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Sentidos

APRENDIZAGENS COM CORPO E MOVIMENTO


GUIA PARA O PROFESSOR
03 Introdução

05 Competências Gerais da Educação Básica em foco nestas sequências de atividades

06 Competências Específicas de Educação Física para o Ensino Fundamental em foco


xx X nestas sequências de atividades

07 Habilidades BNCC

10 Iniciando

11 SEQUÊNCIA I - Investigação de objetos e reconstrução de pontos de vista

15 Avaliação - Sequência I

17 SEQUÊNCIA II - Instalações que convidam novos movimentos

23 Avaliação - Sequência II

25 Passo a passo para a construção de tiras de borracha a partir de câmaras de bicicleta

29 Referências Bibliográficas
INTRODUÇÃO

Para nos relacionarmos com o meio, somos dotados das capacidades de percepção e análise do
ambiente. Essa percepção se inicia no momento do nascimento, através do corpo e do movimento,
e continua durante toda vida.

Consideremos, por um momento, que nós sempre experenciamos na prática as leis da física,
como ação e reação e a lei da gravidade, por exemplo, mesmo que não saibamos colocá-las em
palavras ou fórmulas, nós nos relacionamos com elas todo o tempo.

Essa forma de pesquisa, através do movimento, envolve diferentes sentidos corporais. É sabido que,
assim, as aprendizagens são mais efetivas, pois ao engajarmos mais sentidos, vamos fortalecendo as
conexões feitas no cérebro. Portanto, é preciso resgatar essa habilidade para que ela volte a ser uma
ferramenta pessoal de desenvolvimento e de compartilhamento de conhecimento.

O caminho para esse resgate é ativar, durante a aprendizagem, os cinco sentidos mais conhecidos:
visão, audição, tato, olfato, paladar. A título de curiosidade: os cientistas ainda não chegaram a um
consenso de quantos sentidos são ao certo e hoje esse número varia de 10 a 33 sentidos.

Mas como colocar em prática? Um ponto de partida seria pensar que nosso corpo está no espaço.
Espaço, que por sua vez, é ocupado e habitado por diferentes seres, como nós, que o transformam
de acordo com suas necessidades e costumes, e o organizam de acordo com sua cultura,
atribuindo-lhe sentido e significado, estabelecendo seus códigos, suas leis e regras.

O espaço escolar, por exemplo, geralmente é constituído por suas salas de aula, pátio, refeitório,
banheiros, corredores, sala da direção, secretaria e sala dos professores. Eventualmente possui quadras,
parques, piscinas, horta, jardim, entre outros. A todo lugar lhe são atribuídas funções e regras de
funcionamento. Cada espaço possui seus móveis e objetos, que são dispostos segundo uma lógica.

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Porém, as funções e atribuições de um lugar não são fixas e ou imutáveis. O espaço pode ser
modificado e transformado pela ação humana, do mesmo modo que a forma como ocupamos
esse espaço também não está dada e nem é definitiva e invariável. Você já parou para pensar nas
infinitas possibilidades que uma sala de aula possui? Já imaginou os diferentes gestos, movimentos
e expressões das crianças que o ambiente escolar pode abrigar? Como seria experimentar com as
crianças outras funções e atribuições aos espaços, móveis e materiais já conhecidos da escola?

Neste material propomos duas sequências de atividades:

SEQUÊNCIA 1 - Investigação de objetos e reconstrução de pontos de vista

SEQUÊNCIA 2 - Instalações que convidam novos movimentos

E uma orientação passo a passo para construir tiras de borracha a partir de câmaras usadas de
bicicleta e utilizá-las para amarrações.

As duas sequências propõem uma pesquisa das práticas corporais como manifestações das
possibilidades expressivas e motoras dos sujeitos no espaço, a partir de circuitos e instalações que
utilizem o mobiliário do próprio ambiente escolar e materiais reutilizáveis. Uma com foco maior na
construção de novos pontos de vista para a exploração de objetos e outra com objetivo de convidar
aprendizagens a partir do movimento. Cada sequencia é composta por um conjunto de propostas
interconectadas, que podem ser realizadas de uma a duas vezes por semana, tendo como público
alvo crianças e adolescentes dos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental porém, com pequenas
adequações, pode ser realizada com outras faixas etárias.

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COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA EM FOCO NESTAS SEQUÊNCIAS DE ATIVIDADES

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal,
visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e
científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em
diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na


diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade
para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar


e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da
diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades,
sem preconceitos de qualquer natureza.

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COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL EM FOCO
NESTAS SEQUÊNCIAS DE ATIVIDADES

1. Compreender a origem da cultura corporal de movimento e seus vínculos com a organização da


vida coletiva e individual.

2. Planejar e empregar estratégias para resolver desafios e aumentar as possibilidades de


aprendizagem das práticas corporais, além de se envolver no processo de ampliação do acervo
cultural nesse campo.

6. Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os significados atribuídos às diferentes práticas


corporais, bem como aos sujeitos que delas participam.

8. Usufruir das práticas corporais de forma autônoma para potencializar o envolvimento em


contextos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde.

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HABILIDADES BNCC

(EF12EF01) Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular presentes
no contexto comunitário e regional, reconhecendo e respeitando as diferenças individuais de
desempenho dos colegas.

(EF12EF08) Planejar e utilizar estratégias para a execução de diferentes elementos básicos da


ginástica e da ginástica geral.

(EF12EF09) Participar da ginástica geral, identificando as potencialidades e os limites do corpo, e


respeitando as diferenças individuais e de desempenho corporal.

(EF35EF08) Planejar e utilizar estratégias para resolver desafios na execução de elementos básicos
de apresentações coletivas de ginástica geral, reconhecendo as potencialidades e os limites do
corpo e adotando procedimentos de segurança.

(EF67EF08) Experimentar e fruir exercícios físicos que solicitem diferentes capacidades físicas,
identificando seus tipos (força, velocidade, resistência, flexibilidade) e as sensações corporais
provocadas pela sua prática.

(EF67EF10) Diferenciar exercício físico de atividade física e propor alternativas para a prática de
exercícios físicos dentro e fora do ambiente escolar.

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(EF67EF18) Experimentar e fruir diferentes práticas corporais de aventura urbanas, valorizando a
própria segurança e integridade física, bem como as dos demais.

(EF67EF19) Identificar os riscos durante a realização de práticas corporais de aventura urbanas e


planejar estratégias para sua superação.

(EF67EF20) Executar práticas corporais de aventura urbanas, respeitando o patrimônio público e


utilizando alternativas para a prática segura em diversos espaços.

(EF67EF21) Identificar a origem das práticas corporais de aventura e as possibilidades de recriá-


las, reconhecendo as características (instrumentos, equipamentos de segurança, indumentária,
organização) e seus tipos de práticas.

(EF89EF10) Experimentar e fruir um ou mais tipos de ginástica de conscientização corporal,


identificando as exigências corporais dos mesmos.

(EF89EF11) Identificar as diferenças e semelhanças entre a ginástica de conscientização corporal


e as de condicionamento físico e discutir como a prática de cada uma dessas manifestações pode
contribuir para a melhoria das condições de vida, saúde, bem-estar e cuidado consigo mesmo.

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Iniciando
As atividades propostas nesta sequências buscam repensar os objetos cotidianos, tirá-los de
suas funções habituais e experimentá-los de maneiras inusitadas. Por isso, antes de começar é
necessário realizar alguns combinados com a turma em relação aos cuidados com o espaço, o
tempo, os materiais e os colegas.

Com o espaço, porque iremos transformá-lo e reinventá-lo, utilizando os próprios móveis e


materiais escolares. E, para isso, é preciso tempo para conversar, trocar, compartilhar, escutar e criar
em grupo, no coletivo, com o outro. Criar com o outro nem sempre é tranquilo, há divergências,
discordâncias. Então o grupo precisa encontrar maneiras de chegar ao comum, à acordos por meio
da conversa, do debate e de muito diálogo. E é você, professor, que fará todas as mediações entre
essas variáveis, porém será um caminho de muita experimentação, criação e reinvenção de si.

Boa jornada!

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SEQUÊNCIA I - INVESTIGAÇÃO DE OBJETOS E RECONSTRUÇÃO DE PONTOS DE VISTA

ATIVIDADE 1 A proposta que dispara esta sequência didática convida as crianças a olharem um simples objeto,
presente em nosso cotidiano para, aos poucos, concebê-lo e relacionar-se de outras maneiras com
Observar ele, em suas práticas corporais. Nossa sugestão é que você coloque uma cadeira a vista de todos,
sobre a mesa e proponha às crianças uma rodada de apreciação sobre os usos deste objeto em
atentamente
nosso cotidiano.
um objeto
Para guiar essa apreciação e disparar uma conversa, você pode se inspirar nas questões a
conhecido seguir: do que é feita essa cadeira? Quais são suas características (tamanho, cor, peso, altura,
comprimento, materialidade)? Para quem ela se destina? Com qual finalidade ela foi produzida? É
possível encontrá-la em outros lugares? Quais? Por que nesses locais e não em outros?

Em seguida a esta conversa, vale propor às crianças que façam o desenho de observação da
cadeira, como forma de expressar, também no desenho, as reflexões que tiveram lugar na roda de
conversa e a perceber novas relações. Para isso, você pode mudar a cadeira de posição, de tempos
em tempos, assim as crianças têm a possibilidade de observá-la de diferentes pontos de vista
(frente, trás, perfil).

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ATIVIDADE 2 Propor às crianças que pesquisem, com câmeras digitais ou telefones celulares, as diferentes
cadeiras presentes no ambiente escolar. Existe a possibilidade de elas trabalharem individualmente
Pesquisar ou em duplas. Estipule previamente um tempo de investigação e registro, ou um número máximo
de fotos.
variedades
do mesmo Cada criança ou dupla de crianças seleciona uma imagem dentre aquelas capturadas para ser
projetada e apreciada por todo o grupo. Para esta seleção os critérios a serem utilizados podem
objeto ser construídos coletivamente (a foto mais interessante, a mais nítida, a que a dupla mais gostou,
a mais inusitada, a mais divertida, etc.). Durante a apreciação, você pode estabelecer relações,
distinções e comparações entre as imagens capturadas (ângulos, pontos de vista, enquadramento),
questionar sobre o processo de captura da imagem, os critérios de seleção e levar o grupo a uma
reflexão a partir dessas imagens.

Por que existem tantas cadeiras diferentes? Quem as utiliza? Para que servem? Qual a sensação
que cada uma nos passa?

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ATIVIDADE 3 Reúna diferentes cadeiras da escola, coloque-as uma ao lado da outra, em sequência, na frente da
sala e convide pequenos grupos para experimentá-las. Em seguida, peça para que falem a respeito
Experimentar das sensações que cada uma desperta ao usá-la. É importante que você observe atentamente a
postura de cada criança ao experimentar as cadeiras, pois os objetos estão carregados de sentidos
a diversidade
e significados, portanto cada cadeira pode provocar na criança diferentes sensações, seja de
de objetos conforto/desconforto, prazer/desprazer, superioridade/inferioridade. E essas observações servem
como ponto de partida para a discussão.

Como é sentar na cadeira maior? Descreva o que sentiu ao ficar na menor cadeira. Que sensação
cada uma das cadeiras despertou em você?

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ATIVIDADE 4 Uma cadeira foi concebida, desenhada e produzida
para servir de assento a alguém. Sua finalidade é servir
Utilizar o de apoio para que alguém sente. Porém, como seria
experimentar esse objeto de forma não convencional?
objeto de
Seria possível atribuir-lhe outras funções? Como designar
maneira não a ela outras funcionalidades? O designer italiano, Bruno
convencional Munari, realizou uma performance artística intitulada
“Ricerca della comodità in una poltrona scomoda” (Pesquisa
de comodidade em um poltrona incômoda), onde ele
experimenta diferentes posições em uma mesma poltrona.

Tendo como inspiração a obra de Munari, proponha


às crianças que experimentem diferentes maneiras de
se relacionar com o objeto cadeira, deslocando-a de sua
função habitual. Você pode imprimir ou projetar a imagem
para que as crianças tenham uma referência. Também
é possível propor a experimentação antes e, só depois,
mostrar-lhes a referência.
ATIVIDADE 5 Como seria se seu corpo fosse uma cadeira? Proponha às crianças que façam com o próprio
corpo uma cadeira. Solicite a elas que explorem diferentes planos e alturas (alto, médio, baixo e
Fazer do baixíssimo), que procurem realizar diferentes posições, como se a cadeira estivesse em pé, mas
também deitada, inclinada, caída, de lado, de frente, de costas. É interessante que elas trabalhem
corpo o
individualmente, num primeiro momento, pois assim podem investigar os limites e possibilidades
objeto de seu próprio corpo e, aos poucos, adquirir consciência e confiança nos próprios gestos e
movimentos. Depois, é possível sugerir que as crianças façam o exercício em duplas, trios e
quartetos. Cada uma pode ser um pedaço ou parte da cadeira

AVALIAÇÃO Para avaliar essa sequência, é importante que você observe as crianças do seu grupo ao longo
do percurso das atividades. Algumas perguntas podem fornecer pautas para essa observação:
Sequência I
1. Como as crianças interagiam com a cadeira no início da sequência? Como passaram a
interagir com esse objeto ao longo das atividades? Você pode observar explorações indicando
novos olhares e pontos de vista, enxergando novas possibilidades de uso?

2. Outras brincadeiras foram criadas a partir desse novo olhar para objetos tão conhecidos?

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8 cadeiras colocadas
no formato de um
grande S em contato
uma com a outra
SEQUÊNCIA II - INSTALAÇÕES QUE CONVIDAM NOVOS MOVIMENTOS

ATIVIDADE 1 Com um número limitado de 6 cadeiras, proponha que as crianças


descubram as combinações possíveis de distribuição no espaço
Possibilidades organizando as cadeiras como desejarem. É importante que possam
agrupar da forma que quiserem e descobrir as possibilidades, como se
do material
vê alguns exemplos nas fotos ao lado.
no espaço
Deixe que experimentem e, depois, escolha um ou mais formatos dos
agrupamento descobertos por elas para que o explorem fisicamente.
Esse momento de exploração livre é importante para você apreciar as
relações, os jogos e as possíveis modificações na instalação e, desta
forma, assistir em primeira mão, de forma física e materializada, a
elaboração mental dos alunos.

Você pode fazer algumas perguntas enquanto as crianças


experimentam as instalações: como é possível estar nessas cadeiras
fisicamente (sentar, deitar, subir e descer)? É possível rastejar por baixo?
Rastejar por cima? Quais brincadeiras podem ser feitas na instalação? É
possível ficar quieto nessa instalação? Ela te convida a isso? Não? Como
poderia uma instalação como essa convidar para a quietude? O que
precisa ou pode ser modificado?

Observe as movimentações e brincadeiras que surgem


espontaneamente a partir da interação das crianças na instalação.
8 cadeiras alinhadas
em duas fileiras
idênticas, frente a
frente
ATIVIDADE 2 Toda instalação pode ser modificada e ampliada com a inserção de novos materiais. Os materiais
inseridos podem ser dos mais simples aos mais complexos ou variados. Vamos explorar as
Ampliando possibilidades com dois materiais bem simples e de fácil acesso. Bastões de madeira e câmeras de
bicicletas. Normalmente, as escolas possuem bastões para as aulas de educação física, mas se a
a instalação
escola não possuir esse material você pode buscar materiais alternativos e utilizar, galhos de árvore,
a partir da vassouras, bambus, canos de alumínio, ripas de madeira e muitos outros materiais. As câmeras
inserção de de bicicleta podem ser encontradas de graça em bicicletarias. Hoje em dia o descarte de câmaras
furadas é bem comum.
materiais
Para essa atividade você pode realizar a montagem e recebê-los com a instalação pronta,
deixando que a explorem e depois a modifiquem, ou propor a montagem com eles desde o início.
Para isso, é importante estabelecer algumas regras de montagem e de segurança, principalmente
se a turma não teve ainda uma vivência como essa.

O ideal é criar as regras com os alunos, dessa forma eles serão incluídos no processo desde o
início e terão elementos para manter a ordem entre eles, sem necessariamente precisar recorrer ao
professor para intermediar os conflitos.

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8 cadeiras alinhadas
em duas fileiras de
4 cadeiras, frente a
frente, com bastões
de madeira apoiados
horizontalmente nos
encostos das cadeiras

Alguns exemplos:

• Combinar que todos mantenham atenção máxima, durante todo o tempo da atividade, no
ambiente ao redor quando estiverem movimentando ou carregando algum material.

• Organizar a colocação dos materiais um a um, e não todos ao mesmo tempo.

• Limitar o tempo de montagem em 10 minutos, com intervalos de 5 minutos para análise e


decisão dos próximos passos.

• Dividir os papéis entre os alunos.Por exemplo: alguns montam, outros supervisionam.


Depois, trocam de papéis.

• Antes do início, estabelecer um tempo separado para a montagem e outro para a


exploração e jogo.

As câmeras de pneu de bicicleta devem ser cortadas em tiras. Cada câmera pode,
normalmente, ser cortada em 4 tiras. Podem ser usadas para amarrar as cadeiras entre elas
e criar uma estrutura realmente firme, ou serem usadas para amarrar os materiais criando
prolongamento ou obstáculos em forma de teia, fazendo o papel de cordas. Outras opções
poderão surgir a partir de prática e com o tempo.
8 cadeiras alinhadas
em duas fileiras de 4
cadeiras, frente a frente,
com bastões de madeira
apoiados de forma
inclinada nos encostos
das cadeiras
8 cadeiras alinhadas em duas fileiras
de 4, de costas umas para as outras,
com um vão de 1 metro entre elas,
interligadas pelas borrachas de maneiras
diversas.

8 cadeiras alinhadas em duas fileiras 8 cadeiras alinhadas em duas fileiras de 4,


de 4, de costas umas para as outras, de costas umas para as outras, com um
com um vão de 1 metro entre elas, vão de 1 metro entre elas, com bastões
interligadas pelas borrachas de maneiras de madeira posicionados de maneiras
diversas, intercalando com os bastões diversas, apoiados nas cadeiras
de madeira também posicionados
de maneiras diversas, apoiados nas
cadeiras.
ATIVIDADE 3 Mais uma variação de instalação com os mesmos materiais. Aqui, um jogo possível é, uma criança
por vez, no centro, que deve desviar da bola que é balançada pelas outras crianças, sem deixar que
O pêndulo e a ela a toque. O suporte pode ser feito com os mesmos bastões, as cadeiras, as tiras de borracha que
unem os materiais e a bola feita com uma tira de borracha enrolada.
cabana
Este formato pode facilmente se transformar em uma cabana com a ajuda de um tecido.

O que mais você, professor, e as crianças conseguem inventar com esse formato?

3 cadeiras de costas
umas para as outras, em
triângulo, com os bastões
de madeira unidos em
um ponta pelas borrachas
e cada ponta de baixo
encaixado no espaldar
das cadeiras, com
uma bola de borracha
amarrada e pendurada
no centro da estrutura detalhe da bola de
piramidal borracha

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ATIVIDADE 4 Outra instalação com os mesmos materiais, porém em
uma estrutura mais complexa, que pode gerar explorações
O labirinto físicas e desafios corporais é o labirinto. Quantas formas
de se locomover são possíveis aqui nesse labirinto?
Quantos jogos?

Se acrescentarmos alguns tecidos pendurados e outros


materiais, ele pode se tornar uma instalação sensorial,
onde as crianças entram vendadas e vão, aos poucos,
tocando e sendo tocadas pelos materiais que vem de cima,
pelos lados e por baixo.

Com alguns outros materiais essa instalação, de desafio


motor, pode ser transformar em uma instalação sonora,
com panelas, garrafas, pequenos instrumentos e bambus
pendurados.

Quantas formatos são possíveis de serem construídos


pelas próprias crianças, ou mesmo o que isso pode ser
além de um labirinto ou uma instalação sonora?

8 cadeiras em posição de quadrado,


sendo 4 de ponta cabeça em cima
das 4 de base, interligadas por tiras
de borracha e bastões de madeira
de formas variadas entre elas
formando um labirinto.

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AVALIAÇÃO Nessa sequência, também é fundamental que você observe as crianças do seu grupo ao longo
das atividades, para avaliar seus percursos de aprendizagem. Algumas perguntas podem fornecer
Sequência II pautas para essa observação:

1. Você pode observar a participação dos seus alunos na criação de novas brincadeiras e uso do espaço?

2. Seus alunos se apropriaram dos materiais e colaboraram na criação de novas instalações?

3. Você observa que os alunos começaram a antecipar a possibilidade de movimentos e


explorações físicas ao participar da “engenharia” de construção de uma instalação?

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PASSO A PASSO PARA A CONSTRUÇÃO DE TIRAS DE BORRACHA A PARTIR DE CÂMARAS DE BICICLETA

CORTANDO A CÂMERA E FAZENDO AS TIRAS DE BORRACHA

Alguns detalhes particulares sobre as amarrações com câmera de pneu de bicicleta cortada em tiras:

1. Atenção: elas são extremamente fortes se esticadas e enroladas várias vezes unindo qualquer
material. Cada volta que damos na amarração aumenta a pressão consideravelmente, então não
exagere; use na medida certa para cada material.

2. Não é necessário dar nós nas tiras de borracha. Na verdade, se você fizer isso correrá o risco de não
mais conseguir desfazer o nó. Então siga as instruções fornecidas nas fotos abaixo.

3. Evite de deixar as tiras expostas ao sol, pois isso as resseca rapidamente, inutilizando-as em pouco
tempo. Mas, se precisar deixá-las por um tempo prolongado, tente protegê-las com uma outra fita
por cima. Fitas isolantes usadas em instalações elétricas funcionam muito bem e ainda servirão para
fortalecer a finalização da amarração. Procure apenas cobrir toda a borracha, sem deixar nenhuma parte
aparente.

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CÂMERA DE BICICLETA RETIRADA DO BICO E INÍCIO DE CORTE CORTE CERTO VS CORTE ERRADO
ARO 26 E TESOURA

TIRAS FINAIS

Aprendizagens com
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DETALHES DE COMO AMARRAR NO INÍCIO E NO FIM

DETALHES DE COMO UNIR DOIS BASTÕES

Aprendizagens com
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DETALHES DE COMO AMARRAR NO INÍCIO E NO FIM

Aprendizagens com
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ministério da Educação. Base Nacional Curricular Comum. Brasília, 2017.

Connell, Gill. A Moving Child is a Learning Child: How the body teaches the brain to think. Free Spirit
Publishing, Minnesota, 2014.

https://www.corraini.com/en/catalogo/scheda_libro/702/Ricerca-della-comodit-in-una-poltrona-scomoda

SEQUÊNCIA DE ATIVIDADES ELABORADA POR

Luis Pelegrini - www.luispelegrini.com.br / luis@seressence.com.br

Vitor Janei - vitorjanei@gmail.com

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