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O que é estoque?

O estoque se refere ao espaço de armazenamento das empresas e indústrias, no qual as


matérias-primas e produtos são guardados e organizados para a etapa de fabricação ou venda
aos clientes.

Embora seja um espaço normalmente localizado nos “bastidores” de um negócio, longe da visão
dos clientes e parceiros comerciais, o estoque é central para o sucesso das operações de uma
empresa.

O estoque bem organizado e atualizado constantemente colabora para um atendimento mais


agilizado e para a satisfação do cliente.

O armazenamento e reposição dos produtos faz toda a diferença para que a equipe comercial
consiga ajudar o cliente a encontrar a mercadoria que está precisando, na quantidade e
qualidade certa.

Por que é importante conhecer os tipos de estoque existentes?

Conhecer os tipos de estoque existentes é importante porque ajuda as empresas a escolherem


a alternativa mais eficiente para cada modelo de negócio. 

Por exemplo, para empresas de food service, que trabalham com itens perecíveis, há uma
necessidade ainda mais urgente de acompanhar gestão de estoque, armazenamento correto,
prazos de validade e controle de qualidade.

Por isso, não é todo tipo de estoque que entrega as necessidades desse tipo específico de
estabelecimento.

Já em grandes indústrias, em que há necessidade de armazenamento de matérias-primas em


grande quantidade, que vão para o processo de fabricação, o tipo de estoque ideal pode ser
ainda maior do que em empresas de varejo, que atendem com foco no comércio local.

Esses são só alguns exemplos que ilustram a importância de selecionar bem o armazenamento
correto.

Depois de escolher o modelo de armazenamento, há ainda outras vantagens de fazer a gestão


de perto. 

Com o gerenciamento eficiente, as empresas  têm em mãos dados mais precisos para tomar
decisões sobre compras futuras, evitando situações como falta de produtos ou excesso de itens
parados. 

A tecnologia, nesses casos, faz toda a diferença, pois com sistemas de gestão de estoque é
possível integrar as informações com o setor de compras e time comercial.

Dessa forma, evita-se que o cliente chegue até o estabelecimento e não encontre o que procura,
resultando em uma venda perdida e um consumidor frustrado.

12 tipos de estoque

Presente em todo o processo produtivo de uma empresa, o estoque é fundamental para facilitar
as vendas e demais etapas de compra e gestão de itens. 
Mas, como veremos abaixo, não existe apenas um tipo de estoque. Entenda melhor com os
exemplos a seguir!

1. Estoque de segurança;
2. Estoque de contingência;
3. Estoque sazonal;
4. Estoque mínimo;
5. Estoque máximo;
6. Estoque médio;
7. Estoque consignado;
8. Estoque regulador;
9. Estoque inativo;
10. Estoque em trânsito;
11. Dropshipping;
12. Estoque de ciclo.

1. Estoque de segurança

Estoque de segurança é o tipo de armazenamento que representa o mínimo necessário para


que as empresas e varejistas possam manter o ritmo de produção e atendimento ao cliente.

Em outras palavras, é a armazenagem que todo negócio deve ter como régua para reduzir os
riscos de perda de vendas ou atraso em alguma demanda de produção por falta de matéria-
prima.

As principais características desse modelo é que ele deve fornecer a quantidade ideal para que a
empresa mantenha seus prazos, garanta a satisfação dos clientes e mantenha o fluxo mínimo de
produção.

Muitas empresas adotam o estoque de segurança como estratégia para reduzir custos com
armazenagem ou para liberar espaço para produtos sazonais e perecíveis.

O grande desafio para os gestores é fazer o cálculo preciso para encontrar esse balanço do
estoque de segurança, para que não falte.

Leia também: Como montar uma loja de variedades: passo a passo!

2. Estoque de contingência

Também conhecida por “estoque isolador” ou “estoque de proteção” , essa alternativa de


armazenagem é usada para se ter uma quantidade extra que vai além do que se tem no estoque
de segurança.

O nome “isolador” é usado por empresas que sabem que podem sofrer uma falta de
abastecimento de forma repentina, acima do esperado em outros setores.

Por exemplo, uma indústria que depende de uma matéria-prima importada para sua produção
pode seguir com o estoque de contingência para prevenir de forma mais segura o
desabastecimento em longos períodos.

Afinal, crises econômicas, políticas e sociais podem impactar na escassez de algumas


demandas.

3. Estoque sazonal
O estoque sazonal, por sua vez, é aquele que é utilizado para manter os níveis de produtos da
empresa para as datas de promoções, como Natal, Black Friday, Dia das Mães, Dia dos
Namorados, entre outros.

Todas essas épocas e datas comemorativas são momentos com uma alta demanda, ou seja, é o
momento em que as empresas mais vendem itens.

Para atender a essa demanda, as empresas devem se preparar com antecedência e tomar todas
as medidas necessárias para não frustrar clientes por falta de estoque.

A estratégia normalmente é adotada quando o gestor identifica um aumento na expectativa de


vendas e, diante dessa variação, reforça o estoque.

Em outras palavras, a produção e aquisição de itens é intensificada com o objetivo de assegurar


ao consumidor o pronto atendimento de seu pedido, permitindo que a empresa aproveite a
oportunidade para ampliar as suas vendas e lucrar.

É importante destacar também que esse modelo é utilizado quando gestores percebem o risco
de sofrer alguma interrupção ou enfrentar problemas no fornecimento de algum item devido a
uma situação inesperada, como um estoque de contingência.

Dessa forma, evitam-se prejuízos ao atendimento dos clientes por meio da compra antecipada e
em maior volume dos itens e produtos necessários.

4. Estoque mínimo

Nesse modelo de armazenagem, conhecido também como ponto de ressuprimento, a empresa


está no nível mínimo e precisará fazer um novo pedido de reposição aos fornecedores. Ao
contrário, poderá ficar sem mercadorias para a venda ou produção.

5. Estoque máximo

O estoque máximo representa a capacidade de armazenamento da empresa. Ou seja, se um


novo pedido de mercadorias for realizado aos fornecedores, não haverá espaço para estocá-las
de forma correta.

Conhecer o limite de capacidade do estoque é fundamental para evitar que novos pedidos de
compra sejam feitos, pois sem armazenamento adequado os itens podem acabar estragando e
tendo sua qualidade prejudicada.

6. Estoque médio

O estoque médio, na verdade, é um indicador de estoque, ou seja, um número que representa


a média dos níveis de estoque ao longo de um período de tempo.

O cálculo é feito somando-se o nível de estoque apurado ao final de cada período (mês) e
dividindo esse valor pelo número total de períodos (12 meses, por exemplo).

Para ficar mais fácil, vamos imaginar uma situação hipotética em que o nível do estoque em
unidades ao final de cada mês é o seguinte:

 Janeiro:1.000;
 Fevereiro: 900;
 Março: 1.200;
 Abril: 1.500;
 Maio: 1.200;
 Junho: 1.100;
 Julho: 1.000;
 Agosto: 1.000;
 Setembro: 1.000;
 Outubro: 900;
 Novembro: 1.100;
 Dezembro: 1.300.

Somando todos esses níveis de estoque, temos 13.200 unidades. Sendo assim, o estoque médio
da empresa neste caso hipotético será de 1.100 unidades.

7. Estoque consignado

Entre os tipos de estoque há também o modelo consignado, bastante utilizado por e-commerces.
Nessa alternativa, o estoque de produtos é mantido por terceiros, como distribuidores.

Este tipo de estoque é uma opção interessante para empresas que não possuem muito espaço
livre para armazenamento, mas precisam agilizar a distribuição para ampliar as vendas.

Em contrato, é definida a transferência de guarda das mercadorias, mas a propriedade continua


sendo da empresa.

O contrato é feito entre quem cede o espaço (consignante) e quem mantém e distribui os
produtos (consignatório) e pode seguir dois modelos diferentes.

Um deles é o estoque em poder próprio, em que o fornecedor mantém a estrutura para a


venda para o revendedor.

A segunda opção é o estoque do fornecedor em posse de terceiros, no qual o fornecedor


transfere de forma provisória a guarda dos produtos.

8. Estoque regulador

O estoque regulador normalmente é utilizado por empresas que possuem várias filiais e contam
com um centro de distribuição, podendo usar esse local como um estoque central regulador.

Dessa forma, não é necessário alugar um espaço tão grande para armazenagem em cada filial, o
que gera uma significativa economia de custos.

Para implementar o estoque regulador, é necessário desenvolver um bom controle de estoques


nas filiais e manter a maior quantidade no centro de distribuição.

Assim, você pode manter um estoque regulador menor do que seriam os estoques somados de
todas as filiais.

9. Estoque inativo

O estoque inativo nada mais é do que o conjunto de todos aqueles itens que sobraram, por
qualquer que seja o motivo — ter saído de moda, ficado obsoleto, encalhado etc.

Existem diversas estratégias de venda que você pode adotar para se livrar desses itens,
como liquidações, promoções, sorteios ou, dependendo do produto, guardando-o para a
próxima temporada.

Contudo, é importante que você tenha cuidado para não oferecer preços baixos demais, pois
isso pode ser ruim para a imagem e credibilidade do seu negócio.
10. Estoque em trânsito

O estoque em trânsito, também chamado de estoque de canais, é quando uma empresa faz um
pedido para o fornecedor e essas mercadorias são embarcadas e estão a caminho até o
estoque.

Trata-se de um tipo de estoque porque, mesmo que ainda estejam no caminho, em trânsito,
essas mercadorias já podem ser consideradas como parte do estoque.

Ou seja, elas também devem ser incluídas nos inventários da empresa, só que sob o rótulo
de estoque em trânsito.

11. Dropshipping

Dropshipping é um tipo de estoque voltado exclusivamente para lojas virtuais e pequenos


marketplaces.

Nesse modelo, depois da conclusão de uma venda ao consumidor, é aberta uma ordem de


serviço que é encaminhada ao fornecedor.

É esse fornecedor que será o responsável por enviar a mercadoria até o cliente. Ou seja, a
mercadoria sai do centro de distribuição do fornecedor direto para a residência do consumidor
final, mesmo tendo sido vendida em um site de um distribuidor ou revendedor.

Nesses casos, a loja virtual ou marketplace funciona como um intermediário entre o cliente e o
fornecedor. Não é necessário investir em sistemas de armazenagem, tampouco reservar
capital para a gestão do estoque.

Apesar dessa grande vantagem, para ter sucesso no ramo, ainda é preciso ter parceiros de
negócio confiáveis e ágeis.

É preciso buscar o apoio de boas transportadoras e de centros de armazenagem bem


localizados, pois só assim a demanda do cliente será atendida dentro do prazo acordado.

12. Estoque de ciclo

O estoque de ciclo é um modelo interessante para empresas que trabalham com uma
diversidade grande de produtos, como lojas de variedades e indústrias que fabricam diversos
tipos de mercadorias.

Nesses exemplos, como a demanda de rotatividade é grande, é necessário garantir que os níveis
de estoque estejam sempre de acordo com os pedidos dos clientes e fornecedores.

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