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CAMPINAS
2016
ALEXANDRE SANTA BARBARA AZEVEDO
CAMPINAS
2016
BANCA EXAMINADORA
One of the problems affecting the blowing process and the integrity of polyethylene
terephthalate (PET) packaging is the origin and age of the preform. In this project, the
influence of time, temperature and relative humidity of the storage environment on the
preform aging process and the influence of these variables on the properties of the
preform and their performance in bottle formation were evaluated. Preforms were
stored in separate chambers containing saturated salt solutions of MgNO 3 (50-60%
RH), NaNO3 (65-70% RH) and KCl (80-85% RH) and different temperature conditions
(23±2oC and 32,3±0,5ºC). Preforms were evaluated during 210 days and showed a
significant difference at 5% probability level in the elastic expansion volume, both for
time and storage conditions. Preforms stored at 32,3±0,5ºC and relative humidity of
80 to 85% after 210 days, presented the lowest expansion volumes (1.5 L) at the end
of the free blow, but still can be considered satisfactory for the blowing of bottles.
There was no significant statistical variation in the intrinsic viscosity of the preforms,
both for the time and for the different storage conditions. Acetaldehyde concentration
in preforms decreased to approximately half the initial concentration after 30 days of
storage. This difference over the 210 days was significant at the 5% probability level
only for time. In burst pressure test after 210 days of storage, preforms started to burst
with pressures of 106 Pa (10 bar), lower than the values of 30 and 90 days. X-ray
Diffractometry indicated that the preforms stored in the different temperature and
humidity conditions did not undergo modifications in their structure and molecular
organization, maintaining its predominantly amorphous structure.
Figura 10. Câmara de estocagem das preformas e placa de acrílico utilizada para
separar as preformas da solução salina.....................................................................54
Figura 12. Equipamento AgrTopWave Preform Quality Tester PQT 5500 utilizado para
realização dos ensaios de expansão elástica............................................................56
Figura 13. Indicação das regiões para determinação da espessura nas embalagens
PET...........................................................................................................................59
Figura 14. Intervalo de confiança de 95% da distribuição das médias dos volumes de
expansão elástica em relação à câmara de estocagem.............................................60
Figura 15. Estiramento das preformas sopradas livremente no AgrTop Wave Preform
Quality.......................................................................................................................62
Figura 19. Garrafa soprada a partir de preforma estocada durante 210 dias na
Câmara 6 (32,3±0,5°C, 80-85%UR), submetida ao teste de resistência ao estouro
(Burst Test)................................................................................................................68
Tabela 5: Viscosidade intrínseca (dL/g) das embalagens PET sopradas a partir das
preformas armazenadas em diferentes condições de temperatura e umidade relativa,
ao longo do tempo de estocagem de 210 dias...........................................................64
Tabela 7: Pressão de estouro (bar) das embalagens PET sopradas a partir das
preformas armazenadas sob diferentes condições ao longo do tempo do
experimento...............................................................................................................68
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 13
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................... 22
2.1 Poli(etileno tereftalato) (PET) ....................................................................... 22
2.2 A embalagem de PET .................................................................................. 25
2.3 Transformação de resinas de PET ............................................................... 28
2.3.1. Importância da secagem de resinas higroscópicas ........................... 28
2.3.2 Processos de transformação de embalagens.................................... 32
2.4 Redução de peso em embalagens de PET .................................................. 40
3. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................... 53
3.1 Experimento ................................................................................................. 53
3.2 Ensaios de Expansão Elástica ..................................................................... 56
3.3 Análise da Viscosidade Intrínseca ................................................................ 57
3.4 Teste de Acetaldeído.................................................................................... 58
3.5 Teste de resistência ao estouro (Burst Test) ................................................ 58
3.6 Determinação da espessura das embalagens.............................................. 58
3.7 Difratometria de raios-X................................................................................ 59
3.8 Análise estatística dos dados ....................................................................... 59
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 60
4.1 Ensaio de expansão elástica .......................................................................... 60
4.2 Viscosidade intrínseca.................................................................................... 63
4.3 Acetaldeído .................................................................................................... 64
4.4 Teste de resistência ao estouro (Burst Test) .................................................. 66
4.5 Análise da distribuição de espessura das embalagens sopradas .................. 69
4.6 Difratometria de raio-x .................................................................................... 71
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES ................................................................ 73
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 77
ANEXO ...................................................................................................................... 85
13
1. INTRODUÇÃO
processo de estiramento, o polímero não oferecerá todo o seu potencial, sendo que o
maior grau de cristalinidade ocorre a aproximadamente 190°C (EASTMAN, 1987).
No estado amorfo, o PET amolece a temperaturas superiores a 70°C,
dependendo do grau do polímero, mais ou menos em temperaturas mais próximas da
temperatura de transição vítrea, entre 90 e 110°C. O PET na forma de grãos é semi-
cristalino, já na forma de preforma é mais amorfo e nas embalagens finais o estado é
orientado ou bi-orientado, porém ainda com certo grau de cristalinidade para equilibrar
as propriedades mecânicas da embalagem, principalmente de volumes acima de
2.000 mL. O PET de elevada cristalinidade apresenta temperatura de fusão de
aproximadamente 270°C; resistência à tração de 1.760 a 2.530 kgf/cm2 para orientado
e, aproximadamente 560 kgf/cm2 para não orientado (COFFMAN, 1988).
Nos últimos 15 anos foi o polímero que mais se desenvolveu nos
segmentos de embalagem devido às características importantes que possui para uso
em embalagens, tais como:
de sopro, e isso não é regra geral. Estudos tem demonstrado que esse período de
estocagem contribui para o alívio das tensões causadas pelo processo de injeção e
serve para equilibrar as regiões amorfas e cristalinas do polímero. O aquecimento das
preformas para o sopro é feito através de lâmpadas com radiação infravermelho em
fornos rotativos ou contínuos que promovem aquecimento homogêneo nas preformas
(KRUPP, 1987).
A diferença de qualidade entre uma embalagem de PET e uma embalagem
de outro polímero, como, por exemplo, o policloreto de vinila (PVC) e o polietileno de
alta densidade (PEAD) é dada também pelo tipo de sopro utilizado. Isto porque, a
orientação proporcionada pela bi-orientação confere características positivas quanto
ao peso, permeabilidade aos gases, resistência a impactos e resistência química,
permitindo a produção de embalagens com ótima relação (baixo peso/baixa
espessura) e excelentes propriedades mecânicas. O processo em 3 estágios é muito
pouco difundido e consiste na extrusão contínua de um tubo de PET, que
posteriormente é fracionado em pequenas partes com tamanho semelhante a uma
correspondente preforma. Em um segundo passo, estes pedaços de tubo são
trabalhados em outro equipamento de maneira a se tornarem verdadeiras preformas.
A seguir, no terceiro passo, os preformados são aquecidos, estirados e soprados em
um equipamento de sopro à parte, adquirindo a forma final desejada. Nos processos
de um e três estágios, alguns problemas são evidentes. Em um estágio o equipamento
torna o processo inflexível e de baixa produtividade para embalagens de volumes
elevados. O processo em três estágios é muito complexo e trabalhoso, apresentando
muitas variáveis a serem ajustadas no decorrer da operação (ICI,1988).
Para embalagens de pequenos volumes e de aplicações específicas e que
requeiram qualidade na aparência, brilho e acabamento, o processo em um estágio é
o mais recomendado. Já para embalagens de volumes maiores e destinadas ao
mercado de águas minerais e refrigerantes carbonatados, o melhor é o processo em
dois estágios, principalmente pela elevada produtividade. Para refrigerantes
carbonatados deve-se considerar alguns aspectos de desenho das embalagens, pois
a resistência à pressão interna, ao impacto em queda livre, às possíveis deformações
após o enchimento e ao manuseio, importantes para o consumidor durante o consumo
das bebidas. Nesse caso as embalagens mais recomendadas apresentam corpo
cilíndrico e ou próximo ao cilíndrico com fundo “petalóide” para níveis de carbonatação
até 4,2 volumes de CO2. Para volumes de gás acima de 5,0 mL/L é recomendado
20
embalagens com corpo cilíndrico e fundo hemisférico acoplado a uma base de apoio.
No caso do processo de dois estágios, a estocagem prolongada de preformas pode
trazer alguns transtornos durante as etapas de estiramento e sopro como será descrito
a seguir (EASTMAN, 1987).
O histórico das preformas destinadas à embalagens para bebidas
carbonatadas exerce influência significativa na etapa de sopro, na estabilidade
dimensional da embalagem, na resistência mecânica, nas propriedades de barreira e
nas resistências ao empilhamento e à queda livre. As preformas devidamente
estocadas (tempo, temperatura e umidade relativa) favorecem a etapa de sopro,
proporcionando boa capacidade de absorção de calor no aquecimento e boa
distribuição de espessura durante o estiramento e sopro (DETROIS, STEINBAUER,
2012).
A produção de embalagens de elevado grau de transparência está
associada com a faixa de temperatura de aquecimento da preforma que é diretamente
afetada pela viscosidade intrínseca. Salienta-se ainda que a distribuição de espessura
na parede da embalagem também é afetada e dependente da viscosidade intrínseca
da preforma (BRANDAU, 2012).
A maioria das embalagens de PET produzidas através de sistemas de dois
estágios não possuem um teste de qualidade em linhas para checagem da qualidade
intrínseca de suas preformas. Como consequência não há como prevenir os possíveis
problemas causados pelas alterações da viscosidade intrínseca da preforma na
injeção e que produzem efeito no momento do estiramento e sopro dessas (MARTIN,
BRANDAU, 2012). A análise de VI é complexa, com uso de reagentes de alto custo e
grau de segurança e exigências técnicas especializadas, tornando restrita as análises
frequentes, restringindo aos setores de qualidade dos fabricantes de preformas e com
periodicidade definidas pelos programas de qualidade. Desta forma, torna-se
importante conhecer o efeito das condições de estocagem (temperatura, tempo e
umidade relativa) no grau de envelhecimento de preformas de PET, uma vez que
estas preformas podem ficar armazenadas durante muito tempo até que sejam
sopradas, e estas condições de estocagem podem ser as mais diferentes possíveis
se levarmos em consideração a grande diversidade climática existente no Brasil
(COELHO, CASTRO, GOBBO JR., 2011).
Dos mais de 16 milhões de litros de refrigerantes produzidos no Brasil, 80%
utilizam a resina de PET como material de embalagem, conforme descrito por ABIPET
21
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
fica num estado mais resistente a absorção de umidade, mas também oferece maior
resistência à secagem quando comparado com as resinas amorfas. Em materiais
políméricos destinados à fabricação de embalagens, algumas propriedades físicas são
de importância relevante, tais como a densidade e a estabilidade dimensional. A
densidade representa a organização molecular da estrutura química. As regiões
cristalinas são mais compactas, enquanto que as regiões amorfas são mais volumosas.
As diversas densidades de polímeros podem ser determinadas utilizando-se os métodos
ASTM D792-13 e ASTM D1895-96(2010).
Temperaturas de estocagem acima de 25 oC também favorecem
significativamente a absorção, sendo que a umidade da resina pode passar de 0,1%
(p/p) para 0,4% (p/p) em menos de 10 dias de estocagem. O ideal é estocar a resina
pelo menor tempo possível ou manter as condições de 23±1oC e 50±5% de umidade
relativa. Temperaturas de estocagem superiores a 40 oC e umidades relativas
superiores a 80% não são recomendadas, pois podem influenciar nos parâmetros de
secagem da resina, provocando excessivo consumo de energia pelo maior tempo de
processo, além de alterar a cor e algumas características físicas (HASAN,
MUJUMDAR, 2014).
A velocidade de hidrólise do PET é muito baixa até 180°C, mas aumenta
rapidamente acima dessa temperatura. Portanto, durante o processamento, o PET no
estado fundido (260°C - 290°C) sofre rápido e intenso ataque das moléculas de água
nas ligações éster, causando a quebra das cadeias moleculares e, consequentemente
queda da viscosidade intrínseca. Daí a necessidade de eliminar a maior parte da água
ligada que provoca as reações de hidrólise (BLAKEBOROUGH, 2002).
Figura 3: Mercado Brasileiro do PET (resina virgem – grau garrafa). Fonte: Adaptado de Sant
Anna (2016).
através da adaptação das mesmas técnicas que apresentaram sucesso para as fibras
sintéticas, a orientação molecular (COFFMAN, 1988).
A orientação molecular é um processo em que o polímero é estirado em
uma ou mais dimensões abaixo do seu ponto de fusão forçando as moléculas da
cadeia do polímero, na maioria randomicamente orientadas, a se alinhar. O grau de
alinhamento atingido depende do polímero em particular e das condições de
orientação que foram adotadas. Este processo produz estruturas que são mais
resistentes, e em alguns casos, mais transparentes que as estruturas não orientadas
com a mesma composição (JENKINS, HARRINGTON, 1991).
Níveis de estiramento muito elevados em relação aos níveis de estiramento
biaxial são necessários somente para a fabricação de embalagens com alta rigidez
27
para suportar pressões internas, tais como a pressão das bebidas carbonatadas. A
orientação molecular é o resultado do estiramento imposto ao polímero nas condições
de geometria, de temperatura e de tempo bem definidos (ANJOS, 1992).
Os esforços para produzir embalagens plásticas biaxialmente orientadas
começaram na década de 1950 com a utilização do polietileno de alta densidade
(PEAD) e em um segundo momento empregando o polipropileno (PP). Os
equipamentos para produzir essas embalagens foram desenvolvidos com sucesso e
finalmente surgiram as embalagens bi-orientadas. Contudo, nenhum dos polímeros
testados conseguiu atingir, quando orientados, níveis desejados de resistência à
expansão causada pela pressão interna (creep – fluência do material), e a baixa
permeabilidade ao CO2, propriedades que as embalagens para bebidas carbonatadas
manter a transparência, tal como na resina amorfa. Por outro lado, a cristalização
térmica esferulítica, mesmo em proporções muito reduzidas é acompanhada de
aumento acentuado na opacidade (haze) do material, normalmente chamado de
esbranquiçamento (ROBERTSON, 2012).
Preformas de PET constituem peças obtidas pelo processo de injeção da
resina em um molde que normalmente possui formato de um tubo com paredes
espessas. São obtidas peças para uso final ou materiais para a fabricação de
embalagens através do processo de estiramento e sopro. Após ajustes nas preformas
e nas configurações das máquinas, que solucionaram as dificuldades em se processar
o PET bi-orientado, surgiram as embalagens PET que foram introduzidas no mercado
no final da década de 70 (JENKINS, HARRINGTON, 1991).
O processo de bi-orientação do PET promove um acréscimo nas
propriedades de resistência ao impacto, à fadiga e ao estiramento. A orientação biaxial
é obtida com o estiramento da preforma até encontrar as paredes do molde de sopro
resfriado, produzindo alinhamento e ordenação das cadeias moleculares (BEGLEY,
2009).
variar de grau de resina para resina e de fabricante para fabricante. Quando os grãos
são introduzidos no canhão da injetora, cujo objetivo é aquecê-los de 175ºC a 270ºC em
um curto período de tempo, passa-se a ter aproximadamente 70% em estado amorfo e
30% parcialmente cristalino. Essa combinação é importante para que se tenha boa
qualidade de preforma após o processo de injeção, favorecendo a manutenção das
propriedades mecânicas da embalagem final.
Os grãos da resina de PET aquecem-se e perdem umidade da superfície
para o centro. A secagem da resina envolve a retirada da umidade superficial e da
umidade ligada ou de constituição. Aí reside a maior dificuldade entre a secagem da
resina de PET em relação aos materiais plásticos mais comuns, nos quais somente a
água superficial é retirada (ICI, 1988).
Conforme mencionado por EASTMAN (1987), quando o processo de
secagem e injeção da resina estão controlados, a viscosidade intrínseca do polímero
terá uma perda aceitável, inferior ou igual a 5% do valor inicial. Qualquer perda maior irá
em detrimento à claridade, brilho e transparência das preformas. Isso é explicado pelo
aumento do grau de cristalinidade do polímero.
1a Etapa
Alimentação
2a Etapa
Plastificação
3a Etapa 4a Etapa
Injeção Ejeção
a) b)
a) b)
a) b)
Figura 9: a) teste de estouro em uma garrafa soprada a partir de uma preforma envelhecida.
b) teste de estouro em uma garrafa soprada a partir de uma preforma recém injetada (até
72h).
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1 Experimento
Figura 10: Câmara de estocagem das preformas e placa de acrílico utilizada para separar as
preformas da solução salina.
55
Figura 12: Equipamento AgrTopWave Preform Quality Tester PQT 5500 utilizado para
realização dos ensaios de expansão elástica (Cortesia da empresa AMCOR PET, Manaus,
AM).
57
= ln r /C c 0 (2)
Pescoço
Ombro
Corpo
Calcanhar
Pé
Ponto de injeção
Figura 13: Indicação das regiões para determinação da espessura nas embalagens PET.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 14: Intervalo de confiança de 95% da distribuição das médias dos volumes de
expansão elástica em relação à câmara de estocagem.
61
30 dias 2,70A,a ± 0,02 2,60A,a ± 0,06 2,60AB,a ± 0,01 2,50B,a ± 0,01 2,20C,a ± 0,01 2,00D,a ± 0,00
90 dias 2,70A,a ± 0,01 2,70A,a ± 0,03 2,60AB,a ± 0,01 2,50B,a ± 0,00 2,20C,a ± 0,01 1,90D,a ± 0,01
120 dias 2,70A,ab ± 0,00 2,70A,ab ± 0,00 2,50AB,ab ± 0,01 2,50B,ab ± 0,01 2,20C,ab ± 0,00 1,80D,ab ± 0,01
150 dias 2,60A,ab ± 0,00 2,60A,ab ± 0,02 2,50AB,ab ± 0,00 2,40B,ab ± 0,02 2,30C,ab ± 0,01 1,80D,ab ± 0,01
180 dias 2,50A,ab ± 0,03 2,50A,ab ± 0,00 2,50AB,ab ± 0,00 2,30B,ab ± 0,01 2,30C,ab ± 0,01 1,70D,ab ± 0,03
210 dias 2,60A,b ± 0,02 2,60A,b ± 0,01 2,50AB,b ± 0,00 2,30B,b ± 0,02 2,20C,b ± 0,00 1,50D,b ± 0,01
Média ± desvio padrão (n = 3). a,b,c,d, As médias seguidas de mesma letra minúscula não
diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade (p>0,05) em relação à câmara de estocagem.
A,B,C,D
As médias seguidas de mesma letra maiúscula não diferem entre si ao nível de 5% de
probabilidade (p>0,05) em relação ao tempo de estocagem. *O tempo de 60 dias foi
desconsiderado devido a um erro de amostragem na coleta das preformas.
Figura 15: Estiramento das preformas sopradas livremente no AgrTopWave Preform Quality.
satisfatórios para as condições definidas, com exceção da câmara 6 cujo volume ficou
menor que 2L.
Figura 16: Intervalo de confiança de 95% da distribuição das médias da viscosidade intrínseca
em relação à câmara de estocagem.
64
Tabela 5: Viscosidade intrínseca (dL/g) das embalagens PET sopradas a partir das
preformas armazenadas em diferentes condições de temperatura e umidade relativa,
ao longo do tempo de estocagem de 210 dias.
4.3 Acetaldeído
Após os 210 dias de estocagem pode-se observar que não houve diferença
significativa nos níveis de acetaldeído detectados entre as diferentes condições de
temperatura e umidade relativa de estocagem. Isto significa que não houve influência
das diferentes condições climáticas nos valores residuais de acetaldeído inicialmente
presente nas preformas recém sopradas (Figura 17).
Devido às características de volatilidade do composto acetaldeído, é
compreensível que os níveis residuais existentes nas preformas se reduzam com o
passar do tempo, podendo se difundir mais ou menos em função das condições de
estocagem, o que é interessante porque é sabido que pode alterar aroma e sabores
de águas minerais e algumas bebidas que não possuem na composição aromas e ou
sabores de frutas. Não há registros na literatura cientifica de que níveis residuais de
acetaldeído afetam o envelhecimento, tampouco o processo de sopro das preformas.
66
Ainda que esta pressão de estouro seja mais do que o dobro da pressão
apresentada nas embalagens de refrigerantes de 2 litros, o que significa, em princípio,
que não há risco de que as mesmas estourem, isto demonstra o efeito do tempo sobre
as preformas. As preformas com maior tempo de estocagem e em função da umidade
relativa e temperatura, absorvem mais umidade devido ao estado amorfo em que se
encontram. Esse estado das moléculas favorece a absorção de umidade quando
comparado ao estado cristalino (Figura 18).
Figura 18: Intervalo de confiança de 95% da distribuição das médias da pressão de estouro
(bar) em relação às câmaras de estocagem.
68
Tabela 7: Pressão de estouro (bar) das embalagens PET sopradas a partir das
preformas armazenadas sob diferentes condições ao longo do tempo do experimento.
Zero 14,3aA ± 0,6 14,3aA ± 0,6 15,0aA ± 0,00 14,3aA ± 0,6 14,0aA ± 0,0 14,3aA ± 0,6
30 dias 14,0aA ± 1,0 14,7aA ± 0,6 14,7aA ± 0,6 14,7aA ± 0,6 14,3aA ± 0,6 14,7aA ± 0,6
--- --- --- --- --- ---
60 dias*
90 dias 13,7aA ± 0,6 13,3aA ± 0,6 13,7aA ± 0,6 14,3aA ± 0,6 13,0aA ± 1,0 13,7aA ± 0,6
120 dias 11,7aB ± 0,6 12,3aB ± 0,6 11,7aB ± 1,2 12,0aB ± 1,0 12,7aB ± 0,6 12,3aB ± 0,6
150 dias 11,0aC ± 1,0 10,7aC ± 1,2 10,7aC ± 1,2 11,0aC ± 1,0 10,7aC ± 0,6 10,7aC ± 0,6
180 dias 11,0aC ± 1,0 11,3aC ± 1,2 11,7aC ± 1,5 11,7aC ± 0,6 11,0aC ± 1,0 9,7aC ± 0,6
210 dias 10,3aC ± 0,6 11,0aC ± 1,0 10,7aC ± 0,6 10,7aC ± 0,6 10,7aC ± 0,6 9,0aC ± 1,0
Média ± desvio padrão (n = 3). aAs médias seguidas por mesma letra minúscula na linha não
diferem entre si ao nível de 5% de probabilidade (p>0,05) em relação à condição de
estocagem. A,B,C As médias seguidas por mesma letra maiúscula na coluna não diferem entre
si ao nível de 5% de probabilidade (p>0,05) em relação ao tempo. *O tempo de 60 dias foi
desconsiderado devido a um erro de amostragem na coleta das preformas.
Figura 19: Garrafa soprada a partir de preforma estocada durante 210 dias na Câmara 6
(32,3±0,5°C, 80-85%UR), submetida ao teste de resistência ao estouro (Burst Test).
69
Tabela 8: Resultados da análise da espessura mínima (mm) das garrafas sopradas a partir das preformas armazenadas.
30 dias Pescoço (mm) Ombro (mm) Ponto de injeção (mm) Corpo (mm) Calcanhar (mm) Pés (mm)
Câmara 1 1,473 0,360 2,209 0,223 0,200 0,202
Câmara 2 1,504 0,427 2,345 0,210 0,200 0,208
Câmara 3 1,438 0,391 2,225 0,217 0,244 0,192
Câmara 4 1,498 0,414 2,349 0,220 0,203 0,213
Câmara 5 1,446 0,444 2,263 0,227 0,191 0,175
Câmara 6 1,578 0,404 2,224 0,219 0,206 0,208
90 dias Pescoço (mm) Ombro (mm) Ponto de injeção (mm) Corpo (mm) Calcanhar (mm) Pés (mm)
Câmara 1 1,447 0,348 2,334 0,213 0,222 0,188
Câmara 2 1,580 0,364 2,335 0,213 0,219 0,194
Câmara 3 1,691 0,346 2,506 0,217 0,221 0,182
Câmara 4 1,679 0,305 2,663 0,211 0,209 0,179
Câmara 5 1,743 0,322 2,259 0,207 0,225 0,177
Câmara 6 1,794 0,337 2,624 0,228 0,206 0,188
120 dias Pescoço (mm) Ombro (mm) Ponto de injeção (mm) Corpo (mm) Calcanhar (mm) Pés (mm)
Câmara 1 1,676 0,348 2,226 0,221 0,220 0,227
Câmara 2 1,420 0,351 2,371 0,217 0,227 0,252
Câmara 3 1,476 0,300 2,468 0,209 0,214 0,237
Câmara 4 1,741 0,304 2,374 0,212 0,232 0,235
Câmara 5 1,520 0,325 2,465 0,218 0,229 0,213
Câmara 6 1,533 0,306 2,499 0,220 0,229 0,173
150 dias Pescoço (mm) Ombro (mm) Ponto de injeção (mm) Corpo (mm) Calcanhar (mm) Pés (mm)
Câmara 1 1,370 0,430 2,953 0,231 0,233 0,290
Câmara 2 1,435 0,417 3,021 0,232 0,252 0,286
Câmara 3 1,370 0,526 2,955 0,230 0,235 0,252
Câmara 4 1,394 0,483 2,846 0,222 0,228 0,275
Câmara 5 1,470 0,439 2,926 0,225 0,215 0,299
Câmara 6 1,387 0,425 2,894 0,235 0,225 0,271
180 dias Pescoço (mm) Ombro (mm) Ponto de injeção (mm) Corpo (mm) Calcanhar (mm) Pés (mm)
Câmara 1 1,369 0,428 2,377 0,219 0,207 0,285
Câmara 2 1,436 0,427 2,822 0,224 0,207 0,285
Câmara 3 1,370 0,465 2,972 0,224 0,229 0,248
Câmara 4 1,392 0,467 2,869 0,209 0,218 0,258
Câmara 5 1,474 0,443 2,932 0,221 0,241 0,285
Câmara 6 1,387 0,429 2,894 0,217 0,231 0,270
210 dias Pescoço (mm) Ombro (mm) Ponto de injeção (mm) Corpo (mm) Calcanhar (mm) Pés (mm)
Câmara 1 1,419 0,351 2,330 0,213 0,225 0,186
Câmara 2 1,612 0,365 2,336 0,215 0,230 0,196
Câmara 3 1,711 0,365 2,507 0,217 0,221 0,175
Câmara 4 1,696 0,301 2,643 0,214 0,215 0,181
Câmara 5 1,758 0,322 2,288 0,209 0,229 0,178
Câmara 6 1,804 0,345 2,633 0,215 0,212 0,190
71
10 20 30
10 20 30
Angulo 2 ()
Angulo 2 ()
Figura 20: Difratogramas das preformas da câmara 1 Figura 21: Difratogramas das preformas da câmara 2
72
Intensidade (contagens/s)
10 20 30
10 20 30
Angulo 2 ()
Angulo 2 ()
Figura 22: Difratogramas das preformas da câmara 3 Figura 23: Difratogramas das preformas da câmara 4
Intensidade (contagens/s)
10 20 30
10 20 30
Angulo 2 ()
Angulo 2 ()
Figura 24: Difratogramas das preformas da câmara 5 Figura 25: Difratogramas das preformas da câmara 6
73
5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANEXO
O quadro da Anova apresenta os p-valores de cada um dos fatores. Uma vez que um
p-valor é inferior a 0,05, este fator tem um efeito estatisticamente significativo na
expansão elástica ao nível de confiança de 95,0%.
O quadro da Anova apresenta os p-valores de cada um dos fatores. Uma vez que um
p-valor é inferior a 0,05, este fator tem um efeito estatisticamente significativo na
viscosidade intrínseca ao nível de confiança de 95,0%.
86
O quadro da Anova apresenta os p-valores de cada um dos fatores. Uma vez que um
p-valor é inferior a 0,05, este fator tem um efeito estatisticamente significativo no
acetaldeido ao nível de confiança de 95,0%.
O quadro da Anova apresenta os p-valores de cada um dos fatores. Uma vez que um
p-valor é inferior a 0,05, este fator tem um efeito estatisticamente significativo na
pressão de estouro ao nível de confiança de 95,0%.