste artigo não podem ser consuma- II – por até 90 (noventa) dias, mediante deci-
dos antes de apreciados, nos termos deste arti- são fundamentada do Tribunal, em que sejam
go e do procedimento previsto no Capítulo II do
especificados as razões para a extensão, o prazo
Título VI desta Lei, sob pena de nulidade, sendo
da prorrogação, que será não renovável, e as pro-
ainda imposta multa pecuniária, de valor não in-
vidências cuja realização seja necessária para o
ferior a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) nem supe-
julgamento do processo.
rior a R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais),
a ser aplicada nos termos da regulamentação, sem Art. 89. Para fins de análise do ato de concentra-
prejuízo da abertura de processo administrativo, ção apresentado, serão obedecidos os procedi-
nos termos do art. 69 desta Lei. mentos estabelecidos no Capítulo II do Título VI
§ 4º Até a decisão final sobre a operação, deve- desta Lei.
rão ser preservadas as condições de concorrência Parágrafo único. O Cade regulamentará, por
entre as empresas envolvidas, sob pena de apli- meio de Resolução, a análise prévia de atos de
cação das sanções previstas no § 3º deste artigo. concentração realizados com o propósito especí-
§ 5º Serão proibidos os atos de concentração fico de participação em leilões, licitações e ope-
que impliquem eliminação da concorrência em rações de aquisição de ações por meio de oferta
parte substancial de mercado relevante, que pos- pública.
sam criar ou reforçar uma posição dominante ou
Art. 90. Para os efeitos do art. 88 desta Lei, realiza-
que possam resultar na dominação de mercado
-se um ato de concentração quando:
relevante de bens ou serviços, ressalvado o dis-
I – 2 (duas) ou mais empresas anteriormente
posto no § 6º deste artigo.
independentes se fundem;
§ 6º Os atos a que se refere o § 5º deste artigo
II – 1 (uma) ou mais empresas adquirem, direta
poderão ser autorizados, desde que sejam obser-
ou indiretamente, por compra ou permuta de
vados os limites estritamente necessários para
ações, quotas, títulos ou valores mobiliários con-
atingir os seguintes objetivos:
versíveis em ações, ou ativos, tangíveis ou intan-
I – cumulada ou alternativamente:
a) aumentar a produtividade ou a competitivi- gíveis, por via contratual ou por qualquer outro
dade; meio ou forma, o controle ou partes de uma ou
b) melhorar a qualidade de bens ou serviços; ou outras empresas;
c) propiciar a eficiência e o desenvolvimento III – 1 (uma) ou mais empresas incorporam
tecnológico ou econômico; e outra ou outras empresas; ou
II – sejam repassados aos consumidores parte IV – 2 (duas) ou mais empresas celebram con-
relevante dos benefícios decorrentes. trato associativo, consórcio ou joint venture.
§ 7º É facultado ao Cade, no prazo de 1 (um) Parágrafo único. Não serão considerados atos
ano a contar da respectiva data de consumação, de concentração, para os efeitos do disposto no
requerer a submissão dos atos de concentração art. 88 desta Lei, os descritos no inciso IV do caput,
que não se enquadrem no disposto neste artigo. quando destinados às licitações promovidas pela
§ 8º As mudanças de controle acionário de com- administração pública direta e indireta e aos con-
panhias abertas e os registros de fusão, sem pre- tratos delas decorrentes.
89
Art. 91. A aprovação de que trata o art. 88 desta Art. 97. A execução das decisões do Cade será
Lei poderá ser revista pelo Tribunal, de ofício ou promovida na Justiça Federal do Distrito Federal
mediante provocação da Superintendência-Geral, ou da sede ou domicílio do executado, à escolha
se a decisão for baseada em informações falsas ou do Cade.
enganosas prestadas pelo interessado, se ocorrer Art. 98. O oferecimento de embargos ou o ajui-
o descumprimento de quaisquer das obrigações zamento de qualquer outra ação que vise à des-
assumidas ou não forem alcançados os benefícios constituição do título executivo não suspenderá
visados. a execução, se não for garantido o juízo no valor
Parágrafo único. Na hipótese referida no caput das multas aplicadas, para que se garanta o cum-
deste artigo, a falsidade ou enganosidade será pu- primento da decisão final proferida nos autos, in-
nida com multa pecuniária, de valor não inferior clusive no que tange a multas diárias.
a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) nem superior a § 1º Para garantir o cumprimento das obriga-
R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais), a ser apli- ções de fazer, deverá o juiz fixar caução idônea.
cada na forma das normas do Cade, sem prejuízo § 2º Revogada a liminar, o depósito do valor da
da abertura de processo administrativo, nos ter- multa converter-se-á em renda do Fundo de De-
mos do art. 67 desta Lei, e da adoção das demais fesa de Direitos Difusos.
medidas cabíveis. § 3º O depósito em dinheiro não suspenderá a
incidência de juros de mora e atualização mone-
CAPÍTULO II
DO ACORDO EM CONTROLE tária, podendo o Cade, na hipótese do § 2º deste
DE CONCENTRAÇÕES artigo, promover a execução para cobrança da di-
ferença entre o valor revertido ao Fundo de Defesa
Art. 92. (Vetado)
de Direitos Difusos e o valor da multa atualizado,
TÍTULO VIII com os acréscimos legais, como se sua exigibili-
DA EXECUÇÃO JUDICIAL DAS dade do crédito jamais tivesse sido suspensa.
DECISÕES DO CADE
§ 4º (Revogado pela Lei nº 13.105, de 16/3/2015, publi-
CAPÍTULO I cada no DOU de 17/3/2015, em vigor após 1 ano da publica-
DO PROCESSO ção)
Art. 93. A decisão do Plenário do Tribunal, comi- Art. 99. Em razão da gravidade da infração da
nando multa ou impondo obrigação de fazer ou ordem econômica, e havendo fundado receio de
não fazer, constitui título executivo extrajudicial. dano irreparável ou de difícil reparação, ainda que
Art. 94. A execução que tenha por objeto exclusi- tenha havido o depósito das multas e prestação
vamente a cobrança de multa pecuniária será feita de caução, poderá o Juiz determinar a adoção
de acordo com o disposto na Lei nº 6.830, de 22 de imediata, no todo ou em parte, das providências
setembro de 1980. contidas no título executivo.
Art. 95. Na execução que tenha por objeto, além Art. 100. No cálculo do valor da multa diária pela
da cobrança de multa, o cumprimento de obri- continuidade da infração, tomar-se-á como termo
inicial a data final fixada pelo Cade para a ado-
gação de fazer ou não fazer, o Juiz concederá a
ção voluntária das providências contidas em sua
tutela específica da obrigação, ou determinará
decisão, e como termo final o dia do seu efetivo
providências que assegurem o resultado prático
cumprimento.
equivalente ao do adimplemento.
§ 1º A conversão da obrigação de fazer ou não Art. 101. O processo de execução em juízo das
fazer em perdas e danos somente será admissível decisões do Cade terá preferência sobre as de-
se impossível a tutela específica ou a obtenção do mais espécies de ação, exceto habeas corpus e
resultado prático correspondente. mandado de segurança.
§ 2º A indenização por perdas e danos far-se-á CAPÍTULO II
sem prejuízo das multas. DA INTERVENÇÃO JUDICIAL
Art. 96. A execução será feita por todos os meios, Art. 102. O Juiz decretará a intervenção na em-
inclusive mediante intervenção na empresa, quan- presa quando necessária para permitir a execução
do necessária. específica, nomeando o interventor.
90
LEI Nº 12.529, DE 30 DE NOVEMBRO DE 2011
Parágrafo único. A decisão que determinar a I – praticar ou ordenar que sejam praticados os
intervenção deverá ser fundamentada e indicará, atos necessários à execução;
clara e precisamente, as providências a serem to- II – denunciar ao Juiz quaisquer irregularidades
madas pelo interventor nomeado. praticadas pelos responsáveis pela empresa e das
Art. 103. Se, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, quais venha a ter conhecimento; e
o executado impugnar o interventor por motivo de III – apresentar ao Juiz relatório mensal de suas
inaptidão ou inidoneidade, feita a prova da alega- atividades.
ção em 3 (três) dias, o juiz decidirá em igual prazo. Art. 109. As despesas resultantes da intervenção
Art. 104. Sendo a impugnação julgada proce- correrão por conta do executado contra quem ela
dente, o juiz nomeará novo interventor no prazo tiver sido decretada.
de 5 (cinco) dias. Art. 110. Decorrido o prazo da intervenção, o
Art. 105. A intervenção poderá ser revogada antes interventor apresentará ao juiz relatório circuns-
do prazo estabelecido, desde que comprovado o tanciado de sua gestão, propondo a extinção e o
cumprimento integral da obrigação que a deter- arquivamento do processo ou pedindo a prorroga-
minou. ção do prazo na hipótese de não ter sido possível
cumprir integralmente a decisão exequenda.
Art. 106. A intervenção judicial deverá restringir-
-se aos atos necessários ao cumprimento da de- Art. 111. Todo aquele que se opuser ou obsta-
cisão judicial que a determinar e terá duração culizar a intervenção ou, cessada esta, praticar
máxima de 180 (cento e oitenta) dias, ficando o quaisquer atos que direta ou indiretamente anu-
interventor responsável por suas ações e omis- lem seus efeitos, no todo ou em parte, ou deso-
sões, especialmente em caso de abuso de poder bedecer a ordens legais do interventor será, con-
e desvio de finalidade. forme o caso, responsabilizado criminalmente por
§ 1º Aplica-se ao interventor, no que couber, o resistência, desobediência ou coação no curso
disposto nos arts. 153 a 159 da Lei nº 6.404, de 15 do processo, na forma dos arts. 329, 330 e 344 do
de dezembro de 1976. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
§ 2º A remuneração do interventor será arbi- (Código Penal).
trada pelo Juiz, que poderá substituí-lo a qualquer TÍTULO IX
tempo, sendo obrigatória a substituição quando DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
incorrer em insolvência civil, quando for sujeito Art. 112. (Vetado)
passivo ou ativo de qualquer forma de corrupção
Art. 113. Visando a implementar a transição para
ou prevaricação, ou infringir quaisquer de seus
o sistema de mandatos não coincidentes, as no-
deveres.
meações dos Conselheiros observarão os seguin-
Art. 107. O juiz poderá afastar de suas funções os tes critérios de duração dos mandatos, nessa
responsáveis pela administração da empresa que, ordem:
comprovadamente, obstarem o cumprimento de I – 2 (dois) anos para os primeiros 2 (dois) man-
atos de competência do interventor, devendo datos vagos; e
eventual substituição dar-se na forma estabele- II – 3 (três) anos para o terceiro e o quarto man-
cida no contrato social da empresa. datos vagos.
§ 1º Se, apesar das providências previstas no § 1º Os mandatos dos membros do Cade e do
caput deste artigo, um ou mais responsáveis pela Procurador-Chefe em vigor na data de promulga-
administração da empresa persistirem em obstar ção desta Lei serão mantidos e exercidos até o seu
a ação do interventor, o juiz procederá na forma término original, devendo as nomeações subse-
do disposto no § 2º deste artigo. quentes à extinção desses mandatos observar o
§ 2º Se a maioria dos responsáveis pela admi- disposto neste artigo.
nistração da empresa recusar colaboração ao in- § 2º Na hipótese do § 1º deste artigo, o Conse-
terventor, o juiz determinará que este assuma a lheiro que estiver exercendo o seu primeiro man-
administração total da empresa. dato no Cade, após o término de seu mandato ori-
Art. 108. Compete ao interventor: ginal, poderá ser novamente nomeado no mesmo
91
cargo, observado o disposto nos incisos I e II do Art. 117. O caput e o inciso V do art. 1º da Lei
caput deste artigo. nº 7.347, de 24 de julho de 1985, passam a vigorar
§ 3º O Conselheiro que estiver exercendo o seu com a seguinte redação:
segundo mandato no Cade, após o término de Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei,
seu mandato original, não poderá ser novamente sem prejuízo da ação popular, as ações de respon-
sabilidade por danos morais e patrimoniais cau-
nomeado para o período subsequente.
sados:
§ 4º Não haverá recondução para o Procurador-
[...]
-Chefe que estiver exercendo mandato no Cade,
V – por infração da ordem econômica;
após o término de seu mandato original, podendo
[...]
ele ser indicado para permanecer no cargo na
forma do art. 16 desta Lei. Art. 118. Nos processos judiciais em que se dis-
cuta a aplicação desta Lei, o Cade deverá ser in-
Art. 114. (Vetado) timado para, querendo, intervir no feito na quali-
Art. 115. Aplicam-se subsidiariamente aos pro- dade de assistente.
cessos administrativo e judicial previstos nesta Lei Art. 119. O disposto nesta Lei não se aplica aos
as disposições das Leis nos 5.869, de 11 de janeiro casos de dumping e subsídios de que tratam os
de 1973 (Código de Processo Civil), 7.347, de 24 de Acordos Relativos à Implementação do Artigo VI
julho de 1985, 8.078, de 11 de setembro de 1990, do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Co-
e 9.784, de 29 de janeiro de 1999. mércio, promulgados pelos Decretos nos 93.941 e
93.962, de 16 e 22 de janeiro de 1987, respecti-
Art. 116. O art. 4º da Lei nº 8.137, de 27 de dezem-
vamente.
bro de 1990, passa a vigorar com a seguinte reda-
ção: Art. 120. (Vetado)
Art. 4º [...] Art. 121. Ficam criados, para exercício na Secreta-
I – abusar do poder econômico, dominando o ria de Acompanhamento Econômico e, prioritaria-
mercado ou eliminando, total ou parcialmente, a mente, no Cade, observadas as diretrizes e quan-
concorrência mediante qualquer forma de ajuste titativos estabelecidos pelo Órgão Supervisor da
ou acordo de empresas; Carreira, 200 (duzentos) cargos de Especialistas
a) (Revogada) em Políticas Públicas e Gestão Governamental, in-
b) (Revogada) tegrantes da Carreira de Especialista em Políticas
c) (Revogada) Públicas e Gestão Governamental, para o exercício
das atribuições referidas no art. 1º da Lei nº 7.834,
d) (Revogada)
de 6 de outubro de 1989, a serem providos gra-
e) (Revogada)
dualmente, observados os limites e a autorização
f) (Revogada)
específica da lei de diretrizes orçamentárias, nos
II – formar acordo, convênio, ajuste ou aliança
termos do inciso II do § 1º do art. 169 da Consti-
entre ofertantes, visando:
tuição Federal.
a) à fixação artificial de preços ou quantidades Parágrafo único. Ficam transferidos para o Cade
vendidas ou produzidas; os cargos pertencentes ao Ministério da Justiça
b) ao controle regionalizado do mercado por atualmente alocados no Departamento de Prote-
empresa ou grupo de empresas; ção e Defesa Econômica da Secretaria de Direito
c) ao controle, em detrimento da concorrência, Econômico, bem como o DAS-6 do Secretário de
de rede de distribuição ou de fornecedores: Direito Econômico.
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e
Art. 122. Os órgãos do SBDC poderão requisitar
multa.
servidores da administração pública federal direta,
III – (Revogado)
autárquica ou fundacional para neles ter exercício,
IV – (Revogado) independentemente do exercício de cargo em co-
V – (Revogado) missão ou função de confiança.
VI – (Revogado) Parágrafo único. Ao servidor requisitado na for-
VII – (Revogado) ma deste artigo são assegurados todos os direitos
92
LEI Nº 12.741, DE 8 DE DEZEMBRO DE 2012
Parágrafo único. Entende-se por consumo sus- Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua pu-
tentável o uso dos recursos naturais de forma a blicação.
proporcionar qualidade de vida para a geração Brasília, 11 de novembro de 2015; 194º da
presente sem comprometer as necessidades das Independência e 127º da República.
do consumidor e a formação, pelos cidadãos, de atribuição para apurar e punir infrações a este De-
entidades com esse mesmo objetivo; creto e à legislação das relações de consumo.
X – fiscalizar e aplicar as sanções administrati- Parágrafo único. Se instaurado mais de um pro-
vas previstas na Lei nº 8.078, de 1990, e em outras cesso administrativo por pessoas jurídicas de di-
normas pertinentes à defesa do consumidor; reito público distintas, para apuração de infração
XI – solicitar o concurso de órgãos e entidades decorrente de um mesmo fato imputado ao mes-
de notória especialização técnico-científica para mo fornecedor, eventual conflito de competência
a consecução de seus objetivos; será dirimido pela Secretaria Nacional do Consu-
XII – celebrar convênios e termos de ajusta- midor, que poderá ouvir a Comissão Nacional Per-
mento de conduta, na forma do § 6º do art. 5º da manente de Defesa do Consumidor (CNPDC), le-
Lei nº 7.347, de 24 de julho de 1985; (Inciso com re- vando sempre em consideração a competência
dação dada pelo Decreto nº 7.738, de 28/5/2012) federativa para legislar sobre a respectiva ativida-
XIII – elaborar e divulgar o cadastro nacional de de econômica. (Parágrafo único com redação dada pelo
reclamações fundamentadas contra fornecedores
Decreto nº 7.738, de 28/5/2012)
de produtos e serviços, a que se refere o art. 44 da
Lei nº 8.078, de 1990; Art. 6º As entidades e órgãos da Administração
XIV – desenvolver outras atividades compatíveis Pública destinados à defesa dos interesses e direi-
com suas finalidades. tos protegidos pelo Código de Defesa do Consu-
midor poderão celebrar compromissos de ajusta-
Art. 4º No âmbito de sua jurisdição e competên-
mento de conduta às exigências legais, nos termos
cia, caberá ao órgão estadual, do Distrito Federal
do § 6º do art. 5º da Lei nº 7.347, de 1985, na órbita
e municipal de proteção e defesa do consumidor,
de suas respectivas competências.
criado, na forma da lei, especificamente para este
§ 1º A celebração de termo de ajustamento de
fim, exercitar as atividades contidas nos incisos II
conduta não impede que outro, desde que mais
a XII do art. 3º deste Decreto e, ainda:
vantajoso para o consumidor, seja lavrado por
I – planejar, elaborar, propor, coordenar e exe-
cutar a política estadual, do Distrito Federal e mu- quaisquer das pessoas jurídicas de direito público
nicipal de proteção e defesa do consumidor, nas integrantes do SNDC.
suas respectivas áreas de atuação; § 2º A qualquer tempo, o órgão subscritor pode-
II – dar atendimento aos consumidores, pro- rá, diante de novas informações ou se assim as cir-
cessando, regularmente, as reclamações funda- cunstâncias o exigirem, retificar ou complementar
mentadas; o acordo firmado, determinando outras providên-
III – fiscalizar as relações de consumo; cias que se fizerem necessárias, sob pena de in-
IV – funcionar, no processo administrativo, como validade imediata do ato, dando-se seguimento
instância de instrução e julgamento, no âmbito de ao procedimento administrativo eventualmente
sua competência, dentro das regras fixadas pela arquivado.
Lei nº 8.078, de 1990, pela legislação complemen- § 3º O compromisso de ajustamento conterá,
tar e por este Decreto; entre outras, cláusulas que estipulem condições
V – elaborar e divulgar anualmente, no âmbito sobre:
de sua competência, o cadastro de reclamações I – obrigação do fornecedor de adequar sua
fundamentadas contra fornecedores de produtos conduta às exigências legais, no prazo ajustado;
e serviços, de que trata o art. 44 da Lei nº 8.078, II – pena pecuniária, diária, pelo descumpri-
de 1990, e remeter cópia à Secretaria Nacional do mento do ajustado, levando-se em conta os se-
Consumidor do Ministério da Justiça; (Inciso com guintes critérios:
redação dada pelo Decreto nº 7.738, de 28/5/2012) a) o valor global da operação investigada;
VI – desenvolver outras atividades compatíveis b) o valor do produto ou serviço em questão;
com suas finalidades. c) os antecedentes do infrator;
Art. 5º Qualquer entidade ou órgão da Administra- d) a situação econômica do infrator;
ção Pública, federal, estadual e municipal, destina- III – ressarcimento das despesas de investiga-
do à defesa dos interesses e direitos do consumidor, ção da infração e instrução do procedimento ad-
tem, no âmbito de suas respectivas competências, ministrativo.
97
§ 4º A celebração do compromisso de ajustamen- trata o artigo anterior responderão pelos atos que
to suspenderá o curso do processo administrativo, praticarem quando investidos da ação fiscaliza-
se instaurado, que somente será arquivado após dora.
atendidas todas as condições estabelecidas no res- Seção II
pectivo termo. Das Práticas Infrativas
Art. 7º Compete aos demais órgãos públicos fe- Art. 12. São consideradas práticas infrativa:
derais, estaduais, do Distrito Federal e municipais I – condicionar o fornecimento de produto ou
que passarem a integrar o SNDC fiscalizar as rela- serviço ao fornecimento de outro produto ou ser-
ções de consumo, no âmbito de sua competência, viço, bem como, sem justa causa, a limites quan-
e autuar, na forma da legislação, os responsáveis titativos;
por práticas que violem os direitos do consumidor. II – recusar atendimento às demandas dos con-
Art. 8º As entidades civis de proteção e defesa do sumidores na exata medida de sua disponibili-
consumidor, legalmente constituídas, poderão: dade de estoque e, ainda, de conformidade com
I – encaminhar denúncias aos órgãos públicos os usos e costumes;
de proteção e defesa do consumidor, para as pro- III – recusar, sem motivo justificado, atendi-
vidências legais cabíveis; mento à demanda dos consumidores de serviços;
II – representar o consumidor em juízo, ob- IV – enviar ou entregar ao consumidor qualquer
servado o disposto no inciso IV do art. 82 da Lei produto ou fornecer qualquer serviço, sem solici-
nº 8.078, de 1990; tação prévia;
III – exercer outras atividades correlatas. V – prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do
consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, co-
CAPÍTULO III nhecimento ou condição social, para impingir-lhe
DA FISCALIZAÇÃO, DAS PRÁTICAS
seus produtos ou serviços;
INFRATIVAS E DAS PENALIDADES
VI – exigir do consumidor vantagem manifesta-
Seção I mente excessiva;
Da Fiscalização VII – executar serviços sem a prévia elaboração
Art. 9º A fiscalização das relações de consumo de de orçamento e auto consumidor, ressalvadas as
que tratam a Lei nº 8.078, de 1990, este Decreto decorrentes de práticas anteriores entre as partes;
e as demais normas de defesa do consumidor VIII – repassar informação depreciativa refe-
será exercida em todo o território nacional pela rente a ato praticado pelo consumidor no exercí-
Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério cio de seus direitos;
da Justiça, pelos órgãos federais integrantes do IX – colocar, no mercado de consumo, qualquer
Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, pelos produto ou serviço:
órgãos conveniados com a Secretaria e pelos ór- a) em desacordo com as normas expedidas pe-
gãos de proteção e defesa do consumidor criados los órgãos oficiais competentes, ou, se normas es-
pelos Estados, Distrito Federal e Municípios, em pecíficas não existirem, pela Associação Brasileira
suas respectivas áreas de atuação e competên- de Normas Técnicas (ABNT) ou outra entidade cre-
cia. (Artigo com redação dada pelo Decreto nº 7.738, de denciada pelo Conselho Nacional de Metrologia,
28/5/2012) Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);
b) que acarrete riscos à saúde ou à segurança
Art. 10. A fiscalização de que trata este Decreto
dos consumidores e sem informações ostensivas
será efetuada por agentes fiscais, oficialmente
e adequadas;
designados, vinculados aos respectivos órgãos
c) em desacordo com as indicações constantes
de proteção e defesa do consumidor, no âmbito
do recipiente, da embalagem, da rotulagem ou
federal, estadual, do Distrito Federal e municipal,
mensagem publicitária, respeitadas as variações
devidamente credenciados mediante Cédula de
decorrentes de sua natureza;
Identificação Fiscal, admitida a delegação me-
d) impróprio ou inadequado ao consumo a que
diante convênio.
se destina ou que lhe diminua o valor;
Art. 11. Sem exclusão da responsabilidade dos X – deixar de reexecutar os serviços, quando ca-
órgãos que compõem o SNDC, os agentes de que bível, sem custo adicional;
98
DECRETO Nº 2.181, DE 20 DE MARÇO DE 1997
Decreto, quem por ação ou omissão lhe der causa, siva, qualquer que seja a modalidade do contrato
concorrer para sua prática ou dela se beneficiar. de consumo, inclusive nas operações securitárias,
§ 2º As penalidades previstas neste artigo serão bancárias, de crédito direto ao consumidor, depó-
aplicadas pelos órgãos oficiais integrantes do sito, poupança, mútuo ou financiamento, e espe-
SNDC, sem prejuízo das atribuições do órgão nor- cialmente quando:
mativo ou regulador da atividade, na forma da le- I – impossibilitar, exonerar ou atenuar a respon-
gislação vigente. sabilidade do fornecedor por vícios de qualquer
§ 3º As penalidades previstas nos incisos III a XI natureza dos produtos e serviços ou implicar re-
deste artigo sujeitam-se a posterior confirmação núncia ou disposição de direito do consumidor;
pelo órgão normativo ou regulador da atividade, II – deixar de reembolsar ao consumidor a quan-
nos limites de sua competência. tia já paga, nos casos previstos na Lei nº 8.078, de
1990;
Art. 19. Toda pessoa física ou jurídica que fizer ou
III – transferir responsabilidades a terceiros;
promover publicidade enganosa ou abusiva ficará
IV – estabelecer obrigações consideradas iní-
sujeita à pena de multa, cumulada com aquelas
quas ou abusivas, que coloquem o consumidor
previstas no artigo anterior, sem prejuízo da com-
em desvantagem exagerada, incompatíveis com
petência de outros órgãos administrativos.
a boa-fé ou a equidade;
Parágrafo único. Incide também nas penas des-
V – estabelecer inversão do ônus da prova em
te artigo o fornecedor que:
prejuízo do consumidor;
a) deixar de organizar ou negar aos legítimos
VI – determinar a utilização compulsória de ar-
interessados os dados fáticos, técnicos e científi-
bitragem;
cos que dão sustentação à mensagem publicitária;
VII – impuser representante para concluir ou
b) veicular publicidade de forma que o consumi-
realizar outro negócio jurídico pelo consumidor;
dor não possa, fácil e imediatamente, identificá-la
VIII – deixar ao fornecedor a opção de concluir
como tal. ou não o contrato, embora obrigando o consumi-
Art. 20. Sujeitam-se à pena de multa os órgãos dor;
públicos que, por si ou suas empresas concessio- IX – permitir ao fornecedor, direta ou indireta-
nárias, permissionárias ou sob qualquer outra mente, variação unilateral do preço, juros, encar-
forma de empreendimento, deixarem de fornecer gos, forma de pagamento ou atualização mone-
serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto tária;
aos essenciais, contínuos. X – autorizar o fornecedor a cancelar o contrato
unilateralmente, sem que igual direito seja confe-
Art. 21. A aplicação da sanção prevista no inciso II
rido ao consumidor, ou permitir, nos contratos de
do art. 18 terá lugar quando os produtos forem
longa duração ou de trato sucessivo, o cancela-
comercializados em desacordo com as especifica-
mento sem justa causa e motivação, mesmo que
ções técnicas estabelecidas em legislação própria,
dada ao consumidor a mesma opção;
na Lei nº 8.078, de 1990, e neste Decreto.
XI – obrigar o consumidor a ressarcir os custos
§ 1º Os bens apreendidos, a critério da autori-
de cobrança de sua obrigação, sem que igual di-
dade, poderão ficar sob a guarda do proprietário,
reito lhe seja conferido contra o fornecedor;
responsável, preposto ou empregado que res-
XII – autorizar o fornecedor a modificar unilate-
ponda pelo gerenciamento do negócio, nomeado
ralmente o conteúdo ou a qualidade do contrato
fiel depositário, mediante termo próprio, proibida
após sua celebração;
a venda, utilização, substituição, subtração ou re-
XIII – infringir normas ambientais ou possibilitar
moção, total ou parcial, dos referidos bens.
sua violação;
§ 2º A retirada de produto por parte da autori-
XIV – possibilitar a renúncia ao direito de inde-
dade fiscalizadora não poderá incidir sobre quan-
nização por benfeitorias necessárias;
tidade superior àquela necessária à realização da
XV – restringir direitos ou obrigações fundamen-
análise pericial.
tais à natureza do contrato, de tal modo a ameaçar
Art. 22. Será aplicada multa ao fornecedor de o seu objeto ou o equilíbrio contratual;
produtos ou serviços que, direta ou indiretamente, XVI – onerar excessivamente o consumidor, con-
inserir, fizer circular ou utilizar-se de cláusula abu- siderando-se a natureza e o conteúdo do contrato,
101
o interesse das partes e outras circunstâncias pe- Art. 24. Para a imposição da pena e sua gradação,
culiares à espécie; serão considerados:
XVII – determinar, nos contratos de compra e I – as circunstâncias atenuantes e agravantes;
venda mediante pagamento em prestações, ou II – os antecedentes do infrator, nos termos do
nas alienações fiduciárias em garantia, a perda art. 28 deste Decreto.
total das prestações pagas, em benefício do cre- Art. 25. Consideram-se circunstâncias atenuan-
dor que, em razão do inadimplemento, pleitear tes:
a resilição do contrato e a retomada do produto I – a ação do infrator não ter sido fundamental
alienado, ressalvada a cobrança judicial de perdas para a consecução do fato;
e danos comprovadamente sofridos; II – ser o infrator primário;
XVIII – anunciar, oferecer ou estipular paga- III – ter o infrator adotado as providências perti-
mento em moeda estrangeira, salvo nos casos nentes para minimizar ou de imediato reparar os
previstos em lei; efeitos do ato lesivo.
XIX – cobrar multas de mora superiores a dois
por cento, decorrentes do inadimplemento de Art. 26. Consideram-se circunstâncias agravantes:
obrigação no seu termo, conforme o disposto no I – ser o infrator reincidente;
§ 1º do art. 52 da Lei nº 8.078, de 1990, com a reda- II – ter o infrator, comprovadamente, cometido
ção dada pela Lei nº 9.298, de 1º de agosto de 1996; a prática infrativa para obter vantagens indevidas;
XX – impedir, dificultar ou negar ao consumi- III – trazer a prática infrativa consequências
dor a liquidação antecipada do débito, total ou danosas à saúde ou à segurança do consumidor;
parcialmente, mediante redução proporcional IV – deixar o infrator, tendo conhecimento do
dos juros, encargos e demais acréscimos, inclu- ato lesivo, de tomar as providências para evitar
sive seguro; ou mitigar suas consequências;
XXI – fizer constar do contrato alguma das cláu- V – ter o infrator agido com dolo;
sulas abusivas a que se refere o art. 56 deste De- VI – ocasionar a prática infrativa dano coletivo
creto; ou ter caráter repetitivo;
XXII – elaborar contrato, inclusive o de adesão, VII – ter a prática infrativa ocorrido em detri-
sem utilizar termos claros, caracteres ostensivos mento de menor de dezoito ou maior de sessenta
e legíveis, que permitam sua imediata e fácil com- anos ou de pessoas portadoras de deficiência fí-
preensão, destacando-se as cláusulas que impli- sica, mental ou sensorial, interditadas ou não;
quem obrigação ou limitação dos direitos contra- VIII – dissimular-se a natureza ilícita do ato ou
tuais do consumidor, inclusive com a utilização de atividade;
tipos de letra e cores diferenciados, entre outros IX – ser a conduta infrativa praticada aprovei-
recursos gráficos e visuais; tando-se o infrator de grave crise econômica ou da
XXIII – que impeça a troca de produto impróprio, condição cultural, social ou econômica da vítima,
inadequado, ou de valor diminuído, por outro da ou, ainda, por ocasião de calamidade.
mesma espécie, em perfeitas condições de uso, Art. 27. Considera-se reincidência a repetição de
ou a restituição imediata da quantia paga, devi- prática infrativa, de qualquer natureza, às normas
damente corrigido, ou fazer abatimento propor- de defesa do consumidor, punida por decisão ad-
cional do preço, a critério do consumidor. ministrativa irrecorrível.
Parágrafo único. Dependendo da gravidade da Parágrafo único. Para efeito de reincidência,
infração prevista nos incisos dos arts. 12, 13 e des- não prevalece a sanção anterior, se entre a data
te artigo, a pena de multa poderá ser cumulada da decisão administrativa definitiva e aquela da
com as demais previstas no art. 18, sem prejuízo prática posterior houver decorrido período de
da competência de outros órgãos administrativos. tempo superior a cinco anos.
Art. 23. Os serviços prestados e os produtos re- Art. 28. Observado o disposto no art. 24 deste
metidos ou entregues ao consumidor, na hipótese Decreto pela autoridade competente, a pena de
prevista no inciso IV do art. 12 deste Decreto, equi- multa será fixada considerando-se a gravidade
param-se às amostras grátis, inexistindo obriga- da prática infrativa, a extensão do dano causado
ção de pagamento. aos consumidores, a vantagem auferida com o
102
DECRETO Nº 2.181, DE 20 DE MARÇO DE 1997
por meio dos órgãos de comunicação, inclusive Art. 64. Poderão ser lavrados Autos de Compro-
eletrônica. vação ou Constatação, a fim de estabelecer a
106
DECRETO Nº 4.680, DE 24 DE ABRIL DE 2003
situação real de mercado, em determinado lugar e e em conjunto com o símbolo a ser definido me-
momento, obedecido o procedimento adequado. diante ato do Ministério da Justiça, uma das se-
Art. 65. Em caso de impedimento à aplicação guintes expressões, dependendo do caso: “(nome
do presente Decreto, ficam as autoridades com- do produto) transgênico”, “contém (nome do in-
grediente ou ingredientes) transgênico(s)” ou
petentes autorizadas a requisitar o emprego de
“produto produzido a partir de (nome do produto)
força policial.
transgênico”.
Art. 66. Este Decreto entra em vigor na data de § 2º O consumidor deverá ser informado sobre a
sua publicação. espécie doadora do gene no local reservado para
Art. 67. Fica revogado o Decreto nº 861, de 9 de a identificação dos ingredientes.
julho de 1993. § 3º A informação determinada no § 1º deste
Brasília, 20 de março de 1997; 176º da
artigo também deverá constar do documento fis-
Independência e 109º da República. cal, de modo que essa informação acompanhe o
produto ou ingrediente em todas as etapas da ca-
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
deia produtiva.
Nelson A. Jobim
§ 4º O percentual referido no caput poderá ser
reduzido por decisão da Comissão Técnica Nacio-
DECRETO Nº 4.680, DE 24
nal de Biossegurança (CTNBio).
DE ABRIL DE 2003
(Publicado no DOU de 25/4/2003 e republicado no DOU Art. 3º Os alimentos e ingredientes produzidos
de 28/4/2003) a partir de animais alimentados com ração con-
Regulamenta o direito à informação, asse- tendo ingredientes transgênicos deverão trazer
gurado pela Lei nº 8.078, de 11 de setembro no painel principal, em tamanho e destaque pre-
de 1990, quanto aos alimentos e ingredientes vistos no art. 2º, a seguinte expressão: “(nome do
alimentares destinados ao consumo humano animal) alimentado com ração contendo ingre-
ou animal que contenham ou sejam produ-
diente transgênico” ou “(nome do ingrediente)
zidos a partir de organismos geneticamente
modificados, sem prejuízo do cumprimento
produzido a partir de animal alimentado com
das demais normas aplicáveis. ração contendo ingrediente transgênico”.
Art. 4º Aos alimentos e ingredientes alimentares
O presidente da República, no uso da atribuição
que não contenham nem sejam produzidos a partir
que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constitui-
de organismos geneticamente modificados será fa-
ção, decreta:
cultada a rotulagem “(nome do produto ou ingre-
Art. 1º Este Decreto regulamenta o direito à in- diente) livre de transgênicos”, desde que tenham
formação, assegurado pela Lei nº 8.078, de 11 de similares transgênicos no mercado brasileiro.
setembro de 1990, quanto aos alimentos e ingre-
Art. 5º As disposições dos §§ 1º, 2º e 3º do art. 2º
dientes alimentares destinados ao consumo hu-
e do art. 3º deste Decreto não se aplicam à comer-
mano ou animal que contenham ou sejam pro-
cialização de alimentos destinados ao consumo
duzidos a partir de organismos geneticamente
humano ou animal que contenham ou tenham
modificados, sem prejuízo do cumprimento das
sido produzidos a partir de soja da safra colhida
demais normas aplicáveis.
em 2003.
Art. 2º Na comercialização de alimentos e ingre- § 1º As expressões “pode conter soja transgê-
dientes alimentares destinados ao consumo hu- nica” e “pode conter ingrediente produzido a par-
mano ou animal que contenham ou sejam pro- tir de soja transgênica” deverão, conforme o caso,
duzidos a partir de organismos geneticamente constar do rótulo, bem como da documentação
modificados, com presença acima do limite de um fiscal, dos produtos a que se refere o caput, in-
por cento do produto, o consumidor deverá ser dependentemente do percentual da presença de
informado da natureza transgênica desse produto. soja transgênica, exceto se:
§ 1º Tanto nos produtos embalados como nos I – a soja ou o ingrediente a partir dela produ-
vendidos a granel ou in natura, o rótulo da em- zido seja oriundo de região excluída pelo Ministé-
balagem ou do recipiente em que estão contidos rio da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do
deverá constar, em destaque, no painel principal regime de que trata a Medida Provisória nº 113,
107
de 26 de março de 2003, de conformidade com o quada e clara sobre produtos e serviços, previstas
disposto no § 5º do seu art. 1º; ou na Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990.
II – a soja ou o ingrediente a partir dela produ- Art. 2º Os preços de produtos e serviços deverão
zido seja oriundo de produtores que obtenham o ser informados adequadamente, de modo a ga-
certificado de que trata o art. 4º da Medida Pro-
rantir ao consumidor a correção, clareza, preci-
visória nº 113, de 2003, devendo, nesse caso, ser
são, ostensividade e legibilidade das informações
aplicadas as disposições do art. 4º deste Decreto.
prestadas.
§ 2º A informação referida no § 1º pode ser in-
§ 1º Para efeito do disposto no caput deste ar-
serida por meio de adesivos ou qualquer forma
tigo, considera-se:
de impressão.
I – correção, a informação verdadeira que não
§ 3º Os alimentos a que se refere o caput pode-
seja capaz de induzir o consumidor em erro;
rão ser comercializados após 31 de janeiro de 2004,
II – clareza, a informação que pode ser entendi-
desde que a soja a partir da qual foram produzidos
da de imediato e com facilidade pelo consumidor,
tenha sido alienada pelo produtor até essa data.
sem abreviaturas que dificultem a sua compreen-
Art. 6º À infração ao disposto neste Decreto aplica- são, e sem a necessidade de qualquer interpreta-
-se as penalidades previstas no Código de Defesa ção ou cálculo;
do Consumidor e demais normas aplicáveis. III – precisão, a informação que seja exata, de-
Art. 7º Este Decreto entra em vigor na data de sua finida e que esteja física ou visualmente ligada ao
publicação. produto a que se refere, sem nenhum embaraço
físico ou visual interposto;
Art. 8º Revoga-se o Decreto nº 3.871, de 18 de
IV – ostensividade, a informação que seja de
julho de 2001.
fácil percepção, dispensando qualquer esforço
Brasília, 24 de abril de 2003; 182º da na sua assimilação; e
Independência e 115º da República.
V – legibilidade, a informação que seja visível
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA e indelével.
Márcio Thomaz Bastos
Roberto Rodrigues
Art. 3º O preço de produto ou serviço deverá ser
Humberto Sérgio Costa Lima informado discriminando-se o total à vista.
Luiz Fernando Furlan Parágrafo único. No caso de outorga de crédito,
Dilma Vana Rousseff como nas hipóteses de financiamento ou parcela-
Roberto Átila Amaral Vieira
Miguel Soldatelli Rossetto mento, deverão ser também discriminados:
José Dirceu de Oliveira e Silva I – o valor total a ser pago com financiamento;
José Graziano da Silva II – o número, periodicidade e valor das pres-
tações;
DECRETO Nº 5.903, DE 20 III – os juros; e
DE SETEMBRO DE 2006 IV – os eventuais acréscimos e encargos que
(LEI DAS ETIQUETAS) incidirem sobre o valor do financiamento ou par-
(Publicado no DOU de 21/9/2006) celamento.
Regulamenta a Lei nº 10.962, de 11 de outubro Art. 4º Os preços dos produtos e serviços expostos
de 2004, e a Lei nº 8.078, de 11 de setembro
à venda devem ficar sempre visíveis aos consumi-
de 1990.
dores enquanto o estabelecimento estiver aberto
O presidente da República, no uso da atribuição ao público.
que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, Parágrafo único. A montagem, rearranjo ou lim-
e tendo em vista o disposto na Lei nº 8.078, de 11 peza, se em horário de funcionamento, deve ser
de setembro de 1990, e na Lei nº 10.962, de 11 de feito sem prejuízo das informações relativas aos
outubro de 2004, decreta: preços de produtos ou serviços expostos à venda.
Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei nº 10.962, Art. 5º Na hipótese de afixação de preços de bens
de 11 de outubro de 2004, e dispõe sobre as prá- e serviços para o consumidor, em vitrines e no co-
ticas infracionais que atentam contra o direito mércio em geral, de que trata o inciso I do art. 2º
básico do consumidor de obter informação ade- da Lei nº 10.962, de 2004, a etiqueta ou similar
108
DECRETO Nº 5.903, DE 20 DE SETEMBRO DE 2006
afixada diretamente no produto exposto à venda § 1º Os leitores óticos deverão ser indicados
deverá ter sua face principal voltada ao consu- por cartazes suspensos que informem a sua lo-
midor, a fim de garantir a pronta visualização do calização.
preço, independentemente de solicitação do con- § 2º Os leitores óticos deverão ser dispostos na
sumidor ou intervenção do comerciante. área de vendas, observada a distância máxima de
Parágrafo único. Entende-se como similar qual- quinze metros entre qualquer produto e a leitora
quer meio físico que esteja unido ao produto e ótica mais próxima.
gere efeitos visuais equivalentes aos da etiqueta. § 3º Para efeito de fiscalização, os fornecedores
deverão prestar as informações necessárias aos
Art. 6º Os preços de bens e serviços para o con- agentes fiscais mediante disponibilização de cro-
sumidor nos estabelecimentos comerciais de que qui da área de vendas, com a identificação clara
trata o inciso II do art. 2º da Lei nº 10.962, de 2004, e precisa da localização dos leitores óticos e a dis-
admitem as seguintes modalidades de afixação: tância que os separa, demonstrando graficamente
I – direta ou impressa na própria embalagem; o cumprimento da distância máxima fixada neste
II – de código referencial; ou artigo.
III – de código de barras.
Art. 8º A modalidade de relação de preços de
§ 1º Na afixação direta ou impressão na pró-
produtos expostos e de serviços oferecidos aos
pria embalagem do produto, será observado o consumidores somente poderá ser empregada
disposto no art. 5º deste Decreto. quando for impossível o uso das modalidades
§ 2º A utilização da modalidade de afixação de descritas nos arts. 5º e 6º deste Decreto.
código referencial deverá atender às seguintes § 1º A relação de preços de produtos ou serviços
exigências: expostos à venda deve ter sua face principal vol-
I – a relação dos códigos e seus respectivos pre- tada ao consumidor, de forma a garantir a pronta
ços devem estar visualmente unidos e próximos visualização do preço, independentemente de
dos produtos a que se referem, e imediatamente solicitação do consumidor ou intervenção do co-
perceptível ao consumidor, sem a necessidade de merciante.
qualquer esforço ou deslocamento de sua parte; e § 2º A relação de preços deverá ser também afi-
II – o código referencial deve estar fisicamente xada, externamente, nas entradas de restaurantes,
ligado ao produto, em contraste de cores e em ta- bares, casas noturnas e similares.
manho suficientes que permitam a pronta identi- Art. 9º Configuram infrações ao direito básico do
ficação pelo consumidor. consumidor à informação adequada e clara sobre
§ 3º Na modalidade de afixação de código de os diferentes produtos e serviços, sujeitando o in-
barras, deverão ser observados os seguintes re- frator às penalidades previstas na Lei nº 8.078, de
quisitos: 1990, as seguintes condutas:
I – as informações relativas ao preço à vista, ca- I – utilizar letras cujo tamanho não seja uni-
racterísticas e código do produto deverão estar a forme ou dificulte a percepção da informação,
ele visualmente unidas, garantindo a pronta iden- considerada a distância normal de visualização
tificação pelo consumidor; do consumidor;
II – a informação sobre as características do II – expor preços com as cores das letras e do
item deve compreender o nome, quantidade e fundo idêntico ou semelhante;
demais elementos que o particularizem; e III – utilizar caracteres apagados, rasurados ou
borrados;
III – as informações deverão ser disponibiliza-
IV – informar preços apenas em parcelas, obri-
das em etiquetas com caracteres ostensivos e em
gando o consumidor ao cálculo do total;
cores de destaque em relação ao fundo.
V – informar preços em moeda estrangeira, de-
Art. 7º Na hipótese de utilização do código de bar- sacompanhados de sua conversão em moeda cor-
ras para apreçamento, os fornecedores deverão rente nacional, em caracteres de igual ou superior
disponibilizar, na área de vendas, para consulta de destaque;
preços pelo consumidor, equipamentos de leitura VI – utilizar referência que deixa dúvida quanto
ótica em perfeito estado de funcionamento. à identificação do item ao qual se refere;
109
VII – atribuir preços distintos para o mesmo ção, suspensão ou cancelamento de contratos e
item; e de serviços.
VIII – expor informação redigida na vertical ou Parágrafo único. Excluem-se do âmbito de apli-
outro ângulo que dificulte a percepção. cação deste Decreto a oferta e a contratação de
Art. 10. A aplicação do disposto neste Decreto produtos e serviços realizadas por telefone.
dar-se-á sem prejuízo de outras normas de con- CAPÍTULO II
trole incluídas na competência de demais órgãos DA ACESSIBILIDADE DO SERVIÇO
e entidades federais.
Art. 3º As ligações para o SAC serão gratuitas e
Parágrafo único. O disposto nos arts. 2º, 3º e
o atendimento das solicitações e demandas pre-
9º deste Decreto aplica-se às contratações no co-
visto neste Decreto não deverá resultar em qual-
mércio eletrônico. (Parágrafo acrescido pelo Decreto
quer ônus para o consumidor.
nº 7.962, de 15/3/2013, publicado no DOU edição extra
de 15/3/2013, em vigor sessenta dias após a data de sua Art. 4º O SAC garantirá ao consumidor, no pri-
publicação) meiro menu eletrônico, as opções de contato com
o atendente, de reclamação e de cancelamento de
Art. 11. Este Decreto entra em vigor noventa dias
contratos e serviços.
após sua publicação.
§ 1º A opção de contatar o atendimento pes-
Brasília, 20 de setembro de 2006; 185º da
soal constará de todas as subdivisões do menu
Independência e 118º da República.
eletrônico.
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA § 2º O consumidor não terá a sua ligação finali-
Márcio Thomaz Bastos
zada pelo fornecedor antes da conclusão do aten-
dimento.
DECRETO Nº 6.523, DE 31
§ 3º O acesso inicial ao atendente não será con-
DE JULHO DE 2008
dicionado ao prévio fornecimento de dados pelo
(Publicado no DOU de 1º/8/2008)
consumidor.
Regulamenta a Lei nº 8.078, de 11 de setem- § 4º Regulamentação específica tratará do tem-
bro de 1990, para fixar normas gerais sobre o
po máximo necessário para o contato direto com
Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC).
o atendente, quando essa opção for selecionada.
O presidente da República, no uso da atribuição
que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, Art. 5º O SAC estará disponível, ininterruptamen-
e tendo em vista o disposto na Lei nº 8.078, de 11 te, durante vinte e quatro horas por dia e sete dias
de setembro de 1990, decreta: por semana, ressalvado o disposto em normas es-
pecíficas.
Art. 1º Este Decreto regulamenta a Lei nº 8.078,
de 11 de setembro de 1990, e fixa normas gerais Art. 6º O acesso das pessoas com deficiência audi-
sobre o Serviço de Atendimento ao Consumidor tiva ou de fala será garantido pelo SAC, em caráter
(SAC) por telefone, no âmbito dos fornecedores preferencial, facultado à empresa atribuir número
de serviços regulados pelo Poder Público Federal, telefônico específico para este fim.
com vistas à observância dos direitos básicos do Art. 7º O número do SAC constará de forma clara
consumidor de obter informação adequada e e objetiva em todos os documentos e materiais
clara sobre os serviços que contratar e de manter-
impressos entregues ao consumidor no momento
-se protegido contra práticas abusivas ou ilegais
da contratação do serviço e durante o seu forne-
impostas no fornecimento desses serviços.
cimento, bem como na página eletrônica da em-
CAPÍTULO I presa na internet.
DO ÂMBITO DA APLICAÇÃO Parágrafo único. No caso de empresa ou grupo
Art. 2º Para os fins deste Decreto, compreende-se empresarial que oferte serviços conjuntamente,
por SAC o serviço de atendimento telefônico das será garantido ao consumidor o acesso, ainda que
prestadoras de serviços regulados que tenham por meio de diversos números de telefone, a canal
como finalidade resolver as demandas dos con- único que possibilite o atendimento de demanda
sumidores sobre informação, dúvida, reclama- relativa a qualquer um dos serviços oferecidos.
110
DECRETO Nº 6.523, DE 31 DE JULHO DE 2008
112
DECRETO Nº 7.962, DE 15 DE MARÇO DE 2013
território nacional, por meio da integração e arti- VI – promover a transparência e harmonia das
culação de políticas, programas e ações. relações de consumo.
Parágrafo único. O Plano Nacional de Consumo Parágrafo único. Para fins do disposto neste De-
e Cidadania será executado pela União em cola- creto, considera-se:
boração com Estados, Distrito Federal, Municípios I – desenho universal – concepção de produtos,
e com a sociedade. ambientes, programas e serviços a serem usados
por todas as pessoas, sem necessidade de adapta-
Art. 2º São diretrizes do Plano Nacional de Con-
ção ou de projeto específico, incluídos os recursos
sumo e Cidadania:
de tecnologia assistiva; e
I – educação para o consumo;
II – tecnologia assistiva – produtos, equipamen-
II – adequada e eficaz prestação dos serviços
tos, dispositivos, recursos, metodologias, estraté-
públicos;
gias, práticas e serviços que objetivem promover a
III – garantia do acesso do consumidor à justiça;
funcionalidade, relacionada à atividade e à partici-
IV – garantia de produtos e serviços com pa-
pação da pessoa com deficiência ou com mobilida-
drões adequados de qualidade, segurança, dura-
de reduzida, visando à sua autonomia, independên-
bilidade, desempenho e acessibilidade; (Inciso com
cia, qualidade de vida e inclusão social. (Parágrafo
redação dada pelo Decreto nº 8.953, de 10/1/2017)
único acrescido pelo Decreto nº 8.953, de 10/1/2017)
V – fortalecimento da participação social na de-
fesa dos consumidores; Art. 4º São eixos de atuação do Plano Nacional de
VI – prevenção e repressão de condutas que vio- Consumo e Cidadania:
lem direitos do consumidor; e I – prevenção e redução de conflitos;
VII – autodeterminação, privacidade, confiden- II – regulação e fiscalização; e
cialidade e segurança das informações e dados III – fortalecimento do Sistema Nacional de De-
pessoais prestados ou coletados, inclusive por fesa do Consumidor.
meio eletrônico. Art. 5º O eixo de prevenção e redução de confli-
Parágrafo único. Para fins do disposto neste tos será composto, dentre outras, pelas seguintes
Decreto, considera-se acessibilidade a possibili- políticas e ações:
dade e a condição de alcance para utilização, com I – aprimoramento dos procedimentos de aten-
segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, dimento ao consumidor no pós-venda de produ-
equipamentos urbanos, edificações, transportes, tos e serviços;
informação e comunicação, inclusive seus siste- II – criação de indicadores e índices de quali-
mas e suas tecnologias, e de outros serviços e dade das relações de consumo; e
instalações abertos ao público, de uso público ou III – promoção da educação para o consumo,
privados de uso coletivo, tanto na zona urbana incluída a qualificação e capacitação profissional
como na rural, por pessoa com deficiência ou com em defesa do consumidor.
mobilidade reduzida. (Parágrafo único acrescido pelo
Art. 6º O eixo regulação e fiscalização será compos-
Decreto nº 8.953, de 10/1/2017)
to, dentre outras, pelas seguintes políticas e ações:
Art. 3º São objetivos do Plano Nacional de Con- I – instituição de avaliação de impacto regulató-
sumo e Cidadania: rio sob a perspectiva dos direitos do consumidor;
I – garantir o atendimento das necessidades dos II – promoção da inclusão, nos contratos de con-
consumidores; cessão de serviços públicos, de mecanismos de
II – assegurar o respeito à dignidade, saúde e garantia dos direitos do consumidor;
segurança do consumidor; III – ampliação e aperfeiçoamento dos proces-
III – estimular a melhoria da qualidade e o dese- sos fiscalizatórios quanto à efetivação de direitos
nho universal de produtos e serviços disponibili- do consumidor;
zados no mercado de consumo; (Inciso com redação IV – garantia de autodeterminação, privacidade,
dada pelo Decreto nº 8.953, de 10/1/2017) confidencialidade e segurança das informações e
IV – assegurar a prevenção e a repressão de con- dados pessoais prestados ou coletados, inclusive
dutas que violem direitos do consumidor; por meio eletrônico;
V – promover o acesso a padrões de produção V – garantia da efetividade da execução das
e consumo sustentáveis; e multas; e
115
VI – implementação de outras medidas sancio- Art. 15. O Ministro de Estado do Planejamento,
natórias relativas à regulação de serviços. Orçamento e Gestão poderá, nos termos do § 7º
do art. 93 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de
Art. 7º O eixo de fortalecimento do Sistema Na-
1990, determinar o exercício temporário de servi-
cional de Defesa do Consumidor será composto,
dores ou empregados dos órgãos integrantes do
dentre outras, pelas seguintes políticas e ações:
Observatório Nacional das Relações de Consumo
I – estimulo à interiorização e ampliação do
da administração pública federal direta e indireta
atendimento ao consumidor, por meio de parce-
para desempenho de atividades no âmbito do Mi-
rias com Estados e Municípios;
nistério da Justiça, com objetivo de auxiliar a ges-
II – promoção da participação social junto ao
tão do Plano Nacional de Consumo e Cidadania.
Sistema Nacional de Defesa do Consumidor; e
§ 1º A determinação de exercício temporário
III – fortalecimento da atuação dos Procons na
referido no caput observará os seguintes proce-
proteção dos direitos dos consumidores.
dimentos:
Art. 8º Dados e informações de atendimento ao I – requisição do Ministro de Estado da Justiça
consumidor registrados no Sistema Nacional de ao Ministro de Estado ou autoridade competente
Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), de órgão integrante da Presidência da República
que integra os órgãos de proteção e defesa do a que pertencer o servidor;
consumidor em todo o território nacional, subsi- II – o órgão ou entidade cedente instruirá o pro-
diarão a definição das Políticas e ações do Plano cesso de requisição no prazo máximo de dez dias,
Nacional de Consumo e Cidadania. encaminhando-o ao Ministério do Planejamento,
Parágrafo único. Compete ao Ministério da Jus- Orçamento e Gestão; e
tiça coordenar, gerenciar e ampliar o Sindec, ga- III – examinada a adequação da requisição ao
rantindo o acesso às suas informações. disposto neste Decreto, o Ministro de Estado do
Art. 9º a 12. (Declarados revogados pelo Decreto Planejamento, Orçamento e Gestão editará, no
nº 10.087, de 5/11/2019, publicado no DOU de 6/11/2019,
prazo de até dez dias, ato determinando o exercí-
em vigor 30 dias após a publicação)
cio temporário do servidor requisitado.
§ 2º O prazo do exercício temporário não po-
Art. 13. Para a execução do Plano Nacional de derá ser superior a um ano, admitindo-se prorro-
Consumo e Cidadania poderão ser firmados con- gações sucessivas, de acordo com as necessidades
vênios, acordos de cooperação, ajustes ou instru- do projeto.
mentos congêneres, com órgãos e entidades da § 3º Os servidores de que trata o caput deve-
administração pública federal, dos Estados, do rão, preferencialmente, ser ocupantes de cargos
Distrito Federal e dos Municípios, com consórcios efetivos de Especialista em Regulação de Serviços
públicos, bem como com entidades privadas, na Públicos de Telecomunicações, de Especialista em
forma da legislação pertinente. Regulação de Serviços Públicos de Energia, de Es-
Art. 14. O Plano Nacional de Consumo e Cidada- pecialista em Regulação de Saúde Suplementar, e
nia será custeado por: de Especialista em Regulação de Aviação Civil, in-
I – dotações orçamentárias da União consig- tegrantes das carreiras de que trata a Lei nº 10.871,
nadas anualmente nos orçamentos dos órgãos de 20 de maio de 2004, e de Analista em Tecno-
e entidades envolvidos no Plano, observados os logia da Informação e de economista, do Plano
limites de movimentação, de empenho e de paga- Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE).
mento fixados anualmente; Art. 16. O Conselho de Ministros da Câmara Na-
II – recursos oriundos dos órgãos participantes cional das Relações de Consumo elaborará, em
do Plano Nacional de Consumo e Cidadania e que prazo definido por seus membros e formalizado
não estejam consignados nos Orçamentos Fiscal em ato do Ministro de Estado da Justiça, pro-
e da Seguridade Social da União; e posta de regulamentação do § 3º do art. 18 da Lei
III – outras fontes de recursos destinadas por nº 8.078, de 1990, para especificar produtos de
Estados, Distrito Federal e Municípios, bem como consumo considerados essenciais e dispor sobre
por outras entidades públicas. procedimentos para uso imediato das alternativas
116
LISTA DE OUTRAS NORMAS E INFORMAÇÕES DE INTERESSE
previstas no § 1º do art. 18 da referida Lei. (Artigo LEI Nº 7.565, DE 19 DE DEZEMBRO DE 1986
com redação dada pelo Decreto nº 7.986, de 15/4/2013) Dispõe sobre o Código Brasileiro de Aeronáutica.
(Ver arts. 222 a 266 e 287)
Art. 17. Este Decreto entra em vigor na data de
Publicada no DOU de 23/12/1986.
sua publicação.
Brasília, 15 de março de 2013; 192º da
LEI Nº 8.080, DE 19 DE SETEMBRO DE 1990
Independência e 125º da República. (Lei Orgânica da Saúde)
Dispõe sobre as condições para promoção, pro-
DILMA ROUSSEFF teção e recuperação da saúde, a organização e o
José Eduardo Cardozo
funcionamento dos serviços correspondentes e
dá outras providências. (Ver títulos I e III)
Publicada no DOU de 20/9/1990.
LISTA DE OUTRAS NORMAS E
LEI Nº 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995
INFORMAÇÕES DE INTERESSE Dispõe sobre o regime de concessão e permis-
CONVENÇÃO DA COMUNIDADE ECONÔMICA EURO- são da prestação de serviços públicos previsto
no art. 175 da Constituição Federal, e dá outras
PEIA RELATIVA À COMPETÊNCIA JURISDICIONAL
providências.
E À EXECUÇÃO DE DECISÕES EM MATÉRIA CIVIL E
Publicada no DOU de 14/2/1995 e republicada no
COMERCIAL, DE 27 DE SETEMBRO DE 1968
DOU de 28/9/1998.
PROTOCOLO MERCOSUL DE BUENOS AIRES SO-
LEI Nº 9.051, DE 18 DE MAIO DE 1995
BRE JURISDIÇÃO INTERNACIONAL EM MATÉRIA
Dispõe sobre a expedição de certidões para a de-
CONTRATUAL, DE 5 DE AGOSTO DE 1994
fesa de direitos e esclarecimentos de situações.
REGULAMENTO COMUNIDADE ECONÔMICA EURO- Publicada no DOU de 19/5/1995.
PEIA Nº 44, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2000 LEI Nº 9.472, DE 16 DE JULHO DE 1997
Regulamento relativo à competência judiciária, (Lei Geral de Telecomunicações)
ao reconhecimento e à execução de decisões em Dispõe sobre a organização dos serviços de teleco-
matéria civil e comercial. municações, a criação e funcionamento de um ór-
gão regulador e outros aspectos institucionais, nos
LEI Nº 1.521, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1951
termos da Emenda Constitucional nº 8, de 1995.
Altera dispositivos da legislação vigente sobre cri-
Publicada no DOU de 17/7/1997.
mes contra a economia popular.
Publicada no DOU de 27/12/1951. LEI Nº 9.784, DE 29 DE JANEIRO DE 1999
Regula o processo administrativo no âmbito da
LEI Nº 6.463, DE 9 DE NOVEMBRO DE 1977
administração pública federal.
Torna obrigatória a declaração de preço total nas Publicada no DOU de 1º/2/1999.
vendas a prestação e dá outras providências.
Publicada no DOU de 10/11/1977. LEI Nº 9.791, DE 24 DE MARÇO DE 1999
Dispõe sobre a obrigatoriedade de as conces-
LEI Nº 7.089, DE 23 DE MARÇO DE 1983 sionárias de serviços públicos estabelecerem ao
Veda a cobrança de juros de mora sobre título, consumidor e ao usuário datas opcionais para o
cujo vencimento se dê em feriado, sábado ou do- vencimento de seus débitos.
mingo. Publicada no DOU de 25/3/1999.
Publicada no DOU de 24/3/1983.
LEI Nº 9.961, DE 28 DE JANEIRO DE 2000
LEI Nº 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985 Cria a Agência Nacional de Saúde Suplementar
Disciplina a ação civil pública de responsabilidade (ANS) e dá outras providências.
por danos causados ao meio ambiente, ao consu- Publicada no DOU de 29/1/2000.
midor, a bens e direitos de valor artístico, estético, LEI Nº 10.048, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2000
histórico, turístico e paisagístico (vetado) e dá ou- Dá prioridade de atendimento às pessoas que es-
tras providências. pecifica e dá outras providências.
Publicada no DOU de 25/7/1985. Publicada no DOU de 9/11/2000.
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LEI Nº 10.185, DE 12 DE FEVEREIRO DE 2001 nos cursos das instituições federais de educação
Dispõe sobre a especialização das sociedades superior.
seguradoras em planos privados de assistência à Publicada no DOU de 11/4/2013.
saúde e dá outras providências.
LEI Nº 12.849, DE 2 DE AGOSTO DE 2013
Publicada no DOU de 14/2/2001.
Dispõe sobre a obrigatoriedade de as fábricas de
LEI Nº 10.742, DE 6 DE OUTUBRO DE 2003 produtos que contenham látex natural gravarem
Define normas de regulação para o setor farma- em suas embalagens advertência sobre a pre-
cêutico, cria a Câmara de Regulação do Mercado sença dessa substância.
de Medicamentos (CMED) e altera a Lei nº 6.360, de Publicada no DOU de 5/8/2013.
23 de setembro de 1976, e dá outras providências.
LEI Nº 13.111, DE 25 DE MARÇO DE 2015
Publicada no DOU de 7/10/2003.
Dispõe sobre a obrigatoriedade de os empresários
LEI Nº 10.850, DE 25 DE MARÇO DE 2004 que comercializam veículos automotores informa-
Atribui competências à Agência Nacional de Saú- rem ao comprador o valor dos tributos inciden-
de Suplementar (ANS) e fixa as diretrizes a se- tes sobre a venda e a situação de regularidade do
rem observadas na definição de normas para veículo quanto a furto, multas, taxas anuais, dé-
implantação de programas especiais de incentivo bitos de impostos, alienação fiduciária ou quais-
à adaptação de contratos anteriores à Lei nº 9.656, quer outros registros que limitem ou impeçam a
de 3 de junho de 1998. circulação do veículo.
Publicada no DOU de 26/3/2004. Publicada no DOU de 26/3/2015.
LEI Nº 11.291, DE 26 DE ABRIL DE 2006 LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015
Dispõe sobre a inclusão nos locais indicados de Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com
aviso alertando sobre os malefícios resultantes do Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência).
uso de equipamentos de som em potência supe- (Ver art. 69)
rior a 85 (oitenta e cinco) decibéis. Publicada no DOU de 7/7/2015.
Publicada no DOU de 27/4/2006.
LEI Nº 13.179, DE 22 DE OUTUBRO DE 2015
LEI Nº 11.795, DE 8 DE OUTUBRO DE 2008 Obriga o fornecedor de ingresso para evento cul-
Dispõe sobre o sistema de consórcio. tural pela internet a tornar disponível a venda de
Publicada no DOU de 9/10/2008. meia-entrada por esse veículo.
LEI Nº 11.975, DE 7 DE JULHO DE 2009 Publicada no DOU de 23/10/2015.
Dispõe sobre a validade dos bilhetes de passagem DECRETO Nº 22.626, DE 7 DE ABRIL DE 1933
no transporte coletivo rodoviário de passageiros Dispõe sobre os juros dos contratos e dá outras
e dá outras providências. providencias.
Publicada no DOU de 8/7/2009. Publicado no DOU de 8/4/1933 e retificado no DOU
LEI Nº 12.007, DE 29 DE JULHO DE 2009 de 17/4/1933.
Dispõe sobre a emissão de declaração de quitação DECRETO Nº 1.306, DE 9 DE NOVEMBRO DE 1994
anual de débitos pelas pessoas jurídicas prestado- Regulamenta o Fundo de Defesa de Direitos Difu-
ras de serviços públicos ou privados. sos, de que tratam os arts. 13 e 20 da Lei nº 7.347,
Publicada no DOU de 30/7/2009.
de 24 de julho de 1985, seu conselho gestor e dá
LEI Nº 12.414, DE 9 DE JUNHO DE 2011 outras providências.
Disciplina a formação e consulta a bancos de da- Publicado no DOU de 10/11/1994 e retificado no
dos com informações de adimplemento, de pes- DOU de 11/11/1994.
soas naturais ou de pessoas jurídicas, para forma-
DECRETO Nº 2.521, DE 20 DE MARÇO DE 1998
ção de histórico de crédito.
Dispõe sobre a exploração, mediante permissão e
Publicada no DOU de 10/6/2011.
autorização, de serviços de transporte rodoviário
LEI Nº 12.799, DE 10 DE ABRIL DE 2013 interestadual e internacional de passageiros e dá
Dispõe sobre a isenção de pagamento de taxas outras providências. (Ver arts. 29 a 31)
para inscrição em processos seletivos de ingresso Publicado no DOU de 23/3/1998.
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LISTA DE OUTRAS NORMAS E INFORMAÇÕES DE INTERESSE
DECRETO Nº 4.680, DE 24 DE ABRIL DE 2003 2000, quanto às instalações relacionadas aos jo-
Regulamenta o direito à informação, assegurado gos olímpicos e paralímpicos de 2016.
pela Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, Publicado no DOU de 10/10/2012.
quanto aos alimentos e ingredientes alimentares
DECRETO Nº 8.264, DE 5 DE JUNHO DE 2014
destinados ao consumo humano ou animal que
Regulamenta a Lei nº 12.741, de 8 de dezembro
contenham ou sejam produzidos a partir de orga-
de 2012, que dispõe sobre as medidas de esclare-
nismos geneticamente modificados, sem prejuízo
cimento ao consumidor quanto à carga tributária
do cumprimento das demais normas aplicáveis.
incidente sobre mercadorias e serviços.
Publicado no DOU de 25/4/2003.
Publicado no DOU de 6/6/2014.
DECRETO Nº 5.296, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004
DECRETO Nº 8.573, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2015
Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novem-
Dispõe sobre o Consumidor.gov.br, sistema alter-
bro de 2000, que dá prioridade de atendimento às
nativo de solução de conflitos de consumo, e dá
pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezem-
outras providências.
bro de 2000, que estabelece normas gerais e cri-
Publicado no DOU de 20/11/2015.
térios básicos para a promoção da acessibilidade
das pessoas portadoras de deficiência ou com mo- Portais
bilidade reduzida, e dá outras providências.
• Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon)
Publicado no DOU de 3/12/2004.
do Ministério da Justiça
DECRETO Nº 5.440, DE 4 DE MAIO DE 2005 <www.justica.gov.br/seus-direitos/consumidor>
Estabelece definições e procedimentos sobre o
• Serviço Público para Solução Alternativa de Con-
controle de qualidade da água de sistemas de
flitos
abastecimento e institui mecanismos e instrumen-
<www.consumidor.gov.br>
tos para divulgação de informação ao consumidor
sobre a qualidade da água para consumo humano. Data comemorativa
Publicado no DOU de 5/5/2005. • 15 de março: Dia Nacional do Consumidor (Lei
DECRETO Nº 7.823, DE 9 DE OUTUBRO DE 2012 nº 10.504/2002)
Regulamenta a Lei nº 10.048, de 8 de novembro
de 2000, e a Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de
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edições câmara
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