Você está na página 1de 1

Bacanália

Jovens, pandeiros e flautins!


Na mão direita a pinha eterna
Seminus e coloridos
Serpentinam pelos vales
Corpos leitados de gozo e de luz.

*Jovens, Pandeiros e Flautins!*

Todos soltos, bem alegres


Entre sarradas, gemidos e gritinhos
Até que alguém florido diz:
- Cuidado, você pisou em mim!
E, depois dessa paragem, logo as fitas lilases
Voltam a farfalhar sem fim.

*Jovens, Pandeiros e Flautins!*

E vamos todos,
Cobertos de seda ou de cetim,
De pés descalços pulando como gazelas,
Esbeltas e voluptuosas,
Pelos tempos intemporais,
fecundar nosso jardim.

*Jovens, Pandeiros e Flautins!*

Inebriados por Baco?


Flechados por Eros?
Seduzidos por Pã?
Simbolismo, dualismo:
Corpo e alma,
Carne e espírito,
Deixemos tudo para o amanhã.

*Jovens, Pandeiros e Flautins!*

Celebremos, enfim, a jovialidade,


A nossa infinita liberdade,
Onde o tempo não vê e tudo se pode:
Somos inimigos do fim.
É bacanal, orgia e sorte!

*Jovens, Pandeiros e Flautins!*

Em *negrito* todos juntos*

Você também pode gostar