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GERENCIAMENTO DO ESCOPO

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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2

1. INTRODUÇÃO ............................................................................ 3
1.1 METODOLOGIA .......................................................................... 6
2. O QUE É GERENCIAMENTO DO ESCOPO? ............................ 7
3. QUAL É O OBJETIVO DO GERENCIAMENTO DO ESCOPO? . 9
4. FUNDAMENTOS DO GERENCIAMENTO DO ESCOPO ........... 9
5. QUAL O PAPEL DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE
ESCOPO? 10
6. PROCESSOS DO GERENCIAMENTO DO ESCOPO .............. 12
7. TÉCNICAS PARA GERENCIAMENTO DE ESCOPO ............... 25
8. PORQUE FAZER O GERENCIAMENTO DE ESCOPO DE SEUS
PROJETOS É IMPORTANTE. ...................................................................... 32
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................... 33
10.REFERÊNCIAS ............................................................................. 34

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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1. INTRODUÇÃO

Neste texto iremos fornecer informações sobre a importância da gestão


de escopo nos projetos de engenharia. O escopo de um projeto se apresenta
como o ponto de partida para a realização de um determinado produto do projeto.

O gerenciamento do escopo do projeto irá definir os caminhos que o


projeto tem que seguir para alcançar o seu objeto e o sucesso.

Segundo o Guia PMBOK (2004, p. 103) “O gerenciamento do escopo trata


principalmente da definição e controle do que é do que não está incluído no
projeto”.

Quando se vai gerenciar um projeto, um dos grandes desafios do projeto


é definir claramente os produtos e/ou serviços relacionados aos seus objetivos,
os quais serão entregues para o cliente, estabelecendo o escopo de trabalho
que deve ser realizado pela equipe do projeto.

Os processos do gerenciamento do escopo do projeto são os seguintes:

a) Planejamento do escopo;

b) Definição do escopo;

c) Criação da EAP;

d) Verificação do escopo;

e) Controle do escopo.

Vamos falar de um dos processos mais importantes do gerenciamento de


projetos: O Gerenciamento de Escopo. Sem o escopo não existe projeto, pois é
no escopo que está definido todo o trabalho que devemos realizar garantindo
que apenas o que foi definido seja realizado. Ou seja, o líder de projeto deve
assegurar que não haja trabalhos além do que foi planejado, evitando o “Gold
Plating”, que é o trabalho adicional ao escopo. Muitas pessoas devem achar esse
conceito estranho, mas vamos parar para analisar, esse trabalho adicional ao

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escopo não foi aprovado pelo patrocinador, portanto seria uma falta de ética
gastar tempo e dinheiro em funcionalidades que não foram aprovadas. Para que
um trabalho adicional ao escopo possa acontecer, é necessário passar pelo
processo de aprovação de mudanças, logo, com a mudança analisada, aprovada
e com o escopo atualizado, aí sim o trabalho deve ser feito.

O gerenciamento de escopo do projeto, de acordo com o PMBOK, é a


segunda área de conhecimento da gestão de projetos. Nele, vamos definir tudo
o que precisa ser feito para que o projeto possa atingir os resultados esperados,
além de definir padrões para os entregáveis e previsões, para que estas entregas
aconteçam dentro do prazo e orçamento definidos.

Basicamente, quando falamos de gestão de projeto, estamos falando de


gerenciamento de escopo. O gestor de projetos é responsável por liderar todas
as partes interessadas e a equipe na direção do sucesso do projeto, e manter-
se dentro do escopo é muito importante.

O escopo é a soma total de todas as tarefas, requerimentos e


características de um projeto. Quando alguém solicita uma tarefa que não foi
planejada, elas geralmente são referidas como “fora do escopo”. Como gerente
de projetos, é necessário fazer o gerenciamento do escopo durante todo o ciclo
de vida do projeto para garantir que ele atinja seus objetivos dentro do prazo e
orçamento definidos.

Sua importância também pode ser vista com clareza na definição que o
PMBOK traz, em sua 6ª edição, do que é o gerenciamento de escopo do projeto:

“Gerenciamento de escopo do projeto inclui os processos requeridos para


assegurar que o projeto inclua todo o trabalho necessário, e apenas o trabalho
necessário, para concluir o projeto com sucesso. O gerenciamento do escopo do
projeto é principalmente focado em definir e controlar o que está e não está
incluso no projeto.”

O escopo é o documento mais importante de um projeto, já que contém


todas as informações necessárias para a execução das atividades. Muitas
empresas não dão tanta importância para o planejamento do projeto e falham

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em fazer o gerenciamento de escopo, o que acaba gerando resultados
insatisfatórios, além de perda de tempo e dinheiro.

Se você está com dificuldades para gerenciar o escopo dos seus projetos,
continue lendo, pois vamos te explicar como implantar essas práticas do jeito
certo e obter os melhores resultados!

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1.1 METODOLOGIA

Para a construção deste material, foi utilizada a metodologia utilizada de


pesquisa bibliográfica e descritiva, com o intuito de proporcionar um
levantamento de maior conteúdo teórico a respeito dos assuntos abordados.

Segundo Gil, a pesquisa bibliográfica consiste em um levantamento de informações e


conhecimentos acerca de um tema a partir de diferentes materiais bibliográficos já publicados,
colocando em diálogo diferentes autores e dados.

Entende-se por pesquisa bibliográfica, a revisão da literatura sobre as


principais teorias que norteiam o trabalho científico. Essa revisão é o que
chamamos de levantamento bibliográfico ou revisão bibliográfica, a qual pode
ser realizada em livros, periódicos, artigo de jornais, sites da Internet entre outras
fontes. Outro método utilizado foi à metodologia de ensino Waldorf, esta
metodologia é uma abordagem desenvolvida pelo filósofo Rudolf Steiner.

Ele acreditava que a educação deve permitir o desenvolvimento


harmônico do aluno, estimulando nele a clareza do raciocínio, equilíbrio
emocional e a proatividade. O ensino deve contemplar aspectos físicos,
emocionais e intelectuais do estudante.

A pesquisa é descritiva, de campo e histórica, apoiada em técnicas de


análise documental sobre a legislação e os planos de ensino obtidos,
bibliográfica (MALHOTRA, 2006; COOPER; SCHINDLER, 2003; VERGARA,
2003; LUNA, 2002), e de análise de conteúdo (BARDIN, 2004). O planejamento
e a revisão da literatura ocorreram durante o segundo semestre de 2007; a coleta
dos dados, a análise e a apresentação dos resultados ocorreu durante 2008.

Ainda para a construção deste, foi utilizado a etnometodologia, pela


fenomenologia e pelo legado de Wittgenstein, além de alguns elementos
marxistas e outros pensamentos mais contemporâneos, como os desenvolvidos
por Pierre Bourdieu e Anthony Giddens.

Segundo Nicolini, Gherardi e Yanow (2003) a noção de prática, na sua


essência filosófica, está baseada em quatro grandes áreas do saber - na tradição
marxista, na fenomenologia, no interacionismo simbólico e no legado de

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Wittgenstein, das quais podem ser citados fenômenos como: conhecimento,
significado, atividade humana, poder, linguagem, organizações, transformações
históricas e tecnológicas, que assumem lugar e são componentes do campo das
práticas para aqueles que delas compartilham.

Com tudo, o intuito deste modelo é possibilitar os estudos e contribuir para


a aprendizagem de forma eficaz, clara e objetiva.

2. O QUE É GERENCIAMENTO DO ESCOPO?


O gerenciamento do escopo do projeto inclui os processos necessários
para assegurar que o projeto inclua todo o trabalho necessário, e apenas o
necessário, para que termine com sucesso. Preocupa-se principalmente em
definir e controlar o que está incluso no projeto e o que não está (PMI, 2017, p.
129). Podemos dizer que é o processo pela qual as saídas, benefícios e
resultados são identificados, definidos e controlados.

Segundo o guia das melhores práticas do gerenciamento de projetos do


PMI (Project Management Institute), o PMBOK®, o gerenciamento do escopo do
projeto, consiste em, principalmente, estar atento com a definição e controle do
que está ou não está incluído no projeto.

Segundo o PMBOK®, no gerenciamento de projetos, escopo é “o trabalho


que precisa ser realizado para entregar um produto, serviço ou resultado com os
recursos e funções especificados”.

Mas escopo, em gerenciamento de projetos, pode também estar


relacionado ao produto entregue. Assim, é preciso definir que o escopo de
produto é composto pelas características e funcionalidades do resultado final do
projeto.

Para que não haja uma confusão sobre esses dois processos é preciso
que seja realizada uma boa coleta de requisitos com o cliente.

Pelos padrões do PMBOK® também estão previstos que dentro de um


projeto haja uma especificação de escopo, no qual estarão citados tanto o
escopo do projeto, como o escopo do produto.

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O gerenciamento de escopo do projeto é a segunda das 10 áreas de
conhecimento do Guia PMBOK®, e pode ser considerada uma das mais
importantes, porque inclui todos os processos necessários para a realização
bem-sucedida de um projeto.

Caso um gerente de projeto não faça o gerenciamento do escopo do


projeto, o trabalho poderá ter grandes chances de fracassar, mesmo tendo
incluído ferramentas como cronograma e até ter previsto entregas de qualidade.

O gerenciamento de escopo consiste em uma série de processos focados


em planejar e monitorar a execução do projeto, garantindo seu sucesso.

Esses processos ajudam a responder perguntas como “quais os requisitos


do projeto?”, “quais entregas precisam ser feitas”, “quais os critérios de avaliação
das entregas?”, “quais os resultados esperados com a execução do projeto?”,
“quem está envolvido no projeto?”.

Além disso, o gerenciamento de escopo permite avaliar a viabilidade do


projeto, ou seja, entender o que é possível entregar (e o que não é) dentro de
determinado prazo com os recursos disponíveis, sem deixar de atender às
necessidades do cliente.

Gerenciamento de Escopo é o conjunto dos processos essenciais. Os


processos que fazem parte desse conjunto são: planejar o gerenciamento de
escopo; coletar os requisitos; definir o escopo; criar a EAP; validar o escopo; e
controlar o escopo.

O gerenciamento de escopo procura responder às seguintes perguntas:

 Por que o projeto é importante?


 Quais problemas o projeto irá resolver?
 Quais os benefícios que o projeto trará?
 Quais são as metas SMART do projeto?
 Qual o resultado esperado do projeto?
 Qual o trabalho necessário para entregar o projeto?
 Quais os critérios de validação das entregas?
 Quais as regras para gerenciar o escopo do projeto?

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3. QUAL É O OBJETIVO DO GERENCIAMENTO DO ESCOPO?
Gerenciar o escopo do projeto tem como objetivos principais:

 Definir quais objetivos devem ser atendidos (por que?) e o que será feito
para atender esses objetivos (Definir o escopo e Coletar os requisitos);

 Definir como será feito (Criar a EAP)

 Monitorar o progresso do que está sendo feito e gerenciar as mudanças


feitas. (Controlar o escopo)

 Validar se o que foi feito atende os objetivos do projeto (Validar o escopo)

4. FUNDAMENTOS DO GERENCIAMENTO DO ESCOPO


Apesar de não existir um processo de gerenciamento do escopo no grupo
de processos Iniciação. O processo desenvolver o termo de abertura do
projeto de gerenciamento da integração que consolida as demais áreas de
conhecimento é responsável pela definição do escopo inicial. Um escopo mal
definido pode comprometer seu projeto.

Os primeiros passos do gerenciamento do escopo devem responder as


três questões essenciais do seu projeto:

Por que?
Justificativa - Passado: Qual problema eu quero solucionar?

Benefícios – Futuro: Quais os benefícios eu quero obter


Objetivos

SMART – Metas objetivas e claras: Quais metas devo atender para obter os
benefícios esperados

O que? Escopo do Produto


O escopo é o que será feito no projeto, descrição detalhada de cada
produto e/ou serviço com as características e funcionalidades necessárias para
atender os objetivos do projeto. As condições a serem atendidas pelo produto
são denominadas Requisitos.

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Como? Escopo do Projeto
Identifique a melhor forma de estruturar suas entregas criando a Estrutura
Analítica do Projeto

A estrutura analítica do projeto (EAP), também conhecida pelo termo em


inglês, Work Breakdown Structure (WBS), define as entregas do projeto e sua
decomposição em Pacotes de trabalho.

A EAP fornece uma visão estruturada das entregas do projeto e é um


ótimo instrumento para alinhar o entendimento do projeto e integrar todas as
áreas. Sempre que possível, todos os documentos gerados no projeto devem
referenciar o Código da EAP.

A EAP normalmente é representada de forma gráfica para facilitar o


entendimento e a visualização, mas, quando não existem softwares para gerá-
la, ela pode ser representada de forma identada.

Para entender melhor o gerenciamento do escopo é fundamental


conhecer bem os conceitos:

 Escopo do projeto
 EAP - Estrutura Analítica do Projeto
 Dicionário da EAP
 Pacote de trabalho
Não deixe de revisá-los caso ainda tenha alguma dúvida sobre algum
deles.

5. QUAL O PAPEL DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE


ESCOPO?
O plano de gerenciamento do escopo documenta como o escopo do
projeto será definido, gerenciado, controlado, verificado e comunicado à equipe
do projeto e os interessados/clientes.

Nos processos de gerenciamento de escopo, o plano funciona também


como uma das seções do Plano Geral de Gerenciamento do Projeto.

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Na descrição dos processos de gerenciamento de escopo, o plano pode
ser muito detalhado e formal ou construído de forma livre e informal dependendo
das necessidades de comunicação do projeto.

Mas de qualquer maneira, seja mais detalhado ou informal, para compor


o plano de gerenciamento de escopo preenchido devidamente é preciso compô-
lo em 6 partes principais, que são realizadas no gerenciamento de escopo de
projeto:

Requisitos

Uma boa parte dos projetos têm uma grande lista de requisitos que
precisam ser minuciosamente coletados para a composição de um plano de
gerenciamento de escopo exemplo.

Um exemplo de plano de gerenciamento de escopo do projeto com coleta


de requisitos é o da construção de uma casa, que prevê um planejamento que
abranja regulamentos ambientais, códigos de construção, manuais do projeto,
entre outros.

Em uma empresa de TI, por exemplo, os requisitos a serem coletadas são


completamente diferentes.

Para esse processo de gerenciamento de escopo são utilizadas várias


ferramentas e técnicas para obter uma lista bem detalhada de tudo que é
necessário, porque cada ramo tem suas especificidades.

Para isso, opiniões especializadas, análises de dados e reuniões vão


detalhar melhor os fatores ambientais da empresa e os processos
organizacionais, que são de vital importância em um plano de gerenciamento de
escopo do projeto exemplo.

Esse também já é o momento de desenvolver o Termo de Abertura do


Projeto e utilizar a Matriz de Rastreabilidade. Além disso, é importante ter um
documento com a Priorização dos Requisitos.

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6. PROCESSOS DO GERENCIAMENTO DO ESCOPO
Abaixo os seis processos necessários para gerenciar o escopo do seu
projeto segundo as melhores práticas do Guia PMBOK® (Capítulo 5):

 Planejar o gerenciamento do escopo

Consiste em criar um plano de gerenciamento do escopo do projeto, que


determinará como o escopo será definido, validado e controlado. O planejamento
define as regras do jogo, ou seja:

 Como o escopo será realizado?

 Quais as ferramentas que devo usar?

 Como o escopo será gerenciado e controlado de acordo com o plano de


gerenciamento de projetos (que integra todo o planejamento do projeto)

 Como obter as aceitações das entregas?

Normalmente, nesse processo são utilizadas as técnicas de opinião


especializada e reuniões.

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Um exemplo de plano de gerenciamento de escopo do projeto que
podemos citar é de uma construção. Cada etapa precisa ser pensada e
planejada porque algumas atividades só podem acontecer depois da realização
de outras.

Quando se define a realização de uma obra, o construtor sabe que precisa


levantar uma cerca para definir os limites da construção. A partir disso, vai ser
pensado outros aspectos como o escavamento do terreno para produzir as
fundações, o levantamento das paredes, todos os sistemas que compõem uma
casa ou edifício, como água, esgoto e parte elétrica; tem também a colocação
de janelas, acabamentos das partes externas e internas, como a colocação de
pisos, pinturas e sistema de iluminação decorativa.

Quanto vai ser preciso de material? Quantas pessoas serão necessárias


para concluir a obra? Que equipamentos serão necessários para o trabalho bem-
feito?

Enfim, são muitos processos que vão compor o plano de gerenciamento


de escopo do projeto exemplo de uma obra.

Esses procedimentos de planejamento constituem um processo destinado


a criar um plano de gestão do projeto para documentar como o escopo será
definido, verificado e controlado. É uma guia fundamental para desenvolver as
ações posteriores.

A principal vantagem dessa preparação é o fornecimento de orientações


e instruções sólidas para definir as formas como o escopo será gerenciado ao
longo de todo o trabalho a ser desenvolvido. Para realizar essa etapa de maneira
eficaz, é importante incluir os seguintes processos:

 detalhar minuciosamente o escopo do projeto;

 desenvolver os procedimentos que habilita, a criação da EAP a partir das


especificações detalhadas;

 construir e aprovar a EAP;

 desenvolver um meio de especificar como será possível conquistar a


aceitação formal das entregas do projeto;

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 por fim, delimitar os procedimentos destinados a controlar como as
solicitações de alterações no escopo serão processadas.

Segundo Xavier (2006, p. 58)

“o planejamento do escopo é, portanto, o processo de elaborar


e documentar a estratégia para o desenvolvimento do trabalho
(escopo) que irá gerar o produto do projeto”.

O sucesso do projeto está atrelado à definição e o gerenciamento do


escopo do projeto.

Cada projeto exige um balanceamento cuidadoso de ferramentas, fontes


de dados, metodologias, processos e procedimentos, e de outros fatores, para
garantir que o esforço gasto nas atividades de determinação do escopo esteja
de acordo com o tamanho, complexidade e importância do projeto.

Durante o processo de planejamento do escopo do projeto, é fundamental


que comecemos pela definição do escopo do cliente, ou seja, que os produtos e
serviços, relacionados aos objetivos do projeto, serão entregues a ele.

 Coletar os requisitos
Coletar os requisitos é o processo de definir e documentar as
necessidades das partes interessadas para atingir os objetivos dos projetos.

Os requisitos devem ser obtidos, analisados e registrados em detalhes


suficientes para serem medidos durante a execução do projeto.

Os requisitos serão a base para construção da EAP.

O planejamento de custos, tempo e qualidade será construído com base


nos requisitos.

Requisitos são o que a parte interessada precisa em um produto ou


projeto. Os requisitos podem referir sobre uma funcionalidade no produto, podem
estar relacionados a qualidade, a processos de negócios, à conformidade, ou até
ao gerenciamento de projetos. Esse é um processo crucial para o projeto, pois
falhas nele podem resultar em muitas mudanças e até mesmo no fracasso do
projeto. Algumas ferramentas como entrevistas, revisões de registros históricos,
brainstorming, podem ser usadas para a coleta de requisitos.

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Consiste em elencar as características e funções que o produto deve ter
para atender às necessidades dos clientes. A tarefa de converter necessidades
em requisitos nem sempre é fácil. Entender o que, de fato, o cliente precisa para
resolver seu problema exige um certo grau de experiência e olhos clínicos. Os
requisitos podem ser divididos em:

Requisitos funcionais: estão diretamente ligados ao produto

Requisitos não funcionais: estão ligados a condições ambientais


indiretamente descritas

Normalmente nesse processo são utilizadas as técnicas de entrevistas,


grupos de discussão, oficinas facilitadas, etc.

Esse passo se relaciona ao conjunto de processos destinados a implantar,


documentar e gerenciar devidamente as necessidades, preferências e requisitos
de todas as partes envolvidas no projeto.

O desenvolvimento dos requisitos se inicia com um estudo minucioso da


informação incluída no termo de abertura do projeto e na documentação das
necessidades das partes interessadas.

É importante notar que o PMI conceitua o requisito como um componente


cuja presença em um produto, serviço ou resultado é uma necessidade para o
cumprimento ideal dos termos de um contrato ou de uma especificação formal.

Esses requisitos se transformam na fundação da EAP (Estrutura Analítica


do Projeto), um diagrama que apresenta classes hierárquicas e formado pelos
pacotes de trabalho que fazem parte de um projeto.

O planejamento devido do custo, da qualidade e do cronograma é


realizado com base nesses requisitos. A principal vantagem dessa etapa é
formar uma base sólida de metas e diretrizes para delimitar e gerenciar o escopo
geral do projeto e do produto.

Depois de montar um plano de gerenciamento de escopo, é necessário


reunir as características que as entregas precisam ter, sempre focando em
atender às necessidades do contratante. Ou seja, a partir do briefing com o

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cliente, é necessário determinar os requisitos funcionais e não funcionais que
devem ser desenvolvidos durante a execução do projeto.

 Definir o escopo
Definir o Escopo é desenvolver uma descrição detalhada do projeto e do
produto.

Esse processo refere-se no que está ou não incluído no projeto e nas


entregas. No gerenciamento, escopo do projeto é a diretriz que vai apresentar a
quantidade total que deve ser feita.

De acordo com o guia das melhores práticas do gerenciamento de


projetos, o PMBOK®, o escopo é “o trabalho que precisa ser realizado para
entregar um produto, serviço ou resultado com os recursos e funções
especificados”.

Após o entendimento das metas do projeto, a definição do escopo com o


maior detalhamento possível precisa ser realizado já no início do ciclo de vida do
projeto, para reduzir as possibilidades de mudanças, o que pode gerar mais
custo e tempo.

Mas não se esqueça, que também é preciso deixar bem claro o que está
fora do escopo de um projeto, para não gerar desentendimentos durante a
execução do trabalho.

O gerenciamento do escopo em projetos prevê que esse processo de


definição vai resultar na Declaração de Escopo do projeto e pode incluir:

 Escopo do produto (o que será feito?)


 Escopo do projeto (como será feito?)
 Entregas (para o produto e projeto)
 Critérios de aceitação
 O que não faz parte do projeto?
 Premissas e restrições

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O projeto só deve ter sua construção iniciada após a aprovação formal da
declaração do escopo.

Normalmente, para definição de escopo de um projeto são utilizadas as


técnicas de opinião especializada, análise de produto, geração de alternativas e
oficinas facilitadas.

O escopo de um projeto vai servir para descrever todos os produtos e os


serviços exigidos para executar os passos necessários para conceber esse
produto. Além disso, o escopo ainda vai estimar os resultados finais.

Essa etapa vai esclarecer, ainda, o que é preciso para que os objetivos
sejam alcançados ao especificar recursos e funções desenvolvidas de acordo
com a elaboração detalhada desse escopo. Dessa forma, os gestores terão uma
base para discutir com mais segurança futuras ações dentro do processo geral.

Os riscos que permeiam as atividades, assim como restrições, são


analisados para testar a viabilidade e integridade do projeto. Fatores adicionais
que podem influenciar nos resultados finais vão sendo adicionados à elaboração
conforme forem surgindo novas necessidades.

Esse gerenciamento inicial do escopo se relaciona, principalmente, à


definição e controle do que está e o que não está inserido no projeto.

Nesta etapa, o escopo é propriamente construído, a partir dos requisitos


coletados nas reuniões de briefing e das entrevistas com os clientes e outras
partes interessadas. Ou seja, é no momento de definição de escopo que
estabelecemos quantas etapas vão compor a execução do projeto, qual a equipe
responsável, quais as datas de entregas, entre outras informações.

Essa definição inicial servirá de guia e poderá sofrer mudanças diante de


novas prioridades e redistribuição de recursos, especialmente em projetos ágeis.
No caso de projetos tradicionais, em que o cenário é mais previsível, é
interessante que o controle de mudanças seja um pouco maior e realizado por
um comitê técnico.

Consiste em efetivamente montar o escopo do projeto, descrevendo de


forma geral todo o trabalho que precisa ser feito, o que precisa ser entregue e
quais os limites do projeto. Dependendo do tipo de ciclo de vida de projeto

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adotado, o processo de definição de escopo pode ser bastante iterativo. Isso
significa que o trabalho é detalhado à medida que as entregas avançam.

 Criar a EAP
Criar a EAP é o processo de subdividir os produtos do projeto e o trabalho
do projeto em componentes menores e mais gerenciáveis.

A EAP é fundamental para o projeto, pois, fornece uma visão estruturada


do que será entregue facilitando o entendimento das partes interessadas em
relação ao que deve ser feito (escopo) no projeto, além, de servir de base para
o planejamento das outras áreas de conhecimento.

No gerenciamento do escopo de projetos, a Estrutura Analítica de Projeto


(EAP) é a decomposição do trabalho do projeto em partes menores, mais
facilmente gerenciáveis.

Para o PMI, essa ferramenta é de uso obrigatório, pois facilita aos


interessados a visualização do escopo, fornecendo uma visão estruturada,
evitando que as entregas sejam esquecidas, facilita a visualização dos impactos
de mudanças no escopo, entre outros benefícios.

Você se lembra da diferença entre WBS e PBS? Pois bem, vale ressaltar
que uma das principais utilidades da WBS é delimitar e elicitar o escopo do
projeto

Desenvolver a Estrutura Analítica do Projeto é nada mais que definir o


processo de divisão das entregas e do trabalho em componentes menores,
facilitando o gerenciamento de escopo PMBOK geral. A EAP é uma
representação hierárquica orientada às entregas de cada tarefa para atingir os
objetivos do projeto.

Por meio de uma representação gráfica que facilita a visualização do


projeto como um todo, é possível identificar todo o trabalho que deve ser
executado para atingir resultados satisfatórios.

O trabalho planejado é alocado, dentro da representação gráfica, em um


nível mais baixo da EAP, em lugares conhecidos como pacotes de trabalho.

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Versáteis, esses elementos podem ser agendados, ter os custos estimados e
monitorados de perto.

WBS ou EAP

No plano de gerenciamento do escopo do projeto, a WBS ou EAP são


ferramentas que ajudam a execução de um projeto de forma eficaz e organizada.

A WBS/EAP permite a estruturação de um projeto de forma simples,


visual e contém todo o trabalho necessário para conclusão do projeto. Ela se
parece com um organograma, mas seu objetivo é identificar que partes
compõem um projeto.

A WBS deve ser completa, organizada e pequena o suficiente para tornar


possível a medição do progresso. Suas principais utilidades são:

- Facilitar a identificação dos responsáveis;

- Facilitar a identificação das fases do projeto;

- Delimitar e elicitar o escopo do projeto;

- Identificar as atividades do projeto;

- Orientar a identificação e descrição detalhada das entregas do projeto;

- Facilitar a estimativa de esforço, duração e custo;

- Facilitar a identificação de riscos.

A WBS/EAP normalmente é concebida após o Termo de Abertura do


projeto , no Planejamento, uma das fases de um projeto. Pode ser incluída na
Declaração de Escopo.

Dicionário da EAP

O dicionário da EAP traz todo detalhe necessário para cada elemento da EAP
de modo a orientar a equipe do projeto. Contém informações sobre como o
trabalho será realizado, questões técnicas, ...

Ele pode servir como parte de um sistema de autorização de trabalho


descrevendo para os integrantes da equipe cada componente da estrutura
analítica do projeto (EAP) e pode ser usado para controlar quando um trabalho

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específico é realizado de modo a evitar aumento do escopo e aumento da
compreensão das partes interessadas sobre o esforço necessário para cada
pacote de trabalho.

O dicionário da EAP define limites do que é incluído no Pacote de trabalho.

O dicionário da EAP/WBS disponibiliza informação detalhada sobre o


trabalho que será realizado nos níveis mais baixos da EAP/WBS. Nela inclui-se
uma narrativa descritiva do trabalho a realizar e referências aos requisitos
contratuais.

O dicionário da EAP, por meio da definição das tarefas que são


necessárias realizar em cada uma das atividades, ajuda a obter estimativas
precisas para a duração das atividades. Cada equipe de projeto deve criar e
manter atualizado o dicionário da EAP durante todo o ciclo de vida do projeto.

O dicionário vai expandir cada uma das atividades existentes no pacote


de trabalho, com descrição narrativa e bem clara.

Segundo o Guia PMBOK (2004, p. 112) “A EAP é uma decomposição


hierárquica orientada à entrega do trabalho a ser executado pela equipe do

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projeto, para atingir os objetivos do projeto e criar as entregas necessárias. A
EAP organiza e define o escopo total do projeto”.

Quando se cria uma EAP dentro do gerenciamento do escopo do projeto


a visualização das entregas a visualização do projeto pelas partes interessadas
no projeto se tornam mais fácil e mais claras, auxiliando no gerenciamento do
projeto como um todo.

A estrutura analítica do projeto é uma ferramenta organizacional que


mostra visualmente todo o escopo do projeto, dividido em entregas conforme a
Figura 1:

Figura -EAP Fonte: Um Guia do Conhecimento em Gerenciamento de Projetos


Quinta Edição

Para o PMI (Project Management Institute) essa ferramenta é de uso


obrigatório, pois facilita aos interessados a visualização do escopo, fornecendo
uma visão estruturada, evitando que as entregas sejam esquecidas, facilita a
visualização dos impactos de mudanças no escopo, entre outros benefícios.

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A EAP (Estrutura Analítica do Projeto) organiza a execução do projeto de
forma visual e hierárquica. Nessa estrutura, o projeto é dividido em pacotes de
trabalho, ou seja, subdivisões com foco em uma característica específica do
projeto. Esse agrupamento por afinidade será especialmente útil na hora de
montar o cronograma do projeto e detalhar as atividades.

Veja o exemplo da EAP da construção de uma casa:

Esse diagrama deve ser fácil de entender e, principalmente, simples de


alterar, já que é comum surgirem alterações repentinas nos pacotes de trabalho
durante a execução do projeto, ainda mais se o projeto estiver inserido em um
ambiente de alta instabilidade.

 Validar o escopo

Validar o escopo (ou Verificar o Escopo como era chamado na quarta


edição do Guia PMBOK®) é o processo de formalizar a aceitação das entregas
do projeto.

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Ele ocorre sempre que uma entrega for concluída de modo a verificar e
documentar o nível e grau de conclusão da entrega em relação aos seus
requisitos.

Validar escopo consiste em obter a aceitação formal das entregas durante


o monitoramento e controle do projeto com o cliente ou patrocinador. Então,
deve-se planejar reuniões com as partes interessadas, conforme as entregas
vão ficando prontas, para que o trabalho seja validado. Muitos confundem a
aprovação da declaração de escopo com a validação do escopo, a diferença é
que a declaração de escopo deve ser aprovada antes do trabalho ser iniciado, e
a validação é feita conforme as entregas são finalizadas, o que é melhor do que
se ter a aprovação apenas ao final do projeto.

Para o gerenciamento do escopo de um projeto, esse passo consiste em


formalizar a aceitação das entregas concluídas do projeto. Caso alguma entrega
não seja aceita, é nesse processo que é feita a solicitação de mudança com os
reparos necessários. Esse processo normalmente utiliza técnicas como
inspeção e tomada de decisão em grupo.

De acordo com o guia PMBOK, validar o escopo constitui o processo de


aceitação formal das entregas concluídas de cada projeto.

A principal vantagem dessa etapa é que a validação confere objetividade


ao processo de aceitação final do produto, aumentando as chances de que a
entrega satisfaça as partes envolvidas. A validação vai garantir, portanto, uma
probabilidade elevada de que o serviço, produto ou resultado seja aceito.

O processo de validação do escopo se diferencia da etapa seguinte, o


controle de qualidade, por se relacionar mais à aceitação do produto final,
enquanto a etapa posterior está atrelada, principalmente, à precisão das
entregas e ao cumprimento dos requisitos de qualidade especificados.

É interessante notar que os dois processos podem ser executados em


paralelo, cada um cuidando de um grupo específico de necessidades
relacionadas à otimização das entregas e da qualidade do produto final.

Depois que as entregas tiverem sido bem definidas, a validação do escopo


é de responsabilidade do sponsor do projeto. É como se fosse uma aceitação

23
formal das entregas do projeto, a partir daí o processo de gerenciamento de
escopo começa a acontecer.

 Controlar o escopo
Controlar o Escopo é o processo de monitorar o status do escopo do
projeto e do produto e gerenciar as alterações na linha de base de escopo.

Esse processo envolve medir e avaliar a execução do escopo para


identificar variações e verificar se são necessárias mudanças. Nesse processo
o líder deve estar atento para que o trabalho seja executado conforme a definição
do escopo, evitando o “Gold Plating” e controlando todas as mudanças de
escopo.

O controle de escopo gera informações sobre o desempenho do trabalho,


solicitações de mudanças e atualizações nos documentos do projeto. Além
disso, com a determinação do escopo, dos recursos e das tarefas prioritárias
será possível ter uma boa estimativa do tempo que o Ciclo de vida de um projeto
irá levar.

Ou seja, o gerenciamento eficaz do escopo do projeto consiste também


em monitorar cada etapa para saber se tudo está dentro do previsto no plano,
para não desperdiçar tempo e recursos, ou pior, não conseguir terminar o
trabalho a contento.

Esse controle pode ser aplicado simultaneamente com a validação ou até


mesmo antes. Se trata do processo de monitoramento do desenvolvimento do
escopo geral tanto do projeto como do produto, cuidando, ainda, do
gerenciamento das alterações feitas.

É integrado a outros procedimentos de controle que permeiam as


atividades. Afinal, em um projeto são realizadas diversas mudanças ao longo de
sua execução, exigindo, assim, algum tipo de processo mais centralizado de
controle das alterações.

O controle do escopo do projeto é o conjunto de procedimentos que vai


garantir que todas as mudanças solicitadas e atos preventivos ou corretivos

24
serão devidamente desempenhados e registrados. É utilizado, também, para
realizar a gestão das mudanças reais no momento em que essas ocorrem.

É importante notar que o gerenciamento efetivo do escopo requer uma


comunicação clara entre as partes envolvidas para garantir que as partes
interessadas e os membros da equipe compreendam as atividades
desenvolvidas.

Em muitos casos, logo no início do projeto, o cliente ainda não consegue


fazer a identificação perfeita de todos os requisitos e objetivos. Além disso, as
mudanças nos mercados e nos negócios também podem forçar a certas
modificações de escopo e requisitos.

Assim, o controle de escopo vai garantir que essas ações corretivas, se


acontecerem, sejam realizadas por meio de um processo de controle integrado
de mudanças do projeto. Para que seja efetivo, é preciso:

- Plano de gerenciamento de escopo;

- Documentação dos requisitos;

- Matriz de rastreabilidades dos requisitos;

- Dados de desempenho do trabalho;

- Ativos de processos organizacionais.

7. TÉCNICAS PARA GERENCIAMENTO DE ESCOPO


As técnicas e ferramentas utilizadas no gerenciamento de escopo variam
de projeto para projeto. Mas, de forma geral, podemos elencar algumas que são
mais frequentemente utilizadas nas empresas. São elas:

1. Opinião Especializada

É quando consultamos um profissional muito experiente e que possui


notório saber sobre determinado aspecto técnico do projeto. Isso inclui pessoas
da própria organização ou uma consultoria, por exemplo. Ter uma opinião de
fora é muito interessante porque nos tira da zona de conforto e proporciona
novas perspectivas sobre o projeto.

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A opinião de um especialista pode ser muito útil para estimar o
cronograma e nas aplicações de técnicas específicas como o Gerenciamento
do valor agregado.

2. Reuniões

Encontros em que dois ou mais membros discutem sobre questões do


projeto. As reuniões podem ocorrer para troca de informações, geração de ideias
(brainstorming) ou tomada de decisões. Normalmente participam dessas
reuniões os stakeholders como gerente de projeto, equipe de projeto e cliente do
projeto. É uma das técnicas mais tradicionais.

Atualmente, os gerentes de projetos passam mais tempo em reuniões do


que em qualquer outro tipo de atividade. Muitas vezes, em reuniões pouco
produtivas que se perde muito tempo e pouco se resolve.

Abaixo algumas boas práticas para tornar sua reunião mais produtiva.

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Prepare-se - Planejamento-Pré:

 Definir pauta (objetivos e tópicos a serem discutidos)


 Escolher participantes e convocá-los com a pauta

 Preparar a reunião (Informações necessárias)

Realização-Durante

 Esclarecer quem conduz, quem faz a ata, e critérios de tomada de decisão

 Registrar principais decisões, ações c/ responsável e prazo


 Determinar data da próxima reunião quando necessário

Acompanhamento-Pós

 Distribuir ata rapidamente


 Monitorar as ações e comunicar correções de desvios, progressos, ...

Outro tipo de reunião, também, mais frequente a cada dia que passa, é a
conferência via vídeo e áudio. Abaixo, algumas dicas específicas:

 Deixe muito claro no convite os procedimentos e pré-requisitos


 Teste antes e solicite o mesmo para os participantes

 Certifique que os participantes possuem os pré-requisitos

Más práticas:

Existem alguns erros que se repetem constantemente nas organizações


que você deve ficar atento para evitá-los:

 Reuniões sem pauta ou planejamento


 Reuniões extensas e sem objetividade

 Reuniões com mais pessoas que o necessário


o Não convoque uma pessoa que você não precisa dela. Na dúvida,
respeite o tempo das pessoas na sua organização. O tempo é o

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recurso mais escasso, o tempo perdido em uma reunião fará falta
para executar outras atividades.

o Lembre-se que grupos de 5 a 11 pessoas têm um número mais


fácil de gerenciar e tomam decisões mais exatas.

3. Entrevistas

É quando um entrevistador aplica um roteiro de perguntas a um


entrevistado. Trata-se de uma maneira formal de extrair respostas de alguém.
As entrevistas também podem envolver mais de um entrevistado e mais de um
entrevistador. Elas são bastante indicadas para obter informações confidenciais
sobre a gestão do projeto.

4. Grupos de Discussão

Consiste em reunir os stakeholders para que eles debatam sobre


determinado aspecto do projeto. Normalmente a discussão possui a intervenção
de um mediador, que conduz a conversa. Esse mediador deve ser experiente e
os stakeholders qualificados. Grupos de discussão são um pouco menos
informais que reuniões e entrevistas.

5. Oficinas Facilitadas

São sessões de trabalho envolvendo os principais participantes do


projeto. Normalmente as oficinas são utilizadas para levantar requisitos do
projeto, mas podem ser aplicadas também em outras etapas, como a própria
definição do escopo. Geralmente projetos que adotam as práticas do Design
Thinking realizam muitas dessas oficinas, pois elas aproximam as pessoas e
melhoram a comunicação.

6. Análise de Produto

A análise de produto é um conjunto de técnicas para examinar um produto


e encontrar respostas sobre ele. A Análise de produto tem como principal
objetivo analisar um produto para obter respostas sobre ele.

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Ela pode ser feita por especialista ou até pelos próprios usuários do produto
Pode envolver várias outras técnicas como:

 Decomposição do produto;

 Análise de sistemas;

 Análise de requisitos;

 Engenharia de sistemas;

 Engenharia de valor e

 Análise de valor.

7. Geração de Alternativas

É uma técnica utilizada para desenvolver muitas opções e abordagens


sobre o trabalho do projeto. Para isso podem ser utilizadas ferramentas como o
brainstorming e a análise de alternativas.

8. Decomposição

Consiste em “quebrar” ou “subdividir” uma parte maior em partes


menores. Essa técnica é frequentemente utilizada na criação da estrutura
analítica do projeto (EAP).

Decomposição é a divisão de um componente maior em componentes


menores.

No processo Criar a EAP, divide-se as entregas do projeto em


componentes menores e mais gerenciáveis, até que as entregas do trabalho
estejam definidas no nível de pacotes de trabalho (último nível da EAP).

Para uma decomposição de qualidade, deve ser possível estimar custo e


duração de cada pacote de trabalho com um bom nível de precisão.

Para o processo Definir as Atividades, divide-se o pacote de trabalho da


EAP em componentes menores, que são as atividades necessárias para
executar o pacote de trabalho

29
Processos:
Veja abaixo um exemplo de uma EAP e a decomposição de dois pacotes
de trabalho.

9. Inspeção

Consiste em examinar, medir e validar o trabalho e as entregas do projeto


para assegurar que eles atendem aos requisitos e aos critérios de aceitação do
produto. Essa técnica é muito utilizada durante a validação e controle de escopo.

A inspeção é usada para manter os erros fora das mãos do cliente,


enquanto, a prevenção é usada para manter os erros fora do processo.

O ideal é sempre atuarmos de forma preventiva, evitando os custos


relacionados aos problemas identificados na inspeção. Por isso, a "Qualidade
deve ser planejada, não inspecionada."

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A inspeção avalia as entregas com o intuito de identificar não
conformidades (defeitos). Portanto, os produtos devem ser inspecionados antes
da entrega ao cliente final determinando pela:

 Entrega do produto;
 Retrabalho ou
 Descarte dos itens defeituosos.
Inspeções periódicas garantem que o processo está indo conforme
planejado e revelam deficiências mais cedo. Abaixo, algumas das atividades de
inspeção:

 Medir características físicas do produto


 Examinar montagem dos produtos
 Testar desempenho dos produtos

10. Tomada de Decisão em Grupo

Técnicas para avaliar múltiplas alternativas que serão usadas para gerar,
classificar, e priorizar os requisitos do produto. Chegar a uma decisão em grupo
pode envolver diversos métodos: unanimidade (todos concordam), maioria (mais
da metade das pessoas concordam), pluralidade (o maior bloco do grupo decide)
e ditadura (uma única pessoa decide).

11. Análise de Variação

Técnica utilizada para diferenciar o grau de variação entre a linha de base


do projeto e o desempenho real do projeto. Mais do que isso, a análise de
variação busca identificar a causa e os impactos das variações.

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8. PORQUE FAZER O GERENCIAMENTO DE ESCOPO DE
SEUS PROJETOS É IMPORTANTE.
Lidar com as expectativas dos patrocinadores e stakeholders em seu
projeto pode ser uma das tarefas mais difíceis que o gerente de projetos pode
encontrar. Um escopo bem definido não apenas controla os custos diretos e
indiretos e os prazos no seu projeto, mas também irá ajudar a trazer as
expectativas de todos os envolvidos no projeto para um mesmo nível durante o
ciclo de vida do projeto. Com isso, você poderá evitar alguns problemas comuns
no gerenciamento de projetos, como:

 Requerimentos que mudam constantemente;

 Requerimentos que precisam ser repensados durante o projeto;

 O resultado final não ser o esperado pelo cliente;

 Adicionar esforço no projeto que não faça parte do escopo;

 Exceder o orçamento estabelecido;

 Ultrapassar os prazos definidos.

Um gerenciamento de escopo eficiente pode ajudar a evitar todos esses


problemas ao definir e comunicar com clareza o escopo do projeto para todos os
envolvidos nele. Ele irá ajudar a distinguir o que faz e não faz parte do projeto e
controlar o esforço que é permitido ou não durante a sua execução.

O gerenciamento de escopo irá estabelecer fatores de controle que serão


usados para lidar com elementos que resultem em mudanças inesperadas
durante o ciclo de vida do projeto.

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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O gerenciamento do escopo é a base para a construção dos demais
processos de gerenciamento de projeto, pois sem o gerenciamento do escopo,
torna-se muito complicado gerenciar a verificação e controle de custos, tempo e
mudanças de escopo, pois não fica clara para as partes interessadas qual é o
limite do projeto, quais são as premissas do projeto, quais os pacotes de
trabalhos, quais são as entregas, etc.

A definição do escopo é, talvez, a parte mais importante do processo de


definição e planejamento antecipado já que se não soubermos com certeza o
que vamos estar fornecendo e quais são os limites do projeto, não teremos
qualquer possibilidade de sucesso, pois se não tivermos realizado um bom
trabalho para definir o escopo, o seu gerenciamento será quase impossível.

A definição do escopo de um projeto é uma das etapas mais importantes


da gestão de projetos, conforme já mencionado anteriormente, portanto
podemos concluir que este processo dentro dos projetos de engenharia é o
marco inicial para a execução dos serviços e/ou produtos.

Quando um projeto de engenharia não se tem um escopo definido,


podemos concluir por experiência própria e através de pesquisas que tal projeto
tem grandes chances de ser um fracasso.

Um plano de gerenciamento do escopo preenchido de forma adequada


sempre vai garantir mais respaldo para o sucesso de um projeto, porque permite
uma estrutura compreensível e gerenciável para todos os envolvidos no trabalho.

Esse documento vai trazer as ferramentas de gerenciamento de escopo


mais acertadas e mostrar quais são os processos de gerenciamento de escopo
do projeto para atingir um objetivo no alvo.

Entendeu do que se trata um plano de gerenciamento de escopo? Então,


não deixem de utilizar nunca!

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10. REFERÊNCIAS
BRITO, Ilmário Rocha. A importância da gestão de escopo em projetos.
Acessado em: 01 de novembro de 2020. Disponível em:
<http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/406>

CAMARGO, Robson. Gerenciamento de escopo do projeto: qual a importância?.


Acessado em: 01 de novembro de 2020. Disponível em:
<https://robsoncamargo.com.br/blog/Gerenciamento-de-escopo-do-
projeto>

ESPINHA, Roberto Gil. Gerenciamento de Escopo em 6 passos: descubra por


que planejar seus projetos não é perda de tempo. Acessado em: 01 de
novembro de 2020. Disponível em:<https://artia.com/blog/gerenciamento-
de-escopo/>

JUSTO, Andreia Silva. Gerenciamento de Escopo do Projeto: o que é,


importância e como fazer. Acessado em: 01 de novembro de 2020.
Disponível em:https://www.euax.com.br/2018/12/gerenciamento-escopo-
do-projeto/

JUNIOR, Carlos. Gerenciamento de escopo PMBOK: conheça 6 etapas


essenciais. Acessado em: 01 de novembro de 2020. Disponível
em:<https://www.projectbuilder.com.br/blog/gerenciamento-de-escopo-
pmbok/>

MONTES, Eduardo. Ferramentas de escopo de gerenciamento de projetos.


Acessado em: 01 de novembro de 2020. Disponível
em:<https://escritoriodeprojetos.com.br/gerenciamento-do-escopo-do-
projeto/ferramentas-e-tecnicas-de-escopo>

SILVA, Daiany. Gestão de Projetos: O Gerenciamento de Escopo. Acessado em:


01 de novembro de 2020. Disponível em:
https://blogdaqualidade.com.br/gestao-de-projetos-o-gerenciamento-de-
escopo/

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_____________,Flowup. Escopo do projeto: como fazer o gerenciamento de
escopo. Acessado em: 01 de novembro de 2020. Disponível em:<
https://flowup.me/blog/como-fazer-escopo-do-projeto/>

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