Você está na página 1de 1

O termo ‘ecletismo’ deriva do verbo grego ‘eclego’, que significa ‘escolher, tomar’, que resulta

uma atitude de acomodação. Além disso, à escolha corresponde uma ‘eclesia’, que em grego
significa ‘reunião’. Assim, a origem etimológica da palavra aponta para o significado do
ecletismo, uma atitude de formar um todo a partir da justaposição de elementos escolhidos
entre diferentes sistemas. Nos edifícios isso se reflete através da justaposição num mesmo
edifício de referências de diferentes origens. O Ecletismo consolidou-se como doutrina
filosófica na primeiro metade do século XIX com o sistema filosófico proposto por Victor
Cousin (1792 1867). Na arquitetura, o Ecletismo teve ascensão ao propor a possibilidade de
desenvolver uma linguagem nova a partir das qualidades de diversas outras, além disso,
devido à sua aparente liberdade de composição e às incontáveis possibilidades de incorporar
aos espaços peças produzidas em série pela Revolução Industrial.

Em função da multiplicidade de referências presentes no Ecletismo, os teóricos propõem


diferentes classificações. No Brasil o termo designa a produção de arquitetura inspirada pela
academia após o declínio do neoclassicismo e podemos classificar algumas dessas
manifestações como: o ecletismo classicizante – onde temos apenas elementos clássicos; o
funcionalismo ou historicismo tipológico – que criou uma “arquitetura falante”, repleta de
símbolos e referências, possibilitando compreender a função do edifício através de sua
fachada, nele a forma é escolhida a partir da função; o ecletismo de catálogo – uma espécie de
popularização de elementos decorativos para a arquitetura, produzidos em série; a arquitetura
do ferro – utilizado inicialmente em equipamentos urbanos (quiosques, coretos, bancos,
postes), galpões, estações ferroviárias e fábricas, foi depois integrado às construções, nas
fachadas e interiores como elemento funcional-decorativo, ligado às edificações da Belle
Époque da virada do século XIX para XX, às vezes com influência da Art Nouveau.

Você também pode gostar