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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

ANÁLISE E RECONSTITUIÇÃO

Dissertação de mestrado apresentada ao Departamento de Arquitectura da FCTUC


Sob orientação do Professor Doutor Rui Pedro Mexia Lobo
Coimbra, Julho de 2013

  
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
ANÁLISE E RECONSTITUIÇÃO
Agradeço ao meu orientador, Professor Rui Lobo, a ajuda, o
esforço, a disponibilidade e as críticas.
Ao Professor Doutor Nelson Borges pela disponibilidade ao
longo de todo o processo em discutir ideias e sugerir hipóteses
que tornaram possível esta investigação.
Ao Professor José Pisco, guia do mosteiro de Lorvão, à Junta
de Freguesia de Lorvão e à Câmara Municipal de Penacova
pela ajuda e simpatia, e por todas as informações e materiais
que me forneceram sem quaisquer custos.
Ao Rodrigo Lopes pela força e cooperação durante toda a tese.
A todos os familiares e amigos, pela confiança e por me
lembrarem que não existem impossibilidades.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ______________________________________________________ 1

EVOLUÇÃO MORFOLÓGICA DE LORVÃO E DO SEU MONUMENTO

1. LORVÃO ANTES DA IMPLANTAÇÃO DO SEU MOSTEIRO_____________ 7


1.1 PERÍODO ENEOLÍTICO 9
1.2 PERÍODO ROMANO 9

2. MOSTEIRO DE LORVÃO SOB DOMÍNIO BENEDITINO________________ 17


2.1 PERÍODO DE 547-1211 19

3. MOSTEIRO DE LORVÃO SOB DOMÍNIO CISTERCIENSE ______________ 33


3.1 PERÍODO DE 1211-1600 35
3.2 PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XVII 51
3.3 SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVII 63
3.4 SÉCULO XVIII 73
3.5 PERÍODO DE 1800-1887 87

4. LORVÃO DEPOIS DA EXTINÇÃO DO SEU MOSTEIRO ________________ 95


4.1 PERÍODO DE 1887-1940 97
4.2 PERÍODO DE 1940-1960 99
4.3PERÍODO DE 1960-2010 109
4.4 PERÍODO DE 2010-2013 117

5. EVOLUÇÃO DE LORVÃO NA RELAÇÃO COM O MONUMENTO ________ 123

CONSIDERAÇÕES FINAIS ____________________________________________ 135

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS _____________________________________ 137


FONTES DAS IMAGENS ______________________________________________ 159
ANEXOS____________________________________________________________ 177
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

INTRODUÇÃO

                 !
importantes no território, marcos da memória humana onde a sua história se difunde na
história do lugar onde se implantam, é nele que      "    #
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primeiro2 e um dos mais ricos mosteiros femininos cistercienses de Portugal, e que a sua

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PortugalN&&+   N7 H6
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1
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

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destaco a tese de doutoramento3       .   K   @ % [, por ser um
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e dos tabeliães6, onde se faz uma descrição pormenorizada de todas as obras que
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sendo que a primeira imagem que disponho corresponde à Carta militar de Portugal de
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-7*$* $y7BBˆ$) [et. al.]- Plano Geral de Urbanização de Lorvão&   &&€$XYZ[&XZ\ &

33
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

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#8      % 6      de Hillier e Hanson10, que
permite uma clara compreensão da organização espacial do tecido urbano da cidade nas
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que, ao contrário dos outros exemplos que interpretam o monumento em relação com
a cidade, neste caso o monumento está implantado num contexto rural, isolado e com
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11
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de mestrado em arquitetura

\
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
1. LORVÃO ANTES DA IMPLANTAÇÃO DO SEU MOSTEIRO

“Partida para Lorvão: Duas léguas de montes, aspecto


singular. São grandes outeiros formando montanhas, e accumu-
lados uns dos outros sem a intersecção de valles; conhece-se que
são arroteação de recente data: cultivados na maior parte até
aos cumes: caminhos ladeirentos e tortuosos (...) O vale pode
comparar-se ao cálice de um lírio? Rasgado por um lado: é a
rotura por onde saem as águas da bacia.”12

12
HERCULANO, Alexandre- Cenas de um ano da minha vida e apontamentos de viagem. Porto: [s.n.], 1957. p. 173-174
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 1. Inscrição da lápide sepulcral romana


LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Lorvão antes do mosteiro

PERÍODO ENEOLÍTICO

A história de Lorvão inicia-se muito antes da fundação do seu mosteiro, na


verdade, a descoberta recente de indícios arqueológicos leva a crer que o local já
        # & >    %           
       XY_W      #.13
Apesar do elevado estado de desgaste o historiador Nelson Borges está convicto
     "       %$   
       ;             # 5* 
  @ 8 $       #  5 *    y  <$            # $
provavelmente, entre 2500 e 1500 a. C.14

 (            #         $
que acorriam a esta zona por ser espaço fértil com vários canais de água, e a haver
construções seriam pequenas e simples habitações de camponeses dispersas nas encostas.15

PERÍODO ROMANO

As intervenções ocorridas ao longo dos tempos no cenóbio puseram a descoberto


 š%          $          $ %     
  / #/  6#&7XYX[$    -
tação de uma das alas do mosteiro num posto de registo civil, pôs-se a descoberto uma
lápide sepulcral romana16 #          % / $
publicada pelo Dr. Leite Vasconcelos:
“G(aius) VALERIUS IVLIANVS SEILIENSIS/ANNORVM XVIII (duodevigintorum) H(ic)
S(itus) E(st) A(it) T(ibi) T(erra) L(evis) (hedera)/(Marcus) (hédera) ANTONIVS IVLIANVS /
FRATRI PIISSIMO / FACEIENDVM (herera) CVRAVIT” 17

13
'     6 #  8     %    k&XXQ     $k&k\W 
%  [Zk%&' #8 (   %      $  % %   
curvo e os lados convexos.
BORGES, Nelson Correia- Crónicas breves: Um machado de pedra polida em Lorvão. K š +  . Penacova
N&&€&XYZY;XY_W>kY<Q
14
BORGES, Nelson- 
   . Coimbra: Secção de textos
y |-$XYYQ&       & &\[&^ X
15
BORGES, Nelson- ' &- N7+B|B$XY__& &\
16
Lápide calcária com 1.39m de comprimento, 0.66m de largura e 0.12m de espessura, atualmente no Museu Nacional
de Arqueologia e Etnologia.
VASCONCELOS, Leite- Inscrição romana de Lorvão. O Archeólogo Português&  N&&€&XY;XYX_<Wv\>Wvv›  
este tema ver também: BORGES, Nelson- A inscrição Romana em Lorvão. K š   +  . Penacova: [s.n.].
QXQv;XY__>kY><Q
17
“Gaio Valério Juliano Seiliense, de 18 anos de idade, está aqui sepultado. Que a terra te seja leve. Marco António
Š  8      5 )     Ÿ$/  K  @ %  @'BH7$
Nelson- A inscrição Romana em Lorvão. K š +  &+  N&&€&QXQv;XY__>kY><Q

9
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Lorvão antes do mosteiro

A descoberta desta inscrição, que corresponde cronologicamente ao princípio ou


meados do século I,18 corrobora a hipótese de que a dita família Juliano possa se ter
estabelecido neste vale, naquilo que seria uma  romana19. Provavelmente também
da época romana, senão mesmo da referida, corresponde o fuste de coluna e a ara
  $  #  $       /    &20
Porventura o próprio nome do lugar de Lorvão talvez tenha sido dado por esta
família. Sobre o assunto Joseph Piel acredita “não sofrer dúvidas que os frades
laurbanenses vieram instalar-se numa $ #   %#  #% 
    ¡   K ¡Ÿ&21+  8$ .&K  @ % 
 
o nome de Lorvão deverá ser originário da !!   (! * #  <$
 %
     $ /      "#  5 ^% &22

 /  %    + %(  š  %


    %    "  #% romanas. Apesar de
esta teoria não estar totalmente provada pode “mesmo falar-se de uma predisposição
 )    /4        /     Ÿ23, sendo
 $  %    £  5 )    8  5,
6      )   Ÿ&24
Como seria a de Lorvão e qual a organização dos espaços são questões que
   %    $      %     
  
que me permitam sequer imaginá-la. A única coisa que resta é fazer um paralelismo
entre outras   %     #     $$
supor sem grandes certezas como seria a estrutura que mais tarde serviu de alicerces ao
cenóbio laurbanense.

18
BORGES, Nelson- A inscrição Romana em Lorvão. K š +  &+  N&&€&QXQv;XY__>kY<Q
19
Uma    $ 
/4          %  
casa senhorial
20
GONÇALVES, Nogueira- +  
, -!0 3. Lisboa: Academia Nacional de Belas-
-Artes, 1943. p.194
21
PIEL, Joseph M.- Sobre a origem do nome do mosteiro de Lorvão. Biblos&- Ny   &\_;XYZQ<
170
22
BORGES, Nelson- ' &- N7+B|B$XY__& &[
23
 ]-*7 $ Š# >     #%   ;(& ***>^***$   _XX<& * +7B7*B$ +  ;< > História da Arte
Portuguesa&  N+ + % $XYY\& &XXv&^ &X›w|-w* .$  >. + # 5 ^%)#&*
 B-~'$Š %  ;<>História da arte em Portugal. Lisboa: Publicações Alfa, 1987. p. 149-169. Vol1
Na Europa existem inúmeros casos de aproveitamento de villae romanas para a implantação de comunidades
 6#$    "       £  Ÿ; <$¤ %  ; <$ %%(;y/<$
entre outras.
24
]-*7 $Š# > #% ;(&***>^***$ _XX<&*+7B7*B$+ ;<> História da Arte
Portuguesa. 1995. p.116. Vol.1

11
'B^~'N|]]'7*B'7|] |HB

Figura 2. 4romana de S. Cucufate Figura 3. Ruínas da basílica de S. Cucufate


0 10 20
Planta piso térreo

LEGENDA DOS ESPAÇOS:


X&    % 
Q&  6%
3. Residência senhorial
[& 
5. - ! 

Figura 4. 4 romana de Milreu Figura 5. Ruínas da basílica da  de Milreu


0 10 20
Planta piso térreo

LEGENDA DE ESPAÇOS:
X&    % 
2. Casa senhorial
W&¥   #
[& 
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Lorvão antes do mosteiro

K  )  %!   > 6  "     #   /4 $


sendo que neste caso destaco a  romana de S. Cucufate e a  de Milreu, por serem
"      "#        %   
aí implantaram o seu cenóbio. No entanto, nestes exemplos as villas estão implantadas
 8  $            
   $       
condicionou a construção da     #%   "     
)  #   &

A de São Cucufate, no concelho da Vidigueira, terá sido ocupada inicialmente


 ( *&-&&+  8$ 
 ( **       
com novo traçado, na qual mais tarde se instalou o convento de frades. Não se sabe ao
     # % $ ($ XQ\\ 6 "#6%
tempo, sendo entregue ao convento de S. Vicente de Fora de Lisboa. Nele terão vivido
os frades até ao início do século XVII, acabando por entrar em ruínas.25
Baseando-se em escavações, Jorge de Alarcão26 descreve que a zona central da vila
#  %           &K
traseiras da  haveria um grande tanque de água alimentado por um reservatório, e
na  ! 6* a oeste da *estaria o cemitério e as divisões da criadagem.

A  de Milreu28$ %  7);% <$ 6   ( 


I como uma residência de pequenas dimensões, sendo que nos séculos seguintes
adquiriu maiores dimensões, acabando por se transformar, no séc. IV, num santuário de
culto cristão.
As diferentes dependências, como os aposentos dos senhores e as termas,
%8>     6   $  # &K     
já afastado da zona central estavam duas estruturas que seriam os mausoléus da família.
A sul do recinto, separado por uma rua, estava o templo que ainda se encontra
parcialmente conservado, sendo possível perceber que seria um espaço organizado em
galeria com uma abside semicircular. O templo deverá ter servido de igreja durante o
   %  $      #      (
    6# &

Ao analisar estas              


#
  %   !   5# %   !  
%8        6#   & Š6    %    / 

25
ALARCÃO, Jorge- A vila romana de S. Cucufate. Arqueologia&+  N&&€&W;XYZX>kv<XX_
26
Ibidem, p.118-121
27
ˆ   !   5# % 
28
w|-w* .$  >  ] &Arqueologia&+  N&&€&Y;XYZ[<Y[>Xk[

13
13
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Lorvão antes do mosteiro

simples de abside semicircular e, maioritariamente, de uma só nave onde, em alguns


 $6  !#(        %   6#  
)"     %  &

A  de Lorvão não seria muito diferente, poderia não ter dependências tão ricas
como as termas e balneários, mas provavelmente haveria um átrio rodeado por todas as
 /4   6      #       6   
 5  #&
Não esqueçamos que estes dois casos são meros exemplos e que não existe
nenhum elemento que me permita conjeturar como seria a villa de Lorvão, tal como
há que ter em conta as condicionantes da topografia deste vale que, certamente,
influenciaram a planimetria desta estrutura.
Apesar de não haver outros elementos que me permitam desenvolver esta
teoria com precisão, o mais provável é que esta 6 #     
  %     %   #   &

15
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
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2. MOSTEIRO DE LORVÃO SOB DOMÍNIO BENEDITINO

“De soberba estrutura, em solidão,


fabricaram os monjes seu convento,
e aqui, entre áurea acclamação,
viveram venerados, com argumento;
‘té que chegando o de relaxação
Thereza o reformou, e foi portento;
mas estes, por louro que a agoa apura
aqui dão a Lorvão nomenclatura.”29
Poema da Écloga Crisfal. Laureolas Cristalinas, canto VI.

29
BORGES, Nelson- Lucêncio e as origens do mosteiro de Lorvão. Conimbriga&- NH6
 - &QW;XYZ[<X\W

17
Figura 6. Planta piso térreo [547-1211]
0 10 20

Figura 7. Alçado norte [547-1211]


0 10 20
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
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PERÍODO DE 547-1211

A regra de S. Bento já estaria implementada em alguns mosteiros da Europa


    #
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 - /%      6   % &
@  + *($       
/  % &(  
os monges do ocidente seguiam o sistema designado por regula mixtaWk  
códices regularum  6  6#      / 
para dirigir o seu mosteiro. Depois da invasão árabe tornou-se cada vez mais comum os
mosteiros abandonarem o sistema da regula mixta para adotar a regra de S. Bento, com
expulsão de todas as outras.
7  6       $   $        
 % &@  $   ( `*$ 6  %  regula mixta.

§    6       /    


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   % (        $   
ao tema. O mais provável era a villa    6   $
          5 /  % $     
      6     5      # $ ( ^*&
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 ( ^*$  /    % &
|            (
 B 8   &7XYWW$       Livro dos testamentos de
 $
 £) # Yk_ $  %/$ YXX6   
sobre o mosteiro de Lorvão, os mesmos denunciam a existência em tempos anteriores,
  %  8 6> ( Z_ZŸWQ$   
Coimbra pelo conde Hermenegildo, no reinado de D. Afonso III das Austúrias.
+    )       $%      
 4        $    !   &

30
-    %    £      % " ? $   
   $   ) 6 %   % codex regularum$( 
/4   (  8 %  /4  %Ÿ&    
historiadores regula mixta$
  #%         B %  Bento.
]  $Š (>A introdução da regra de S. Bento na Península Ibérica&@%N -8$XY_v& &\>Z
31
 £]    ;    !<N             %    $  %    %   &
@  $         % )    ‹   %8/     /   6
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32
 ˆ7^7.'$ B  > ]            &       w)    + %, Lisboa:
&&€$;XYWW<QQ

19
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

y% Z& y  %


   %)#        Figura 9. +    %)#
torre dos sinos

y%Xk& .    -+  %)#


0 5 10
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
]     # \[_>XQXX€

'                   


/   
 )  @  @         $  
se pode ler: “Domus nostra Lurbani constructa fuit vivête patre nostro Benedicto & de-
   !  =-*+ :! ! # :! 
 >*:! ! !    *=#!   * :!?*
Iunij”33*             &@ -
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K    $6    \_Q \ZQW_$      ) 


  4            % Lurbine$  %
 
    &7    %        
  \_Q6     %       6      $
   )&
'  6#  %    !       %  
         £& @        8   %    
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   ! $  5  $  %   
 )    ;¨< > 
"   &ŸWZ.    %   

33
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©+ % $      48õ    $©         $©
 Ž %       QY  €&Ÿ
Tradução em BRITO, Bernardo de- --3&  3 &  Ny/ - H ª$XvkQ&
&[[_&   " $- &``*`›   /  @'BH7$K  >
 
das origens a 1737&- $XYYQ& &\[&^ &X
34
BRITO, Bernardo de-    &!  &  Ny/ - H ª$XvYk& &QvW&
Livro Sexto, Cap.V
35
 %)# 6  8  >    k&Y[      k&X[ %&
@'BH7$K  > %)#       &]  &- &XW;XYZW&kW<\_
36
BORGES, Nelson- 
   &- $XYYQ& &\\&^ &X
37
Idem: O mosteiro de Lorvão&- N7+B|B$XY__& &\>v&      (.^*.$+  >Études
& :!  !K -!!4+e ao VIIe siécle&  N+ %$XY[_& &X>ZQ
38
BORGES, Nelson- Lucêncio, bispo de Conimbriga, e as origens do mosteiro de Lorvão. Conimbriga&- NH6

 - &QW;XYZ[<X[\>X[v

21
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 11. Implantação %      


 +  (
0 5 10

Figura 12. 7/4     % $XYZ[ Fi% XW& Envasamento de uma das
colunas

y%X[& -  %   y%X\& -  %  


LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
]     # \[_>XQXX€

      /4     %(%   


   %   
 &
 >       %        +  ;Yvv>YZ\<      -) 
    ˆ                  6# $  
infelizmente não temos informação.WY Resta-nos conjeturar tendo por base os poucos
"         ( $        š    %    
 !      ;     
   ) <$    !   &[k

(        ?  /       "      / 


 %                 $     
X_QQ5 B w)+ % $       £%  
!   Ÿ[X.
Esta referência apenas recentemente foi comprovada pelas escavações levadas
  $  XYZ[         % $      .   K   @ % 

   8 a organização       # &.  
    8          
    #!  ! $    ) [Q a
   %  
(&[W
   /4                 
  
 8 $    "     # 
%  \&Qk \&Wk  Q&vk Q&_k$6   W&Qk
           k&[\"  &[[§ 5 
  K  @ %             
atual torre dos sinos.[\
7   ( `^*** 8            
construção do novo espaço litúrgico, impossibilitando hoje ter uma imagem exata de
           %      &K   $    
K % H /  K  @ %       )    
      !           $      $    (

39
BORGES, Nelson- 
   . Coimbra, 1992. p.72. Vol.1
40
B'.B*H|7$ Š % >     & * +7B7*B$ +  ;<> História da Arte Portuguesa. Lisboa: Printe
+ % $XYY\& &QXv&^ &X
41
BORGES, Nelson- 
   . Coimbra, 1992. p.91 e Doc.
\k&^ &X
42
+  )      
(  $     &
43
BORGES, Nelson-
   &- $XYYQ& &YX>YW&^ X›
PIRES, Fernando- ' ! 8  !& $&- Ny |-$XY_X&    & &Qv
44
BORGES, Nelson-
   . Coimbra, 1992. p.92. Vol.1
45
Ibidem

23
QW
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

y%Xv&Igreja de S. Salvador de Ganfei


0 5  +  (

Figura 17. Igreja de S. Salvador Travanca


0 5  +  (

y%XZ&Igreja de S. Tiago
0 5  +  (rreo
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
]     # \[_>XQXX€

     $ >   )"     


 )     
($      "  &[v
. #%  ?        % 6    
   %(    #  %    / [_ e um cachorro
de calcário de Ançã em forma de ave com plumagem segurando pela pata uma pinha.[Z
  %  >           
diafragmas[Y$     ( @%$&    +/   &
%   %   #    $      /  
 %         $         5        $ 
  %  &  H $&   &% &\k

K         5#/4  6#
#   /4  6    $     $  > ?% 
ou recintos amuralhados.\X7 #    >  )" %  
8     )  / &7+ %% !  
‹ 6>  /4   $      &  &
7   (    $ (    
  (> >            & {     %  
         $     $   /4   
   6 #    ) $   (-
-se nela a residência abacial e a portaria.\Q            
                 ( `^**&\W
No seu atual segundo piso, na ala este, subsiste ainda uma porta moçárabe de arco
  $   6 $    K % H / $£ %  €
  /( %    .&  w  Ÿ&\[
K  %           6     % 
 #      ?  ($      
 %     $  #/    X\Y_&\\

46
BORGES, Nelson- 
   . Coimbra, 1992. p.92. Vol.1
47
7 >    ] ]  - & k&Wv  WX&\k %&
48
7    /4  XYZ[&
49
BORGES, Nelson- 
   . Coimbra, 1992. p.92. Vol.1
50
      NB7 $] > %8/    /  )     #  % # 
 (&`**&  %&+  &v;XYZQ<XXZ>XWQ› ]7*.$-   >+   4    
 + % &Revista da Faculdade de letras&+  &Q;XY_X<v\>XXv
51
B'.B*H|7$Š % «  &*+7B7*B$+ ;<>História da Arte Portuguesa. Lisboa: Printe
+ % $XYY\& &QX\>QXv&^ X
52
BORGES, Nelson- 
   &- $XYYQ& &ZY>Yk&^ &X
53
Ibidem$ &Yk>YX
54
GONÇALVES, Nogueira- +  
, -!0 3&  $XY[W& &XY[&^ &[
55
BORGES, Nelson- 
   . Coimbra, 1992. p.92. Vol.1

Q\
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 19. Porta monçárabe, antes das y%Qk. Porta monçárabe, depois
    XY[k  XYvk

Figura 21. +         ( `**$    


historiador Nelson Borges

0 20 40
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
]     # \[_>XQXX€

§   $         $(   
 /       %  (6     $ 8
       5   / $ ( `^**$     
monges sepultados nas paredes.\v
'  K  @ % %     £)  (    4 
semelhantes ao atual, tendo em atenção o comprimento da igreja e o facto de lhe
 %   $      $  ^% Ÿ\_$   
5 %
  #
  8 &  £  
          ;¨<       
     ) ;¨<     % QX š   Ÿ&\Z
-  6   /4  XYZ[%   %   k&[\
"    k&QX$    %       
    >   (     k&vv$  % 
"&-     (^  -     (  #
 
 %
    &

   6#   # %8>     %        


5     $   $        
outras dependências indispensáveis ao funcionamento da vida em comunidade, como
  )    ) &(%           
alguma dose de probabilidade, as restantes dependências foram de tal modo alteradas
  %       (  
$    $ 8/ 
 &-  $ )   % $          
  6                   #  
%8$      >     .  K  @ % $ 
86      ( \Y.
 >     )   $  $   #$  % 
      $     5 % $    %    (    
 
   ( $        &vk  
                    5 %   "      ;
   8    "  <  £ $  /  
" ŸvX.

56
Cfr. ARQUIVO NACIONAL DA 'BB7.'']@'K€«]      ;livro das preladas<$}WkY$ &\$. &vQ
57
BORGES, Nelson- 
   &- $XYYQ& &YW&^ &X
58
Ibidem$ &QXk
59
BORGES, Nelson- 
   . Coimbra: Secção de textos
y |-$XYYQ&Q &[_k &       
60
IdemN  6# % (   &B ] &- N&&€&*^„_;XYYZ<\k
61
K>]      $}[X_$ &XWQ&Apud.: BORGES, Nelson- 
 
das origens a 1737&- $XYYQ& &[XQ&^ &X

27
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
]     # \[_>XQXX€

Por sua vez, a cozinha implantava-se sobre a linha de água da Vidigueira, teria
 %  6(  ) %/ 
     )      #/       $ 
sal, a tulha e o celeiro.vQ Outras estruturas indispensáveis a uma comunidade religiosa,
         % $     8(vW, banhos, latrinas, enfermaria,
  $   $$   /  )    / &
+  5% $  $ >   )     
com ligação ao claustro.v[ De acordo com a regra de S. Bento seria um espaço aberto,
  /4   $     
     ) 

de atestar o silêncio e descanso de todos os monges.v\
* 6  $ ($                 
 $ %    $ 5      &.       / 
atual mas, certamente, teria menores dimensões.vv      
        $  % % $   %     %         
  $%        
$  %  &]  #
comprimento semelhante ao do claustro.

K    5%         >  $     


    K  @ % $ %
          
    % $ 8          " 
$                ( `^**&+ 
sua vez, a ribeira seria mais funda fazendo uma curvatura mais suave para sul, passando
)"    &v_
 >  (       6 "#    (    (   
 %   # $6  8        /   ) $
 ( `^**$  ¬        &vZ
K /4   ) $       $     $
nomeadamente os casebres dos servidores do mosteiro, estrebarias e estábulos.vY

62
BORGES, Nelson- :!!
!!  7  &- $XYYZ& &\X&^ &X
63
]B§|7$]y  >* ! **  %            - &Revista
+ %  w)&- N*#  )  )  y |-&XZ;XYZk<Q_\
64
BORGES, Nelson- 
   &- $XYYQ& &WX[&^ &X
65
Idem: :!!
!!  7  &- $XYYZ& &[_&^ X
66
Idem: 
   Q3$XYYQ& &Q[[&^ &X
67
Ibidem$ &Yk
68
Ibidem, p.92
69
 ' @7K7.**K' K 7|B'+$ X$   # $ XYY\& ]B§|7$ ] y  > Vida e morte de um mosteiro
     N& # N-]   # $XYYZ& &\W

29
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 22. +          $  XXQv XXZX

LEGENDA:
Distrito
Propriedades do distrito de Aveiro
Propriedades do distrito de Coimbra
Propriedades do distrito de Viseu
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
]     # \[_>XQXX€

A comunidade religiosa laurbanense não seria muito grande e certamente como


  6                $     (-
  `**                )    % 
     "    *  ]($          %    
de cultura, onde parte do clero conimbricense deve ter feito a sua formação_k.
.     (  š     ‹!      8 
   )" %    &B 8   6   ( 
` %  ^- 71, Penacova, Figueira de Lorvão, Telhado, Palmazes, Sazes, Al-
caiça72 -6        %    $    &_W
  (%    / - $  $^  6
    % $             £villae,
$  $  $  $ $   $  $ $;¨<   $ 
 Ÿ_[& . # ( %       +  $ +  $
Abrantes, Serpins, Covilhã e Coimbra, e ainda igrejas, nomeadamente, a igreja de Santa
76$&+   ]    &+   - $   &_\

-      %)  #      $  


(  `***$      %    #         %   #$
   %    $     % 
 % -   %    .&  $
 .& *&

70
K (   8> $   $ ?%  $   £   Ÿ;XXZW<$ £-  6 
    Ÿ;XXZY<$£-  6  % #   Ÿ £  6  
    # 6 Ÿ&
71
Nomeada atualmente por Cheira.
72
+        65&
73
AZEVEDO, Rui de-     :!   Q $XYWW& &WY>[Q$ &* **
74
 ' @7K7.**K' K 7|B'+$ X$   # $ XYY\& ]B§|7$ ] y  > Vida e morte de um mosteiro
     N& # N-]   # $XYYZ& &\_
75
Ibidem

WX
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1211-1600]

3. MOSTEIRO DE LORVÃO SOB DOMÍNIO CISTERCIENSE

“É um regalo ouvir cantar


as freirinhas em latim!

É um regalo ver bordar


as freirinhas em cetim!”76

76
BORGES, Nelson-
   . Coimbra, 1992.p. 43. Vol.1

33
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 23. Planta piso térreo [1211-1600]


0 10 20

Figura 24. Alçado norte [1211-1600]


0 10 20
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1211-1600]

PERÍODO DE 1211-1600

.&Š ;XQk[>XQXX<         $     ?# $


quando a rainha D. Teresa regressa a Portugal, depois do seu casamento com Afonso IX,
    $       + -  # ***&7XXY\   
 + %  "   6   
 $              # 
um mosteiro com a sua própria corte, onde ocuparia funções de administração e de
 / . &             š% $   /4  
passado com o reino e a alta nobreza e, apesar de não estar na cidade de Coimbra onde
a corte sedeava com frequência, era próximo e de fácil acesso.77

Desde 1109 que o mosteiro de Lorvão e todos os seus pertences eram governados
pela Sé de Coimbra, algo que nunca foi bem aceite pela comunidade religiosa. daí que
a diocese há muito procura-se um pretexto para tomar por completo o mosteiro. Agora
 .&       ) %  #     $  $ XQk\
D. Pedro Soares, o bispo da diocese de Coimbra, concede a D. Teresa o mosteiro
laurbanense78 argumentando que “(…)não consente que os monges negros, atendendo
à sua vida escandalosa e mau governo, ali continuem a habitar” 79, motivo este que
se considera pouco plausível visto que “a vida económica era desafogada (…) quer pelo
quadro de compras efetuadas pelo mosteiro, quer pela sua situação cultural”80. A rainha
poderia então governar o cenóbio de acordo com a ordem religiosa que melhor lhe
conviesse, mas sempre procurando o conselho da santa Sé.
|  8       %    ]      +       #
     # £  ?    Ÿ81. Mas, os monges não se
resignaram a abandonar a casa onde viveram durante tantos anos e queriam morrer, por
isso, dirigiram-se ao Papa Inocêncio III expondo a ilegalidade que tinham sofrido. No
entanto, a 28 de dezembro de 1206 os bispos do Porto e Lisboa confirmam que o
mosteiro de S. Mamede deveria passar a ser governado por D. Teresa.82
Contudo este período de transição não estaria ainda concluído tendo os monges,
revindicando os seus direitos, mais uma vez recorrido ao Papa que, só em novembro de
XQXk$               
 3! 

77
ASSUMPÇÃO, T. Lino-  # . Coimbra: França Amado, 1899. p.14-15; COMEMORAÇÃO DO OITAVO
CENTENÁRIO DA ENTRADA DAS MONJAS NO MOSTEIRO, 1, Paredes. MARQUES, Maria Fernandes- W &    
 Y& 0Q &+ : atas. Paredes: Reviver Editora, 2007. p.21-23
78
BRITO, Bernardo de- --3&  3 . Lisboa: Fundação Caloust Gulbenkian, 1602 . p.450-452v.
79
MARQUES, Maria Fernandes- Inocêncio II e a passagem do mosteiro de Lorvão para a ordem de Cister. Revista
Portuguesa de História&- N*#  )  )  y |-&XZ;XYZk<QvW>Qv[  &_
80
+, p.97
81
+, p. 264 e doc. 8
82
+, p.267 e doc.11; BRANCO, Teresa- A saída dos monges negros do mosteiro de Lorvão, Cronologia e
Documentos. Munda. Coimbra: [s.n.]. 14(1987) 10

35
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 25. Escultura de D. Teresa, 1662


LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1211-1600]

:!!83, decidindo que os monges deviam ser reconduzidos ao mosteiro, por


dele terem sido afastados à força e coagidos pelo medo, e a rainha deveria indemnizá-los
    &-    %    #  !, ou
seja, o abade e os religiosos reocupavam a habitação, mas se quisessem exercer funções
#     ) $    %   
todas as decisões.84 As condições impostas eram inadmissíveis prevendo-se a recusa dos
 %  $                #    $
depois de receberem da rainha o pagamento de todas as suas despesas.85
Consumando-se assim, a julho de 1211 86, a reforma do mosteiro beneditino
       $     (5 "#/  XZZ_&
D. Teresa dedicou a sua vida a Lorvão embora se saiba que nunca foi abadessa e
apenas passou os primeiros anos no vale, ao qual depois apenas acorria esporadicamente.
Contudo terá sido a rainha a eleger a primeira abadessa, Dona Goda (1213-1230), e as
que lhe sucederam.87 Não se sabe quais os seus critérios de escolha, provavelmente
         $     7 $ 6 #  
familiarizadas com a ordem de Cister feminina.
7   
     £  $         Ÿ88,
sendo todos os contratos feitos em seu nome e com a sua autorização até falecer a 18
de Junho de 125089.

w       - # % 5+ *($


inicialmente na Espanha com o mosteiro de Fitero, em Navarra, documentado de 1140.
Poderá ter havido outros precedentes, mas a falta de provas históricas não o permite

&90 No decorrer da década de 1140 sucedera-se as fundações e filiações em
terreno espanhol.
Já em Portugal a primeira prova concreta surge em 1143 91, referindo o mosteiro

83
Dirigida ao Arcebispo de Compostela a 10 de Novemro de 1210. MARQUES, Maria Fernandes- !    
"Z -!  7 - Y +  \ +++. Coimbra: FLUC, 1974. Tese de licenciatura em
História. doc. 143, p.385-387
84
+: Inocêncio II e a passagem do mosteiro de Lorvão para a ordem de Cister. Revista Portuguesa de História.
- N*#  )  )  y |-&XZ;XYZk<Q_W>Q_\  &X\
85
+, p.276-277 e doc. 16-17
86
BORGES, Nelson- 
   . Coimbra, 1992. p. 108. Vol.1
87
CIÊNCIAS GENEALÓGICA E HERÁLDICA, 17, Lisboa, 1986. BRANCO, Teresa-     
  " Y "N&  N7 H6
 % $XYYk& &X>XZ
88
ANTT- Mosteiro de Lorvão (Coleção especial), maço 9, nº18. !Q: BORGES, Nelson- 

   . Coimbra, 1992. p. 111-116. Vol.1
89
MARQUES, Maria Alegria Fernandes- ^ !!  Y   7 !_+++. Lorvão: Associação
pró-defesa do mosteiro de Lorvão,1999. p.13
90
-'-w7B* $]> ³ #  Ž    +  *( &Anuário de studios medie-
vales, Barcelona. 1(1964) 229-230; MARQUES, Maria Fernandes- A introdução da ordem de Cister em Portugal. La
* #  -  7 Ž+ %. Coimbra: FLUC, (1991) 165-195
91
COCHERIL, Maur- Recherches sur l’ordre de Cîteaux au Portugal. @ # ètudes Portugaises. Paris. 22(1960) 33-34

37
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 26. Mosteiros cistercienses Portugeses,


século XII e XIII

LEGENDA:
Mosteiros masculinos- século XII
Mosteiro masculino- século XIII
Mosteiros femininos- século XIII
7  ' ]>( `**
7  ' ]>( `***
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1211-1600]

de S. João de Tarouca como o primeiro mosteiro masculino cisterciense de Portugal, ter-


-lhe-á sucedido o mosteiro de S. Tiago de Sever (1143-1144), S. Pedro de Mouraz (1151-
1152) e Santa Maria de Alcobaça em 1153, seguidos por muitos outros.92
Os mosteiros cistercienses femininos na Europa eram raros, principalmente pelas
condições impostas pelo Capitulo Geral. Na verdade só no ano de 1125 é que foi
 8 /    - $    
 ( 6
a ordem possuísse dezoito mosteiros femininos em França.93 Em Portugal as primeiras
     )  ( `***$  #

de D. Sancho I.94 Sob o governo de D. Teresa, em 1211, S. Mamede de Lorvão torna-se
#%    -  + %$95 mas muitos outros lhe
seguiram como o mosteiro de Santa Maria de Celas, em Coimbra, que foi fundado em
1215 por D. Sancha96, e o mosteiro de S. Pedro Arouca que, em 1224, sob direção de D.
Mafalda, mudaria também para mosteiro de Cister feminino.97
K     6#    
  %$     %     #      98, já pouco comum
era que nestes casos se altera-se também o género dos religiosos, como aconteceu em
Lorvão, Arouca e Bouças. Nestes casos as estruturas do cenóbio teriam que facilmente
se adaptar à dita      , sendo que a própria localização era alvo de análise,
designadamente, pelo seu afastamento do mundo exterior e existência de água.99

 
 $   %   # $  
                š%  5       
   8$         8/  % %6
      & K 
 $        6# #
8     8    -   H 
de Cister, viu-se forçosamente obrigada a sofrer obras de ajuste que contemplaram
essencialmente“adaptações no dormitório, mudança de local do coro e o locutório”.100

92
MARQUES, Maria- ` !  3 -!. Lisboa: Edições Colibri, 1998.p.47; ver também :
COCHERIL, Maur- W & &  !k3q!!-!. Paris: Fundação Caloust Gulbenkian, 1960. p.30-102;
+: W!        !-!. Paris: Fundação Caloust Gulbenkian, 1978. p.200
93
OLIVEIRA, Edmar- O mosteiro de Lorvão e a ordem de Cister, K š +  , Penacova. 1191(1957-06-01) 3
94
Bµ+$ ]% >     (N #
/ $ 8/      )
individual e familiares. Lusitana Sacra. 17(2005) 64-66; A ORDEM DE CISTER: O TEMPO E O MODO, S. Pedro do Sul,
1998. OLIVEIRA, Miguel- ' 3 -!N&&+   N7 H6
 &., 1998. p.35-37
95
OLIVEIRA, Miguel- ' 3 -!, 1998, p.35-37; COMEMORAÇÃO DO OITAVO CENTENÁRIO
DA ENTRADA DAS MONJAS NO MOSTEIRO, 1, Paredes. MARQUES, Maria Fernandes- W &     Y& 0Q
 &+ : atas. Paredes: Reviver Editora, 2007. p.22-24
96
Sobre este tema ver: BRITO, Bernardo de- --3&  3 . Lisboa, 1602. p.457v.-458
97
MARQUES, Maria Fernandes- ` !  3 -!Q Lisboa: Edições Colibri, 1998. p.63;
COCHERIL, Dom Mau- Les infantes Teresa, Sancha et Mafalda et l’Ordre de Cîteaux au Portugal. Revista portuguesa de
história, Coimbra: Inst. de História Económica e Social. (1978) 33-49
98
Sobre o assunto ver: COCHERIL, Maur- W & &  !k3q!!-!. Paris, 1960. p.30-120
99
COCHERIL, Maur- w  !y & !7         !-!. Paris, 1972. p.11-12
100
BORGES, Nelson- 
   . Coimbra, 1992. p. 123. Vol.1

39
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 27. Escavações no antecoro da igreja, 1984

Figura 28. Coluna da igreja e paredes divisórias das noves


introduzidas no século XIII, lado sul
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1211-1600]

As quarenta monjas que agora ocupavam o vale101 deveriam viver em clausura, por
isso a igreja teve que sofrer obrigatoriamente algumas alterações. Enquanto o coro dos
homens se localizava, salvo exceção, na capela-mor junto ao altar, as monjas não
poderiam estar próximas do celebrante. Daí que, o coro das monjas se tenha prova-
velmente instalado na nave central, nos dois tramos junto ao transepto, e se tenha feito
uma divisória separando-o do altar, como ainda é visível no mosteiro de Almoster.
As escavações que o Dr. Nelson Borges realizou no atual coro, em 1984, “revelaram
as paredes que se construíram encostadas, por dentro da nave central, isolando-a assim
das laterais. O primeiro tramo da igreja foi igualmente separado com parede, fronteira
ao altar-mor. Este intervalo entre colunas, nas naves laterais, veio a ser preenchido por
altares”102 e no espaço envolvente do coro funcionaria o denominado antecoro. Por sua
vez, o coro das conversas estaria no “tramo junto à fachada, onde se detetou um altar”103.
Reservado aos fiéis estaria apenas a zona do transepto e as capelas ao lado da
  & 8   & #  &^    
colaterais, provavelmente do lado da Epístola (a sul), onde funcionaria até 1640104.

Durante os vários séculos que se seguiram à implantação de Cister em Lorvão


 >    ##8 ! 6#   # $
(        
     ?     8      % &
Assim o claustro, refetório, cozinha e dormitório não terão sofrido grandes alterações,
   #   $           -
tenção da volumetria e dos espaços interiores. O único elemento que nos chega deste
período é um capitel  & #  $    ( `***$   
pertencer ao claustro.105
Já o campanário dos monges foi destruído em 1597 para no seu lugar ser construída
uma torre dos sinos, cuja cobertura era em cúpula hemisférica, “com a grimpa a cerca de
quinze metros acima do piso do claustro”106 e aberturas nas paredes, voltadas para o
   (   # $    &7 /   
 
/4  ( `^***$          &
Numa comunidade de religiosas era imprescindível um local onde as monjas
pudessem contactar com o exterior do cenóbio e aí receber, visitar ou celebrar atos
públicos. Daí que tenham construído um locutório ou grade, que estaria provavelmente

101
De acordo com as instruções de Inocêncio III deveria ocupar o vale no máximo 40 monjas.
MARQUES, Maria- Inocêncio II e a passagem do mosteiro de Lorvão para a ordem de Cister. Revista Portuguesa de
História&- N*#  )  )  y |-&XZ;XYZk<Q__  &X_
102
BORGES, Nelson- 
   . Coimbra, 1992. p. 124. Vol.1
103
+
104
+, p. 296
105
-   k&WX  k&W[W %6"$ 6  #  .
106
BORGES, Nelson- 
   Q3, 1992. p.210. Vol.1

41
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

MAPA A

AA

Figura 29. Património do mosteiro e das monjas, no século XIV


LEGENDA:
Património do mosteiro
Património das monjas
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1211-1600]

implantado no piso térreo da torre defensiva ou em construções anexas, mas sempre


próximo da portaria, que funcionaria no mesmo piso, e de fácil acesso à igreja. Nos pisos
      # "# )    / # &107
( >y  # @  108 se faz o aproveitamento da torre, que
    #/4   $  8    /     &

As abadessas de Lorvão, “senhoras donatárias de vilas, com jurisdição própria,


donas de vastas propriedades espalhadas pelas comarcas a norte do Mondego, foram no
tempo e na sociedade em que viveram personagens importantes”.109
Deste período, destaco o abadessado de D. Constança Soares (1290-1317) por
ser o que trouxe maior vida ao mosteiro, “revelando-se uma excelente gestora, como
atestam os inúmeros instrumentos de compra, aforamentos e emprazamento celebrados
durante o período em que governou Lorvão”.110
Um mosteiro tem uma vida e costumes próprios, “mas num qualquer lugar, um
mosteiro, mesmo cisterciense e feminino, a que foi imposto uma clausura rigorosa, não
era um mundo absolutamente estanque, havia canais de relação entre a comunidade
religiosa e a comunidade humana na envolvente”111 e D. Constança sabia-o bem, por isso,
a 27 de Abril de 1298, concedeu aos moradores de Lorvão a sua própria Carta de Foral.112
Seria um foral simples, como simples seriam as gentes e as relações dos homens
com o mosteiro, que estabelecia o termo de Lorvão aos lugares de Vale Maior, Vale da
Cruz e Almoinha de Cima, correspondendo mais ou menos os limites atuais. Com este
foral o mosteiro apresenta-se como proprietário e senhor da terra, com capacidade de
fazer emanar normas jurídicas de conveniência, sejam de carater económico, jurídico, de
direito público ou segurança. Não carece enumerar todos os itens da carta foral, mas a
š   "        #      que pagar
8    $  #(       &
   6#          )   % $   > 
rapidamente uma das casas mais ricas do reino, o que só foi possível graças ao contato
permanente com a corte, que auxiliou em muito a comunidade nos primeiros anos, e

107
BORGES, Nelson- 
   Q3, 1992. p.125. Vol.1
108
B'@*K$B( > ³Ž >y  # @  &@ #  (((  % ³7 > > . Chartres.
92(1982) 18-22
109
CIÊNCIAS GENEALÓGICA E HERÁLDICA, 17, Lisboa, 1986. BRANCO, Teresa- A        
  " Y "N&  N7 H6
 % $XYYk& &[
110
FERNANDES, Aires- O mosteiro de Lorvão: um breve olhar sobre o abadessado de D. Constança Soares (1290-
1317).   *# . L/178-179(2004)79
111
MARQUES, Maria- ^ !!  Y   7 !_+++. Lorvão, 1999. p.7
112
“|         #  %8   &(      ? $
(% $  # % /4           &7 
       %# /4     $     
   # # /    #%       Ÿ&+, p.21

43
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1211-1600]

5    " 5#/       $    6#  


administravam os bens imóveis.113

O lugar de Lorvão não passaria de um pequeno povoado localizado no vale onde


 #        (   
vegetação abundante de árvores de fruto, castanheiros, azevinhos e medronheiros, que
%   #      $6     &114
Haveria no vale também alguns prédios do cenóbio construídos com o intuito de
aí receber viajantes e mendigos que chegavam a Lorvão, tal como mulheres que não
pertenciam ao mosteiro, mas se ligavam a este por questões espirituais ou por serem
      )" #/  %  &
É de relembrar, ainda, que haveria casas para hospedar homens essenciais ao
funcionamento do mosteiro, como os padres procuradores, o escrivão, tabelião, advo-
gado, provedor dos bens e criados 115 que não estariam muito longe do mosteiro,
provavelmente, mesmo dentro do próprio paço de Lorvão, que referirei mais à frente.
Também do mosteiro haveria outros imóveis como a adega e ecónoma, que provavel-
  6 "#       % $       &

-           


  ( `*^
peste negra e a guerra afetaram a casa religiosa que, tal como muitas outras da Ordem,
 #      # $     %  
       6#&116
Antes da peste de 1348 contavam-se um total de cinquenta e quatro monjas em
Lorvão, mencionadas na documentação como tendo vivido no mosteiro durante esta
centúria, sendo que apenas nove são referenciadas entre 1349 e 1400.117 A abadessa
D. Guiomar Panha (1344-1349) escreveu uma carta ao rei D. Afonso IV onde se pode ler
que “na derradeira peste haviam falecido a maior parte das freiras (…)e, em virtude das
 /4  %$   ?    
&Ÿ118
Só o dinamismo, a astúcia e a coragem das monjas e abadessas, que agiram
em defesa dos interesses do mosteiro, permitiu a Lorvão sobreviver e chegar ao
final do século apresentando prenuncio de recuperação.

113
CISTER: ESPAÇOS, TERRITÓRIOS, PAISAGENS, 1, Lisboa, 2000. SANTOS, Maria-   "  {   
     7 !_+4: atas. Lisboa: Ministério da Cultura, 2000 p. 115-120
114
BORGES, Nelson- 
   . Coimbra, 1992. p.338-339
115
SANTOS, Maria- '8    7 !_+4 #  !$ #! 
Q
Lisboa: Imprensa nacional, 2001. Apêndice III e IV
116
CONGRESSO HISTÓRICO DE PORTUGAL MEDIEVO, 4150-564, Porto, 2003. BARROCA, Mário Jorge-  
Y!! : atas. Porto: Via Panorâmica, 2003. p.1160-1166
117
SANTOS, Maria- '8    7 !_+4 #  !$ #! 
.
Lisboa: Imprensa nacional, 2001. p.18
118
COELHO, Maria Helena - ^  3   . Lisboa, 1960. p.60. Vol.1

45
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 30. Alçado nascente do mosteiro onde são visíveis, sob a varanda,
as janelas manuelinas e as portas do Paço de Lorvão
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1211-1600]

Durante o abadessado de D. Catarina d’Eça (1472-1521) construiu-se o paço


abacial de Lorvão, uma das obras mais importantes, deste período, no mosteiro. O paço
desempenhava certamente as funções de hospedaria, enfermaria e aposentos da
abadessa, correspondendo a uma ampliação a nascente da torre medieval, sendo
possível que se alastrasse para a zona atrás da capela-mor, já que comparando com o
conforto e tamanho do paço do Botão este não seria menor em qualidade.119 Em termos
##         /  @  $  š       
que ainda restam do manuelino, designadamente “duas janelas de vergas recortadas,
e ainda duas portas, ao nível do solo, uma de arco pontado e entaipada e outra de
cantarias simples chanfradas”.120
A construção no século XVIII da igreja, que hoje subsiste, amputou parte deste
paço, sendo difícil, senão impossível, ter uma ideia concreta da sua fisionomia.
O historiador Nelson Borges acredita ser “possível que algumas das grossas paredes
  8 #         /4 
adjacentes à torre, fazendo a ligação com a igreja e daí com o claustro”,121 tal como “um
  
    "   %    ( 
silhar junto à entrada norte do túnel aberto sob a capela-mor”122. O contrato de 1636123,
relativo a obras na torre, dá a entender que haveria um corredor a ligar o paço à
cabeceira, lembrando uma espécie de , que poderia corresponder então às
     #&
K      / "#($      6# $  / 
  $  ( `^**   #    &124

No século XVI o mosteiro de Lorvão teria um número cada vez maior de propriedades
fora de Lorvão, que mantiveram da herança beneditina e às quais acrescentaram o
património das monjas laurbanenses, que era oferecido como dote ou em testa-
mento à instituição quando estas entravam para a clausura monástica. 125
Do seu património construído destaco, pela importância que adquiriu, o paço das
    $ @  $    £ !      # 5
freiras do mosteiro”126  £
   8# % 6

119
BORGES, Nelson-
   Q3, 1992. p.156. Vol.1
120
+, p.293; GONÇALVES, Nogueira- O tesouro de D. Catarina de Eça. Mundo da Arte. Coimbra 12(1982) 4
121
+, p.91
122
+
123
3#Q ANTT- Mosteiro de Lorvão, nº186, fol.25, Doc.15
124
FERREIRA, Maria-    ". Lisboa, 1987. p.20
125
SANTOS, Maria- '8    7 !_+4 #  !$ #! 
.
Lisboa: Imprensa nacional, 2001. p.54
126
DIAS, Pedro- A arquitetura de Botão e Lorvão entre 1490-1540. In :!!3  "$ 
   "|}}~|}. Coimbra: EPARTUR,1982. p.290

47
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 31. Arco Passadiço do Paço do Botão, 1992 Figura 32. Paço do Botão, 1945
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1211-1600]

    #Ÿ&127 Localizado numa grande via que ligava Coimbra a Viseu
era o ponto preferencial dos viajantes que se deslocavam a Lorvão.
Sabe-se da sua existência desde século X, sendo que não passaria de uma pequena
casa,128 quando sob ordem da abadessa D. Catarina d’Eça (1472-1521), no século XVI, foi
          % &  >      
planta retangular com três pisos. No andar térreo, sustentado inicialmente por arcaria
ogival, estariam lojas ligadas à produção agrícola; no primeiro andar, onde estaria
 $ 8      / ›  ?# $  
nobre, reserva-se a área habitacional. A norte, afastado da casa, haveria um celeiro que
apoiava os terrenos de cultura.
Esta construção está profundamente adulterado, reconhecendo-se como manuelino,
somente os vãos pelo teor das cantarias, com vergas meramente chanfradas ou de
recortes simples e uma janela dupla de mainel médio. Todos os elementos que se
      6 #6   ##     
#  %)#              &129
O paço albergava ainda a igreja paroquial de S. Mateus que inicialmente
seria “duma só nave, com o campanário que ainda se conserva,” 130 passando, no
século XVI, a ter três naves divididas por arcadas, com “abside de planta retangular e três
contrafortes exteriores”131  £               8 %)#$
estrelada, de cinco chaves”.132 Da igreja só resta da época manuelina a capela-mor e a
#$   .&-³7/;X[_Q>X\QX<&
A igreja ameaçava grande ruína quando, entre 1941 e 1944, se procedeu ao seu
restauro pela comissão do culto católico do Botão, com colaboração do Estado.

127
DIAS, Pedro- A arquitetura de Botão e Lorvão entre 1490-1540. In :!!3  "$ 
   "|}}~|}. Coimbra: EPARTUR,1982. p.290
128
GONÇALVES, Nogueira- ' !{€. Coimbra, 1944. p.3
129
DIAS, Pedro- A arquitetura de Botão e Lorvão entre 1490-1540Q In :!!3  "$ 
   "|}}~|}. Coimbra: EPARTUR, 1982. p.290
130
GONÇALVES, Nogueira- ' !{€. Coimbra, 1944. p.3
131
DIAS, Pedro- A arquitetura de Botão e Lorvão entre 1490-1540. In :!!3  "$ 
   "|}}~|}. Coimbra: EPARTUR, 1982. p.290
132
+, p.292

49
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 33. Planta piso térreo [1600-1650]


0 10 20

Figura 34. Alçado norte [1600-1650]


0 10 20
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1600-1650]

PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XVII

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51
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1600-1650]

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

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Mosteiro cisterciense [1600-1650]

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1600-1650]

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 49. Alçado norte [1600-1650]


0 10 20

Figura 50. Alçado nascente [1600-1650]


0 10 20

Figura 51. Alçado poente [1600-1650]


0 10 20
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1600-1650]

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

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Mosteiro cisterciense [1600-1650]

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61
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 55. Planta piso térreo [1650-1700]


0 10 20

Figura 56. Alçado norte [1650-1700]


0 10 20
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1650-1700]

SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVII

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1650-1700]

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1650-1700]

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Mosteiro cisterciense [1650-1700]

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1650-1700]

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 70. Planta piso térreo [1700-1800]


0 10 20

Figura 71. Alçado norte [1700-1800]


0 10 20
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1700-1800]

SÉCULO XVIII

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73
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1700-1800]

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1700-1800]

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77
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1700-1800]

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79
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1700-1800]

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81
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1700-1800]

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83
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1700-1800]

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 93. Planta piso térreo [1800-1887]


0 10 20

Figura 94. Alçado norte [1800-1887]


0 10 20
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1800-1887]

PERÍODO DE 1800-1887

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87
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1800-1887]

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89
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1800-1887]

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91
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Mosteiro cisterciense [1800-1887]

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93
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
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4. LORVÃO DEPOIS DA EXTINÇÃO DO SEU MOSTEIRO

“Mais que o adeus incomensurável da vista, mais


que a simples recordação sobrepõem-se na interminável
planície da alma portuguesa a amargura da nostalgia.
Forças de um sentir, permanências de um estado de
espírito luso característico, sibila mais alto o sopro da
saudade, esse sopro que nos derruba o hábito a que já
nos tínhamos habituado, essa ventania que nos expulsa
do passado e apenas nos deixa uma leve fragrância dos
encontros temporários.”295

295
FERNANDES, Aires- O mosteiro de Lorvão: um breve olhar sobre o abadessado de D. Constança Soares (1290-
1317).   *# . L/178-179(2004) 78-79

95
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 95. Museu de Lorvão na sala do capítulo Figura 96. Museu de Lorvão na sala do tesouro
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
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Santa Maria de Lorvão, uma das casas mais ricas do reino no século XVII e XVIII,
era agora, no século XIX, um amontoado de escombros à mercê do tempo e da sociedade.
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' ) %  6#      .    [ %   
1887, passando a ser a Junta de Freguesia de Lorvão encarregue da sua manutenção.297
    %     %#/ %  # 
  
(  298, que acorriam ao vale tanto pela sua dimensão
(#    &
'%  )   ;.&   .&< #  
com os recentes roubos299$     #% 
      $        % /$  $ $
telas e esculturas que nos reportam para os tempos monacais.300
+       $  XYQQ$  % 8     )      
   +   -    -  !  &301(#%
   $     6# $       / 
   ( `*`$    )  $   
  6 %    302. Mais tarde, em 1960, passou a albergar
a Repartição das Finanças303, sendo que dois anos depois foram-lhe reconhecidas as
£    /4   !     Ÿ304. Recentemente este
       |  ?    &

296
']{$]% Š % >  /  £    Ÿ  "#      $  
&@   -6&B    !    %  ) , Porto. Vol.1 2(2003) 706
297
CARVALHO, Joaquim- Mosteiro de Lorvão. O Conimbricense. Coimbra: [s.n.]. 5231(1897-12)
298
Em 2010 o mosteiro recebeu 5.300 visitas, de acordo com o guia do mosteiro José Pisco.
299
SILVA, Manoel Joaquim- Graves acontecimentos em Lorvão. O Conimbricense. Coimbra: [s.n.]. 5230(1897-12).
Nesta publicação faz-se refência ao manifesto elaborado pela Freguesia de Lorvão e seus populares para que não
  #     &
300
O museu de Lorvão foi construído em 1921. Grande parte das peças do mosteiro encontram-se dispersas por
6  $     ] ]  -   ] K   #%&
'?    &O tribuno popular. Coimbra: B.L.C. Carvalhães. 4405(1898-07)
301
Mosteiro de Lorvão. In @  #. / >H  7  ]   K . Lisboa, 1960-03.p.33
302
Cfr&Nw]y>-       "# N-    ]   &*^„„Zk;Wk<$"[k
303
@'BH7$K  -  >  6#   N    N % X_W_$XYYQ$ &Wv\
304
ADGEMN- Mosteiro de Lorvão (processo de obras). Documento de 22 de Dezembro de 1959

97
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 97. Planta piso térreo [1940-1960]


0 10 20

Figura 98. Alçado norte [1940-1960]


0 10 20
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
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    /4   #         


 
ao completo abandono, outros espaços, principalmente a sul, longe do olhar alheio,
 >  %      & $   #% 
tornaram-se autênticas ruínas, no início do século XX o claustro do silêncio estava
irreconhecível com o sobreclaustro praticamente todo destruído. 305 Os telhados,
    #% !       $
era urgente reconhecer a esta casa a sua dimensão de monumento e protegê-la antes
que se perde-se por completo.

%     ) 306   4      

8      /4  7 &K* ]($       > 


%       / $    $ %        $
        )  &307]$ /4  
seguiram, como a definição de legislação régia para a manutenção de castelos e
 /4  %         .&    ^& 308 Apesar das medidas se
        #6 ) $ (  
6    / $        /  %  &
' .&  ^   #            
     /    #%             -
     ) &309
Durante o domínio filipino 310, que se prolongou por mais de 60 anos, a arte
portuguesa entra progressivamente em decadência. Apenas no limiar do século XVIII
      /   )   /       
6B(%  Qk %   X_QX$  .&Š  ^5B   
w)        £         $     / 
  $  8          $   Ÿ311, que
     )&-         8  
implementado.

305
Mosteiro de Lorvão. Resistência. Coimbra: [s.n.]. 348(1898-06)
306
De acordo com Françoise Choay, Património é um “conceito que serve para designar bens pertencentes à nação e
 š    #    / Ÿ-w'·$y/  >A alegoria do Património. Lisboa. 2008. p.119
307
SOROMENHO, M% $* ^$K >%  ) „    ) N.* ]( 
século XVII. In Dar futuro ao passado. Lisboa: IPPAR, 1993. p.25
308
Ibidem
309
Ibidem
310
O Domínio Filipino corresponde ao domínio espanhol sobre Portugal entre 1580-1640, depois do desaparecimento
 .& # ;X\_Z<   al-rei D. Henrique (1580), que não deixaram herdeiros.
311
M7 $Bel- O papel dos conventos no crescimento urbano&  N*#   ( $QkkY&   
mestrado em arquitetura. p.45

99
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
'B^~'N|]]'7*B'7|] |HB
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
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-  $ %> >   #  /   )  
(  `^***$ £   %   ?           
uma ampla produção legislativa, pelo aperfeiçoamento dos suportes técnicos de
  / $          #/ ¡    % 
        " ) Ÿ312&% $$     
  -
8 %6#  
       š
    &
    !   )  ) 
 $ )%   #    ( `*`&- /  B % 
Liberal313  "#/    % $  >   
pela profanação, destruição, roubo e venda abusiva. Os edifícios ficaram à mercê
   $   7            & +    
 
/    /  )       $  $  /-
>      / %   ) )  š#  
)  &'              7 
  ]    ]^)$@&314
7XZvW >    /  %     #     % 
os monumentos nacionais, a Associação dos Arquitetos Civis315$     # 
 ‹ "  )  6#    /   ) &316 Na Portaria de 24 de
'  XZZk(    7   /      )  
              &
'    ]   
%   )   £   
 )  Ÿ317  £>  
% 6 # 
    
/4    $     >   )
)     8     Ÿ318. Consequentemente, Lorvão faz assim parte da
     ]    K    .6    H   $     
com o Decreto de 16 de Junho de 1910.319
No entanto, a instauração do Regime Republicano320 revelou-se um retrocesso das
# %   ) &-  /    7  %  

312
SOROMENHO, ]% $* ^$K >%  ) „    ) N.* ]( 
século XVII. In Dar futuro ao passado. Lisboa: IPPAR, 1993. p.28
313
*  XZQk    
  #        $  #% B % &
314
Sobre este assunto ver: K7'$ ]> Memórias propaganda e poder: o restauro dos monumentos nacionais
(1929-1960).+  Ny   |+$2001
315
]  % B  /    -  ) % + %  &
316
-|.*'$Š % >guarda +) „    ) &.  " w  5- ^  8
(1837-1964). In Dar futuro ao passado. Lisboa: IPPAR, 1993. p.46
317
Cfr.: Portaria do Ministério das obras públicas de 24 de Outubro de 1880. Lisboa: Lallemente frères, 1881.
318
Ibidem
319
-¸]B]|K*-*+ >+     +  &.6 B ?. 1º série-B, 210(1999) 6246-6247
320
Implantado em Portugal a 5 de Outubro de 1910.

101
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 99. Claustro do silêncio, antes das obras Figura 100.-   6# $  

Figura 101.       ) $    Figura 102. ˆ #% $  
obras
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
   "#/     XY[k>XYvk€

           #8     )
 # $    #    $  ?    &
Portugal teve que esperar pelo Estado Novo321       
outrora fossem recuperados tendo em conta o seu valor patrimonial. A grande mudança
%  / . / >H  7  ]   K ;.H7]K<322,
 #    #           $ " 6>  
8   
trabalhos de reparação, restauro e conservação dos monumentos nacionais, entre
 $          %   )  &323
Durante o regime do Estado Novo os restauros baseavam-se em moldes
nacionalistas de reconhecimento dos feitos passados. Assim, tudo o que não reforçasse
     $  $      8   %)#  
    $         8 6$   
depurada ou fantasiada por conceitos historicistas.324'   ‹ #    
na transformação dos edifícios em algo que nunca foram verdadeiramente. De facto,
6       / š#   #  (       
nacionais, tal como aconteceu no mosteiro de Santa Maria de Aguiar ou em Alcobaça.325
Apenas em 1960, com uma nova administração, a DGEMN começa progressiva-
            %  ) $
        $ ) %    
possibilitou a modernização dos critérios e filosofias de intervenção 326, o que diga-
-se beneficiou em muito os nossos monumentos.

  $  $ #   /   não serem consideradas
as mais  $6          $       
   $        $          
Santa Maria de Lorvão, onde a intervenção era urgente.

321
Estado Novo  %  #  6    #  7 $ %   + % XYWWXY_[&
322
A DGEMN foi criada a 30 de Abril de 1929 pelo Decreto 16791, integrada no Ministério do Comércio e Comunicação
; $]( '+?<&y  "# Qkk_&
B'.B*H|7$Š % >. / >%  7  ]   K           
durante o Estado Novo. In ALÇADA, Margarida (dir)- Caminhos do património/ DGEMN. Lisboa: livro horizonte, 1999.
&vY>ZQ›K7'$]>. / >%  7  ]   K    /   )  -
)  + %;XYQY>XYvk<&*Caminhos do Património. Lisboa: DGEMN, 1999. p. 23-43
323
+B*]K*'7]-'KB|Œ~'N-'K7`'+B|+B77B^Œ~'$X$  $QkXX&]B*K$]>
+)  )    N š    &  N K7-$QkXX& &QZ>QY
324
H']7$+ ^ >    $    $  / .H7]K    
      "# ;XYWk>XY\k<&* Œ.$]%;<>Caminhos do património/ DGEMN. Lisboa:
livro horizonte, 1999. p.83-98›-|.*'$Š % >% +) „    ) &.  " 
Herculano à Carta de Veneza (1837-1964). In Dar futuro ao passado. Lisboa: IPPAR, 1993. p.46
325
Sobre este ass  N]B*K$>As arquiteturas de Cister em Portugal: A atualidade das suas reabilitações e a
sua inserção no território.  $QkXX&      
326
K7'$]>Memórias propaganda e poder: o restauro dos monumentos nacionais (1929-1960). Porto: Faculdade
  |+$QkkX& &WZ› @$) >Teoria e história de la restauracion&]N7#]$XYY_

103
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 103. *  % $    Figura 104.-    % 
reparação da estrutura
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
   "#/     XY[k>XYvk€

.      )      - (  +  $ XYWQ$   


          %   8   % $   
     / 
     &327
Contudo, ainda antes de se poder iniciar a intervenção no setor conventual,
/4     5 $     8/        
  $                     ) 
?    328&)(  $ 8  
  4 $      
                
     .H7]K$   %8 !     
 
ao longo do século XX.329
.H7]K               # XY[W
    %       (          6      /  
 /     %% $  
   8/   
    % $ /      !/4 330,
        )   $ 8)    &
Esta operação foi coordenada pelo arquiteto Amoroso Lopes331 e executadas pelo
    ] -  &         % 5  /  
%     /$           
             % &332

K % $     (  vk$  /4    


  #          /  $       
 /  #    &
K   #      ! #%    $  
8   5   $  $     &+$ /4 
   #%  )    )     $    

327
']{$]iguel J % >  /  £    Ÿ  "#      $   &
@   -6&Revis   !    %  ) , Porto. 1(2003) 709
328
A produç         >    # #$     
 &K (    6   /          $   
 6 .
-B^ w'$Š >*?   &O Conimbricense. Coimbra: [s.n.]. 4621(1891-12); COLAÇO, Magalhães-
Palitos de Lorvão. Illustração Portugueza. Lisboa: [s.n.]. 15/364(1913-02) 169-173
329
-|Kw$Š  +  >Metodologias de intervenção no património cisterciense em Portugal&  |  
técnica, 2003. Dissertação de mestrado em reabilitação da arquitetura. p.87-92
330
A questão/4 % 6        . / H '+?
] !    XYXv  .H7]K XYQW$     "  
 
orçamentais levaram ao adiamento da sua intervenção.
']{$]% Š % >  /  £    Ÿ  "#      $   &
@   -6&B    !    %  ) , Porto. I/2(2003) 727
331
Da secção de Coimbra da DGEMN.
332
']{$]% Š % >  /  £    Ÿ  "#      $   &
@   -6. B    !    %  ) , Porto. 1(2003) 711-712

105
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 105. -   6# $   Figura 106. -   6# $  

Figura 107. Alçado nascente do mosteiro, 1953


LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
   "#/     XY[k>XYvk€

elevado estado de degradação, como por não se saber ao certo a sua função inicial, mas
também pelo facto de assim se poder restaurar as fachadas e valorizar visualmente os
    ( `^* `^**$        &333
-       /  /      #     8 
    $    #   %   &
* 8        6     )         
5  8/  /$           / 5  
 
    &334

7   8/  #%          


/           #/ $       )   ](  
'+?$  )5     XY\_ £    -
>  %      /   "    /  ) 
) >    / Ÿ335& (  )%    / $   
   #  / .H7]K£     )Ÿ £-
 š# Ÿ     $  %  £6   !
            # > /  # Ÿ336.
-  $    (  8    )       /   
    w  +6 $%   £(  (  -
8     $     š  "   $
?     $       % 8+6Ÿ337.

333
Mosteiro de Lorvão. In € " Š   !      . Lisboa, 1960-03. p.34. Vol. 99
334
']{$]% Šorge- A i  /  £    Ÿ  "#      $   &
@   -6&Revista da fa   !    %  ) , Porto. 1(2003) 712
335
Ibidem, p.724
336
.6 * . Lisboa [s.n.]. (1957-01-15). Apud.N']{$]% Šorge- A intervenção dos “monumentos
 Ÿ  "#      $   &@   -6&Revista da faculdade de letras ciências
   %  ) , Porto. 1(2003) 724
337
O Debate. Lisboa [s.n.]. (1959-04-11). Apud.N']{$]% Šorge- A i  /  £    Ÿ 
"#      $   &@   -6&Revista da faculdade de letras ciências e tecnologias do
) , Porto. 1(2003) 724

107
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 108. Planta piso térreo [1960-2010]


0 10 20

Figura 109. Alçado norte [1960-2010]


0 10 20
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
   "#/     XYvk>QkXk]

   

.     vk    > $ 


$ 5 ?#       /    
 /     #%  )  w  +6 $   % 
desenhado pelo engenheiro Bissaya Barreto.338| 8   /  
        %  ]( ?  !$    %  
todos os encargos pela sua manutenção.339
7XYZ[    6    WWk    % 
170 pessoas, das quais mais de setenta por centro eram do lugar de Lorvão ou arredores,
o que valorizou em muito a região, consolidando o sucesso da escolha por um hospital
naquele lugar.340
.  $ #%            /  "  $
       /4     $     
  % #  &341 /4  ( `*` ``$ 
executadas por particulares ou com apoio do Estado, tornaram possível inscrever
    / #        #/4  7 ;&@  
 -6$ <$  ;  $K&½ .   $½]½ - <$ ]( 
%;  <  ;½]- $½]½ @  <&342

Ainda na segunda metade do século XX houve a preocupação em consolidar


        )"   %     $     /   
       6$          -
 6   $  6    "    &
'          $          $         
construção de uma Colónia Agrícola Psiquiátrica$  #  #    !#
          & ' )         @Ž @   #  -
lidade de “ocupação de doentes em Ergoterapia agrícola, tanto mais que é dos meios
   %  %         Ÿ343. Assim, nesta zona
   $8(        $   
aproveitadas para o funcionamento do -   "  Y   
   Y \ &.            
  ! 


338
ADGEMN- Mosteiro de Lorvão (processo de obras). Doc. 11-4-1961
339
]'7*B'.7 'B^~'>  * /   +)  ) ;*+<&7€&- &Qk
]/ QkXQ€&.   N‚|B ƒ N„„&   & „ „++…+% | „*+& "†‡X\YZ
340
-7*$* $y7BBˆ$)  &&€>Plano Geral de Urbanização de Lorvão. Lisboa [e.a.], 1984. p.66
341
Sobre este assunto ver: ]B*K$>As arquiteturas de Cister em Portugal: A atualidade das suas reabilitações
e a sua inserção no território& N7 (    $QkXX&       
342
]B*K$>` "
0 0! ‹ „. Sevilha: Escola técnica Superior de
Arquitetura, 2011.p. 85-107
343
ADGEMN- Mosteiro de Lorvão (processo de obras). Doc. 11-4-1961

109
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 110. *   #%  ) $  Figura 111. *     #%   ) $  
obras    /    6

Figura 112.         %   ) $ Figura 113.    #%  ) $
durante as obras depois das obras

Figura 114. Edifícios do Programa de integração Figura 115. Vista atual do vale de Lorvão
socioprofissional de pessoas com deficiência
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
   "#/     XYvk>QkXk]

        6        "  # 


   #$% $ ?%$ $      &
7 /4 )      /       / 
     &K /  )"  ) $$     
 $   #    #    (    &
(     ) $?     
  $                8     %  Colónia
Agrícola, à margem de qualquer controlo por parte da DGEMN, o que certamente levou
à depuração da imagem original da capela.344
+    8$    /     $       6#      #   
? 345$  /   5  / &'  % 5  /    ? 
#%   $            5
 /    6#346, sendo de enaltecer a preocupação em manter
   #&K  $   /  %     
 8    $   6 $ /  6      -
  )    6# $  )6 6
"  
 / $     )"#/ 
 #%  6#   #&

  #%        5 /        


o mesmo não se pode dizer do lugar de Lorvão. O seu desenho urbano com casas
construídas umas sobre as outras e com ruas estreitas tornou-se um entrave nos
     $  
      $     -
cias se viu obrigado a demolir parte de algumas casas ao longo da rua Bissaya Barreto347
   6   8/ &]$  4        
 #             &348
            / 6   H     
(  - $  %      ? $ 8 #% 
 $        $ #     #/ 
6     % 8     - &

               # 


    )    &.  $£        % 
sua função inicial, mantém a sua importância como fator urbano e contribui para a

344
']{, Miguel Jorge- A i  /  £    Ÿ  "#      $   &
@   -6&Revista da fa   !    %  ) , Porto. 1(2003) 722
345
Ibidem
346
      y        / w  +6 &
347
B    8 #% %   $ )"    &
348
-7*$* $y7BBˆ$)  &&€>Plano Geral de Urbanização de Lorvão. Lisboa [e.a.], 1984. p.157

111
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 116. Aglomerado habitacional visto do mosteiro, Figura 117. Vista poente do Bairro Novo
atualmente

Figura 118. .     +6  


LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
   "#/     XYvk>QkXk]

  %&Ÿ349K 


 ( ``  %6   %    
   ) % $  š  ?        
lugar de Lorvão e Lavatodos, sendo que em 1970 havia 1101 residentes.350
(       /           ?     8
  /4 $ %        
) $      % B7  351 ou em aglomerados urbanos
   @ K  $     -]  +  $  (
gerou pela sua implantação numa encosta.352

7           #           


/            $   4 #  
sociais, certo é que os utentes rapidamente passaram a fazer parte desta família.
  >  6    %   $       $       
       $ (      # 
   #   &
        ?       
neste lugar, houve sempre vozes contra que argumentavam que esta tentativa “não
 8   5 /          Ÿ 353 e que “em realidade os
monumentos não podem receber novos usos com eles incompatíveis sem que se
  $           $   )    
e acrescentamentos altamente adulterantes e comprometedores, como são os acres-
        ?      4       
  > % $  #%    6    &.  $ 
   $(     #        &Ÿ354
 >      (      (  
adaptação chegou o momento de optar definitivamente entre o monumento e o
hospital naquele vale.

Coube ao final do século XX e ao início do século XXI fazer ressaltar o que de


      % $     )    $    
ser preservado, visitado e relembrado. Por isso, em 1990 o mosteiro de Santa Maria de
Lorvão passa a integrar a Rede Internacional de Mosteiros da Ordem de Cister.355

349
+'B$K >    &  N  w 8  $XYvY& &Y
350
EXY[k$         /   .H7]K$  ZQZ           & w  
corresponde a 25.7% da população do concelho. -7*$* $y7BBˆ$)  &&€>Plano Geral de Urbanização
de Lorvão. Lisboa [e.a.], 1984. p.31
351
B   > 5 #/ B@Ž@     &
352
-7*$* $y7BBˆ$)  &&€>Plano Geral de Urbanização de Lorvão. Lisboa [e.a.], 1984. p.151-155
353
Ibidem, p.138
354
Ibidem
355
]'7*B'.7 'B^~'>  * /   +)  ) ;*+<&7€&- &Qk

113
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
   "#/     XYvk>QkXk]

7XYYQ .   > Xkvy„YQ#/     %


 *# + %! +)  ) ;*++B<356$    #  
 # 5  /4    /   8/     $ 

  /  
  % #8/   #8   /    &357
K   $  /4   %/ #/ % > &
Indignado com a situação o historiador Nelson Borges358 enviou um memorando ao
+   B ?$ 
   XYYY$         £
  /  (   6 $8    $    $  
            / Ÿ359$   )  7 
de ter contribuido para esta degradação, “com a venda ou distribuição pelas diversas
         )   %      % 
  6# Ÿ360.
 /4  *++B     $      
  %    QkkkQkkv   + %'   *  /4 
 +)  ;+'*+<    + % '    - ;+'-<$   *** § 
- 6  #   +) -   &361'
  $  
#   $   Q[k   # >     5  
da instalação elétrica (30 mil contos), restauro de peças artísticas (50 mil contos),
limpeza e conservação de paredes (20 mil contos) e, ainda, consolidação da torre sineira,
  ! $   )% %   /   &362

]/ QkXQ€&.   N‚|B ƒ N„„&   & „ „++…+% | „*+& "†‡X\YZ
356
O IPPAR funcionav   ]( -    #  %  8  ) &
Atualmente denominado *H7+B>*#  H   +)  )   )% &
357
+B*]K*'7]-'KB|Œ~'N-'K7`'+B|+B77B^Œ~'$X$  $QkXX&]B*K$]>
Património arquitetónico cister  !  , ! ! &. Lisboa: LNEC, 2011. p. 29
358
+    / +)>   ]      &
359
Mosteiro de Lorvão vai ser restaurado. .6  - . Coimbra. (2000-02-26) 10
360
Ibidem. Ver também: Recuperação avança no Mosteiro de Lorvão. .6 @ . Coimbra. (2000-03-15) 63
361
Sobre as interve/4    %     %$     
  N && Intervenções no
património-1995/2000. Lisboa: IPPAR, 1996; aa.vv. -$ *€ "-   ~6}}}Œ6}}. Lisboa:IPPAR, 2001
362
CALADO, L$+7B7*B$+ >' %    % &*  /4  *++B    6# &Estudos/
+) . IPPAR. 2(2002); ]'7*B'.7 'B^~'>  * /   +)  ) ;*+<&
7€&- &Qk]/ QkXQ€&.   N‚|B ƒ N„„&   & „ „++…+% | „
*+& "†‡X\YZ

115
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 119. % %     


obras de restauro, 2012
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
   "#/     QkXk>QkXW€

   

No ano de 2010 foi dado mais um passo de valorização e recuperação deste


           +  $   #  %  
!4       §  B  !7(% K ;§B7K<363.
+      #8   /  )%   % $  
X_Y\ ) -  364$ 6   (      
   %/ &   .  B % - -  $) +  +$
  £         $   # )  / 
    8/     $       Ÿ365. Este
   6% . / B %  - -  ;.B--<       
K  -  /  ;      /    )  š# >$ <   
. ] ;   %!  %$ <   ) $
com um orçamento total de 648.615,90 euros.366 Os trabalhos ainda não estão concluídos, mas
 >             )%     &

   #  


      
pudesse funcionar o museu do mosteiro367 $
  $8      )  
monumento que no século XIX foi transferido para outros museus.368
'  #    #8         *++B$ Qkk[$ $
tal como aconselhado pelo historiador Nelson Borges, adaptar o claustro do silêncio a um
 /  )% &' )               
   6      $     $ #  # 
#%8   )     &369K   $  6  
     %     
/4    &
O concurso foi ganho pelo gabinete do arquiteto Mendes Ribeiro370, sendo que
 )  *++B#               8 
 %   /4       &-  $ Š  QkXk371 as

363
 
/        &.6  - . Coimbra. (2010-06-23)
364
BORGES, Nelson-  !    & $ !8    &-  . Penacova, 1980. p.3
365
 
/        &.6  - . Coimbra. (2010-06-23)
366
Informação fornecida pela Junta de Freguesia de Lorvão.
367
'     (   # #%       &
368
+   
/        &K š   %& [Em linha]. (2010-07) [Consult.
10 Abril 2012]. Disponível na internet: ƒ N„„&  & „ "&  † # ‡   ©ª‡ ©‡
__ZW©* ‡XX[
369
Conversa com o historiador Nelson Borges em Junho de 2013.
370
   y   |   +  $     ]  B  
(          *** .      - &  %      
?          $        .&  ^  6 
Paço das Infantas no Catelo de Montemor-o-velho.
371
 
/        &.6  - . Coimbra. (2010-06-23)

117
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 120. Claustro do silêncio de Lorvão durante Figura 121. Claustro do silêncio, com as obras de
 /4     /  $QkXQ adaptação a museu quase terminadas, 2013
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
   "#/     QkXk>QkXW€

/4     / /   $    -
        
$     6 8        
de manter o tempo e os custos previstos.
7      ]  B    
    #  
intervenção foram por um lado resolver os problemas estruturais do claustro, tal como
 8                ) 
monumento.372 Esta intervenção procurou assim refazer a estrutura do claustro, uma vez
que quando a DGEMN, em 1940, interveio neste espaço fê-lo de um modo bastante
   8       $  %     # 
  % &$          8     
  $       &7(6 
encontrar uma solução para os telhados do claustro que durante séculos foram um
   ? 
/4 $      &   #
 /          6  $  (
   7 $     6  %  8 &
 /4          QkXQ$ 
           %/    
 &
     ]  B  
$£       /    
uma metodologia, fez-se tudo ao mesmo tempo, o que inevitavelmente conduziu a que
%        Ÿ373.
Neste momento para que a obra possa estar concluída falta ainda desenvolver o
    y   $ 
  %8/           
peças estarão dispostas. No entanto, a falta de verbas faz prever que este plano não se
  #8 &'  ]  B   
 £           #
   8  Ÿ374.

Embora as vozes conservadoras que se fazem ouvir em relação a esta intervenção


%   £6   /        
% %     $           )
 #/ Ÿ375, na minha opinião, esta é uma intervenção que, apesar de todas as

   %      $  %      / 
  $       6# $          
problemas estruturais que sempre afetaram este espaço.

372
Entrevista com o arquiteto Mendes Ribeiro a 4 de Junho de 2013.
373
Ibidem
374
Ibidem
375
Opinião do historiador Nelson Borges, em entrevista com este a 4 de Junho de 2013.

119
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
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'     QkXQ           #/ $     


%       š      w  +6 & 
da tentativa admitida pelo presidente da Câmara de Penacova, Humberto Oliveira,
        / |  - - # 376, certo é tal
  #   6  7 ? $        
portas nesse mesmo ano e os seus 88 doentes transferidos para outras unidades de
? &377
Depois de mais de cinco décadas a fazer de Lorvão a sua casa em Junho de 2012
começaram a ser deslocados os primeiros doentes, sendo que os 58 homens internados
    y/  !$.      y / +
-
  ] -   Wk   - ? B* 
 -  ">>K &.    /  -  w  |  
de Coimbra também os postos de trabalho de todos os empregados estão assegurados,
   #  68   &378
Contudo esta decisão não foi bem atendida por todos, principalmente pelos
         $#  £ (
que aqui se criou, porque a integração dos utentes com a população é total. Esta decisão é
 &+           6  Ÿ379.
O presidente da Câmara de Penacova, Humberto Oliveira, perante esta situação
%  £($ ?$   %   /   
      &7 # (    % 
" Ÿ380B       $       6$
#   /4  %      $    6 "#
 / 8      #/   # &7 
         
  6&

|  8           6              5


       $8  5 )      (  % 
  # #        &'   
         (       /4 
(%  )    6$ 6?      # &

376
Lorvão mostra indignação pelo fecho do hospital. .6  - . Coimbra. (2012-03-06) 15
377
Pacientes do hospital de Lorvão começam a ser transferidos. .6  - . Coimbra. (2012-06-29) 8(região)
378
Ibidem
379
    ) ] $       &   %/        &.6 
de Coimbra. Coimbra. (2012-03-06) 15
380
Ibidem

121
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Evolução morfológica de Lorvão

5. EVOLUÇÃO DE LORVÃO NA RELAÇÃO COM O MONUMENTO

“Anichada em profundo vale por entre as vertentes


ocidentais da serra do Buçaco e as mais distantes encostas
da serra da Aveleira, situa-se Lorvão, povoação que no seu
traçado antigo denota o acanhado lugar, onde o casario se
comprime e expande pela encosta.” 374

374
CÂMARA MUNICIPAL- Plano diretor municipal de Penacova: estudo de caraterização, 1993-99, p.46

123
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 123. Principais estradas na zona de Coimbra. Mapa A


Lugar de Lorvão. Escala 1:470000

Figura 122. Carta militar das principais


estradas de Portugal, 1808
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Evolução morfológica de Lorvão

.         6      /  "#    8 


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   % %     !  
"  381, este era um espaço
 #      #  % %6
  ;     8 )"       
 %/  ^ - $             % 
no vale), como pela sua beleza natural com encostas ingremes rasgadas pelos cursos de
água e vegetação rica382$               -
         # 8     $383
          " 6%  $         
 / %    $   " /  &
   )                 (  ^*$    
   /         5 /       $         
     "     # 4   !    
exerceram no vale.
K    (   /     $      
   villa     %     % $  (
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/  #   %&
- 8          %    
  $  8  
#   )   $   %  # 

381
@'BH7$K  > ! $  - %$  %        &Conimbriga&- NH6

 - &QW;XYZ[<X[\>X[v
382
B     (       $8           &@'BH7$
Nelson- 
   &- $XYYQ& &WWZ>WWY&^ &X
383
BENTO, Santo- W  Q€ , Lisboa: Congregação Sam Bento, 1586. p.6-19

125
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Evolução morfológica de Lorvão

suas terras.384+  $   #        


%        $    % % 
 $        % #  $    
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)    )          > $     %        
 $             
"   5#/ $     $     
    
($( #   "     -
renos do mosteiro.385$   (        /   
   8                 % $   
  %  $(       
   
"    &
Cada vez mais rico e poderoso386  )   >    / 
 £      $        ¡ / 
 $     $ 5      Ÿ387. Lorvão, durante o
%     - $     ) $   
 $          %        "    
 $   #   %  
   $   
com a Carta Foral de 1298388&#/  6#   /  
    %    $         š  / 
          ) &

 $ ( `^**  /%        / 
laurbanense, na envolvente do mosteiro, se tornava excessivamente numerosa oprimindo
  & .    %           #    XvQW389 erguer o
muro da clausura em torno do mosteiro, criando assim um elemento de rutura entre o
£  . Ÿ  £  w  Ÿ&.    8
cisterciense protegida pela cerca, do outro as casas extramuros na encosta norte,
       $8     " /  &      

384
£     %   8 "%    %         $  
 /$   (       % $       $      
 )  Ÿ&3#QW - . Bento, Singeverga, 1951. p.59-61
385
SANTOS, Maria- '8    7 !_+4 #  !$ #! 
Q
 N*   $QkkX& ! *** *^
386
+, p.101
387
-7*$* $y7BBˆ$)  &&€>- K^ ‚"&   &&€$XYZ[& &QX&
388
MARQUES, Maria- ^ !!  Y   7 !_+++. Lorvão, 1999. p.21
389
K>]      $}X__$ &Q_&>Wk$. &XQ&Apud.: BORGES, Nelson- 
 
  &- $XYYQ& &Q\_&^ &X

127
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Evolução morfológica de Lorvão

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                          % 
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 # $                  
)"    &'                XZv[391
no vale de Lorvão mais de uma centena de casas, e uma população de 2.453 residentes
 %    &392

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  )   $   !   /  %   
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#   5£  w  Ÿ$ 
     $         > )&
(    ( #%         /4  ?
      $ !  ?    &7?
 >    # #        
 % $   !        %6
 &7XYXX6>  
de um total de 1083 residentes) %   &395
.     /4    %( $ ( `*`$     
£         $ $ %

390
K>]      ;    <$}WkY$ &\&$. &vQ&Apud.: BORGES, Nelson- 

   &- $XYYQ& &XY[&^ &X
391
-7*$* $y7BBˆ$)  &&€>- K^ ‚"&   &&€$XYZ[& &Q_
392
 %    (    %   $-  $-  $-  $  $+ $B   $
Roxo e São Mamede.
393
ASSUMPÇÃO, T. Lino-  # . Lisboa: Bertrand, 1899, p.131
394
K  "   ! "$                  /4 
?$      $   XZZ_$    &
395
-7*$* $y7BBˆ$)  &&€>- K^ ‚"&   &&€$XYZ[& &WX

129
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 124. Carta militar de Portugal, zona 231, 1947


ESCALA 1:25000

Figura 125. Carta militar de Portugal, zona 231, 1982


ESCALA 1:25000
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Evolução morfológica de Lorvão

   Ÿ396$ £  %$% $  $  


   6      Ÿ397.
7 %    )"     (      8 )
   $ $ 8  $       %$  
sobrepõem umas contra as outras ao longo da estreita estrada.
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?  ) $ "          8/    
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  5?   $        % $  
  8(     &  /  %  #% 
    >  %     $     ) 
um tempo passado.
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   >        8 $  /4 > 
 88 )$   %         $
  %       8     $    
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  (   %   (   $
   %   ( ``$   /4 .H7]K 
 /            6 $         
regenerados com uma nova economia a apoiar o seu crescimento.
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 )   % $   %     X_k     %      $  
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         $        
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monumento.
     %6
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          (     /4 $        %   B

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ASSUMPÇÃO, T. Lino-  # &  N7 - $XZYY& &\
397
w7B-| K'$ " >    &  N@ & &XY\>XYv&^ &Q$  &X
398
ASSUMPÇÃO, T. Lino-  # &  N7 - $XZYY& &[
399
PORTAS, Nuno- A cidade como arquitetura&  N  w 8  $XYvY& &Y

131
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 126. (Xvkk Figura 127.( `^** `^***

Figura 128.( `*` Figura 129.+    ( ``

Figura 130. Depois de 1960


LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
Evolução morfológica de Lorvão

Evaristo Lopes400 ou em aglomerados urbanos, como o Bairro Novo401&(   


        $   XY[kZQZ    
Lorvão e Lavatodos, apenas trinta anos depois os registos dão conta deXXkX &402 Em
QkXX      Q\&W¿ /         +  $ 
um total de 3.928 residentes.403
#>  (     (  $
#  $
  /4  ? % (# &+ >    ) sem espaços
   !        $      $ 
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            &É de
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            $       do
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"  5%/          ) &

              


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       /  6   $     $   
 /  ? $(    š ‹!      "    &
( ( `^** %     %#   " 
orientador a rua medieval, sendo o mosteiro o elemento tutelar do vale. Durante os
(  `^**  `^***                   $   %
#
 /4   
  $       
          
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  &) ( `*`$  "#/     (   
 $           >           )      $
os dois mundos passam a ser um. O burgo poderia expandir-se livremente. Contudo
( XY[k           $         /4 &
   #   XYvk$     /      6 $      
        (   6      /4 $
     $   ? ) $     
monumento continua a ser o centro gerador de vida de Lorvão.
7         % $   "#      6 $  
 #   )  /      +  &

400
B   > 5 #/ B@Ž@     &
401
+    -]  +   %   ( ``%   ( 
 /       6%&-7*$* $y7BBˆ$)  &&€>- K^ ‚"
&   &&€$XYZ[& &X\X>X\\
402
+, p.31
403
* /     *# K  7š#        QkXX.

133
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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          ) &
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      6 $             /4    -
/4 $   #   %   &K   $   
           )    %/  )
deste monumento.
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      )$  >  $       
%5        $      % 
         $        /4    /4  8 
    &   >     (    %/ 5        
( ?#  % $8      $     
            % /  #
a encará-lo como o centro gerador de vida de Lorvão.
+    /            /4         
  (    š               5
        $      ‹ # %&  # 
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   / %6
$            )    %  
      $         %)  
 6 $)      $   #
ser um espaço merecedor de visita demorada.

135
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



ALBA, António [et. al.]- !"#$!%&&]N7#]$


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@'BH7$K  -  >'!*,.#!%/&!#$*3!#


)*+&+  N.   -!    % +) $QkkW& &vX_>vQ[

@'BH7$K  -  >%3!#!!"&!%9:&&$#


&*&+  N-] $XYZk& &X>\

@'BH7$K  -  >3!#)*+. Coimbra: EPARTUR, 1977, 64 p.

@'BH7$K  -  >  6#   :      % 
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AS BEIRAS E A PRESENÇA DE CISTER- ESPAÇOS, PATRIMÓNIO EDIFICADO E ESPIRITUALIDADE,


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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
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COMEMORAÇÃO DO OITAVO CENTENÁRIO DA ENTRADA DAS MONJAS NO MOSTEIRO,


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SIMPÓSIO PATRIMÓNIO EM CONSTRUÇÃO. CONTEXTOS PARA A SUA PRESERVAÇÃO,


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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

FONTES DAS IMAGENS

Figura 1. VASCONCELOS, J. Leite de- Inscrição Romana de Lorvão. O Archeologo Português.


Lisboa: [s.n.]. 19(1914) 365

Figura 2.B  /    /  # NVILLA ROMANA DE S. CUCUË
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Figura 3. Os romanos na Península Ibérica, villa romana de São Cucufate- Arqueo.org,


Portal da arqueologia Ibérica. [Em linha]. [Consult. 2012-11-28]. Disponível em www:
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Figura 5. Os romanos na Peninsula Ibérica, villa de Milreu- Arqueo.org, Portal da


arqueologia Ibérica [Em linha]. [Consult. 2012-11-28]. Disponível em www: <URL-
 N„„% & „ „  „ &

Figura 6. B  #/   8    / &

Figura 7. B  #/   8    / &

Figura 8. BORGES, Nelson- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade: das origens
a 1737. CoimbraN /   " y |-, 1992. Tese de doutoramento. p.64. Vol.2

Figura 9. BORGES, Nelson- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade: das origens
a 1737. CoimbraN /   " y |-, 1992. Tese de doutoramento. p.64. Vol.2

Figura 10. .    "           &

Figura 11. B  /    /  # N+*B7$y  H>
O mosteiro de Lorvão: Subsídios para a sua história. Coimbra: FLUC, 1971. Tese de
licenciatura em história. p.26

Figura 12. BORGES, Nelson- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade: das origens
a 1737. CoimbraN /   " y |-, 1992. Tese de doutoramento. p.68. Vol.2

Figura 13. BORGES, Nelson- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade: das origens
a 1737. CoimbraN /   " y |-, 1992. Tese de doutoramento. p.72. Vol.2

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 14. BORGES, Nelson- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade: das origens
a 1737. CoimbraN /   " y |-, 1992. Tese de doutoramento. p.75. Vol.2

Figura 15. BORGES, Nelson- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade: das origens
a 1737. CoimbraN /   " y |-, 1992. Tese de doutoramento. p.75. Vol.2

Figura 16.B  /    /  # N IGREJA DE S. SALVADOR
DE GANFEI- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA). [Em linha].
[Consult. 28 Novembro 2012]. Disponível em www:<URL ƒ N„„&   & „
 „++…+% | „*+& "†‡\Q[[

Figura 17.B  /    /  # N IGREJA DE S. SALVADOR
.7B^K-Ë Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA). [Em linha].
[Consult. 28 Novembro 2012]. Disponível em www:<URL ƒ N„„&   & „
 „++…+% | „*+& "†‡WY\[

Figura 18. B  /        /   #  N IGREJA DE S. TIAGO-
Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA). [Em linha]. [Consult. 28
Novembro 2012]. Disponível em www:<URL ƒ N„„&   & „ „++…+% -
| „*+& "†‡XvQv

Figura 19. BORGES, Nelson- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade: das origens
a 1737. CoimbraN /   " y |-, 1992. Tese de doutoramento. p.65. Vol.2

Figura 20. BORGES, Nelson- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade: das origens
a 1737. CoimbraN /   " y |-, 1992. Tese de doutoramento. p.66. Vol.2

Figura 21. BORGES, Nelson- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade: das origens
a 1737. CoimbraN /   " y |-, 1992. Tese de doutoramento. p.67. Vol.2

Figura 22. PIRES, Fernando Garcia- O mosteiro de Lorvão: Subsídios para a sua história.
Coimbra: FLUC, 1971. Tese de licenciatura em história. p.42

Figura 23. B  #/   8    / &

Figura 24.B  #/   8    / &

Figura 25. BORGES, Nelson- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade: das origens
a 1737. CoimbraN /   " y |-, 1992. Tese de doutoramento. p.206. Vol.2

Figura 26. MARQUES, Maria- Estudos sobre a ordem de Cister em Portugal. Lisboa:
Edições Colibri, 1998. p.73

161
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 27. BORGES, Nelson- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade: das origens
a 1737. CoimbraN /   " y |-, 1992. Tese de doutoramento. p.68. Vol.2

Figura 28. BORGES, Nelson- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade: das origens
a 1737. CoimbraN /   " y |-, 1992. Tese de doutoramento. p.72. Vol.2

Figura 29. SANTOS, Maria Leonor- O domínio de Santa Maria de Lorvão no século XIV:
gestão feminina de um património fundiário. Lisboa: Imprensa nacional, 2001. p.34-35

Figura 30. Mosteiro de Lorvão. In @  # da Direção-Geral dos 7  e Monumentos


Nacionais. Lisboa, 1960-03. Fig.38. Vol.99

Figura 31. BORGES, Nelson- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade das origens
a 1737&- N /   " y |-$XYYQ&       & &ZY&^ &Q

Figura 32. BORGES, Nelson- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade das origens
a 1737&- N /   " y |-$XYYQ&       & &ZZ&^ &Q

Figura 33. B  #/   8    / &

Figura 34. B  #/   8    / &

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Figura 36.y  %


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Figura 37. y  %


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Figura 38.y  %


   / &

Figura 39.+ " %        &

Figura 40. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 20 Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„& -
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kkXkW\Q[

Figura 41.y  %


   / &

Figura 42.y  %


   / &

Figura 43.y  %


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Figura 44. GONÇALVES, Nogueira- Y*![\:&#!%$!!#'*]


Zona do noroeste. Lisboa: Academia Nacional de Belas-Artes, 1991. p.40

Figura 45. MOSTEIRO DE AROUCA- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 28 Novembro 2012]. Disponível em www:<URL ƒ N„„&

163
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

   & „ „++…+% | „*+& "†‡XkWY&y  %


kkk_XkQZ

Figura 46. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 20 Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„& -
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Figura 47. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 20 Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„& -
  & „ „++…+% | „*+& "†‡X\YZ&y  %
kkXkWQkW

Figura 48. BORGES, Nelson- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade das origens
a 1737&- N /   " y |-$XYYQ&       & &XY\&^ &Q

Figura 49.B  #/   8    / &

Figura 50.B  #/   8    / &

Figura 51.B  #/   8    / &

Figura 52.y  %


   / &

Figura 53. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 20 Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„& -
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Figura 54. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 20 Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„& -
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kkXkWXY[

Figura 55. B  #/   8    / &

Figura 56. B  #/   8    / &

Figura 57. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 20 Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„& -
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kkXkW[[Y

Figura 58. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 20 Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„& -
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Figura 59. CISTER: ESPAÇOS, TERRITÓRIOS, PAISAGENS, 2, Lisboa, 1998. BORGES, Nelson
Correia-As capelas do claustro de Lorvão: percurso devocional e š# : atas. Lisboa:
Ministério da Cultura, 2000. p.475-476

165
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 60.B  #/   8    / &

Figura 61. BORGES, Nelson- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade das origens
a 1737&- N /   " y |-$XYYQ&       & &[Z&^ &Q

Figura 62. y  %


   / &

Figura 63. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 20 Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„& -
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Figura 64. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


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Figura 65. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


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Nacionais. Lisboa, 1960-03. Fig.14. Vol.99

Figura 67. y  %


   / &

Figura 68. y  %


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Figura 69. BORGES, Nelson- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade das origens
a 1737&- N /   " y |-$XYYQ& &QvW&^ &Q

Figura 70.B  #/   8    / &

Figura 71.B  #/   8    / &

Figura 72. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 20 Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„& -
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kkXkWW[\

Figura 73. y  %


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Figura 74. y  %


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Figura 75. y  %


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Figura 76. BORGES, Nelson- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade das origens
a 1737&- N /   " y |-$XYYQ& &[X&^ &Q

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 77. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


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Figura 78. y  %


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Figura 79. ]'7*B'.7B'|-ËSistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 28 Novembro 2012]. Disponível em www:<URL ƒ N„„&
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Figura 80. ]'7*B'.7B'|-ËSistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 28 Novembro 2012]. Disponível em www:<URL ƒ N„„&
   & „ „++…+% | „*+& "†‡XkWY&y  %
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Figura 81. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 20 Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„& -
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Figura 82. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


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Figura 83. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


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Figura 84. y  %


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Figura 89. y  %


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Figura 90. Mosteiro de Lorvão. In @  # da Direção-Geral dos 7  e Monumentos


Nacionais. Lisboa, 1960-03. Figura.76. Vol.99

Figura 91. y  %


   / &

Figura 92. BORGES, Nelson- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade das origens
a 1737&- N /   " y |-$XYYQ& &[X&^ &Q

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
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Figura 93.B  #/   8    / &

Figura 94.B  #/   8    / &

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Figura 97.B  #/   8    / &

Figura 98.B  #/   8    / &

Figura 99. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


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Figura 100. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 20 Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„& -
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Figura 101. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 20 Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„& -
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kkXkWW\_

Figura 102. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 20 Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„& -
  & „ „++…+% | „*+& "†‡X\YZ&y  %
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Figura 103. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 20 Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„& -
  & „ „++…+% | „*+& "†‡X\YZ&y  %
kkXkWW_X

Figura 104. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 20 Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„& -
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Figura 105. BORGES, Nelson- Arte monástica em Lorvão: Sombras e realidade das
origens a 1737&- N /   " y |-$XYYQ&y%&Qk&^ &Q

Figura 106. Mosteiro de Lorvão. In @  # da Direção-Geral dos 7  e Monumentos


Nacionais. Lisboa, 1960-03. Figura 13. Vol.99

Figura 107. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 20 Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„& -
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kkXkWWZk

171
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 108.B  #/   8    / &

Figura 109.B  #/   8    / &

Figura 110. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 20 Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„& -
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Figura 111. y  %


   / &

Figura 112. MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico


(SIPA). [Em linha]. [Consult. 20 Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„& -
  & „ „++…+% | „*+& "†‡X\YZ&y  %
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Figura 113. Mosteiro de Lorvão. In @  # da Direção-Geral dos 7  e Monumen-


tos Nacionais. Lisboa, 1960-03. Fig.32. Vol.99

Figura 114. y  %


   / &

Figura 115. y  %


   / &

Figura 116. y  %


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Figura 117. y  %


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Figura 118. y  %


   / &

Figura 119. y  %


   / &

Figura 120. y  %


   / &

Figura 121. y  %


   / &

Figura 122. EÇA, Lourenço da Cunha de - Carta militar das principais estradas de Portugal.
[Em linha]. Lisboa : [s.n.], 1808. [Consult. 27 Setembro 2012]. Disponível na www: <URL:
ƒ N„„ & „vWkQ

Figura 123. EÇA, Lourenço da Cunha de - Carta militar das principais estradas de Portugal.
[Em linha]. Lisboa : [s.n.], 1808. [Consult. 27 Setembro 2012]. Disponível na www: <URL:
ƒ N„„ & „vWkQ

Figura 124. SERVIÇO CARTOGRÁFICO DO EXÉRCITO- Carta Militar de Portugal. [Em


linha]. 1º ed. Lisboa: S.C.E. , 1947. nº231. [Consult. 27 Setembro 2012]. Disponível na
www: <URL: ƒ N„„&% & „  „ „% „QWX…XY[_& %

173
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

Figura 125. SERVIÇO CARTOGRÁFICO DO EXÉRCITO- Carta Militar de Portugal. [Em linha].
2º ed. Lisboa: S.C.E. , 1982. nº231. [Consult. 27 Setembro 2012]. Disponível na www: <URL:
ƒ N„„&% & „  „ „% „QWX…XYZQ& % ISBN 972-764-244-6

Figura 126. B   /       #%/ &

Figura 127. B   /       #%/ &

Figura 128. B   /       #%/ &

Figura 129. B   /       #%/ &

Figura 130. B   /       #%/ &

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

ANEXOS

I. Livro dos abades e das abadessas do mosteiro de lorvão

II. Desenhos do mosteiro no século XX, elaborados pela DGEMN


II.I Planta de implantação do mosteiro, 1940
II.II Planta de implantação do mosteiro, 1960
II.III Plantas do mosteiro
II.IV Alçados e cortes do mosteiro

III. Reconstituição do monumento e do lugar de Lorvão

177
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

NOME DAS ABADESSAS DATAS DOS ABADESSADOS


[REFERÊNCIAS EM
[ABADESSA VITALÍCIAS]
DOCUMENTOS]
Vierna 1213-1229
D. Goda (1229)-1230
D. Sancha Gonçalves 1231-1237
D. Maria Afonso 1237-1255
D. Marinha Gomes 1257-1271
D. Urraca Rodrigues 1276-(?)
D. Maria Joanis 1280-1288
D. Constança Soares 1290-1317
D. Urraca Raimundo 1318-1332
D. Teresa Mendes 1333-1343
D. Guiomar Fernandes 1344-1349
D. Mécia Lopes 1350-1388
D. Grácia Mendes 1395-(?)
D. Mécia Vasques da Cunha 1401-1448
D. Maria da Cunha 1452-(?)
D. Leonor da Cunha 1456
D. Brites da Cunha 1457-1468

  1472-1521
   1522-1537
    1537
D. Melícia de Melo [regedora]/ D. Ana Coutinho 1538-1559
D. Bernarda de Alencastre 1560-1564
D. Briolanja de Melo 1566-1574
D. Catarina de Albuquerque 1574-1604

NOME DAS ABADESSAS


[ABADESSA TRIENAIS]
D. Leonor de Noronha 1605-1608
D. Margarida da Silva 1608-1611
D. Maria da Silva 1611-1612
D. Leonor de Noronha [2ºvez] 1613-1616
D. Maria de Mendonça 1616-1618
D. Inês de Castro 1618-1621
D. Margarida da Silveira 1621-1624
D. Inês de Noronha 1624-1627
D. Inês de Castro [2º vez] 1627-1630
D. Maria de Sousa 1630-1633
D. Inês de Noronha [2º vez] 1633-1636
D. Isabel Coelho 1636-1639
D. Inês de Castro [3º vez] 1639-1642
D. António de Sousa de Alvim 1642-1644
D. Paula de Castelo Branco 1645-1646
D. Filipa da Silva [presidente in capite] 1646
D. Inês de Noronha [presidente in capite] 1647
D. Francisca de Vilhena 1647-1650
D. Filipa da Silva 1650-1653
D. Madalena de Moura 1653-1656

179
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

D. Maria de Carvalho Xv\v>Xv\Y


D. Luísa de Brito Xv\Y>XvvX
D. Filipa da Silva Q} 8€ XvvQ>Xvv\
D. Maria de Carvalho Q} 8€ Xvv\
D. Madalena de Castro Xvv\>XvvZ
D. Inês de Albuquerque XvvZ>Xv_X
D. Filipa da SilvaW} 8€ Xv_X>Xv_[
D. Antónia Coelho Xv_[>Xv__
D. Serafina da Câmara Xv__>XvZk
D. Teófila de Alvim XvZk>XvZW
D. Luísa de Castelo Branco XvZW>XvZ\
D. Antónia Coelho Q} 8€ XvZ\>XvZZ
D. Teófila de Alvim Q} 8€ XvZZ>XvYX
D. Isabel da Silva e Melo XvYX>XvY[
D. Joana Sarmento XvY[>XvY_
D. Teófila de Alvim Q} 8€ XvY_>X_kk
D. Catarina de Melo X_kk>X_kW
D. Mariana Freitas de Albuquerque X_kW>X_kv
D. Bernarda Maria de Albuquerque X_kv>X_kY
D. Ângela Pereira de Sampaio X_kY>X_XQ
D. Bernarda Teles X_XQ>X_X\
D. Mariana Borges de Castro X_X\>X_XZ
D. Cecília de Sá e Castro X_XZ>X_QX
D. Bernarda Teles Q} 8€ X_QX>X_Q[
D. Maria da Trindade X_Q[>X_Q_
D. Filipa da Cunha e Meneses X_Q_>X_Wk
D. Cecília de Sá e CastroQ} 8€ X_Wk>X_WW
D. Teresa Josefa X_WW>X_Wv
D. Teresa Josefa Q} 8€ X_Wv>X_WY
D. Paula Marcelina da Silva X_WY>X_[Q
D. Teresa Luísa de Carvalho X_[Q>X_[\
D. Teresa Luísa de Carvalho Q} 8€ X_[\>X_[Z
D. Eugénia Jacinta       € X_[Z>X_[Y
D. Eugénia Jacinta X_[Y>X_\X
D. Ana Maria de Lemos X_\X>X_\[
D. Helena Maria de Quadros X_\\>X_\Z
D. Leonor de Mendonça X_\Z>X_vk
D. Mariana de Vasconcelos Coutinho X_vk>X_vW
D. Maria Xavier Maldonado X_vW>X_vv
D. Francisca Angélica de Moura X_vv>X_vY
D. Josefa Meneses X_vY>X__k
D. Josefa Meneses X__k>X__W
D. Josefa Meneses       € X__W>X__[
D. Josefa Meneses [2º vez] X__[>X___
D. Maria Inácia Brandão X___>X_Zk
D. Maria de Mendonça X_Zk>X_ZW
D. Maria de Mendonça       € X_ZW
D. Madalena Caldeira X_ZW>X_Zv
D. Madalena Caldeira       € X_Zv
D. Maria Eufrásia Coutinho X_Zv>X_ZY

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

D. Maria Coutinho      € X_ZY


D. Bárbara Vasconcelos X_ZY>X_Yk
D. Madalena Quadros X_Yk>X_YW
D. Madalena Quadros       € X_YW
D. Maria de Albuquerque X_YW>X_Yv
D. Maria de Albuquerque       € X_Yv
D. Maria Corte Real X_Yv>X_YY
D. Ana Coutinho X_YY>XZkQ
D. Maria Albuquerque Q} 8€ XZkQ>XZk\
D. Maria Meneses e Ataíde XZk\>XZkZ
D. Ana Coutinho Q} 8€ XZkZ>XZXX
D. Maria Albuquerque W} 8€ XZXX>XZX[
D. Teresa Meneses XZX[>XZX_
D. Maria Lacerda Coutinho XZX_>XZQk
D. Ana Bárbara Faria XZQk>XZQW
D. Ana Bárbara Faria Q} 8€ XZQW>XZQv
D. Maria Bourbon       € XZQv
D. Maria da Penha Gusmão XZQv>XZQY
D. Teresa Proença XZQY>XZWQ
D. Teresa Proença      € XZWQ>XZWW
D. Joaquina Bourbon XZWW>XZW[
D. Auta José de Abreu XZW[>XZW_
D. Auta José de Abreu Q} 8€ XZW_>XZWY
D. Custódia Almeida XZWY>XZ[Q
D. Custódia Almeida       € XZ[Q
D. Custódia Almeida [2º vez] XZ[Q>XZ[\
D. Custódia Almeida      € XZ[\
D. Custódia Almeida W} 8€ XZ[\>XZ[_
D. Teresa ProençaQ} 8€ XZ[_>XZ[Z
D. Maria Bourbon XZ[Z>XZ\X
D. Maria Bourbon Q} 8€ XZ\X>XZ\[
D. Maria Bourbon W} 8€ XZ\[>XZ\\
D. Maria Freire Pessoa XZ\\>XZ\Z
D. Maria Freire Pessoa       € XZ\Z
D. Luísa Castilho XZ\Z>XZvX
D. Maria Freire Pessoa Q} 8€ XZvX>XZv[
D. Luísa Castilho XZv[>XZZ_
)

7            )%  "      
correspondem a referências documentais.
FONTE: BORGES, Nelson Correia- Arte  6# em Lorvão: Sombras e realidade das origens a 1737. Coimbra: Secção
  " y |-$XYYQ&       & &v[_&^ &X

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
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Zona de proteção do monumento
FONTE: MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA). [Em linha]. [Consult. 20
Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„&   & „ „++…+% | „*+& "†‡X\YZ

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FONTE: MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA). [Em linha]. [Consult. 20
Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„&   & „ „++…+% | „*+& "†‡X\YZ

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
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FONTE: MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA). [Em linha]. [Consult. 20
Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„&   & „ „++…+% | „*+& "†‡X\YZ

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FONTE: MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA). [Em linha]. [Consult. 20
Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„&   & „ „++…+% | „*+& "†‡X\YZ

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FONTE: MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA). [Em linha]. [Consult. 20
Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„&   & „ „++…+% | „*+& "†‡X\YZ

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FONTE: MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA). [Em linha]. [Consult. 20
Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„&   & „ „++…+% | „*+& "†‡X\YZ

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR
LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

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FONTE: MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA). [Em linha]. [Consult. 20
Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„&   & „ „++…+% | „*+& "†‡X\YZ

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FONTE: MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA). [Em linha]. [Consult. 20
Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„&   & „ „++…+% | „*+& "†‡X\YZ

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FONTE: MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA). [Em linha]. [Consult. 20
Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„&   & „ „++…+% | „*+& "†‡X\YZ

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FONTE: MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA). [Em linha]. [Consult. 20
Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„&   & „ „++…+% | „*+& "†‡X\YZ

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FONTE: MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA). [Em linha]. [Consult. 20
Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„&   & „ „++…+% | „*+& "†‡X\YZ

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FONTE: MOSTEIRO DE LORVÃO- Sistema de Informação para o Património Arquitetónico (SIPA). [Em linha]. [Consult. 20
Março 2012]. Disponível em www :<URL ƒ N„„&   & „ „++…+% | „*+& "†‡X\YZ

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LORVÃO: UM MOSTEIRO E UM LUGAR

547-1200 1200-1600 1600-1650

1650-1700 1700-1960 1960-2013

III. Reconstituição do monumento e do lugar de Lorvão


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