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A LEBRE E A TARTARUGA.

Livremente inspirado na fábula homônima de Esopo.

Texto: Régis Di Soller

Personagens:

Lebre;

Tartaruga;

Apresentador 1;

Apresentador 2.

(Lembre entra em cena. Tartaruga está caminhando próxima ao proscênio)

Lebre – Que dia. Mas que lindo dia! Mais um dia que se passa e eu continuo a vencer
sempre. (para a plateia) Sou dessas!

Tartaruga – Dessas o quê?

Lebre – Dessas que sempre vencem! Afinal, sou a maior velocista de todos os tempos!

Tartaruga – (pensando) Sabe de uma coisa, eu acho que posso te vencer numa corrida!

Lebre – (surpresa) Como é? Você? Me vencer? Hahaha, nunca!

Tartaruga – Por que nunca?

Lebre – Porque eu nunca perdi, queridinha!

Tartaruga – Então tá na hora, queridona!

Lebre – Mas que abusada! Eu não vou correr atoa. Que graça tem correr contra você?

Tartaruga – Tá com medinho?

(As crianças que interpretam o coro reagem com som de provocação)


Lebre – Tá bom, Tartaruga. Vamos correr. Mas não quero saber de choro depois que
você perder!

Tartaruga – Digo o mesmo pra você! (as duas personagens saem e entram os
apresentadores)

Apresentador 1 – E é agora. A grande disputa!

Apresentador 2 – Entre a Lebre e a Tartaruga.

Coro – (em som de torcida) Lebre, Lebre, Lebre...

Lebre – Obrigado fãs, obrigado Brasil!

Apresentador 1 – De um lado, nós temos ela, ela mesma. 27 corridas, 27 vitórias, pura
agilidade (anunciando) Dona Lebre... (o coro aplaude).

Apresentador 2 – E do outro lado nós temos ela, que nunca correu, pois não consegue.
Nunca disputou uma corrida e ainda pensa que pode ganhar da Lebre (anunciando)
Tartaruga....

Coro – (repetindo o nome da Tartaruga, mas desanimados) Tartaruga... Tartaruga...

Apresentador 1 – E sem mais demora, vamos iniciar a disputa!

Tartaruga – Que vença a melhor.

Lebre – No caso eu mesma!

(música ao fundo. As personagens iniciam a corrida. Tempo depois, a Lebre já se


distancia da Tartaruga)

Lebre – Essa Tartaruga é muito lenta. Dá tempo até de tirar um cochilo. (A Lebre deita
para cochilar. Música ao fundo. A Tartaruga se aproxima da linha de chegada)

Tartaruga – Eu venci! Eu venci! Ai gente, não acredito! Eu sabia que eu era capaz. Mas
não tô acreditando!

Coro – Tartaruga, Tartaruga.

Apresentador 2 – Qual é a sensação de vencer a Lebre?


Tartaruga – É uma sensação muito sensacional! Recomendo!

Lebre – (Acordando) Pera aí. O que aconteceu?

Coro – Você perdeu!

Lebre – Não perguntei pra você. (perguntando para outra pessoa do coro) O que
aconteceu?

Coro – A Tartaruga ganhou.

Lebre – Também não perguntei pra você.

Coro – A Tartaruga chegou primeiro

Lebre – (começando chorar) Como assim?

Coro – É simples, ela ganhou e você perdeu!

Tartaruga – Eu não acredito que eu venci!

Lebre – Eu não acredito que eu perdi! Eu nunca perdi!

Coro – Calma, Dona Lebre. Perder é normal.

Lebre – Só se for pra você que nunca ganha!

Apresentador 1 – E assim encerramos a disputa.

Apresentador 2 – E a convencida Lebre perdeu pra Tartaruga!

(Música final. A Lebre continua irritada com o resultado da corrida. A Tartaruga sorri o
tempo todo. O coro forma uma meia lua no fundo do palco. Os alunos do coro serão
divididos para cantar a música final. Um grupo canta o verso da Lebre e o outro canta o
verso da Tartaruga. O refrão será cantado por todos)

“A Dona Lebre,

Se achava vencedora.

Se surpreendeu

Com a nova corredora...


Ihhh, ihhhh

Na disputa, a Dona Lebre

Perdeu pra Tartaruga

Ihhh, ihhhh

Na disputa, a Dona Lebre

Perdeu pra Tartaruga

A Tartaruga

Chegou bem de mansinho

Ela venceu

Passinho por passinho

Ihhh, ihhhh

Na disputa, a Dona Lebre

Perdeu pra Tartaruga

Ihhh, ihhhh

Na disputa, a Dona Lebre

Perdeu pra Tartaruga”

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