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Processamento de
Pedidos e Controle
de Estoques
MÓDULO 1
Sumário
Apresentação 4
1 Introdução e Conceituação 7
3 Políticas de Estoque 11
Atividades 16
Referências 17
3 Custo de Estocagem 20
4 Custos de Capital 20
5 Custos de Armazenamento 20
6 Custos de Risco 21
7 Custo de Pedidos 22
Atividades 29
Referências 30
2
2 Modelos de Gráficoc de Movimentação e Estoques 34
Glossário 41
Atividades 42
Referências 43
Gabarito 44
3
Apresentação
Prezado(a) aluno(a),
Este curso possui carga horária total de 35 horas e foi organizado em 8 unidades,
dividas em 3 módulos, conforme a tabela a seguir.
4
Fique atento! Para concluir o curso, você precisa:
Bons estudos!
5
UNIDADE 1 | GESTÃO DOS
ESTOQUES
6
Unidade 1 | Gestão dos Estoques
Nesta unidade você vai conhecer um pouco mais sobre a função e os objetivos dos
estoques, aprendendo a identificar diferentes rotinas de gerenciamento desse elemento
tão importante numa empresa.
1 Introdução e Conceituação
a)
Melhorar o nível de serviço
prestado.
7
Mas, cuidado, nunca seja pego com muito estoque! Estoque custa dinheiro. Parece
paradoxal, não acha?
8
5. Permitir flexibilidade na programação da produção. O estoque tem que ser capaz
de se adaptar às alterações e solicitações do setor produtivo. Manter estoques
de reserva é uma maneira de garantir o fornecimento ao setor produtivo.
Manter estoques de reserva é uma maneira de garantir o fornecimento ao setor
produtivo.
Gerenciar os estoques é uma tarefa difícil. Uma das principais dificuldades é buscar
conciliar da melhor maneira possível os diferentes objetivos de cada departamento da
empresa para os estoques, sem prejudicar a operacionalidade da empresa. Explicando
melhor: a gerência financeira tem como meta minimizar estoques, uma vez que este
significa capital investido, enquanto os gerentes de produção e de vendas desejam
estoques mais elevados (o primeiro encara os estoques como um meio de ajuda para a
produção e o segundo deseja atender a todos os clientes).
9
Quadro 1: Conflitos interdepartamentais quanto aos estoques.
DEPTO.
DEPTO. DE COMPRAS
FINANCEIRO
Matéria - Prima (Alto -
Desconto sobre as
estoque) Capital investido
quantidades a serem
compradas
Perda Financeira
DEPTO.
DEPTO. PRODUÇÃO FINANCEIRO
Material em Processo (Alto -
Nenhum risco de falta Maior custo de
estoque)
de material. Grandes armazenagem
lotes de fabricação. e perdas por
obsolescência
DEPTO. VENDAS DEPTO.
FINANCEIRO
Produto acabado Entregas rápidas, boa
imagem, melhores Maior custo de
vendas armazenagem
Para isso, a gestão dos estoques não deve se preocupar apenas com o fluxo diário
de materiais entre vendas e compras, mas com a relação lógica entre cada integrante
deste fluxo, trazendo uma mudança na forma tradicional de encarar o estoque.
10
3 Políticas de Estoque
3º. O nível de flutuação dos estoques, para atender uma alta ou baixa de vendas
ou alteração do consumo. Existe um grau de atendimento pelo setor de estoques
ao setor de produção (consumo de matéria-prima) e ao setor de vendas (produtos
acabados). Este grau de atendimento é medido em porcentagem. Ex: Ao se
determinar que se deve atender aos clientes ou ao setor de produção em 90% de
suas necessidades e que temos um consumo de matéria-prima ou venda mensal
de 700 unidades, deve-se ter disponível em estoque para fornecimento de 630
unidades, ou seja, 700 x 0,90, como mostra o gráfico.
11
Capital
Investimento
80 90 % Grau de atendimento
Gráfico 1: Grau de atendimento ao cliente em função do capital investido
4º. Definição da rotatividade (ou giro) dos estoques. A rotatividade dos estoques é
importante, pois empresas com baixa rotatividade geram pequeno retorno ao
capital investido. Como exemplo, suponhamos que o volume de vendas seja de
R$ 1.800,00 e o capital em estoque de R$ 1.000,00. Então, a rotatividade do
estoque é:
12
Por fim, cabe dizer que as diretrizes 3 e 4, são as que merecem especial atenção do
profissional da área de estoque. Nelas será medido o capital investido em estoque.
13
5 Classificação dos Estoques
Já tratamos da finalidade dos estoques. É importante citar agora alguns outros aspectos
necessários para se montar um sistema de controle de estoque. Assim, procuraremos
classificar os vários tipos de estoque.
• Produtos Acabados: são aqueles que já passaram pelo processo produtivo, mas
cuja venda ainda não foi concretizada (exemplo: os veículos prontos);
• Materiais Auxiliares: são os produtos que normalmente são utilizados pela área
administrativa da empresa (exemplo: materiais de escritório e de limpeza).
Resumindo
14
As políticas de estoque devem, fundamentalmente, definir:
• Nível de flutuação dos estoques para atender uma alta ou baixa nas
vendas
15
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. A gestão de estoques tem
como objetivo otimizar o investimento em estoques,
aumentando o uso eficiente dos meios da empresa,
minimizando as necessidades de capital investido.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
16
Referências
17
UNIDADE 2 | CUSTOS DE
ESTOQUE
18
Unidade 2 | Custos de Estoque
Nesta Unidade, você vai aprender mais sobre os custos de estoque, descobrindo como
mantê-los sem onerar o processo de produção e vendas.
Para que uma empresa possa maximizar seu lucro é necessário, entre outras coisas:
• Eficiência na operação
Os estoques ajudam a elevar ao máximo o atendimento aos clientes, mas, para isso, é
necessário manter alto o nível dos estoques.
Mas tudo isso tem um preço. Manter altos níveis de estoque gera custos elevados para
uma empresa. Logo, é preciso otimizar o investimento em estoques, equilibrando com
o custo de sua manutenção.
Sendo assim, devemos voltar nossa atenção para os custos associados aos estoques.
Acompanhe a seguir os tipos de custo utilizados nas decisões sobre a gestão de
estoques.
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2 Custo por Item
O custo pago por um item comprado consiste no custo desse item e de qualquer outro
custo direto associado como, por exemplo, trazê-lo até a fábrica. Isso pode incluir
transporte, seguro e taxas aduaneiras. Quando se trata de um item fabricado na própria
empresa, incluem-se os custos de mão de obra, de material utilizado na fabricação e
ainda os custos indiretos (como, por exemplo, consumo de energia, manutenção dos
equipamentos, entre outros).
3 Custo de Estocagem
4 Custos de Capital
O dinheiro investido em estoques não está disponível para outras utilizações e por isso
representa o custo de uma oportunidade perdida. Esses custos variam em função da
taxa de juros, do crédito da empresa na praça e das oportunidades de investimentos
que a empresa pode ter.
5 Custos de Armazenamento
20
6 Custos de Risco
Observe o quadro de Martin (2000), que apresenta um resumo das variações dos custos
de armazenagem.
Quadro 2: Variações dos custos de armazenagem
21
Exemplo:
Resposta:
7 Custo de Pedidos
22
Como já foi dito, o custo anual com pedidos depende do número de pedidos emitidos
em um ano. Porém, podem ser reduzidos se a cada pedido forem requisitadas mais
unidades, o que resulta na emissão de menos pedidos. Entretanto, isso aumenta o
nível de estoque e também o custo anual com sua manutenção.
Exemplo:
Resposta:
23
b) comprar três vezes por ano, lote = 15.000/3 = 5.000 unidades
Em resumo, esta tabela mostra a relação entre os custos de pedido e o estoque médio
(Q/2) mantido.
Tabela 1: Relação entre os custos de pedido e o estoque médio (Q/2)
São aqueles custos que ocorrem caso haja uma demanda por parte do cliente, ou por
parte do setor de produção, por algum item em falta no estoque. Podem ocorrer dois
tipos de custo de falta de estoque: custos de vendas perdidas e custos de atrasos. O
primeiro ocorre quando um cliente cancela seu pedido caso o produto desejado esteja
em falta, então o custo é estimado como o lucro perdido pela perda da venda. Os
custos de atraso referem-se aos custos incorridos entre a data do pedido não-atendido
e a data efetiva de atendimento do pedido. Eles podem ser do tipo:
24
b. Custos extraordinários de
transporte e manuseio, caso o
suprimento deva ser realizado fora
do canal normal de distribuição.
O setor da empresa responsável pelo controle dos estoques tem por objetivo minimizar
o custo total com estoque. Como pode ser visto no gráfico apresentado previamente,
os custos de armazenagem e o de pedido têm comportamentos “opostos”. Enquanto o
custo de armazenagem cresce conforme aumenta a quantidade em estoque, o custo
de pedido diminui com a quantidade pedida por requisição. Portanto, diminuir um
25
custo significa aumentar o outro. Logo, é necessário balancear esses custos, isto é,
encontrar o ponto ideal, ou a quantidade adequada. Esse ponto ideal é dado pela
interseção das duas curvas de custo, no ponto (Q0). A curva de custo total, em formato
de “U”, representa a soma das curvas de custos de armazenagem e de pedido. Como
pode ser visto no gráfico, o ponto mais baixo, ou mínimo, da curva de custo total
coincide com o ponto de interseção das duas curvas de custo. É esse, então, o mais
baixo custo total, ou seja, a quantidade Q0 em estoque é a que incorrerá no menor
custo total de estoque (C0).
Custo
(Valores)
Custo total
C0 Custo de
armazenagem
Custo de pedido
Q0 Quantidade
Gráfico 2: Curva de custo total de estoque
Exemplo:
26
Resposta:
Custo de Pedido
Quantidade Custo de
(custo do pedido
comprada Armazenagem Custo Total (R$)
x nº de pedidos)
(por lote) (R$)
(R$)
0,30 x 2.500/2 = R$ 375 + 480 = R$
2.500 30 x 16 = R$ 480,00
375,00 855,00
0,30 x 2.600/2 = R$ 30 x 15,38 = R$ 405 + 444,30 = R$
2.600
390,00 461,40 866,40
0,30 x 2.800/2 = R$ 30 x 14,29 = R$ 420 + 428,70 = R$
2.800
420,00 428,70 848,70
0,30 x 3.000/2 = R$ 30 x 13,33 = R$ 450 + 399,9 = R$
3.000
450,00 399,90 849,90
0,30 x 3.200/2 = R$ 30 x 12,5 = R$ 480 + 375 = R$
3.200
480,00 375,00 855,00
27
Conclui-se que a melhor quantidade a ser comprada por pedido é 2.800 unidades, pois
apresenta o menor custo total de estoque (R$ 848,70).
Custo total
848,7
Custo de
armazenagem
Custo de pedido
Resumindo
28
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Nas decisões sobre a gestão
de estoques são utilizados os custos da compra do item, de
estocagem, de pedidos, de falta de estoque os associados à
capacidade.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
29
Referências
30
UNIDADE 3 | NÍVEIS DE
ESTOQUE
31
Unidade 3 | Níveis de Estoque
O que é nível de estoque? E estoque mínimo? Você já ouviu falar em ressuprimento?
Controlar o nível de estoques é uma tarefa difícil e quase incerta, pois nunca se tem
certeza da quantidade de itens que serão solicitados aos estoques. Para uma melhor
compreensão do controle de estoque, antes vamos apresentar algumas definições:
Q E.Mx
E.Mn
T
Gráfico 4: Estoque mínimo
32
b) Estoque Médio: O estoque médio (E.M.) é definido como o nível médio de
estoque em torno do qual as operações de compra e de consumo se realizaram.
O estoque médio pode ser representado com Q/2, sendo Q a quantidade que
será comprada para ser consumida. Em outras palavras, o estoque médio é a
quantidade comprada (Q) para ser consumida num dado intervalo de tempo (T)
dividida por 2.
Q/2 (E.M)
T
Gráfico 5: Estoque médio
Lote de
compra
E.Mn
T
Gráfico 6: Lote de compra
33
d) Estoque Médio Ajustado para Incertezas: Por definição, o estoque médio
ajustado para incertezas é definido como a soma do estoque médio e do estoque
de segurança (estoque mínimo), isto é:
E.Ma = E. M. + E. Mn.
Suponha que uma empresa mantenha 50 unidades de uma certa matéria-prima como
estoque mínimo (segurança). Ela adquire periodicamente 150 unidades dessa matéria-
prima para ser consumida na produção. Então, o seu estoque médio ajustado para
incertezas é de 125 unidades, ou seja:
a) Gráfico de Dente-de-Serra
Quantidade
180
160
Reposição
140
120
Co
Co
100
n
n
su
su
80
mo
mo
60
40
20
Tempo
J F M A M J J A
Gráfico 7: Gráfico de dente-de-serra
34
Chamamos de gráfico de dente-de-serra aquele onde se vê que o estoque iniciou na
quantidade mais alta, foi sendo consumido durante determinado tempo até chegar a
zero no quarto mês, como vimos. Estamos supondo que este consumo tenha sido igual
e uniforme mensalmente.
Quando o estoque chegou a zero, no quarto mês (abril), imediatamente foi dada
entrada no estoque uma quantidade igual à inicial (180). Com isso, o estoque retornou
à posição inicial.
Política 1
50
25
365 Dias
300
Política 2
150
365 Dias
Gráfico 8: Outro exemplo de gráfico de dente-de-serra
35
c) O fornecedor do item nunca atrasar sua entrega
Mas a prática mostra que estas quatro condições, juntas, não ocorrem em 100% dos
casos. Assumindo que estas ocorrências são normais, então, se deve criar um método
com a finalidade de diminuir o risco de ficar com o estoque a zero durante algum
período.
Quantidade
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Tempo
-20 J F M A M J J A
-40
A M J
Gráfico 9: Gráfico dente-de-serra com ruptura de estoque
Nesse gráfico, vemos uma situação de dente de serra com ruptura, ou seja, ocorreu
alguma situação dentre as citadas que fez com que chegássemos ao estoque zero
ainda sem fazer a reposição do mesmo (é uma situação faltosa).
Na linha pontilhada, verifica-se que, nos meses de abril e maio, o estoque esteve a zero
e então deixou de atender a uma quantidade de 40 peças (itens) que seriam consumidas
nesse período. O administrador (ou controlador) de estoque tem que tentar impedir
esta situação, escolhendo a melhor solução possível, ou seja, a mais econômica.
36
c) Dente-de-Serra Utilizando o Estoque Mínimo
Quantidade
180
160
140
120
100
80
60
40 Estoque mínimo
20
Tempo
J F M A M J J A
Gráfico 10: Gráfico dente-de-serra com estoque mínimo
Esse gráfico mostra o seguinte: se determinássemos um ponto (ou seja, uma quantidade
de reserva para suportar os atrasos, as qualidades e as alterações de consumo) a
probabilidade de o estoque chegar a zero seria bem menor. E, com isso, a probabilidade
de não atender a produção ou ao requisitante é reduzida.
Vê-se ainda nesse gráfico que o estoque que se inicia em 180 unidades seria consumido
mês a mês, e quando chegasse em 40 unidades seria reposto em 140 unidades,
retornando assim às 180 unidades iniciais.
Essa quantidade de estoque mínimo serve como segurança para as eventualidades que
por acaso ocorressem durante o prazo de entrega do material. Novamente, deve-se
ter critério e bom senso para dimensionar o estoque de segurança, pois ele representa
capital empatado.
d) Tempo de Ressuprimento
37
Você sabia que o tempo de ressuprimento pode ser
desmembrado em três partes? Vejamos:
TR Tempo
Gráfico 11: Tempo de ressuprimento
Esse tempo deve ser determinado de modo mais próximo da realidade possível. As
variações ocorridas durante esse tempo podem alterar toda a estrutura do sistema de
estoques.
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e) Ponto do Pedido
O Ponto de Pedido (PP) é, por definição, igual à quantidade em estoque para atender
à produção, durante o tempo de ressuprimento (PP = emissão do pedido + preparação
do pedido + transporte).
PP
C x TR
E.MN
T
TR
Gráfico 12: Ponto do pedido
Em suma, quando o nível de estoque for igual a PP, um novo pedido deve ser emitido.
Exemplos:
Resposta:
PP = (30 x 2) + 30
PP = 60 + 30 = 90 unidades
39
Logo, quando o estoque chegar a 90 unidades, deverá ser emitido um pedido de
compra para que, ao fim de 60 dias (2 meses) quando atinge o estoque mínimo, a peça
chegue ao almoxarifado na quantidade comprada.
Exemplo:
Resposta:
PP = 20 x 3 + 20
PP = 60 + 20 = 80
40
b) Se essa margem for estabelecida alta, acarretará custos mortos, custos de estoque
parado, em virtude da não necessidade, em momento algum, de determinada
quantidade que está no estoque.
Onde:
C: consumo médio
K: um coeficiente de segurança
E. Mn = 118,75
Glossário
41
Atividades
aa
1) Julgue verdadeiro ou falso. Controlar o nível de estoques
é uma tarefa difícil e quase incerta, pois nunca se tem certeza
da quantidade de itens que serão solicitados aos estoques.
Verdadeiro
( ) Falso
( )
Verdadeiro
( ) Falso
( )
42
Referências
43
Gabarito
Questao 1 Questão 2
Unidade 1 V F
Unidade 2 V F
Unidade 3 V F
44