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DESENHO

CONSTRUÇÕES
MECÂNICAS

Formador: Carlos Pires


Cópia para fins estritamente pedagógicos – art.75. Cap. II. Lei 45/85.
17/Set-CDA.DC
IMP CDI 206a
Objectivos
F Compreender a representação de elementos
normalizados;
F Representar, cotar e referenciar elementos de
máquinas;
F Distinguir e compreender formas de ligação;
F Distinguir os elementos normalizados na
representação de conjunto num desenho.

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COMPONENTES NORMALIZADOS
PROCESSOS DE LIGAÇÃO
§ Permanentes
-directas
-indirectas
§ desmontáveis

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COMPONENTES NORMALIZADOS
ROSCAS
§ Geometria
§ Profundidade
§ Passo

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COMPONENTES NORMALIZADOS
§ Rosca simples
§ Rosca múltipla

§ Perfil triangular
-Flanco
-Crista
-Cava
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COMPONENTES NORMALIZADOS
Elementos dimensionais de uma rosca triangular

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COMPONENTES NORMALIZADOS
REPRESENTAÇÃO DE ROSCAS Furos

Conjunto de peças roscadas

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Cotagem de Roscas

§ ISO (métrica) (M)


§ Whitworth
§ Gás (G)
§ Rectangular (R)
§ Trapezoidal (Tr)
§ Dente de serra (S)
§ Redonda (Rd)

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Representação de furações

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Representação simbólica de furos

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Representação simbólica de furos e ligações

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Parafusos

§ Forma da Cabeça (ISO1891)


Prismática,
Fenda,
Caixa,
outros
§ Haste ou Espiga (ISO4753)

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COMPONENTES NORMALIZADOS
CABEÇAS DE PARAFUSOS

Prismática

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Fenda

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COMPONENTES NORMALIZADOS
outros tipos

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Espiga

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Caixa

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Prismáticas para aperto com chave

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Para imobilização Para apertar à mão

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Pernos - haste cilíndrica roscada
em ambas as extremidades

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Anilhas

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Chavetas e Cavaletes

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Cavilhas e Troços

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Rebites

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COMPONENTES NORMALIZADOS
MOLAS

•Helicoidal
•Voluta
•Anilhas Elásticas
•Espiral
•Folha ou Lâminas

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Representação de
Molas (ISO 2162)

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Fixa
UNIÕES DE VEIOS

Elástica

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Cardan

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Embraiagens

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Chumaceira de escorregamento

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Engrenagens

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Representação de
Engrenagens

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Transmissão por
correntes

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Transmissão por correias dentadas

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Rolamentos

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COMPONENTES NORMALIZADOS

Representação
de Rolamentos

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Especificação de componentes
Parafuso Cabeça Hexagonal ISO4014 - M18x80 8.8

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COMPONENTES NORMALIZADOS
Freio de Imobilização ISO1234 - 4x20

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Cotagem
OBJECTIVOS
F Usar a cotagem para indicar a forma e a localização dos elementos de
uma peça;
F Selecionar criteriosamente as cotas a inscrever no desenho, tendo em
conta as funções da peça e os processos de fabrico;
F Escolher adequadamente a vista onde a cota deve ser inscrita, assim
como a sua orientação;
F Cotar desenhos com representações e aplicações diversas, como
sejam: vistas múltiplas, desenhos de conjunto e perspectivas;
F Aplicar as técnicas da cotagem a peças de geometria e complexidade
diversas, de modo a garantir a legibilidade, simplicidade e clareza do
desenho.

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Cotagem
• Aspetos Gerais da Cotagem
Aspetos fundamentais da aprendizagem da cotagem:
- Elementos da cotagem.
- Seleção das cotas a inscrever nos desenhos.
- Posicionamento das cotas.
Ø Elementos da cotagem

Símbolos Terminações (Setas)


f - Diâmetro.
R – Raio
· ! - Quadrado
SR – Raio esférico
Sf - Diâmetro esférico

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Cotagem
• INSCRIÇÃO DAS COTAS NOS DESENHOS
Ø Regras para a inscrição das cotas nos desenhos
1) As cotas indicadas nos desenhos são sempre as dimensões reais do objeto.
2) Os elementos da cotagem devem ser apresentados a preto.
3) As cotas devem ser apresentadas em caracteres de dimensão adequada.
4) Não pode ser omitida nenhuma cota necessária para a definição da peça.
5) 6) 7)

10
25
13
Preferível Ø

20

30
50
8
Ø 13

20
Aevitar 25 60

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Cotagem
• INSCRIÇÃO DAS COTAS NOS DESENHOS (CONT.)
8) As cotas devem 9) Cada elemento deve 11) As cotas devem ser
localizar-se o mais próximo ser cotado apenas uma posicionadas sobre a linha de
possível do pormenor a vez. cota, paralelas a esta, ou sempre
cotar na horizontal (permitido mas
25
menos usual).
25

0
Ø1 Ø1
0

Incorrecto Correcto

10) Podem inscrever-se


cotas auxiliares nos
desenhos.
4 x 15° (=60°)
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Cotagem
• INSCRIÇÃO DAS COTAS NOS DESENHOS (CONT.)
12) Os algarismos da cota não devem 14) Cotagem com linhas de cota
ficar sobrepostos ou separados com parciais
nenhum outro pormenor do desenho Ø300
Ø275
43 43
Ø250
Ø200

13) A unidade das cotas é o mm.

15) Cotas abaixo da linha de cota

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Cotagem
• ORIENTAÇÃO DAS COTAS

ØAs cotas são orientadas,


sempre, relativamente à legenda.

30
80
30

40

60
Legenda

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Cotagem
• COTAGEM DE FORMA
Ø

R15

R 120
R10
0

R400
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Cotagem

15
20 50
• COTAGEM DE POSIÇÃO

35
• Cotagem em paralelo • Cotagem em série

100
25

100
50
75 150 20 80 100

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Cotagem
• COTAGEM EM PARALELO COM LINHAS DE COTA SOBREPOSTAS

200
100

300
0

0 100 200 300

20 20 20
170

12
130

30 30
90

15
60

15 15 15
20
0

60
20
0

110

140

170

210

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Cotagem
• COTAGEM POR COORDENADAS

1 6 9

Furo Nº. X Y Diâmetro


3 1 20 170 20
2 20 20 15
3 60 130 12
5 8 4 60 60 15
5 110 90 30
6 140 170 20
4 7 140 20 15
8 170 90 30
9 210 170 20
10 210 20 15
2 7 10
Y

Usa-se quando na peça existem diversos elementos de forma e/ou dimensões idênticas

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Cotagem
• COTAGEM DE ELEMENTOS EQUIDISTANTES

5
4x Ø 1

15 5x18(=90)
70

18
17 x 18 (=306)

4 x 15° (=60°)
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Cotagem
• COTAGEM DE ELEMENTOS REPETIDOS

10
10

Ø
4 xØ10 x Ø

4x
4 4 x Ø 10

B 6x Ø 6
A

A B

B A
Referenciação
A= 3 x f12
B= 3 x f10
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Cotagem
• COTAGEM DE CHANFROS E FUROS ESCAREADOS
2 x 45° 2 x 45º
Ø15

Ø15
30°

2
OU

Ø15
Ø15

Ø13

2 x 45°

30° 2 x 45°

• Cotas fora de escala 50

40 10 20 30 5
Ø4

35
80
100

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• COTAS EM MEIAS VISTAS
Cotagem Ø 15

10
25
Ø 10
• Cotagem de contornos A Evitar
Ø 15
invisíveis

10
25
Ø 10
Recomendado
40 100
• Cotagem de vistas locais
e interrompidas
60

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Cotagem
• COTAGEM DE PERSPETIVAS

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Cotagem
• COTAGEM DE AJUSTAMENTOS OU MONTAGENS

Cota Ajust.

just.
Cota A

Cota Ajust.

Cota Ajust.
Cota Ajustamento

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Cotagem
• LINHAS DE REFERÊNCIA E ANOTAÇÕES
Recartilhado
8

• Cotagem funcional

Uma cota é funcional se é


essencial para a função da peça

30 20
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Cotagem
• COTAGEM DE DESENHOS DE CONJUNTO

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Cotagem
• SELECÇÃO DAS COTAS A INSCREVER NOS DESENHOS

§ Os processos de fabrico desempenham um papel


fundamental na seleção das cotas a inscrever num
desenho.
§ As cotas usadas na construcção dos modelos 3D, não são,
normalmente, as usadas para o fabrico das peças.
§ O conhecimento da função da peça é essencial para a
selecção das cotas.

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Cotagem
• EXEMPLO DE DISCUSSÃO E APLICAÇÃO
I J B I
C
20 160 20 F

10
0
2x R R2
20 0 R10
2x Ø 2

20
C K G
120

120
A

20

20
D 20
200.456 2x
R 20 Ø2
0
2x
A E
2 x Ø 20

120

20
40

H
60

200

60
0
R2
180 H 0
R2

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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
OBJECTIVOS
F Compreender a importância do toleranciamento dimensional para o
fabrico;
F Usar o sistema ISO de desvios e ajustamentos-Determinar o tipo de
ajustamento mais adequado em cada situação e caracterizá-lo;
F Ler e inscrever cotas toleranciadas nos desenhos;
F Conhecer a interação do toleranciamento com os processos de fabrico
e de verificação;
F Especificar o acabamento superficial das peças e indicá-lo nos
desenhos.

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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
-O toleranciamento dimensional destina-se a limitar os erros dimensionais no fabrico
das peças.
- Quanto maior é a precisão exigida, maior é o custo
- As tolerâncias especificadas podem condicionar o processo de fabrico a usar e vice-
versa
- Na prática, dimensões exatas não são possíveis nem necessárias.
- As tolerâncias e estados de superfície estão interligados.
- A correta e adequada especificação das tolerâncias é essencial para se garantir a
correta montagem de componentes.
Custo

29.980
29.959

30 f7
Tolerância
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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
• DEFINIÇÕES
Elemento – Uma característica ou pormenor individual da peça, como seja uma superfície, uma
reentrância, um cilindro, um furo ou uma linha de eixo.
Veio – Elemento interno que, numa montagem,
vai estar contido noutro elemento.
Furo – Elemento externo que, numa montagem,
vai conter outro elemento.
Tolerância (T) – É a quantidade que uma
dimensão especificada pode variar.
T = CMAX – CMIN

Zona de tolerância – Zona compreendida entre a cota máxima e a cota mínima.


Tolerância fundamental (IT) – Classe de qualidade de acordo com o sistema ISO de desvios e
ajustamentos.
Desvio fundamental – É a posição da zona de tolerância em relação à linha de zero.
Classe da tolerância – Termo usado para designar a combinação de uma tolerância fundamental com
um desvio fundamental, (Exemplo h8 ou G10).

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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
• DEFINIÇÕES (CONT.)
Cota Máxima (CMAX, cmax) – Dimensão máxima permitida ao elemento.
Cota Mínima (CMIN, Cmin) – Dimensão mínima permitida ao elemento.
Cota Nominal (CN,cn) – Cota não toleranciada inscrita nos desenhos.
Desvio Superior (ES, es) -
Desvio Inferior (EI, ei) -
Linha de zero - É uma linha que, na representação gráfica dos desvios e ajustamentos, representa
a cota nominal e em relação à qual os desvios são definidos.

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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
• SISTEMA ISO DE TOLERÂNCIAS LINEARES
O valor da tolerância depende de três factores:
1) Cota nominal.
2) Qualidade.
3) Posição da zona de tolerância em relação à linha de zero (importante
nas montagens)

• Classes de qualidade IT
- A norma ISO 286-1 define 20 classes de tolerâncias fundamentais:
IT01, IT0, IT1, ...IT18
- Todas as cotas pertencentes à mesma classe têm o mesmo grau de precisão
independentemente da cota nominal.

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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
•Processos de fabrico vs.
• APLICAÇÃO DAS CLASSES DE classes de tolerância
TOLERÂNCIA FUNDAMENTAIS
Qualidade IT
Processo
Classe de 4 5 6 7 8 9 10 11
Utilização
Qualidade Polimento
01 a 4 Instrumentos de verificação Esmerilamento
(calibres, padrões, etc.). Torneamento para
acabamento
5e6 Construção mecânica de grande
precisão. Rectificação
Brochagem
7e8 Construção mecânica cuidada.
Mandrilagem
9 a 11 Construção mecânica corrente.
Torneamento
12 a 18 Construção mecânica grosseira
Boreamento
(laminagem, estampagem,
fundição, forjamento). Fresagem

Furação
Fundição injectada
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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
• VALORES DA TOLERÂNCIA FUNÇÃO DA QUALIDADE IT
Cota CLASSES DE QUALIDADE
Nominal
(mm) IT1 IT2 IT3 IT4 IT5 IT6 IT7 IT8 IT9 IT10 IT11 IT12 IT13 IT14 IT15 IT16 IT17 IT18

De Até Tolerância
> £
µm mm
1 3 0.8 1.2 2 3 4 6 10 14 25 40 60 0.1 0.14 0.25 0.4 0.6 1 1.4
3 6 1 1.5 2.5 4 5 8 12 18 30 48 75 0.12 0.18 0.3 0.48 0.75 1.2 1.8
6 10 1 1.5 2.5 4 6 9 15 22 36 58 90 0.15 0.22 0.36 0.58 0.9 1.5 2.2
10 18 1.2 2 3 5 8 11 18 27 43 70 110 0.18 0.27 0.43 0.7 1.1 1.8 2.7
18 30 1.5 2.5 4 6 9 13 21 33 52 84 130 0.21 0.33 0.52 0.84 1.3 2.1 3.3
30 50 1.5 2.5 4 7 11 16 25 39 62 100 160 0.25 0.39 0.62 1 1.6 2.5 3.9
50 80 2 3 5 8 13 19 30 46 74 120 190 0.3 0.46 0.74 1.2 1.9 3 4.6
80 120 2.5 4 6 10 15 22 35 54 87 140 220 0.35 0.54 0.87 1.4 2.2 3.5 5.4
120 180 3.5 5 8 12 18 25 40 63 100 160 250 0.4 0.63 1 1.6 2.5 4 6.3
180 250 4.5 7 10 14 20 29 46 72 115 185 290 0.46 0.72 1.15 1.85 2.9 4.6 7.2
250 315 6 8 12 16 23 32 52 81 130 210 320 0.52 0.81 1.3 2.1 3.2 5.2 8.1
315 400 7 9 13 18 25 36 57 89 140 230 360 0.57 0.89 1.4 2.3 3.6 5.7 8.9
400 500 8 10 15 20 27 40 63 97 155 250 400 0.63 0.97 1.55 2.5 4 6.3 9.7
500 630 9 11 16 22 32 44 70 110 175 280 440 0.7 1.1 1.75 2.8 4.4 7 11
630 800 10 13 18 25 36 50 80 125 200 320 500 0.8 1.25 2 3.2 5 8 12.5
800 1000 11 15 21 28 40 56 90 140 230 360 560 0.9 1.4 2.3 3.6 5.6 9 14
Cópia para fins estritamente pedagógicos –
1000 1250 13 18 24 33 47 66 105 art.75. Cap. II. Lei 45/85. 17/Set-CDA.DC
165 260 420 660 1.05 1.65 2.6 4.2 6.6 10.5 16.5
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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
• POSIÇÃO DOS DESVIOS
FUNDAMENTAIS PARA FUROS
E VEIOS

• 28 Classes – ISO 286-1


Furos - A B C CD D
E EF F FG G H J JS
KMNPRSTUV
X Y Z ZA ZB ZC
Veios - a b c cd d e ef
f fg g h j js k m n p r s
t u v x y z za zb zc
Cópia para fins estritamente pedagógicos – art.75. Cap. II. Lei 45/85. 17/Set-CDA.DC

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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
• TABELAS DOS DESVIOS (EXEMPLO DE PARTE DA TABELA PARA VEIOS)

Cota Nominal Desvio Superior es (Valores em µm)


(mm) a b c cd d e ef f fg g h js
De > Até £ Todas as classes de qualidade
- 3 -270 -140 -60 -34 -20 -14 -10 -6 -4 -2 0

Desvios Simétricos: ei=-IT/2 es=IT/2


3 6 -270 -140 -70 -46 -30 -20 -14 -10 -6 -4 0
6 10 -280 -150 -80 -56 -40 -25 -18 -13 -8 -5 0
10 14
-290 -150 -95 -50 -32 -16 -6 0
14 18
18 24
-300 -160 -110 -65 -40 -20 -7 0
24 30
30 40 -310 -170 -120
-80 -50 -25 -9 0
40 50 -320 -180 -130
50 65 -340 -190 -140
-100 -60 -30 -10 0
65 80 -360 -200 -150
80 100 -380 -220 -170
-120 -72 -36 -12 0
100 120 -410 -240 -180

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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
• INSCRIÇÃO DAS TOLERÂNCIAS NOS DESENHOS

Simbologia ISO 30 f7 Cota nominal e 0


30 -0.2
desvios
Simbologia ISO -0.020 Cota nominal e
e desvios
30 f7 -0.041 30±0.1
desvios simétricos
Simbologia ISO +29.980
29.980
e cotas limites
30 f7 +29.958 Cotas limites
29.959
Cota nominal e -0.020 Cota limite numa 30.5 min.
os desvios 30 -0.041
direcção

-Quando são indicados os dois desvios, estes devem ter, obrigatoriamente, o


mesmo número de casas decimais, excepto se um dos desvios é zero.
- Os desvios, ou a tolerância, devem obrigatoriamente ser indicados no mesmo
sistema de unidades da cota.
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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
• INDICAÇÃO DE TOLERÂNCIAS EM • Indicação de tolerâncias
DESENHOS DE CONJUNTO angulares

30° +0º0'15''
-0º0'30''

Ø30 H7/h6
15°±0.25'

59° 48' ± 0º0'30''


Ø30 H7
h6

15.10°
14.90°

Ø30 F7+0.041
+0.020

Ø30 h6 0-0.013
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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
AJUSTAMENTOS
TIPOS DE AJUSTAMENTOS (MESMA COTA NOMINAL PARA VEIO E FURO):
• ajustamento com folga → CMIN > cmax
• ajustamento com aperto → CMAX < cmin
• ajustamento incerto

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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
AJUSTAMENTOS
TIPOS DE AJUSTAMENTOS:

• ajustamento com folga → CMIN > cmax


• ajustamento com aperto → CMAX < cmin
• ajustamento incerto

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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
AJUSTAMENTOS: FOLGAS E APERTOS
• folga máxima → Fmax = CMAX – cmin = ES – ei
• folga mínima → Fmin = CMIN – cmax = EI – es
• aperto máximo → Amax = cmax – CMIN = es – EI
• aperto mínima → Amin = cmin – CMAX = ei – ES

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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
AJUSTAMENTOS: TOLERÂNCIA E CLASSE

• Tolerância do ajustamento → Taj = t+T


Taj = FMAX – Fmin
Taj = AMAX – Amin

• Classe do ajustamento → resulta da combinação de


uma classe de tolerâncias para furos com uma classe
de tolerância para o veio (ex: H7/u6)

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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
CLASSES DE TOLERÂNCIAS RECOMENDADAS EM AJUSTAMENTOS

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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
AJUSTAMENTOS RECOMENDADOS
• sistema de furo normal (sistema mais usual) → Baseado num
furo com desvio fundamental na posição H
• sistema de veio normal → Baseado num veio com desvio
fundamental na posição h

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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
AJUSTAMENTOS RECOMENDADOS (PARA SISTEMA DE FURO NORMAL)

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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
AJUSTAMENTOS RECOMENDADOS

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TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL
TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL GERAL – ISO 2768
• Escolher classe e indicar na legenda ou junto da legenda
→ Exemplo: ISO 2768-m

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO

OBJECTIVOS
F Identificar os símbolos geométricos e aplicá-los convenientemente no
toleranciamento das peças.
F Compreender as vantagens da utilização do toleranciamento geométrico, em
conjunto com o dimensional;
F Conhecer os princípios gerais do toleranciamento e a as vantagens da sua
aplicação no toleranciamento das peças.

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• INTRODUÇÃO

- O toleranciamento dimensional apenas permite limitar os


erros dimensionais.
- O toleranciamento geométrico permite limitar erros de forma, de
orientação e localização dos elementos.
- Filosofia de projecto, baseada em tolerâncias o mais elevadas possível,
sem prejudicar a montagem e a funcionalidade.
- Linguagem da qual fazem parte símbolos, referenciais, modificadores,
princípios e conceitos.

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL VS. TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO

O Toleranciamento dimensional não é suficiente para garantir a montagem de peças

O toleranciamento
dimensional é
verificado,
no entanto
a montagem
não é possível.

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• DEFINIÇÕES

Elemento - Termo geral aplicado a uma porção física da peça,


como seja uma superfície, ou furo.

Elemento dimensional – Corresponde a uma cota,


associada a um elemento ou conjunto de elementos.

Referencial – Termo usado para o elemento em relação ao qual é


definida uma tolerância geométrica.

Zona de tolerância – Área ou volume definidos a partir dos valores


das tolerâncias geométricas inscritas no desenho.

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• SÍMBOLOS GEOMÉTRICOS
CLASSE SÍMBOLO CARACTERÍSTICA INDICAÇÃO DO
TOLERANCIADA REFERENCIAL
Rectilismo
Planeza
NUNCA
Circularidade
FORMA
Cilindricidade

Forma de um contorno
PODEM USAR
Forma de uma superfície
Paralelismo
ORIENTAÇÃO Perpendicularidade SEMPRE
Angularidade
Posição
LOCALIZAÇÃO Concentricidade ou coaxialidade SEMPRE
Simetria
Batimento circular
BATIMENTO SEMPRE
Batimento total

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• SÍMBOLOS GEOMÉTRICOS E OS PROGRAMAS DE CAD PARAMÉTRICOS

- Muitos dos símbolos geométricos são usados nos programas de


CAD paramétricos, tais como Solid Works, Solid Edge, Mechanical Desktop
ou ProEngineer.

- Importante a sua utilização, especialmente quando equipamentos


automáticos são usados no fabrico das peças.

- Permitem desenhar de uma forma rigorosa, sem ambiguidades


geométricas as peças.

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• INSCRIÇÃO DAS TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS NOS DESENHOS

- Um rectângulo contendo o símbolo


- Um rectângulo contendo o valor da tolerância em mm
- Um ou mais rectângulos indicando referenciais (Letras maiúsculas)
- Modificadores (Letras maiúsculas dentro de um circulo )
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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO DOS ELEMENTOS

1) Arestas ou superfícies
Seta aponta para o elemento ou para linha
de chamada no prolongamento deste.

2) Eixos ou linhas de centro


a) Método indireto b) Método Direto
Seta aponta para o prolongamento da linha de cota Seta aponta diretamente para o eixo

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• REFERENCIAIS

- Algumas das relações geométricas são definidas para um elemento, relativamente


a outro elemento (referencial).
Identificação do referencial Identificação do referencial
de forma direta através de uma letra

- Triângulo que identifica o elemento do referencial, pode não ser a negrito.


- A letra que identifica o referencial é maiúscula, e deve estar no interior de um
rectângulo.
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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• MÚLTIPLOS REFERENCIAIS

a) Referencial Singular
b) Referencial Composto
c) Vários referenciais
em que a ordem é importante
d) Vários referenciais em que
a ordem não é importante

Nalgumas situações a ordem dos referenciais


condiciona os resultados obtidos, podendo
prejudicar a funcionalidade da peça

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• MÚLTIPLOS REFERENCIAIS (CONTINUAÇÃO)
c) Ordem dos referenciais é importante

Prioridade é da esquerda para a direita


- Referencial Primário (B) –
Contacto em pelo menos 3 pontos
- Referencial Secundário (C)
Contacto em pelo menos 2 pontos
- Referencial Terciário (A)
Contacto em pelo menos 1 ponto

Definição dos referencias também


é importante para as operações
de maquinagem e de verificação
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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• MODIFICADORES
Símbolos complementares aos símbolos geométricos,
associados a princípios ou conceitos.
TERMO SÍMBOLO NORMA
Princípio do Máximo M ISO 2692
Material

Princípio do Mínimo L ISO 2692-Amd. 1


Material

Envolvente E ISO 8015

Zona da Tolerância P ISO 1101


Projectada ISO 10758

Æ
Símbolo de diâmetro é um modificador especial, o único
Diâmetro
que não é circunscrito por um círculo.

São aplicados ao valor da tolerância e/ou ao referencial


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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• COTAS TEORICAMENTE EXATAS

- Cotas a partir das quais é definida uma zona de tolerância

Importantes no toleranciamento geométrico de posição e de angularidade

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• ZONA DE TOLERÂNCIA PROJETADA

Zona de tolerância é aplicada


a uma projecção externa do
elemento

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
Ø RECTILISMO
Zona de tolerância Plana Paralelepipédica Cilíndrica

Indicação nos
desenhos

Interpretação

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
Planeza
Indicação nos
Interpretação
Desenhos

Zona de tolerância é limitada por dois planos paralelos

Circularidade

Indicação nos
Interpretação
Desenhos

Zona de tolerância é limitada por dois círculos concêntricos,


para qualquer plano perpendicular ao eixo
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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
Ø CILINDRICIDADE

Indicação nos Zona de tolerância é limitada por


Desenhos dois cilindros coaxiais

Interpretação

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
Ø FORMA
Forma de um contorno

Indicação nos Interpretação


Desenhos

Forma de uma superfície


Indicação nos
Interpretação
Desenhos

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
Ø Paralelismo Indicação nos desenhos Interpretação
Zona de
tolerância

Plana
Idêntico ao caso anterior, mas para
duas direções perpendiculares

Paralelepipédica

Cilíndrica

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
Ø Perpendicularidade
Definição Indicação nos desenhos Interpretação
1) De uma linha relativamente a outra linha

2) De uma superfície relativamente a uma linha

3) De uma superfície relativamente a outra superfície

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
Ø Perpendicularidade (Cont.)
4) De uma linha relativamente a uma superfície
Zona de tolerância Indicação nos desenhos Interpretação

Plana

Idêntica ao caso anterior,


Paralelepipédica mas em duas direções

Eixo deve estar contido


num cilindro de diâmetro
Cilíndrica
0.1 mm.
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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
Ø Angularidade
Definição Indicação nos desenhos Interpretação
1) De uma linha relativamente a outra linha, ambas no mesmo plano

2) De uma linha num plano relativamente a outra linha noutro plano

A linha toleranciada é projetada no plano definido pela linha de referência


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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
Ø Angularidade (Cont.)
Definição Indicação nos desenhos Interpretação
3) De uma linha relativamente a uma superfície

4) De uma superfície relativamente a uma linha

5) De uma superfície relativamente a outra superfície

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
Ø Posição
Definição Indicação nos desenhos Interpretação
1) Tolerância de posição de um ponto

2) Tolerância de posição de uma superfície ou plano médio

As zonas de tolerância, para a tolerância geométrica de posição são sempre definidas


simetricamente em relação às posições de referência teoricamente exactas.
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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
Ø Posição (Cont.)
3) Tolerância de posição de uma linha
Zona de tolerância Indicação nos desenhos Interpretação

Plana

Paralelepipédica

Cilíndrica

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
Ø Concentricidade ou coaxialidade
Definição Indicação nos desenhos Interpretação
1) Concentricidade de um ponto

2) Coaxialidade de um eixo

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
Ø Simetria
Definição Indicação nos desenhos Interpretação
1) Simetria de um plano médio

2) Simetria de uma linha ou eixo

Numa direção

Em duas direções

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
Ø Batimento circular
§Tolerâncias “dinâmicas”, que se aplicam a peças de revolução e implicam
rotações completas em torno dos seus eixos.
§ Tolerâncias geométricas compostas, que controlam simultaneamente a forma
e a localização dos elementos em relação aos referenciais.

1) Batimento circular- Radial


Definição Indicação nos desenhos Interpretação

Cada secção transversal


Cópia para fins estritamente pedagógicos – art.75. Cap. II. Lei 45/85. 17/Set-CDA.DC é verificada autonomamente
Carlos Pires 25/11/2017 106
TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
Ø Batimento circular (Cont.)
Definição Indicação nos desenhos Interpretação
2) Batimento circular- Axial

3) Batimento circular em qualquer direcção

Cópia para fins estritamente pedagógicos – art.75. Cap. II. Lei 45/85. 17/Set-CDA.DC

Carlos Pires 25/11/2017 107


TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
Ø Batimento total
O batimento total é verificado simultaneamente para todas as secções transversais da peça.

Definição Indicação nos desenhos Interpretação


1) Batimento Total – Radial

2) Batimento Total – Axial

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS DE VERIFICAÇÃO

Circularidade Coaxialidade

Software para tratamento


Circularidade dos dados obtidos
Cópia para fins estritamente pedagógicos – art.75. Cap. II. Lei 45/85. 17/Set-CDA.DC

Carlos Pires 25/11/2017 109


TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• TÉCNICAS E EQUIPAMENTOS DE VERIFICAÇÃO (CONT.)

Equipamentos usam sensores


mecânicos, acústicos ou ópticos (laser).

A verificação na maior parte das situações é


estatística (Apenas algumas peças de
um lote são verificadas).
Alguns destes equipamentos também são usados para verificação do
toleranciamento dimensional e medição de rugosidades das superfícies
Cópia para fins estritamente pedagógicos – art.75. Cap. II. Lei 45/85. 17/Set-CDA.DC

Carlos Pires 25/11/2017 110


TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• PRINCÍPIO DA INDEPENDÊNCIA - ISO 8015
§ Quando tolerâncias dimensionais e geométricas são especificadas
simultaneamente num desenho, estas devem ser verificados
independentemente, exceto se alguma indicação em contrário for inscrita
no desenho, tais como os modificadores ou .
Indicação nos desenhos

Interpretação

Independentemente do valor das


cotas locais dos elementos, as
variações geométricas admissíveis
são constantes.
Cópia para fins estritamente pedagógicos – art.75. Cap. II. Lei 45/85. 17/Set-CDA.DC

Carlos Pires 25/11/2017 111


TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• PRINCÍPIO DO MÁXIMO MATERIAL

§A aplicação do Princípio do máximo Material , facilita o fabrico ao permitir


tolerâncias mais elevadas, sem no entanto, prejudicar a montagem.
§ Cota virtual não pode ser violada (Ver definição).
§ Pode ser aplicado aos elementos e/ou aos referenciais.
§ Da aplicação do princípio do máximo material resulta, uma Tolerância de
Bónus, a qual não prejudica a montagem, e facilita o fabrico.

Cópia para fins estritamente pedagógicos – art.75. Cap. II. Lei 45/85. 17/Set-CDA.DC

Carlos Pires 25/11/2017 112


TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• PRINCÍPIO DO MÁXIMO MATERIAL (CONT.)

ØDefinições
Condição de máximo material (CMM)– Quando aplicada a um elemento significa que esse
elemento tem a maior quantidade possível de material, permitido pelo toleranciamento
dimensional. Ou seja Elementos externos (veios) estão à cota máxima, e elementos internos
(furos) estão à cota mínima.
Condição de máximo material (CmM)– Mesma descrição que para a CMM, mas agora para a
mínima quantidade de material.
Condição Virtual (CV) – Corresponde à fronteira limite de um elemento geometri-camente
perfeito, obtida a partir das cotas e tolerâncias inscritas no desenho.
No caso de um elemento externo corresponde à soma da cota na situação de máximo material
(cota máxima) + valor das tolerâncias geométricas inscritas no desenho. Outra interpretação
deste conceito: Dimensão de um “Calibre geométrico”, no qual a peça fosse introduzida com
folga nula.
Cota de ajustamento para um elemento externo – É a cota mínima do elemento
geometricamente perfeito, que circunscreve o elemento considerado.

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• PRINCÍPIO DO MÁXIMO MATERIAL (CONT.)

Calibre Geométrico

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• PRINCÍPIO DO MÁXIMO MATERIAL (CONT.)
APLICAÇÃO À TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA DE PERPENDICULARIDADE

Indicação nos desenhos Interpretação

Cotas locais: entre


19.9 e 20 mm

Cota virtual=
Na condição de máximo material,
Cota máxima (20mm)+
f=20mm e Tol. Geom.
Tol. Geom. Perp. (0.2 mm)
Perpendicularidade=0.2 mm
= 20.2 mm

Para veio à cota mínima (19.9mm), a tolerância de perpen-


dicularidade pode aumentar 0.1 mm (Tol. Bónus), sem
prejudicar os requisitos funcionais.
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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• PRINCÍPIO DO MÁXIMO MATERIAL
APLICAÇÃO À TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA DE POSIÇÃO
Indicação nos desenhos

Interpretação
Se a localização de furos e pinos fosse exata ocorreria
sempre folga. Folga mínima=0.2 mm.
Cota virtual (Furos)=ffuro(CMM)-Tol. Geom.= 8.1-0.1=8mm
Cota virtual (pinos)=fpino(CMM)+Tol. Geom.= 7.9+0.1=8mm
Como a cota virtual não pode ser violada,
existe sempre folga.
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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• PRINCÍPIO DO MÁXIMO MATERIAL
APLICAÇÃO À TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA DE POSIÇÃO (CONT.)
Interpretação – Passo 2

Condição virtual é obtida,


posicionando o centro dos furos e
pinos, nos limites da zona de
tolerância, para a CMM.
A Condição virtual define a
fronteira nas qual furos e pinos
devem estar contidos.
Furos

Pinos
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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• PRINCÍPIO DO MÁXIMO MATERIAL
APLICAÇÃO À TOLERÂNCIA GEOMÉTRICA DE POSIÇÃO (CONT.)

Furos Interpretação – Passo 3


Como a tolerância geométrica de posição é
definida para a CMM, quando furos e pinos
não estão na CMM, a tolerância de posição
aumenta.

A tolerância de posição é máxima, na


situação em que ambos estão na condição
Pinos de mínimo material.

Na situação correspondente aos furos e


pinos na condição de mínimo material, e
com tolerâncias de posição máximas,
verifica-se que, ainda é possível, a
montagem com folga.

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• PRINCÍPIO DO MÁXIMO MATERIAL
APLICAÇÃO AOS REFERENCIAIS
Indicação nos desenhos

Interpretação

§ As dimensões locais
dos furos de f=8 mm,
devem estar entre 8.1
e 8.2 mm.
§ Como a posição dos
furos é toleranciada
geometricamente, as
cotas de localização
dos furos são
teoricamente exactas.
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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
•PRINCÍPIO DO MÁXIMO MATERIAL
APLICAÇÃO AOS REFERENCIAIS (CONT.)
Sem modificador aplicado Com modificador aplicado
ao referencial ao referencial

Cota virtual=8.1-0.1=8mm Tolerância de localização do furo de


Diâmetro dos furos de f=8mm, está entre f=10mm, situa-se entre 0mm (CMM) e
8.1mm (CMM) e 8.2mm (CmM). 0.2mm (CmM)
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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• PRINCÍPIO DA ENVOLVENTE
§ Aplica-se a elementos dimensionais individuais.
§ A envolvente do elemento que corresponde à sua forma geometricamente
perfeita na situação de máximo material não pode ser violada.
Indicação nos desenhos Interpretação
§ A envolvente do elemento, que
corresponde à sua forma
geometricamente perfeita na situação de
máximo material. não pode ser violada.

§ A superfície do veio não pode


ultrapassar o cilindro envolvente
geometricamente perfeito para a
situação de máximo material, o que
implica que, se o veio está na situação
de máximo material, então tem de ser
geometricamente perfeito.

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• TOLERÂNCIA DE BÓNUS
DEFINIÇÃO: Tolerância adicional que se obtém da aplicação do principio
do máximo material ou da envolvente.
Indicação nos desenhos Interpretação § Quando a peça não
está na CMM, obtém-
se uma tolerância de
bónus adicional.
§ Sem modificador,
Tol. Total é sempre
igual a 0.2 mm.

Dimensão Real (mm) Tolerância de Tolerância de Bónus Tolerância Total


rectilismo
15.2 (máximo material) 0.2 0 0.2
15.1 0.2 0.1 0.3
15.0 (mínimo material) 0.2 0.2 0.4
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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• REGRAS PARA A APLICAÇÃO DO TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO

q PRECISÃO: Peças ou elementos são especificados de uma forma


mais precisa e rigorosa
q MONTAGEM: A aplicação dos princípios do toleranciamento é fundamental, de modo a
que, sem prejudicar a montagem, se obtenham tolerâncias mais elevadas, reduzindo os
custos de fabrico.
q PEÇAS OU ELEMENTOS A APLICAR:
1) O toleranciamento geométrico não deve ser aplicado indiscriminadamente (não deve ser
especificado, por exemplo, para elementos cujos erros geométricos não prejudiquem a
sua função)
2) Devem ser especificados com rigor para peças montadas, como por exemplo peças
móveis de um motor, tais como, cilindros e êmbolos.
q PROCESSO DE FABRICO: As tolerâncias especificadas não obrigam à utilização de um
determinado processo de fabrico, podendo no entanto, em certos casos condicionar o/os
processo de fabrico a usar.
q CONTROLO DE QUALIDADE E INSPECÇÃO: O toleranciamento geométrico facilita a
inspecção das peças fabricadas.

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• ESPECIFICAÇÃO

1) Especificar a função das peças ou elementos. Esta é a parte mais importante,


podendo certas funções da peça ser inviabilizadas devido a erros geométricos
não considerados.
2) Listar as funções por ordem de prioridade.
3) Definir os referenciais. Estes são baseados nas funções das peças ou
elementos. Um referencial pode ser usado para vários tipos de
toleranciamento geométrico.
4) Especificar os controlos geométricos a usar. Começar da tolerância geométrica
menos restritiva para a mais restritiva.
5) Especificar os valores das tolerâncias. Note-se que estes valores condicionam
os custos de fabrico, devendo ser criteriosamente definidos.

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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• EXEMPLO 1
Indicação nos desenhos Requisitos funcionais

§ Todas as cotas locais do elemento


toleranciado deve estar compreendidas
entre 11.95 e 12 mm.
§ Todas as cotas locais do elemento de
referência devem estar entre 24.95 e
25mm.
§ O principio do máximo material é
aplicado ao elemento toleranciado e ao
referencial.
§ O princípio da envolvente é aplicado
ao elemento que serve de referencial.

Cota virtual do elemento toleranciado:


= 12 mm (CMM)+ 0.04 (Tol. Concentricidade)=12.04 mm
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TOLERANCIAMENTO GEOMÉTRICO
• EXEMPLO 1 (CONT.)
Interpretação- Passos 1 e 2
1) Na condição de máximo material o
elemento toleranciado não pode violar
a condição virtual.
2) Estando o elemento de referência na
condição de máximo material a zona
de tolerância para o seu eixo é de
0mm.
3) No caso do elemento toleranciado
estar na condição de mínimo material,
a sua tolerância de coaxialidade é de
0.09 mm.
4) Quando o elemento da esquerda tem
um diâmetro inferior à cota máxima, a
zona de tolerância para o seu eixo
está entre 0 e 0.05 mm.

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BIBLIOGRAFIA

DESENHO TÉCNICO BÁSICO (SIMÕES MORAIS)

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