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ÍNDICE
Introdução ........................................................................................................... 2
Âmbito do manual ................................................................................................... 2
Objetivos ................................................................................................................ 2
1.Planeamento ..................................................................................................... 4
1.1.Objetivos e finalidades........................................................................................ 5
2.Técnicas de planeamento.................................................................................. 15
2.1.Gráficos Gantt ................................................................................................. 16
2.3.Jit................................................................................................................... 29
2.4.Kamban .......................................................................................................... 32
2.5.Aplicação informática........................................................................................ 37
Bibliografia ......................................................................................................... 58
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
Introdução
Âmbito do manual
O presente manual foi concebido como instrumento de apoio à unidade de formação de curta
duração nº 0621 – Planeamento e gestão da produção, de acordo com o Catálogo
Nacional de Qualificações.
Objetivos
Conteúdos programáticos
• Planeamento
o Objetivos e finalidades
o Tipos e fases
• Técnicas de planeamento
o Gráficos Gantt
o Redes PERT
o Jit
o Kamban
o Aplicação informática
• Gestão da produção
o Controlo de gestão e orçamentação
o Gestão orçamental em contexto de contingência
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Carga horária
• 25 horas
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1.Planeamento
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1.1.Objetivos e finalidades
Em sistemas produtivos cuja complexidade vai crescendo com o aumento da procura, compra
de novos equipamentos e aumento da variedade dos produtos, é comum que o sistema de
PPC não consiga acompanhar a evolução, reduzindo o seu desempenho para níveis abaixo
do sustentável, podendo muitas vezes por em causa a viabilidade da empresa.
Isto quer dizer que mudanças no sistema de planeamento e controlo de produção podem ser
também requeridas.
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
A chave nesta definição é a necessidade da gestão em usar a informação por forma a tomar
decisões inteligentes. O sistema de PPC não toma decisões ou gere as operações - gestores
levam a cabo essas atividades. O sistema fornece o suporte para que eles o façam com
sensatez.
É provável que para muitos, as tarefas que aqui são consideras como fazendo parte do PPC
estão agrupadas em funções separadas e mesmo levadas a cabo por diferentes
departamentos. Tudo pode depender da dimensão e do tipo de organização da empresa.
Além de todo este problema ainda há muito a fazer no que diz respeita à uniformização da
terminologia nesta área e por isso é muitas vezes difícil a comunicação entre diferentes
entidades, quer entre empresas, quer entre empresas e universidades.
O que aqui é entendido por PPC é muitas vezes designado por Gestão da Produção e ninguém
poderá dizer que está errado, é apenas um problema de terminologia.
Por outro lado, o mesmo termo pode ser usado por duas entidades mas referindo-se a
conceitos diferentes. Depois de tudo isto o que é importante entender-se é que aqui neste
texto, embora se use uma determinada terminologia e enquadramento, não há a intenção
de assumir que esta é a mais adequada. É apenas uma visão entre muitas outras.
Uma das formas de se identificar o enquadramento do (PPC) num sistema produtivo pode
passar pela listagem das suas funções típicas.
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Em grande número de firmas, levar a cabo com sucesso todas estas atividades, requer um
grande número de profissionais de PPC. De todas as pessoas que trabalham indiretamente
na área de produção (e ás vezes na empresa toda), as tarefas do sistema PPC são as que
envolvem normalmente mais pessoas.
Investir em sistemas eficazes de PPC traz naturalmente grandes benefícios para as empresas.
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
Daí que cada empresa deva encontrar o sistema que melhor responde às suas necessidades.
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1.2.Tipos e fases
Uma empresa planifica as suas atividades a vários níveis e gere-as como um sistema.
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O planeamento de curto prazo cobre normalmente um período entre 1 dia e várias semanas,
dividido em intervalos semanais.
O planeamento de longo prazo inicia-se com a definição dos objetivos para os próximos 2 a
10 anos, contidos no planeamento estratégico face às competências da empresa e ao
ambiente político e económico contidos nas previsões de negócios.
Planeamento Agregado
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Previsões de Produtos
Verifica o MPS de forma a confirmar que não existem restrições de capacidades que obriguem
à sua modificação (equipamentos, operadores, fornecedores, etc.).
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O MRP especifica quando colocar encomendas internas e externas para cada componente e
submontagem de forma a cumprir as datas de entrega especificadas no MPS.
Fornece um programa detalhado de quando cada operação deve ser realizada em cada posto
de trabalho e quanto tempo durará. O CRP valida o RCP.
Recebe inputs do MRP e controla as atividades ao nível de cada máquina, aplicando regras
de sequenciamento e sugerindo limites de carregamento (controlo in-out) de forma a limitar
as filas de espera e, logo, os lead-times.
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
Nas empresas os níveis hierárquicos altos lidam com o planeamento de longo prazo e os
níveis hierárquicos baixos lidam com o planeamento de curto prazo.
Conforme se pode ver na figura, os níveis mais altos da gestão utilizam dados agregados
(consolidados) para os processos de decisão, enquanto as decisões oficinais são tomadas na
base de dados pormenorizados.
O volume das bases de dados e a sua estrutura é progressivamente menor e mais simples
no sentido hierárquico ascendente.
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2.Técnicas de planeamento
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2.1.Gráficos Gantt
Este pode ser definido em termos de dias, semanas ou meses, nas suas utilizações mais
correntes.
O controlo do plano é feito de forma simples, através da representação de uma linha vertical,
traçada na data que se pretende analisar. Em certos casos, existem regras especiais, para
permitirem o deslocamento desta linha para qualquer posição que se pretende observar.
As folgas das atividades são representadas como extensão gráfica da respetiva barra da
atividade, mas a cheio. As atividades críticas são representadas a cor diferente ou com um
padrão.
Finalidades:
• Definir antecipadamente as fases de trabalho, de modo a se evitarem operações
repetidas;
• Acompanhar o plano, isto é, permitir a quem planifica acompanhar a forma como as
etapas estão a ser executadas;
• Estabelecer uma sequência lógica, ou seja, a existência de uma sucessão ótima de
etapas, eliminando à partida etapas desnecessárias.
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Vantagens:
• Planeamento fácil, simples e claro
• Fácil adição de novas atividades
• Fácil eliminação de atividades
• Análise fácil, direta e imediata
• Orientado para o parâmetro tempo
Desvantagens:
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A receção dos equipamentos é efetuada gradualmente e durante 9 dias. Por outro lado, à
medida que os equipamentos vão chegando, é instalado o software necessário, durante 5
dias. Após a instalação do software, são efetuados testes e a configuração das aplicações,
durante 4 dias, sendo dado por terminado o projeto.
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
Para a sua realização, o critério consiste em traçar primeiro as atividades sem precedentes,
seguidas das atividades que têm como precedentes as atividades já representadas, e assim
sucessivamente.
Margem – atraso máximo que a conclusão de uma atividade pode ter sem que seja
comprometida a data de conclusão do projeto.
Margem é igual ao tempo que falta para a entrega menos a duração da atividade.
Índice crítico é igual ao tempo que falta para a entrega a dividir pelo tempo da conclusão.
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2.2.Redes PERT
Como o próprio nome indica, é uma técnica de avaliação de projetos e de auxílio à sua revisão
(face a potenciais modificações que possam ocorrer após a fase de construção da rede de
planeamento).
Por fim, o controlo consiste no estudo de custos ou tempo que as fases de planeamento e
programação permitiram levantar, possibilitando a construção de uma representação gráfica
- diagrama - que serve para acompanhar o desenrolar do projeto e, caso seja necessário,
proceder a alterações face a modificações, atrasos e antecipações que ocorram em qualquer
uma das atividades realizadas.
Para cada projeto é construído o respetivo grafo - nome porque são designados este tipo de
diagramas.
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A duração da atividade não é definida pelo comprimento da seta. Por vezes o tempo de
duração da atividade também é representado no diagrama, sendo indicado após o nome da
atividade (letra), separado por vírgula.
Representação alternativa
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atividade, indica o seu custo ou duração e as atividades que precisam de estar concluídas
para dar início à atividade descrita.
O quadro apresentado corresponde ao diagrama anterior. Assim, para cada uma das seis
atividades aí apresentadas (a, b, c, d, e, f) são indicadas as atividades antecedentes e
respetiva duração.
Verifique-se que apenas uma das atividades possui mais que uma atividade antecedente. Tal
é deve-se ao facto de apenas se considerar uma atividade antecedente aquela que
imediatamente antecede a atividade em causa.
Uma das características básicas das redes PERT consiste na definição do caminho crítico,
que representa a sequência de atividades que não podem aumentar sem que o resultado
final do projeto sofra um aumento correspondente (pelo menos na sua duração).
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A soma das durações associadas com todas as atividades que constituem o caminho crítico
da rede de planeamento, indica um valor que se designa por tempo crítico e que corresponde
ao tempo esperado para a concretização do projeto.
O cálculo do caminho crítico é realizado com base nos valores de duração das atividades que
constituem a rede PERT, a partir do valor zero (correspondente ao início do projeto),
somando os valores de cada um dos caminhos possíveis e assegurando em cada um dos
acontecimentos a respetiva soma das atividades realizadas nesse percurso, indicando assim
a data mais cedo.
De forma equivalente, quando se obteve o valor final do projeto, pode ser realizado um
percurso do final para o início que fornece a data mais tarde de realização do projeto,
subtraindo sucessivamente o tempo crítico ao valor das atividades.
Todas as atividades que pertencem ao caminho são designadas por atividades críticas. Com
base na diferença entre a data mais tarde e a data mais cedo é possível identificar as margens
de manobra de cada atividade - folga – fornecendo informação importante para a gestão do
projeto.
Como forma de garantir a correta sequência de atividades numa rede PERT, é necessário por
vezes assegurar que existam atividades paralelas, isto é, que ocorram em simultâneo com
outras atividades, tendo por base acontecimentos de origem e destino idênticos.
As atividades fictícias correspondem a atividades de custo e duração zero, que servem apenas
para permitir a correta sequência da rede de planeamento.
Mas primeiro, é necessário definir o tempo das atividades... que podem ser determinados de
várias formas: por comparação com os dados históricos, por estimativa, ou por cálculo.
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
O cálculo da data é realizado, indicando as somas das durações de cada atividade ao valor
do acontecimento de início da atividade, o valor obtido é colocado no acontecimento de final
da atividade.
Primeiro é realizado o cálculo da data mais cedo. Só após efetuado este cálculo é que é
possível obter o tempo crítico do projeto, que servirá como o valor inicial para o cálculo da
data mais tarde.
A data mais cedo é colocada junto aos acontecimentos, na posição esquerda (primeira
posição). O acontecimento que define o início do projeto possui o valor 0 (zero). A duração
da atividade é somada ao valor do acontecimento inicial e coloca-se no acontecimento final
(no caso de 2, o valor será 0, obtido em 1, a somar a 3, duração da atividade a).
O percurso é realizado até se atingir o acontecimento de final do projeto (neste caso o 5).
Verifique-se que no acontecimento 4, o valor obtido é duplo; pois existem duas atividades
distintas que têm como ponto final esse acontecimento (d, c).
Desta forma o percurso b/c possui uma duração de 5 unidades, enquanto o percurso (a, d)
possui uma duração de 10 unidades. Nestes casos, a duração a ser colocada na data mais
cedo é a de maior valor, pois pretende-se que o acontecimento seja realizado, quando
tiverem sido realizadas todas as atividades que o precedem.
Situação idêntica ocorre no acontecimento 5, com a escolha dos valores do percurso (a, e)
com 5 unidades e (a, d ou b,c) + f, com 13 unidades. Novamente o valor maior é o escolhido.
Assim 13 unidades correspondem ao tempo crítico, que nos fornece a duração esperada para
o projeto.
As datas mais tarde são obtidas, com base no preenchimento do espaço direito, junto ao
acontecimento e toma-se o sentido contrário ao das atividades realizando a subtração do
tempo mais à direita com o tempo da atividade.
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Uma vez calculadas as datas mais cedo e as datas mais tarde que caracterizam os
acontecimentos, é possível detetar o caminho crítico, isto é, a sequência de atividades que
não pode sofrer atrasos, sem que o tempo crítico sofra um aumento do mesmo valor.
Assim, o caminho crítico é definido pelos acontecimentos em relação aos quais se verifica a
igualdade entre a data mais cedo e a data mais tarde (no exemplo, os acontecimentos 1, 2,
4 e 5, pelo que se pode dizer que o caminho crítico é constituído pelas atividades, designadas
por atividades críticas - a,d,f).
A folga de cada atividade, isto é, o tempo pelo qual se pode atrasar o início da atividade sem
se alterar o tempo crítico é dada pela fórmula:
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data mais tarde de fim - data mais cedo de início - duração da atividade
Verifique-se que a folga das atividades críticas (que constituem o caminho crítico) é zero.
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No CPM admite-se que é conhecido com rigor o tempo necessário para a realização das várias
atividades do projeto, além disso, supõe-se conhecida a relação de variação do tempo de
realização com a quantidade de recursos afetados.
Assim no CPM não há tempos incertos de realização como no PERT; o CPM preocupa-se em
especial com as relações tempo-custo.
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2.3.Jit
O JIT (JUST-IN-TIME) pode ser visto a dois níveis: o primeiro, mais conceptual, pode ser
descrito como uma filosofia operacional com o objetivo de aumentar continuamente a
produtividade e a qualidade numa empresa. Este nível foca todas as atividades empresariais
relacionadas com a produção, tais como as relações sociais internas e externas (clientes e
fornecedores) e a tecnologia.
Outra forma de exprimir este conceito, consiste em afirmar que: “Desperdício é tudo aquilo
que não acrescenta valor ao produto ou, por outras palavras, que não confere qualquer
característica que seja percetível pelo cliente final”.
Segundo este princípio, não devem constituir-se stocks de segurança nem stocks
operacionais (produção antecipada) – “Se não vais usar agora, não o faças agora, pois é
desperdício!”
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
Ou seja, uma peça produzida a mais, ou mais cedo, é considerada como um desperdício.
Como se vê, trata-se de um conceito contrário à prática normal de produzir para stock, “just-
in-case” alguma coisa corra mal.
A produção JIT aplica-se exclusivamente à produção repetitiva discreta (peça a peça) por
lotes ou em massa.
Para produzir JIT é preciso uma grande fiabilidade do processo que garanta a disponibilidade
do equipamento e a qualidade dos produtos. Para além disso, é preciso que o fluxo de
produção seja tão uniforme quanto possível.
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
Ou seja, em vez de, como se fazia tradicionalmente, congelar um plano mensal de produção
no respeitante a uma determinada sequência de produtos, fixa-se antes uma certa
capacidade de produção diária.
A ideia consiste, assim, em fazer todos os dias um pouco de todos os produtos necessários
para todo o mês.
Por exemplo, se são necessárias 200 unidades de um produto em 1 mês de 20 dias, todos
os dias serão fabricadas apenas 200/20 = 10 unidades. Ocorrendo qualquer alteração da
procura, as quantidades diárias serão modificadas proporcionalmente, mas o mix de produtos
mantém-se o mesmo.
Repare-se que esta atitude é absolutamente contrária à tradicional, que consistiria, por
exemplo, no seguinte: uma máquina possui uma capacidade de produção de 1 000
unidades/hora de um certo produto. O programa de um dado mês mostra a necessidade de
10 000 unidades. A máquina é programada e ao fim de 10 horas terá conseguido toda a
produção necessária para 1 mês!
Repare-se que, uma vez produzindo-se desta forma, estaremos em condições de oferecer
entregas parciais (semanais ou mesmo diárias) aos nossos clientes, ganhando deste modo
maior competitividade sobre os concorrentes “conservadores”.
Numa segunda fase, procuraremos fazer com que os nossos fornecedores funcionem do
mesmo modo em relação a nós próprios.
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2.4.Kamban
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
O Planeamento determina o que há a fazer e quando deve estar pronto. O controlo exerce-
se através da comunicação permanente entre os Postos de Trabalho e o Planeamento, isto
é, os Postos de Trabalho coordenam a sua atividade com o Planeamento e não entre si.
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Esta consequência torna-se cada vez mais perigosa em empresas que competem
abertamente no mercado e que necessitam de grande flexibilidade.
A ideia fundamental consiste em fazer com que cada cliente interno (Posto de Trabalho a
jusante) comunique em cada momento ao seu fornecedor interno (Posto de Trabalho a
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
Diz-se também que o KANBAN é uma técnica de pedido de jusante ou, ainda, de produção
em fluxo puxado.
A Figura mostra o volume relativo de stocks constituídos entre os vários Postos de Trabalho,
nos métodos push e pull.
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
Na organização KANBAN isto não acontece, pois as decisões do que se deve fazer e em que
quantidades são tomadas quase continuamente. Os stocks em curso, neste caso, deverão
apenas funcionar como pequenos volantes de segurança de forma a precaver atrasos de
montante.
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2.5.Aplicação informática
Manutenção de Informação
Caracterização de Máquinas
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Caracterização de Operações
Caracterização Operações/Máquina
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Por cada Artigo, Secção, Linha de Fabrico, Operação, Encomenda e/ou Tipo de Encomenda
• Atribuição livre de até 26 campos de características a controlar
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
• Período de Trabalho
• Secção de Fabrico
• Tempo de Presença
• Por Secção
• Por Máquina
• Horário de Laboração
Planeamento de Produção
Cálculo de Necessidades
Com base nas encomendas pendentes e nas Árvores de Produto, permite calcular os Artigos
a Produzir e a Comprar (Bill of Materials), com a possibilidade de inclusão das Quantidades
de Stock Mínimo e/ou Existências, por
• Data de Encomenda
• Data de Entrega
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
• Estimativa de Compras
• Ordens Provisórias
• Plano de Ajuda
• Prazos de Fabrico por Artigo e Classificação de
• Artigo
• Calendário
Execução de Produção
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
Controlo da Produção
• Recolha de Folhas de Lote, com introdução de dados manual ou por leitura ótica
• Fecho de Ordens/Lotes de Produção
• Confirmação de Movimentos de Entrada em Stock
• Ordens de Produção - Com base nas Ordens em Produção (em aberto e/ou fechadas,
com ordenação, por Artigo ou Ordem, são possíveis consultas com os seguintes
filtros:
• Por Número da Ordem
o Por Data da Ordem
o Por Data Prevista de Fim
o Por Data de Fecho
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
o Por Artigo
• Lotes de Produção
• Folhas de Lote (recolhidas)
• Fichas Técnicas
• Consumo por Ordem
• Visualização da associação gerada entre as
• Ordens e as Encomendas
• Posição das Ordens de Produção
• Artigos em Produção
• Eficiência por Linha
• Eficiência por Empregado
• Produção por Ordens e Datas
• Cargas por Secção/Máquinas
• Desperdícios, por Ordem, Data, Tipo de Desperdício, Artigos, Máquina e Secção
• Paragens/Imprevistos por Linha
• Paragens por Secção/Máquina
• Consumos por Data de Movimento, Centro Custo, Ordem, Artigo e Armazém
Custeio da Produção
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Orçamentação
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• Atualização automática dos Tempos Estimadas das Operações das Gamas Operatórias
com base no histórico de dados
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3.Gestão da produção
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
Uma empresa industrial, também designada por empresa fabril ou manufatureira, é aquela
cujo processo produtivo consiste sempre na conversão de fatores de produção (ex.: mão-de-
obra, matérias-primas, energia) em produtos.
As fases principais do ciclo produtivo típico das empresas industriais podem caracterizar-se
da seguinte maneira:
• Compra de matérias e serviços;
• Transformação de matérias;
• Venda de produtos.
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
A transformação das matérias é o que se designa vulgarmente por fabricação. Esta consiste
na série de transformações por que passa a matéria-prima até atingir o estado de produto
vendável e que se traduzem economicamente por aumentos de utilidade e valor.
Na atividade de uma empresa industrial existem duas grandes funções, fundamentais, que,
embora intimamente ligadas entre si, têm exigências e características muito diferentes:
• A função dita mercantil ou comercial, dizendo respeito à compra de matérias-primas
e à venda de produtos acabados;
• A função industrial ou técnica, que se insere entre a compra e a venda, para
transformar as matérias-primas em produtos.
Acontece que nem sempre o desenrolar destas grandes funções se verifica, como seria
desejável, de forma harmoniosa.
Mas pode também acontecer, pelo contrário, que a uma atividade comercial dinâmica e
economicamente eficiente corresponda uma atividade industrial antiquada e de baixo índice
de produtividade.
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
Começa assim a delimitar-se a necessidade de uma Contabilidade "de custos" ligada à análise
e ao controlo dos factos de gestão inerentes ao processo produtivo-distributivo, e distinta de
uma Contabilidade Geral que diz respeito ao registo de todos os factos administrativos que
implicam um movimento financeiro.
A Contabilidade Geral regista, pois, as atividades da empresa sob a forma de "fluxos com os
seus diferentes parceiros", valorizados em unidades monetárias.
Assim, a Contabilidade Geral está essencialmente virada para o exterior, daí também se
chamar Contabilidade Externa, ao contrário da "outra" Contabilidade, a Contabilidade
Industrial ou Analítica, que trata fundamentalmente dos processos de transformação interna.
Assim, nestas empresas, a par da função comercial, implícita no ato de comprar, existe
também a função técnica ou industrial propriamente dita, que consiste na transformação das
matérias em produtos. Estas duas funções são, porém, interdependentes, como se observa
na Figura:
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
Assim, em complemento do atrás referido sobre a Contabilidade Geral, pode dizer-se que
esta é uma Contabilidade do global, pelo que se torna necessária uma Contabilidade "de
análise" – Contabilidade Analítica – que será, na realidade, uma Contabilidade de pormenor.
Só a Contabilidade Analítica pode fornecer informações sobre aspetos tão cruciais ao decisor
como, por exemplo:
• Quais são os produtos que contribuem positivamente para o resultado económico
e, pelo contrário, quais aqueles que devem ser abandonados?
• Quais os centros de atividade que funcionam bem e quais os deficientes?
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ufcd 0621 – Planeamento e gestão da produção
A Contabilidade Analítica não se limita, como é óbvio, às empresas industriais. Mas é nas
empresas industriais que a Contabilidade Analítica assume maior importância e
complexidade, sendo a utilidade do seu emprego mais sentida. Isto, devido à elevada
importância dos custos a controlar e à quase impossibilidade de se poderem conhecer, sem
análises apropriadas, os custos dos produtos.
Daí que possamos continuar a entender a Contabilidade Industrial no seu sentido "analítico"
de apoio à gestão, visando, por conseguinte, a tradução em unidades monetárias de todo o
processo tecnológico da empresa industrial.
É a análise e tratamento dos custos que serve de base a processos tão correntes como, por
exemplo, a decisão de produzir este ou aquele produto ou de determinar um preço desejável
(ou possível) de venda.
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A contabilidade geral não está orientada para esta segmentação da informação financeira
numa perspetiva de análise de rendibilidade por tipo de negócio, cliente, geografia, ou outra.
O apuramento dos resultados financeiros deve ter em vista a responsabilização dos seus
gestores e a sua avaliação de performance, pelo que os mesmos devem estar ligados ao
sistema de avaliação e recompensa dos gestores.
O CR é portador de uma missão, tem objetivos próprios e poder de decisão sobre meios
necessários para realizar os seus objetivos.
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Teoricamente este nível de poder e decisão varia consoante a natureza do respetivo centro,
pelo que iremos analisar as métricas mais adequadas consoante a tipologia dos CR, numa
ótica mais de responsabilização dos gestores, do que propriamente de valorização dos
inputs/outputs.
Centros de Custo - num CR desta natureza o seu gestor tem como missão maximizar a gestão
de um conjunto de custos, tentando minimizá-los face ao orçamento inicial, mas mantendo
determinados indicadores mais qualitativos, como sendo a qualidade do serviço prestado a
outros centros.
Na prática assume-se que o resultado de um centro de custo será sempre uma MC negativa.
Centros de Resultados - como o seu próprio nome indica, neste centro o seu gestor tem
como objetivo maximizar o seu resultado, podendo para isso utilizar um incremento nas
rubricas de proveitos ou uma redução na componente de custos.
A este nível podem ser utilizados indicadores como a margem bruta - MB, o resultado antes
de impostos - RAI, a margem de contribuição - MC ou o próprio resultado liquido - RL.
No entanto surge como mais apropriada e completa a utilização da MC, uma vez que engloba
a totalidade dos custos (fixos + variáveis) sobre os quais o gestor tem poder de decisão e
exclui variáveis que o gestor não controla como sendo a componente de impostos.
Centros de Investimento - uma vez que os gestores destes centros têm poder de decisão
sobre a componente de investimento necessária para a atividade operacional do CR, também
os seus gestores devem ser avaliados pelo seu desempenho a este nível.
Pelo que surge-nos como indicador mais adequado para avaliação destes gestores a MCR,
que inclui para além da avaliação do resultado operacional do centro também a componente
de desempenho ao nível das decisões de investimento/financiamento do CR
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Bibliografia
Assis, Rui, Planeamento e gestão da produção: guia do formando, Ed. ISQ/ IEFP, 1998
Dias, Álvaro, Planeamento e controlo de gestão, manual do formador, Ed. CECOA, s/d
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