Você está na página 1de 9

PERGUNTAS E RESPOSTAS – ÁREA FISCAL

O que é CFOP?

CFOP é a sigla de Código Fiscal de Operações e Prestações, das


entradas e saídas de mercadorias, intermunicipal e interestadual. Trata-se de
um código numérico que identifica a natureza de circulação da mercadoria ou a
prestação de serviço de transportes.
É através do CFOP que é definido se a operação fiscal terá ou não que
recolher impostos.
O código deve obrigatoriamente ser indicado em todos os documentos
fiscais da empresa, como por exemplo, notas fiscais, conhecimentos de
transportes, livros fiscais, arquivos magnéticos e outros exigidos por lei, quando
das entradas e saídas de mercadorias e bens e da aquisição de serviços.
Cada código é composto por quatro dígitos, sendo que através do
primeiro dígito é possível identificar qual o tipo de operação, se entrada ou
saída de mercadorias:

Entradas
1.000 - Entrada e/ou Aquisições de Serviços do Estado.
2.000 - Entrada e/ou Aquisições de Serviços de outros Estados.
3.000 - Entrada e/ou Aquisições de Serviços do Exterior.

Saídas
5.000 - Saídas ou Prestações de Serviços para o Estado.
6.000 - Saídas ou Prestações de Serviços para outros Estados.
7.0 - Saídas ou Prestações de Serviços para o Exterior.

O que é CST?

Trata-se do Código de Situação Tributária do ICMS (o Imposto sobre


Circulação de Mercadorias e Serviços), que é utilizado exclusivamente pelas
empresas optantes pelo Lucro Presumido e Real. Tem o objetivo de identificar
qual a procedência da mercadoria (de onde veio, se do Brasil ou do exterior) e
como a mesma será tributada (se o imposto é calculado normalmente, tem
alguma redução ou é isento).
O código CST é composto por 3 dígitos. O primeiro dígito está na
tabela A e indica a procedência da mercadoria. Se for nacional é o dígito 0, se
foi trazida diretamente do exterior é dígito 1 e se foi importada mas adquirida
no Brasil é dígito 2.
A tabela B indica o tipo de tributação ou se não tem tributação nenhuma.
Lá estão os 2 dígitos que completam o preenchimento e são 11 opções.
O CST tem a finalidade de auxiliar a fiscalização, em conferências e
até mesmo os programadores usam para que seus softwares calculem o ICMS
corretamente.

A tabela (A) tem a finalidade de identificar a origem da mercadoria.


0 Nacional
1 Estrangeira Importação direta
2 Estrangeira Adquirida no mercado interno

Tabela (B) Tributação pelo ICMS


00 Tributada integralmente
10 Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária
20 Com redução de base de cálculo
Isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por
30
substituição tributária
40 Isenta
41 Não tributada
50 Suspensão
51 Deferimento
60 ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária
Com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS por
70
substituição tributária
90 Outras

O que é CSOSN?

O código CSOSN é informado na NF-e no lugar do CST, apenas para


empresa cujo Regime de Tributação seja o Simples Nacional.
Os códigos a serem utilizados são os destacados abaixo:
101 - Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito:
Classificam-se neste código as operações que permitem a indicação da
alíquota do ICMS devido no Simples Nacional e o valor do crédito
correspondente.
102 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito:
Classificam-se neste código as operações que não permitem a indicação da
alíquota do ICMS devido pelo Simples Nacional e do valor do crédito, e não
estejam abrangidas nas hipóteses dos códigos 103, 203, 300, 400, 500 e 900.
103 - Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita
bruta: Classificam-se neste código as operações praticadas por optantes pelo
Simples Nacional contemplados com isenção concedida para faixa de receita
bruta nos termos da Lei Complementar nº 123, de 2006.
201 - Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito e
com cobrança do ICMS por substituição tributária: Classificam-se neste
código as operações que permitem a indicação da alíquota do ICMS devido
pelo Simples Nacional e do valor do crédito, e com cobrança do ICMS por
substituição tributária.
202 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito e
com cobrança do ICMS por substituição tributária: Classificam-se neste
código as operações que não permitem a indicação da alíquota do ICMS
devido pelo Simples Nacional e do valor do crédito, e não estejam abrangidas
nas hipóteses dos códigos 103, 203, 300, 400, 500 e 900, e com cobrança do
ICMS por substituição tributária.
203 - Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita
bruta e com cobrança do ICMS por substituição tributária: Classificam-se
neste código as operações praticadas por optantes pelo Simples Nacional
contemplados com isenção para faixa de receita bruta nos termos da Lei
Complementar nº 123, de 2006, e com cobrança do ICMS por substituição
tributária.
300 – Imune: Classificam-se neste código as operações praticadas por
optantes pelo Simples Nacional contempladas com imunidade do ICMS.
400 - Não tributada pelo Simples Nacional: Classificam-se neste
código as operações praticadas por optantes pelo Simples Nacional não
sujeitas à tributação pelo ICMS dentro do Simples Nacional.
500 - ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária
(substituído) ou por antecipação: Classificam-se neste código as operações
sujeitas exclusivamente ao regime de substituição tributária na condição de
substituído tributário ou no caso de antecipações.
900 – Outros: Classificam-se neste código as demais operações que
não se enquadrem nos códigos 101, 102, 103, 201, 202, 203, 300, 400 e 500.

Operações de Vendas:
102 ou 202: Venda a empresas do Simples Nacional, Pessoas Físicas
e Não Contribuintes;
101 ou 201: Venda a empresas do Regime Normal - Quando a
empresa emitente SUPEROU R$ 240.000,00 nos últimos 12 meses (desde que
destinadas à comercialização ou industrialização);
103 ou 203: Venda a empresas do Regime Normal - Quando a
emitente NÃO superou R$ 240.000,00 nos últimos 12 meses (desde que
destinadas à comercialização ou industrialização);
500: Venda de produtos já tributados anteriormente por ST - produtos
que você pagou a ST (Substituição Tributária) anteriormente.
Outras operações:
400: Bonificação, doação ou brinde, devoluções ao fornecedor -
operações que não geram receita para a empresa;
900: Remessa de Mostruário, Remessa para Conserto, Demonstrações,
etc.

O que é NCM?

NCM significa "Nomenclatura Comum do Mercosul" e trata-se de um


código de oito dígitos estabelecido pelo Governo Brasileiro para identificar a
natureza das mercadorias e promover o desenvolvimento do comércio
internacional, além de facilitar a coleta e análise das estatísticas do comércio
exterior.
Qualquer mercadoria, importada ou comprada no Brasil, deve ter um
código NCM na sua documentação legal (nota fiscal, livros legais, etc.), cujo
objetivo é classificar os itens de acordo com regulamentos do Mercosul.
A NCM foi adotada em janeiro de 1995 pela Argentina, Brasil, Paraguai
e Uruguai e tem como base o SH (Sistema Harmonizado de Designação e
Codificação de Mercadorias). Por esse motivo existe a sigla NCM/SH.
O SH é um método internacional de classificação de mercadorias que
contém uma estrutura de códigos com a descrição de características
específicas dos produtos, como por exemplo, origem do produto, materiais que
o compõe e sua aplicação.
Dos oito dígitos que compõem a NCM, os seis primeiros são
classificações do SH. Os dois últimos dígitos fazem parte das especificações
próprias do Mercosul.

A classificação fiscal de mercadorias é de competência da SRF


(Secretaria da Receita Federal). A partir do dia 1 de Janeiro de 2010 passou a
ser obrigatória a inclusão da categorização NCM/SH dos produtos nos
documentos fiscais.
É possível encontrar tabelas com os códigos NCM. Também há a
possibilidade de pesquisar no site da Receita Federal, introduzindo a descrição
do produto ou pesquisando de acordo com os códigos de capítulo, posição,
subposição, item e subitem.
O que é CNAE?

A Classificação Nacional de Atividades Econômicas-Fiscal, CNAE-


Fiscal, é um instrumento de identificação econômica das unidades produtivas
do País nos cadastros e registros das três esferas da administração pública
brasileira, uniformizado nacionalmente, seguindo padrões internacionais
definidos no âmbito da ONU.
A meta é a qualidade das informações dos cadastros, nas quais a
Administração Pública se apoia para as decisões e ações na área econômico-
tributária.
Surgiu da necessidade de padronização das tabelas de códigos de
atividades econômicas utilizadas nas três esferas de governo. Trata-se de um
desdobramento adicional, criando mais dois dígitos a serem incorporados às
classes da CNAE (05 dígitos), que era a classificação utilizada até 1998 pelos
órgãos federais.
A tabela de códigos CNAE-Fiscal foi aprovada e divulgada pela
Comissão Nacional de Classificações-CONCLA, órgão com a incumbência de
promover no País a padronização das classificações utilizadas no sistema
estatístico e nos cadastros e registros da Administração Pública.
A gestão e a orientação aos órgãos que venham a adotá-la são
atribuições da Subcomissão Técnica da CNAE-Fiscal, sob a coordenação da
SRF e orientação técnica do IBGE.
A CNAE-Fiscal identifica as atividades de forma bem mais detalhada
em todos os segmentos produtivos, estando estruturada nos seguintes níveis
hierárquicos, que abrangem toda a atividade econômica exercida no país:

NÚMERO DE
NOME NÍVEL IDENTIFICAÇÃO
GRUPAMENTOS
Seção Primeiro 17 Código alfabético de 1
dígito
Divisão Segundo 59 Código numérico de 2
dígitos
Grupo Terceiro 223 Código numérico de 3
dígitos
Classe Quarto 581 Código numérico de 4
dígitos + DV
Subclasse Quinto 1.183 Código numérico de 7
CNAE-Fiscal dígitos
Exemplo de formação do código CNAE-Fiscal, refletindo a estrutura
hierárquica apresentada:

O que é SPED?

Sped significa Sistema Público de Escrituração Digital. Trata-se de uma


solução tecnológica que oficializa os arquivos digitais das escriturações fiscal e
contábil dos sistemas empresariais dentro de um formato específico e
padronizado.
De forma objetiva, o Sped pode ser entendido como um software que
será disponibilizado pela Receita Federal para todas as empresas a fim de que
elas mantenham e enviem a este órgão informações de natureza fiscal e
contábil (a partir da escrituração digital mantida nas empresas) e informações
previdenciárias, bem como os Livros Fiscais, Comerciais e Contábeis gerados
a partir da escrituração (já registrados nos órgãos do Comércio), além das
Demonstrações Contábeis.
O contribuinte poderá validar esses arquivos, assinar digitalmente,
visualizar seu conteúdo e transmitir eletronicamente seus dados para os órgãos
de registro e para os fiscos das diversas esferas.

Como surgiu?
A possibilidade de conceber um projeto eminentemente digital com a
eliminação do mundo fiscal em papel surgiu com a Certificação Digital, criada
pela Medida Provisória 2.200-2, de 17/08/2001. A garantia de autenticidade,
integridade e validade jurídica de documentos em forma eletrônica foi possível
com a instituição do ICP Brasil.
O Serpro iniciou o projeto Sped, aproveitando-se da vasta experiência
no desenvolvimento de aplicativos e soluções no ambiente e-gov (governo
eletrônico).

Quais os objetivos e estratégias?


O objetivo desse projeto baseia-se na integração dos fiscos
federal/estaduais e, posteriormente, municipais, mediante a padronização,
racionalização e compartilhamento das informações contábil e fiscal digital.
Além disso, o Sped visa integrar todo o processo relativo às notas fiscais.
Com isso, busca-se reduzir os custos com o armazenamento de
documentos e também minimizar os encargos com o cumprimento das
obrigações acessórias.
A estratégia do Sped está em se discutir e propor iniciativas com
resoluções conjuntas, criar um ambiente de testes e aprovar toda a
metodologia, implementação e efetivação dos seus três pilares de abrangência:
Nota Fiscal Eletrônica, Escrituração Contábil e Fiscal Eletrônica.

Beneficiários
O contribuinte e as administrações tributárias serão os maiores
beneficiados com a implantação do projeto.
Certamente, projetos como esse promoverão mudanças no paradigma
de relacionamento fisco-contribuinte numa parceria de interesses para a
sociedade.

Premissas do Sped
- Empresários, sociedade empresária e contabilista usarão assinatura
digital com certificação digital no padrão ICP-Brasil;
- A entrega do documento fiscal eletrônico será via internet (on-line em
condições normais ou off-line em caso de contingência);
- Identificar dispositivos legais tanto na esfera comercial como na
esfera fiscal, para dar suporte jurídico às escriturações fiscal e contábil digitais,
bem como à Nota Fiscal Eletrônica – NF-e;
- Ênfase na premissa de que o contribuinte é o responsável legal pela
guarda dos arquivos digitais que conterão as escriturações;
- Implementar uma política gradativa de inclusão fiscal e social do
projeto.

SPED ICMS-IPI

A Escrituração Fiscal Digital - EFD é um arquivo digital, que se constitui


de um conjunto de escriturações de documentos fiscais e de outras
informações de interesse dos fiscos das unidades federadas e da Secretaria da
Receita Federal do Brasil, bem como de registros de apuração de impostos
referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte.
A partir de sua base de dados, a empresa deverá gerar um arquivo
digital de acordo com leiaute estabelecido em Ato COTEPE, informando todos
os documentos fiscais e outras informações de interesse dos fiscos federal e
estadual, referentes ao período de apuração dos impostos ICMS e IPI. Este
arquivo deverá ser submetido à importação e validação pelo Programa
Validador e Assinador (PVA) fornecido pelo Sped.
Como pré-requisito para a instalação do PVA é necessária a instalação
da máquina virtual do Java. Após a importação, o arquivo poderá ser
visualizado pelo próprio Programa Validador, com possibilidades de pesquisas
de registros ou relatórios do sistema.
Outras funcionalidades do programa: digitação, alteração, assinatura
digital da EFD, transmissão do arquivo, exclusão de arquivos, geração de cópia
de segurança e sua restauração.
Em regra, a periodicidade de apresentação é mensal.

SPED PIS-COFINS (Contribuições)

O EFD-Contribuições trata de arquivo digital instituído no Sistema


Público de Escrituração Digital – SPED, a ser utilizado pelas pessoas jurídicas
de direito privado na escrituração da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins, nos regimes de apuração não-cumulativo e/ou cumulativo, com base no
conjunto de documentos e operações representativos das receitas auferidas,
bem como dos custos, despesas, encargos e aquisições geradores de créditos
da não- cumulatividade.
Os documentos e operações da escrituração representativos de
receitas auferidas e de aquisições, custos, despesas e encargos incorridos,
serão relacionadas no arquivo da SPED-Contribuições em relação a cada
estabelecimento da pessoa jurídica. A escrituração das contribuições sociais e
dos créditos, bem como da Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta,
será efetuada de forma centralizada, pelo estabelecimento matriz da pessoa
jurídica.
A partir de sua base de dados, a pessoa jurídica deverá gerar um
arquivo digital de acordo com leiaute estabelecido pela Secretaria da Receita
Federal do Brasil - RFB, informando todos os documentos fiscais e demais
operações com repercussão no campo de incidência das contribuições sociais
e dos créditos da não-cumulatividade, bem como da Contribuição
Previdenciária sobre a Receita Bruta, referentes a cada período de apuração
das respectivas contribuições. Este arquivo deverá ser submetido à importação
e validação pelo Programa Validador e Assinador (PVA EFD-Contribuições)
fornecido na página do Sped e da RFB.
A periodicidade de apresentação da SPED-Contribuições é mensal,
devendo ser transmitido o arquivo, após a sua validação e assinatura digital,
até o 10º (décimo) dia útil do segundo mês subsequente ao de referência da
escrituração.

SPED Contábil
A Escrituração Contábil Digital (ECD) é parte integrante do projeto
SPED e tem por objetivo a substituição da escrituração em papel pela
escrituração
transmitida via arquivo, ou seja, corresponde à obrigação de transmitir, em
versão digital, os seguintes livros:
I - livro Diário e seus auxiliares, se houver;
II - livro Razão e seus auxiliares, se houver;
III - livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento
comprobatórias dos assentamentos neles transcritos.
A partir do seu sistema de contabilidade, a empresa gera um arquivo
digital no formato especificado no anexo único à Instrução Normativa RFB nº
787/07 (disponível no menu Legislação).
Devido às peculiaridades das diversas legislações que tratam da
matéria, este arquivo pode ser tratado pelos sinônimos: Livro Diário Digital,
Escrituração Contábil Digital – ECD, ou Escrituração Contábil em forma
eletrônica.
Este arquivo é submetido ao Programa Validador e Assinador – PVA
fornecido pelo SPED.

Você também pode gostar