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A produção de conhecimentos da
Filosofia na Educação
REFLETIR SOBRE OS IMPACTOS DO CONHECIMENTO PRODUZIDO DA FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO.

AUTOR(A): PROF. SUELEN DE PONTES ALEXANDRE

A humanidade sempre buscou explicações para tudo: o Mundo; o Ser Humano; a Sociedade; o próprio
conhecimento; a moral; o poder; etc.

Para isso,  criou e desenvolveu formas de conhecimento variadas: o mito; a religião; o senso comum; a
filosofia; a arte; a ciência. Estas formas de conhecimento procuram produzir explicações e entendimentos

a respeito de tudo o que existe e de tudo o que ocorre. Dentre o que ocorre no mundo humano, está a
educação. Há conhecimentos científicos a respeito da educação como, por exemplo, nas áreas da
Sociologia da Educação, da Psicologia da Educação, da História da Educação, como há também

conhecimentos de Filosofia da Educação.


Os conhecimentos no campo da Filosofia da Educação, acompanharam as diversas tendências da Filosofia
ao longo da História do Pensamento Humano. Essas tendências, como foi visto no tópico “ Tendências

pedagógicas e suas referências filosóficas” estão presentes nas maneiras de pensar a educação e,
Legenda: LINHA DO TEMPO: DA MITOLOGIA AO SURGIMENTO DA FILOSOFIA
dependendo da época, elas são mais ou menos predominantes. Veremos, neste tópico, alguns

conhecimentos filosóficos produzidos em alguns momentos históricos e que influenciaram a produção de


Normalmente os conhecimentos de Filosofia da Educação dizem respeito ao que entender por educação,
algumas tendências filosóficas em educação. 
por ser humano, e o modo de entender o  conhecimento e seu papel na vida humana, ao  entendimento  da

ética e moral e sobre o papel da educação na formação das novas gerações, compreendendo as 
organizações sociais, políticas, as relações de poder e sua influência na educação. Destacamos a

importancia da reflexão crítica proporcionado pela estética e suas relações com a educação.

Para muitos historiadores, a Filosofia, no Ocidente, teve seus inícios na Grécia antiga por volta do século
VI antes de Cristo. Tomando esta maneira de pensar a História da Filosofia no Ocidente, veremos, a seguir,

algumas das ideias elaboradas por certas tendências filosóficas (aquelas mencionadas no tópico relativo

às “tendências pedagógicas”). Serão feitas algumas indicações de como estas tendências filosóficas
influenciaram a produção de conhecimentos no campo da Filosofia da Educação e de como, por

consequência, esses conhecimentos da Filosofia da Educação, influenciam ou impactam as tendências ou


propostas pedagógicas.

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Este esforço de compreensão é importante para que os educadores possam, primeiro, perceber os pontos outra “além” (metá , se diz em Grego) desta realidade física ou natural. O ser humano, nessa referência, é

de partida teóricos dos quais as propostas educacionais partem; em segundo lugar para que possam um ser que participa da realidade física (ou natural) e participa, também, da realidade metafísica, ou

refletir e decidir se querem, ou não, caminhar na direção apontada por estas teorias no seu trabalho de “sobrenatural”. 

ajuda na formação das novas gerações.     Esta maneira de pensar a realidade e o ser humano tem inícios na filosofia de Platão (um filósofo grego

Vejamos, resumidamente isso. Mas, fica o alerta para que continuem a pesquisar (estudar) a respeito que viveu por volta de 400 antes de Cristo). Ele afirmava que a realidade é constituída de duas instâncias:

deste tema buscando mais leituras, por exemplo, na bibliografia indicada ao final deste tópico.  uma é a realidade na qual estamos e vivemos. Outra é a realidade que existe além (metá ) dessa realidade.

Essa outra realidade, segundo suas ideias, é a realidade perfeita na qual estão as essências, também
perfeitas, de tudo. Nesta realidade, aqui, o que existe é apenas uma cópia imperfeita das essências que
existem lá. Alguns autores denominam àquela realidade de “mundo das essências” ou de “mundo das

ideias”.
E o ser humano? Ele é um ser no qual convivem provisoriamente, pode-se dizer assim, as duas realidades.
Ele é um corpo (ou tem um corpo, e aqui muita discussão pode ser feita) e tem (ou é?) ao mesmo tempo

uma alma. A alma é a essência do ser humano. Ela já viveu no mundo das essências e, por alguma razão,
veio a habitar um corpo material, desse mundo aqui, imperfeito. Ao estar no corpo, ela fica “esquecida”
das essências que ela contemplava no outro mundo. A alma, portanto, já tem um conhecimento dentro
dela, mas está de alguma maneira apagado. Sua tarefa, no tempo em que estiver no corpo, será a de se

lembrar das ideias que ou do conhecimento das essências puras que ela contemplou na outra realidade da
qual já fez parte. Esses conhecimentos são também fundamentais para que ela oriente suas ações, sua
maneira de agir. 

Legenda: O APROFUNDAMENTO DA LEITURA é MUITO IMPORTANTE PARA A COMPREENSãO DA


EDUCAçãO DE MODO GERAL.

As ideias no campo da Filosofia da Educação a partir da referência metafísica ou da perspectiva


essencialista. 
Antes de ler este item, retomem o que foi apresentado a este respeito no tópico “ Tendências pedagógicas
e suas referências filosóficas”. Lá foi dito que aí se incluem as “posições filosóficas que afirmam a
existência de aspectos da realidade em geral que não fazem parte da realidade natural, ou física, ou
material. O real seria, portanto, constituído de duas instâncias: uma instância material ou física (natural) e

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Legenda: O SABER CIENTíFICO: CONCEITOS, MéTODOS E INSTRUMENTOS

Há aqui um brevíssimo resumo das ideias filosóficas de Platão. Você pode ampliar o conhecimento dessas
ideias fazendo buscas em livros de Filosofia e de Filosofia da Educação e também na internet. No caso da

internet basta colocar algo assim: pensamento de Platão; ou mundo das ideias de Platão; o ser humano

para Platão; a teoria do conhecimento de Platão; a ética em Platão; ou outras expressões. Você encontrará
várias referências ao que comumente tem sido designado como “Mito da Caverna”, ou, também, “alegoria

da caverna em Platão”.  Vale a pena ler esta alegoria ou mito da caverna. Há vídeos muito interessantes no

youtube e também no acervo de vídeos do AVA.  

Legenda: ALEGORIA DA CAVERNA DE PLATãO: UMA REFLEXãO SOBRE OS TEMPOS ATUAIS.

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Estas ideias de Platão acabaram por influenciar muitos outros pensadores desde o tempo dele e até por Segundo: deve proceder a uma análise reflexiva e crítica (para isso a Filosofia ajuda e muito) de tal

volta dos anos de 1600 de nossa época. Durante o Império Romano que, no Ocidente, durou até por volta maneira que possa tomar uma decisão a respeito dos encaminhamentos que julga devam ser dados às
dos anos 400 depois de Cristo, suas ideias foram absorvidas e, em seguida, foram reelaboradas por suas práticas educacionais. Lembrando sempre que os encaminhamentos educacionais não são

pensadores cristãos como, por exemplo, Santo Agostinho, um padre e filósofo católico. Como o propriedade de alguém isoladamente e sim devem ser resultados de diálogos entre os vários interessados

cristianismo teve profunda influência na maneira de pensar a realidade, o ser humano, o conhecimento, a na educação das novas gerações sem esquecer que as novas gerações são as mais interessadas nos
moral (campo da ética), a organização da sociedade e, dentro dela, a organização das relações de poder caminhos de sua formação e, portanto, devem ser ouvidas também.       

(campo da Política) e em outros aspectos, essas ideias filosóficas tornaram-se referências muito fortes na  

orientação, por exemplo, da educação. Daí que, os conhecimentos filosóficos em Filosofia da Educação
desde Platão, até ao menos por volta do Século XVIII, pautaram-se basicamente por estas ideias

filosóficas.

Em resumo, estes conhecimentos filosófico-educacionais podem ser assim apresentados:

a. A realidade é constituída de duas instâncias: a realidade natural e uma realidade sobrenatural. A segunda
é mais importante que a primeira.
b. O ser humano participa das duas realidades por ser constituído de um corpo material e de uma alma não
material (espírito). O mais importante é a alma ou o espírito, ainda que se reconheça a importância do
corpo.
c. O conhecimento é derivado de iluminações vindas da realidade espiritual (de um Deus?) e deve ser
transmitido para todas as pessoas por quem teve acesso a ele de alguma maneira.
d. Os valores morais devem ser buscados na manifestação da “vontade” da realidade espiritual (ou de
Deus). Há regras de conduta (há uma moral) já dadas e que devem ser observadas.
e. A maneira de as pessoas viverem em sociedade deve ter sempre em vista o cumprimento das regras
morais vindas da realidade espiritual e deve convergir para uma futura vida do ser humano (ao menos de
sua alma) na realidade espiritual ou sobrenatural.
Apesar de resumidamente simplificado, este conjunto de ideias ou de conhecimentos filosófico-

educacionais, se adotado por educadores, orientará sua maneira de pensar a educação e não só, orientará

suas práticas educativas.


Durante toda a Idade Média (mais ou menos do século IV ao século XVI), na Europa e nas regiões invadidas

e colonizadas por países europeus, essas ideias filosóficas e, por consequência, as ideias educacionais,
orientaram a maneira de pensar e fazer educação.

No caso do Brasil, colônia portuguesa, esta maneira de pensar e de fazer acontecer educação esteve

presente predominantemente até os inícios do século XX e ainda continuam presentes em muitas


propostas e práticas educacionais nos dias de hoje. Isso ocorre, também, em outros países.

O que pensar a este respeito?

Primeiro: cada educador deve buscar saber que ideias filosófico-educacionais estão presentes na sua
Legenda: LINHA DO TEMPO DA FILOSOFIA DESDE A INVASãO PORTUGUESA NO BRASIL
maneira de pensar a educação e nas propostas pedagógicas que estuda nos cursos de formação de

educadores e nas propostas pedagógicas das escolas nas quais atua. As ideias no campo da Filosofia da Educação a partir da referência metafísica numa perspectiva
naturalista. 

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Normalmente os conhecimentos de Filosofia da Educação referem a capacidade de entendimento no

campo da educação, no âmbito do ser humano, do conhecimento e seu papel na vida humana. Esses

estudos também possibilitam melhor compreensão sobre a  ética e moral e sobre o papel da educação na
formação ética das novas gerações, tal como a capacidade de reflexão sobre  a sociedade, a política, o

poder e suas relações com a educação; a estética, que também mantém fortes relações com a educação.

Para muitos historiadores, a Filosofia, no Ocidente, teve seus inícios na Grécia antiga por volta do século
VI antes de Cristo. Tomando esta maneira de pensar a História da Filosofia no Ocidente, veremos, a seguir,

algumas das ideias elaboradas por certas tendências filosóficas (aquelas mencionadas no tópico relativo

às “tendências pedagógicas”). Serão feitas algumas indicações de como estas tendências filosóficas
influenciaram a produção de conhecimentos no campo da Filosofia da Educação e de como, por

consequência, esses conhecimentos da Filosofia da Educação, influenciam ou impactam as tendências ou

propostas pedagógicas.
Este esforço de compreensão é importante para que os educadores possam, primeiro, perceber os pontos

de partida teóricos dos quais as propostas educacionais partem; em segundo lugar para que possam

refletir e decidir se querem, ou não, caminhar na direção apontada por estas teorias no seu trabalho que
envolve a  formação das novas gerações.    

Vejamos, resumidamente isso. Mas, fica o alerta para que continuem a pesquisar (estudar) a respeito

deste tema buscando mais leituras, por exemplo, na bibliografia indicada ao final deste tópico. 

Legenda: A LEITURA POSSIBILITA O DESENVOLVIMENTO CRíTICO DO SER HUMANO.

Conforme foi dito no tópico já mencionado “ Tendências pedagógicas e suas referências filosóficas”
expressão “naturalista” já indica tratar-se de uma referência que pretende olhar a realidade “apenas”
como constituída da Natureza, isto é, uma realidade que não abrangeria possíveis outras realidades “não

físicas”. De acordo com esta perspectiva, os seres em geral, incluindo aí os seres humanos, são seres
exclusivamente pertencentes e originários do mundo natural. Cabe ao ser humano, se desejar entender e
compreender a realidade, a si mesmo e aos demais seres, estudá-los partindo de dados puramente

naturais e lidar com eles dentro dos limites e das exigências da natureza. Na verdade, esta maneira de
pensar, nos seus inícios por volta do século XVI, ou até antes (sempre no Ocidente), incluía algo de
metafísico. Não por afirmar a existência de uma realidade sobrenatural apartada da realidade natural, mas

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por afirmar existir algo, especialmente no que diz respeito ao ser humano, que não é material. Esse algo única (ou ao menos a melhor) via de produção de entendimentos da natureza e do ser humano. Trata-se
seria uma “natureza” já dada pronta, ou certas caraterísticas essenciais pensadas com pré-existentes de buscar conhecimentos “positivos” (no dizer do Comte), ou de conhecimentos bem provados

(diz-se, também, a priori , ou seja, que existem primeiro, antes do existir histórico dos seres humanos). Se experimentalmente, bem medidos, bem quantificados, etc.      
existem “antes”, ou por primeiro, ou a priori , existem numa realidade além da realidade material. São, de Esse modo científico de investigar, como já foi dito antes, busca dados objetivos, mede, quantifica,
certa maneira, metafísicas. experimenta e propõe interferir e provocar a natureza para extrair dela o máximo possível de informações

A produção dessas ideias, até como reação às ideias que vieram desde Platão e se consagraram ao longo e, a partir daí o máximo possível de indicações de como o ser humano deve se relacionar com os demais
da Idade Média, na Europa, teve início bem antes do Século XVI, tomou corpo durante este século, cresceu seres da natureza, e qual o modo em que os demais seres humanos devem agir consigo próprio. Para esta
nos séculos seguintes e chega até nossos dias. referência, a realidade natural ocorre de maneira ordenada e estável e ela determina a cada ser (inclusive

Sua caraterística principal está não em negar pura e simplesmente a existência de uma realidade aos seres humanos) o seu modo de ser. A ideia básica é a de adaptação aos ordenamentos naturais.   
sobrenatural (há pensadores que chegam a isso: são denominados de materialistas), mas em afirmar as As teorias educacionais procurarão, a partir daí servir-se dos conhecimentos científicos e procurarão
características naturais de tudo e, em especial dos seres humanos. Tudo deve ser entendido e tratado a “enxergar” a educação como uma forma de ajudar crianças e jovens a desenvolverem suas características
partir de sua constituição natural. A natureza de tudo deve ser investigada, estudada e levada em conta na naturais, incluindo uma grande atenção ao corpo, aos desejos, às emoções, buscando a melhor adaptação
maneira de os seres humanos lidarem com a realidade e consigo próprios. Por isso se diz tratar-se de possível ao que a “natureza” humana indica ser bom para todos.
uma perspectiva naturalista. Exemplos de estudiosos que produziram conhecimentos no campo da Filosofia da Educação são:
No caso dos seres humanos, algo que se tornou fundamental, foi o estudo da sua maneira de pensar e de Emanuel Kant que escreveu um livro com o título “ Sobre a Educação ”; Émile Durkheim, considerado o
produzir conhecimentos e de produzir orientações do como agir (moral) e como conviver em sociedade “pai” da Sociologia da Educação, teve grande influência nas teorias educacionais a partir do Positivismo;
(política). A principal conclusão a que se chega e que se tornou predominante, até nossos dias, foi a de Jean Jacques Rousseau, cuja obra bastante conhecida dos educadores, é o Emílio, ou da educação ; John
que a racionalidade humana não se deve a um dom do sobrenatural, mas, a uma caraterística puramente Dewey, com várias obras, sendo a mais conhecida Democracia e Educação ; as ideias de Jean Piaget que
natural. Sendo assim, deve ser bem estudada e os resultados dessa análise é que devem guiar o seu muito influenciaram e influenciam a educação e outros que se servem das referências desta tendência
desenvolvimento, pois, a capacidade racional é o principal instrumento de vida e de sobrevivência dos naturalista como pontos de partida para suas teorias educaionais.
seres. A partir daí vieram muitos estudos a respeito de nossa maneira de produzir conhecimentos, de Cabe, igualmente aqui, ao educador, conhecer a relação das teorias educacionais com esta tendência
modo racional seguindo  as regras morais e as regras do bem viver. filosófica e avaliar se é, ou não, nesta direção ou neste “sentido”, que quer orientar suas práticas
Filósofos como Descartes, Bacon, Locke, Hume, Espinosa, Kant, Hegel e outros, desenvolveram pedagógicas.
importantes reflexões construindo os caminhos dessa perspectiva filosófica que ora é denominada de Para aprofundar mais nossos estudos, próximo tópico, serão apresentadas algumas ideias a respeito da
racionalismo idealista (ou apenas racionalismo), ora de racionalismo empirista (ou apenas empirismo), Referência Dialética/ Perspectiva Histórico-social. 
ora de Iluminismo (para acentuar a importância de os seres humanos se guiarem pelas luzes da razão),
ora de outras denominações.

Bons livros de Introdução à História da Filosofia podem ser lidos para se ter noção desta bela e longa PARA SABER MAIS
caminhada dos esforços dos filósofos para esclarecer tudo isso e para oferecer à humanidade alguma
Veja na bibliografia a indicação de livros e de textos que podem ser lidos para ajuda na
compreensão a respeito desses temas.
compreensão destas duas tendências filosóficas e de suas influências na produção dos
Estes estudos impactarão, e muito, a Filosofia da Educação e, por consequência as teorias educacionais. 
conhecimentos de Filosofia da Educação. 
No Século XIX, por volta dos anos de 1840 a 1870, muitas ideias novas surgem, nesta mesma direção
naturalista, mas menos, ou quase nada metafísica. Um conjunto delas é o que é conhecido como

Positivismo. Esta é uma denominação dada às ideias elaboradas por Augusto Comte e seus seguidores os
ATIVIDADE FINAL
quais, influenciados pelos avanços da maneira científica de produzir conhecimentos, indicam ser esta a

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DOZOL, Marlene de Souza. Rousseau: educação; a máscara e o rosto.Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.
Para buscar explicações sobre o mundo, os seres humanos
GADOTTI, Moacir. História das ideias pedagógicas. 8ª. ed., São Paulo: Ática, 2001.
desenvolveram formas de conhecimento variadas: o mito; a religião; o GALLO, Sílvio. Deleuze e a Educação. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2003.
GHIRALDELLI  JR, Paulo. Filosofia da educação. Rio de Janeiro. DP&A, 2000.
senso comum; a filosofia; a arte; a ciência. Estas formas de
__________________(org) O que é filosofia da Educação? 3ª. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.
conhecimento procuram produzir explicações e entendimentos a LAGO, C. Locke e a educação. Chapecó. Argos, 2002.
MENDES, D. T. Filosofia da Educação Brasileira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1983.
respeito de tudo o que existe e de tudo o que ocorre. Dentre o que
PAVIANI, Jayme. Platão e a Educação. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2008.
ocorre no mundo humano, está a educação. Nesse caso podemos afirmar PINHEIRO, Celso de Morais. Kant e a Educação: reflexões filosóficas. Caxias do Sul, RS: EDUCS, 2007.
ROCHA, Dortothy. Filosofia da Educação: diferentes abordagens. Campinas, SP: Papirus, 2004.
que:
SAVIANI, Dermeval.  Tendências e correntes da educação brasileira. In: SAVIANI, Dermeval et al. Filosofia

A. A Educação é uma ciência. da educação brasileira . Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 1983, p. 19-44.

B. A Educação é Filosofia. SEVERINO, Antônio Joaquim Educação, Ideologia e contra-ideologia. São Paulo: EPU, 1986.

C. Há conhecimentos científicos a respeito da educação como, por exemplo, nas áreas da Sociologia SEVERINO, Antônio Joaquim A contribuição da Filosofia para a Educação. Em Aberto . Brasília, ano 9, n. 45,

da Educação, da Psicologia da Educação, da História da Educação. Há também conhecimentos de p. 19-25, jan. mar. 1990.

Filosofia da Educação.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Proposta de um universo temático para a investigação em Filosofia da

D. A Educação vem de casa.  Educação: as implicações da historicidade. Perspectiva, Florianópolis, UFSC, ano 11, n. 19, p. 13-27,

jan/jun., 1993.
No caso dos seres humanos, algo que se tornou fundamental, foi o
SEVERINO, Antônio Joaquim. Filosofia da Educação: construindo a cidadania. São Paulo: FTD, 1994.

estudo da sua maneira de pensar e de produzir conhecimentos e de SEVERINO, Antônio Joaquim. Educação, sujeito e história. São Paulo: Olho d¿Água, 2001. 

SEVERINO, Antônio Joaquim. A Filosofia da Educação no Brasil: esboço de uma trajetória. In:
produzir orientações do como agir (moral) e como conviver em
GHIRALDELLI Jr., Paulo (org.). O que é filosofia da educação? 3. Ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2002, p. 265-

sociedade (política). A principal conclusão a que se chega e que se 326.

TOMAZETTI, Elisete M. Filosofia da Educação: um estudo sobre a história da disciplina no Brasil. Ijuí- RS:
tornou predominante, até nossos dias, foi a de que a racionalidade
Ed. Unijuí, 2003.

humana não se deve a um dom do sobrenatural, mas, a uma VEIGA-NETO, Alfredo. Foucault e a Educação. 2ª ed. Belo Horizonte, MG: Autêntica, 2004.

caraterística puramente natural. Sendo assim: 

A. A Filosofia estuda o sobrenatural.


B. A Filosofia é uma característica sobrenatural do dom humano.
C. A capacidade racional é o principal instrumento de vida e de sobrevivência dos seres.

D. A capacidade racional é originária da produção dos conhecimentos e das orientações sobre o modo
de agir e conviver em sociedade.

REFERÊNCIA
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. 3 ed. São Paulo: Moderna, 2006.

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