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Slide 3- Habilidade dos Compradores

Para chegar à profissão de comprador é normal o profissional ter passado


por funções administrativas dentro de uma empresa. Muitos chegam
nesse cargo com algumas habilidades já desenvolvidas e outras ainda a
evoluir.
Organização
A primeira habilidade é se organizar. Na profissão de comprador é preciso
atuar em várias frentes, interagindo com diversos setores da empresa. Por
isso, ter tudo organizado facilita as coisas.
Cálculos
Apesar de todas as ferramentas que temos à disposição, é importante na
profissão de comprador ter uma boa noção de cálculos. Conhecê-los bem
lhe dará mais opções numa negociação. Além de uma melhor análise da
relação custo/benefício das transações. São as regras básicas de
matemática financeira como juros, porcentagens, impostos, etc.

Relacionamento
Um bom relacionamento com as pessoas é desejável para todos na equipe
e indispensável para o trabalho do profissional de compras. Espera-se
dele uma comunicação clara, seja por e-mail ou telefone.
Negociação
Saber negociar é uma arte que precisa ser aprendida. Ninguém nasce com
ela. Envolve técnicas e psicologia. Grandes negociadores trabalham anos
a fio acrescentando ao seu repertório nuances de comportamento que
fazem a diferença quando se está negociando.
Visão estratégica
Com a grande competitividade entre as empresas, a profissão de
comprador se tornou estratégica. Aqueles profissionais que entendem do
negócio onde trabalham têm a oportunidade de sugerir melhorias de um
ponto de vista único.
Slide 4- Competências do Profissional de Compras

1. Determinar quais as necessidades de compras;


2. Pesquisar e desenvolver novos fornecedores;
3. Avaliar propostas;
4. Negociar contratos e analisar todas as cláusulas;
5. Acompanhar os pedidos de compras;
6. Se atualizar sobre novas tendências e possibilidades;
7. Avaliar o desempenho dos fornecedores;
8. Reduzir custos de aquisição mantendo o padrão de qualidade;
9. Participar de projetos de novos produtos.

Gestão de Estoques
Slide 5 – Gestão de Estoques
Em uma empresa de varejo ou indústria, gerir estoques pode ser resumido
como a função de equilibrar compras, armazenagem e entregas,
controlando as entradas e o consumo de materiais, movimentando o ciclo
da mercadoria.
Objetivos da gestão de estoque
Identificar demanda do mercado: ao saber exatamente quais os
produtos que mais têm saída do estoque da sua empresa
Não perder vendas: quando você sabe quais são os produtos mais
consumidos pelos seus clientes.
Evitar prejuízos: estoque é sinônimo de capital e quando existem
mercadorias que não são vendidas significam dinheiro parado.
Planejar vendas: a gestão do estoque ajuda o setor de vendas a fazer um
planejamento bem programado.
Planejar produção: quando uma empresa fabrica produtos para vender,
a gestão do estoque é duplamente benéfica.
Slide 6 – Tipos de Estoque
Estoques de Matérias-primas: São todos os produtos usados na
fabricação ou linha de montagem de determinado item.
Estoques de produtos em processo: São todos os produtos que já
entraram no processo produtivo.
Estoques de Produtos acabados: São todos os produtos que já estão
prontos para serem entregues aos clientes.
Estoques em trânsito: corresponde aos despachados e que ainda não
chegaram em seu destino final.
Slide 7 – Custos de Estoque
Custos de capital: Juros e depreciação
Custos com pessoal: Salários e encargos sociais
Custos de edificação: aluguel, impostos, energia e outros
Custos de manutenção: Deteriorização, obsolescência de equipamentos

Slide 8– Metodologias de Gestão de Estoque


1.PEPS/FIFO
Essa metodologia segue o princípio de que as mercadorias mais antigas
do estoque são as que devem ser vendidas primeiramente. Daí o emprego
da sigla PEPS, que significa “primeiro a entrar, primeiro a sair”.
2. UEPS/FEFO
O UEPS inverte a lógica da metodologia anterior, estabelecendo que o
produto mais recentemente incorporado ao estoque da empresa é o
primeiro que deve ser disponibilizado para as vendas. Assim, o significado
da sigla é “último a entrar, primeiro a sair”.
3. Custo Médio
Também chamada de média ponderada móvel, a metodologia do custo
médio prevê a renovação dos valores do estoque a cada vez que houver
a entrada de novos itens por meio do cálculo de uma média ponderada.
A média é o resultado da soma dos valores dos produtos antigos com os
valores dos produtos novos dividida pela quantidade total de itens
disponíveis no estoque.
4. Preço específico
O preço específico é o mais simples entre os métodos de gestão
apresentados neste modulo.
Porém, para ser utilizado de maneira eficaz, é preciso que o gestor de
estoque tenha condições de definir o preço exato de cada uma das
unidades armazenadas.
Slide 9 – Analise de Estoque (inventário)
A necessidade da empresa modifica o tipo de inventário adequado às suas
expectativas. Por exemplo, um estoque pouco movimentado pode ser
contado mensalmente, mas um com elevado fluxo de mercadorias
precisará de uma inspeção mais frequente.
Pensando nisso, conheça agora os principais tipos de controle de estoque:
2. Inventário Parcial ou Dinâmico
Refere-se à contagem de uma parte específica dos bens de uma empresa.
3. Inventário Geral
Trata-se da contagem dos bens de uma empresa ao final do chamado ano
fiscal.
4. Inventário Rotativo
Corresponde às contagens de estoques realizadas várias vezes, mensal,
semanal ou diariamente.
5. Inventário Cíclico
Busca o ajuste periódico entre a quantidade de bens em estoque e as
informações utilizadas em lançamentos contábeis. Logo, enquanto o
inventário rotativo atende a necessidades administrativas, como evitar
extravios e controlar os níveis de estoque, o inventário cíclico procura dar
segurança à base de dados da empresa.

Slide 10 – Giro de Estoque


Giro de estoque é a velocidade com que o investimento em estoque é
movimentado pelas vendas ou consumo em produção
Matematicamente a formula é: GE = V/E
Seção 3 – Gestão de Compras
Saber negociar é imprescindível em qualquer empresa.
É por meio das técnicas de compras que se pode reduzir custos e
conseguir melhores condições de pagamento sem interferir na qualidade
do produto.
Slide 11– Sistemas de Compras
Notar a real importância da função Compras como potencial fonte de
competitividade é fundamental para a empresa que deseja estar
participando eficazmente de seu mercado no presente e no futuro.
Na estrutura de custos de uma empresa, economizar 5% na função
Compras pode representar um acréscimo de até 30% do resultado líquido,
de acordo com o segmento.
A função compras, tem por finalidade suprir as necessidades de materiais
ou serviços, planejá-las quantitativamente e satisfazê-las no momento
certo com as quantidades corretas.
Slide 12 – Sinal de Demanda
O sinal de demanda é a forma sob a qual a informação chega à área de
compras para desencadear o processo de aquisição de bem material.
Os objetivos básicos de uma seção de compras são:
• Obter um fluxo contínuo de suprimentos a fim de atender aos programas
de produção;
• Coordenar esse fluxo de maneira que seja aplicado um mínimo de
investimento que afete a operacionalidade da empresa;
• Comprar materiais e insumos aos menores preços, obedecendo a
padrões de quantidade e qualidade definidos;
• Procurar sempre dentro de uma negociação justa e honesta as melhores
condições para a empresa, principalmente condições de pagamento.

Slide 13 – Organização de Compras


As atividades típicas da seção de compras são:

1. Pesquisa dos fornecedores


• Estudo do mercado
• Estudo dos materiais
• Análise dos custos
• Investigação das fontes de fornecimento
• Inspeção das fábricas dos fornecedores
• Desenvolvimento de fontes de fornecimento
• Desenvolvimento de fontes de materiais alternativos.

2. Aquisição
• Conferência de requisições
• Análise das cotações
• Decidir comprar por meios de contratos ou no mercado aberto
• Entrevistar vendedores
• Negociar contratos
• Efetuar as encomendas de compras
• Acompanhar o recebimento de materiais.

3. Administração
• Manutenção de estoques mínimos
• Transferências de materiais
• Evitar excessos e obsolescência de estoque
• Padronizar o que for possível.

4. Diversos
• Fazer estimativa de custo
• Dispor de materiais desnecessários, obsoletos ou excedentes.
Seção 4 – Estratégias de Compras
Slide 14 – Características de um bom negociador
1- Ver a negociação como um processo contínuo, no qual nenhum item
é imutável, mesmo fechado o acordo e assinado o contrato;
2- Ter mente aberta;
3- Estar alerta para suas necessidades pessoais e de seu negócio, sem
se descuidar das necessidades de seu oponente;
4- Ser flexível e capaz de, rapidamente, definir metas e interesses
mútuos;
5- Não tentar convencer o oponente de que o ponto de vista dele está
errado e deve ser mudado;
6- Desenvolver alternativas criativas que vão ao encontro das
necessidades de seu oponente;
7- Ser cooperativo porque a cooperação possibilita clima propício à
solução de problemas, em harmonia;
8- Ser competitivo, o que estimula as duas partes a serem mais
eficientes na procura de benefícios mútuos desejados;
9- Compreender que a manipulação de pessoas é incompatível com as
metas de harmonia resultantes da cooperação e competição;
10- Atingir os próprios objetivos e, ao mesmo tempo, fazer
contribuições significativas para alcançar as metas da organização.

Slide 15 – ESTRATÉGIAS DE COMPRAS


Um dos instrumentos mais eficazes no relacionamento do comprador e
seus fornecedores é a confiança mútua. Quanto mais aberta e clara a
negociação, maiores são as chances de uma boa compra.
Uma boa negociação ocorre quando ambas as partes saem ganhando.
Basicamente qualquer processo de negociação obedece a cinco etapas
que precisam ser cumpridas com igual cuidado, para que se tenha um
resultado final positivo.
Preparação: onde se estabelecem os objetivos que devem ser alcançados
de forma ideal e os que a realidade permitirá atingir.
Abertura: serve para reduzir a tensão, consolidar o objetivo.
Apresentação: como é feito o relacionamento dos objetivos e
expectativas iniciais com as necessidades da outra parte.
Clarificação: consiste em ouvir atentamente as objeções.
Ação Final: é a procura de um acordo ou decisão.
Slide 16 – Planejamento de Compras
Um sistema adequado de compras tem variações em função da estrutura
da empresa e em função da sua política adotada. Periodicamente esse
sistema vem sendo aperfeiçoado, acompanhado a evolução das relações
comerciais, mas os elementos básicos permanecem os mesmos. Entre
essas características destacam-se em:
 Sistemas de compras a três cotações: Tem por finalidade partir de
um número mínimo de cotações para encorajar novos competidores.
 Sistema de preço objetivo: O conhecimento prévio do preço justo.
 Duas ou mais aprovações: No mínimo duas pessoas devem estar
envolvidas em cada decisão de escolha do fornecedor.
Documentação escrita: A presença de muito papel pode parecer
desnecessária, porém fica evidente que a documentação escrita
anexa ao pedido.

Slide 17 – CUIDADOS PARA O ÊXITO EM UMA NEGOCIAÇÃO


1. Comece sempre a negociação, fornecendo e solicitando
informações, fatos, deixando opiniões, julgamentos e valores para
depois.
2. Procure “vestir a pele” do outro negociador.
3. Nunca esqueça que um bom negócio só é bom quando é bom para
ambas as partes.
4. Procure sempre fazer perguntas “abertas” que demandem respostas
além do simples sim ou não;
5. A dimensão confiança é importantíssima no processo de negociação,
procure ter atitudes geradoras de confiança em relação ao outro
negociador;
6. Evite fazer colocações definitivas ou radicais;
7. Nunca encurrale ou pressione o outro negociador, deixando sempre
uma saída honrosa.
8. Toda pessoa tem seu estilo de negociação e determinado tipo de
necessidade e motivação; ao negociar lembre-se dessas diferenças;
9. Saiba ouvir e procure não atropelar verbalmente o outro negociador;
10. Procure sempre olhar os aspectos positivos do outro
negociador.
Slide 18 – Modalidades de Compras
1. De Emergência: É aquela que se realiza às pressas. Acontece
quando a empresa não faz planejamento das compras.
2. Especulativa: É realizada, antes de se apresentar a necessidade.
3. Antecipada: É realizada, a fim de atender às reais necessidades da
loja para determinado período. Exige rigorosa previsão das vendas.
4. Contratada: É aquela que prevê a entrega dos pedidos em épocas
pré-determinadas.
5. Reposição: É aquela para adquirir mercadorias com comportamento
estável das vendas
Slide 19 – Condições de Compras
 Preços: Prever as necessidades de uma empresa consiste em
calcular o que lhe virá a ser necessário durante determinado período,
que seja para assegurar o funcionamento da linha de produção quer
seja para o funcionamento de toda a empresa.

 Prazo de entrega: A definição dos prazos necessários para que os


materiais estejam na empresa e a previsão de possíveis atrasos, é
fundamental, exigindo esforço máximo no sentido de seu alcance.

 Frete: Representando em alguns casos parcela significativa no preço


do produto, as condições mais frequentes para o frete são para
preços FOB, no qual o transporte do fornecedor até a empresa não
está incluso, ou CIF, em que no preço está incluída a entrega. É
importante avaliar entre as duas situações. É interessante ainda
verificar as modalidades de transporte disponíveis para a escolha da
alternativa mais viável.

 Embalagem: O tipo de embalagem em que vem acondicionada a


mercadoria constitui fator preponderante no seu preço de aquisição.
Torna-se necessário verificar se não existe elevação no preço da
mercadoria em função da embalagem utilizada. A embalagem com
que o Setor de Compra deve preocupar-se é com a de transporte,
que trará a mercadoria até à empresa, dando a ela total proteção,
sem excessos ou sofisticação.
Slide 20 – Condições de Pagamentos e descontos
Um dos objetivos de uma boa compra é conseguir as melhores condições
de pagamento. Em função da padronização de condições de pagamento
pelos fornecedores, a ação do comprador neste sentido fica dificultada,
exigindo maior habilidade na tentativa de obter maiores e melhores prazos.
Já os descontos para pagamentos à vista já estão incluídos normalmente
em qualquer negociação, por todos os fornecedores. O que deve ser
considerado é o diferencial em percentual do preço à vista e do preço
faturado em número determinado de dias. Podem ocorrer situações em
que o pagamento à vista seja mais vantajoso do que o parcelado e vice-
versa.

Seção 6 – Gestão de Demanda


Segundo a ciência das economias, demanda é: “Disposição de comprar
determinada mercadoria ou serviço, por parte dos consumidores”.
Slide 21 – Tipos de Demanda
A variação do padrão de demanda pode variar por quatro motivos bem
distintos:
 Sazonalidade: Caracteriza-se por uma repetição constante e
proporcionalmente com a mesma intensidade de uma flutuação da
demanda. Isso ocorre como consequência de fatores externos a
empresa tal como: clima, período de férias, eventos particulares e etc.
A sazonalidade geralmente é considerada em bases anuais, mas
também podem acontecer em uma base semanal, ou até diária.

 Tendência: Mostra um crescimento ou decréscimo do padrão de


demanda de forma constante. Esta tendência pode se mostrar no
formato linear, geométrico ou exponencial. Exemplo: Um produto que
saiu de moda.

 Variação Aleatória: Muitos fatores podem afetar a demanda durante


períodos específicos, sendo que ocorrem em uma base aleatória.
Essa demanda pode ser pequena, com a demanda real chegando
perto do padrão, ou pode ser grande, com os pontos espalhados pelo
gráfico.
 Cíclica: Em vários anos ou até mesmo em décadas, aumentos e
diminuições ondulatórias na economia influenciam a demanda. O
estudo e previsão dos ciclos ficam a nível macroeconomistas.
Um estoque pode assumir várias características ao longo do tempo. O seu
comportamento sofre influência internas e externas.
Slide 22 – Apresentação Gráfica dos tipos de demanda
Para uma melhor visualização dos tipos de demandas que um estoque
pode apresentar, demonstraremos em gráfico de tendências, ainda que
sem demonstrar suas influências, as possíveis características básicas,
fazendo comentários de suas peculiaridades e possíveis influências
internas e externas
DEMANDA NORMAL:

A característica básica que predefine um item de demanda normal, é que


sua movimentação e uma mediam de si mesmo, dentro de qualquer
quantidade considerada. Ou seja, um item que considerada sua demanda
media em unidades, como de um ano entre 10 a 20% sobre a sua média,
tanto para mais como para menos. Outra característica é a da não
sazonalidade. Tanto sobe como desce em qualquer dos meses do ano.
DEMANDA SAZONAL

A característica básica de um item sazonal é em primeiro lugar, que não


existe uma média confiável durante o período de um ano. Nota-se que em
determinados períodos, ele tem uma demanda que chega a 50 e 60%
maior ou menor que a média sempre no mesmo período do ano.
DEMANDA CRESCENTE
A característica básica do item de demanda crescente é a de estar sempre
acima da média anterior. No mês a mês, mostra um aumento sempre que
o estoque disponível permite. Cai ou mantêm sua média somente por falta
de produto.
DEMANDA DECRESCENTE

A característica básica do item de demanda decrescente é a de estar


sempre abaixo da média anterior. No mês a mês, mostra uma diminuição
da demanda independente do estoque disponível. Cai e não mantêm sua
média. Tendo ou não, vende sempre menos.

Slide 23 – GRÁFICO DENTE DE SERRA


A representação da movimentação (entrada e saída) de uma peça dentro
de um sistema de estoque pode ser feita por um gráfico, em que a abscissa
é o tempo decorrido (t) para o consumo, normalmente em meses, e a
ordenada é a quantidade em unidades desta peça em estoque num
intervalo de tempo. Este gráfico é chamado dente de serra devido a sua
característica visual geralmente se assemelhar a tal objeto.
O ciclo acima representado será sempre repetitivo e constante se:
a) não existir alteração de consumo durante o tempo T;
b) não existirem falhas administrativas que provoquem um esquecimento
ao solicitar compra;
c) o fornecedor nunca atrasar;
d) nenhuma entrega do fornecedor for rejeitada pelo controle de qualidade.
Como sabemos essa condição realmente não ocorre para isso devemos
prever essas possíveis falhas na operação como representado abaixo:

No gráfico acima podemos notar, que durante os meses de junho, julho,


agosto e setembro, o estoque esteve a zero e deixou de atender a uma
quantidade de 80 peças.
A partir dessa análise concluímos que deveríamos então estabelecer um
estoque de segurança.

Slide 24 – TEMPO DE REPOSIÇÃO OU DE RESSUPRIMENTO (TR)


O tempo de reposição é um dos cálculos simples e importantíssimo a ser
analisado, pois a não observância desse fator poderá acarretar a falta do
item, pois entre vários fatores envolve:
 Emissão da Requisição de Compras: pedido/ verificação de
orçamento.
 Preparação do pedido: tempo que leva do fornecedor fabricar/
embalar/ faturar e deixá-lo em condições de ser transportado.
 Transporte: tempo que leva para sair do fornecedor até o
recebimento do solicitante.
Então o ponto de pedido de reposição, será definido quando o saldo de
estoque estiver abaixo ou igual à determinada quantidade chamada ponto
de pedido.

Slide 25 – PONTO DE PEDIDO (PP) OU REPOSIÇÃO (PR) OU


ENCOMENDA (PE)
Será calculado com a fórmula:
PP = Em + (C x Tr)
Sendo: PP = Ponto de Pedido
Tr = Tempo de reposição
C = Consumo Médio Mensal (empresas usam D referente a demanda)
Em = Estoque mínimo

Estoque mínimo (Em).


Usa-se o modelo para cálculo de estoque mínimo:
a – fórmula simples
Em = C x K
Onde: C = consumo médio mensal
K = fator de segurança

No fator de segurança, caso queiramos ter uma falha de apenas 10 % em


nossos estoques usaremos 0,90. Isso quer dizer que queremos uma
garantia de que somente em 10% das vezes o estoque desta peça esteja
zero.
b – fórmula da raiz quadrada
Usa-se quando;
 O consumo durante o tempo de reposição for pequeno, menor que
20 unidades.
 O consumo for irregular.
 A quantidade requisitada ao almoxarifado for igual a 1.
Em = √C x Tr
Exemplo: uma peça é consumida a uma razão de 30 unidades por mês,
e seu tempo de reposição é de dois meses. Qual é o ponto de pedido, uma
vez que o estoque mínimo deve ser de um mês de consumo?
PP = Em + (C x Tr)
PP = (30 x 2) + 30
PP = 90 unidades.
Quer dizer quando o Estoque virtual chegar a 90 unidades, deverá ser
emitido um novo pedido de compra.

Estoque Máximo
É a quantidade máxima permitida em estoque. Será o valor encontrado da
soma do Estoque Mínimo (Em) com a Quantidade de pedido (PP).
Emáx = Em + Quantidade pedida.

Estoque Médio:
O estoque médio irá fazer uma previsão de demanda para o próximo
período, existem várias formas de se calcular:
Método do último período:
Consiste em utilizar como previsão para o período seguinte o valor
ocorrido no período anterior.
Método da média móvel:
A previsão para o próximo período é obtida calculando-se a média dos
valores de consumo no n períodos anteriores.
CM = C1 + C2 + C3 + .... + Cn
n
CM= Consumo médio
C = Consumo nos períodos anteriores
n = Número de períodos
Desvantagens deste método:
- As médias móveis são afetadas por valores extremos isso pode ser
superado utilizando-se a média móvel ponderada com pesos apropriados;
- As observações mais antigas tem o mesmo peso que as atuais.

Método da média móvel ponderada: este método é uma variação do


método anterior em que os valores dos períodos mais próximos recebem
peso maior que os valores correspondentes aos períodos mais antigos
Xi = ∑ Ci . Xi
∑ . Ci
Xi = previsão de consumo
Ci = peso ou fator de importância
Xi = Consumo de estoque de cada período

Slide 26 – Classificação ABC


A curva ABC é um importante instrumento para o administrador; ela
permite identificar aqueles itens que justificam atenção e tratamento
adequados quanto à sua administração.
Esse método de gestão baseia-se em três aspectos fundamentais para
estabelecer a importância da manutenção de cada produto no estoque.
São eles: o giro, o faturamento e a lucratividade.
Assim, os produtos classificados como do tipo “A” são aqueles que
possuem giro razoável, mas geram alta lucratividade e faturamento, sendo
muito importante garantir níveis adequados desses itens no estoque.
Os produtos do tipo “B” são aqueles que devem corresponder à maior
parte do estoque, pois possuem um giro alto, contribuindo bem para o
aumento do faturamento, mas sem alcançar lucros tão altos quanto os
produtos tipo “A”.
Por fim, os produtos do tipo “C” possuem pouca saída e representam uma
fatia pequena do faturamento mensal, alcançando lucros restritos.
A curva ABC é uma metodologia muito eficiente em termos do ajustamento
do processo de compras.

A curva ABC tem sido usada para a administração de estoques, para


definição de políticas de vendas, estabelecimento de prioridades para a
programação da produção e uma série de outros problemas usuais na
empresa.
Após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, às classes
da curva ABC podem ser definidas das seguintes maneiras:
Classe A: Grupo de itens mais importante que devem ser trabalhados com
uma atenção especial pela administração.
Classe B: Grupo intermediário.
Classe C: Grupo de itens menos importantes em termos de
movimentação,
No entanto, requerem atenção pelo fato de gerarem custo de manter
estoque.

A classe “A” são os itens que nesse caso dão à sustentação de vendas,
podemos perceber que apenas 5% a 20% dos itens correspondem a 80%
do faturamento (alta rotatividade).
A classe “B” responde por 25% a 40% dos itens em estoque e 15% do
faturamento.(rotatividade média).
A classe “C” compreende a sozinha 50% a 70% dos itens em estoque,
respondendo por apenas 5% do faturamento.
Seção 6 – MRP MATERIALS REQUIREMENT PLANNING
ou PLANEJAMENTO DAS NECESSIDADES DE MATERIAIS
É uma técnica que permite determinar as necessidades de compras dos
materiais que serão utilizados na fabricação de certo produto.
Com base na lista de materiais, obtida por meio da estrutura analítica do
produto, também conhecida por árvore do produto ou explosão do produto,
e em função de uma demanda dada, o computador calcula as
necessidades materiais que serão utilizados e verifica se há estoques
disponíveis para o atendimento. Se não há material em estoque na
quantidade necessária, ele emite uma solicitação de compra – para os
itens comprados – ou uma ordem de fabricação – para itens fabricados
internamente.
O sistema de planejamento de material permite que as empresas calculem
quantos materiais de determinado tipo são necessários e em que
momento, objetivando o cumprimento de entregas de produtos sempre
com o mínimo de estoque necessário.
O processo de planejamento do MRP evoluiu, como todo o processo, pela
melhoria continua das organizações, de modo a satisfazer as
necessidades e atendimentos da evolução tecnológica.
Ficando então definido como sendo um plano global para o planejamento
e monitoramento de todos os recursos de uma empresa de manufatura,
marketing, finanças e engenharia, ou seja, é a integração de toda a
empresa.
O planejamento dará base de informações ao MRP, quando levarão em
consideração além das previsões de vendas (demandas), outros fatores
como carteira de pedidos, disponibilidade de material, metas de forma a
estabelecer com antecedência a melhor estratégia de produção ou
compras.
Slide 27 – Objetivos do MRP
O desafio de planejar e controlar os estoques e acarretar a satisfação dos
clientes, sejam internos ou externos, com o menor investimento possível,
é o objetivo primordial deste sistema, onde serão constantemente
calculadas as variações através de:
· Rotatividade de estoque – na análise de Custo do capital; Custo de
manutenção/ armazenagem, obsolescência,
· Atendimento ao cliente – nas faltas de material, onde reprogramações
para a eliminação de custos como horas extras e desgastes com os
clientes,
· Produtividade – em paralisações de equipamentos e da produção da
organização ou desperdícios em geral.
· Utilização da capacidade – na utilização econômica dos recursos das
instalações,
· Custo de material – nas decisões de O que?, Como?, Quando? E Onde?
Devem ser avaliadas a fim de evitar custos adicionais.
· Custos do sistema – na eliminação de retrabalhos, em que resultam no
conhecido apagar incêndios.
Slide 28 – Parametrização do sistema MRP
Para parametrizar o MRP você precisa conhecer e entender como
funciona as seguintes ferramentas e suas analises, a primeira delas é:
ES ou estoque de segurança: é a quantidade mínima de peças que devem
ser mantidos no estoque;
LOTE: é a quantidade em que o item é fabricado, quando produzido
internamente ou através de terceiros;
TA: tempo de atendimento ou lead time: é o tempo de ciclo que vai desde
o recebimento dos pedidos até a fabricação dos lotes e o envio ao cliente
final;
Comprometido: quantidades do item que já tenham sido previamente
comprometidas/reservadas
NP ou necessidade de produção projetada: é a quantidade de itens que
são projetadas para determinada semana.
RP ou recebimentos previstos/Em Transito: é a quantidade de materiais
que já foram previamente planejados e que estão com previsão de
chegada para determinado período;
DM ou disponível à mão: é o estoque que estará disponível ao final de
cada semana;
NL ou necessidade líquida de produção: são as quantidades que deveriam
ser produzidas independentemente do tamanho do lote;

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