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UNIP – UNIVERSIDADE PAULISTA

Campus Alphaville

Nome: Edilene Silva Oliveira

RA: C3131E-6

Curso: Gestão da Qualidade - GQ4P06

Disciplina: Fundamentos da Qualidade

Santana de Parnaíba

Outubro/2016
1. Resumo Costa Neto – Capitulo 5 – Administração da Produção
1.1. Introdução
Segundo Costa Neto, a Administração da Produção ou Administração de
operações é a função administrativa responsável pelo estudo e pelo
desenvolvimento de técnicas de gestão da produção de bens e serviços.
A Administração da Produção e Operações refere-se às atividades
orientadas para a produção de um produto ou serviço, lidando com os meios de
produção (matéria-prima, equipamento e mão-de-obra), buscando utiliza-los
juntamente com as funções gerencias, de forma eficiente e eficaz para obter
produtos e serviços de qualidade que atendam aos consumidores e alcançar os
objetivos das organizações.
O planejamento e o controle da produção são muito importantes para
que os objetivos de uma organização sejam alcançados, nos prazos e com
qualidade de seus produtos. Estas ações garantem que os recursos produtivos
estejam disponíveis na quantidade, no momento e no nível de qualidade
adequado, garantindo uma produção eficaz. Assim teremos um alto índice de
produtividade e qualidade, menor índice de falhas e erros, consequentemente,
menor custo de produção, e maior lucratividade.
O sistema de produção é definido como o conjunto de atividades e
operações inter-relacionadas envolvidas no processo produtivo de bens e
serviços. Ele recebe insumos na forma de materiais, pessoas, capital, etc., que
são transformados em produtos e serviços.

1.2. Planejamento e controle da produção – PCP


1.2.1. Apresentação
O PCP, Planejamento e Controle da Produção consiste em um processo
utilizado no gerenciamento das atividades de produção. Sistema de
gerenciamento dos recursos operacionais de produção de uma empresa, com
funções envolvendo planejamento, programação e controle, bem como a
determinação das quantidades que serão produzidas, qual o layout da planta
para melhor aproveitamento do fluxo de insumos, quais as etapas de cada
processo de manufatura e designação de mão de obra.
Nos dias atuais existem departamentos especializados apenas no PCP,
sendo estes dedicados as atividades mais operacionais do cotidiano de
produção.
Quem não planeja, programa e controla o que produz, provavelmente
terá dificuldades em alcançar os índices de produtividade e qualidade que o
mercado exige, logo está fadado ao desaparecimento.

1.2.2. Evolução do PCP


Ao longo dos anos, as atividades de planejamento, programação e
controle da produção vêm evoluindo de maneira notável com novas práticas e
métodos na medida em que novos desafios vieram aparecendo, com eles
surgiram a necessidade de planejar, programar e controlar uma maior
diversidade de produtos, lidar com produtos e processos de produção mais
complexos.
Os métodos de controle de inventário tiveram as primeiras versões em
1875, poucos anos após a consolidação da manufatura pelo princípio da
intercambiabilidade de peças, o PCP em sua forma moderna nasceu com a
prática do plano mestre de produção. A evolução dessa prática veio com o
aparecimento do computador, capaz de desdobrar o plano de produtos
acabados para seus componentes, peças e materiais por meio de software, e
esses sistemas vieram a ser chamados de Material Requirements Planning
(MRP). Com maior capacidade computacional e maior experiência da equipe
de PCP nos mecanismos de desdobramento do plano mestre de produção
utilizando a lista de materiais ou Bill of Materials (BOM), incluindo um maior
domínio no cálculo do MRP, esses sistemas se popularizaram na década de
1970.
As ordens de produção do PCP passaram a ser produzidas por sistemas
centralizados (mainframes) utilizando a técnica MRP. O PCP tinha em mãos
uma ferramenta computacional de controle da manufatura para gerar
programação da produção e de fornecedores, controlar a distribuição e
almoxarifado, e contando com interfaces com outros setores como o de
recursos humanos e finanças.
Nesse sentido, o PCP que já tinha o computador como ferramenta
indispensável para realizar suas atividades acompanhou uma nova evolução
da informática, mais abrangente e de maior capacidade de cálculo, de forma
que não se pode negar uma relação da evolução do PCP com base na
evolução dos sistemas de informação industrial. Com a difusão generalizada da
informática a partir da década de 1990, surgiram soluções computacionais com
finalidade de comunicar os dados industriais das empresas integrando as
“ilhas” departamentais. Essa solução passou a se chamada de Enterprise
Resources Planning (ERP), sendo considerado como um dos
desenvolvimentos mais significativos do MRP.
As novas práticas e métodos tiveram como berço a empresa
automobilística Toyota Motor Company por meio do seu sistema conhecido
como Sistema Toyota de Produção. Essas novas práticas e métodos
estabeleceram novas abordagens de produção, voltados para erradicar os
desperdícios como excessos de estoques provocados principalmente pela
superprodução, ficando conhecido como Just-In-Time (JIT).

1.2.3. Visão geral do PCP - Objetivos do PCP


A função do PCP requer um modo de pensar que objetive responder a
indagações referentes aos diversos questionamentos sobre o que será feito,
como, por quem e com que recursos, onde e quando será executado.
O planejamento de produção define todos estes fatores, a partir do
projeto de desenvolvimento do produto que vai ser manufaturado, fornecendo
os dados básicos para o estabelecimento da programação.
O trabalho de planejamento, direta ou indiretamente, afeta toda a
organização, por meio de documentos e planos: roteiro de produção,
ferramentas e estimativas, etc.
O objetivo global do PCP não envolve somente o planejamento, mas
também a programação (definição de quando fazer) e o controle do que foi
estabelecido, não deixando que o objetivo final seja desviado do plano, ou
ainda, decidindo sobre quaisquer mudanças que possam ocorrer, caso,
defeitos ou falhas do planejado passem a atuar no sistema.
O PCP vem para dar suporte à gerência na tomada de decisão, já que
está nela os maiores problemas de produção, onde o seu objetivo maior é
sempre esquecido, o de gerenciar os meios planejados e não as metas de
produção.
As empresas que possuem maior preocupação com o seu PCP ou
efetuam algum PCP, conseguem melhores resultados finais. Além de estarem
sempre com os seus planos de melhoria voltados para onde suas produções
prioritariamente exigem.
O PCP consegue dar informações à gerência, e esta tem capacidade de
decidir melhor. Além da empresa conseguir uma melhor compatibilização dos
produtos entre a produção e as vendas, levando a um produto capaz de
atender ao cliente e a produção, já que neste setor este fato é de suma
importância, dada a diversificação que os modelos podem alcançar.
Em suma, o PCP tem como função a organização, padronização e
sistematização do processo, levando a empresa a produzir com mais perfeição,
segurança, rapidez, facilidade, correção e menor custo.

1.3. Outras ações do PCP


1.3.1. Estoques
Os estoques têm a função de garantir a independência entre duas fases
subsequentes de um processo. Ao reduzir estoques você pode identificar quais
são as áreas falhas de um processo e melhorá-las.
Os estoques tem a função de atender a demanda em épocas onde a
capacidade não pode fazê-la unicamente, dessa forma, acumular estoques em
períodos de baixa sazonalidade são uma forma de atender a demanda em
períodos de alta sazonalidade. Por quê existem estoques?
a) Falta de coordenação entre suprimento e demanda
Por exemplo, é impossível coordenar a produção de alimentos com o seu
consumo, existem épocas específicas onde determinados produtos terão a sua
colheita, o que implica um alto padrão sazonal. Já a população precisa se
alimentar de forma constante ao longo do ano, por isso a importância do
estoque de alimentos. Reflita e analise quais outros tipos de produtos e
serviços são difíceis de serem coordenados.
b) Incerteza de Previsões de Demanda
Quando as previsões de demanda estão sujeitas a taxas de erros
consideráveis então a formação de estoques é um fator de segurança.
c) Especulação
Em certos casos criam-se estoques com objetivo meramente especulativo para
obtenção de vantagens financeiras.
d) Disponibilidade no canal de distribuição
A logística necessita que produtos sejam colocados próximos aos
consumidores. Uma compra de supermercado que você realizou e está
depositada em sua geladeira é um exemplo.

2. Capitulo 19, por Costa Neto: Decisões e a questão Ambiental.


2.1 Introdução
Há somente uma decisão que se contrapõe à de sustentabilidade, a de
não sustentabilidade. Sustentabilidade é característica ou condição do que é
sustentável e sustentar é manter o equilíbrio.
Sustentabilidade Ambiental é o Relacionamento da Sociedade Moderna
com o Meio Ambiente, reduzindo os impactos que a sociedade produz sobre o
meio que a cerca.
Há exemplos, na história da humanidade, de civilizações que
sucumbiram por terem esgotado seus recursos naturais.
Os danos ambientais locais determinavam a obsolescência de uma
sociedade e eram prenúncio de uma nova sociedade.

Sustentabilidade Global
A tomada de decisões que visa à sustentabilidade deve considerar que
esta ideia implica em demandas complexas, que só podem ser atendidas por
um quadro Inter e/ou multidisciplinar. E deverão ser considerados aspectos
sociais, econômicos e ambientais que interagem em escala temporal e
espacial.

2.2 O Desafio do Desenvolvimento Sustentável


O grande desafio é alcançar o desenvolvimento sustentável. Segundo
Herman E. Daly (1977) há dois princípios básicos a serem atendidos, sendo
eles: Os recursos naturais não devem ser consumidos a uma velocidade que
impeça sua recuperação. E a produção de bens não deve gerar resíduos que
não possam ser absorvidos pelo ambiente de forma rápida e eficaz.
A aplicação desses princípios em nível global direciona ações locais em
prol da conservação dos sistemas de sustentação da vida e da biodiversidade,
do aumento de uso de recursos renováveis, da minimização da utilização de
recursos não-renováveis e do respeito aos limites da capacidade de suporte
dos ecossistemas.

2.3 A pirâmide das decisões e suas lições


Por falta de um prego,
perdeu-se uma ferradura.
Por falta de uma ferradura,
perdeu-se um cavalo.
Por falta de um cavalo,
perdeu-se um cavaleiro.
Por causa de um cavaleiro,
perdeu-se uma batalha.
E assim um reino
foi perdido.
Tudo por falta
de um prego.
George Herbert (1593 – 1633), The Nail
A pirâmide possibilita analisar também a situação inversa, quando é
necessário o desmembramento das escolhas globais em escolhas individuais,
com no caso hipotético de o rei ter tomado a decisão de reduzir custos
afetando o fornecimento de pregos aos ferreiros do reino. Certamente, a
decisão da batalha foi de responsabilidade do rei.
A representação na forma de pirâmide auxilia a compreensão das
relações entre os diferentes níveis hierárquicos nas tomadas de decisões.
Na base da pirâmide encontra-se os níveis individuais e em seu topo
pode-se visualizar os níveis globais.
Entre os extremos, estão alinhados níveis intermediários ordenados em
ordem crescente de abrangência das decisões e de influência dos tomadores
de decisão.
A Pirâmide de Decisões na Empresa em sentido descendente, encontra-
se a organização hierárquica: Presidente; Diretores, gerentes, etc. Na pirâmide
também podem ser visualizadas outras estruturas hierárquicas que estão além
dos limites da organização empresarial, como, por exemplo, a comunidade, o
estado, o país e o mundo.
Em Estruturas de Decisão, para cada nível hierárquico da pirâmide de
decisões, há diferentes estruturas de decisão, como os governos, secretarias,
agências locais e câmaras de comércio, que podem pertencer a um nível local
(como a cidade). O nível nacional envolve, entre outras estruturas, ministérios e
agências nacionais. Neste nível, é comum observar um comprometimento dos
governos com fóruns internacionais e o encaminhamento de políticas globais
em diretrizes e programas nacionais.
Existem informações para tomada de decisão, sendo elas as estruturas
organizacionais em determinado nível hierárquico.
Retroalimentação entre diferentes níveis da pirâmide de decisões
existem as restrições, que não ocorre de forma instantânea, mas respeitando o
tempo de renovação (turn-over) de cada tipo de processo localizado em cada
nível. Todos os processos se dão em um período de tempo próprio de sua
natureza. À medida que se ascende na escala da pirâmide, as constantes de
tempo características para os processos correspondentes aumentam.

2.4 A Ferramenta
Claramente, surge a necessidade de uma ferramenta de avaliação
capaz de abranger as características próprias locais e as ações, evidenciando
o perfil inédito geográfico e o sociocultural, mas sem perder o contexto global,
no qual as ações estão inseridas.
Na busca desta ferramenta, não se pode fugir da aplicação de uma
metodologia rigorosamente fundamentada, que permita o diagnóstico de
problemas de forma transparente, que auxilie a evidenciar as soluções
sustentáveis e que seja suficientemente abrangente e integradora para
acompanhar a tomada de decisão em vários níveis da pirâmide.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COSTA NETO, P. L. O. Administração com Qualidade: Conhecimentos


necessários para gestão moderna. São Paulo: Blucher, 2010. Página 119 a
Página 157.

COSTA NETO, P. L. O. Qualidade e Competências nas decisões. São Paulo:


Blucher, 2007.

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