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Segunda-feira, 23 de Janeiro de 2017 ARIO DA REPUBLICA ORGAO OFICIAL DA REPUBLICA DE ANGOLA I Série— No 12 Prego deste ntumero - Kz: 460,00 "Tada a carespondencn, quer OReal, quer felaiva ® amincio © sins do «Dito da Repiblicas, deve ser diiaida & Imprensa As its sis [Nacional - EP, am Linda, Rin Henge de Carvalho a? 2, Cidade Alt, Caixa Postal 1306, | AE se ‘woewimprensanacianal goss - End. teleg: | A2* série ingens. ASt sie SUMARIO Assembleia Nacional Let ut: Lei de Tmpeensa, que etabelece o Principios Gerais Orentadores da ‘Comnicagio Seca regula as Formas do Exaciio daLibedae de Ingen —Revoza a Lein° 7/06, de 1S de Maio Lei de Inprenss, Letne 217: Le Orgnica da Ente Reguladora da Conmricapto Social Angolan, ‘qe esteloce as Avibuigdes, a8 Competéneiae, 8 Composit, 2 Organizagao ¢ 0 Funcionamento da Fntidade Reguladora da ‘Caunicoe0 Social Angolena — Revoga as Leis n= 792, de 16 deAbsl e196, de de neta, Line X17 i sabve oBeecicio de Actvidade de Televisa, queteyula oAceasoc 0 Bxarncio da Actividade de Televi,» Gstio eExplorago de Rede de Trampart eDifisao do Sil Televisvoea Prestag ode Sevgos de Comuniato Social Audiovisual en todo oTeitrio Nacional Leins 417 LLeisabre oExerciciod Actividad de Rakodfisio, qe regila oEsericio de Adividade de Radiolifsto no Tarinio Nacional, — Revoss Lein° 9193, de 16 de Abi, Let sobre» Actividad de Radiodfusto Lain S17 [Lei sobre o Edatuto do Joma, — Revoga o Decreton $6197, de 28 de Agosto, ‘ASSEMBLEIA NACIONAL Leins V17 de 25 de Sane A Lei de Imprensa € o Diploma que estabelece os prinei- pios gerais que devem enquadrar a actividad da conunicago social na perspectiva de permit a regulagio das formas de acesso e exereicio da liberdade de imprensa, que consti tum direito fundamental dos cidadaos, constitucionalmente consagrado, Este direito tem sido object de tratamento em legislaga0 cordindria desde 1991, através da Lei n° 22/91, de 1S de Junho eda Lei n® 7/06, de 15 de Maio; TSSINATURA ‘prego de cada lina pblicada nes Diaios Ano Kz, 611 79.50 Ke: 36127000 Ke 18915000 Ke 150111.00 (ba Republica 1" © 2+ série € de Kz: 75.00 e para 937 sale Kz, 95.00, arescido do respective lmposto do seo, dependendo a publicasao da 5 serie de dgosito previo nefectur na tessa a tgrensa Nacinal EB A presente Lei visa coneretizar 0 exereicio dos direitos, liberdades e garantias fandamentais dos cidadlaos, no que tange a liberdade de imprensa ¢ de expressio, Assim, tomando-se necessirio proceder-se a nctualizagiio do regime juridico estabelecido nos diplomas lewais acima citados e adapti-lo as novas circunstancias, tomando-o con- forme & nova realidade politica, econdmica e social do Pais, € 4 Constituigao da Reptiblica de Angola A Assembleia Nacional aprova, por mandato do pove, ‘nos termios das disposiedes combinadas da alinea h) don 1 do artigo 165. da alinea b) do artigo 161", da alinea d) ¢ do n° 2 do atigo 166°, todos da Constitigao da Reptblica de Angola, 9 seatinte: LEI DE IMPRENSA, CAPITULO T Disposicdes Gerais SECCKO I Principlos Gerals agrigo 1° mbit) A presente Lei estabelece os principios geraisorientadores da comunicacto sociale regula as formas do exercicio da liber dade de imprensa, nos termos estabelecidos na Constituiga0 dda Repitblica de Angola ena le, agrigo 2° @etmicse Para efeitos da presente Lei, so adoptadas as seguintes definigdes «@ «Consttuicdoy — € Lei fundamental da Republica de Angola: b) «Comicagéo Socialy — comnicagio de mas- sas dirigida a um arande piblico heterogéneo € 166 DIARIO DA REPUBLICA. snénimo, apattr de empresas on éraios de comm- niicagao social, que organizam e fazem interagir informagio proveniente de fontes diversificadas € as divulgam através de veiculos de transporte suportados na imprensa escrita ou em meios de telecommnicagées que podem incluir sinais de ‘yor eimagem; 0 «io de Comunicastio Social —€ 0 veiculo atraves do qual a inforragio € tramsmitida ao puiblico; @ cdmprensa Escrito — todas as reprodugdes impres- sas de textos ou imagens para pér a disposigao do piblico, ©) «tniprensa em Sentido Amplon — € 9 mesmo que comunicago social, fi «Enypresaou Orgie de Comumicagéo Social» — sto a5 entidades publicas ou privadas, cujo objecto social €a product, transmissao ou retransmissto de infommagio destinada ao piblice, através demcios detelecomuicagdes ou de publicagdes escritas, 9) «Agencia de Noticias) — empresa que elabora € ‘formece materias jomalisticas para assinantes ou no, que incluem éraios de comunicagio social, instituiges piblicas e privadas, ij «Fonte — origem de mensagem, de informagao que inicia um ciclo de comumicagio constituida por pessoas singulares ou colectivas; 1) «spectro Raceléctrieo» —conjunto das frequéncias das ondas eletromaanéticasinferioresa 3000 GHz, ‘ue se propagam no espago, sem guia artifical, J) «Radiodifusdo Sonorace Televisiveny —transmiss30 Lnilateral de comunicagGes sonoras ou televisivas, por meio de ondas radioeléctricas om de qualquer catro meio apropriado, destinadas a recepeio pelo publico em geral B «Operador de Radhodifusco (Sonorae Teevisivay — pessoa colectiva legaimente habilitada para 6 cexercicio da actividade de radiodifisae sonora outelevisiva, 1) «Servigo de Programas —conjunto de elementos de rogramacio, sequencial enitario, fomecido por lum operador deradiodifusto sonora ou televisiva, como tal, identificado no titulo de licenciamento; 1) «Servigo de Programas Generalistasy — servigo de programas que apresente um modelo de pro- ‘gramago universal abarcando diversas espécies de contetidos tadiofénicos ot de televisao, 1) «Serviga de Programas Tematicas (ow Especiali- zadosy» — servigo de programas baseado num modelo centrado de conteiido especializado; 0) «Servigo de Uiilidade Publica» — servigo de pto- ‘gramas de caracter generalista ou tematico, cujo contetdo interessa 2 uma parte do piblico do pais, reaio on localidade; P) «Servigo ce Programa Confessionaby — servigo de programa baseado num modelo centrado de con- tendo ligado especificamente dif sao de ideias ideais religiosos, @ «Licengaa) — acto pelo qual a entidade competente, nos termos do presente Lei, atoriza qualquer enti- dade a explorara actividade deradiodifusio sonora ‘ott televisiva, atribuindo-the o respectivo Alvara: 1) «Alvardoy — titulo de licenciamento que habilita 0 ‘operador de radiodifiso sonora ou televisiva a iniciar a actividade; 8) «Servigo Piiblicon — servigo de programas ¢ de informagao de interesse geral, dirigido a todo ptilico heterogéneo e anénimo, assegurado obri- galoriamente pelo Estado, 1 «Operador Piblico de Radiodifustio Sonora e Tele- ‘istic — todo opetador de radiodifuso sonora ou televisiva incumbido pelo Estado de prestar o sarvigo publica, 1 «ratio Regulador das Telecomunicacées» —enti- dade do Estado responsivel pela planificacio, esto ¢ fiscalizagao do espectro radioeléctrico, ) «Provedbr de Servigas e Contetidos» — pessoa colex~ tiva que prepara e fomeve conteidos as empresas ‘on érgios de commicagio social; Ww) «Provedor de Televistio por Assinatura> — ‘empresa autorizada a distibuir sons e imagens para assinantes, por sinais codificados, através de feixes hertzianos, cabo ou satelite; x) «Media online» —meio de comunicagio que necessita de recurso electrénico ou electromecinico para ‘que o usuitio final tenha acesso aos contetidos de texto, video ou audio, gravados ou transmitidos «am tempo real ARTIGO 32 (ets de conmnicasa0 soca) (Os meios através dos quais as empresas ou érgaos de ‘comunicacdo social diftmdem os contetidos, entre cutros, sto: 4) Jomais, incluindo os electrénicos, +b) Revistas, incluindo as electronicas; ¢) Todas as demais publicacdes periédicas, ) Radiodifivsio sonora; e) Televisa; Pi Azéncia de noticias ‘g) Media online; h) Cinemas ¢ expasos piblicos onde se exibem docu mentarios e noticiarios. ARTIGO 4= (iratto subsiaiariy Constitui direito subsidisrio a presente Lei, a Declaragao Universal dos Direitos do Homem, a Carta Asricana dos Direitos do Homem ¢ dos Povos ¢ os demais instrumentos intemacio- nis de que Angola ¢ parte. I SERIE —N° 12 ~ DE 23 DE JANEIRO DE 2017 167 SECCAOT Liberdaide de Imprensa ARTIGO 5° (Couteide da iberdade de fmprenss) 1A liberdade de imprensa traduz-se no diteito de infomar, de se informar ¢ ser informado através do livre exercicio da actividade de imprensa, sem impedimentes nem discriminagGes. 2. Aliberdade de imprensa nio deve estar sujeita a qual- quer censura prévia, nomeadamente, de natureza politica, ideologica ou artistica Rrig0 6° (Garant der de deimprena) 1. garantda a liberdade de imprensa, nos termos da Constituigao € da lei. 2.0 exercicio da liberdade de imprensa deve assegurar informaeao amp eisena,o pluralism democrstico, a no discriminacao ¢ 0 respeito pelo interesse publico. 3.4 liberdade de informar, dese infermar ede sr infor- mado € garantida através de: ‘@) Medicas que impesam a concentragio de empresos propretris de érmos de comnmicacto social que ‘onan em perigo o phuraismo da informagao: by Pablicagto do cstatuto editorial das empresas € ‘rms de commnicago social; ¢) Reconhecimento dos direitos de resposta ¢ de rectificagto, di) Identificacao ¢ veracidade da publicidade; ©) Acesso a Enidade Regulndora da Comunicagio Social Angolana para salvaguarda da isengdo € do rigor informativos; fi Respeito pelas normas de ética e deontologia pro- fissionais no exercicio da actividade jomnalistica, @ Livre acesso as fontes de informagio © 20s locais publicos, nos termos da let 4. Nenhum cidadao deve ser prejudicado na sua vida pri- vada, social € profissional em virtude do exercicio legitimo do direito a liberdade de expressdo, de pensamento atraves da commicagio social ARIIGO 7" (Limiter no exercci da iberdade de imprenes) 1, O exercicio da liberdade de imprensa tem como limi~ tes os prineipios, valores e normas da Constituigzo e da lei «que visam: 4@) Salvaguardar a objectividade, rigor ¢ isengiio da informagao; ) Proteaer direito ao bom nome, a honra e areputa- ‘$80, a imagem e @ reserva da intimidade da vida privada e familiar, a proteego da infaneia e da juventude, 0 Searedo de Estado, 0 Searedo de Justiga, o Searedo Profissional e demais garantias daqueles direitos, nos termos regulados por lei: ©) Defesa do interesse piblicoe da ordem democratica; ah Proteccio da satide e da moralidade puibliea 2. A liberdade de imprensa nao cobre a producto ilicita de informagoes, nao podendo, por isso, os jomalistas obter informagdes através de meio ilicito ou desleal 3, Considera-seilicita ou desleal a informagio obtida por meio fraudulent, 4.A divulgagdo de qualquer tipo de conteuidos através da internet est sujcita aos limites previstos nos mineros anterio- res, independentemente da origem ou localizagio do servidor cm que o sitio ou pagina esteja alojade, ARTIOO &° (Catidade Reguladora da Comuniagi Socal Angolans) 1.A Entidade Reguladora da Commicagao social Angolana um dao independente que tem por missio assegura a objec- Lividade ea iseneao da informagao e salvaguardar a liberdade de expressto e de pensamento na imprensa, em conformidade com os direitos consagrades na Constituigio ena lei, 2. A onganizagao, a composigo, a competéncia ¢ 0 fun- cionamento da Entidade Reguladora da Comunicagao social de Angola, so regulados em diploma préprio. SECCAO Servigo Publicoe interes Publica ARTIGO 9° Servic patio) Com vista a garantir o dircito dos cidadaos de informar, se informer e ser informado, o Estado asseaura a existéncia de um servigo pliblico de informagao, ARTIGO 10° {ateressepiblica) ‘Todas as empresas e 6egios de comunicagio social tém 2 responsabilidade social de assegurar 0 dircito dos cidadios de informar, se informar ¢ ser informado de acardo cam o interesse piblico. AKTIGo U (Couteido de interesse paleo) 1 Para efeitos da presente Lei, entende-se como sendo de interesse piblico, a nformaeao que tem os seguintes fins gerais: 4) Contribuir para consolidar 0 Estado Angolano, refor- ‘gar a unidade e identidade nacional e preservar a intearidade territorial; 'b) Informrar o pubblico com verdade, independéncia, objectividade e isengto e impareialidade, sobre todos os acentecimentos nacionaise internacionais, assegurando o direito dos cidadaos a informagao correcta, imparcial ¢ isenta, 6) Assegurar a livre expressio da opiniio piblica e da sociedade civil: @ Contribuir para a promogio da cultura nacional e regional e a defesa e divulgagio das linguas ¢) Pramover o respeito pelos valores éticos e socizis dda pessoa e da familia; Pi Promover a boa govemagao a administragao cor recta da coisa piiblica; 168, DIARIO DA REPUBLICA. ¢g) Contribuir para aclevacio do nivel sécio-ceonémico eda conscigneia da cidadania da populagao. 2. Entende-se, igualmente, como sendo de interesse publico, de entre outras, as noticias ¢ informagées:

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