ACERVO ARBÓREO

A Quinta da Boa Vista, com traçado e paisagismo característico ainda do projeto de

Glaziou, apesar do abandono dos jardins e sobreposições ao longo do tempo, ainda conserva
um acervo arbóreo muito rico e característico da flora tropical brasileira, uma preocupação do
paisagista Glaziou era retratar todos os espécimes agrupando-os de acordo com sua zona
climática e construindo um verdadeiro mostruário da botânica nacional. Um trecho escrito por
Magalhães Correia fala-nos sobre esse traço do paisagista:

“A Imperial Quinta – diz-nos Magalhães Correia – surpreendia pelo seu aspecto geral,
acidentes do terreno, agrupamento de árvores, alamedas de bambus, lagos, rios, cascatas,
blocos pétreos, grutas, oferecendo perspectivas extraordinárias em sua paisagem, não só
lençóis de verde gramado, únicos no gênero, como as alamedas das palmeiras e das sapucaias,
estas de tons variados, do verde claro ao escuro, ao azul violeta e grená. A alameda das
tamarineiras, bosques com palmeiras, grupos de chichais, capões, enfim, toda a nossa
vegetação tropical estava ali representada.

O parque ressurgia com vegetação hidrófila, litófila, umbrófila, com seus efeitos
extraordinários, obra completa Glaziou”