mafia do Ftare de Dow on pare td pare ningun “astra — Um ere pore ings ws prewncor mars: fiona come marl waegueé Tere pra epi loes Iara pe pita over — value IT Human demain Bu veneie vcs da raga on Helene € Ps | | i FRIEDRICH NIETZSCHE O CASO WAGNER Um problema para misicos NIETZSCHE CONTRA WAGNER Dossié de um psicélogo Traducto, notas e posfcio Paulo César de Souza (ComPanwiape porespri da ago, nas post plo Case Lima de Sora 1 pended Aer Otel ds Linge Povagsa de 159, Grafs rior rae 2008 (evoten ei Tas vigils Der Fall Wager: Fin Mosikanten-Problem ¢ Je Faber Prpwale Marsa Copal ia se Larissa Lino Barbosa onto Potenza Rodrigues rig hea wie vob te Wet 2008 “Talon ico ea lipo reservados Rus Bundia Palit 70, 6.32 452.002 So Palo — se “Teele 373800 Fae 350 ‘sev ompaninleeacom be ‘eeblstxconpaohin come ‘Wanner Aktenticke eines Pychologen SUMARIO (0.cAS0 WAGNER Prélogo 9 Segoes 1a 12 1 s-escrito 34 Segundo pés-escrito 39 Epilogo 42 [NIETZSCHE CONTRA WAGNER Prélogo 47 O que admiro 4 No que fago objegdes 50 Wagner como perigo 52 {Uima misiea sem fururo. 54 Nés, antipodas 56 (O lugar de Wagner 58 Wagner como apéstolo da castidade 60 Como me libertei de Wagner 63 psicélogo toma a palavra 65 Epilogo 69 Da pobreza do riquissimo. 73, Notas $7 Apéndice 39 Procedéncia dos textos de Nietzsche contre Wagner 91 Segdes de Niersche contra Wagner cortadas por Nietzsche 920 CASO WAGNER Carta de Turim, maio de 1888 ridendo dicere severum...' 1. Ontem — vocés acreditarao? — ouvi pela vigésima vez a obra-prima de Bizet.’ Fiquei novamente até o fim, com suave devocio, novamente nao pude fugir. Esse triunfo sobre minha impaciéncia me espanta. Como uma obra assim aperfeicoa! Tor- namo-nos nés mesmos “obra-prima”. — Realmente, a cada vez que ouvi Carmen, eu parecia ser mais filésofo, melhor filésofo do que normalmente me creio: tornando-me tio indulgente, tio feliz, indiano, sedentdrio... Cinco horas sentad. : primeira etapa da santidade! — Posso acrescentar que a orquestragio de Bizet € quase a Unica que ainda suporto? Essa outra orquestra- cio atualmente em voga, a _wagneriana, brutal, artifi “inocente” ao mesmo tempo, e que assim fala simultaneamente aos trés sentidos da alma moderna — como me é prejudicial essa orquestra¢io wagneriana! Eu a denomino “siroco”. Um suor desagradavel me cobre de repente. O meu t embora. Esta miisica me parece perfeita. Aproxima-se | polidez. E amével, nao transpira. “O que € bom é leve, tudo divino se move com pés delicados”: primeira sentenga da minha estética, Esta miisica é maliciosa, refinada, fatalista: no entanto Permanece popular — ela tem o refinamento de uma raga, ndo de um individuo. E rica. E precisa. Constréi, organiza, conclui: “sim, € 0 contrario do pélipo na misica, a “melodia infinita”’ ouviu num palco entonagdes mais dolorosamente Ea maneira como sio obtidas! Sem caretas! Sem falsi- ficacdo! Sem a mentira do grande estilo! — Por fim: esta mtisica ‘rata 0 ouvinte como pessoa inteligente ¢ até como miisico — € também nisso é 0 oposto de Wagner, que, seja o que mais for, ‘T0 génio mais descortés do mundo (Wagner nos trata como iW‘i yonto. “Como nio seria bog my telago 20 conttap in s°vssim raciocinou desde sempre g se melhor?"s le fs et naemno a humana! — 6 0 meio de pquele que nos rornoust “HES charada beleza,tirou 0 nervo 0s italiano, seatidos Pel es! Mesmo a relacio de Mozart com a mis. Sg ne! oa et ne ,dimitamos jamais jue a miisica “sirva a recreagao" que 2S nr pr sea ero [com perio da palavra, Isso empresta dign aoe ee conti ge lates ia eramene, ssp cistment, pr 8 mostra Fo ep cri, -O homer ext corrompid: quem 2atans comp? ime? — Nao vamos responder. Sejamos 2 eos coma 9 nossa ambico, que gosta de ry igaes, Mas niguem pode duvidar que nso rime ane retenwnte sna sca redime.. (ensaio de Wage renga) 7. Basta! Basta! Receio que terio claramente reconhecido, sob es tagos alegre, sinstrarealidade — 0 quadro de um desinio ds arte, um decinio também do artista. Este sltimo, uo delnin de carter, podera talvee ser expresso provisoia me un Fes: sin agra fa 0, a ve jason ca vr mais num talento para ment Tere Qearnidde nm eptlo da minha obra principal que lear (lee “Fsidog de enti" de mostrar mais deal Ei sama metros: geal dy arte em hstrionism ome a a legen login ais precise ‘einer da ae inagurada por Wa Cu COrTURES ‘meade ain, qu lpn POF exe, # "aus obriga todo instante) a mudat de posigio diante dela. Nada se compreende de W de piel apenas un abiei jog da natureza, um capricho cine caso. Ele nao era um génio “incompleto”,“desaforcuna- vr acontraditério", como jé Foi dito. Wagner era algo perfeto. ter efpico décadent, no qual nao hi “livre-arbitrio", cada feigio Um, sua necessidade. Se algo é interessante em Wagner, € @ fogica com que um defeit fisioldgico progride passo a passo, teconclusio em conclusio, como pritica ¢ procedimento, como Jnvaszo nos prinefpios, como crise do gosto. ‘No mosnento me deterei apenas na questio do esti. — Como se caracteriza toda decadence literaria? Pelo fat de a vida ‘bdo mais habitar o todo. A palavra se torna soberana e pula fora Ga frase, a frase transborda e obseurece o sentido da pégina, a péggna gana vida em detrimento do todo — o todo j nao é um Todo.” Ms isto € uma imagem para todo estilo da décadence: 0 Eada vez, anarquia dos écomos, desagregacio da vontade, “liber- dade individual”, em termos morais — estendendo i teoria pol tiea, “direitos jguais para todos”. A vida, a vivacidade mesma, a ribragio e exuberdncia da vida comprimida nas mais pequenas Formagies, o resto pobre de vida. Em toda parte paralisia, can- sa¢o, entorpecimento ou inimizade ¢ caos uns e outros saltando 20s olhos, tanto mais ascendemos nas formas de organizacio. O todo jénio vive absolutamente: éjustaposto, caleulado, postigo, ‘um artefato. Em Wagner se encontra no inicio a alucinagto: nfo de sons, ras de gestos. Ele busca entio a semidtica de sons para 0s ges- tos. Querendo admirs-o, observemo-lo a trabalhar nisso: como separa, como obtém pequenas unidades, como as anima, Ihes dé relevo € as torma visiveis. Mas aqui se esgota sua forgar 0 resto nada vale. Como é pobre, lego e canhestro 0 seu modo de “de- senvolver", sua tentatva de fazer entrelagar 0 que nio se vecew naturalmentel Suas maneiras lembram nisso as dos frves Gon court,” que em geral sio préximos 20 estilo de Wagner: sente- se quase compaixio por tamanha eseasse2. O fato de Wagner ‘travestir em um prinefpio a sua incapacidade de criar formas Oorginicas, o fato de ele decretar um “estilo dramético”, onde 3Nietzsche contra Wagner Dossié de wm psicdlogoWAGN! R.COMOPERIGK Fe _ um alto-relevo que nao seja superado? Apli- ome 1 ingirsFe T tondo € 0 verdadero pecado li oat oe ar, jovial eno, entsiant,enamo- Pao ep felicdade nfo era alemio e coo de Mozart, que Por in pt Oe visa e dourada, aoa seiedade de um fii 2 Sea a nto falar da seriedade do “comida de p= 1. intengio que a nova misicapersegue como 1 ale? Pre acham que toda misica €misca do “convka- denominado — de manera vigoro, porém impreca sO Oe veda sica deve saltar da parede © abalr i infin’ pode ser eae st imaginamos algae de pe Miceankas.. S6 entio a misica teria efi! — entra na gua, as pocs dina de pis seg ~ a Z 4 esse efeito? Sobre algo em que um artista mente no fundge J ne quem se di ese efito? Sobre algo em “sna or Hm mac do clones ead mada Ne tae deve tet efeito — sobre a massa! 0s imatoros! os si mero tinh em gra slnc on view rae eos! 05 loas os aguerine eam raidcz e-em lemtidio, algo muito difrence « ue ddancar 8 medida 2, isto &, nados graus equi necesra para sso, a observinela de z= : ager is outs expe nn Pressuposto fisioléy "ts cle subvertey 9 gic a isis aetior. Neda, tuar age i 2 Ser ~ + Como? Seria realmente a principal vieude co cme ora param re rata a Me / . 20 musi * ee, ay